Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>Instituição de ensino superior</p><p>Faculdade do futuro</p><p>Graduação em psicologia</p><p>Teorias Psicológicas de Orientação</p><p>Fenomenológico-Existencial</p><p>Resenha Crítica</p><p>Este tratado busca levantar uma crítica</p><p>sobre o artigo “Fenomenologia e teoria</p><p>do conhecimento em Husserl.”</p><p>Prof. Milene Coelho</p><p>Esther Fonseca de Sousa</p><p>MANHUAÇU</p><p>2022</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>RESENHA CRÍTICA</p><p>1. INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ZILES, Urbano. Fenomenologia e teoria do conhecimento em Husserl. Revista da</p><p>Abordagem Gestaltáltica. [online]. 2007, vol.13, n.2, pp. 216-221. ISSN 1809-6867. Disponível</p><p>em: . Acesso em: 23 de março de 2022.</p><p>2. DADOS SOBRE O AUTOR</p><p>Urbano Zilles - Bacharelado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora</p><p>Imaculada Conceição (1962); Licenciatura em Filosofia pela Universidade Regional do</p><p>Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1971); Bacharelado em Teologia pela Theologische</p><p>Hochschule Beuron (1966); Doutorado em Teologia pela Universitat Munster</p><p>(WestfalischeWilhelms) (1969); Atualmente é Professor Titular da Pontifícia Universidade</p><p>Católica do Rio Grande do Sul, Membro de Corpo Editorial da revista “Veritas” (PUC-RS),</p><p>Membro de Corpo Editorial da revista “Teocomunicação” (PUC-RS) e Membro de Corpo</p><p>Editorial da “Revista Análise & Síntese” (Revista de Filosofia e Teologia da Faculdade São</p><p>Bento, BA). É o tradutor do texto de Husserl, A Crise da Humanidade Européia e a Filosofia.</p><p>3. DADOS SOBRE A OBRA</p><p>O artigo discutido, cujo tema é “Fenomenologia e teoria do conhecimento em Husserl”, foi</p><p>desenvolvido por Urbano Zilles, o qual abordou como ideia central de sua obra a construção da</p><p>metodologia fenomenológica em torno de uma teoria do conhecimento. Para construir tal</p><p>abordagem, o autor se fundamentou em uma base teórico-filosófica dentro das perspectivas</p><p>fenomenológicas, destacando a progressão das obras de Husserl, de uma crítica ao psicologismo</p><p>ao seu apogeu na década de 1920.</p><p>O escrito foi publicado no volume 13 da revista “Abordagem Gestaltáltica”, veículo de</p><p>publicações que envolvam temáticas relacionadas à saúde, educação, humanidades, filosofia ou</p><p>ciências socioantropológicas, e se encontra dentre as páginas 216-221, em um total de 06</p><p>páginas. Nesse sentido, o artigo utilizou o método de revisão bibliográfica e critérios teóricos</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>pertinentes ao referido tema, incluindo a seleção de grande parte das obras de Husserl para fazer</p><p>parte dessa construção intelectual.</p><p>É dirigido para um público de profissionais e estudantes do campo das Ciências Humanas,</p><p>tendo como principal objetivo a discussão sobre as principais ideias de Edmund Husserl a</p><p>respeito da construção da hoje dita e utilizada como uma das principais metodologias da</p><p>Gestalt-terapia: a fenomenologia. Ademais, vale destacar a forma como essa temática foi</p><p>discorrida, por meio de materiais teóricos compilados, destinados a um estudo aprofundado do</p><p>tema proposto, de maneira a proporcionar aos leitores um material enriquecido e explanado,</p><p>que poderá servir como base em projetos futuros.</p><p>4. POSICIONAMENTO CRÍTICO</p><p>A priori, o artigo vem nos trazendo questões acerca da rejeição do psicologismo por</p><p>Edmund Hursserl, visto que este autor se recusa a aceitar a ideia de que a explicação da teoria</p><p>do conhecimento e da lógica se encontram na psicologia. Dessa forma, suas investigações</p><p>sugerem que a lógica deve ser fundamento de um sistema filosófico, se aproximando da tese de</p><p>Hermann Cohen, o qual buscava uma sentença que explicaria e de onde seriam derivadas todas</p><p>as coisas. Nesse sentido, para os autores supracitados, as investigações lógicas deveriam ser</p><p>fundamentadas pelo sistema filosófico como teoria universal da ciência.</p><p>Rejeitando o psicologismo, Husserl afirma que as proposições</p><p>lógicas contêm verdades necessárias, puramente ideais; as</p><p>proposições da psicologia generalizam interpretações da</p><p>experiência. A psicologia pressupõe a existência de seus objetos e</p><p>a lógica não. Pela crítica ao psicologismo Husserl pensa a</p><p>propriedade dos atos de pensar, perceber etc., a partir do seu</p><p>conteúdo de sentido, ou seja, do pensado e percebido. (ZILES,</p><p>2007).</p><p>Para se chegar a esse “conhecimento universal de si mesmo”, necessita-se da redução</p><p>fenomenológica, cujo sentido é tematizar a consciência pura, começando com a epoqué, ou seja,</p><p>com a colocação entre parênteses do mundo e prosseguindo na redução eidética que tem como</p><p>meta a compreensão da essência. Segundo Ziles, Hurssel tem como princípio metodológico a</p><p>tentativa de descrever a vida da consciência como se apresenta à reflexão, logo percebemos a</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>progressão na abordagem de seus problemas, o que partiu de uma crítica ao psicologismo, agora</p><p>busca a estruturação de uma fenomenologia transcendental, a partir da análise da consciência.</p><p>Como crítica radical das ciências, Hurssel cria “A teoria da intersubjetividade”, com</p><p>conceitos como o “mundo da vida (Lebenswelt) e o corpo”, entendendo em última análise o</p><p>mundo da vida como algo espiritual, um fenômeno dado na consciência, o qual deve ser</p><p>colocado entre parênteses para depois ser recuperado mediante a reflexão universal sobre si</p><p>mesmo.</p><p>Apesar de não encontrar um continuador de sua filosofia, a influência da Fenomenologia de</p><p>Edmund Husserl alcançou uma grande proporção a partir do seu apogeu na década de 1920 e</p><p>hoje, segundo Ziles, se tornou difícil avaliá-la em toda a sua extensão e profundidade, o que</p><p>pode ser exemplificado pela Gestalt-terapia, uma abordagem da psicologia que tem como</p><p>principal método, a fenomenologia.</p><p>Tendo em vista o exposto, pude concluir que o autor foi coerente e fundamentou</p><p>devidamente o discurso apresentado, demostrando total domínio sobre a temática, ao discuti-la</p><p>com propriedade, fazendo uso de um material teórico pautado em referenciais bibliográficos.</p><p>Além de fornecer uma aprendizagem metodológica, o artigo apresenta uma sólida discussão a</p><p>respeito da Fenomenologia de Hursserl, desde os seus primórdios, perpassando por seu</p><p>desenvolvimento e trazendo uma perspectiva atual dessa metodologia filosófica. Sendo o</p><p>objetivo da obra discorrer sobre tal pensamento, deduz-se que foi cumprido de forma plena.</p><p>O artigo estudado se apresenta como uma excelente via de aprendizagem para nós,</p><p>graduandos de psicologia, visto que aponta para uma das principais estruturas teóricas da</p><p>Gestalt-terapia, um modelo psicoterápico com ênfase na responsabilidade de si mesmo. Além</p><p>disso, a filosofia pode ser considerada a base primitiva da psicologia, porque foi a partir de</p><p>questionamentos e discussões filosóficas que surge a psicologia com o intuito de explicar</p><p>fenômenos da mente e do espírito, portanto, cabe a nós, futuros psicólogos, o conhecimento de</p><p>nossas raízes filosóficas, incluindo a fenomenologia, tão presente no contexto atual da clínica</p><p>psicológica.</p><p>Portanto, é essencial que o assunto colocado em pauta nessa obra seja pensado dentro da</p><p>formação em psicologia e acredito que este artigo seja um ótimo instrumento para se alcançar</p><p>tal objetivo.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina