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<p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 1/50</p><p>FUNDAMENTOS DA</p><p>ECONOMIA POLÍTICA</p><p>CLÁSSICA</p><p>Aula 1</p><p>ECONOMIA COMO OBJETO</p><p>DE ESTUDO</p><p>Economia como objeto de estudo</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta videoaula, você irá conhecer a economia como objeto de</p><p>estudo. Esse conteúdo é importante para a sua prática profissional,</p><p>pois permitirá você compreender a economia como ciência social</p><p>dedicada a analisar o comportamento humano diante da escassez de</p><p>recursos e das escolhas que decorrem desse cenário.</p><p>Prepare-se para essa jornada de conhecimento! Vamos lá!</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 2/50</p><p>Ponto de Partida</p><p>Olá, estudante!</p><p>Durante esta aula, vamos explorar dois conceitos fundamentais no</p><p>campo da economia: o Problema Econômico Fundamental e o Fluxo</p><p>Circular de Renda. Esses são alicerces para compreender como as</p><p>sociedades gerenciam seus recursos escassos e como a renda flui</p><p>entre os agentes econômicos.</p><p>Para contextualizar o conteúdo, imagine que em uma comunidade</p><p>rural, a escassez de recursos, como terra e água, desencadeia</p><p>dilemas econômicos fundamentais para os agricultores. As decisões</p><p>sobre o que plantar, como produzir e a quem vender tornam-se</p><p>essenciais em meio à competição por recursos limitados. A</p><p>distribuição desigual dos benefícios da produção cria dilemas éticos</p><p>na comunidade. Como lidar com a escassez de recursos e os conflitos</p><p>na alocação? Quais estratégias podem ser adotadas para promover</p><p>uma distribuição mais equitativa dos benefícios econômicos? Como</p><p>conciliar eficiência econômica e sustentabilidade diante da escassez</p><p>de recursos naturais?</p><p>Essas são questões que demandam reflexão para abordar os</p><p>problemas econômicos fundamentais nessa comunidade específica.</p><p>Ao longo desta aula, exploraremos os princípios econômicos que</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 3/50</p><p>ajudarão você a encontrar soluções para esse dilema e entender</p><p>como os recursos são alocados em uma economia.</p><p>Vamos embarcar nessa jornada juntos?</p><p>Vamos Começar!</p><p>Para iniciar o nosso estudo, vamos realizar a seguinte reflexão: seja</p><p>em nosso cotidiano, na internet, rádio ou TV, nos deparamos com</p><p>termos relacionados a questões econômicas, tais como: inflação, taxa</p><p>de juros, desemprego, crescimento econômico, impostos, taxa de</p><p>câmbio, etc. Esses temas, dentre outros, são assuntos pertencentes à</p><p>economia. Mas o que de fato é a “economia”?</p><p>O termo economia origina-se das palavras gregas oikos (casa) e</p><p>nomos (normas). Na Grécia antiga, economia significava a arte de</p><p>bem administrar o lar.</p><p>Modernamente, define-se economia como a ciência que estuda o</p><p>emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de</p><p>obter os melhores resultados, seja na produção de bens ou na</p><p>prestação de serviços, a fim de satisfazer as necessidades humanas</p><p>(Vasconcelos; Garcia, 2023).</p><p>Logo, a economia é uma ciência social que se dedica ao estudo das</p><p>escolhas humanas no contexto da escassez de recursos. Ela busca</p><p>entender como as sociedades alocam seus recursos limitados para</p><p>satisfazer suas necessidades e seus desejos ilimitados.</p><p>Os recursos escassos são os bens e serviços empregados na</p><p>produção (mão de obra, capital, terra e matérias-primas), mediante</p><p>uma tecnologia conhecida, para a produção de outros bens e serviços</p><p>de maior valor total e destinados a atender a demanda (intenção de</p><p>compra de bens e serviços) (Vasconcelos, 2015).</p><p>Independentemente do quão ricos ou avançados tecnologicamente</p><p>sejam os países, a escassez é uma realidade inerente à condição</p><p>humana. Os problemas econômicos fundamentais surgem da</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 4/50</p><p>escassez e podem ser resumidos em quatro questões principais,</p><p>conforme pode-se visualizar na Figura 1.</p><p>Figura 1 | Problemas econômicos fundamentais</p><p>Segundo Vasconcelos e Garcia (2023), os problemas econômicos</p><p>fundamentais podem ser assim compreendidos:</p><p>O que produzir? Refere-se à decisão sobre quais bens e</p><p>serviços serão produzidos na economia. Os recursos são</p><p>limitados e as sociedades precisam tomar decisões sobre quais</p><p>bens e serviços são mais importantes ou prioritários para atender</p><p>às necessidades e aos desejos das pessoas.</p><p>Quanto produzir? Está relacionado à quantidade de bens e</p><p>serviços que a economia deve produzir. As decisões sobre a</p><p>quantidade a ser produzida estão ligadas ao equilíbrio entre a</p><p>oferta e a demanda. Produzir muito pode levar ao excesso de</p><p>oferta e desperdício de recursos, enquanto produzir pouco pode</p><p>resultar em escassez.</p><p>Como produzir? Este problema diz respeito às técnicas de</p><p>produção e à alocação de recursos para a produção de bens e</p><p>serviços. As sociedades precisam decidir qual tecnologia,</p><p>métodos de produção e combinação de recursos (trabalho, terra</p><p>e capital) serão usados para produzir eficientemente os bens</p><p>desejados.</p><p>Para quem produzir? Esta questão está relacionada à</p><p>distribuição dos bens e serviços produzidos. As decisões sobre</p><p>como a renda e os bens são distribuídos afetam a equidade e a</p><p>justiça social. Isso também se relaciona com a determinação de</p><p>como as pessoas têm acesso aos bens produzidos.</p><p>Compreendido o problema da escassez e os problemas econômicos</p><p>fundamentais, você pode se perguntar: quais são os recursos</p><p>escassos?</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 5/50</p><p>Os recursos escassos são os insumos, ou fatores de produção,</p><p>utilizados no processo produtivo para obter outros bens, destinados à</p><p>satisfação das necessidades dos consumidores (Silva; Luiz, 2017). Os</p><p>fatores de produção são:</p><p>Trabalho (mão de obra): refere-se ao esforço humano, incluindo</p><p>habilidades, conhecimento e tempo dedicado à produção.</p><p>Terra: representa os recursos naturais, como solo, água,</p><p>minerais e recursos energéticos que são utilizados na produção e</p><p>o espaço físico utilizado no processo de produção de um bem ou</p><p>uma prestação de serviços.</p><p>Capital: refere-se aos bens manufaturados que são usados para</p><p>produzir outros bens e serviços. Isso inclui máquinas,</p><p>equipamentos, fábricas e tecnologia.</p><p>Capacidade empresarial: representa a capacidade de organizar</p><p>os outros fatores de produção e tomar decisões de negócios. Os</p><p>empreendedores são responsáveis por identificar oportunidades</p><p>econômicas e assumir riscos.</p><p>Na economia, portanto, para produzir bens e serviços, os agentes</p><p>devem combinar os fatores de produção da melhor forma possível,</p><p>visando atender às necessidades e aos desejos dos homens, já que a</p><p>quantidade de fatores de produção disponível é finita (Silva; Luiz,</p><p>2017).</p><p>Nesse contexto, os fatores de produção são direcionados para</p><p>produzir os chamados bens econômicos. Um bem econômico, assim,</p><p>é o que possui uma raridade relativa e, portanto, um preço e pode ser</p><p>classificado como bem de consumo – durável, não durável e</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 6/50</p><p>semidurável –, bem de capital e bem intermediário, conforme o</p><p>Quadro 1.</p><p>Quadro 1 | Tipos de bens econômicos. Fonte: adaptada de Malassise</p><p>e Salvalagio (2014).</p><p>Siga em Frente...</p><p>Sabemos que a economia de mercado é formada por agentes</p><p>econômicos, tais como famílias e empresas, que interagem em um</p><p>complexo sistema de trocas e transações. O fluxo circular da renda é</p><p>uma representação fundamental desse processo, permitindo a</p><p>visualização de como os recursos e o dinheiro fluem entre esses dois</p><p>pilares essenciais da atividade econômica (Viceconti; Neves, 2013).</p><p>Esse conceito é uma base sólida para a compreensão</p><p>na</p><p>economia. Keynes argumentou que em tempos de recessão, o Estado</p><p>deve intervir através de políticas fiscais e monetárias para estimular a</p><p>demanda agregada e reverter o desemprego. Ele via o Estado como</p><p>um regulador necessário para evitar crises prolongadas. Ambas as</p><p>escolas reconhecem a importância do Estado, mas diferem na</p><p>intensidade e na forma de intervenção necessária.</p><p>Karl Marx, crítico ferrenho do capitalismo, argumentava que o sistema</p><p>é intrinsecamente injusto. Ele via a exploração da classe trabalhadora</p><p>como uma característica fundamental, onde os proprietários dos</p><p>meios de produção (burguesia) extraem mais valor do trabalho dos</p><p>trabalhadores do que lhes é pago. Marx previu que as contradições</p><p>inerentes ao capitalismo levariam a crises e à eventual superação do</p><p>sistema.</p><p>Os economistas clássicos, como Adam Smith, e seus sucessores</p><p>neoclássicos, como Alfred Marshall, defendem o capitalismo como um</p><p>sistema que, em última instância, promove eficiência econômica e</p><p>crescimento. Eles argumentam que a busca pelo lucro, a competição</p><p>e a alocação eficiente de recursos são características positivas do</p><p>sistema, que, quando não interferidas, levam a uma distribuição mais</p><p>eficiente dos bens e serviços.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 42/50</p><p>Em síntese, as reflexões sobre a intervenção do Estado na economia</p><p>e as críticas ao sistema capitalista demonstram a diversidade de</p><p>perspectivas na teoria econômica. As discussões continuam a evoluir</p><p>à medida que novas ideias e desafios emergem na sociedade e na</p><p>economia global.</p><p>Saiba Mais</p><p>Leia o capítulo História do pensamento econômico do livro: Economia</p><p>política. Nesse capítulo, você vai conhecer a história do pensamento</p><p>econômico, da sua origem no século XVIII aos principais avanços da</p><p>teoria econômica no século XX. Ou seja, você vai saber quais são as</p><p>principais escolas do pensamento econômico e quais são os</p><p>principais pensadores de cada uma delas.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book.</p><p>Leia o capítulo Pressupostos e conceitos das principais correntes</p><p>econômicas do livro: Economia política. Nesse capítulo, você vai</p><p>aprender sobre as escolas clássica, marxista,</p><p>neoclássica e keynesiana e vai visualizar comparações entre elas. Por</p><p>fim, você vai conhecer sobre as origens do pensamento econômico</p><p>atual.</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-book.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2005.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024083/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028968/</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 43/50</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>Encerramento da Unidade</p><p>FUNDAMENTOS DA</p><p>ECONOMIA POLÍTICA</p><p>CLÁSSICA</p><p>Fundamentos de economia política</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta videoaula de revisão, você conhecerá os conceitos</p><p>fundamentais do capitalismo e da economia política.</p><p>Esse conteúdo é importante para a sua prática profissional, pois você</p><p>compreenderá o processo de formação do sistema capitalista de</p><p>produção.</p><p>Prepare-se para essa jornada de conhecimento! Vamos lá!</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 44/50</p><p>Ponto de Chegada</p><p>Olá, estudante!</p><p>Para desenvolver a competência desta unidade, que é conhecer os</p><p>fundamentos teóricos da economia política, você deverá</p><p>primeiramente entender os conceitos fundamentais que permeiam a</p><p>ciência econômica.</p><p>Inicialmente, ao explorar o problema da escassez, você adquire</p><p>conhecimentos essenciais para compreender a base da economia e</p><p>as necessidades de alocação de recursos. Entender os problemas</p><p>econômicos fundamentais proporciona a habilidade de analisar as</p><p>escolhas relacionadas à produção, à distribuição e ao consumo,</p><p>fundamentais para a compreensão da economia política.</p><p>Avançando o estudo, focamos nas origens da economia política,</p><p>interpretando o trabalho, a lei do valor e a mercadoria, e discutindo o</p><p>modo de produção capitalista. Desenvolver essa competência implica</p><p>compreender as raízes da teoria econômica e suas implicações no</p><p>sistema capitalista. Interpretar o trabalho e a lei do valor permite</p><p>analisar as relações sociais e econômicas subjacentes ao capitalismo.</p><p>Ao estudar a transição do feudalismo para o capitalismo, bem como</p><p>discutir suas principais características, você adquire uma</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 45/50</p><p>compreensão mais profunda do contexto histórico e das bases</p><p>estruturais desse sistema econômico. Desenvolver essa competência</p><p>envolve a capacidade de relacionar eventos históricos à evolução do</p><p>capitalismo.</p><p>Por fim, compreender as raízes do pensamento econômico</p><p>proporciona uma base sólida para analisar criticamente as teorias que</p><p>moldaram a ciência econômica. A evolução e consolidação dessas</p><p>ideias entre os séculos XVIII e XX são importantes para contextualizar</p><p>o pensamento econômico contemporâneo, bem como permite a você</p><p>entender as correntes que influenciam o debate econômico atual.</p><p>Concluindo, ao compreender esses conteúdos, você estará apto a</p><p>analisar e interpretar os fundamentos teóricos da economia política.</p><p>Desenvolver essa competência implica não apenas adquirir</p><p>conhecimento, mas também aplicar esse conhecimento na análise</p><p>crítica do sistema econômico, relacionando-o aos eventos históricos e</p><p>às correntes de pensamento que o influenciaram.</p><p>É Hora de Praticar!</p><p>Na cidade fictícia de Terra Nova, um grupo de estudantes de</p><p>economia política se depararam com uma problemática que desafia a</p><p>compreensão dos fundamentos teóricos da economia política. A</p><p>cidade, outrora agrícola e feudal, está passando por mudanças</p><p>econômicas e os estudantes são chamados para analisar a situação.</p><p>Terra Nova, por séculos, foi uma comunidade agrícola baseada em</p><p>relações feudais, com a produção centrada na agricultura e relações</p><p>de servidão. Contudo, nos últimos anos, uma série de transformações</p><p>econômicas tumultuou a cidade. Surgiram novas indústrias, as</p><p>relações de trabalho mudaram e a busca por lucro tornou-se mais</p><p>evidente. Os estudantes precisam compreender e aplicar os</p><p>fundamentos teóricos da economia política para decifrar os desafios</p><p>que a cidade enfrenta.</p><p>Nesse contexto, surgem as seguintes problemáticas:</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 46/50</p><p>1. Transição de modo de produção:</p><p>Como a transição do modo de produção feudal para o capitalista</p><p>impactou as relações sociais e econômicas em Terra Nova?</p><p>Quais são os sinais mais evidentes dessa transição nas formas</p><p>de trabalho, propriedade dos meios de produção e relações</p><p>comerciais?</p><p>2. Conflitos de interesse:</p><p>Como os conflitos de interesse entre os antigos senhores feudais</p><p>e os novos empresários capitalistas estão moldando as</p><p>dinâmicas econômicas em Terra Nova?</p><p>De que forma a competição por recursos e mercados está</p><p>influenciando as escolhas econômicas na cidade?</p><p>3. Desigualdade e divisão do trabalho:</p><p>Quais são os impactos da divisão do trabalho e da busca por</p><p>eficiência na criação de desigualdades sociais em Terra Nova?</p><p>Como as diferentes classes sociais estão sendo afetadas pelas</p><p>mudanças na estrutura econômica?</p><p>4. Desafios na lei do valor:</p><p>Como a lei do valor está se manifestando nas transações</p><p>econômicas de Terra Nova?</p><p>Quais são os desafios</p><p>enfrentados pelos agentes econômicos ao</p><p>tentar determinar o valor das mercadorias em um contexto de</p><p>rápida transformação?</p><p>O estudo de caso em Terra Nova desafia os estudantes a aplicar os</p><p>fundamentos teóricos da economia política para compreender e</p><p>propor soluções para os desafios econômicos enfrentados pela</p><p>cidade. Ao explorar as problemáticas apresentadas, os estudantes</p><p>desenvolverão uma compreensão mais profunda dos princípios que</p><p>regem a transição entre modos de produção e as complexidades das</p><p>mudanças econômicas.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 47/50</p><p>Reflita</p><p>Ao considerar os conceitos abordados sobre as origens da economia</p><p>política, a interpretação do trabalho, a lei do valor e a mercadoria,</p><p>como esses elementos fundamentais influenciam as relações sociais</p><p>e econômicas no contexto do modo de produção capitalista?</p><p>Ao considerar os conteúdos abordados sobre a transição do</p><p>feudalismo para o capitalismo e as principais características do</p><p>capitalismo, como você percebe a influência desses processos</p><p>históricos na configuração do sistema econômico contemporâneo?</p><p>Resolução do estudo de caso</p><p>A competência desenvolvida ao longo deste estudo de caso foi a de</p><p>conhecer os fundamentos teóricos da economia política, aplicando-os</p><p>para compreender e solucionar os desafios econômicos em Terra</p><p>Nova. Os estudantes, ao enfrentarem as questões norteadoras,</p><p>aprimoraram sua compreensão sobre a transição de modos de</p><p>produção, conflitos de interesse, desigualdades sociais e os desafios</p><p>da lei do valor, usando os fundamentos teóricos da economia política</p><p>como guia.</p><p>Sobre as problemáticas apresentadas, os estudantes apresentam as</p><p>seguintes reflexões:</p><p>1. Transição de modo de produção:</p><p>A transição em Terra Nova foi marcada por uma mudança</p><p>significativa nas relações de produção. A propriedade privada dos</p><p>meios de produção tornou-se dominante, e as relações feudais</p><p>cederam espaço para uma dinâmica mais capitalista. Os sinais</p><p>mais evidentes foram observados nas novas formas de trabalho</p><p>assalariado e na crescente importância do comércio.</p><p>2. Conflitos de interesse:</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 48/50</p><p>Os conflitos entre os antigos senhores feudais e os novos</p><p>empresários capitalistas foram analisados. Identificou-se que</p><p>esses conflitos moldaram as dinâmicas econômicas,</p><p>influenciando decisões de investimento, uso de recursos e</p><p>estratégias comerciais. A competição acirrada por recursos e</p><p>mercados emergentes tornou-se uma força motriz nas escolhas</p><p>econômicas.</p><p>3. Desigualdade e divisão do trabalho:</p><p>A divisão do trabalho e a busca por eficiência foram fatores-</p><p>chave na criação de desigualdades sociais em Terra Nova. A</p><p>análise revelou que algumas classes sociais foram mais</p><p>impactadas do que outras. Recomendações foram feitas para</p><p>mitigar esses impactos, buscando políticas que promovam uma</p><p>distribuição mais equitativa dos benefícios econômicos.</p><p>4. Desafios na lei do valor:</p><p>Os desafios na determinação do valor das mercadorias foram</p><p>explorados. A volatilidade econômica e as mudanças rápidas</p><p>tornaram complexa a aplicação da lei do valor. Estratégias foram</p><p>propostas para lidar com essa instabilidade, incluindo avaliações</p><p>mais flexíveis e dinâmicas do valor econômico das mercadorias.</p><p>A resolução desses desafios em Terra Nova exigiu a aplicação dos</p><p>fundamentos teóricos da economia política. Os estudantes</p><p>conseguiram integrar conceitos como transição de modos de</p><p>produção, conflitos de interesse, desigualdades sociais e a lei do valor</p><p>para compreender e propor soluções para os problemas econômicos</p><p>enfrentados pela cidade. Dessa forma, a competência de conhecer os</p><p>fundamentos teóricos da economia política foi solidificada na prática,</p><p>capacitando os estudantes para análises mais profundas em</p><p>contextos econômicos complexos.</p><p>Dê o play!</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 49/50</p><p>Assimile</p><p>Figura 1 | Fundamentos de economia política</p><p>Referências</p><p>SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2005.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018.</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 50/50</p><p>VASCONCELOS, M. A. S. Economia: micro e macro. 6. ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2015.</p><p>VASCONCELOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de</p><p>economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2023.</p><p>de como a</p><p>economia opera, destacando como as famílias fornecem fatores de</p><p>produção às empresas em troca de renda, enquanto as empresas</p><p>Tipo de bem Conceito</p><p>Consumo</p><p>Utilizados pelas pessoas para satisfazer suas necessidades</p><p>Semidurável</p><p>Consumidos integralmente ao ser usado (Ex.: alimentos)</p><p>Não durável</p><p>Utilizados diversas vezes, mas seu período de utilização é</p><p>relativamente curto (Ex.: artigos de vestuário)</p><p>Durável</p><p>Utilizados várias vezes e durante muito tempo (Ex.: meios de</p><p>transporte, eletrodomésticos)</p><p>Capital</p><p>Utilizados para produzir outros bens (Ex.: máquinas,</p><p>equipamentos)</p><p>Intermediário</p><p>São os insumos utilizados na produção de bens e serviços (Ex.:</p><p>matérias-primas e componentes)</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 7/50</p><p>produzem bens e serviços que são adquiridos pelas famílias, gerando</p><p>um ciclo econômico contínuo.</p><p>Segundo Viceconti e Neves (2013), a renda, ou seja, a remuneração</p><p>paga pelas empresas para as famílias, pelo uso dos fatores de</p><p>produção que são de propriedade das famílias, é classificada pelos</p><p>economistas em quatro grandes categorias, sendo elas:</p><p>1. Salários: as famílias recebem salários em troca do trabalho que</p><p>fornecem às empresas. Essa é a forma mais comum de renda</p><p>para a maioria das famílias.</p><p>2. Juros: se as famílias possuem poupanças ou investimentos</p><p>financeiros, recebem juros sobre esses ativos.</p><p>3. Aluguéis: se possuem propriedades, como imóveis ou terras,</p><p>recebem aluguéis de empresas que utilizam esses ativos.</p><p>4. Lucros: algumas famílias também podem ser proprietárias de</p><p>empresas e recebem lucros como retorno sobre seu capital</p><p>investido.</p><p>As famílias detêm os fatores de produção, fornecendo-os às</p><p>empresas, enquanto as empresas são detentoras dos bens e serviços</p><p>vendendo-os para as famílias. Essa relação entre famílias e empresas</p><p>determina o “Fluxo real da economia”. Na Figura 2, pode-se visualizar</p><p>a dinâmica do fluxo circular da renda.</p><p>Figura 2 | Fluxo circular da renda. Fonte: Vasconcelos e Garcia (2023, p. 16).</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 8/50</p><p>Ao visualizar a Figura 2, perceba que o conceito do fluxo circular da</p><p>renda nos proporciona uma visão clara de como o mercado de bens e</p><p>os fatores de produção estão interligados e como os diversos agentes</p><p>econômicos dependem uns dos outros. Nas empresas, os bens e</p><p>serviços são disponibilizados para as famílias (isto é, no mercado real)</p><p>e, em contrapartida, as famílias efetuam pagamentos por esses bens</p><p>e serviços (ou seja, no mercado nominal). Por outro lado, as famílias</p><p>fornecem mão de obra e outros recursos de produção para as</p><p>empresas (novamente, no mercado real) e, em troca, recebem</p><p>compensações na forma de salários, juros, aluguéis e outros</p><p>pagamentos (ainda no mercado nominal) por parte das próprias</p><p>empresas (Silva; Luiz, 2017). Perceba que o fluxo monetário da</p><p>economia apresenta os pagamentos (monetários) para os fatores de</p><p>produção e para os bens e serviços.</p><p>Em resumo, o fluxo circular da renda em uma economia fechada,</p><p>considerando apenas as famílias e as empresas, é um modelo</p><p>conceitual que ilustra como a renda flui entre esses dois principais</p><p>agentes econômicos. Famílias fornecem fatores de produção e</p><p>recebem renda, enquanto as empresas produzem bens e serviços e</p><p>geram receita. Esse ciclo contínuo é fundamental para o</p><p>funcionamento da economia e para a manutenção da estabilidade</p><p>econômica.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Durante nossa aula, abordamos o Problema Econômico Fundamental</p><p>e o Fluxo Circular de Renda, que nos fornecem as ferramentas</p><p>necessárias para enfrentar o dilema dos produtores rurais com</p><p>recursos naturais limitados e demandas diversas. Agora, vamos</p><p>relacionar os conceitos discutidos com a resolução desse problema.</p><p>Na problematização inicial, vimos que a distribuição desigual dos</p><p>benefícios da produção cria dilemas éticos na comunidade, com</p><p>diversos questionamentos. Vamos abordar cada um deles a partir de</p><p>agora.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 9/50</p><p>1. Como lidar com a escassez de recursos e os conflitos na</p><p>alocação?</p><p>Implementar políticas de gestão de recursos que promovam a</p><p>eficiência na utilização da terra e da água, como práticas de</p><p>agricultura sustentável e tecnologias de irrigação eficientes.</p><p>Estabelecer mecanismos de cooperação e diálogo entre os</p><p>setores da comunidade para identificar soluções colaborativas</p><p>para alocar os recursos de maneira mais equitativa.</p><p>2. Quais estratégias podem ser adotadas para promover uma</p><p>distribuição mais equitativa dos benefícios econômicos?</p><p>Desenvolver programas de treinamento e educação para</p><p>capacitar todos os membros da comunidade, permitindo que</p><p>participem igualmente das oportunidades econômicas.</p><p>Estabelecer políticas de redistribuição de recursos que</p><p>considerem as necessidades específicas dos grupos mais</p><p>vulneráveis, visando reduzir disparidades socioeconômicas.</p><p>3. Como conciliar eficiência econômica e sustentabilidade diante</p><p>da escassez de recursos naturais?</p><p>Investir em tecnologias sustentáveis e práticas agrícolas que</p><p>otimizem a produção, minimizando impactos ambientais.</p><p>Implementar políticas de incentivo à inovação e pesquisa</p><p>voltadas para práticas econômicas sustentáveis, visando a</p><p>preservação dos recursos naturais a longo prazo.</p><p>Essas soluções sugerem abordagens práticas e estratégicas para</p><p>enfrentar os desafios econômicos fundamentais na comunidade,</p><p>buscando equidade, eficiência e sustentabilidade na gestão dos</p><p>recursos escassos.</p><p>Saiba Mais</p><p>Vamos conhecer um pouco mais sobre o que aprendemos? É</p><p>importante que você tenha outras fontes de pesquisa para ser capaz</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 10/50</p><p>de pensar de forma crítica o conteúdo abordado nesta aula.</p><p>Leia o Capítulo 1 do livro: Fundamentos de economia, disponível na</p><p>Biblioteca Virtual. Trata-se de um livro introdutório de Economia</p><p>Aplicada, no qual procura-se explicar com clareza e concisão</p><p>conceitos e problemas econômicos fundamentais, de forma que você</p><p>possa ter melhor compreensão da realidade econômica.</p><p>VASCONCELOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de</p><p>economia. São Paulo: Editora Saraiva, 2023. E-book.</p><p>Leia o Capítulo 2 do livro: Introdução à economia, disponível na</p><p>Biblioteca Virtual. Nesse capítulo, você vai compreender como os</p><p>fatores de produção são alocados no processo de produção</p><p>capitalista, dentro do contexto dos problemas econômicos</p><p>fundamentais.</p><p>ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 21. ed. São Paulo: Grupo</p><p>GEN, 2016. E-book.</p><p>O fluxo circular da renda é um importante conceito para a</p><p>compreensão do funcionamento do sistema econômico. Para você</p><p>conhecer mais sobre o assunto, te convido a ler o artigo O fluxo</p><p>circular de renda: saiba o que é e como funciona.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>MALASSISE, R. L. S.; SALVALAGIO, W. Introdução à economia.</p><p>Londrina: Unopar, 2014.</p><p>ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 21. ed. São Paulo: Grupo</p><p>GEN, 2016. E-book. ISBN 9788597008081. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597008081/.</p><p>Acesso em: 18 out. 2023.</p><p>SILVA, C. R. L; LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à</p><p>economia. 20. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571441415/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597008081/</p><p>https://dsipublicacoes.com.br/fluxo-circular-de-renda/</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 11/50</p><p>VASCONCELOS, M. A. S. Economia: micro e macro. 6. ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2015.</p><p>VASCONCELOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de</p><p>economia. São</p><p>Paulo: Editora Saraiva, 2023. E-book. ISBN</p><p>9788571441415. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571441415/.</p><p>Acesso em: 18 out. 2023.</p><p>VICECONTI, P.; NEVES, S. Introdução à economia, 12. ed. São</p><p>Paulo: Editora Saraiva, 2013.</p><p>Aula 2</p><p>CONCEITOS</p><p>FUNDAMENTAIS DE</p><p>ECONOMIA POLÍTICA</p><p>Conceitos fundamentais de</p><p>economia política</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta videoaula você irá conhecer conceitos fundamentais de</p><p>economia política. Esse conteúdo é importante para a sua prática</p><p>profissional, pois você compreenderá as origens da economia política</p><p>e a sua relação com o surgimento do capitalismo, proporcionando</p><p>uma visão histórica do sistema econômico no qual vivemos.</p><p>Prepare-se para essa jornada de conhecimento! Vamos lá!</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 12/50</p><p>Ponto de Partida</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta aula vamos estudar as origens da economia política, dentro do</p><p>contexto do modo de produção capitalista. Também, você conhecerá</p><p>as três categorias teóricas da economia política: o trabalho, a lei do</p><p>valor e a mercadoria.</p><p>À medida que exploramos a evolução da economia política, dois</p><p>questionamentos fundamentais emergem, instigando uma reflexão</p><p>crítica sobre os conteúdos estudados:</p><p>Transformações da burguesia: como as transformações de</p><p>postura da burguesia, inicialmente associada a princípios</p><p>revolucionários e posteriormente tornando-se conservadora,</p><p>influenciaram a dinâmica das relações sociais e econômicas</p><p>durante o período de mudanças radicais, especialmente entre</p><p>1825 e 1850?</p><p>Modo de produção capitalista e circulação mercantil: como a</p><p>transição da circulação mercantil simples para a circulação</p><p>mercantil capitalista redefiniu as relações econômicas?</p><p>Ao buscar respostas para esses questionamentos, vamos ter uma</p><p>compreensão crítica das estruturas que moldam o sistema capitalista</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 13/50</p><p>e suas implicações na sociedade contemporânea.</p><p>Bons estudos!</p><p>Vamos Começar!</p><p>A economia política não surgiu como uma disciplina claramente</p><p>definida desde o início, mas evoluiu gradualmente em resposta a</p><p>desafios políticos e econômicos.</p><p>O termo "economia política" tem raízes antigas, remontando à Grécia</p><p>antiga, onde pensadores como Aristóteles e Platão discutiam sobre a</p><p>organização da polis e a distribuição de recursos. No entanto, estudos</p><p>sobre a economia política moderna começou a se desenvolver</p><p>durante a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX na Europa.</p><p>Esse período de mudança radical trouxe consigo uma série de</p><p>desafios sociais e econômicos, provocando uma reflexão mais</p><p>profunda sobre a natureza da riqueza, do poder e das relações entre</p><p>os indivíduos e o Estado (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Esses estudos pioneiros da economia formaram o primeiro corpo</p><p>teórico do que se chamou economia política. Destaca-se os trabalhos</p><p>de François Quesnay (1694-1774), Adam Smith (1723-1790), William</p><p>Petty (1623-1687), Pierre de Boisguillebert (1646-1714), David</p><p>Ricardo (1772-1823), etc. Juntos, esses pensadores constituíram a</p><p>economia política clássica (Paulo Netto; Braz, 2007 apud Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Na visão da economia política clássica, o foco principal residia na</p><p>compreensão das relações sociais que se delineavam durante a crise</p><p>do antigo regime feudal. Diferentemente da busca por estabelecer</p><p>uma disciplina científica formal, os pensadores clássicos desse campo</p><p>não tinham, inicialmente, a intenção de construir um corpo de</p><p>conhecimento científico autônomo. Seu verdadeiro propósito era</p><p>desvendar o modo como a sociedade estava se reconfigurando a</p><p>partir do declínio do mundo feudal.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 14/50</p><p>Portanto, os clássicos da economia política não se posicionavam</p><p>meramente como cientistas puristas; ao contrário, almejavam</p><p>objetivos intensos de intervenção política e social. De acordo com</p><p>Sandroni (2005), é por essa razão que esse campo de estudo adotou</p><p>a designação "economia política", onde o termo "política" é</p><p>equiparado a "social", seguindo a tradição aristotélica que considera o</p><p>homem como um ser político, ou seja, um ser social.</p><p>Nesse contexto, pode-se observar que a economia política clássica</p><p>refletiu as ideias da burguesia durante um período histórico em que</p><p>essa classe estava à frente das lutas sociais, liderando o processo</p><p>revolucionário que resultou na queda do feudalismo (Sandroni, 2005</p><p>apud Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Na segunda metade do século XIX, a economia política clássica</p><p>enfrentou uma crise intrínseca. Entre 1825 e 1850, os interesses da</p><p>burguesia, anteriormente associados a princípios revolucionários de</p><p>liberdade, igualdade e fraternidade, passaram por uma transformação</p><p>marcante. Segundo Silva, Birnkott e Lopes (2018), embora a luta</p><p>burguesa tenha emancipado as pessoas das relações de dependência</p><p>pessoal do feudalismo, a revolução não conseguiu estabelecer</p><p>plenamente a liberdade política desejada. Ainda segundo os autores,</p><p>a ascensão da burguesia resultou em uma nova dominação de classe,</p><p>tornando-se conservadora e contrariando as promessas</p><p>emancipadoras da cultura revolucionária que a levou ao poder.</p><p>Essa mudança de postura da burguesia para uma classe</p><p>conservadora foi essencial para a incompatibilidade com as</p><p>perspectivas da economia política clássica. O conflito original entre</p><p>burguesia e nobreza foi substituído por um confronto entre burguesia</p><p>e proletariado (os trabalhadores) com a ascensão da burguesia (Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018). As tensões atingiram o ápice nas revoluções</p><p>de 1848, marcando um momento de convulsões sociais na Europa,</p><p>onde a burguesia conservadora se viu em confronto com o</p><p>proletariado revolucionário.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 15/50</p><p>A partir desse ponto, surge o pensamento pioneiro relacionado ao</p><p>proletariado, liderado por Karl Marx. A economia política passa a</p><p>direcionar seu foco para o caráter exploratório do capital</p><p>(representado pela burguesia) em relação ao trabalho (representado</p><p>pelo proletariado). Isso dá origem à crítica da economia política,</p><p>introduzindo novos quadros teóricos destinados a explicar os</p><p>rearranjos na vida social (Paulo Netto; Braz, 2007).</p><p>Nesse contexto, a economia política se consolida como a ciência das</p><p>leis que regem a produção e a troca dos meios materiais de</p><p>subsistência na sociedade humana. Cabe destacar que, sobretudo no</p><p>sistema capitalista predominante, o objeto de estudo da economia</p><p>política se concentra no modo de produção capitalista, considerando</p><p>não apenas a produção em si, mas também as relações sociais entre</p><p>os indivíduos envolvidos na produção ou na estrutura social dela</p><p>(Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Siga em Frente...</p><p>Para entender as relações sociais próprias à atividade econômica</p><p>capitalista, a economia política utiliza três categorias teóricas, sendo</p><p>elas:</p><p>O trabalho, que torna possível a produção de qualquer bem ou</p><p>serviço.</p><p>A lei do valor, que constitui a noção de riqueza social.</p><p>A mercadoria, o objeto indispensável para a troca capitalista.</p><p>Vamos estudar cada uma delas a partir de agora.</p><p>O sistema capitalista se baseia na relação entre o capital e o trabalho,</p><p>onde os trabalhadores vendem sua força de trabalho em troca de</p><p>salários. Essa dinâmica cria uma divisão de classes, onde os</p><p>proprietários dos meios de produção (capitalistas) detêm o controle e</p><p>os trabalhadores contribuem com seu esforço laboral. Assim, o</p><p>trabalho não é apenas uma atividade produtiva, mas também uma</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 16/50</p><p>categoria que delineia as relações de poder e hierarquias na</p><p>sociedade (Silva; Dalcin; Stefani, 2019).</p><p>A evolução do trabalho impõe a demanda por habilidades e</p><p>conhecimentos obtidos primeiramente através de repetição e</p><p>experimentação, os quais são subsequentemente transmitidos por</p><p>meio do aprendizado. No contexto do capitalismo, a necessidade</p><p>incessante de desenvolver novas modalidades de trabalho surge,</p><p>resultando na criação de novas demandas e, consequentemente, na</p><p>emergência de novos métodos de aprendizado.</p><p>A lei do valor é um conceito fundamental que permeia a teoria</p><p>econômica capitalista. Ela sugere que o valor de um bem ou serviço é</p><p>determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua</p><p>produção. Em outras palavras, o valor de uma mercadoria é</p><p>influenciado pelo esforço humano envolvido em sua criação (Silva;</p><p>Dalcin; Stefani, 2019). Essa ideia implica que o valor não é intrínseco</p><p>ao objeto, mas é socialmente construído.</p><p>A lei do valor na economia política capitalista introduz uma distinção</p><p>entre duas características das mercadorias: o valor de uso e o valor</p><p>de troca. O valor de uso refere-se à utilidade intrínseca de uma</p><p>mercadoria, isto é, sua capacidade de satisfazer necessidades</p><p>humanas. Por exemplo, um par de sapatos possui valor de uso</p><p>porque é capaz de proteger os pés e proporcionar conforto. No</p><p>entanto, o valor de uso não é o único fator determinante do valor</p><p>econômico.</p><p>O valor de troca, por outro lado, está relacionado à capacidade de</p><p>uma mercadoria ser trocada por outra no mercado, direta ou</p><p>indiretamente, por intermédio do dinheiro. Esse valor é influenciado</p><p>pelo tempo de trabalho socialmente necessário para a produção da</p><p>mercadoria, conforme estabelecido pela teoria do valor-trabalho.</p><p>Assim, enquanto o valor de uso é uma propriedade concreta da</p><p>mercadoria, o valor de troca é uma abstração que surge das relações</p><p>sociais de produção e troca (Silva; Dalcin; Stefani, 2019).</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 17/50</p><p>Ao longo da evolução da economia política, os conceitos de valor de</p><p>uso e valor de troca sofreram modificações constantes. Na fase</p><p>clássica, exemplificada por Adam Smith, a teoria do valor-trabalho foi</p><p>formulada, sustentando que o trabalho é a única medida verdadeira e</p><p>definitiva do valor das mercadorias, diferenciando-se de seu preço</p><p>nominal (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Karl Marx, por sua vez, expandiu a teoria do valor-trabalho,</p><p>introduzindo o conceito de mais-valia. Marx argumentou que, sob o</p><p>capitalismo, os trabalhadores não recebem o valor total do seu</p><p>trabalho. Ele explicou que a mais-valia é a diferença entre o valor do</p><p>trabalho produzido pelos trabalhadores e o salário que recebem</p><p>(Silva; Dalcin; Stefani, 2019). Esse excedente é apropriado pelos</p><p>capitalistas, resultando na exploração dos trabalhadores e no acúmulo</p><p>de capital.</p><p>A mercadoria representa o produto do trabalho humano, que é</p><p>destinado não apenas ao consumo direto, mas também à troca no</p><p>mercado. A mercadoria torna-se a expressão material da relação</p><p>social entre os produtores, mediada pelo valor que ela possui.</p><p>Portanto, a mercadoria emerge como o elemento central na sociedade</p><p>capitalista, desempenhando o papel de intermediária em todas as</p><p>relações sociais (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Para que diferentes mercadorias sejam produzidas, é essencial que</p><p>exista uma divisão social do trabalho. Contudo, essa condição</p><p>necessária não é suficiente para garantir a produção contínua de</p><p>mercadorias. A divisão social do trabalho precisa estar vinculada à</p><p>propriedade privada dos meios de produção. Em outras palavras,</p><p>apenas aquele que é proprietário dos meios ou instrumentos de</p><p>produção pode comprar ou vender qualquer tipo de mercadoria,</p><p>surgindo a importância da propriedade privada. No sistema capitalista,</p><p>a apropriação dos meios de produção é o que motiva os capitalistas a</p><p>produzirem cada vez mais e a terem o direito legal de se apropriarem</p><p>sempre da mais-valia resultante da troca de mercadorias (Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 18/50</p><p>O modo de produção capitalista é um sistema econômico que se</p><p>caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção, como</p><p>fábricas e terras, e pela busca do lucro como principal motor da</p><p>atividade econômica. Esse sistema influencia não apenas a produção,</p><p>mas também a circulação de mercadorias, desempenhando um papel</p><p>fundamental na compreensão da dinâmica econômica</p><p>contemporânea.</p><p>A circulação mercantil, por sua vez, é um componente essencial do</p><p>modo de produção capitalista, sendo responsável por facilitar a troca</p><p>de mercadorias entre diferentes agentes econômicos (Silva; Dalcin;</p><p>Stefani, 2019). No entanto, deve-se distinguir entre a circulação</p><p>mercantil simples e a circulação mercantil capitalista para</p><p>compreender melhor o funcionamento do sistema econômico.</p><p>Na circulação mercantil simples, as trocas ocorrem com base na</p><p>equivalência de valores entre as mercadorias. Isso significa que uma</p><p>mercadoria é trocada por outra de valor semelhante, refletindo a</p><p>relação direta entre os produtores e os consumidores. Assim, pode-se</p><p>simbolizar o processo de circulação característico da produção</p><p>mercantil simples com a seguinte expressão: mercadoria ⟹ dinheiro</p><p>⟹ outra mercadoria (ou seja, M ⟹ D ⟹ M).</p><p>Já na circulação mercantil capitalista, a moeda assume um papel</p><p>central. A relação entre os produtores e consumidores não é mais</p><p>direta; em vez disso, a moeda torna-se o intermediário universal nas</p><p>trocas. O capitalista compra mercadorias com o objetivo de vendê-las</p><p>posteriormente, visando obter lucro. Assim, a circulação mercantil</p><p>capitalista expressa-se na seguinte fórmula: dinheiro ⟹ mercadoria</p><p>⟹ dinheiro acrescido (ou seja, D ⟹ M ⟹ D’) (Silva; Birnkott; Lopes,</p><p>2018).</p><p>Portanto, o capitalista não está interessado apenas na troca de</p><p>mercadorias, mas também no processo produtivo que leva à criação</p><p>de valor excedente. Esse valor excedente é essencial para a</p><p>acumulação de capital e para a dinâmica de crescimento econômico</p><p>no sistema capitalista.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 19/50</p><p>Em resumo, o modo de produção capitalista molda não apenas a</p><p>produção, mas também a circulação de mercadorias. A transição da</p><p>circulação mercantil simples para a circulação mercantil capitalista</p><p>destaca a centralidade da moeda e do lucro no sistema, redefinindo</p><p>as relações econômicas e impactando a forma como a sociedade</p><p>organiza a produção e o intercâmbio de bens e serviços.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Estudante, a partir de agora vamos retomar a problematização</p><p>descrita no início da aula e relacionar com o conteúdo estudado.</p><p>O primeiro questionamento nos levou a refletir como a mudança de</p><p>postura da burguesia, inicialmente vinculada a princípios</p><p>revolucionários, impactou a economia política clássica. Muito bem,</p><p>conforme apresentado na aula, a mudança de postura da burguesia,</p><p>inicialmente associada a princípios revolucionários durante a queda</p><p>do feudalismo, é evidenciada no texto pela transição dessa classe</p><p>para uma postura conservadora entre 1825 e 1850. A análise aponta</p><p>que, apesar de emancipar-se das relações de dependência pessoal</p><p>do feudalismo, a burguesia se tornou uma classe conservadora,</p><p>entrando em conflito com as promessas emancipadoras da</p><p>Revolução. Essa mudança de perspectiva impactou diretamente a</p><p>economia política clássica, substituindo o conflito original com a</p><p>nobreza por uma confrontação com o proletariado, marcando um</p><p>momento de convulsões sociais na Europa.</p><p>O segundo questionamento nos trouxe a seguinte questão: Como a</p><p>transição da circulação mercantil simples para a circulação mercantil</p><p>capitalista redefiniu as relações econômicas? Bom, a partir da leitura</p><p>do material, compreendemos</p><p>que a transição da circulação mercantil</p><p>simples para a circulação mercantil capitalista redefiniu as relações</p><p>econômicas ao introduzir a moeda como intermediário universal nas</p><p>trocas.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 20/50</p><p>A fórmula dinheiro ⟹ mercadoria ⟹ dinheiro acrescido (ou seja, D ⟹</p><p>M ⟹ D’), destaca o papel central da busca pelo lucro na circulação</p><p>mercantil capitalista. Logo, o capitalista não está interessado apenas</p><p>na troca de mercadorias, mas também no processo produtivo que leva</p><p>à criação de valor excedente. Esse valor excedente é essencial para a</p><p>acumulação de capital e para a dinâmica de crescimento econômico</p><p>no sistema capitalista.</p><p>Essas respostas baseiam-se nas informações fornecidas ao longo da</p><p>aula, na qual destacam-se os pontos essenciais relacionados às</p><p>transformações da burguesia e ao modo de produção capitalista,</p><p>especialmente no contexto da circulação mercantil.</p><p>Saiba Mais</p><p>Vamos conhecer um pouco mais sobre o que aprendemos? É</p><p>importante que você tenha outras fontes de pesquisa para ser capaz</p><p>de pensar de forma crítica o conteúdo abordado nesta aula.</p><p>Leia o capítulo Conceitos fundamentais da economia política do livro:</p><p>Economia política. Nesse capítulo, você vai ver como a economia</p><p>política se consolidou como uma ciência. Para isso, vai conhecer a</p><p>história dessa disciplina desde o seu início, no século XVIII. Além</p><p>disso, você vai se dedicar ao estudo de conceitos fundamentais para</p><p>essa área, como os de trabalho, valor e mercadoria. Por fim, vai</p><p>explorar os mecanismos que põem em funcionamento o modo de</p><p>produção capitalista.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book.</p><p>Leia o capítulo: O padrão de acumulação contemporânea do capital e</p><p>seus efeitos sociais do livro: Economia política. Nesse capítulo, você</p><p>entenderá o funcionamento do sistema capitalista nos dias de hoje,</p><p>analisando o processo de acumulação capitalista e o movimento do</p><p>capital. Além disso, você vai ver como esse processo se relaciona</p><p>com a crise estrutural do capital e vai conhecer as bases</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024083/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024083/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024083/</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 21/50</p><p>fundamentais do sistema econômico capitalista e sua relação com a</p><p>vida em sociedade.</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-book.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>PAULO NETTO, J.; BRAZ, M. Economia política: uma introdução</p><p>crítica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.</p><p>SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2005.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018.</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>Aula 3</p><p>CAPITALISMO</p><p>Capitalismo</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta videoaula você irá conhecer o surgimento do capitalismo, bem</p><p>como suas fases evolutivas.</p><p>Esse conteúdo é importante para a sua prática profissional, pois</p><p>proporciona o entendimento das bases econômicas que moldam as</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 22/50</p><p>sociedades contemporâneas.</p><p>Prepare-se para essa jornada de conhecimento! Vamos lá!</p><p>Ponto de Partida</p><p>Olá, estudante!</p><p>A partir de agora vamos estudar a transição do feudalismo para o</p><p>capitalismo, explorando suas raízes históricas e as dinâmicas sociais,</p><p>políticas e econômicas que delinearam esse processo. Ao longo</p><p>desse percurso, será apresentado o conceito de capitalismo, bem</p><p>como as diferentes fases do capitalismo, desde o mercantilismo até a</p><p>era informacional.</p><p>Nesse contexto, convidamos você a refletir sobre dois pontos</p><p>fundamentais que guiarão as discussões ao longo desta aula:</p><p>Diversidade na transição: como as condições sociais,</p><p>econômicas e geográficas influenciaram a diversidade na</p><p>transição do feudalismo para o capitalismo na Europa medieval?</p><p>Natureza evolutiva do capitalismo: como as diferentes fases</p><p>do capitalismo, desde o comercial até o informacional, moldaram</p><p>as estruturas econômicas e sociais ao longo do tempo?</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 23/50</p><p>A partir desses questionamentos, convido você a explorar as</p><p>conexões entre o feudalismo, o surgimento do capitalismo e, por fim,</p><p>considerar como essas transformações históricas continuam a</p><p>impactar o nosso cotidiano profissional e a estrutura da sociedade</p><p>contemporânea.</p><p>Bons estudos!</p><p>Vamos Começar!</p><p>O feudalismo foi um sistema social, político e econômico</p><p>predominante na Europa medieval, que perdurou aproximadamente</p><p>do século IX ao XV. Esse período foi caracterizado por uma estrutura</p><p>hierárquica complexa, na qual a sociedade estava organizada em</p><p>torno da posse e do controle da terra. O sistema feudal possuía uma</p><p>fragmentação político-jurídica, sustentado por relações de vassalagem</p><p>e feudos, no qual se estabeleceu um sistema de deveres e obrigações</p><p>entre senhores e vassalos, marcada predominantemente pela</p><p>servidão.</p><p>A sociedade feudal era estratificada em diferentes classes, com os</p><p>camponeses formando a base. Eles trabalhavam nas terras dos</p><p>senhores como servos, cultivando a terra em troca de proteção. A</p><p>economia feudal era agrária, centrada na produção local para</p><p>subsistência. As comunidades eram autossuficientes e as transações</p><p>comerciais eram limitadas. A vida urbana era incipiente, com a maioria</p><p>da população vivendo em vilarejos ao redor dos castelos dos</p><p>senhores.</p><p>No século XIV, o sistema feudal, que havia dominado a estrutura</p><p>socioeconômica da Europa medieval, encontrou-se em meio a uma</p><p>crise profunda que sinalizou o início de sua desintegração (Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018). A transição do feudalismo para o capitalismo</p><p>na Europa foi um processo complexo e heterogêneo, manifestando-se</p><p>de maneira desigual em diferentes regiões. Essa evolução histórica</p><p>não ocorreu de forma universal e as disparidades na velocidade e na</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 24/50</p><p>natureza da transição foram influenciadas por uma série de fatores</p><p>(Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Um dos fatores que contribuíram para a diversidade na transição foi a</p><p>estrutura social e econômica preexistente em cada região. Por</p><p>exemplo, áreas urbanizadas e comercialmente desenvolvidas tiveram</p><p>maior propensão para uma transição mais rápida. Cidades como</p><p>Veneza, Gênova e outras regiões da Itália, que já possuíam uma</p><p>economia mais orientada para o comércio, foram pioneiras na adoção</p><p>de práticas capitalistas.</p><p>Além disso, as condições geográficas também desempenharam um</p><p>papel significativo. Regiões costeiras e com acesso facilitado às rotas</p><p>comerciais muitas vezes experimentaram uma transição mais</p><p>acelerada devido à intensificação do comércio. Enquanto isso, áreas</p><p>remotas e isoladas enfrentaram desafios adicionais na incorporação</p><p>de práticas capitalistas.</p><p>Para Karl Marx, o conflito crucial durante a transição do feudalismo</p><p>para o capitalismo estava enraizado nas relações entre os</p><p>camponeses e seus senhores feudais (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Esses senhores feudais, detentores das terras, exerciam seu poder</p><p>sobre os camponeses e extraiam o excedente da produção agrícola</p><p>por meio de direitos feudais e estruturas de poder feudais.</p><p>Os camponeses, por sua vez, eram responsáveis pela produção</p><p>desses excedentes, mas estavam sujeitos a uma série de obrigações</p><p>feudais, incluindo o pagamento</p><p>de rendas e taxas, bem como a</p><p>prestação de serviços para os senhores (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Essa relação de exploração e dependência constituía o cerne do</p><p>conflito de classe na visão de Marx.</p><p>Maurice Dobb (1946 apud Silva; Birnkott; Lopes, 2018) propôs uma</p><p>análise singular sobre o colapso do feudalismo e o surgimento do</p><p>capitalismo. Em sua perspectiva, o cerne desse processo histórico</p><p>residia na revolta dos pequenos produtores e camponeses contra as</p><p>estruturas opressivas do sistema feudal. Essa visão sugere que a</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 25/50</p><p>gênese do capitalismo estava intrinsecamente ligada à dinâmica das</p><p>revoltas camponesas e à busca por uma ordem social que permitisse</p><p>maior liberdade e oportunidades econômicas.</p><p>A transição do feudalismo para o capitalismo ocorreu à medida que os</p><p>pequenos produtores conseguiram uma emancipação parcial da</p><p>exploração feudal. Esse processo inicialmente pode ter envolvido um</p><p>abrandamento dos tributos ou uma redução da expropriação dos</p><p>excedentes por parte dos senhores feudais (Silva; Birnkott; Lopes,</p><p>2018). Esse alívio nas obrigações feudais permitiu que os</p><p>camponeses retivessem uma parcela maior do produto excedente</p><p>gerado por seu trabalho.</p><p>Com essa emancipação parcial, os camponeses encontraram-se em</p><p>uma posição mais favorável para acumular excedentes para si</p><p>mesmos. Esse excedente, antes majoritariamente destinado aos</p><p>senhores feudais, passou a ser uma fonte de recursos nas mãos dos</p><p>pequenos produtores.</p><p>Durante os séculos XII e XIII, as transformações econômicas não se</p><p>limitaram apenas à esfera agrícola. As pequenas manufaturas</p><p>desempenharam um papel crucial nesse período de transição do</p><p>feudalismo para o capitalismo. As atividades dos artesãos,</p><p>anteriormente dispersas nas aldeias feudais, foram progressivamente</p><p>concentradas em oficinas localizadas nas emergentes cidades.</p><p>Esse movimento de concentração das atividades manufatureiras</p><p>representou uma parte fundamental da expansão econômica geral. À</p><p>medida que oficinas especializadas se desenvolviam, as técnicas de</p><p>produção eram aprimoradas, resultando em maior eficiência e</p><p>qualidade na manufatura de bens. Simultaneamente, o surgimento</p><p>dessas oficinas urbanas teve implicações significativas para a</p><p>população rural. A fuga dos servos das propriedades feudais foi um</p><p>fenômeno observado à medida que os centros urbanos se expandiam.</p><p>As cidades ofereciam oportunidades de emprego mais diversificadas</p><p>e, muitas vezes, uma maior liberdade em comparação com as</p><p>restrições impostas nos feudos.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 26/50</p><p>Nesse contexto, à medida que a acumulação de capital crescia, tanto</p><p>na produção rural como na produção artesã (a origem da manufatura</p><p>industrial), os interesses burgueses passaram a ser contrários ao</p><p>isolamento feudal (Katz, 1993 apud Silva; Birnkott; Lopes, 2018). O</p><p>controle e a expropriação da produção pelos senhores feudais</p><p>perderam sua relevância. Além disso, a servidão deixou de ser uma</p><p>relação de trabalho satisfatória para atender às exigências do capital.</p><p>Karl Marx (1996 apud Silva; Birnkott; Lopes, 2018) argumenta que</p><p>todas essas condições facilitaram a transição do feudalismo para o</p><p>capitalismo. Não há dúvidas de que o ponto de partida do capitalismo</p><p>é a circulação de mercadorias. A produção e a circulação intensificada</p><p>de mercadorias, através do comércio, representam os requisitos</p><p>históricos para o surgimento do capitalismo. Esses novos fenômenos</p><p>eram inconciliáveis com a manutenção do sistema feudal.</p><p>Siga em Frente...</p><p>Compreendido o processo de fim do feudalismo e as bases para o</p><p>surgimento do capitalismo, vamos compreender o que é o capitalismo.</p><p>O capitalismo é um sistema em que os bens e os serviços, inclusive</p><p>as necessidades mais básicas da vida, são produzidos para fins de</p><p>troca lucrativa. Nesse contexto, até mesmo a capacidade humana de</p><p>trabalho é tratada como uma mercadoria à venda no mercado. Logo, o</p><p>cerne do sistema capitalista gira em torno da dinâmica do mercado,</p><p>das exigências da competição e da maximização do lucro.</p><p>As empresas e os empreendedores buscam atender às demandas do</p><p>consumidor, mas não apenas por uma questão de serviço público; a</p><p>motivação subjacente é a obtenção de lucro. Essa busca incessante</p><p>pelo lucro não só impulsiona a inovação e eficiência produtiva, mas</p><p>também cria uma atmosfera de competição intensa entre os</p><p>participantes do mercado.</p><p>A capacidade humana de trabalho, vital para a produção de</p><p>mercadorias e serviços, é tratada como uma mercadoria em si</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 27/50</p><p>mesma. Os indivíduos, nesse sistema, vendem sua força de trabalho</p><p>no mercado de emprego em troca de salários. Essa relação entre</p><p>empregadores e empregados é central para a dinâmica capitalista,</p><p>onde a mão de obra é uma peça-chave no processo produtivo. Todas</p><p>as relações do capitalismo ocorrem no que se convencionou chamar</p><p>de mercado (Sandroni, 2005).</p><p>Dentro desse contexto, o sistema capitalista demonstra uma notável</p><p>capacidade de se ajustar a uma variedade de condições, incluindo</p><p>aspectos políticos, sociais, tecnológicos, geográficos, entre outros.</p><p>Esse ajuste contínuo visa primariamente manter e impulsionar a</p><p>acumulação de capital. É exatamente essa flexibilidade que</p><p>caracteriza o capitalismo como um sistema diversificado, capaz de</p><p>sobreviver ao longo de séculos, atravessando períodos de expansões</p><p>e enfrentando crises profundas.</p><p>A transição do feudalismo para o capitalismo marcou o início do</p><p>desenvolvimento e evolução gradual do modo de produção capitalista.</p><p>Esse processo teve início no século XIV, caracterizando-se por uma</p><p>evolução desigual, com uma progressão mais acelerada na parte</p><p>ocidental da Europa (Silva; Birnkott; Lopes, 2018). À medida que os</p><p>séculos XIX e XX avançaram, o capitalismo expandiu-se para todos</p><p>os continentes, consolidando-se como um fenômeno global ao longo</p><p>do século XXI.</p><p>De acordo com Bresser Pereira (2011), as principais fases do</p><p>capitalismo podem ser divididas em:</p><p>1. Fase do capitalismo comercial.</p><p>2. Fase do capitalismo industrial.</p><p>3. Fase do capitalismo financeiro.</p><p>4. Fase do capitalismo informacional ou capitalismo do conhecimento.</p><p>O capitalismo comercial, também conhecido como fase mercantilista,</p><p>caracterizou-se pelo acúmulo de riquezas através do comércio. Esse</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 28/50</p><p>período teve início no século XV e estendeu-se até o século XVIII. Foi</p><p>uma época marcada pelas Grandes Navegações e descobrimentos</p><p>que ampliaram as conexões entre diferentes continentes, mantendo a</p><p>Europa como o epicentro econômico do mundo.</p><p>Durante essa fase mercantilista, as potências europeias buscavam</p><p>acumular riquezas através do comércio internacional, especialmente</p><p>de especiarias, seda, ouro e outros produtos de alto valor. As nações</p><p>europeias estabeleceram rotas comerciais, colônias e feitorias em</p><p>diversas partes do mundo, impulsionando uma intensa atividade</p><p>mercantil.</p><p>O capitalismo industrial, que teve seu auge do século XIX até meados</p><p>de 1945, foi marcado pela transição do foco econômico do comércio</p><p>para a produção de mercadorias, impulsionando o desenvolvimento</p><p>de atividades industriais. Durante esse período, os negócios, os</p><p>lucros, a evolução dos meios de produção, as invenções, as máquinas</p><p>e as grandes fábricas surgiram proeminentemente na paisagem do</p><p>capitalismo.</p><p>A Revolução Industrial, que teve início na segunda metade do século</p><p>XVIII, foi um dos catalisadores fundamentais dessa transformação. A</p><p>introdução de máquinas movidas a vapor, a mecanização dos</p><p>processos produtivos e o aumento</p><p>da eficiência marcaram um novo</p><p>estágio na produção de mercadorias em larga escala. As fábricas</p><p>tornaram-se centros de produção, concentrando trabalhadores e</p><p>máquinas para atender à crescente demanda por bens.</p><p>Com o avanço do capitalismo industrial, ocorreu uma convergência</p><p>significativa entre as grandes indústrias e o capital financeiro. O papel</p><p>do capital financeiro tornou-se crucial na produção industrial,</p><p>destacando-se especialmente o papel proeminente dos bancos. Esses</p><p>agentes financeiros eram capazes de fornecer o suporte necessário</p><p>para financiar expansões produtivas, fusões e incorporações. Essas</p><p>estratégias não apenas impulsionaram o crescimento das empresas,</p><p>mas também contribuíram para uma maior monopolização ou</p><p>oligopolização em diversos setores da economia. Esse período, a</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 29/50</p><p>partir de 1945, testemunhou a expansão global dos mercados de</p><p>capitais.</p><p>O conceito de capitalismo informacional refere-se a uma nova fase do</p><p>capitalismo que emerge em resposta às mudanças significativas</p><p>provocadas pelas novas tecnologias de informação. A partir dos anos</p><p>1980, as Tecnologias de Informação (TIs) desempenharam um papel</p><p>fundamental na reestruturação do modo de produção capitalista,</p><p>provocando simultaneamente transformações nos paradigmas sociais</p><p>em nível global.</p><p>Em outras palavras, as TIs têm sido agentes catalisadores na</p><p>formação de uma nova estrutura social, manifestando-se em uma</p><p>diversidade cultural sem precedentes dentro do sistema capitalista e</p><p>contribuindo para o surgimento de novas instituições produtivas onde</p><p>o conhecimento se torna o ativo principal do capitalismo.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Estudante, a partir de agora vamos retomar a problematização</p><p>descrita no início da aula e relacionar com o conteúdo estudado.</p><p>O primeiro questionamento nos levou a refletir como as condições</p><p>sociais, econômicas e geográficas influenciaram a transição do</p><p>feudalismo para o capitalismo na Europa medieval. De acordo com o</p><p>conteúdo estudado, a transição do feudalismo para o capitalismo não</p><p>foi universal e ocorreu de maneira desigual em diferentes regiões.</p><p>Essa diversidade na velocidade e na natureza da transição foi</p><p>moldada por uma interseção de fatores, incluindo a estrutura</p><p>econômica preexistente e as características geográficas específicas</p><p>de cada local.</p><p>Uma das influências mais destacadas foi a estrutura social e</p><p>econômica preexistente em cada região. Locais urbanizados e</p><p>comercialmente desenvolvidos, como Veneza e Gênova na Itália,</p><p>mostraram maior propensão para uma transição rápida devido à</p><p>economia orientada para o comércio. Essas regiões já possuíam uma</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 30/50</p><p>base econômica mais propícia à adoção de práticas capitalistas,</p><p>diferenciando-se de áreas mais rurais e isoladas. As condições</p><p>geográficas também desempenharam um papel significativo. Regiões</p><p>costeiras e aquelas com fácil acesso às rotas comerciais</p><p>experimentaram uma transição mais acelerada, impulsionada pela</p><p>intensificação do comércio. Em contraste, áreas remotas enfrentaram</p><p>desafios adicionais na incorporação de práticas capitalistas, devido às</p><p>limitações de acesso e comunicação.</p><p>O segundo questionamento nos trouxe a seguinte questão: Como as</p><p>diferentes fases do capitalismo, desde o comercial até o</p><p>informacional, moldaram as estruturas econômicas e sociais ao longo</p><p>do tempo? Bom, a partir da leitura do material, compreendemos que</p><p>no capitalismo comercial, destacado nas Grandes Navegações, o</p><p>sistema concentrou-se na acumulação de riquezas por meio do</p><p>comércio internacional, estabelecendo relações mercantis globais que</p><p>perduram até hoje.</p><p>A fase industrial, marcada pela Revolução Industrial, testemunhou a</p><p>transformação do foco econômico do comércio para a produção em</p><p>larga escala, resultando na formação de fábricas e na convergência</p><p>entre o capital industrial e financeiro.</p><p>O capitalismo financeiro, a partir de 1945, consolidou a</p><p>interdependência entre esses capitais, promovendo uma maior</p><p>monopolização em diversos setores. Por fim, a fase informacional,</p><p>desde os anos 1980, é caracterizada pelo papel fundamental das</p><p>Tecnologias de Informação (TIs), impulsionando a produção e gerando</p><p>uma diversidade cultural sem precedentes.</p><p>Em síntese, a natureza evolutiva do capitalismo revela uma trajetória</p><p>complexa que transcende mudanças econômicas, influenciando</p><p>significativamente as estruturas sociais ao longo das diferentes fases.</p><p>Compreender essa evolução nos capacita para uma análise crítica do</p><p>presente, destacando como as dinâmicas do capitalismo continuam a</p><p>impactar profundamente o mundo em que vivemos.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 31/50</p><p>Saiba Mais</p><p>Vamos conhecer um pouco mais sobre o que aprendemos? É</p><p>importante que você tenha outras fontes de pesquisa para ser capaz</p><p>de pensar de forma crítica o conteúdo abordado nesta aula.</p><p>Leia o capítulo Capitalismo do livro: Economia política. Nesse</p><p>capítulo, você vai entender como foi a transição do feudalismo para o</p><p>capitalismo e qual é o conceito predominante de capitalismo. Além</p><p>disso, vai ver quais são as suas principais características como um</p><p>sistema econômico e social.</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595024083.</p><p>Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024083/.</p><p>Acesso em: 15 jan. 2024.</p><p>Leia o capítulo A evolução do processo capitalista do livro: Economia</p><p>política. Nesse capítulo, você conhecerá as origens do modo de</p><p>produção capitalista, identificará os seus impactos concretos nas</p><p>relações sociais, analisará os seus ciclos de crises e contradições e</p><p>observará como esse processo vem evoluindo ao longo da história.</p><p>SILVA, F. P. M; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política. Porto</p><p>Alegre: Grupo A, 2019. E-book.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>BRESSER-PEREIRA, L. C. As duas fases da história e as fases do</p><p>capitalismo. São Paulo: FGV-EESP, 2011. (Texto para Discussão,</p><p>278).</p><p>SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2005.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028968/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028968/</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 32/50</p><p>SILVA, F. P. M.; BIRNKOTT, A. D.; LOPES, J. G. D. Economia</p><p>política. Porto Alegre: Grupo A, 2018.</p><p>SILVA, F. P. M.; DALCIN, A. K.; STEFANI, R. Economia política.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>Aula 4</p><p>EVOLUÇÃO DO</p><p>PENSAMENTO ECONÔMICO</p><p>Evolução do pensamento</p><p>econômico</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta videoaula você irá conhecer brevemente a evolução do</p><p>pensamento econômico.</p><p>Esse conteúdo é importante para a sua prática profissional, pois</p><p>proporciona uma base para compreender as diferentes teorias e</p><p>abordagens que moldaram o campo da economia ao longo do tempo.</p><p>Prepare-se para essa jornada de conhecimento! Vamos lá!</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 33/50</p><p>Ponto de Partida</p><p>Olá, estudante!</p><p>Nesta aula vamos estudar a evolução do pensamento econômica. A</p><p>compreensão das teorias econômicas ao longo do tempo é essencial</p><p>para analisar as raízes e o desenvolvimento das abordagens que</p><p>moldaram a economia como ciência.</p><p>Nos últimos séculos, diversos estudiosos dedicaram-se a explorar e</p><p>aprimorar conceitos econômicos, contribuindo para a construção de</p><p>um corpo teórico robusto. Porém, divergências e debates persistem</p><p>no âmbito acadêmico.</p><p>Por exemplo, em algum momento você já deve ter se deparado</p><p>com o</p><p>debate sobre o papel do estado na economia, com a seguinte</p><p>indagação: É preferível uma economia com maior ou menor</p><p>intervenção do Estado?</p><p>Já quanto ao sistema capitalista de produção, predominante no</p><p>mundo, provavelmente você já se deparou com análises e</p><p>questionamentos sobre se de fato é o modelo mais justo em termos</p><p>de alocação e distribuição de recursos.</p><p>Esses questionamentos permeiam o arcabouço teórico econômico e,</p><p>nesta aula, vamos estudar as principais escolas econômicas que</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 34/50</p><p>contribuíram para moldar tais debates e reflexões. Vamos explorar as</p><p>ideias fundamentais de correntes como a escola clássica, o marxismo,</p><p>o keynesianismo e outras, que desempenharam papéis significativos</p><p>na evolução do pensamento econômico.</p><p>Vamos juntos para esse estudo?! Boa aula!</p><p>Vamos Começar!</p><p>Antes mesmo do iluminismo do século XVIII, diversos pensadores</p><p>dedicaram-se a estudar sobre a natureza do processo econômico. Já</p><p>na Idade Média, era possível identificar debates e estudos</p><p>econômicos que sinalizavam para a complexidade dessa ciência. No</p><p>entanto, somente no século XVIII o pensamento econômico começou</p><p>a formalizar-se, marcando um ponto de virada significativo.</p><p>Foi nesse período que emergiu a influente Escola Clássica,</p><p>caracterizada pela introdução de teorias pioneiras que buscavam</p><p>compreender o processo econômico de maneira abrangente. Essas</p><p>primeiras formulações proporcionaram as bases para o</p><p>desenvolvimento posterior do pensamento econômico, oferecendo</p><p>uma estrutura conceitual que permitiu explorar as dinâmicas do</p><p>mercado, a alocação de recursos e a relação entre oferta e demanda.</p><p>A partir de agora você vai conhecer a história do pensamento</p><p>econômico, da sua origem no século XVIII aos principais avanços da</p><p>teoria econômica no século XX.</p><p>Segundo Silva, Birnkott e Lopes (2018), antes do século XVIII, o</p><p>debate econômico medieval concentrava-se em questões éticas, tais</p><p>como: O que constitui o preço justo? É o empréstimo moralmente</p><p>defensável? Porém, nenhum esforço era desprendido para</p><p>compreender o funcionamento do ambiente econômico.</p><p>Entre os séculos XVI e XVIII, os chamados mercantilistas exerceram</p><p>influência sobre o entendimento da dinâmica econômica na Europa,</p><p>até então continente que predominava nas explorações comerciais</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 35/50</p><p>marítimas e comércio entre nações. Os registros históricos confirmam</p><p>que o mercantilismo era, na essência, um conjunto de doutrinas</p><p>econômicas caracterizado por tradições comerciais fragmentadas e</p><p>uma visão protecionista da sociedade e de Estado Absolutista,</p><p>conforme indicado por Sandroni (2005). Para os mercantilistas, o</p><p>poder econômico e a acumulação de riqueza, principalmente na forma</p><p>de ouro e prata, era a chave para a prosperidade nacional.</p><p>No entanto, os fisiocratas, surgidos no século XVIII, deslocaram o</p><p>foco para a natureza, especialmente para o setor agrícola, como a</p><p>principal fonte de riqueza das nações. Essa mudança paradigmática</p><p>conduziu a um embate ideológico, com os fisiocratas contestando</p><p>ativamente as concepções dos mercantilistas. Assim, é a fisiocracia</p><p>que se destaca como pioneira na tentativa de compreender e explicar</p><p>a totalidade da economia como um sistema interconectado (Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Um dos destaques da escola fisiocrata, François Quesnay, elaborou o</p><p>chamado “Quadro Econômico”, no qual foi o primeiro diagrama formal</p><p>capaz de explicar, por meio de linhas cruzadas e conexões, o fluxo de</p><p>dinheiro e bens entre três grupos sociais distintos: proprietários de</p><p>terras, agricultores e artesãos (Silva; Birnkott; Lopes, 2018). Apesar</p><p>dos avanços científicos da escola fisiocrata, é a chamada escola</p><p>clássica que vai desenvolver a economia em um caráter científico</p><p>integral.</p><p>A Escola Clássica, cujas raízes remontam ao século XVIII, teve seu</p><p>marco inicial com a publicação, em 1776, do influente livro A riqueza</p><p>das nações, por Adam Smith, um filósofo escocês. No entanto, foi no</p><p>século XIX que a Escola Clássica se consolidou como uma</p><p>proeminente linha de pensamento econômico, à medida que novos</p><p>pensadores surgiram, ampliando as análises teóricas iniciadas por</p><p>Smith (Silva; Birnkott; Lopes, 2018). Entre esses destacados</p><p>pensadores do século XIX estão Jeremy Bentham, David Ricardo,</p><p>Thomas Malthus, James Mill, Jean-Baptiste Say e John Stuart Mill.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 36/50</p><p>Cabe destacar que os pensadores da Escola Clássica geralmente</p><p>estavam associados à filosofia social, moral ou política. Um exemplo</p><p>disso é Adam Smith, que lecionava na Faculdade de Filosofia da</p><p>Universidade de Glasgow, na Escócia (Rasmussen, 2006 apud Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018). Além disso, muitos dos predecessores da</p><p>Escola Clássica desempenhavam papéis como historiadores, políticos</p><p>e funcionários públicos, incluindo figuras como Bernard de Mandeville,</p><p>Richard Cantillon, Jacques Turgot e David Hume. Essa é a razão pela</p><p>qual a Escola Clássica fundamentou-se em diversos princípios</p><p>filosóficos, especialmente do liberalismo e do individualismo (Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Principal expoente da escola clássica, Adam Smith preocupou-se em</p><p>investigar a natureza e as causas da riqueza das nações. Nesse</p><p>contexto, as riquezas eram representadas pelos bens que possuíam</p><p>valor de troca. Ele fazia uma distinção entre o valor de uso e o valor</p><p>de troca das mercadorias, sendo que este último era determinado pela</p><p>quantidade de trabalho necessária para produzi-las. Assim, a Escola</p><p>Clássica enfatizava a importância da produção, relegando o consumo</p><p>e a demanda a uma posição secundária (Silva; Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>De acordo com Sandroni (2005), a Escola Clássica propõe que o valor</p><p>econômico de uma mercadoria é determinado pela quantidade de</p><p>trabalho necessária para produzi-la. Essa teoria sugere que todas as</p><p>atividades econômicas contribuem para a criação de valor, uma vez</p><p>que envolvem o emprego de esforço humano. Essa é a chamada</p><p>teoria do valor-trabalho.</p><p>Já outro autor da Escola Clássica, David Ricardo, também enfatizou o</p><p>trabalho como um determinante do valor de troca. Também,</p><p>desenvolveu a ideia de vantagem comparativa e evidenciou que o</p><p>comércio internacional representa uma condição de benefício mútuo</p><p>para as nações participantes.</p><p>Outro conhecido pensador da Escola Clássica foi Thomas Malthus,</p><p>que ficou conhecido pela sua teoria populacional. Segundo Malthus, a</p><p>população humana cresceria em uma taxa geométrica, enquanto a</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 37/50</p><p>produção de alimentos aumentaria apenas em uma progressão</p><p>aritmética. Essa disparidade inevitavelmente levaria a crises de</p><p>escassez de alimentos, a menos que medidas como controle da</p><p>natalidade ou limites naturais à população fossem implementados.</p><p>Por outro lado, Jean-Baptiste Say é lembrado por sua Lei dos</p><p>Mercados, uma proposição fundamental na teoria econômica clássica.</p><p>Say afirmou que a oferta cria sua própria demanda, argumentando</p><p>que a produção de bens e serviços gera automaticamente a renda</p><p>necessária para comprar esses bens. Ele acreditava que as</p><p>recessões eram temporárias e que a economia eventualmente se</p><p>ajustaria automaticamente, uma visão que desafiava as ideias de</p><p>demanda insuficiente como causa fundamental de crises econômicas.</p><p>Segundo Silva et al. (2018), durante o século XIX, o pensamento</p><p>econômico se desenvolveu e estabeleceu-se como uma disciplina</p><p>científica em meio às mudanças econômicas, sociais e tecnológicas</p><p>impulsionadas pela Revolução Industrial. Esse período testemunhou</p><p>um dos eventos mais significativos da</p><p>história humana: a</p><p>disseminação do modo de produção capitalista.</p><p>Nessa conjuntura, a análise econômica tornou-se mais complexa,</p><p>resultando no surgimento de diversas escolas do pensamento</p><p>econômico. A partir desse contexto, pelo menos três escolas</p><p>ganharam destaque: a Escola Marxista, a Escola Neoclássica (ou</p><p>marginalista) e a Escola Austríaca (Rasmussen, 2006 apud Silva;</p><p>Birnkott; Lopes, 2018).</p><p>Siga em Frente...</p><p>A Escola Marxista, cujos fundadores foram Karl Marx e Friedrich</p><p>Engels, pode ser resumida como um conjunto de teorias que abrange</p><p>aspectos econômicos, como a teoria da mais-valia; filosóficos, como o</p><p>materialismo dialético; sociológicos, como o materialismo histórico; e</p><p>políticos. Segundo Sandroni (2005), essa escola de pensamento foi</p><p>desenvolvida a partir da filosofia de Hegel, do materialismo filosófico</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 38/50</p><p>francês do século XVIII e da economia política inglesa do início do</p><p>século XIX, sendo que parte da análise econômica marxista está no</p><p>livro O Capital, de 1867. De acordo com a Escola Marxista, a eventual</p><p>queda do sistema capitalista resultaria de suas próprias contradições</p><p>internas. No entanto, a transição de regime somente ocorreria por</p><p>meio da luta de classes, da iniciativa revolucionária da classe</p><p>trabalhadora e da adoção de um modelo socialista (Silva; Birnkott;</p><p>Lopes, 2018).</p><p>De acordo com Silva et al. (2018), a Escola Neoclássica, ou</p><p>marginalista, predominou entre 1870 e a Primeira Guerra Mundial. A</p><p>Escola Neoclássica reuniu várias gerações de representantes, como</p><p>William Jevons, León Walras, Alfred Marshall, Vilfredo Pareto, John</p><p>Bates Clark, Irving Fisher e Jules Dupuit (Silva et al. 2018). A principal</p><p>característica da abordagem neoclássica é a ênfase no papel do</p><p>indivíduo e na teoria do valor utilitário, ou seja, a análise da Escola</p><p>Neoclássica caracteriza-se por ser microeconômica. Diferentemente</p><p>dos clássicos, os neoclássicos argumentam que o valor de um bem</p><p>não é determinado apenas pelo custo de produção, mas também pela</p><p>utilidade que ele proporciona aos consumidores.</p><p>A teoria do equilíbrio de mercado é fundamental para os neoclássicos,</p><p>sugerindo que, em condições ideais de concorrência, oferta e</p><p>demanda se equilibram, estabelecendo preços eficientes e</p><p>quantidades de produção. O conceito de utilidade marginal elaborado</p><p>pelos neoclássicos sugere que o valor de um bem ou serviço é</p><p>determinado pela última unidade consumida, ou seja, pela utilidade</p><p>adicional que ela proporciona.</p><p>A Escola Austríaca de Economia é uma corrente de pensamento</p><p>econômico que se originou na Áustria no final do século XIX e se</p><p>desenvolveu notavelmente com pensadores como Carl Menger,</p><p>Ludwig von Mises e Friedrich Hayek (Sandroni, 2005). Diferentemente</p><p>de outras escolas, os austríacos destacam o papel central da ação</p><p>individual e do empreendedorismo na formação da economia. Eles</p><p>enfatizam a teoria subjetiva do valor, argumentando que o valor de um</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 39/50</p><p>bem é subjetivo e depende das preferências individuais. Além disso, a</p><p>Escola Austríaca é conhecida por suas críticas à intervenção estatal</p><p>na economia, defendendo a importância dos mercados livres, a crítica</p><p>ao socialismo e a ênfase na teoria do ciclo econômico, que analisa</p><p>como as interferências monetárias podem gerar resultados</p><p>econômicos.</p><p>Já no século XX, novas linhas do pensamento econômico nasceram a</p><p>partir de visões antagônicas da realidade, com destaque para o</p><p>Keynesianismo, o Neoliberalismo e a Escola Schumpeteriana.</p><p>A Escola Keynesiana, derivada das ideias do economista britânico</p><p>John Maynard Keynes, ganhou destaque no século XX como uma</p><p>resposta às falhas percebidas do liberalismo clássico durante a</p><p>Grande Depressão de 1929 (Silva; Birnkott; Lopes, 2018). Keynes</p><p>argumentou que os mercados nem sempre se ajustam</p><p>automaticamente e eficientemente, particularmente em tempos de</p><p>recessão. Sua teoria defende a intervenção governamental para</p><p>corrigir as deficiências do mercado, principalmente através de</p><p>políticas fiscais e monetárias.</p><p>A abordagem keynesiana destaca a importância do consumo e da</p><p>demanda agregada na determinação do nível de atividade econômica.</p><p>Keynes propôs que, em situações de desemprego e subutilização de</p><p>recursos, o governo poderia estimular a demanda por meio de gastos</p><p>públicos e políticas monetárias expansionistas. A ênfase nas políticas</p><p>de demanda e na atuação do Estado para promover o pleno emprego</p><p>tornou-se característica distintiva da Escola Keynesiana, influenciando</p><p>a teoria e a prática econômica no período pós-Segunda Guerra</p><p>Mundial e moldando políticas econômicas em diversas partes do</p><p>mundo.</p><p>O neoliberalismo é uma abordagem econômica e política que</p><p>ganhou destaque nas últimas décadas do século XX. Originando-se</p><p>como uma resposta à crise econômica dos anos 1970, o</p><p>neoliberalismo é caracterizado pela defesa do livre mercado, redução</p><p>da intervenção estatal na economia e ênfase na maximização da</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 40/50</p><p>eficiência por meio da competição. Proponentes como Milton</p><p>Friedman e Friedrich Hayek argumentam que mercados desregulados</p><p>são mais eficientes na alocação de recursos, estimulando o</p><p>crescimento econômico.</p><p>O neoliberalismo incentiva a privatização de setores anteriormente</p><p>controlados pelo Estado, a flexibilização das leis trabalhistas e a</p><p>redução de barreiras comerciais. A ideia central é que a liberdade</p><p>econômica individual e a competição levarão a um aumento geral do</p><p>bem-estar, embora críticos apontem para desigualdades resultantes e</p><p>possíveis impactos negativos nas políticas sociais. O neoliberalismo</p><p>influenciou significativamente as políticas econômicas em muitos</p><p>países ao longo das últimas décadas do século XX, moldando</p><p>debates sobre a eficácia da intervenção governamental e o equilíbrio</p><p>entre mercado e Estado.</p><p>Por fim, a Escola Schumpeteriana, fundamentada nas ideias do</p><p>economista austríaco Joseph Schumpeter, destaca-se por sua ênfase</p><p>na inovação e no papel central do empreendedorismo no processo</p><p>econômico. Schumpeter introduziu o conceito de "destruição criativa",</p><p>argumentando que as inovações tecnológicas e as atividades</p><p>empreendedoras são motores fundamentais do desenvolvimento</p><p>econômico. Nessa perspectiva, as empresas inovadoras possuem</p><p>papel essencial na criação de novos produtos, serviços e modelos de</p><p>negócios, provocando a obsolescência de formas mais antigas de</p><p>produção.</p><p>Ao finalizar esse conteúdo sobre as origens, a evolução e os</p><p>desdobramentos do pensamento econômico nos séculos XVIII, XIX e</p><p>XX, percebe-se uma trajetória rica em mudanças e influências que</p><p>moldaram as bases da compreensão econômica. Desde os primórdios</p><p>do século XVIII, observa-se uma progressão contínua de teorias e</p><p>correntes que buscaram decifrar os mecanismos econômicos. O</p><p>século XIX testemunhou a consolidação de ideias fundamentais,</p><p>enquanto o século XX introduziu novos paradigmas e desafios,</p><p>refletindo a dinâmica de evolução do pensamento econômico.</p><p>07/09/24, 10:38 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/9e1a0326-9db6-464b-a7e1-1098d95fb275/v1/index.html 41/50</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>A partir de agora vamos retomar a problematização apresentada no</p><p>início da aula.</p><p>A Escola Clássica, representada por economistas como Adam Smith e</p><p>David Ricardo, defende a ideia de que o Estado deve ter uma</p><p>intervenção mínima na economia. Eles acreditavam que a economia é</p><p>autorregulada pelo mercado, pelo mecanismo da oferta e demanda. O</p><p>Estado deveria limitar-se a garantir a propriedade privada e a</p><p>segurança. Por outro lado, a Escola Keynesiana, liderada por John</p><p>Maynard Keynes, defende uma intervenção mais ativa do Estado</p>

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