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<p>1. O fazer poético de Manuel Bandeira se dá a partir do momento em que suas produções levam em conta características parnasianas e, também, simbolista, sendo contrário aos princípios vanguardistas, os quais diziam que era necessário destruir o passado. E na visão de Bandeira, percebemos que ele utiliza e obedece às formas, às rimas, à temáticas, a até mesmo faz o uso de uma certa melancolia, características essas que eram tidas como ultrapassadas no ponto de vista vanguardistas europeia. Para o autor o passado é algo muito importante, pois é a partir dele que o indivíduo se baseia e aprende como vivenciar as experiências de mundo. Ele ainda recupera em suas obras a emoção e a subjetividade, utilizando, também, da liberdade de criação. Assim, ele se torna um dos primeiros escritores modernistas, aprimorando juntamente com Mário de Andrade a primeira fase do movimento Modernista Brasileiro, chamado de fase heroica.</p><p>2. A) Ao observarmos o poema de Mário de Andrade, vemos que ele nos apresenta uma São Paulo que inspira, uma cidade dinâmica, moderna, que desperta o fazer poesia. Ao lermos e ao analisarmos o poema Inspiração, podemos observar que Mário inova na escrita, mostrando que a cidade está dentro dele e que o poema é resultado de suas emoções e experiências vivenciadas. Observamos, também, que ele faz uma comparação entre São Paulo e Paris, trazendo com evidência o tema cidade, vangloriando e explorando o cotidiano da metrópole, os prédios que nela existem, a realidade do dia a dia, seus contrastes, assim como os vanguardistas faziam. Podemos perceber, ainda, que os versos do poema terminam com reticências, nos dando a entender que o poeta não conclui seus pensamentos, trazendo à tona pontos que dão ênfase aos detalhes de sua visão em relação à cidade.</p><p>B) O poema Inspiração de Mário de Andrade traz para o conhecimento do leitor sua paixão em relação à São Paulo, trazendo, principalmente, através de suas palavras imagens e ideias à respeito da cidade, refletindo a loucura que ali havia. Então percebemos que no poema há uma inovação no uso da linguagem uma exaltação e, também, um nacionalismo imbuído em seus versos, um tom calmo e intimista, e a presença dos versos livres.</p>