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<p>SISTEMA LINFÁTICO</p><p>Funções do sistema linfático</p><p>O sistema linfático tem três funções principais:</p><p>1.Drenar o excesso de líquido intersticial. Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta função conecta-o intimamente com o sistema circulatório. Na verdade, sem esta função, a manutenção do volume de sangue circulante não seria possível.</p><p>2.Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos linfáticos transportam lipídios e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório.</p><p>3.Desempenhar respostas imunes. O tecido linfático inicia respostas altamente específicas dirigidas contra microrganismos ou células anormais específicos.</p><p>Os órgãos e tecidos linfáticos são classificados em dois grupos. Os órgãos linfáticos primários são os locais em que as células-tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma resposta imune. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea e o timo. As células-tronco pluripotentes da medula óssea dão origem a linfócitos B maduros e imunocompetentes, e a células pré-T. As células pré-T por sua vez migram para o timo, onde se transformam em linfócitos T imunocompetentes.</p><p>Timo: órgão lifoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Possui dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Desta cápsula partem septos que dividem o parênquima em lóbulos. Ao contrário dos outros órgãos lifóides, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado por uma parte periférica (cortical) e uma central (medular), mais clara. A cortical cora-se mais fortemente, pois possui mais linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall - característicos do timo - formados por células reticulares epiteliais achatadas, com arranjo concêntrico. As células mais abundantes do timo são os linfócitos T.</p><p>Medula óssea: É um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto normal, além de produzir os eritrócitos e plaquetas, também produz os linfócitos, sendo que eles se originam dos lifoblastos e prolinfócitos. Também é lá que se originam os monócitos, a partir dos promonócitos. A partir daí os linfócitos partem para os órgãos linfóides secundários e para o timo, onde se multiplicam e diferenciam.</p><p>Os órgãos e tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos (folículos). O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque são circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro lado, não são considerados órgãos, porque carecem de uma cápsula.</p><p>Linfonodos: também chamados de gânglios linfáticos, são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfóide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Tem, em geral, um formato de rim, com um lado convexo e outro côncavo, onde se encontra o hilo - local de aferência e eferência de vasos e nervos. Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos e envia trabéculas para o seu interior. O parênquima do linfonodo está dividido em uma região mais externa subcapsular (cortical) e uma região interna (medular). Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda (região paracortical). A região da cortical subcapsular é constiotuída por tecido linfóide frouxo, que forma os seios subcapsulares e pertrabeculares, e por nódulos (ou folículos) linfáticos, que podem apresentar centros germinativos em seu interior. A região paracortical não apresenta nódulos linfáticos. A região medular é constituída por cordões medulares, formados principalmente por linfócitos B. Separando os cordões medulares encontram-se os seios medulares.</p><p>Baço: é o órgão que concentra maior quantidade de tecido linfóide no corpo humano, sendo também o único órgão linfóide interposto na circulação sanguínea. Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso, da qual partem trabéculas que dividem o parênquima (polpa esplênica) em compartimentos incompletos. A superfície medial do baço apresenta um hilo, do qual partem as veias originadas na polpa esplênica e os vasos linfáticos originados nas trabéculas (na polpa esplênica humana não há vasos linfáticos). Mesmo quando observado a olho nu, é possível observar pontos esbranquiçados, que são nódulos linfáticos fazendo parte da polpa branca, que é descontínua. Entre os nódulos há um tecido vermelho-escuro rico em sangue, correspondente à polpa vermelha. Ao exame microscópico é possível ver que a polpa vermelha é formada por estruturas alongadas – os cordões esplênicos (cordões de Billroth) – entre os quais se situam os sinusóides (ou seios esplênicos). Outra função do baço é a hemocaterese – fenômeno correspondente à destruição das hemácias senis.</p><p>Tecido linfático associado às mucosas (MALT): localizados na mucosa e submucosa dos tratos respiratório, digestório e gênito-urinário. Em certos pontos esses tecidos de arranjo difuso tornam-se bem estruturados como as tonsilas e as placas de Peyer do intestino delgado. Assim, vale destacar as tonsilas palatinas, faringiana e as linguais.</p><p>Funções do sistema linfático:</p><p> Drenar o excesso de líquido intersticial e toxinas acumuladas e devolvê-los para a circulação sanguínea</p><p> Toxinas: substâncias que não conseguiram voltar para os capilares sanguíneos</p><p> EX: proteínas, macromoléculas, gorduras, fragmentos de células/bactérias e resíduos do metabolismo celular</p><p> Transportar lipídios oriundos da dieta</p><p> Os vasos linfáticos transportam lipídios e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório</p><p> Desempenhar respostas imunes</p><p> Atua na imunidade corporal, pois possuem células de defesa (linfócitos, responsáveis pela produção de anticorpos, e macrófagos, responsáveis por fagocitar agentes invasores)</p><p>Formação da linfa</p><p>A linfa é o excesso de líquido filtrado que drena para os vasos linfáticos</p><p> O líquido intersticial possui uma pequena concentração de proteínas isso, porque a maioria delas são macromoléculas, logo, nem todas conseguem sair dos vasos sanguíneos</p><p> As proteínas que conseguem sair do plasma sanguíneo não conseguem voltar para o sangue através da difusão, porque o gradiente de concentração (dentro do vaso: alta nível, fora dele: baixo nível) se opõe a esse movimento</p><p> Mas, como os capilares linfáticos são mais permeáveis, as proteínas não encontram dificuldades de passar por eles</p><p> Ou seja, os vasos linfáticos são importantes para devolver as proteínas plasmáticas perdidas e o plasma à corrente sanguínea</p><p> Os vasos linfáticos possuem válvulas, assim como as veias, que impedem o refluxo da linfa</p><p> A linfa drena para o sangue venoso pelo ducto linfático direito e pelo ducto toráico na junção entre as veias jugular interna e subclávia</p><p>A linfa se origina de um transudato capilar, mas, também pode se formar a partir da absorção intestinal de gorduras. Desta forma, a filtração capilar se dá por pressão hidrostática e ao filtrado se soma os produtos do meio extracelular que apresentam partículas de tamanho variável (como glóbulos de gordura, restos celulares, germes que invadem os tecidos) que ficam impedidas de retornar aos vasos venosos capilares (poros pequenos). Como os poros dos capilares linfáticos são bem maiores estes podem receber partículas de maior peso e tamanho. O material que entra pelos poros linfáticos é veiculado pelos vasos linfáticos em direção ao coração, porém, sempre terá que atravessar pelo menos um gânglio linfático no trajeto, e neste caso vai haver uma filtração do material, retendo partículas como as bactérias e destruindo-as (reação ganglionar linfática ou enfarte ganglionar, que recebe o nome popular de "íngua").Vários fatores podem afetar a dilatação vascular local e, como conseqüência, aumentar a filtração e o volume de líquido que se avoluma entre as células. Entre tais fatores podemos citar o calor localizado, a histamina e o acúmulo de CO 2 (este último é comum no chamado "choque</p><p>circulatório").</p>

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