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<p>Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte – MG</p><p>Processo nº (informar)</p><p>Bruno Silva , já atualizado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, conforme instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente, à presen��a de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, apresentar como suas</p><p>ALEGAÇÕES FINAIS EM FORMA DE MEMORIAIS</p><p>nos termos que passam a exportar:</p><p>I – DOS FATOS</p><p>Bruno Silva, nascido em 10 de janeiro de 1997, foi denunciado pela prática do crime de furto simples (art. 155, caput, do Código Penal), após encontrar um relógio no interior de um ônibus, no dia 10 de janeiro de 2015, e coloque-o dentro de sua mochila, sem informar o motorista sobre o objeto. Cerca de 15 minutos após o ocorrido, o proprietário do relógio, Bernardo, ingressou no ônibus acompanhado de um policial, e, ao revistar a mochila de Bruno, encontrou o relógio. Bruno foi então denunciado por furto.</p><p>Durante a instrução processual, foram ouvidos o policial, o motorista do ônibus, Bernardo, e o próprio acusado, que confirmaram os fatos, sendo juntado o laudo de avaliação do bem furtado, o qual tinha valor de R$ 100,00 (cem reais) . O Ministério Público se manifestou pelas reportagens de Bruno, pleiteando o reconhecimento de maus antecedentes em virtude de uma medida socioeducativa aplicada quando Bruno era adolescente.</p><p>II – DO DIREITO</p><p>1. Princípio da Insignificância</p><p>A conduta de Bruno, ao pegar um relógio avaliado em apenas R$ 100,00, deve ser comprovada à luz do princípio da insignificância . Segundo entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o furto de objetos de pequeno valor, que não causa lesão significativa ao bem jurídico tutelado, não pode ser considerado crime.</p><p>Os requisitos para a aplicação do princípio da insignificância são: (i) ofensividade mínima da conduta do agente; (ii) ausência de periculosidade social; (iii) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e (iv) inexpressividade da lesão jurídica provocada. No presente caso, o valor ínfimo do relógio e a retorno do bem ao proprietário demonstram que a conduta de Bruno não causou prejuízo relevante à vítima, nem à sociedade, sendo, portanto, caso de absolvição com base nesse princípio.</p><p>2. Ausência de Dolo na Conduta</p><p>Bruno, ao encontrar o relógio parado no ônibus, não agiu com dolo de subtrair o objeto alheio. O fato de ele ter sido encontrado o bem em um ônibus vazio e colocado na mochila pode ser interpretado como um mero lapso ou um ato impensável, sem a intenção clara de se apropriar definitivamente do objeto. O elemento subjetivo do tipo penal, que é o dolo, não foi restaurado plenamente conectado.</p><p>Ademais, Bruno é um jovem de 18 anos, sem antecedentes criminais, e sua conduta pode ser considerada fruto de imaturidade, não envie</p><p>3. Crime de Furto Privilegiado (Art. 155, §2º, do CP)</p><p>Na remota hipótese de Vossa Excelência entender que houve prática de furto, pleiteia-se a aplicação do furto privilegiada , prevista no</p><p>No presente caso, Bruno é primário, e o valor do bem subtraído é ínfimo (R$ 100,00), o que justifica a aplicação da causa de redução de pena ou até mesmo a substituição da pena privativa de liberdade por uma pena mais branda, como a multa</p><p>4. Inidoneidade dos Maus Antecedentes</p><p>O Ministério Público exige o reconhecimento de maus antecedentes com base em ato infracional praticado por Bruno quando ele era adolescente, aos 16 anos, e solicitado a uma medida socioeducativa. No entanto, conforme entendimento pacífico dos tribunais superiores, os atos infracionais não podem ser utilizados como fundamento para o reconhecimento de maus antecedentes na</p><p>O</p><p>III – DO PEDIDO</p><p>Diante</p><p>1. O reconhecimento da atipicidade da conduta peprincípio da insignificância , com a consequente absolvição de B</p><p>2. Alternativamente, a absolvição de Bruno Silva pela ausência de dolo na sua conduta;</p><p>3. Subsidiariamente, o reconhecimento do furto privilegiado, nos termos do art. 155, §2º, do Código Penal, com</p><p>4. O afastamento do reconhecimento de maus antecedentes , uma vez q</p><p>5. Caso não seja concedida a absolvição, que Bruno seja beneficiado com a aplicação de penas restritivas de direitos , nos termos do art.</p><p>Termos em que,</p><p>Pede deferimen</p><p>Belo Horizonte, 3</p><p>Advogado</p><p>OAB nº (informar)</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG</p><p>Processo nº: (Número do processo)</p><p>Réu: Bruno Silva</p><p>Advogado: (Nome do advogado), OAB/MG nº (Número da OAB)</p><p>BRUNO SILVA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, apresentar as presentes ALEGAÇÕES FINAIS, no prazo legal, em resposta à acusação formulada pelo Ministério Público.</p><p>I. DOS FATOS</p><p>(Reiterar os fatos de forma concisa, destacando os pontos favoráveis à defesa)</p><p>II. DA INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA E DA DÚVIDA</p><p>A acusação, em que pese a apresentação de provas testemunhais, não logrou êxito em demonstrar, de forma clara e inequívoca, a existência do elemento subjetivo do tipo penal, ou seja, o dolo de furtar.</p><p>A prova testemunhal, embora corroborada pelos depoimentos de Bernardo, do policial e do motorista, não afasta a possibilidade de que Bruno, ao encontrar o relógio no interior do ônibus vazio, tenha agido por mero descuido ou distração, sem a intenção de se apropriar indevidamente do bem.</p><p>A ausência de qualquer outro elemento probatório que evidencie a intenção de furtar, como por exemplo, a existência de antecedentes criminais anteriores ao fato em questão, reforça a tese defensiva de que a conduta de Bruno não se enquadra no tipo penal do crime de furto.</p><p>III. DA AUSÊNCIA DE MAUS ANTECEDENTES</p><p>A acusação busca agravar a pena de Bruno, alegando a existência de maus antecedentes em razão da medida socioeducativa aplicada na adolescência. Contudo, tal argumento não se sustenta.</p><p>A medida socioeducativa aplicada a adolescentes, por sua natureza pedagógica, não se equipara a uma condenação criminal. A aplicação de tal medida visa à ressocialização do adolescente, e não à imposição de uma pena.</p><p>Ademais, o ato infracional cometido por Bruno na adolescência foi diverso do crime de furto, o que demonstra a ausência de uma conduta reiterada e a impossibilidade de se falar em maus antecedentes.</p><p>IV. DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO</p><p>Diante da dúvida sobre a existência do dolo, princípio fundamental do Direito Penal, impõe-se a aplicação do princípio in dubio pro reo, ou seja, a dúvida deve ser interpretada em favor do acusado.</p><p>V. DOS PEDIDOS</p><p>Diante do exposto, requer:</p><p>a) A absolvição sumária de Bruno Silva, com fundamento no artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, por insuficiência de provas para a condenação;</p><p>Alternativamente, caso Vossa Excelência entenda por bem condenar o acusado, requer:</p><p>b) A aplicação da pena mínima cominada ao crime de furto simples, com base no artigo 59 do Código Penal; c) A não consideração dos maus antecedentes para fins de dosimetria da pena; d) A concessão dos benefícios legais, tais como o sursis e a suspensão condicional do processo.</p><p>Nestes termos, Pede deferimento.</p><p>Belo Horizonte, (Data)</p><p>(Nome do advogado) OAB/MG nº (Número da OAB)</p>

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