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Aula 3- Direito Constitucional II

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Princípio básico para a distribuição de competências predominância do interesse (art. 25, caput CF)
Competência constitucional é o limite ou a medida do poder político na federação.
O critério fundamental da repartição de competência é o do interesse preponderante. Em outras palavras, o interesse predominantemente nacional faz com que a competência seja atribuída à União. O interesse predominantemente regional faz com que a competência seja atribuída aos estados e o interesse predominantemente local faz com que a competência seja atribuída aos municípios. 
Em direito constitucional comparado existe 3 sistemas de repartição de competência:
Sistema Indiano = Na Índia a Constituição enumera as competências da União e dos estados (na Índia não existem municípios)
Sistema canadense = A constituição do Canadá há a enumeração das competências dos estados e o remanescente será da competência da União. (no Canadá não existem municípios)
Sistema americano = A Constituição americana enumera as competências da União e o remanescente será da competência dos estados. (Nos EUA não existem municípios)
Distribuição de competências
No Brasil, a regra é a adoção do sistema americano, no art. 25, §1 da CF. Mas no que tange à competência tributária, a CF/88 adotou o sistema indiano, e enumerou cada competência, de cada ente da federação. 
No Brasil, o sistema de repartição de competências se dá em dois planos. Há a repartição de competências em plano horizontal e a repartição de competências em plano vertical. 
A repartição de competências em plano horizontal é a distribuição de matérias distintas entre as entidades federativas, compreendendo as competências exclusivas e as competências privativas de cada unidade da federação. 
A repartição da competência em plano vertical é a distribuição de matéria idêntica entre as entidades federativas, compreendendo as competências comuns e as competências concorrentes de todas as unidades da federação.
Plano horizontal (matérias distintas) (art. 30 CF)
No plano horizontal há competências distintas atribuídas a cada ente pq na repartição horizontal há o interesse predominante.
A CF/88 trata desta matéria no seu artigo 21 e seguintes.
No plano horizontal há duas espécies de competência: exclusiva e privativa. A competência exclusiva é indelegável (ambas começam com uma vogal) e a competência privativa é delegável (ambas começam com uma consoante). 
O art. 21 e o art. 22 tratam da repartição de competência no plano horizontal.
O art. 21 há a competência exclusiva, ou seja, indelegável, da União.
O art. 22 trata da competência privativa, ou seja, delegável, da União. 
O art.22, PU, diz que lei complementar pode regular as matérias em que a competência será atribuída aos estados ou DF. Nós temos a LC 103/2001. Esta LC 103 é uma lei em que a União delegou aos estados a competência para legislar sobre o piso salarial.
Exclusiva (indelegável) (art. 21 CF)
 Dentro das competências exclusivas e por isso indelegáveis, encontramos uma serie de competências que assim foram dispostas pelo legislador constituinte, por serem competências de estrema relevância para o Estado brasileiro. Assim, todas as competências que por assim dizer são relevantes para a existência do país ou a sua relação com outros estados são elencadas como exclusivas e por isso indelegáveis.
Com vistas a facilitar a sua eventual identificação..., vale notar que todas as competências exclusivas se iniciam com um verbo. 
Privativa (delegável) (art. 22 §único CF)
Dentro de um segundo patamar de importância encontramos as competências privativas, as quais lidam com matéria de interesse nacional, porém sem um vinculo direto com a existência do Estado brasileiro ou de suas relações com outros estados. Nessa medida as competências privativas podem ser delegadas aos estados federados e ao distrito Federal, os quais nos termos de lei complementar passaram a poder legislar sobre o tempo. Note-se que a delegação não pode ser feita para um município.
Plano vertical
No plano vertical há uma mesma matéria que é da competência de todos os entes da federação. 
No plano vertical há duas espécies de competência: comum e concorrente. A distinção entre uma e outra está na cumulatividade.
Comum (cumulativa) (art. 23 CF)
A competência comum é cumulativa pq a atuação de um ente não vai excluir a atuação do outro ente. Por exemplo, a BR 101 é uma rodovia federal, mas a BR 101 passa pelo município de Campos. Pode ser do interesse de Campos manter o trecho que passa por Campos. Mas a conservação da rodovia no município de Campos não exclui a possibilidade da União conservar aquela mesma rodovia em outros trechos, e até naquele próprio trecho. Estes entes podem atuar em parceria.
Concorrente (não cumulativa) (art. 24 CF)
A competência concorrente é não cumulativa. A atuação de um ente exclui a atuação do outro ente. Ou seja, quando a União produz norma geral, ela exclui a atuação do município e dos estados de legislarem em desacordo com aquela norma. O que pode acontecer na competência concorrente é dos estados, DF ou municípios legislarem de forma complementar àquela norma geral ditada pela União.
As competências comum e concorrente estão nos arts. 23 e 24 da Cf/88.
O art. 23 trata da competência comum.
O art. 24 trata da competência concorrente. ATENÇÃO pq o art. 24 só se refere aos estados e ao DF, mas a maioria da doutrina entende que por força do art. 30 os municípios também possuem competência concorrente.
Aula 4 – Repartição constitucional de competências
Princípio básico para a distribuição de competências predominância do interesse (art. 25, caput CF)
Distribuição de competências
Plano horizontal (matérias distintas) (art. 30 CF)
Exclusiva (indelegável) (art. 21 CF)
Privativa (delegável) (art. 22 §único CF)
Plano vertical
Comum (cumulativa) (art. 23 CF)
Concorrente (não cumulativa) (art. 24 CF)

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