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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP</p><p>CSO-117</p><p>Ana Clara Messias</p><p>Bianca Miranda</p><p>Guilherme Rocha</p><p>Marcus Vinicius</p><p>Marcelo Augusto</p><p>Pedro Pena</p><p>PSEUDOCIÊNCIAS</p><p>Ouro Preto - MG</p><p>2024</p><p>Ana Clara Messias</p><p>Bianca Miranda</p><p>Guilherme Rocha</p><p>Marcus Vinicius</p><p>Marcelo Augusto</p><p>Pedro Pena</p><p>PSEUDOCIÊNCIAS</p><p>Trabalho apresentado ao curso de (CSO-117)</p><p>como requisito de obtenção de nota .</p><p>Orientador(a): GLÍCIA SALVIANO GRIPP</p><p>Ouro Preto - MG</p><p>2024</p><p>RESUMO</p><p>A pseudociência refere-se a um conjunto de crenças, teorias ou práticas que se</p><p>apresentam como científicas, mas que não seguem os rigorosos métodos de validação</p><p>da ciência. Ao contrário da ciência, baseada em evidências empíricas, experimentação</p><p>controlada e revisão por pares, as ideias pseudocientíficas carecem frequentemente de</p><p>dados consistentes e são difíceis de testar ou refutar. Além disso, elas podem ignorar</p><p>evidências que contradizem suas alegações. Exemplos comuns de pseudociência</p><p>incluem a astrologia, a homeopatia e teorias de conspiração relacionadas à saúde.</p><p>Muitas vezes, essas práticas se aproveitam da falta de conhecimento científico do</p><p>público e podem ser promovidas por indivíduos que buscam lucro ou reconhecimento.</p><p>O perigo da pseudociência reside no fato de que ela pode levar as pessoas a tomarem</p><p>decisões prejudiciais à saúde e ao bem-estar. Reconhecer e diferenciar a ciência da</p><p>pseudociência é crucial para o avanço do conhecimento e para a proteção da sociedade</p><p>contra a desinformação.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO ____________________________________ Página 5</p><p>1.1 O que é pseudociência ________________________ Página 5</p><p>2 DESENVOLVIMENTO ______________________________ Página 6</p><p>2.1 Motores de Movimento Perpétuo _______________ Página 6</p><p>2.1.1 Primeira tentativa dessa máquina _________ Página 6</p><p>2.1.2 Por que é impossível criar essa máquina ___ Página 7</p><p>2.2 Criptozoologia ______________________________ Página 8</p><p>2.3 O efeito lunar _______________________________ Página 9</p><p>2.3.1 O efeito da lua sobre nós _______________ Página 9</p><p>2.3.2 Ataques de tubarão na lua cheia _________ Página 10</p><p>2.4 Radiônica _________________________________ Página 11</p><p>2.5 Método Bates _____________________________ Página 13</p><p>2.5.1 Palming ____________________________ Página 13</p><p>2.5.2 Visualização e movimentação __________ Página 14</p><p>2.5.3 Exposição ao sol ______________________ Página 14</p><p>2.5.4 Eficácia dos métodos ___________________ Página 14</p><p>2.6 Consciência Quântica _______________________ Página 15</p><p>3 CONCLUSÃO ____________________________________ Página 17</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>1.1 O QUE É PSEUDOCIÊNCIA</p><p>Desde a antiguidade, é comum surgirem histórias sobre métodos milagrosos de</p><p>cura ou ferramentas tão poderosas que podiam ser o ápice da tecnologia humana,</p><p>como a pedra filosofal capaz de curar as feridas e transformar cobre em ouro ou até</p><p>mesmo a caixa de pandora que liberaria todo o poder no mundo, mas desde essa</p><p>época essas histórias ficaram apenas como mitos e lendas.</p><p>A ideia de algo nesse nível atrai tanto a atenção das pessoas que até atualmente</p><p>surgem ‘grandes cientistas’ tentando criar algo assim. De modo que o fato de existir</p><p>ideias assim é bom para o avanço da ciência e da compreensão humana por si só,</p><p>mas existem pessoas que por conta de sua má índole ou apenas ingenuidade mesmo</p><p>criam coisas e passam para outras pessoas dizem que sua função é algo incrível e</p><p>diferente mesmo que muitas vezes essas coisas não funcionem ou nem mesmo</p><p>existem, os chamados ‘charlatões’.</p><p>Assim surge a ideia de pseudociência, é um conjunto de crenças, teorias ou</p><p>práticas que se apresentam como científicas, mas que não seguem os métodos</p><p>rigorosos e critérios de validação da ciência. Embora pareçam ter uma base</p><p>científica, as ideias pseudocientíficas carecem de evidências experimentais</p><p>consistentes, não são testáveis ou falsificáveis e ignoram frequentemente dados</p><p>contraditórios.</p><p>Com isso, reunimos um apanhado de pseudociências que, além de serem</p><p>bastante conhecidas, apresentam informações que muitas vezes são levadas como</p><p>verídicas para pessoas que não têm conhecimento sobre esse assunto.</p><p>2. DESENVOLVIMENTO</p><p>2.1 MOTORES DE MOVIMENTO PERPÉTUO</p><p>Uma grande pseudociência que segue evoluindo com a humanidade é a ideia de</p><p>um motor que gerencia energia de forma infinita. A história do homem com esse tipo de</p><p>instrumento é tão antiga que é difícil determinar com exatidão de onde surgiu o</p><p>primeiro modelo de motor perpétuo, pois ao longo da história muitos tentaram criar uma</p><p>máquina de movimento perpétuo.</p><p>Contudo, ninguém conseguiu fazê-lo funcionar, nem mesmo Leonardo Da</p><p>Vinci. Os primeiros projetos de tais dispositivos datam da Idade Média, como o</p><p>*Perpetuum Mobile* de Villard de Honnecourt, proposto entre 1225 e 1235.</p><p>Leonardo Da Vinci também desenhou várias máquinas de movimento perpétuo, mas</p><p>é improvável que ele acreditasse na viabilidade desses dispositivos.</p><p>Mas o que é de fato um motor perpétuo? São dispositivos que, teoricamente,</p><p>poderiam conservar sua energia indefinidamente, reutilizando e gerando ainda mais</p><p>energia. Inventores renomados, como Leonardo Da Vinci, Isaac Newton e Bhaskara,</p><p>propuseram modelos desse tipo de motor. [1]</p><p>2.1.1 PRIMEIRA TENTATIVA DESSA MÁQUINA</p><p>A primeira máquina de movimento perpétuo documentada foi descrita por</p><p>Bhaskara no século XII. Ela consistia em um conjunto de tubos igualmente</p><p>distribuídos ao longo de uma roda, contendo a mesma quantidade de mercúrio</p><p>(Figura 1). Também no século XII, o francês Villard de Honnecourt criou um design</p><p>similar ao de Bhaskara, porém utilizando martelos (Figura 2). Villard acreditava que</p><p>um número ímpar de martelos é o que faria a roda girar infinitamente.</p><p>Figura 1: Roda de movimento perpétuo de Bhaskara</p><p>Figura 2: Roda de Villard</p><p>2.1.2 POR QUE É IMPOSSÍVEL CRIAR ESSA MÁQUINA</p><p>No entanto, esses motores são inviáveis de serem construídos, pois violariam a</p><p>Primeira ou a Segunda Lei da Termodinâmica. Os princípios da termodinâmica são</p><p>tão bem estabelecidos, tanto teórica quanto experimentalmente, que propostas de</p><p>motores perpétuos são universalmente vistas com descrença pelos físicos. Além</p><p>disso, um motor perpétuo violaria a Lei Áurea da Mecânica, segundo a qual o</p><p>trabalho aplicado é sempre igual ou maior que o trabalho realizado.[2]</p><p>Sendo essa ideia tão tentadora, é comum de se pensar que até atualmente</p><p>existem tantas pessoas querendo criar esse tipo de máquina, mas infelizmente</p><p>nenhuma delas se tornou útil e tenha verdadeiramente funcionado. Mesmo não</p><p>funcionando é possível encontrar na internet diversos vídeos dessa suposta máquina,</p><p>sendo que todas sempre tem um truque para enganar o espectador, um ótimo canal de</p><p>ciências do Brasil chamado Manual do Mundo(Figura 3), já fez diversos vídeos</p><p>refutando e mostrando como essas supostas máquinas são apenas enganações.</p><p>Figura 3 : Exemplo de vídeo do Manual do Mundo</p><p>2.2 CRIPTOZOOLOGIA</p><p>Lendas como o monstro do lago Ness, pé grande yeti, são bem conhecidas e</p><p>discutidas sobre a existência ou não desses animais, esses se enquadram num tipo</p><p>bem específico de pseudociência, a chamada criptozoologia.</p><p>Criptozoologia (Figura 4) é o estudo de espécies animais hipotéticas ou</p><p>avistadas por poucas pessoas. Inclui também o estudo de ocorrências de animais</p><p>presumivelmente extintos. Essas espécies são chamadas de criptídeos [3].</p><p>Figura 4 : Criptozoologia</p><p>Apesar do interesse milenar pela fauna oculta, o termo “criptozoologia” foi</p><p>criado apenas em 1959, pelos cientistas Bernard Heuvelmans e Ivan Sanderson. Os</p><p>pesquisadores defendem que a criptozoologia deve ter uma abordagem</p><p>interdisciplinar, porém exigir um rigor científico, seus adeptos defendem que sim,</p><p>enquanto zoologistas, biólogos e afins a rebaixam a pseudociência, pois apesar de</p><p>seu rigor científico, seus dados não são muito confiáveis, pois os relatos podem ser</p><p>delírios e mentiras, além de que registros de fotos ou vídeos são em sua maioria de</p><p>qualidade péssima [4]. Alguns exemplos de animais criptídeos são o Pé Grande, Yeti,</p><p>Chupa-cabra de goianinha (Figura</p><p>5) entre outros.</p><p>Figura 5 : Chupa-cabra de goianinha</p><p>2.3 EFEITO LUNAR</p><p>2.3.1 O EFEITO DA LUA SOBRE NÓS</p><p>O efeito lunar é um termo que descreve as influências potenciais que as fases</p><p>da Lua podem exercer sobre comportamentos humanos, padrões naturais e fenômenos</p><p>terrestres. Historicamente, muitas culturas atribuíram à Lua poderes especiais,</p><p>acreditando que suas fases impactam desde o humor e saúde até o sucesso nas</p><p>colheitas. Não há data específica para o início das especulações. No entanto,</p><p>cientificamente, os estudos que investigam o impacto lunar apresentam resultados</p><p>mistos.</p><p>Existe uma suposta correlação não comprovada entre estágios específicos do</p><p>ciclo lunar de aproximadamente 29,5 dias e mudanças comportamentais e fisiológicas</p><p>em seres vivos na Terra. Em alguns casos, o efeito pretendido pode depender de pistas</p><p>externas, como a quantidade de luz [5]. Formou-se também em torno disso um</p><p>conjunto de teorias pseudocientíficas que se sobrepõem em sociologia, psicologia e</p><p>fisiologia, sugerindo que há correlação entre as fases específicas do ciclo lunar na</p><p>Terra e o comportamento divergente; como crescimento de cabelo anormal (Figura 6).</p><p>A maioria dos experimentos até hoje, no entanto, não encontrou nenhuma correlação</p><p>entre as variáveis e refutaram a hipótese.</p><p>Figura 6 : Exemplo de imagem correlacionando as fases da lua com o cabelo</p><p>Há registros que associam as fases lunares, particularmente a lua cheia, a</p><p>mudanças no comportamento humano, como aumento da ansiedade, insônia e até</p><p>surtos de violência. Essa crença é, em parte, reforçada pela observação da influência</p><p>gravitacional da Lua sobre as marés e os ciclos naturais, sugerindo que, de alguma</p><p>forma, essa força pudesse também afetar os seres vivos.</p><p>No entanto, a maioria das pesquisas científicas modernas não consegue</p><p>estabelecer uma relação direta e consistente entre a Lua e os comportamentos</p><p>humanos. Muitos dos efeitos atribuídos à Lua podem ser explicados por vieses de</p><p>confirmação, onde as pessoas tendem a prestar mais atenção aos eventos que</p><p>coincidem com suas expectativas.</p><p>Figura 7 : Imagem simbólica astrologia</p><p>Ainda assim, o fascínio com o efeito lunar persiste, tanto no imaginário</p><p>popular quanto na pseudociência. Embora seja um tema controverso, a influência da</p><p>Lua sobre a Terra, seja real ou percebida, continua a inspirar debates e estudos que</p><p>tentam desvendar até que ponto nosso satélite natural pode impactar a vida terrestre.</p><p>2.3.2 ATAQUES DE TUBARÃO NA LUA CHEIA</p><p>Existem até uma “relação” entre o efeito lunar e o número de ataques de</p><p>tubarões (Figura 8). Uma meta-análise recente, por exemplo, encontrou evidências</p><p>convincentes de que as marés gravitacionais podem mudar a maneira como os animais</p><p>e as plantas dormem, se movem e crescem [6]. Embora a maneira exata como isso</p><p>acontece ainda seja um mistério, não podemos dizer com convicção se existe sim uma</p><p>relação entre essas duas coisas, podendo apenas ser uma simples coincidência.</p><p>Figura 8 : Estudo aponta que tubarões atacam mais na lua cheia</p><p>2.4 RADIÔNICA</p><p>Não existe ideia mais tentadora para qualquer ser humano que não seja a cura</p><p>para doenças e a melhora na saúde, desde a antiguidade existem supostas curas e</p><p>métodos para tratamento que nem sempre tinha reais fundamentos da medicina, sendo</p><p>alguma das vezes falta de conhecimento como a técnica da sangria na época de</p><p>‘grande peste’(Figura 9) ou até teorias mais místicas como a já citada pedra filosofal.</p><p>Figura 9 : Médico da peste realizando a sangria</p><p>De modo que não é de grande espanto que atualmente ainda existam técnicas</p><p>médicas que prometem cura, mas o que entregam é um grande efeito placebo. A</p><p>radiônica (Figura 10) é um exemplo disso, uma medicina alternativa que alega que as</p><p>doenças podem ser diagnosticadas e tratadas por meio de uma forma de energia</p><p>semelhante às ondas de rádio.</p><p>Com essa técnica prometendo ter a capacidade de mudar o padrão vibracional</p><p>dos seres e dos ambientes, seja uma pessoa, animal, objeto, residência ou comércio,</p><p>sendo utilizada até mesmo na agricultura[7].</p><p>Figura 10 : Mesa radiônica</p><p>O conceito de radiônica surgiu no início da década de 1900, impulsionado por</p><p>Albert Abrams que se viria a tornar milionário com o aluguel de instrumentos de</p><p>radiônica que ele próprio fabricava (Figura 11). Os fundamentos da radiónica</p><p>contrariam as leis da física e da biologia, pelo que é amplamente considerada uma</p><p>pseudociência. A Food and Drug Administration norte-americana não reconhece</p><p>quaisquer utilizações médicas para os instrumentos de radiônica[8].</p><p>Figura 11: Terapia quântica de radiônica</p><p>2.5 MÉTODO BATES PARA MELHOR ACUIDADE VISUAL</p><p>A miopia é caracterizada por uma anomalia da refração ocular traduzida</p><p>por má visão à distância. No Brasil, estimativas do século 20 indicavam uma</p><p>frequência de 10% a 15% dos adultos com esse problema ou vício de</p><p>refração(ROCHA, 2024). Hoje, as previsões para 2050 indicam 4758 milhões de</p><p>pessoas com miopia(49,8% da população mundial)(HOLDEN, et al., 2016).</p><p>Em 1891, o oftalmologista estadunidense William Horatio</p><p>Bates(1860–1931) publicou um artigo no New York Medical Journal alegando ter</p><p>“revertido com sucesso 7 casos de miopia”(BATES, 1891). Posteriormente, em 1920,</p><p>publicou o livro Perfect Sight Without Glasses, no qual associa os problemas de</p><p>visão à tensão dos músculos que rodeiam o globo ocular, causada principalmente</p><p>pelo desgaste mental(BATES, 1920).</p><p>2.5.1 PALMING</p><p>“Palming”(traduzido por ‘cobrir os olhos com as palmas das mãos’) era</p><p>sugerido por Bates como forma de descansar os olhos por alguns minutos</p><p>periodicamente(BATES, cap. 12, 1920).</p><p>Figura 12 : Foto de uma mulher fazendo “palming”, do livro Perfect Sight Without</p><p>Glasses.</p><p>2.5.2 VISUALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO</p><p>Bates dava importância às imagens mentais, pois alegava que o relaxamento</p><p>era a chave para a clareza tanto da imaginação quanto da visão em si. Além disso,</p><p>considerava que a maneira como se moviam os olhos afetava a visão. Para isso,</p><p>recomendava mover os olhos de um lado para o outro para ter uma ilusão dos objetos</p><p>“balançando” na direção oposta. (BATES, caps. 13 e 15, 1920).</p><p>2.5.3 EXPOSIÇÃO AO SOL</p><p>Bates defendia a exposição direta à luz solar como benéfica, caracterizando</p><p>efeitos adversos como “sempre temporários”. Edições póstumas de seu livro omitem</p><p>a menção dos supostos benefícios da luz solar exposta nos olhos abertos(MARG,</p><p>1952). Obviamente, devido aos riscos conhecidos de ter a visão prejudicada por olhar</p><p>diretamente para o sol.</p><p>Figura 13 : Uma lente sendo usada para focar a luz do sol diretamente no olho de</p><p>uma pessoa, do livro Perfect Sight Without Glasses.</p><p>2.5.4 EFICÁCIA DOS MÉTODOS</p><p>Algumas condições oculares podem mudar para melhor naturalmente com o</p><p>tempo ou em ciclos. A catarata em seus primeiros momentos ocasionalmente resulta</p><p>na melhora da visão por um curto período. Uma pessoa que estivesse praticando o</p><p>método Bates certamente iria creditá-lo por qualquer melhora observada,</p><p>independentemente da verdadeira causa ocorrida.</p><p>O Método Bates nunca teve sua eficácia comprovada em promover melhora</p><p>duradoura ou significativa da visão. Além disso, algumas atividades recomendadas</p><p>por Bates, incluindo a exposição dos olhos à luz solar direta e cobrir os olhos</p><p>fechados com as palmas das mãos, podem potencialmente serem prejudiciais aos</p><p>olhos(HEITING, 2021).</p><p>2.5 CONSCIÊNCIA QUÂNTICA</p><p>Uma das grandes dúvidas que pairam sobre a cabeça de todo cientista é de</p><p>como funciona a consciência humana, e como nossas memórias e desejos são</p><p>pensados. A simples ideia de que existe uma alma dentro de cada um de nós, liderando</p><p>a nossa mente, nos deixaria com mais dúvidas do que respostas. Assim, desde a</p><p>descoberta da mecânica quântica, pesquisadores tentam relacionar ela com o que se</p><p>passa na nossa mente (Figura 14 ).</p><p>figura 14</p><p>Na década de 1930, surgiu a ideia de que a consciência poderia influenciar a</p><p>realidade quântica, gerando debates até hoje. Assim surge a ideia da Consciência</p><p>Quântica, proveniente de diversas hipóteses</p><p>e teorias científicas, cujos proponentes</p><p>alegam que a mecânica clássica não pode explicar a natureza da consciência.</p><p>Basicamente, postula-se que fenômenos da mecânica quântica, tais como o</p><p>emaranhamento quântico e a superposição, podem desempenhar um papel importante</p><p>no funcionamento cerebral, formando, portanto, a base da explicação científica da</p><p>consciência [11].</p><p>Um exemplo notável é a hipótese de Roger Penrose e Amit Goswami, que</p><p>sugere que a consciência emerge de fenômenos quânticos nos microtúbulos das</p><p>células. Essa ideia, proposta nos anos 1990, desafia a visão tradicional da ciência, que</p><p>muitas vezes ignora ou rejeita tais hipóteses por não se encaixarem em sua visão de</p><p>mundo [12].</p><p>A relação entre mecânica quântica e consciência. A mecânica quântica é</p><p>notoriamente complexa, com conceitos como o emaranhamento quântico, que</p><p>desafiam nossa compreensão. A consciência, por outro lado, é ainda mais difícil de</p><p>definir, variando conforme a área do conhecimento.</p><p>Figura 15 : Livro de Amit Goswami sobre consciência quântica.</p><p>3. CONCLUSÃO</p><p>Após esse enorme apanhado de pseudociências bastante conhecidas e falada</p><p>pelas pessoas no cotidiano é possível inferir que nós não podemos confiar em tudo que</p><p>vemos pela internet, o ditado “se tá na internet é real”, nunca se provou tão falso a</p><p>medida em que o tempo passa, de modo que cada informação recebida desse ser</p><p>imediatamente confrontada. Mesmo as pseudociências não sendo algo novo, elas</p><p>arrumaram um novo caminho para se dissiparem, de modo que, para evitar cair em</p><p>pseudociências, é crucial desenvolver o pensamento crítico e a alfabetização científica.</p><p>Em tempos de ampla disseminação de informações, especialmente nas redes sociais, é</p><p>essencial questionar fontes, verificar a validade de dados e estar atento a argumentos</p><p>que apelam para emoções ou crenças, em vez de evidências concretas. A ciência segue</p><p>métodos rigorosos e é constantemente revisada e aprimorada, enquanto a</p><p>pseudociência, muitas vezes, se apoia em especulações não testadas. Promover o</p><p>ceticismo saudável, o uso de fontes confiáveis e o incentivo à educação científica são</p><p>medidas fundamentais para evitar a propagação e adesão a práticas pseudocientíficas.</p><p>LISTA DE IMAGENS</p><p>Figura 1 : Roda de movimento perpétuo de Bhaskara ___________________ Página 6</p><p>Figura 2: Roda de Villard ________________________________________ Página 7</p><p>Figura 3: Exemplo de vídeo do Manual do Mundo _____________________ Página 7</p><p>Figura 4 : Criptozoologia _________________________________________ Página 8</p><p>Figura 5 : Chupa-cabra de goianinha ________________________________ Página 8</p><p>Figura 6 :Exemplo de imagem correlacionando as fases da lua com o cabelo Página 19</p><p>Figura 7 : Imagem simbólica astrologia _____________________________ Página 10</p><p>Figura 8 : Estudo aponta que tubarões atacam mais na lua cheia _________ Página 11</p><p>Figura 9 : Médico da peste realizando a sangria ______________________ Página 11</p><p>Figura 10 : Mesa radiônica _______________________________________ Página 12</p><p>Figura 11: Terapia quântica de radiônica ____________________________ Página 12</p><p>Figura 12: Palming _____________________________________________ Página 13</p><p>Figura 13 : Uma lente sendo usada para focar a luz do sol ______________ Página 13</p><p>Figura 14: ____________________________________________________ Página 14</p><p>Figura 15: Livro de Amit Goswami sobre consciência quântica __________ Página 15</p><p>Referências</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>[1]https://olhardigital.com.br/2024/01/12/ciencia-e-espaco/por-que-maquinas-de-movimento-perpetuo</p><p>-nao-funcionam/</p><p>[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Moto-contínuo</p><p>[3] https://app.respondeai.com.br/materias/solucionario/livro/126/edicao/154/exercicio/1 32668</p><p>[4] https://agemt.pucsp.br/noticias/criptozoologia-ciencia-dos-animais-que-nao-existem</p><p>[5] ROTTON,James; Kelly, I. W. (1985). «Much ado about the full moon: A meta-analysis of</p><p>lunar-lunacy research.». Psychological Bulletin (2): 286–306. ISSN 1939-1455.</p><p>Doi:10.1037/0033-2909.97.2.286. Consultado em 16 de janeiro de 2022</p><p>[6]https://muralcientifico.com/2022/01/17/o-que-e-o-efeito-lunar-e-o-que-isso-tem-a-ver-com-ataques-</p><p>de-tubarao/</p><p>[7] https://www.radiestesia.net/introducao-a-radionica/</p><p>[8] https://pt.wikipedia.org/wiki/Radiónica</p><p>[9] «Miopia». Dicionário de Termos Médicos da Porto Editora. Consultado em 01 de outubro de 2024.</p><p>[10] HOLDEN, Brian A. et al. Global Prevalence of Myopia and High Myopia and Temporal Trends</p><p>from 2000 through 2050. American Academy of Ophthalmology, Ophthalmology, Vol. 123, Issue 5,</p><p>1036 - 1042. 2016.</p><p>ROCHA, Eduardo. Epidemia de miopia: número de afetados pode chegar a 50% até o meio deste</p><p>século. Jornal USP, 31 jul. 2024. Disponível em:</p><p>https://jornal.usp.br/radio-usp/epidemia-de-miopia-numero-de-afetados-pelo-problem</p><p>a-pode-chegar-a-50-ate-o-meio-deste-seculo/. Acesso em: 01 out. 2024.</p><p>BATES, William. "Improvement in the Vision of Myopia by Treatment Without Glasses". American</p><p>Journal of Ophthalmology: 181–183. 1891</p><p>BATES, William. Perfect Sight Without Glasses, 1920. Disponível em:</p><p>https://en.wikisource.org/wiki/Perfect_Sight_Without_Glasses. Acesso em 01 out. 2024.</p><p>HEITING, Gary. Do eye exercises improve vision?, 2021. Disponível em:</p><p>https://www.allaboutvision.com/buysmart/see_clearly.htm. Acesso em 02 out. 2024.</p><p>MARG, Elwin. "Flashes" of clear vision and negative accommodation with reference to the Bates</p><p>method of visual training, 1952. University of California. Disponível em:</p><p>web.archive.org/web/20080529152509/http://brain.berkeley.edu/pub/1952%20April%</p><p>20Flashes%20of%20Clear%20Vision.pdf. Acesso em 02 out. 2024.</p><p>GARDNER, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science. Courier Dover Publications. "Chapter</p><p>19: Throw Away Your Glasses!". 1957. Disponível em:</p><p>https://books.google.com.br/books?id=TwP3SGAUsnkC&pg=PA230&redir_esc=y#v=</p><p>onepage&q&f=false. Acesso em 04 out. 2024.</p><p>[11] https://pt.wikipedia.org/wiki/Mente_quântica</p><p>[12] https://www.uninter.com/noticias/consciencia-quantica-pseudociencia-ou-pr econceito-cientifico</p>