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<p>QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES</p><p>23\09\2020</p><p>- Noção: são controvérsias que sobrevém no curso de um procedimento e que devem ser</p><p>solucionadas pelo juiz antes da decisão da causa principal. Não dizem respeito ao mérito da</p><p>causa, mas precisam ser solucionadas para dar prosseguimento ao processo.</p><p>- Não apreciam mérito da causa principal</p><p>- Processo separado – apartado – apensamento – geralmente, tem-se uma separação dos</p><p>autos e pode até haver uma separação do processo. O processo é apartado, mas apensado</p><p>aos autos principais. Para que se possa, na pratica, compreender melhor a questão.</p><p>Essas questões não dizem respeito ao mérito da ação, mas podem paralisar o processo.</p><p>Exceções: litispendência e coisa julgada; suspenção ou de impedimento; incompetência do</p><p>juízo e a exceção de legitimidade de parte. São procedimentos incidentais:</p><p>Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: I - suspeição;</p><p>II - incompetência de juízo; III - litispendência; IV - ilegitimidade de</p><p>parte; V - coisa julgada.</p><p>- CPP: arts. 92/154.</p><p>- QUESTÕES PREJUDICIAIS</p><p>- noção: questão de valoração jurídica (penal ou extrapenal), que deve ser decidida</p><p>antes da questão principal.</p><p>- bigamia: validade do casamento</p><p>- exceção de verdade na calúnia</p><p>- a decisão da causa principal (ação penal) está subordinada à solução da questão</p><p>prejudicial</p><p>- influi sobre a existência ou não do crime objeto do processo principal</p><p>- controvérsia: deve ser fundamental para a solução da lide</p><p>- podem suspender a questão principal</p><p>- total: interfere na existência do crime</p><p>- parcial: interfere na existência ou não de uma circunstância (atenuante, agravante,</p><p>causa de aumento ou diminuição de pena).</p><p>- podem ser solucionadas também na jurisdição extrapenal</p><p>- não se confundem com questões preliminares</p><p>- divisão:</p><p>- homogêneas: questões pertencem ao mesmo ramo (penal). A homogênea ou</p><p>comum ou imperfeita é a questão prejudicial que pertence ao mesmo ramo do direito da</p><p>questão prejudicada. Exemplos: furto e receptação; lavagem de capitais e tráfico de drogas. O</p><p>Código de Processo Penal não tratou das questões prejudiciais homogêneas. São resolvidas</p><p>por meio da conexão probatória ou instrumental, de acordo com o artigo 76, inciso III:</p><p>- heterogêneas: questão prejudicial: extrapenal</p><p>A questão prejudicial heterogênea ou jurisdicional ou perfeita é a que pertence a outro ramo do</p><p>direito. Exemplo: casamento e bigamia. O Código de Processo Penal, em seus artigos 92 e 93,</p><p>tratam desta espécie de questão prejudicial.</p><p>- casamento válido: bigamia</p><p>- competência: juízo penal ou extrapenal</p><p>- questões heterogêneas:</p><p>- obrigatórias: acarreta suspensão do processo</p><p>- devolutivas absolutas: cível</p><p>- art. 92, CPP (estado civil das pessoas); Art. 92. Se a decisão sobre a</p><p>existência da infração depender da solução de controvérsia, que o juiz repute séria e fundada,</p><p>sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível</p><p>seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da</p><p>inquirição das testemunhas e de outras provas de natureza urgente.</p><p>Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessário,</p><p>promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos</p><p>interessados.</p><p>Identificação dos elementos que compõe o estado civil das pessoas: O estado</p><p>civil das pessoas pode assim ser definido: a) de ordem política, como a cidadania, uma</p><p>vez que é considerado cidadão aquele que se encontra no uso e gozo dos direitos</p><p>políticos (brasileiro ou estrangeiro); b) relações familiares, de ordem privada, onde se</p><p>afere se o indivíduo é casado, solteiro, e as espécies de parentesco; c) referente á</p><p>capacidade, que nada mais é que a ordem física do ser humano, se o indivíduo, é</p><p>imputável, inimputável, menores, maior de 18 anos etc.</p><p>- facultativas: suspensão do processo não é obrigatória</p><p>As questões prejudiciais facultativas ou devolutivas relativas são aquelas que dizem</p><p>respeito à matéria extrapenal, propriedade, posse, trabalhista, comercial administrativa, posse</p><p>nos crimes de furto e prestação de contas na apropriação indébita, propriedade no esbulho</p><p>possessório etc.</p><p>- devolutivas relativas</p><p>- processo em curso no cível</p><p>- discussão sobre propriedade (furto)</p><p>- provas do processo penal podem ser produzidas durante a suspensão, se urgentes</p><p>- prazo prescricional: suspensão (não corre)</p><p>- prejudicial: suscitada no processo-crime e resolvida em apartado</p><p>- EXCEÇÕES</p><p>Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: I - suspeição; II - incompetência de juízo;</p><p>III - litispendência; IV - ilegitimidade de parte; V - coisa julgada.</p><p>- noção: procedimento incidental pelo qual o acusado defende-se de modo indireto,</p><p>visando a extinção da ação ou o retardamento do seu exercício.</p><p>I - SUSPEIÇÃO;</p><p>As exceções são: o objetivo dessas exceções é impedir o julgamento ou encaminhar o</p><p>processo a outro juízo,</p><p>- dilatórias: retardam ou transferem exercício (suspeição, incompetência e ilegitimidade</p><p>de parte). É o caso da suspeição e impedimento, que atacam a imparcialidade do juiz; a</p><p>ilegitimidade de parte é, por exemplo, quando um menor de idade tenta ingressar com uma</p><p>ação. Mas, se a vítima oferece uma queixa na ação subsidiária da pública, depois do MP já</p><p>ofereceu a denúncia, é possível que aja uma exceção peremptória. As hipóteses de suspeição</p><p>e impedimento são diferentes, mas o procedimento é o mesmo. Ataca diretamente a</p><p>imparcialidade do juiz. A pretensão é designar outro juiz para atuar no processo.</p><p>- peremptórias: determinam extinção do processo ( como no caso da coisa julgada e</p><p>litispendência); a coisa julgada ocorre quando se ajuíza uma ação de um fato que já foi</p><p>devidamente processado e transitado em julgado; a litispendência ocorre quando se ajuíza uma</p><p>ação a respeito de um fato que já está em curso, por meio de processo.</p><p>Ilegitimidade de parte: pode ser dilatória ou peremptória: se a vitima, menor de 18 anos,</p><p>ingressa com uma ação penal (é causa dilatória), o vicio pode ser sanado se o seu</p><p>representante legal vir a autenticar os atos .</p><p>Mas, por exemplo, se a Ação é Penal Publica Incondicionada e a vítima tenta propô-la por meio</p><p>da queixa crime (é causa peremptória), a queixa crime deve ser rejeitada.</p><p>As exceções são promovidas:</p><p>- geralmente proposta pelo acusado</p><p>- autor (MP ou querelante) pode utilizar</p><p>- juiz: pode reconhecer de ofício</p><p>- EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (e de impedimento):</p><p>As hipóteses de suspeição e impedimento são diferentes, mas o procedimento é o</p><p>mesmo.</p><p>Conceito:</p><p>● As causas de suspeição, dispostas no artigo 254, do CPP referem-se ao animus</p><p>subjetivo do juiz quanto às partes, e geralmente são encontradas externamente ao</p><p>processo. Uma decisão proferida por um magistrado suspeito é causa de nulidade</p><p>absoluta. Ambas são hipóteses que afastam a competência do juiz.</p><p>- caráter dilatório</p><p>- destina-se a afastar juiz a quem se reputa parcial, não isento de</p><p>imparcialidade. Há uma dúvida quanto à imparcialidade do juiz.</p><p>- visa afastar a pessoa física do juiz</p><p>● De acordo com o artigo 252 do Código de Processo Penal (CPP), as causas de</p><p>impedimento ocorrem quando há vínculos objetivos do juiz com o processo. Prevalece</p><p>na doutrina que a inobservância das causas de impedimento tem como consequência a</p><p>inexistência do ato processual.</p><p>Motivos do impedimento: arts. 252 e 253:</p><p>Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:</p><p>I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em</p><p>linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou</p><p>advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da</p><p>justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas</p><p>funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de</p><p>outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a</p><p>questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou</p><p>afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte</p><p>ou</p><p>diretamente interessado no feito.</p><p>Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo</p><p>os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha</p><p>reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.</p><p>- motivos da suspeição: art. 254, CPP (interesses ou sentimentos pessoais do</p><p>juiz ou parentes). Circunstância subjetiva relacionada ao interesse do juiz com as partes</p><p>envolvidas no processo.</p><p>Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser</p><p>recusado por qualquer das partes:</p><p>I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; não é</p><p>qualquer situação.</p><p>II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver</p><p>respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso</p><p>haja controvérsia;</p><p>III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o</p><p>terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que</p><p>tenha de ser julgado por qualquer das partes;</p><p>IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;</p><p>V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;</p><p>VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no</p><p>processo. Administrador: é vedado ao juiz ser.</p><p>- para alguns, motivos são taxativos; para outros, admite-se interpretação</p><p>extensiva e analogia.</p><p>- SUSPEIÇÃO: prioritária em relação às demais</p><p>- processamento:</p><p>- de ofício pelo juiz: declara motivo - O próprio juiz pode se dar como</p><p>suspeito ou impedido, levando em consideração o disposto na lei, devendo-se afastar do</p><p>processo, justificando os seus motivos, de modo que esse processo deve ser encaminhado</p><p>para outro juiz, de preferencia o juiz substituto ou, caso não seja possível devido a organização</p><p>judiciária de determinado local, a um juiz de comarca próxima.</p><p>- Remessa dos autos ao substituto - decisão irrecorrível.</p><p>- pode ser arguida pela parte (sozinha ou por meio de procurador) –</p><p>é preciso que a parte apresente motivo justificável para tanto.</p><p>Deve ser apresentada por meio de petição: menciona juiz, indica testemunhas e</p><p>documentos. O juiz pode acatar a decisão ou, se não acatar, o tribunal decidirá. Se negar, pode</p><p>encaminhar provas que justifique sua discordância e encaminha ao Tribunal. Não cabe recurso</p><p>expresso em relação a decisão do Tribunal.</p><p>- MP: oferece suspeição na denúncia (salvo se a causa for</p><p>superveniente)</p><p>- ofendido: tem interesse na imparcialidade do juiz (assistente: doutrina</p><p>diverge)</p><p>- proposta pelas partes: - juiz pode aceitar (remessa ao substituto) - juiz rejeita: responde em</p><p>3 dias- remessa ao TJ- parte deve requerer suspensão do feito - TJ: pode produzir provas</p><p>- suspeição do membro do MP: - perante juiz do processo - oitiva do promotor</p><p>- decisão: irrecorrível - procedente: substituto legal. Pode ser alegada a qualquer tempo:</p><p>Art. 104. Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo,</p><p>decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.</p><p>Se a outra parte alega a suspeição do promotor esse pode acatar ou não, mas o juiz que</p><p>decidirá, sem recurso (critica).</p><p>- suspeição de peritos, intérpretes e funcionários da Justiça: no próprio juízo.</p><p>- suspeição de jurado: oralmente, no plenário do Júri. Tem que ser alegado no momento do</p><p>júri e lá será decidido.</p><p>- delegados: não se declara suspeição. Mas, havendo motivo, pode ser afastado por</p><p>suspeição.</p><p>Anotações:</p><p>Em caso de impedimentos os atos são considerados inexistentes. Na suspeição os atos são</p><p>nulos.</p><p>A suspeição e o impedimento podem surgir no curso no processo, até mesmo durante o</p><p>recurso, caso a causa venha a existir depois.</p><p>No impedimento é a relação do juiz com o objeto do processo que leva a causa de</p><p>impedimento.</p><p>Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o juiz que se julgar</p><p>suspeito deverá declará-lo nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na ordem</p><p>da precedência, ou, se for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuição.</p><p>§ 1o Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-se por suspeito, deverá fazê-lo</p><p>verbalmente, na sessão de julgamento, registrando-se na ata a declaração.</p><p>§ 2o Se o presidente do tribunal se der por suspeito, competirá ao seu substituto designar dia</p><p>para o julgamento e presidi-lo.</p><p>§ 3o Observar-se-á, quanto à arguição de suspeição pela parte, o disposto nos arts. 98 a 101,</p><p>no que lhe for aplicável, atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este artigo.</p><p>§ 4o A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, funcionando como</p><p>relator o presidente.</p><p>§ 5o Se o recusado for o presidente do tribunal, o relator será o vice-presidente.</p><p>07\10</p><p>- EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DE JUÍZO:</p><p>O próprio juiz pode se dar por incompetente, de ofício.</p><p>Qualquer uma das partes podem requerer a incompetência do juízo, inclusive o MP, que pode</p><p>ser feito até mesmo antes do oferecimento da denúncia.</p><p>No tocante ao processo penal a incompetência relativa pode ser requerida pelo próprio juiz. A</p><p>incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo.</p><p>- “declinatória fori”:</p><p>- arts. 108 e 109, CPP:</p><p>Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito,</p><p>no prazo de defesa.</p><p>§ 1o Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a declinatória, o feito será remetido ao juízo</p><p>competente, onde, ratificados os atos anteriores, o processo prosseguirá.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art98</p><p>§ 2o Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, fazendo tomar por termo a</p><p>declinatória, se formulada verbalmente.</p><p>Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne</p><p>incompetente, declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na</p><p>forma do artigo anterior.</p><p>- visa corrigir inadequação do juízo – isso deve ser feito em uma petição própria</p><p>em separado. Isso vem sendo entendido em caso de incompetência relativa.</p><p>- critérios de competência: art. 69: Art. 69. Determinará a competência</p><p>jurisdicional: I - o lugar da infração: II - o domicílio ou residência do réu; III - a natureza da</p><p>infração; IV - a distribuição; V - a conexão ou continência; VI - a prevenção; VII - a prerrogativa</p><p>de função. O juiz deve analisar, anuir ou indeferir.</p><p>- juiz: deve declarar-se incompetente de ofício</p><p>- parte: pode opor exceção, oral ou escrita</p><p>- incompetência relativa</p><p>- prazo: defesa prévia</p><p>- inobservância: preclusão</p><p>- incompetência absoluta: a qualquer tempo</p><p>- arguição: acusado ou MP</p><p>- processa-se em apartado</p><p>- não suspende o curso do processo</p><p>- procedente a exceção: remessa ao juízo competente</p><p>- atos instrutórios: serão aproveitados, se ratificados</p><p>- atos decisórios: são nulos (do juízo incompetente)</p><p>- decisão que reconhece incompetência:</p><p>- recurso em sentido estrito - Não é um recurso para exceção de mérito.</p><p>- decisão que rejeita a exceção: irrecorrível.</p><p>- discussão em sede de eventual apelação futura ou HC</p><p>- EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE</p><p>- hipóteses</p><p>Parte legitima ou MP.</p><p>- ilegitimidade “ad causam” (titularidade do direito de ação) – é somente o</p><p>MP ou a vítima.</p><p>- ilegitimidade “ad processum” (capacidade para prática dos atos</p><p>processuais) – refere-se as ação penais privadas e o direito de ação deve ser exercido por</p><p>parte capaz. Mas, se o representante legal vem ao processo e ratifica os atos, o processo pode</p><p>seguir.</p><p>Juiz pode reconhecer de ofício ou a outra parte pode requerer.</p><p>- juiz deve reconhecer de ofício</p><p>- processamento: semelhante ao da incompetência de juízo</p><p>- não há prazo fatal para arguição</p><p>- reconhecida a ilegitimidade: anulação do processo desde o início (“ad</p><p>causam”).</p><p>- reconhecida a ilegitimidade “ad processum”: invalidade pode ser sanada</p><p>(ratificação dos atos processuais).</p><p>- decisão que reconhece a exceção: recurso em sentido estrito</p><p>- decisão improcedente: irrecorrível (arguição em apelação futura ou HC)</p><p>- EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA</p><p>- noção de litispendência: existência</p><p>simultânea de duas ou mais ações</p><p>idênticas (pedido, partes e fato criminoso)</p><p>Há uma vedação de que uma mesma pessoa seja processada duas vezes pelo mesmo fato.</p><p>- evitar processamento paralelo de ações idênticas</p><p>- não se confunde com prevenção</p><p>- existência de dois processos iguais em curso</p><p>- litispendência caracteriza-se com a citação do réu no segundo processo</p><p>- processamento: semelhante ao da incompetência do juízo</p><p>- pode o juiz reconhecer de ofício</p><p>- parte: pode arguir (oral ou escrito) – é o maior interessado para</p><p>requerer.</p><p>- prazo: a qualquer tempo</p><p>- decisão que reconhece litispendência: recurso em sentido estrito</p><p>- decisão desfavorável: irrecorrível (HC)</p><p>A litispendência se caracteriza através do ajuizamento de duas ações que possuam as</p><p>mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, como determinam os §§ 1º e 2º</p><p>do art. 337, do CPC.</p><p>- EXCEÇÃO DE COISA JULGADA</p><p>- justifica-se na proibição de imputar a alguém por mais de uma vez o mesmo</p><p>fato</p><p>- diverge da litispendência: nesta, o processo anterior está em curso, já na</p><p>coisa julgada o processo já foi apreciado e decidido.</p><p>- coisa julgada: processo anterior já apreciado e decidido</p><p>- identidade dos elementos identificadores (pedido, partes e causa de pedir)</p><p>- pode ser reconhecida de ofício</p><p>- partes: poderão arguir exceção, desde que recebida a denúncia ou queixa</p><p>- processamento: igual incompetência de juízo</p><p>- não há prazo fatal</p><p>- decisão procedente: recurso em sentido estrito</p><p>- decisão desfavorável: irrecorrível (HC)</p><p>- INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS:</p><p>- noção: dever de o juiz, do órgão do MP, peritos, intérpretes e serventuários da</p><p>Justiça absterem-se de servir no processo.</p><p>- devem ser declinados nos autos</p><p>- relações com as partes, ou com outros juízes, ou prejuízo.</p><p>- hipóteses: arts. 252 e 253, CPP:</p><p>Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:</p><p>I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em</p><p>linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou</p><p>advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da</p><p>justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas</p><p>funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de</p><p>outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a</p><p>questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou</p><p>afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou</p><p>diretamente interessado no feito.</p><p>Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo</p><p>os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha</p><p>reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.</p><p>- afastamento pode ser espontâneo</p><p>- parte: pode arguir</p><p>- procedimento: exceção de suspeição</p><p>- não cabe recurso</p><p>Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os</p><p>peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou</p><p>impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade</p><p>ou impedimento poderá ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a</p><p>exceção de suspeição.</p><p>- RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS</p><p>Tudo o que interessar ao esclarecimento das infração penal poderá ser apreendido. Acontece,</p><p>normalmente, durante o IP. Instrumentos utilizados para a pratica da infração penal devem ser</p><p>apreendidos (roupa, sapato, documento).</p><p>Pode apreender bens obtidos com a pratica da infração penal.</p><p>- coisas que interessam ao processo penal (podem ser apreendidas)</p><p>- instrumentos utilizados no crime</p><p>- objetos relacionados com o fato</p><p>- bens materiais de valor probatório</p><p>- Art. 118, CPP: momento para restituição</p><p>Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão</p><p>ser restituídas enquanto interessarem ao processo.</p><p>- restituição: após o trânsito em julgado da sentença. Mas pode ocorrer durante</p><p>a persecução criminal se não interessar à investigação ou ao processo.</p><p>- quando não tiverem mais interesse para o processo</p><p>- Bens que não podem ser restituídos:</p><p>- confiscáveis: perda em favor da União</p><p>- ressalva: direito do lesado e do terceiro de boa-fé - b) do produto do crime ou</p><p>de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato</p><p>criminoso.</p><p>- art. 91, II, CP: bens confiscáveis: II - a perda em favor da União, ressalvado o</p><p>direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam</p><p>em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; (bens</p><p>falsificados, drogas (a não ser que pertença a laboratório), cds pirata, arma de fogo se não</p><p>devidamente registrada); b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua</p><p>proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.</p><p>- confisco: efeito automático da condenação</p><p>- Restituição: pela autoridade policial (IP) (Delegado) ou pelo juiz</p><p>- desde que não haja dúvida quanto ao direito do reclamante</p><p>- Processo incidente:</p><p>Processo incidental é aquele que, estando vinculado a um processo já em curso, é</p><p>interposto por uma das partes ou por terceiro com o objetivo de obter tutela jurisdicional que</p><p>não deve ou não pode ser obtida nos autos ditos principais.</p><p>- requerente: em 5 dias, deve produzir prova</p><p>- oitiva do MP</p><p>- direito evidente: restituição</p><p>- dúvida: indeferimento do pedido – deve haver certeza sobre a propriedade do</p><p>bem.</p><p>- discussão no cível</p><p>- recurso: apelação (esgota possibilidade de discussão)</p><p>- Podem ser restituídos até mesmo ao investigado.</p><p>- Destino dos bens:</p><p>- leilão, ressalvado o direito do lesado ou do terceiro de boa-fé</p><p>- bens confiscáveis: leilão, após 90 dias do trânsito em julgado da sentença</p><p>condenatória.</p><p>- poderá haver inutilização ou recolhimento a museu criminal</p><p>- coisas não confiscáveis: devem ser reclamadas em 90 dias, após trânsito.</p><p>Não havendo reclamação, serão leiloados, depositando-se o valor correspondente à disposição</p><p>do juízo de ausentes.</p><p>MEDIDAS ASSECURATÓRIAS</p><p>- Infração penal: causa dano à vítima</p><p>- visam assegurar a efetiva reparação do prejuízo causado ao ofendido</p><p>- processo pode demorar: necessidade de medidas urgentes</p><p>- são medidas cautelares (no âmbito criminal)</p><p>- independem de prévio ajuizamento de ação civil</p><p>- processadas em apartado (evitar tumulto processual)</p><p>- ESPÉCIES:</p><p>- SEQUESTRO:</p><p>- de bens imóveis: art. 125, CPP (adquiridos pelo agente com os proventos da</p><p>infração, ainda que transferidos a terceiros)</p><p>- oportunidade: inquérito ou ação penal</p><p>- competência: juízo penal</p><p>- pressuposto: bens adquiridos com proventos do crime</p><p>- iniciativa: de ofício pelo juiz</p><p>requerimento do MP ou ofendido</p><p>representação da autoridade policial</p><p>- requisito: existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens</p><p>- inscrição: Registro de Imóveis</p><p>- decisão que decreta: apelável</p><p>- oposição ao pedido</p><p>- embargos (contestação)</p><p>- legitimidade: indiciado ou réu</p><p>terceiro senhor e possuidor</p><p>terceiro de boa-fé que adquiriu o imóvel a título oneroso</p><p>- julgados pelo juiz penal</p><p>- levantamento do seqüestro: perda da eficácia da medida</p><p>- art. 131</p><p>- SEQUESTRO DE BENS MÓVEIS:</p><p>- bens adquiridos com produtos ou proventos do crime</p><p>- só será possível se incabível a busca e apreensão</p><p>- aplicam-se as disposições relativas ao seqüestro de imóveis</p><p>- HIPOTECA LEGAL:</p><p>- Noção: direito real de garantia</p><p>- bens imóveis pertencentes ao infrator (não aqueles adquiridos com os</p><p>proventos do crime)</p><p>- asseguram a reparação do dano</p><p>- oportunidade: inquérito ou ação penal</p><p>- requisitos: prova cabal da existência material do crime</p><p>indícios suficientes de autoria</p><p>- competência: juízo penal</p><p>- legitimidade: ofendido (representante ou herdeiros)</p><p>- procedimento: art. 135, CPP:</p><p>- apartado</p><p>- inscrição: Registro de Imóveis</p><p>- condenação do réu: autos da hipoteca serão remetidos ao cível para</p><p>execução</p><p>- absolvição ou extinção da punibilidade: cancelamento da</p><p>hipoteca</p><p>- ARRESTO DE MÓVEIS:</p><p>- Art. 137, CPP</p><p>- bens suscetíveis de penhora</p><p>- nos termos da hipoteca legal</p><p>INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL</p><p>- suspeita da falsidade de um documento</p><p>- prova deve ser séria</p><p>- documento: art. 232</p><p>- legitimidade: qualquer pessoa, inclusive a vítima e também pelo juiz, de ofício</p><p>- incidente em apartado</p><p>- argüição: por escrito</p><p>- decisão (procedente ou improcedente): recurso em sentido estrito</p><p>- comprovada a falsidade: documento será remetido ao MP</p><p>crime de falsificação em separado</p><p>INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO</p><p>- dúvida quanto à imputabilidade do acusado</p><p>- processo incidental: em apartado</p><p>- aferição da saúde mental do réu</p><p>- oportunidade: inquérito, ação penal ou até na execução da pena</p><p>- será sempre determinada pelo juiz, a pedido de qualquer parte, curador, parente ou</p><p>autoridade policial (representação)</p><p>- culpabilidade: juízo de reprovabilidade</p><p>- imputabilidade: conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para</p><p>lhe ser atribuída a prática de fato punível.</p><p>- inimputabilidade: incapacidade para apreciar o caráter ilícito do fato ou de</p><p>determinar-se de acordo com essa apreciação</p><p>- ato típico e antijurídico – praticado por doente mental – inimputável – isenção de pena</p><p>- exame médico-legal</p><p>- processamento: portaria do juízo</p><p>nomeação de curador</p><p>nomeação de dois peritos</p><p>quesitos: juiz e partes</p><p>- suspensão do processo</p><p>- prazo para realização do exame: 45 dias</p><p>- análise da imputabilidade: por ocasião da sentença</p><p>- intervenção do curador nos atos do processo</p><p>- doença mental após infração: art. 152</p><p>- suspensão do processo</p><p>- restabelecimento: volta o curso do processo</p><p>- juiz não está vinculado à perícia</p>

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