Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 1/84 Centro Universitário do Leste de Minas de Gerais UNILESTEMG Coronel Fabriciano - MG CÁLCULO IICÁLCULO IICÁLCULO IICÁLCULO II INTEGRAÇÃO E DERIVADAS PARCIAISINTEGRAÇÃO E DERIVADAS PARCIAISINTEGRAÇÃO E DERIVADAS PARCIAISINTEGRAÇÃO E DERIVADAS PARCIAIS PROF. REGINALDO PINTO BARBOSA Janeiro / 2010 Revisão 1 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 2/84 Sumário 1. INTEGRAL INDEFINIDA................................................................................4 1.1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 4 1.2. SIGNIFICADO GEOMÉTRICO DA CONSTANTE DE INTEGRAÇÃO.......................... 5 1.3. PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA............................................................. 6 1.4. INTEGRAIS IMEDIATAS................................................................................................. 8 1.5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................................................................................ 10 1.6. INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL..................... 11 1.6.1. Integrais envolvendo cbxax ++2 ............................................................................. 14 1.6.2. Integrais em Produtos de Potências de Senos e Cossenos ........................................... 15 1.7. EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................................................................................ 16 2. INTEGRAL DEFINIDA ..................................................................................18 2.1. DEFINIÇÃO .................................................................................................................... 18 2.2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA ............................................................................... 18 2.3. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO............................................................... 19 2.4. EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................................................................................ 23 2.5. TEOREMA DO VALOR MÉDIO .................................................................................... 24 2.6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................................................................................ 26 2.7. ÁREA DE REGIÕES ENTRE CURVAS ......................................................................... 26 2.8. EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................................................................................ 31 2.9. VOLUMES DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO................................................................. 32 2.9.1. Método dos discos circulares...................................................................................... 33 2.9.2. O método dos anéis circulares .................................................................................... 36 2.10. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................... 41 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO.....................................................................43 3.1. INTEGRAÇÃO POR PARTES ........................................................................................ 43 3.1.1 Exercícios Propostos ................................................................................................... 47 3.2. INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA ....................................... 48 3.2.1 Exercícios Propostos ................................................................................................... 53 3.3. INTEGRAÇÃO DE FUNÇOES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS .................... 54 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 3/84 3.3.1. Integração de Funções Racionais Próprias................................................................. 54 4. FUNÇÕES VÁRIAS VARIÁVEIS E DERIVADAS PARCIAIS ..................67 4.1. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS............................................................................. 67 4.2. DOMÍNIO DE FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS .......................................................... 69 4.2.1 Exercícios Propostos ................................................................................................... 70 4.3. GRAFICO DE FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS .......................................................... 71 4.4. CURVAS DE NÍVEL....................................................................................................... 72 4.4.1 Definição..................................................................................................................... 72 4.5. EXERCÍCIOS DE REVISÃO........................................................................................... 74 4.6. DERIVADAS PARCIAIS DE 1ª ORDEM........................................................................ 76 4.6.1 Definição de Derivadas Parciais de Funções de Duas Variáveis ................................. 76 4.6.2 Técnicas para o Cálculo de Derivadas Parciais........................................................... 78 4.6.3 Regra da Cadeia.......................................................................................................... 79 4.6.4 Exercícios propostos.................................................................................................... 81 4.7. DERIVADAS PARCIAIS DE 2ª ORDEM........................................................................ 82 4.7.1 Exercícios propostos.................................................................................................... 83 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................84 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 4/84 1. INTEGRAL INDEFINIDA 1.1. INTRODUÇÃO O cálculo pode ser dividido em duas partes: a) Dada uma função f, deseja-se determinar f’ → Cálculo diferencial. b) Conhecida a derivada f’ de uma função, deseja-se determinar a função f → Cálculo integral. Em muitos problemas a derivada de uma função é conhecida e o objetivo é encontrar a própria função. Por exemplo, se a taxa de crescimento de uma população é conhecida, pode-se desejar saber qual o tamanho da população em algum instante futuro; conhecendo-se a velocidade de um corpo em movimento, pode-se querer calcular a sua posição em um momento qualquer; ou podemos querer determinar o lucro de um produto quando conhecemos a margem de lucro. As soluções desses problemas necessitam que se “desfaça” a operação de diferenciação ou derivação, isto é, torna-se necessário antidiferenciar a função. O processo de obter uma função a partir de sua derivada é chamado de antiderivação ou integração indefinida. Primitiva ou Antiderivada: seja a função F(x) definida num intervalo I. Se )()(' xfxF = para todos os valores de x em I, dizemos que F(x) é uma antiderivada ou primitiva da função f(x). Exemplos: a) 25 3 )( 3 ++= x x xF é uma primitiva de 5)( 2 += xxf , pois 5)(' 2 += xxF . b) 7)cos()ln()( −+= xxxF , com 0>x , é uma primitiva de )( 1 )( xsen x xf −= , pois )( 1 )(' xsen x xF −= . c) 2)( xxF = é uma primitiva de xxf 2)( = , pois xxF 2)(' = . Observe que as funções 2)( xxF = e 3)( 2 += xxF são primitivas da função xxf 2)( = . Daí pode-se dizer que a função xxf 2)( = admite várias primitivas ou antiderivadas do tipo CxxF += 2)( , onde C é uma constante qualquer. Dessa forma podemos definir que: Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 5/84 “Se F(x) é uma primitiva ou antiderivada de f(x), a expressão CxF +)( é chamada integral indefinida da função f(x) e é denotada por ∫ += CxFdxxf )()( , onde [ ] )()( xfCxF dx d =+ Na definição acima a constante C é chamada a constante de integração, o símbolo ∫ é chamado de sinal da integral, ea função f(x) é chamada integrando da expressão ∫ dxxf )( . O processo para calcular ∫ dxxf )( é chamado integração indefinida. O adjetivo “indefinida” é presumivelmente usado porque a constante C pode assumir qualquer valor e portanto não é decididamente determinada pela função f(x). 1.2. SIGNIFICADO GEOMÉTRICO DA CONSTANTE DE INTEGRAÇÃO Seja xxf 2)( = . Sabemos que [ ] dxxfxFdxF dx d xf )()()()( =⇒= ou [ ] xdxxFd 2)( = . Integrando, temos ∫ += Cxxdx 22 . Geometricamente é fácil observar que o gráfico de Cxy += 2 é obtido pela translação do gráfico de y = x2 verticalmente de C unidades, e isso não muda a inclinação da reta tangente para um dado valor de x. Isso é demonstrado na figura 1. Figura 1 – Gráfico da função Cxy += 2 -2,5 -1,5 -0,5 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2xy = 12 += xy 22 += xy 12 −= xy 22 −= xy Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 6/84 1.3. PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA 1. ∫ = )()( xfdxxfDx 2. Cxfdxxf +=∫ )()(' 3. Cxdx +=∫ 4. Regra da potência: se “n” é um número racional diferente de -1, então C n x dxx n n + + =∫ + 1 1 . 5. Regra da homogeneidade: se “k” é uma constante, então: ∫ ∫=⋅ dxxfkdxxfk )()( . 6. Regra da adição: [ ] ∫∫ ∫ +=+ dxxgdxxfdxxgxf )()()()( 7. Regra da linearidade: [ ] ∫∫ ∫ +=+ dxxgkdxxfkdxxgkxfk )()()()( 2121 Exemplos: Calcule as integrais pedidas: 1. ∫ −+ dxxx )75( ( ) 321 2 3 2 321 2 3 2 32 2 3 1 2 32 1 2 1 1 11 2 1 75 ,7 3 2 2 5 757 3 2 2 5 77 2 3 5 2 5 7 1 2 111 5 7575)75( cccCondeCxxxcccxxx cxc x cxcxc x c x dxdxxxdxdxdxxxdxdxxx −+=+−+=−++−+= =−−+++=+⋅− + + + + + ⋅= =−+=−+=−+ ++ ∫∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫ 2. ∫ ++ dx x xx 2 24 53 ( ) C x x x C x x x dxxdxdxxdxxxdx xx x x x dx x xx +−+=+ − ++= =++=++= ++= ++ − −− ∫ ∫∫∫∫∫ 5 3 31 5 3 3 5353 5353 313 2222 22 2 2 4 2 24 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 7/84 3. ∫ + dyyy 23 )1( ( ) Cy yyyy Cy yy Cy yy Cy yy Cy yy dydyydyy dyyydyydyydyyy +++=+++=++⋅+= =++⋅+=++ + ⋅+ + =++= = ++= +=+=+ ++ ∫ ∫∫ ∫∫∫ ∫ 7 6 11 3 7 6 11 3 7 3 2 11 3 3 7 2 3 11 1 3 4 2 1 3 8 2 1211)1( 323 233 73 113 7 3 11 3 7 3 11 1 3 4 1 3 8 3 4 3 8 3 4 3 82 3 42 3 423 4. ∫ − − dx x x 1 13 Cx xx dxxdxdxxdxxxdx x xxx dx x x +++= =++=++= − ++− = − − ∫∫ ∫∫∫∫ 23 )1( 1 )1)(1( 1 1 23 22 23 5. Estima-se que daqui a t meses a população de certa cidade esteja aumentando à taxa de 3 2 54 t+ habitantes por mês. Se a população atual é 10.000 habitantes, qual será a população daqui a 8 meses? Solução: Seja p(t) a população da cidade no tempo t (medido em meses). A taxa de variação de uma função é dada pela sua derivada. Assim, temos 3 2 54)(' ttp += e, portanto, ∫= dttptp )(')( . Então: Ctttp t tdttdtdttdttptp ++= +=+=+== ∫ ∫∫∫ 3 5 3 5 3 2 3 2 34)( 3 5 .5454)54()(')( Como 10000)0( =p , substituindo na equação de p(t), encontramos 10000=C . Logo, a função que representa a população num instante t qualquer é dada por 1000034)( 3 5 ++= tttp e, consequentemente, daqui a 8 meses a população será igual a ( ) .tan 101281000096321000032332100002332)8( 100002332100008332100008384)8( 3 15 3 533 53 5 teshabip p =++=+⋅+=+⋅+= =+⋅+=+⋅+=+⋅+⋅= Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 8/84 6. Um corpo está se movendo de tal forma que sua velocidade após t minutos é 2341)( tttv ++= m/min. Que distância o corpo percorre no terceiro minuto? Solução: Seja s(t) a posição do corpo no tempo t. Como a velocidade é dada pela derivada da função posição, segue que )()(' tvts = , ou seja, ∫= dttvts )()( ou ( ) Ctttdtttts +++=++= ∫ 322 2341)( . A distância que o corpo percorre no terceiro minuto é dada por 30842227923)2()3( =−−⋅−−++⋅+=− CCss . Portanto, o corpo percorre 30 m no terceiro minuto. 1.4. INTEGRAIS IMEDIATAS 1. ∫ += Cuduu ||ln 1 ⇒ u u 1 )'(ln = 2. ∫ += Cedue uu ⇒ uu ee =)'( 3. C a a dua u u +=∫ ln ⇒ uu u aaa aa a == ln ln 1 )' ln ( 4. ∫ += Cusenudu cos ⇒ uusen cos)' ( = 5. ∫ +−= Cuudusen cos ⇒ usenusenu ) ()1()' cos( =−⋅−=− 6. ∫ += Cutgudu sec2 ⇒ utgu 2sec)'( = 7. ∫ +−= Cuguduec cotcos 2 ⇒ uecuecug cos) cos()1()' cot( 22 =−⋅−=− 8. ∫ +=⋅ Cudutguu sec sec ⇒ tguuu ⋅= sec)'(sec 9. ∫ +−=⋅ Cuecduguecu cos cotcos ⇒ guuecguuecuec cot cos)cot cos()1()' cos( ⋅=⋅−⋅−=− 10. ∫ += Cuarcsen -u du 1 2 ⇒ 21 1 )'( u arcsenu − = 11. ∫ +=+ Cuarctgu du 1 2 ⇒ 21 1 )'( u arctgu + = 12. ∫ += −⋅ Cuarc uu du sec 12 ⇒ 1 1 )'sec( 2 −⋅ = uu uarc Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 9/84 Exemplos: Calcule as integrais indefinidas: 1. ∫ +⋅ dxxectgxx )cossec3( 2 Cgxxdxxecdxtgxxdxxectgxx +−=+⋅=+⋅ ∫ ∫∫ cotsec3 cos sec3)cossec3( 22 2. ∫ + dx x x ) 1 cos2( CxsenxC x senx C x senxdxxsenx x dx xdxdx x x ++=++= =+ +− +=+=+=+ +− − ∫∫ ∫∫ 22 2 1 2 1 2 1 22cos2) 1 cos2( 2 1 1 2 1 2 1 3. ∫ +− dxxx senx e x ) 2 cos 2( 72 C x xeC x xe x tgxdxxe dxxdx x senx x edx x dx x senx dxedx xx senx e xxx xxx +−−=+−−= +− +⋅−= =+⋅−=+−=+− −+− − ∫ ∫∫∫∫∫∫ 6 617 7 7272 3 1 sec2 3 sec2 17 2sec2 2 coscos 1 2 1 2 cos 2) 2 cos 2( 4. ∫ + dxxx )3 1 (3 2 CxxCx x dx x dxxdx x dxxdx x x ++=++=+=+=+ ∫∫∫∫∫ ||ln3 1 5 3 ||ln 3 1 3 5 1 3 1 3 1 ) 3 1 ( 3 53 5 3 2 3 23 2 5. ∫ − dxx 21 9 Carcsenxdx x dx x dx x += − = − = − ∫∫ ∫ 31 1 3 1 3 1 9 222 6. ∫ dxxx x 2ln ln Cxdx x dx x dx xx x dx xx x +=== ⋅ = ∫∫∫∫ ||ln2 11 2 1 2 1 ln2 ln ln ln 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 10/84 1.5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Utilize as propriedades e as integrais imediatas para calcular as integrais indefinidas abaixo: a) ∫ +− dxxx )5)(12( 23 b) dx xx∫ − 4 24 c) dx x x 53 1 ∫ − − d) du u 66 3 2∫ + e) dt t te t ) 3 16( 3 4 +−∫ f) dx x x ∫ + − 1 1 2 2 g) ∫ ⋅ xdxecxtg 22 cos h) dxxx )1(cossec 32 +⋅∫ i) dx x x ∫ −125 3 2. Encontre uma primitiva F, da função xxxf += 3 2 )( , que satisfaça 1)1( =F . 3. Determinar a função f(x) tal que Cxxdxxf ++=∫ 2cos2 1 )( 2 . 4. Um estudo ambiental realizado em certa cidade revela que daqui a t anos o índice de monóxido de carbono no ar estará aumentando à razão de 1,01,0 +t partes por milhão (ppm) por ano. Se o índice atual de monóxido de carbono no ar é de 3,4 ppm, qual será o índice daqui a 3 anos? 5. Um botânico descobre que certo tipo de árvore cresce de tal forma que sua altura h(t), após t anos, está variando a uma taxa de 2 1 3 2 3,006,0 tt + metros/ano. Se a árvore tinha 60 cm de altura quando foi plantada, que altura terá após 27 anos? Respostas: 1. a) Cx xxx +−−+ 5 32 5 3 346 b) Cxarc +sec2 c) Cx x +−− ||ln5 3 3 d) Carctgu + 2 1 e) C t tte t +−− 2 4 2 3 5 8 f) Carctgxx +− 2 g) Ctgx + h) Ctgxsenx ++ i) Cx xx +− 2 7 50 3 2. 10 1 25 3 )( 2 3 5 −+= x xxF Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 11/84 3. xsenxxf 22)( −= 4. 4,15 partes por milhão 5. 37,41 metros 1.6. INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL Para se calcular ∫ + dxxx 1002 )5( , somente as regras básicas de integração não são suficientes. Necessita-se, pois, de inserir uma variável auxiliar “u” para substituir uma parte do integrando e consequentemente da diferencial “du” para substituir o restante. Dessa forma tem-se: =+∫ dxxx 1002 )5( Fazendo 52 += xu , temos x dx du 2= ou x du dx 2 = . Substituindo u e dx na integral, vem: C u C u duuduu x du ux +=+⋅==⋅=⋅⋅ ∫∫ ∫ 2021012 1 2 1 2 1 2 101101 100100100 A substituição de 52 += xu na expressão anteriordá: C x dxxx + + =+∫ 202 )5( )5( 1012 1002 O método aqui ilustrado é chamado mudança de variável ou integração por substituição, no qual mudamos a variável x para u, calculamos a integral em relação a u e depois retornamos a resposta para x. Esse método de integração é executado de acordo com o seguinte processo: 1. Determine a porção do integrando f(x) que pode ser trocada por uma nova variável “u” de forma a se obter )(xgu = . 2. Usando a equação )(xgu = obtida na etapa 1, determine a diferencial “du”, a qual deverá ter a forma de dxxgdu )('= . 3. Usando as duas equações )(xgu = e dxxgdu )('= obtidas nas etapas 1 e 2, reescreva todo o integrando, incluindo dx, em termos de u e du somente. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 12/84 4. Calcule a integral indefinida resultante em termos de u. 5. Usando a equação )(xgu = da etapa 1, reescreva a resposta da integral da etapa 4, em termos da variável original x. Depois de as manipulações algébricas requeridas na etapa 3 terem sido executadas, pode acontecer de a integral resultante (envolvendo u) ser mais complicada do que a integral original (envolvendo x). Contudo, se o processo falha para uma escolha de u, ele pode ser eficaz para outra – tente novamente. O sucesso deste método, nos casos em que é aplicável, depende da escolha de uma adequada substituição e da experiência em vislumbrar qual parte do integrando é derivada de alguma outra parte. Exemplos: Use o método da mudança de variável (substituição) para calcular as integrais indefinidas dadas. 1. dxx 27∫ + 7 7 27 du dx dx du xu =⇒= += C x CuC u duu du udxx + + =+=+⋅==⋅=+ ∫∫∫ 21 )27(2 21 2 2 37 1 7 1 7 27 3 3 2 3 2 1 C xx dxx + ++ =+∫ 21 27)414( 27 2. dx x x 1 2 2∫ + xdxdux dx du xu 22 1 2 =⇒= += CxCu u du dx x x ++=+== + ∫∫ )1ln(ln 1 2 2 2 Cxdx x x ++= +∫ |1|ln 1 2 2 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 13/84 3. dx x x )4( 53 2 ∫ + 3 33 4 222 3 du dxxdxxdux dx du xu =⇒=⇒= += C u C u duu u du dx x x +−=+ − ⋅=== + ∫∫∫ − − 4 4 5 553 2 12 1 43 1 3 1 3 )4( C x dx x x + +⋅ −= +∫ 4353 2 )4(12 1 )4( 4. dxx 2x-3 2∫ 2 2 23 du dx dx du xu −=⇒−= −= 2 3 32 23 u xux xu − =⇒−= −= CuuuC uuu duuduuduudu uuu duu uu duu uu duu uudu u u dxx +−+−=+⋅−⋅+⋅−= −+−= −+ − =⋅ −+ − = ⋅ −+− =⋅ +− ⋅−= −⋅⋅ −= ∫∫∫∫∫ ∫∫∫∫ 2 7 2 5 2 32 7 2 5 2 3 2 5 2 3 2 12 5 2 3 2 1 2 1 2 2 1 2 2 1 22 2 56 2 40 12 24 18 2 78 1 2 58 6 2 38 9 8 1 8 6 8 9 88 6 8 9 88 6 8 9 8 69 4 69 2 1 22 3 2x-3 Cxxxdxx +−−−+−−=∫ 2 7 2 5 2 3 2 )23( 28 1 )23( 10 3 )23( 4 3 2x-3 5. dxxxsen cos2∫ xdxdux dx du senxu coscos =⇒= = C u duudxxxsen +== ∫∫ 3 cos 3 22 C xsen dxxxsen +=∫ 3 cos 3 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 14/84 6. ∫ tgxdx dx x senx tgxdx ∫∫ = cos senxdxdusenx dx du xu =−⇒−=⇒= cos Cu u du u du tgxdx +−=−= − = ∫∫∫ ln Cxtgxdx +−=∫ |cos| ln 7. ∫ + dxxx )3sec( 2 ∫∫ ∫∫ +=+=+ xdx x xdxxdxdxxx 3sec 2 3sec)3sec( 2 2 22 Utilizamos o método da mudança de variável para resolver ∫ xdx3sec2 . 3 3 3 du dx dx du xu =⇒=⇒= CxtgCtguduu du uxdx +=+==⋅= ∫∫∫ 33 1 3 1 sec 3 1 3 sec3sec 222 Logo: C xtgx dxxx ++=+∫ 3 3 2 )3sec( 2 2 1.6.1. Integrais envolvendo cbxax ++2 Para resolver integrais que envolvem a expressão cbxax ++2 deve-se completar os quadrados reescrevendo a expressão anterior como: − + +=++ a bac a b xacbxax 4 4 2 22 2 Exemplo: Calcule a integral indefinida ∫ ++ 1362 xx dx ( ) 43 4 361314 2 6 1136 2 2 2 ++= −⋅⋅+ +⋅=++ xxxx Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 15/84 ∫∫ ++=++ 4)3(136 22 x dx xx dx dxdu dx du xu =⇒=⇒+= 1 3 C u arctg u dx u dx u dx x dx xx dx += + = +⋅ = + = ++ = ++ ∫∫∫∫∫ 24 1 2 1 4 1 1 4 4 44)3(136 22222 C x arctg xx dx + + = ++∫ 2 )3( 4 1 136 2 2 1.6.2. Integrais em Produtos de Potências de Senos e Cossenos Para calcularmos integrais da forma ∫ xdxxsen nm cos , onde “m” e “n” são expoentes constantes, devemos considerar dois casos distintos: 1o Caso: No mínimo um expoente m ou n é um inteiro impar positivo. Neste caso devemos usar a identidade trigonométrica 1cos22 =+ xxsen para reescrever o integrando sob a forma senxxF )(cos ou sob a forma xsenxF cos)( . No primeiro caso a substituição xu cos= é utilizada, enquanto que no último caso a substituição senxu = é feita. Exemplos: 1) ∫ xdxsen3 ∫ ∫ ⋅= senxdxxsenxdxsen 23 De 1cos22 =+ xxsen , vem que xxsen 22 cos1−= . Podemos reescrever o integrando sob a forma senxxF )(cos . ∫∫ ∫ ⋅−=⋅= senxdxxsenxdxxsenxdxsen )cos1( 223 Fazendo xu cos= , temos que senx du dxsenxdxdu −=⇒−= C u uduududuu senx du senxuxdxsen ++−=+−=−−= −⋅⋅−= ∫ ∫ ∫∫∫ 3)1()1( 3 2223 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 16/84 Logo C x xxdxsen ++−=∫ 3 cos cos 3 3 2) ∫ xdxxsen 35 cos ∫∫∫ −== dxxsenxsendxxxsenxdxxsen cos)1(coscoscos 252535 x du dxxdxdusenxu cos cos =⇒=⇒= CxsenxsenC uu C uu duuduuduuuduuu x du xuuxdxxsen +−=+ − =+−= −=−=−=−= ∫ ∫ ∫∫∫∫ )34( 24 1 24 34 86 )()1( cos cos)1(cos 86 8686 7575252535 2o Caso: Ambos os expoentes m ou n são inteiros pares positivos. Neste caso devemos usar as seguintes identidades trigonométricas, que são conseqüências da fórmula do arco metade. )2cos1( 2 1 2 2cos1 2 cos1 2 222 xxsen x xsen xx sen −=⇒ − =⇒ − = )2cos1( 2 1 cos 2 2cos1 cos 2 cos1 2 cos 222 xx x x xx +=⇒ + =⇒ + = Exemplos: 1) ∫ kxdx2cos ∫∫∫∫ ∫ +=+=+= kxdx x kxdxdxdxkxkxdx 2cos 2 1 2 2cos 2 1 2 1 )2cos1( 2 1 cos2 k du dxkdxdukxu 2 22 =⇒=⇒= C k kxsenx Csenu k x udu k x k du u x kxdx ++=++=+=⋅+= ∫∫∫ 4 2 24 1 2 cos 4 1 22 cos 2 1 2 cos2 1.7. EXERCÍCIOS PROPOSTOS Calcule as integrais seguintes usando o método da substituição Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 17/84 a) ∫ +−+ dxxxx )12()322( 102 b) dx∫ 3x-45x 2 c) dxxx 2 42∫ + d) dx x e x 2 2 1 ∫ + e) ∫ − 22 xa dx f) ∫ − dx x xsenx cos cos52 g) ∫ − )2(cos2 x x e dxe h) dx x x ∫ − 249 i) dxex x∫ sen.cos j) dxxx .cos.sen 35∫ k) dxxxx 42 )65).(52( +−−∫ l) xdx∫ 3cos m) xdxtg∫ n) dx xx 3 cos 1 2∫ ⋅ o) dxx sec∫ p) xdxxsen 2cos 2 24∫ q) dxxsen∫ 4 r) dxxxsen∫ 52 cos Respostas: a) C xx + −+ 22 )322( 112 b) ( ) Cx +−− 23234 9 5 c) ( ) Cx ++ 23221 6 1 d) C x e x +−− 21 e) C a x arcsen + f) Cxx +−− 5cosln2 g) Cetg x +− )2( h) Cx +−− 249 4 1 i) .sen Ce x + j) . 8 sen 6 sen 86 C xx +− k) . 5 )65( 52 C xx + +− i) . 3 3 C xsen senx +− m) .|cos|ln Cx +− n) . 3 3 1 C x sen +− o) Ctgxx |sec|ln ++ p) . 96 4 128 8 16 3 C xsenxsenx +−− q) C xsenxsenx ++− 32 4 4 2 8 3 r) C xsenxsenxsen ++− 75 2 3 753 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 18/84 2. INTEGRAL DEFINIDA 2.1. DEFINIÇÃO Seja uma função f(x) definida e contínua num intervalo real [a, b]. Suponha que este intervalo seja dividido em n partes iguais de largura n ab x − =∆ e seja jx um número pertencente ao j- ésimo intervalo, para nj , ,2 ,1 K= . Neste caso a integral definida de f(x) em [a, b], denotada por ∫ b a dxxf )( , é um número real definido dado por xxfdxxf n j j b a n ∆⋅ = ∑∫ = ∞+→ 1 )(lim)( , se este limite existir. 2.2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA Suponha que )(xfy = seja contínua e positiva em um intervalo [ ]ba, . Dividimos este intervaloem n sub-intervalos de comprimentos iguais, ou seja, de comprimento n ab x − =∆ , de modo que baaaaa n =<<<= L210 . Seja jx um ponto qualquer no sub-intervalo [ ] . , ,2 ,1 ,,1 nkaa kk K=− . Construímos em cada um desses sub-intervalos retângulos com base x∆ e altura )( jxf , conforme figura abaixo: A soma das áreas dos n retângulos construídos é dada pelo somatório das áreas de cada um deles, isto é: xxfA n j jretângulos ∆⋅ = ∑ =1 )( Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 19/84 Intuitivamente é possível admitir que à medida que n cresce, ∆x diminui, e consequentemente o somatório anterior converge para a área A da região limitada pelo gráfico de f(x) e pelas retas 0=y e bxeax == . Portanto a área desta região é dada por: xxfA n j j n ∆⋅ = ∑ = ∞+→ 1 )(lim Mas esse limite é exatamente igual à definição de integral definida e com isso observamos que a integral definida de um função positiva, para x variando de a até b, fornece a área da região limitada pelo gráfico de f(x), pelo eixo x e pelas retas bxeax == . Observação: Na definição de integral definida consideramos uma função contínua qualquer, podendo assumir valores negativos. Nesse caso, o produto xxf j ∆⋅)( representa o negativo da área do retângulo. Portanto, se 0)( <xf para [ ]bax ,∈ , então a área da região limitada pelo gráfico de f(x), pelo eixo x e pelas retas bxeax == é dada por ∫−= b a dxxfA )( . 2.3. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO O cálculo de uma integral definida através de sua definição pode ser extremamente complexo e até inviável para algumas funções. Portanto, não a utilizamos para calcular integrais definidas, e sim um teorema que é considerado um dos mais importantes do Cálculo, conhecido por Teorema Fundamental do Cálculo. Se )(xfy = é uma função contínua definida no intervalo [ ]ba, e )()(' xfxF = , isto é, F(x) é uma primitiva ou antiderivada de f(x), então: )()(|)()( aFbFxFdxxf b a b a −==∫ PROPRIEDADES: Se f(x) e g(x) são funções contínuas no intervalo [ ]ba, , então: a) ∫∫ ⋅=⋅ b a b a dxxfcdxxfc )( )( , onde c é uma constante. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 20/84 b) ∫ = a a dxxf 0)( pois 0)()(|)( =−= aFaFxF aa . c) ∫ ∫−= b a a b dxxfdxxf )()( pois [ ] )()()()(|)( aFbFbFaFxF ab −=−−=− d) [ ] ∫∫ ∫ ±=± b a b a b a dxxgdxxfdxxgxf )( )( )()( e) ∫∫ ∫ += b c b a c a dxxfdxxfdxxf )( )( )( , onde bca ≤≤ f) [ ]baxxf , ,0)( ∈∀≥ ⇒ ∫ ≥ b a dxxf 0 )( g) [ ]baxxgxf , ),()( ∈∀≥ ⇒ ∫ ∫≥ b a b a dxxgdxxf )( )( Exemplos: 1. Calcular as integrais definidas a) ∫ ++ 1 0 2 )32( dxxx 3 13 31 3 1 )03()01(0 3 1 |3|| 3 )32( 10 1 0 21 0 31 0 2 =++=−+−+ −=++=++∫ xx x dxxx b) ∫ b xdx 0 2 0 2 | 2 22 0 2 0 bbx xdx b b = −==∫ c) ∫ 4 0 cos π xdx 2 2 )0( 4 |)(cos 40 4 0 =− ==∫ sensensenxxdx ππ π Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 21/84 d) ∫ 2 1 2 1 dx x 2 1 1 2 1 | 1 | 1 1 2 1 2 1 12 1 2 2 1 2 = +−=−= − == − −∫∫ x x dxxdx x e) ∫ + 2 1 3 11 dx xx 8 3 2ln 8 41 2ln 2 1 8 1 2ln | 2 1 2ln| 2 )1ln2(ln|ln 1111 2 12 2 1 22 1 32 1 2 1 2 1 3 2 1 3 += +−+= +−+= −+= − +−=+=+= + − −∫∫ ∫∫ x x dxxxdx x dx x dx xx f) ∫ 2 0 2 π dxxsen 2 2 2 du dx dx du xu =⇒=⇒= 1 2 1 2 1 0cos 2 1 cos 2 1 |2cos 2 1 |cos 2 1 u 2 1 2 2 20 2 0 2 0 2 0 2 0 =+=+−= −=−=== ∫∫∫ π ππ πππ xudusen du usendxxsen g) ∫ + 1 0 x1 dx dudx dx du xu =⇒=⇒+= 1 1 3 224 3 2 2 3 4 1 3 2 2 3 2 |)1( 3 2 |)1( 3 2 | 3 2 x1 3310 31 0 2 3 1 0 2 3 1 0 2 1 1 0 1 0 − =−= −=+=+====+ ∫∫∫ xxuduuduudx h) ∫ e dx x x 1 ln Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 22/84 xdudx xdx du xu =⇒=⇒= 1 ln 2 1 0 2 1 2 )1(ln 2 )(ln | 2 )(ln | 2 ln 22 1 2 1 2 111 =−=−====⋅= ∫∫∫ exu duuxdu x u dx x x ee eee 2. Use a integração para calcular a área das regiões delimitadas pelo eixo x e pelas funções abaixo e esboce o seu gráfico: a) 12)( += xxf , no intervalo [1, 3] 10)13()19(||)12( 31 3 1 2 3 1 =−+−=+=+= ∫ xxdxxA Geometricamente faríamos A = Aretângulo + Atriângulo = 2 x 3 + (2 x 4)/2 = 6 + 4 = 10. b) xxxf 4)( 2 −= , no intervalo [1, 3] Como ]3,1[ ,0)( ∈∀< xxf , segue que a área da região é dada por 3 22 3 5 9)2 3 1 ()189( |2 3 )4( 31 2 33 1 2 = +−−= −−−−= −−=−−= ∫ x x dxxxA . Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 23/84 c) ]3,2[ ,652)( 23 −∈+−−= xxxxxf . 12 253 12 64 12 189 12 372715237 12 37 4 9 3 38 12 37 12 723083 4 9081 3 36301612 12 723083 6 2 5 3 2 4 1 18 2 45 18 4 81 1210 3 16 46 2 5 3 2 4 1 |6 2 5 3 2 4 |6 2 5 3 2 4 )652()652( 3 1 234 1 2 234 3 1 23 1 2 23 =+= +++ =+++= +−−− − − −−+− +−− = +−−− +−−− −−+− +−− = +−−− +−− =+−−−+−−= − − ∫∫ x xxx x xxx dxxxxdxxxxA 2.4. EXERCÍCIOS PROPOSTOS Calcule as integrais definidas: a) ∫ 2 1 2 dxx b) ∫ +2 1 3 1 dx x x c) ∫ − 1 1 3 dtt d) ∫ 1 0 dxe-x e) ∫ − 2 2 2 cos π π dxx f) ∫ − −+− 0 1 25 )1233( dxxxx g) ∫ +− 1 0 34 )13( dxxx h) ∫ − 9 0 ) 1 ( dt t t Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 24/84 i) ∫ − 2 0 2 )1( dxxx j) ∫ +1 2 2 1 dx x x k) ∫ + 1 2 23 2 )1( dx x x l) ∫ + 4 0 16 1 dx x Respostas: a) 3 7 b) 8 7 c) 0 d) e 1 1− e) 0 f) 2 7 − g) 20 9 h) 3 40 i) 3 4 j) 2ln 2 1 −− k) 54 7 l) 3 4 2.5. TEOREMA DO VALOR MÉDIO Se f(x) é uma função contínua em [ ]b ,a , então existe [ ]baz ,∈ tal que: )()()( abzfdxxf b a −⋅=∫ ou seja, existe [ ]baz ,∈ tal que )(1)( ∫⋅−= b a dxxf ab zf . Se ],[ ,0)( baxxf ∈∀≥ , então a área sob o gráfico de f(x) é igual à área do retângulo de lados )( ab − e f(z). O valor médio de f(x) em [ ]b ,a é dado por )(1 ∫⋅−= b a dxxf ab VM Exemplo: 1. Um pesquisador estima que t horas depois da meia noite, em um período típico de 24 horas, a temperatura em certa cidade é dada por 2)13( 3 2 3)( −−= ttT , 240 ≤≤ t graus Celsius. Qual é a temperatura média na cidade entre 6 da manhã e 4 da tarde? Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 25/84 Como 6 horas da manhã e 4 horas da tarde correspondem a 6=t e 16=t , respectivamente, estamos interessados em calcular a temperatura média, T(t), no intervalo 166 ≤≤ t , o que corresponde à integral dtdu tu CTM t duutTM dttdtdttdtdttTM o = −= −=−= − = −=+−= − ⋅−−=−= −−= −−= −−⋅ − = ∫ ∫∫∫∫∫ 13 22,5 90 470 90 740270 90 740 3)34327( 90 2 3 6 16 3 )13( 30 2 )616( 10 3 30 2 6 16 10 3 )13( 30 2 10 3 )13( 3 2 3 10 1 )13( 3 2 3 616 1 316 6 2 16 6 2 16 6 16 6 2 16 6 16 6 2 2. Encontre o valor médio de 13)( += xxf no intervalo, [ ]8 ,1− e determine o valor de x que corresponde ao valor médio de f(x). )( )( 1 ∫⋅−= b a dxxf ab VM dxdu xu xVM u u duudxxdxxVM = += =⋅=−= − += − = − ⋅=⋅=+⋅=+⋅ + = ∫∫∫ −−− 1 627 9 2 )0729( 9 2 1 8 )1( 9 2 1 8 9 2 1 8 3 2 3 1 9 3 1 9 3 13 18 1 3 3 2 38 1 8 1 8 1 Pelo teorema do valor médio, existe [ ]8 ,1−∈z tal que 6)( ==VMzf , ou seja: 6)( 13)( = += zf zzf 3 41 36)1(9 613 = =+ =+⋅ =+⋅ z z z z Portanto, quando 3=x , f(3) é igual ao valor médio de f(x) em [ ]8 ,1− . Cálculo II – Integração e DerivadasParciais 26/84 2.6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Os registros mostram que t horas após a meia noite, a temperatura em um certo aeroporto foi 1043,0)( 2 ++−= tttT oC. Qual foi a temperatura média no aeroporto entre 9h e meio- dia? 2. . Os registros mostram que t meses após o início do ano, o preço da carne moída nos supermercados foi 6,12,009,0)( 2 +−= tttP reais o quilo. Qual foi o preço médio da carne moída nos 3 primeiros meses do ano? 3. Com t meses de experiência um funcionário do correio é capaz de separar tetQ 5,0400700)( −−= cartas por hora. Qual é a velocidade média com que um funcionário consegue separar as correspondências durante os 3 primeiros meses de trabalho? 4. Em um certo experimento, o número de bactérias presente em uma cultura após t minutos foi tetQ 05,02000)( = . Qual foi o número médio de bactérias presentes na cultura durante os primeiros 5 minutos do experimento? 5. Calcule o valor médio da função f definida por 3)( xxf = no intervalo [ ]4 ,1 e determine o valor de x que corresponde ao valor médio de f(x). Respostas: 1. -18,7oC 2. R$ 1,57 3. aprox. 648 cartas 4. aprox. 2272 bactérias 5. 3 20 =VM e 3 3 20 =z 2.7. ÁREA DE REGIÕES ENTRE CURVAS Suponha que f e g sejam definidas e contínuas em [a, b] e tais que ],[),()( baxxgxf ∈∀≥ . Então a área da região limitada pelos gráficos de f e g e pelas retas bxeax == é dada por [ ]∫ −= b a dxxgxfA )()( Independente de f e g serem positivas ou não. De fato, temos três possibilidades: Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 27/84 1º caso: ],[ ),()( 0)( ,0)( baxxgxfexgxf ∈∀≥≥≥ Neste caso, [ ] )()()( )( ∫∫∫ −=−= b a b a b a dxxgxfdxxgdxxfA 2º caso: ],[ ,0)( 0)( baxxgexf ∈∀≤≥ Neste caso, )( )( −+= ∫∫ b a b a dxxgdxxfA [ ] )()()( )( ∫∫∫ −=−= b a b a b a dxxgxfdxxgdxxfA 3º caso: ],[ ),()( 0)( ,0)( baxxgxfexgxf ∈∀≥≤≤ Neste caso, )( )( −−−= ∫∫ b a b a dxxfdxxgA [ ] )()()( )( ∫∫∫ −=−= b a b a b a dxxgxfdxxgdxxfA Exemplos: Encontre a área da região limitada pelas curvas dadas: a) xxxf 4)( 2 +−= e 2)( xxg = Para determinar os pontos de interseções entre as curvas basta resolver o sistema formado por sua equações. = +−= 2 2 4 xy xxy ( ) 042 042 04 4 2 22 22 =+−⋅ =+− =+−− =+− xx xx xxx xxx 2 42 042 0 = −=− =+− = x x x x As interseções ocorrem em x = 0 e x = 2. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 28/84 [ ] ( ) ( ) 3 8 8 3 16 02 3 02 22 3 22 0 2 2 3 2 42424 )()( 2 3 2 3 2 3 2 0 2 0 2 2 0 2 2 0 22 2 0 =+−= ⋅+ ⋅ −− ⋅+ ⋅ −= +−= =+−=+−=−+−=−= ∫ ∫∫∫∫ x x A xdxdxxdxxxdxxxxdxxgxfA b) 22 −= xy e 5−= xy 02712 251022 )5(22 522 2 2 2 =+− +−=− −=− −=− xx xxx xx xx As interseções ocorrem em x = 3 e x = 9. ( )[ ] ( )[ ] 18 18624 2 21 2 9 3 56 3 16 15 2 9 45 2 81 3 8 3 64 0 3 16 3 9 5 23 9 )22( 3 1 1 3 )22( 3 2 )5( 22 222 522 2222 2 2 3 2 3 9 3 9 3 3 1 9 3 3 1 = =−= +−−+= −− −− −+ −= −− −+ −=−−−+−= −−−+−−−−= ∫∫∫ ∫∫ A A x x xxdxxdxxdxxA dxxxdxxxA Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 29/84 c) senxy = e xy cos= , no intervalo 4 9 , 4 ππ As interseções ocorrem em 4 π =x , 4 5π =x e 4 9π =x . Porém, observe que para ∈ 4 5 , 4 ππ x tem-se xsenx cos> , enquanto que para ∈ 4 9 , 4 5 ππ x tem-se senxx >cos . Assim, [ ] [ ] ( ) ( ) 24 242222 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 9 cos 4 9 44 5 2 4 cos 4 5 cos2 4 5 cos 4 9 cos 4 5 4 9 44 5 4 cos 4 5 cos 4 5 4 9 cos 4 5 4 9 )( 4 4 5 )( 4 4 5 cos cos cos 4 9 4 5 4 5 4 = =+=+++ −⋅−+ −⋅−= =+++−+−= = −+ −+ −− +−= =++−−= =−+−= ∫∫ A A sensensenA sensensensenA xsenxsenxxA dxsenxxdxxsenxA ππππππ ππππππππ π π π π π π π π π π π π d) Calcular a área da figura do plano limitada pelas curvas x y 1 = , xy 4= e 4 x y = . Pontos de interseções: 2 1 4 1 144 1 22 ±=⇒=⇒=⇒= xxxx x Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 30/84 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 24 4 1 2 ±=⇒=⇒= xx x x 001516 4 4 =⇒=⇒=⇒= xxxx x x 2ln42ln2ln 32 15 32 15 2 32 1 2 1 ln 2 1 2ln 32 15 2 5,0 2 8 ln 0 5,0 8 15 2 5,0 2 8 ln 0 5,0 8 22 4 1 4 42 22 22 2 2 5,0 5,0 0 = ++−⋅= = +−−+⋅= −+⋅= = −+ −⋅= −+ −⋅= ∫∫ A x x x A x x x xdx x x dx x xA OBSERVAÇÃO: Se f e g são funções contínuas em ℜ , para calcular a área da região entre as curvas )(xfy = e )(xgy = , necessita-se apenas conhecer os pontos de intersecção entre as curvas e o sinal de )()( xgxf − . Não há necessidade de mais detalhes sobre o gráfico de f e g. Exemplo; Encontre a área limitada pelas curvas 25 xxy −= e xy 2= . x y 1 = xy 4= 4 x y = Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 31/84 3 0 0)3( 03 025 2 2 = = =−− =+− =−− x x xx xx xxx sinal de )()( xgxf − : 2 9 2 2718 0 2 27 9 0 3 2 3 3 )3( 233 0 2 = +− −=− +−= +−=+−= ∫ xx dxxxA 2.8. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Calcule a área sob o gráfico de cada função no intervalo indicado. Esboce o gráfico da função. a) 3 3 1 xy = , no intervalo [ ]2 ,1− b) 21 xy −= , no intervalo [ ]1 ,1− c) ≥− <≤−− <+ = 3 416 30 2 0 4 2 2 3 xsex xsexx xse x y , no intervalo [ ]5 ,2− d) 3xy = , no intervalo [ ]2 ,2− e) 562 +−= xxy , no intervalo [ ]3 ,1 2. Esboce a região limitada pelas curvas dadas e calcule as respectivas áreas utilizando integral definida: a) 1+= xy e 29 xy −= , no intervalo [ ]2 ,1− b) xy −= 2 e 2xy = c) xy =2 e 32 =− yx d) 32 235 +−+−= xxxxy e 32 234 +−++= xxxxy e) 2+= xy e 2xy = 0 3 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 32/84 Respostas: 1. a) 12 17 b) 3 4 c) 6 73 d) 8 e) 3 16 − 2. a) 3 16 b) 2 9 c) 3 32 d) 30 116 e) 2 9 2.9. VOLUMES DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO Supondo que qualquer região tridimensional S, que tem uma “forma razoável”, tem um volume definido )(SV unidades cúbicas associado a ela. Referimos a esta região como um sólido. Em particular, entendemos que qualquer região tridimensional tendo as duas seguintes propriedades é um sólido: 1. A fronteira de S consiste em número finito de superfícies lisas que se interceptam num número finito de arestas. Estas, por outro lado, podem se interceptar num número finito de vértices. 2. S é limitada no sentido de que existe um limite superior para as distâncias entre os pontos de S. Por exemplo, uma esfera sólida, um cone circular reto sólido, um cubo sólido ou a região sólida entre dois cilindros retos coaxiais satisfazem as condições acima. Exemplos de sólidos Um sólido constituído de todos os pontos situados entre uma região plana admissível B1 e uma segunda região plana B2 obtida pela translação paralela de B1 é chamado cilindro sólido de bases B1 e B2. Sólido de bases B1 e B2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 33/84 Todos os segmentos da reta que unem pontos na base B1 a pontos correspondentes na base na base B2 são paralelos entre si. Se todos estes segmentos de reta são perpendicularesàs bases, então o cilindro sólido é chamado de cilindro sólido reto. A distância, medida perpendicularmente, entre as duas bases de um cilindro sólido é chamada altura. De agora em diante, suporemos que o volume de um cilindro sólido reto é a sua altura multiplicada pela área de uma das bases. Se um sólido S1 está contido num sólido ligeiramente maior S2, então a região tridimensional S3 constituída de todos os pontos em S2 que não estão em S1 é, às vezes, chamada de uma “casca”. Observe que )()()( 123 SVSVSV −= ; isto é, o volume da casca é igual à diferença entre os volumes dos sólidos maior e menor. Por exemplo, na figura abaixo, o volume da casca cilíndrica reta é dado por hrhrSVSVSV 21 2 2123 )()()( ⋅−⋅=−= ππ . 2.9.1. Método dos discos circulares Seja R uma região plana admissível e seja l uma linha reta que esta no mesmo plano de R, mas sem tocar em R a não em pontos da fronteira de R (a). O sólido S gerado quando R é girado em torno da liha l como um eixo é chamado de sólido de revolução(b). Considere o caso especial em R é a região sob o gráfico de uma função contínua não negativa f entre ax = e bx = . Chame de S o sólido de revolução gerado pela rotação de R em torno do Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 34/84 eixo x. Na figura abaixo vemos uma porção “infinitesimal” dV do volume V de S consistindo num disco circular de espessura “infinitesimal” dx , perpendicular ao eixo de revolução e interceptando-o no ponto de coordenada x. Verifica-se que o raio r deste disco é dado por )(xfr = . O disco na figura pode ser considerado como um cilindro sólido reto cuja base é um círculo de raio r e cuja altura é dx . A área desta base é 2r⋅π , logo, seu volume dV é dado por [ ] dxxfdxrdV 22 )(ππ =⋅= . O volume total V do sólido S deve ser obtido pela “soma” – isto é, pela integração – de todos os volumes “infinitesimais” dV de tais discos, à medida que x varia de a até b. Assim, temos: [ ] [ ]∫∫∫ === = = b a b a bx ax dxxfdxxfdVV 22 )()( ππ . O cálculo de volumes pela fórmula acima é chamado de método dos discos circulares. Exemplos: Use o método dos discos circulares para determinar o volume V do sólido S gerado pela revolução da região R sob o gráfico da função f dada, no intervalo indicado [a, b], em torno do eixo x. Trace o gráfico de f e do sólido S. 1. 2)( xxf = em [1, 2] [ ] [ ] ππ ππππ 7 127 7 1 7 128 1 2 7 )( 7 2 1 62 1 232 1 2 = −= ==== ∫∫∫ x dxxdxxdxxfV Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 35/84 2. 22)( xaxf −= em [-a, a] [ ] [ ] ( ) 3 333333 3 3 3 3 222 2 222 3 4 3 4 33 3 33 3 33 3 )( a aaaaaa a a a a ax xadxxadxxadxxfV a a a a a a ⋅== −+−= +−− −= − −=−=−== ∫∫∫ −−− ππππ ππππ Observe que o gráfico de 22)( xaxf −= em [-a, a] é um semicírculo e o sólido de revolução correspondente é uma esfera de raio “a”. Assim pelo método dos discos circulares, obteríamos a fórmula 3 3 4 aV ⋅= π para o volume de uma esfera de raio “a”. Obviamente, uma região plana pode ser girada em torno do eixo y ao invés do eixo x, e, novamente, um sólido de revolução será gerado. Por exemplo, suponhamos que R seja uma região plana limitada pelo eixo y, pelas linha horizontais ay = e by = com ba < , e pelo gráfico de )(ygx = , onde a função g é contínua e 0)( ≥yg para bya ≤≤ . A figura abaixo mostra o sólido de revolução S gerado pela revolução de R em torno do eixo y, onde [ ] dyygdyrdV 22 )(⋅=⋅= ππ , donde: [ ] [ ]∫∫∫ === = = b a b a by ay dyygdyygdVV 22 )()( ππ O uso da fórmula acima para determinar o volume S é ainda chamado de método dos discos circulares. Exemplo: Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 36/84 Calcule o volume do sólido S gerado pela revolução da região R, pelo eixo y, pela linha 4=y e pelo gráfico de 2xy = para 0≥x , em torno do eixo y. Use o método dos discos circulares e trace tanto R como S. Solução: Resolvendo a equação 2xy = para x em termos de y e usando o fato de que 0≥x , temos yx = . [ ] πππππ 8 2 0 2 4 0 4 2 22 4 0 4 0 2 = −= === ∫∫ y ydydyyV unidades cúbicas. 2.9.2. O método dos anéis circulares Os volumes dos sólidos de revolução mais gerais que aqueles considerados no item 2.9.1 podem ser determinados pelo método dos anéis circulares. Suponha que )(xf e )(xg são funções contínuas não negativas no intervalo [a, b] tais que )()( xgxf ≥ para todos os valores de x em [a, b], e seja R a região plana limitada pelos gráficos de )(xf e )(xg entre ax = e bx = (figura a). Seja S o sólido gerado pela revolução de R em torno do eixo x(figura b). Aqui consideramos uma porção “infinitesimal” dV do volume V de S constituída de uma anel circular de espessura “infinitesimal” dx, perpendicular ao eixo de revolução e centrado o ponto Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 37/84 de coordenada x. A base deste anel circular é a região entre dois círculos concêntricos de raio )(xf e )(xg (figura c); logo, a área desta base é [ ] [ ]22 )()( xgxf ππ − unidades quadradas. Segue que [ ] [ ]{ }dxxgxfdV 22 )()( ππ −= De modo que [ ] [ ]{ } [ ] [ ]{ }∫∫∫ −=−== = = b a b a bx ax dxxgxfdxxgxfdVV 2222 )()()()( πππ . Exemplo: Usando o método dos anéis circulares, determine o volume V do sólido S gerado pela revolução da região R em torn do eixo x, onde R é limitada pelas curvas 2xy = e 2+= xy . Solução: Os pontos de interseção das duas curvas são (2, 4) e (-1, 1) (figura a). Pelo método dos anéis circulares (figura b), temos [ ] [ ] . 5 72 15 216 15 32 15 184 15 3305 15 9624040 5 1 42 3 1 5 32 88 3 8 1 2 5 42 3 44)()2( 5 2 3 2 1 422 1 222 cúbicasunidadesV V x xx x dxxxxdxxxV π ππ ππ πππ = = −− = +−−− −+= +−+−− −++= − −++=−++=−+= ∫∫ −− Naturalmente, o método dos anéis circulares é aplicável aos sólidos S gerados pela revolução de regiões planas R em torno do eixo y, ao invés do eixo x. Assim, na figura (a) abaixo, a região planar R é limitada à direita pelo gráfico de )(yFx = e, à esquerda, pelo gráfico de )(yGx = , enquanto que os dois gráficos os interceptam nos pontos de ordenadas a e b. Se R gira em torno do eixo y, então um sólido de revolução S é gerado (figura b). O anel circular Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 38/84 perpendicular ao eixo de revolução e centrado no ponto (0, y) tem um volume “infinitesimal” dV dado por [ ] [ ]{ }dyyGyFdV 22 )()( ππ −= , logo, [ ] [ ]{ } [ ] [ ]{ } .)()()()( 2222 ∫∫∫ −=−== = = b a b a by ay dyyGyFdyyGyFdVV πππ Exemplo: Use o método dos anéis circulares para determinar o volume V do sólido de revolução S gerado pela revolução da região R em torno do eixo y, onde R é a região plana limitada à direita pelo gráfico de 2=x e à esquerda pelo gráfico de 3xy = e abaixo pelo eixo x. Trace R e S. Solução: A região R e o sólido S são mostrados nas figuras (a|) e (b) abaixo, respectivamente. Seja 2)( =yF e 3)( yyG = . Pelo método dos anéis circulares, temos: [ ] [ ]{ } .)()( 22∫ −= b a dyyGyFV π Então: [ ]{ } . 5 64 5 96160 5 96 328 5 3 32 0 8 5 3 4 44 3 5 3 5 8 0 3 28 0 2 3 cúbicasunidadesV yyV dyydyyV π π πππ ππ = −= −= −= −= −=−= ∫∫ O método dos anéis circulares é também efetivo para sólidos gerados pela revolução de regiões planas em torno de eixos diferentes dos eixos x e y. Isto é ilustrado pelos exemplos seguintes. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 39/84 1. Use o método dos anéis circulares para determinaro volume do sólido S obtido pela revolução da região R em torno da linha 6=x , onde R é limitada pelos gráficos de xy 42 = e 4=x . Pela figura abaixo, o raio interno do anel circular ao nível y é 2 unidades e seu raio externo é ( )46 2y− unidades; logo dyydV − −= 2 22 2 4 6π . Integrando, obtemos: . 5 768 5 384 5 384 5 64 64 5 64 64 80 1024 64128 80 1024 64128 4 4 80 32 16 3324 16 3362 4 6 5 3 4 4 4 24 4 4 24 4 2 22 cúbicasunidadesV y yyV dy y ydy y ydy y V π ππ ππ πππ = −−= −−− += −+−− +−= − +−= +−= −+−= − −= ∫∫∫ −−− 2. Na figura abaixo, a curva OP tem equação 3xy = . Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região a) OBP em torno da linha 8=y b) OAP em torno da linha 2=x c) OAP em torno da linha 8=y Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 40/84 Solução: a) Quando a região OBP é girada em torno do eixo 8=y , o retângulo “infinitesimal” de altura 38 x− e largura dx mostrado na figura produz um disco circular de espessura dx e raio 38 x− . Seu volume é dado por ( ) ( )dxxxdxxdV 6323 16648 +−=−= ππ . Logo ( ) cúbicasunidadesV V x xxV dxxxdVV x x 7 576 7 128448 7 128 64128 0 2 7 464 1664 7 4 2 0 632 0 π ππ π π = += +−= +−= +−== ∫∫ = = b) Quando a região OAP é girada em torno do eixo 2=x , o retângulo “infinitesimal” de altura dy e comprimento y−2 mostrado na figura produz um disco circular de espessura dy e raio y−2 . Seu volume é dado por ( ) dyyydyydV +−=−= 3 2 3 12 3 442 ππ . Logo cúbicasunidadesV V yyyV dyyydVV y y 5 16 5 9680 5 96 4832 0 8 5 3 34 44 3 5 3 4 8 0 3 2 3 18 0 π ππ π π = +−= +−= +−= +−== ∫∫ = = c) Quando a região OAP é girada em torno do eixo 8=y , o retângulo “infinitesimal” de altura 3x e largura dx mostrado na figura abaixo produz um anel circular de espessura dx com raio interior 38 x− , raio externo 8 e volume “infinitesimal” ( )[ ] ( )dxxxdxxdV 63232 1688 −=−−= ππ . Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 41/84 Logo, ( ) . 7 320 7 128448 7 128 64 7 2 24 0 2 7 4 16 7 4 7 4 2 0 632 0 cúbicasunidadesV V x xV dxxxdVV x x π π ππ π π = −= −= −⋅= −= −== ∫∫ = = 2.10. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Determine o volume do sólido gerado pela revolução da região sob o gráfico de cada função dentro do intervalo indicado, em torno do eixo x. a) [ ]3 ,1 ;3)( 2 −= xxf b) [ ]3 ,1 ;9)( 2 −−= xxf c) [ ]2 ,0 ;2)( 2xxf += 2. Determine o volume do sólido gerado pela revolução da região limitada pelos gráficos das equações dadas em torno do eixo y. a) 0 ,8 ,3 === xeyxy b) 0 ,4 ,42 === xeyxy c) 0 ,8 ,32 === xeyxy 3. Determine o volume do sólido gerado pela rotação da região limitada pelas curvas dadas em torno do eixo indicado. Use o método dos discos circulares ou o método dos anéis circulares. a) 2xy = e xy 2= em torno do eixo x b) 212 xy −= , xy = e 0=x (primeiro quadrante) em torno do eixo y c) 24 xxy −= e xy = em torno da reta 3=x Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 42/84 Respostas: 1. a) .. 5 2196 cu π b) .. 3 80 cu π c) .. 3 20 cu π 2. a) .. 5 96 cu π b) .. 5 64 cu π c) .. 7 384 cu π 3. a) .. 15 64 cu π b) .. 2 99 cu π c) .. 2 27 cu π Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 43/84 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO 3.1. INTEGRAÇÃO POR PARTES Se u e v designam duas funções deriváveis de x, sabe-se que o diferencial do produto vu ⋅ é: vduuvdudv udvvduvud udvvduvud −= +=⋅ ⋅+⋅=⋅ )( )( )( Integrando ambos os membros, obtemos: ∫∫ ∫ ∫ ∫ −= −= vduuvudv vduuvdudv )( Esta é a fórmula da integral por partes. Esta técnica é muito utilizada nos casos quando se tem o produto de dois dos três tipos de funções: monômios em x, exponencial e senos ou cossenos. Exemplos: a) ∫ dxsenxx dxdu xu = = xv senxdxdv cos−= = ∫ ∫ ++−=−−−⋅= Csenxxxxdxxxdxsenxx coscos)cos( b) ∫ dxxcx os dxdu xu = = senxv xdxdv = = cos ∫ ∫ ++=−⋅= Cxxsenxsenxdxsenxxdxxcx cos os Ao aplicar a fórmula fizemos uma escolha que pode parecer bastante arbitrária. Por que não escolher xu cos= e xdxdv = ? Neste caso, temos: senxdxdu xu −= = cos 2 2x v xdxdv = = Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 44/84 senxdxxx x dxsenx x x x dxxcx ∫∫∫ +=−−= 2 222 2 1 cos 2 )( 2 cos 2 os A escolha não é errada. Só não resolve o nosso problema. A nova integral produzida é mais difícil de resolver que a integral original. Portanto, o método da integração por partes pode ser uma técnica poderosa ou uma trapalhada total. Dependerá, principalmente, da nossa habilidade em escolher as partes. Algumas “regras” gerais podem nos orientar: 1. dv tem que ser algo que sabemos integrar; 2. Desejamos que ∫ vdu seja mais “fácil” do que ∫udv . Assim queremos du “mais simples” que u; 3. Queremos também que v seja mais simples do que dv. c) ∫ dxxl n dx x du xu 1 ln = = xv dxdv = = ∫∫ ∫ +−=−=⋅−= Cxxxdxxxdxxxxxdxxl lnln 1 ln n d) ∫ dxsenxe x dxedu eu x x = = xv senxdxdv cos−= = ∫∫ ∫ +−=⋅−−−= dxxexedxexedxsenxe xxxxx coscoscoscos dxedt et x x = = senxz xdxdz = = cos Cxsenx e x e senx e dxsenxe senxexedxsenxe senxdxesenxexedxsenxe xxx x xxx xxxx +−=−= +−= −+−= ∫ ∫ ∫∫ )cos( 2 cos 22 cos 2 cos e) ∫ dxxex dxdu xu = = x x ev dxedv = = Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 45/84 Cexedxexedxxe xxxxx +−=−=∫ ∫ f) ∫ arctgxdx dx x du arctgxu 21 1 + = = xv dxdv = = ∫ ∫ +⋅−= 21 x dx xxarctgxarctgxdx x dt dx xdxdt xt 2 2 1 2 = = += CxxarctgxCtxarctgxarctgxdx dt t xarctgx x dt t xxarctgxdx x xxarctgxarctgxdx ++−=+−= =−=⋅⋅−= + ⋅−= ∫ ∫∫ ∫ ∫ )1ln( 2 1 ln 2 1 1 2 1 2 1 1 1 2 2 g) ∫ dxex x2 xdxdu xu 2 2 = = x x ev dxedv = = ∫∫ ∫ −=−= xdxeexxdxeexdxex xxxxx 22 222 dxdt xt = = x x ez dxedz = = ( ) Cexeexdxexeexxdxeexdxex xxxxxxxxx ++−=−−=−= ∫∫∫ 2222 2222 h) ∫ ∫ ⋅= dxsenxsenxdxxsen 2 dxdu senxu cos= = xv senxdxdv cos−= = Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 46/84 C x xsenxdxsen xxsenxdxsen xxsenxdxsendxsen xdxsendxxsenxdxsen dxxsenxsenxxdxxxsenxdxsenxsenxdxxsen ++−= +−= +−=+ −+−= =−+−=+−=⋅= ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 2 cos 2 1 cos2 cos cos )1(coscoscoscos 2 2 22 22 22 i) Idxsenxxsendxxsen =⋅=∫ ∫ 23 dxsenxdu xsenu cos2 2 = = xv senxdxdv cos−= = CxxsenxI xxsenxI IxxsenxI xdxsensenxdxxsenxI senxdxxsenxsenxI xsenxdxxsenxI +−⋅−= −⋅−= −−⋅−= −+⋅−= ⋅−+⋅−= +⋅−= ∫∫ ∫ ∫ cos 3 2 cos 3 1 cos2cos3 2cos2cos 22cos )1(2cos cos2cos 2 2 2 32 22 22 j) Idxsenxxsendxxsen nn =⋅=∫ ∫ − 1 dxxsenndu xsenu n n cos)1( 2 1 − − −= = xv senxdxdv cos−= = ∫ ∫ ∫ ∫∫ ∫ ∫ −− −− −− −− −− −− − +⋅−= −+⋅−=−+ +−−+⋅−= −−−+⋅−= −⋅−+⋅−= ⋅−+⋅−= xdxsen n n xsenx n I xdxsennxsenxInII InIxdxsennxsenxI xdxsennxdxsennxsenxI dxxsenxsennxsenxI xdxxsennxsenxI nn nn nn nnn nn nn 21 21 21 21 221 221 1 cos 1 )1(cos )1(cos )1()1(cos )1()1(cos cos)1(cos k) Idxarcsenx =∫ Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 47/84 dx x du arcsenxu 21 1 − = = xv dxdv = = dx x x xarcsenxI ∫ − −= 21 x dt dx xdxdt xt 2 2 12 −= −= −= CxxarcsenxI Ctxarcsenxdttxarcsenx x dt t x xarcsenxI +−+= +⋅+=+=−⋅−= ∫∫ − 2 2 1 2 1 1 2 2 1 2 1 2 3.1.1 Exercícios Propostos Calcule as integrais abaixo pelo método da integração por partes: 1. ∫ xdxx 2sec 2. ∫ xdxx cos2 3. ∫ xdxx ln2 4. ∫ senxdxx 2 5. ∫ xdx5ln 6. ∫ dxxx 23 cos 7. ∫ e xdxx 1 2 ln 8. ∫ dxex x22 9. ∫ xdxarctg5 10. ∫ xdxx 2ln 11. ∫ dxxsen )(ln 2 Respostas: 1) Cxxtgx +− )ln(sec 2) Csenxxxsenxx +−+ 2cos22 3) C x x x +− 9 ln 3 33 4) Cxxsenxxx +++− cos22cos2 5) Cxxx +−5ln 6) Cxsenxx ++ )cos( 2 1 222 7) 9 12 3 +e 8) C xx e x + +− 4 1 22 2 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 48/84 a u θ 22 u - a =E 22 u a +=E a u θ 9) Cxxxarctg ++− )251ln( 10 1 5 2 10) C x x x x x ++− 4 ln 2 ln 2 22 2 2 11) Cxxxsen x +− )cos(ln 5 2 )(ln 5 22 3.2. INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA Integrais envolvendo expressões como 22 ua − , 22 ua + e 22 au − , onde a é uma constante positiva, são resolvidas através de substituições trigonométricas sugeridas pelos triângulos retângulos abaixo: Caso 1: 22 222 222 uaE uaE Eua −= −= += θ θ senau a u sen ⋅= = Se o integrando envolve 22 ua − , onde au <<0 , faça θsenau ⋅= com 2 0 π θ << , com θθdadu cos= . θθθθ coscos)1( 222222222 aasenasenaaua ==−=−=− Caso 2: 22 222 uaE uaE += += θ θ tgau a u tg ⋅= = Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 49/84 u a θ 22 a - u =E a 2 x θ 2 x- 4 Se o integrando envolve 22 ua + , onde 0>u e 0>a , faça θtgau ⋅= com 2 0 π θ << , com θθdadu 2sec= . θθθθ secsec)1( 222222222 aatgatgaaua ==+=−=+ Caso 3: 22 222 222 auE auE Eau −= −= += θ θ sec sec ⋅= = au a u Se o integrando envolve 22 au − , onde 0>> au , faça θsec⋅= au com 2 0 π θ << , com θθθ dtgadu sec= . θθθθ tgatgaaaaau )1(secsec 222222222 ==−=−=− Depois de a integral ser resolvida com relação à variável θ , a resposta pode ser escrita em termos da variável original referindo-se ao triângulo retângulo apropriado. Este método se chama “Substituição Trigonométrica”. Exemplos: a) I ) x- 4 ( dxx 2 3 2 2 =∫ 2 x sen =θ θθ θ d cos 2 dx sen 2 x = = ( ) θθθ 2222 cos 4 )sen - (1 4 4sen-4 x- 4 === CtgI dd +−= −=== ⋅ ⋅ = ⋅ = ∫∫∫∫∫ θθ θθθθθ θ θ θθ θθθ θ θθθ )1(secd tg cos sen 2coscos 4 d 2cossen 4 )(4cos d 2cossen 4 I 22 2 2 2 2 2 32 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 50/84 1 x θ 2 x- 1 2 x 9 + x θ 3 2x-4 x tg =θ 22 x sen x arcsen=⇒= θθ C x arcsen +−= 2x-4 x I 2 b) I dx x-1 2 =∫ θθ θ θ d cos dx sen x xsen = = = θθθ coscos sen-1 x- 1 222 === ∫∫ =⋅= θθθθθ d os d cosos 2ccI θθ θ dsendu u cos −= = θ θθ senv ddv = = cos CsenI senI IsenI ddsendsenI dsensendsensensenI ++⋅= +⋅= −+⋅= −+⋅=−+⋅= +⋅=−−⋅= ∫ ∫∫ ∫∫ θθθ θθθ θθθ θθθθθθθθθ θθθθθθθθθ 2 1 cos 2 1 cos2 cos coscos )cos1(cos cos) ( cos 22 2 arcsenx=⇒= θθ x sen 2 2 x-1cos 1 x-1 cos =⇒= θθ Carcsenxxx ++−= 2 1 1 2 1 I 2 c) I 9 x x dx 22 = + ∫ θθ θ θ d 3sec dx 3 tg 3 x 2= = = tgx θθθθ 3sec 9sec )19(tg 99tg 9 x 2222 ==+=+=+ Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 51/84 CCC gg ec +−=+−=+=+⋅== ===== ∫ ∫ ∫∫∫∫ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θθ θθ θθ seccos 9 1 9sen 1 9u 1 -C u 1 9 1 - du u 9 1 I cos du . u cos 9 1 d sen cos 9 1 d cos sen cos 1 9 1 9t d sec 3sec . 9t d 3s I 2- 22 2 222 2 θ θ θθ θ cos du d d cos du sen u = = = C cosec 9 1 - I += θ x os 2 x 9 secc + =θ C x x9 9 1 - I 2 + + ⋅= C 9 x 9 - I 2 + + = x d) I 25 x x dx 23 = − ∫ 5 x sec =θ θθθ θ d tgsec 5 dx sec 5 x = = θθθθ tg5 25 1) (sec 25 25 25sec 25 x 2222 ==−=−=− tg ( ) ( ) CsenCsenCsenI du udddI s ++=+ ⋅+=+ += = +=+=+= +==== ∫∫∫∫ ∫ ∫∫∫ θθθθθθθθ θθθθθθ θ θ θθ θ θ θθ θθθ cos 250 1 cos2 2 1 250 1 2 2 1 250 1 2 cos 250 1 2cos 250 1 )2cos1( 250 1 d 2 2cos 2 1 125 1 d cos 125 1 ec d 125 1 tg5 . sec 251 d tgsec 5 I 2 23 2 du d d 2 du 2 u = = = θ θ θ 25 x 2 x sen − =θ 5 cos x =θ 5 sec 5 x sec x arc= = θ θ C x xx arcI + − += 2 2 255 5 sec 250 1 x θ 5 252 −x 3x θ 2 49 2 −x Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 52/84 3 u θ 2u - 9 e) I 4 9x x dx 2 = − ∫ 2 3x sec =θ θθθ θ θ d tgsec 3 2 dx sec 3 2 sec 2 3x = = = x θθθθ 2tg 4 1) (sec 4 4 sec 9 4 9 4 9x 2222 ==−=−⋅=− tg ∫∫∫ +==== Cθθ θ θθ θθθ 2 1 d 2 1 2 d tg2 . sec 3 2 d tgsec 3 2 I 2 3 sec 2 3x sec x arc=⇒= θθ C x arcI += 2 3 sec 2 1 f) I )45( dx 2 3 2 = −− ∫ xx 22222 )2(9)44(9)444(5)4(545 +−=++−=−++−=+−=−− xxxxxxxxx Fazendo 2+= xu , com dxdu = , vem: I uxx = − = −− ∫∫ 2 3 22 3 2 )9( du )45( dx θθ θ ddu senu cos3 3 = = θθθ 2222 cos9)1( 9999 =−=−=− sensenu Ctgd ddd I +===== ∫∫∫ ∫ θθθθ θ θ θθ θ θθ 9 1 sec 9 1 cos9 1 27cos cos3 )(9cos cos3 2 23 2 3 2 29 u u tg − =θ C x x I C u u I + +− + ⋅= + − ⋅= 2 2 )2(9 2 9 1 99 1 C xx x I + −−⋅ + = 2459 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 53/84 3.2.1 Exercícios Propostos Calcule as integrais abaixo pelo método da integração por substituição trigonométrica: 1. ∫ − 22 16 xx dx 2. ∫ − 24 4 xx dx 3. ∫ − 2 2 94 x dxx 4. ∫ − 22 ax xdx 5. ∫ + 22 1 xx dx 6. ∫ + 52xx dx 7. )94( dx7x 2 3 2 3 ∫ +x 8. ∫ − 422 xx dx 9. ∫ − 49 2x dx 10. )94( dx 2 3 2∫ −x 11. ∫ −− )45( dx 2xx 12. ∫ −− 222 xdx xx 13. ∫ −+− 2483 dx xx 14. ∫ +− 231 xx xdx Respostas: 1) C x x + − − 16 16 2 2) C x xx x x + −− − − −− 3 222 3 4)4(4 16 1 3) Cx xx arcsen +−− 294 182 3 27 2 4) Cax +− 22 5) C x x + + − 21 6) C x x + −+ 55 ln 5 1 2 7) C x x + + + 94 92 8 7 2 2 8) C x x + − 4 42 9) C xx + −+ 2 493 ln 3 1 2 10) C x x + − − 949 2 11) Cxxxsen x +− )cos(ln 5 2 )(ln 5 22 12) C x arcsenxx + + −−−− 3 1 22 2 13) Cxarcsen +− )22( 2 1 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 54/84 14) Cxxxxx +−++−++− 6 3 313ln( 18 3 13 3 1 22 3.3. INTEGRAÇÃO DE FUNÇOES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS Uma função racional é toda razão entre dois polinômios: )( )( )( xQ xP xf = Assim, são funções racionais: 4 4232 )( 2 23 + ++− = x xxx xf ou 32 75 )( 2 ++ + = xx x xg Sejam )(Pgr e )(Qgr os graus dos polinômios )( )( xQexP , respectivamente. As funções racionais se classificam em: ∗ Impróprias: aquelas onde )()( QgrPgr ≥ ∗ Próprias: aquelas onde )()( QgrPgr < 3.3.1. Integração de Funções Racionais Próprias Neste caso devemos lembrar que: )( )( )( )( )( xQ xR xf xQ xP += , onde )(xR é o resto da divisão de )(xP por )(xQ Portanto: ∫∫∫ += dxxQ xR xfdx xQ xP )( )( )( )( )( . Como f(x) é um polinômio, não há dificuldades em calcularmos ∫ dxxf )( . O problema concentra-se no cálculo de ∫ dxxQ xR )( )( , onde a fração )( )( xQ xR é própria. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais55/84 Pelo procedimento explicado acima, vamos nos concentrar no problema da integração de funções racionais próprias. Caso 1: O denominador é fatorável em fatores lineares distintos Se somarmos duas frações 2 2 −x e 1 3 +x obtém-se: )1)(2( 45 )1)(2( 6322 )1)(2( )2(3)1(2 1 3 2 2 +− − = +− −++ = +− −++ = + + − xx x xx xx xx xx xx Segue que: Cxxdx x dx x dx xx x |1|ln3|2|ln2 1 3 2 2 )1)(2( 45 +++−= + + − = +− − ∫∫ ∫ . Portanto é um problema fácil o de integrar )1)(2( 45 +− − xx x desde que saibamos que esta expressão pode ser decomposta na soma 1 3 2 2 + + − xx . O método de frações parciais é simplesmente um procedimento para decompor frações racionais próprias na soma de funções racionais simples. As funções racionais simples são chamadas de frações parciais de )( )( xQ xP . A decomposição de uma fração racional em frações parciais é mais fácil de ser avaliada quando o denominador é fatorável em diferentes fatores lineares. Neste caso podemos decompor a função racional )( )( )( xQ xP xf = em frações mais simples dadas por: nn n bxa A bxa A bxa A xf + ++ + + + = L 22 2 11 1)( Onde A1, A2, ..., An são constantes que devem ser determinadas. Exemplo: 1. Calcular ∫ +−− − = dx xxx x I 33 2 23 )3)(1)(1()3)(1()1(3)1(33 22223 −+−=−−=−−−=+−− xxxxxxxxxxx Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 56/84 )33()42()(2 34322 )1()34()32(2 )3)(1)(1( )1)(1()3)(1()3)(1( 33 2 311)3)(1)(1( 2 33 2 2 222 222 23 23 CBAxBAxCBAx CCxBBxBxAAxAxx xCxxBxxAx xxx xxCxxBxxA xxx x x C x B x A xxx x xxx x −+−+−−+++=− −++−+−−=− −++−+−−=− −+− +−+−−+−+ = +−− − − + + + − = −+− − = +−− − −=−+− −− =⇒−−=⇒=−− −−=⇒=++ 233 2 14 142 142 0 CBA B ABABA CBACBA 2 12 12C2 122C 2214 2 14 + =⇒+=⇒−−=−⇒−−=−− −−= −− −−= B CBBCBB CB B CBA 8 3 16 6 B -616B 412B6B32B1 2 2 12 3 2 1-4B- 3 233 −=⇒−=⇒= −=−−++⇒−= + −+⋅−⇒−=−+− B B BCBA 4 1 2 2 1 2 1 2 3 2 1 8 3 4 2 14 =⇒= − = − −⋅− = −− = AA A B A 8 1 8 32 8 3 4 1 0 = +− = +−= −−= =++ C C C BAC CBA )3(8 1 )1(8 3 )1(4 1 )3)(1)(1( 2 33 2 23 − + + − − = −+− − = +−− − xxxxxx x xxx x ∫∫∫ −++−−= 38 1 18 3 14 1 x dx x dx x dx I CxxxI +−++−−= )3ln( 8 1 )1ln( 8 3 )1ln( 4 1 Outra forma de determinar os coeficientes A, B e C 311)3)(1)(1( 2 − + + + − = −+− − x C x B x A xxx x Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 57/84 A xx x = −+ − )3)(1( 2 e fazendo 1=x , temos: 4 1 )2(2 1 )31)(11( 21 =⇒ −⋅ − = −+ − = AA B xx x = −− − )3)(1( 2 e fazendo 1−=x , temos: 8 3 )4(2 3 )31)(11( 21 −=⇒ −⋅− − = −−−− −− = BB C xx x = +− − )1)(1( 2 e fazendo 3=x , temos: 8 1 42 1 )13)(13( 23 =⇒ ⋅ = +− − = CC 2. Calcular ∫ −− − = dx xx x I 2 53 2 )1)(2(22 +−=−− xxxx 12)1)(2( 53 2 53 2 + + − = +− − = −− − x B x A xx x xx x Fazendo 2=x vem: 3 1 3 1 12 523 A 1 53 =⇒= + −⋅ =⇒ + − = A x x A Fazendo 1−=x vem: 3 8 3 8 21 5)1(3 B 2 53 =⇒ − − = −− −−⋅ =⇒ − − = B x x B ∫∫ ++−= 13 8 23 1 x dx x dx I CxxI +++−= )1ln( 3 8 )2ln( 3 1 3. Calcular ∫ −−+ −− = dx xxx xx I 122 242 23 2 )12)(1)(1()12)(1()1()1(2122 22223 ++−=+−=−+−=−−+ xxxxxxxxxxx 1211)12)(1)(1( 242 122 242 2 23 2 + + + + − = ++− −− = −−+ −− x C x B x A xxx xx xxx xx 3 2 6 4 32 242 )112)(11( 214)1(2 1 2 −=∴ − = ⋅ −− = +⋅+ −⋅−⋅ =∴= AAx 2 2 4 )1(2 242 ]1)1(2)[11( 2)1(4)1(2 1 2 =∴= −⋅− −+ = +−⋅−− −−⋅−−⋅ =∴−= BBx 3 2 4 3 2 1 2 1 2 3 22 2 1 )1 2 1 )(1 2 1 ( 2) 2 1 (4) 2 1 (2 2 1 2 −=∴ − = ⋅− −+ = +−−− −−⋅−−⋅ =∴−= CCx ∫∫∫ +−++−−= 123 2 1 2 13 2 x dx x dx x dx I Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 58/84 2 2 12 du dx dxdu xu = = += CxxxI CuxxI du u xxI x dx xxI ++−++−−= +−++−−= ⋅−++−−= + −++−−= ∫ ∫ )12ln( 3 1 )1ln(2)1ln( 3 2 ln 6 2 )1ln(2)1ln( 3 2 2 1 3 2 )1ln(2)1ln( 3 2 123 2 )1ln(2)1ln( 3 2 CxxxI ++−−−+= )12ln( 3 1 )1ln( 3 2 )1ln(2 4. Calcular ∫ −− −−− = dx xxx xxx I 82 166865 23 23 O integrando é uma fração imprópria. xxx xx xxx xxx 82 16284 5 82 166865 23 2 23 23 −− −− += −− −−− ∫∫ +=−− −− += 123 2 5 82 16284 5 Ixdx xxx xx dxI )2)(4()82(82 223 +−=−−=−− xxxxxxxxx 24)2)(4( 16284 82 16284 2 23 2 + + − += +− −− = −− −− x C x B x A xxx xx xxx xx 2 2 8 16 )20)(40( 16028)0(4 0 2 =∴= − − = +− −⋅−⋅ =∴= AAx 3 8 24 64 24 1610464 )24(4 16428)4(4 4 2 −=∴ − = −− = +⋅ −⋅−⋅ =∴= BBx 3 14 12 56 12 165616 )42)(2( 16)2(28)2(4 2 2 =∴= −+ = −−− −−⋅−−⋅ =∴−= CCx CxxxI x dx x dx x dx I +++−−= + + − −= ∫∫∫ )2ln( 3 14 )4ln( 3 8 ln2 23 14 43 8 2 1 1 15 IxI += CxxxxI +++−−+= )2ln(3 14 )4ln( 3 8 ln5 2 Caso 2: O denominador possui fatores lineares repetidos Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 59/84 Se o denominador contem um fator da forma kbax )( + onde 1>k , é necessário que tenhamos k frações parciais da forma: k k bax A bax A bax A bax A )()()( 3 3 2 21 + ++ + + + + + L Onde A1, A2, A3, ..., Ak são constantes a ser determinadas. Fatores não repetidos são tratados como no caso 1. Exemplo: 1. Calcular ∫ + ++ = dx xx xx I 2 2 )1( 243 2 21 2 2 )1(1)1( 243 + + + += + ++ x B x B x A xx xx 2 2 1 2 )10( 204)0(3 0 2 2 =∴== + +⋅+⋅ =∴= AAx 1 1 1 1 243 )1( 2)1(4)1(3 1 2 2 2 −=∴− = − +− = − +−⋅+−⋅ =∴−= BBx Por esse procedimento não conseguimos determinar B1. Para determina-lo, multiplicamos ambos os lados da equação pelos denominador da função, ou seja: 2)3()2(243 242243 )1()1(2243 )1( 1 1 2 )1( 243 1 2 1 2 1 2 1 22 1 22 2 1 2 2 ++++=++ −++++=++ −+++=++ + − + += + ++ xBxBxx xxBxBxxxx xxxBxxx xx B xxx xx Igualando os coeficientes de potências de mesmo grau, temos: 1 43 1 32 11 11 =⇒=+ =⇒=+ BB BB Portanto 11 =B , e 22 2 )1( 1 1 12 )1( 243 + − + += + ++ xxxxx xx ∫ ∫∫∫ + −++= + − + += 2 2 )1( )1ln(ln2 )1(1 2 x dx xxI x dx x dx x dx I dxdu xu = += 1 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 60/84 C u xxI duuxxI u du xxI ++++= −++= −++= ∫ ∫ − 1 )1ln(ln2 )1ln(ln2 )1ln(ln2 2 2 C x xxI + + +++= 1 1 )1ln(ln 2 2. Calcular ∫ − − = dx xx x I 23 23 1)1( 2323 2 21 223 − ++= − − = − − x B x A x A xx x xx x 2 2 1 2 )10( 203 0 22 =∴=− − = − −⋅ =∴= AAx 1 1 1 1 1 213 1 2 =∴== −⋅ =∴= BBx 2)2()1(23 2223 )1(2)1(23 1 12 )1( 23 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 −+−++=− +−+−=− +−+−=− − ++= − − xAxAx xxxAxAx xxxxAx xxx A xx x 1 32 1 01 11 11 −=⇒=+− −=⇒=+ AA AA 1 121 )1( 23 22 − ++−= − − xxxxx x Cx x xI xdxxxI x dx x dx x dx I +−+−−= −++−= − ++−= ∫ ∫∫∫ − )1ln( 2 ln )1ln(2ln 1 2 2 2 Cx xx I +−+−= )1ln( 21 ln 3. Calcular ∫ + + = dx xx x I 22 )1( 12 2 21 2 21 22 )1(1)1( 12 + + + ++= + + x B x B x A x A xx x 1 1 1 1 )10( 102 0 222 =∴==+ +⋅ =∴= AAx 1 1 1 1 )1( 1)1(2 1 222 −=∴−= − = − +−⋅ =∴−= BBx Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 61/84 1)2()2()(12 12212 12)12(12 )1()1()1(12 )1( 1 1 1 )1( 12 1 2 11 3 11 2 1 3 11 2 1 3 1 22 1 3 1 22 1 22 1 22 1 2 1 2 1 22 ++++++=+ ++++++=+ −+++++++=+ −+++++=+ + − + ++= + + xAxBAxBAx xBxBxxAxAxAx xxBxBxxxxxAxxxxBxxxAx xx B xx A xx x =⇒−=⇒=+ =+ =⇒−=⇒=+ 0 22 22 02 0 0 111 11 11111 AAA BA BABBA 222222 )1( 11 )1( 1 1 010 )1( 12 + −= + − + ++= + + xxxxxxxx x ∫ ∫∫ ∫∫ + −−= + −= + −= − 2 2 2 22 )1( 1 )1( )1( x dx x I x dx dxxI x dx x dx I dxdu xu = += 1 C ux I duu xu du x I x dx x I ++−= −−=−−= + −−= ∫∫ ∫ − 11 11 )1( 1 2 2 2 C xx I + + +−= 1 11 Caso 3: O denominador envolve fatores quadráticos irredutíveis diferentes Um polinômio quadrático cbxax ++2 é irredutível se, e somente se, o seu descriminante )4( 2 acb − é negativo, ou seja, o polinômio não pode ser fatorado em fatores lineares. Para cada fator irredutível não repetido cbxax ++2 no denominador de )( )( xQ xP , deverá corresponder uma fração parcial da forma: nnn nn cxbxa BxA cxbxa BxA cxbxa BxA ++ + ++ ++ + + ++ + 2 22 2 2 22 11 2 1 11 L Exemplo: 1. Calcular ∫ +++ ++ = dx xxx xx I 44 2038 23 2 )4)(1()1(4)1(44 2223 ++=+++=+++ xxxxxxxx 14)4)(1( 2038 44 2038 22 2 23 2 + + + + = ++ ++ = +++ ++ x C x BAx xx xx xxx xx Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 62/84 5 5 5 25 5 2038 4)1( 20)1(3)1(8 1 2 2 =∴== +− = +− +−⋅+−⋅ =∴−= CCx )20()()5(2038 2052038 )4(5)1)((2038 1 5 4)4)(1( 2038 22 222 22 22 2 +++++=++ +++++=++ ++++=++ + + + + = ++ ++ BxBAxAxx xBBxAxAxxx xxBAxxx xx BAx xx xx =⇒=+ =+ =⇒=+ 0B 2020 3 3 85 B BA AA 1 5 4 3 )4)(1( 2038 22 2 + + + = ++ ++ xx x xx xx )1ln(5 4 3 1 1 5 4 3 2 2 ++ + = + + + = ∫ ∫ ∫ xdx x x I dx x dx x x I 2 2 42 du dx dxdu xu = = += Cxux u du I x x du u x I +++=++= ++⋅= ∫ ∫ )1ln(5ln 2 3 )1ln(5 2 3 )1ln(5 2 3 CxxI ++++= 52 )1ln()4ln( 2 3 2. Calcular ∫ ++++= )54)(1( 22 xxxx dx I 541)54)(1( 1 2 22 2 11 22 ++ + + ++ + = ++++ xx BxA xx BxA xxxx ( ) )5()45()4()(1 54541 )1)((54)(1 212211 2 2211 3 21 22 2 22 2 2 3 211 2 11 2 1 3 1 2 22 2 11 BBxBABAxBABAxAA BxBxBxAxAxABxBxBxAxAxA xxBxAxxBxA +++++++++++= +++++++++++= +++++++= −=⇒=+ =+++ =+++ −=⇒=+ 1221 2211 2211 2121 51B 15 045 04 0 BBB BABA BABA AAAA Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 63/84 143 143 051)(4 12 12 1212 =+ −=−− =−+++− BA BA BABA 21 12 12 1212 41 14 14 0514)(5 AB BA BA BABA −= =+ −=−− =−+++− 13 3 313 11643 1)41(43 2 2 22 22 = −=− =−+ =−+ A A AA AA 13 3 1 21 −= −= A AA 13 1 13 1213 13 3 41 41 1 1 21 = − =⋅−= −= B B AB 13 8 13 513 13 5 1 51 2 2 12 = − =−= −= B B BB 54 83 13 1 1 13 13 1 54 13 8 13 3 1 13 1 13 3 )54)(1( 1 222222 ++ + ⋅+ ++ +− ⋅= ++ + + ++ +− = ++++ xx x xx x xx x xx x xxxx ∫∫ ++ + + ++ +− = dx xx x dx xx x I 54 83 13 1 1 13 13 1 22 1)2(1)44(445454 4 3 2 1 4 3 ) 4 1 ( 4 1 4 1 11 2222 2 222 ++=+++=+−++=++ + +=+++=+−++=++ xxxxxxx xxxxxxx ++ + + + + +− = ∫∫ dxx x dx x x I 1)2( 83 4 3 2 1 13 13 1 22 ∫ + + +− = dx x x I 4 3 2 1 13 21 2 1 2 1 −= ⇓ =⇒+= ux dxduxu ∫∫ ∫∫∫∫ + + + −= + +− = + ++− = + + −⋅− = + + +− = du u du u u I du u u du u u du u u dx x x I 4 3 1 2 5 4 3 3 4 3 2 5 3 4 3 1 2 3 3 4 3 1 2 1 3 4 3 2 1 13 22 1 222 21 2u dv du 2 4 32 =⇒=⇒+= ududvuv Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 64/84 ( ) ( ) CxarctgxxCxarctgxxI CxarctguCxarctgvI uarctg u dv v u du u du u u I + + +++−=+ ++++−= + ++ +−=+ ++−= ⋅+⋅−= + + + −= ∫∫∫ 3 12 3 5 1ln 2 3 2 1 3 2 3 5 1ln 2 3 2 1 3 2 3 5 4 3 ln 2 3 2 1 3 2 3 5 ln 2 3 3 2 3 2 2 5 2 3 4 3 1 2 5 4 3 3 22 1 2 1 22 1 ∫ ++ + = dx x x I 1)2( 83 22 2 2 −= ⇓ =⇒+= ux dxduxu ∫∫∫∫∫ +++=+ + = + +− = ++ + = du u du u u du u u du u u dx x x I 1 1 2 1 3 1 23 1 8)2(3 1)2( 83 222222 2u dv du 2 12 =⇒=⇒+= ududvuv C1)(x2)54ln( 2 3 C1)(x2ln 2 3 2 2 3 1 1 2 1 3 2 2 222 +++++= +++=+⋅= + + + = ∫∫∫ arctgxxI arctgvuarctg u dv v u du u du u u I [ ] Cxarctg x arctg xx xx I Cxarctgxx x arctgxxI III + ++ + + ++ ++ = + +++++ + +++−= += )2(2 3 12 3 5 1 54 ln 2 3 13 1 )2(2)54ln( 2 3 3 12 3 5 )1ln( 2 3 13 1 13 1 2 2 22 21 Cxarctg x arctg xx xx I +++ + + ++ ++ = )2( 13 2 3 12 313 5 1 54 ln 26 3 2 2 Caso 4: O denominador envolve fatores quadráticos irredutíveis repetidos Se o denominador contem um fator da forma kcbxax )( 2 ++ onde 1>k , é necessário que tenhamos k frações parciais da forma: k kk cbxax BxA cbxax BxA cbxax BxA cbxax BxA )()()( 232 33 22 22 2 11 ++ + ++ ++ + + ++ + + ++ + L Onde A1, B1, A2, B2, A3, B3, ..., Ak, Bk são constantes a ser determinadas. Fatores do tipo kbax )( + são tratados como no caso 2. Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 65/84 1. Calcular ∫ + ++ = dx xx xx I 22 3 )1( 2 ( )22 22 2 11 22 3 11)1( 2 + + + + + += + ++ x CxB x CxB x A xx xx ( ) 2 2 1 2 10 20)0( 0 22 3 =∴== + ++ =∴= AAx ( )22 22 2 11 22 3 11 2 )1( 2 + + + + + += + ++ x CxB x CxB xxx xx ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2422 2422 1222 1122 21 2 21 3 1 4 1 3 2 2 21 2 1 3 1 4 1 243 2 2 211 3243 2211 2223 ++++++++=++ ++++++++=++ +++++++=++ ++++++=++ xCCxBBxCxBxx xCxBxCxBxCxBxxxx xCxBCxBxxxxxx CxBxCxBxxxxx =⇒=−=−=⇒=+ −=⇒+−=−−=⇒=++ = −=⇒=+ 0C 0111C 1 2B 244B 04 1 2 02 21221 21221 1 11 CCC BBB C BB ( )222 1 22 3 1 2 1 122 )1( 2 + − + − −= + ++ x x x x xxx xx ( ) ( ) ( )∫∫ ∫∫∫∫ ∫∫∫∫ + −+ + −= + − + + + −= + − + − −= + ++ dx x x arctgxdx x x xI dx x x dx x dx x x dx x I dx x x dx x x dx x dx xx xx 222 2222 22222 3 1 2 1 2 ln2 1 2 1 1 1 21 2 1 2 1 122 )1( 2 x du dxxdxdu xu 2 2 12 =⇒= += ( ) ∫ ∫∫ ∫∫ −−+−= ⋅−+⋅−= + −+ + −= duuarctgxuxI x du u x arctgx x du u x xI dx x x arctgxdx x x xI 2 2 222 lnln2 2 2 2 2 ln2 1 2 1 2 ln2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 66/84 ( ) ( ) C x arctgxxxI C u arctgxxxI + + +++−= ++++−= 1 1 1lnln2 1 1lnln2 2 2 2 Cálculo II – Integração e Derivadas Parciais 67/84 4. FUNÇÕES VÁRIAS VARIÁVEIS E DERIVADAS PARCIAIS 4.1. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS Consideremos os seguintes enunciados: 1. O volume V de um cilindro é dado por hrV 2 π= , onde r é o raio e h é a altura. 2. A equação de estado de um gás ideal é dada por V nRT p = , onde p = pressão; V = volume n = massa gasosa em moles; R = constante molar do gás; T = temperatura 3. O circuito abaixo tem cinco resistores. A corrente deste circuito é função das resistências ( )5,,2,1 K=iRi . Analisando esses enunciados, verificamos que as funções envolvidas requerem o uso de duas ou mais variáveis independentes. No primeiro enunciado, podemos dizer que o volume de um cilindro, denotado por V, é uma função do raio r e da altura h. Assim, hrhrfV 2 ),( π== é uma função de duas variáveis. No segundo enunciado temos, a função V nRT nTVfp == ),,( que é uma função de três variáveis. Sobre o circuito do terceiro enunciado, podemos dizer que a corrente do circuito dado é uma função de cinco variáveis independentes. Temos 54321 RRRRR E I ++++ = onde E representa a tensão
Compartilhar