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<p>Introdução à Terapia</p><p>do Esquema:</p><p>Estrutura da terapia</p><p>dos Esquemas – 18</p><p>EIDs</p><p>Mestrando Leonardo Naves</p><p>Maia</p><p>CRP 15/2994</p><p>Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• São padrões cognitivos e emocionais autoderrotistas, que começam cedo em</p><p>nosso desenvolvimento e se repetem através de nossas vidas;</p><p>• Compreendem memórias, cognições, emoções e sensações do corpo</p><p>relacionadas a um tema de infância, como abandono, abuso, negligência ou</p><p>rejeição.</p><p>• Começam no início da infância ou na adolescência, como representações</p><p>baseadas na realidade do ambiente da criança;</p><p>• Perpetuam-se ao longo da vida e sua natureza disfuncional torna se mais</p><p>evidente na idade adulta, na interação com as outras pessoas.</p><p>• É sentido como “certo”. É o que o indivíduo sabe. Embora causando sofrimento,</p><p>é confortável e familiar. Assim, é resistente a mudança.</p><p>• Quanto mais severo o esquema, maior o número de situações que o ativam e</p><p>mais intenso e duradouro é o afeto negativo quando este é disparado.</p><p>Origens dos Esquemas Desadaptativos</p><p>⮚Necessidades emocionais centrais não</p><p>satisfeitas na infância (ex., vínculos seguros,</p><p>cuidados, autonomia, liberdade de</p><p>expressão e etc.</p><p>⮚Experiências precoces de vida (ex.,</p><p>ambiente carente de estabilidade,</p><p>entendimento, amor, presença de maus</p><p>tratos, abusos, superproteção,</p><p>internalização/indetificação com outros</p><p>significantes).</p><p>⮚Temperamento emocional)</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Elementos Constituintes dos Esquemas Iniciais</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Influência dos</p><p>pais</p><p>Experiências</p><p>(traumáticas)</p><p>Temperamento</p><p>Herança</p><p>Filogenética</p><p>Queixas e</p><p>problemas</p><p>Esquemas disfuncionais</p><p>Estratégias de coping disfuncionais</p><p>Necessidades</p><p>Emocionais básicas</p><p>Wainer et al., 2016</p><p>Bases Empíricas para os Estilos Parentais</p><p>Saudáveis</p><p>• Afetividade negativa e neuroticismo são</p><p>associados com maiores necessidades parentais</p><p>da criança.</p><p>• Macacos filhotes com temperamento normal</p><p>criados por cuidador com padrões parentais</p><p>inadequados = características fisiológicas e</p><p>comportamentais de crianças neuróticas criadas</p><p>por pais normais.</p><p>• Macacos filhotes com temperamento neurótico</p><p>criados por mães normais = déficits nas</p><p>explorações iniciais, respostas de alarme</p><p>exageradas frente a baixos estressores, apego</p><p>menos seguro e maior propensão a se manter na</p><p>base da hierarquia de dominância.</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Bases Empíricas para os Estilos Parentais</p><p>Saudáveis</p><p>• Macacos filhotes com temperamento neurótico</p><p>criados por pais excepcionalmente habilidosos em</p><p>padrões parentais (amorosos, sustentadores e</p><p>pacientes) expressaram uma trajetória</p><p>desenvolvimental melhor do que aqueles com</p><p>comportamento normal criados por pais normais.</p><p>• Internalização do acalmamento do outro</p><p>• Ex., exploravam mais o ambiente, expressavam</p><p>menos distúrbios comportamentais durante o</p><p>desmame, tinham apego não usualmente seguro,</p><p>mantinham posições hierárquicas mais elevadas</p><p>e se tornavam sustentadores com eles mesmos.</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>EIDs x ESQUEMAS SAUDÁVEIS</p><p>• O temperamento emocional de uma criança (ex., ansioso x calmo,</p><p>tímido x sociável, distímico x otimista, agressivo x passivo etc.) terá́</p><p>influencia sobre a sua circunstancia de vida.</p><p>• Uma criança agressiva tenderá a evocar mais comportamentos</p><p>abusivos por parte de seus cuidadores do que uma criança</p><p>passiva.</p><p>• Dois irmãos responderão de forma diferente a um pai rejeitador.</p><p>• Por outro lado, experiências precoces extremamente favoráveis ou</p><p>adversas podem ter o seu temperamento emocional alterado</p><p>• Uma criança sociável pode ficar retraída frente a um ambiente</p><p>rejeitador e uma criança tímida poderá ficar mais sociável diante</p><p>de ambiente acolhedor e amoroso.</p><p>• Desenvolvimento de personalidade patológica = eventos</p><p>traumáticos (violência, abuso) ou padrões parentais negativos</p><p>frequentes</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>TERAPIA DO ESQUEMA</p><p>Esquemas</p><p>Domínios</p><p>e</p><p>Necessidades</p><p>Enfrentamento Modos</p><p>RELAÇÃO TERAPÊUTICA</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Apego: Relações de amor, carinho e conexão estáveis</p><p>Autonomia: Independência, autodeterminação, autoeficácia,</p><p>controle sobre o ambiente</p><p>Valor de si mesmo: Reconhecimento e respeito por quem são</p><p>Jogos, diversão, prazer e estimulação: Espontaneidade e</p><p>liberdade de expressão</p><p>Necessidade de consistência: Limites e estabilidade</p><p>Necessidades básicas</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Necessidad</p><p>e</p><p>Emocionais</p><p>Apego</p><p>Prazer</p><p>Valor</p><p>Autonomia</p><p>Necessidade de consistência</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Fatores de risco para a frustração de necessidades básicas</p><p>(Zarbook, Loose, & Graaf, 2013)</p><p>❖ condição econômica familiar precária, trabalho materno</p><p>no primeiro ano de vida, educação deficiente dos pais,</p><p>família grande, mas que não oferece espaço,</p><p>comportamento antissocial dos pais, conflitos familiares,</p><p>diferença menor que 18 meses entre irmãos, perda da mãe,</p><p>comportamento autoritário dos pais, separação dos pais</p><p>antes ou logo após o nascimento, relacionamentos</p><p>disfuncionais nos primeiros contatos com os pares, abuso</p><p>sexual, distúrbios psicológicos ou orgânicos dos pais</p><p>NECESSIDADES BÁSICAS</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>❖ Fatores de proteção para a reparação de</p><p>necessidades básicas (Zarbook, Loose, & Graaf, 2013)</p><p>❖ Bom relacionamento com uma figura cuidadora</p><p>capaz de reforçar positivamente o contato com o</p><p>ambiente</p><p>NECESSIDADES BÁSICAS</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Esquemas Iniciais Desadaptativos</p><p>Domínio I: Desconexão e Rejeição</p><p>Abandono e instabilidade</p><p>Desconfiança/Abuso</p><p>Defeito/Vergonha</p><p>Isolamento Social/Alienação</p><p>Necessidade</p><p>APEGO</p><p>Privação Emocional</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Senso de que as pessoas importantes não irão continuar ali por serem</p><p>imprevisíveis, erraticamente presentes, irão morrer ou encontrar</p><p>alguém melhor. Constante estado de alerta para sinais de abandono.</p><p>• Família de origem: instável</p><p>• Emoções típicas: ansiedade crônica, tristeza, depressão e raiva</p><p>• Comportamentos típicos: Apego exagerado; possessividade e controle;</p><p>acusações de abandono; ciúme; competitividade com rivais; ou</p><p>esquiva de relacionamentos íntimos; tendência a escolher pessoas</p><p>instáveis nas relações.</p><p>ABANDONO/INSTABILIDADE</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Expectativa de que os outros irão, intencionalmente, magoar,</p><p>abusar, humilhar, enganar, mentir, manipular ou tirar vantagem.</p><p>Padrão defensivo e desconfiado. Descrença na honestidade dos</p><p>outros. Visão dos outros como malevolentes e sádicos.</p><p>Família de origem: abusiva</p><p>Emoções típicas: ansiedade, raiva</p><p>Comportamentos típicos: Esquiva de intimidade, traição ou abuso</p><p>como forma de precaução: escolha de parceiros abusadores ou</p><p>comportamentos abusivo.</p><p>DESCONFIANÇA/ABUSO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Expectativa de não ser cuidado ou protegido. Crença de não ter</p><p>afeto, carinho e atenção suficientes. Sentimentos de ser</p><p>incompreendido e solitário no mundo, privado do amor, invisível</p><p>ou vazio.</p><p>Privações: de carinho, de empatia e de cuidado</p><p>Família de origem: Fria</p><p>Emoções: Sentimentos de solidão, tristeza, sintomas vagos e</p><p>poucos claros</p><p>Comportamentos típicos: não manifestar claramente a</p><p>necessidade de afeto; ouvir mais do que falar sobre si; escolher</p><p>parceiros frios, autocentrados; padrão solitário; ou cobrar</p><p>excessivamente atenção dos outros.</p><p>PRIVAÇÃO EMOCIONAL</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Sentimento de ser falho, mau, inferior, inútil ou não confiável e de não ser</p><p>digno de ser amado pelos outros, se exposto. Vergonha crônica de si</p><p>mesmo (irritado, carente, mau, feio, preguiçoso, burro, chato, estranho,</p><p>dominador, gordo, magro, alto, baixo, fraco, desejos sexuais inaceitáveis).</p><p>Família de origem: crítica e rejeitadora</p><p>Emoções: Ansiedade, vergonha, tristeza, raiva</p><p>Comportamentos típicos: Desvalorizar-se e permitir ser desvalorizado,</p><p>maltratado ou agredido: hipersensibilidade a crítica e a rejeição;</p><p>tendência a se comparar com os outros e a evitar proximidade; escolha</p><p>de parceiros críticos e rejeitadores e a serem críticos</p><p>com os que os</p><p>amam.</p><p>DEFECTIVIDADE/VERGONHA</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Senso de ser diferente ou de não atingir o mundo social fora do</p><p>ambiente familiar. Crença de não pertencer a qualquer grupo ou</p><p>comunidade. Ex.: superdotados, membros de familiares famosos,</p><p>ser muito bonito/feio, homossexuais, filhos de acoolistas,</p><p>sobreviventes de traumas, deficientes físicos, órfãos, adotados,</p><p>classe social muito superior ou inferior a do contexto.</p><p>Família de origem: isolada do mundo exterior</p><p>Emoções: Sentimentos de inadequação (peixe fora d’agua), de</p><p>não se encaixar em um grupo.</p><p>Comportamentos típicos: permanecer na periferia ou evitar</p><p>totalmente os grupos; tendência a realizar atividades solitárias.</p><p>ISOLAMENTO SOCIAL/ALIENAÇÃO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Esquemas Iniciais Desadaptativos</p><p>Domínio II: Autonomia Prejudicada</p><p>Necessidade</p><p>AUTONOMIA</p><p>Dependência/Incompetência</p><p>Vulnerabilidade</p><p>Emaranhamento</p><p>Fracasso</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Crença de ser incapaz de assumir as próprias</p><p>responsabilidades diárias de uma maneira competente, sem a</p><p>ajuda substancial dos outros (ex.: cuidar de si mesmo, resolver</p><p>problemas diários, realizar julgamentos, assumir novas tarefas,</p><p>tomar decisões). Apresenta-se como passividade ou</p><p>desamparo.</p><p>Família de origem: Superprotetora, debilitadora da confiança</p><p>Emoções: sentimentos de desamparo, ansiedade</p><p>Comportamentos típicos: pedir ajuda, reasseguramento,</p><p>buscar orientações sobre decisões, recusar responsabilidades</p><p>ou tarefas novas, dificuldades para viajar sozinho, para</p><p>administrar finanças, etc.</p><p>DEPENDÊNCIA/INCOMPETÊNCIA</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Medo exagerado de que uma catástrofe irá ocorrer a qualquer</p><p>momento e que a pessoa não será capaz de enfrentar.</p><p>Catástrofes médicas (ex.: ter ataques cardíacos, doenças);</p><p>Catástrofes emocionais (ex.: ficar maluco, perder o controle);</p><p>Catástrofes externas (ex.: acidentes, crime, catástrofes naturais).</p><p>Família de origem: superprotetora, fóbica</p><p>Emoções: Ansiedade, ataques de pânico</p><p>Comportamentos típicos: estado de alerta em relação a</p><p>catástrofes: padrão evitativo; restrições da própria vida;</p><p>tendência ao uso de tranquilizantes, pensamentos mágicos,</p><p>rituais compulsivos; uso de sinais de segurança para impedir que</p><p>algo ruim ocorra.</p><p>VULNERABILIDADE A DANOS E DOENÇAS</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Superenvolvimento com um ou mais significantes (geralmente</p><p>os pais) prejudicando a individuação ou o desenvolvimento</p><p>social normal. Crença de que pelo menos um dos emaranhados</p><p>não pode sobreviver sem o outro.</p><p>Inclui sentimentos de ser sufocado ou fundido com os outros ou</p><p>da perda do senso de identidade e direção.</p><p>Família de origem: emaranhada, debilitadora da construção da</p><p>própria identidade.</p><p>Emoções: Sentimentos de culpa na tentativa de individuação</p><p>Comportamentos típicos: copiar os comportamentos da figura</p><p>parental, suprimir todos os pensamentos, sentimentos e</p><p>comportamentos discrepantes dela.</p><p>EMARANHAMENTO/SELF SUBDESENVOLVIDO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Crença de haver falhado, de que inevitavelmente falhará, ou de</p><p>ser fundamentalmente inadequado em relação aos pares em</p><p>áreas de realizações (profissão, dinheiro, status, escola ou</p><p>esportes). Inclui a crença de ser estúpido, inepto, baixo status,</p><p>ignorante, mal sucedido, etc.</p><p>Sentimento de fracasso, mesmo quando bem sucedido.</p><p>Família de origem: desqualificadora, debilitadora da confiança.</p><p>Emoções: insegurança, ansiedade, tristeza, sentimentos de ser</p><p>uma fraude.</p><p>Comportamentos típicos: auto sabotagem ou desempenho</p><p>reduzido; postergação; evitação de tarefas; ou trabalho excessivo;</p><p>esforço excessivo.</p><p>FRACASSO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Esquemas Iniciais</p><p>Desadaptativos</p><p>Domínio III: Limites Prejudicados</p><p>Necessidade</p><p>ESTRUTURA/LIMITES</p><p>Arrogo/Grandiosidade</p><p>Autocontrole/Autodisciplina insuficiente</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Crença de ser superior as outras pessoas, de merecer direitos ou privilégios</p><p>especiais, ou de não ter que obedecer as regras de reciprocidade que</p><p>orientam a interação social. Foco exagerado na superioridade (ex.: estar</p><p>entre o mais bem sucedidos, famosos ou ricos) afim de ter poder ou</p><p>controle.</p><p>Arrogo puro: indivíduos mimados e tratados com indulgência.</p><p>Arrogo frágil: narcisistas (hipercompensação de esquemas de</p><p>defectividade e de privação emocional)</p><p>Emoções: raiva quando frustrado; ausência de empatia</p><p>Comportamentos típicos: tendência a controlar o comportamento dos</p><p>outros para satisfazer as próprias necessidades; atos de egoísmo e</p><p>grandiosidade. Insistência para fazer, dizer ou ter o que deseja,</p><p>independente do custo a terceiros; competitividade em excesso,</p><p>esnobismo; afirmações de poder e imposição do próprio ponto de vista.</p><p>ARROGO OU MERECIMENTO/GRANDIOSIDADE</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Incapacidade para dar limites as próprias emoções e impulsos</p><p>(autocontrole); incapacidade para tolerar tédio e frustração por</p><p>tempo suficiente para realizar tarefas.</p><p>Dificuldade para adiar gratificação de curto prazo para atingir</p><p>objetivos de longo prazo. Esquiva do desconforto (evitação de</p><p>conflitos e responsabilidades).</p><p>Comportamentos típicos: impulsividade; falta de concentração;</p><p>desorganização; falta de disposição para persistir em tarefas</p><p>tediosas ou rotineiras; explosões de raiva e histeria, atrasos ou</p><p>irresponsabilidades frequentes.</p><p>AUTOCONTROLE/AUTODISCIPLINA</p><p>INSUFICIENTES</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Esquemas Iniciais Desadaptativos</p><p>Domínio IV: Direcionamento para o outro Necessidade</p><p>AUTO-ESTIMA</p><p>Subjugação</p><p>Auto-sacrifício</p><p>Busca de aprovação/Reconhecimento</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Excessiva submissão ao controle dos outros, para evitar raiva, retaliação ou</p><p>abandono.Crença de que as necessidades pessoais não são importantes para</p><p>os outros.</p><p>Subjugação das necessidades (supressão de preferências, decisões e desejos</p><p>pessoais).</p><p>Subjugação das emoções (supressão da expressão emocional, especialmente</p><p>a raiva)</p><p>Família de origem: dominadora</p><p>Emoções: Sentimentos de ser assediado, intimidado, impotente; medo de</p><p>retaliação e crítica; Raiva (frustração)</p><p>Comportamentos típicos: Obediência excessiva e necessidade de agradar,</p><p>combinadas com hipersensibilidade aos sentimentos de ser controlado;</p><p>evitação de situações em que se sintam controlados; ou desobediência e</p><p>oposição (hipercompensação); comportamento passivo-agressivo.</p><p>SUBJUGAÇÃO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Foco excessivo na necessidade dos outros, as custas da própria gratificação,</p><p>para evitar causar dos aos outros, evitar culpa por sentir-se egoísta. Resulta</p><p>de uma aguda sensibilidade a dor alheia. Sentido de responsabilidade</p><p>exagerada com relação a terceiros. Envolve o senso de que as próprias</p><p>necessidades não estão sendo atingidas, gerando ressentimento.</p><p>Família de origem (pai ou mãe): geralmente fraca, infantil, desamparado,</p><p>doente ou deprimido.</p><p>Emoção: culpa; estresse; sintomas psicossomáticos (dor de cabeça,</p><p>problemas gastrointestinais, dor crônica ou fadiga); raiva exagerada.</p><p>Comportamentos típicos: escutar os outros, em vez de falar de si; cuidar dos</p><p>outros; desconforto quando é alvo da atenção/cuidado; na</p><p>hipercompensação, deixam de se doar.</p><p>AUTO-SACRIFÍCIO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Foco excessivo na aprovação ou reconhecimento dos outros, as custas de</p><p>desenvolver um sendo de “self” valioso e seguro, como forma de se sentir</p><p>bem em relação a si próprio. O senso de autoestima depende das reações</p><p>de outra pessoa, em vez dos próprios valores. Constitui um meio de obter</p><p>aprovação e autoestima, em vez de controle. “Tenho valor se tiver</p><p>aprovação”; “Serei aceito se for aprovado/admirado”</p><p>• Ser aceito, amado e se encaixar</p><p>• Ser admirado (Narcisismo quando extremo)- ênfase no status,</p><p>aparência, aceitação social, etc.</p><p>Família de origem: focaliza os valores da cultura, em vez das inclinações da</p><p>criança.</p><p>Comportamentos típicos: agradar os outros; ênfase no status, na</p><p>aparência, realizações e sucesso; expressão sutil das qualidades pessoais.</p><p>BUSCA DE APROVAÇÃO/RECONHECIMENTO</p><p>Introdução</p><p>à Terapia do Esquema</p><p>Esquemas Iniciais Desadaptativos</p><p>Domínio V: Supervigilância e Inibição Necessidade</p><p>PRAZER E DIVERSÃO</p><p>Negativismo/Pessimismo</p><p>Inibição emocional</p><p>Padrões inflexíveis</p><p>Postura punitiva</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Foco permanente nos aspectos negativos da vida (dor,</p><p>morte, perda, desapontamento, conflito, culpa,</p><p>ressentimento, erros, traições, etc.) e minimização dos</p><p>aspectos positivos. Expectativa exagerada de que as coisas</p><p>deem errado ou de que aspectos da vida, que parecem</p><p>bem, possam piorar. Medo extremo de cometer erros que</p><p>levem a colapso financeiro, perdas, humilhações etc.</p><p>Preocupação, vigilância, queixas ou indecisões crônicas.</p><p>Família de origem: Padrões depressivos internalizados;</p><p>adversidades na infância. Possível origem biológica</p><p>relacionada ao TOC ou a Distimia.</p><p>NEGATIVIDADE/PESSIMISMO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Inibição da ação, dos sentimentos ou das comunicações</p><p>espontâneas, para evitar a desaprovação dos outros, os sentimentos</p><p>de vergonha ou a perda de controle dos impulsos.</p><p>• Inibições: da raiva e da agressão; de impulsos positivos (alegria,</p><p>afeição, excitação sexual, brincadeiras); dificuldade de expressar</p><p>vulnerabilidade ou de comunicar livremente os próprios sentimentos,</p><p>necessidades, e etc.; ênfase excessiva na racionalidade,</p><p>desconsiderando as emoções.</p><p>• Família de origem: crítica de expressão espontânea das emoções.</p><p>• Comportamentos típicos: inibir as próprias emoções e</p><p>espontaneidade, aparentando equilíbrio; hostilidades e ressentimento</p><p>como expressão da raiva acumulada; preocupação exagerada com</p><p>o decoro; rigidez e inflexibilidade.</p><p>INIBIÇÃO EMOCIONAL</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Perfeccionismo e preocupação exagerados com o desempenho.</p><p>Padrões internalizados muito elevados de comportamento e</p><p>desempenho. Prejuízo significativo nas esferas de prazer,</p><p>relaxamento, saúde, auto-estima, senso de realização ou</p><p>relacionamentos satisfatórios.</p><p>• Emoções: pressão permanente, ansiedade (medo de fracasso),</p><p>postura hipercrítica, pressão temporal, irritabilidade e</p><p>competitividade.</p><p>• Comportamentos típicos: crítica exagerada dirigida a si e aos</p><p>outros; competição; evitação do lazer; trabalho compulsivo.</p><p>PADRÕES INFLEXÍVEIS/ CRÍTICA EXAGERADA</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Crença de que as pessoas devem ser severamente punidas por</p><p>cometer erros. Tendência a uma atitude zangada, intolerante, punitiva e</p><p>impaciente com aquelas pessoas (e consigo mesmo) que não estão a</p><p>altura das expectativas ou dos padrões pessoais.</p><p>• Dificuldade para perdoar erros próprios ou alheios, por uma relutância</p><p>em considerar circunstâncias atenuantes, imperfeição humana ou</p><p>empatizar com sentimentos.</p><p>• Comportamentos típicos: tom de voz punitivo e acusador (em relação a</p><p>si aos outros); necessidade implacável de aplicar a punição; ausência</p><p>de compaixão e indicação obstinada em punir. O castigo é maior do</p><p>que a falta cometida.</p><p>CARÁTER PUNITIVO</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Esquemas incondicionais (sentido como definitivo, sem</p><p>esperanças de mudar)</p><p>- esquemas do primeiro domínio.</p><p>• Esquemas condicionais ou secundários (desenvolvem-se</p><p>na tentativa de obter alívio dos esquemas incondicionais).</p><p>Ex.: Padrões Inflexíveis em resposta a Defectividade.</p><p>Subjugação em resposta a Abandono.</p><p>ESQUEMAS INCONDICIONAIS E CONDICIONAIS</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Pacientes com esquemas no domínio de Desconexão e</p><p>Rejeição (Abandono, Desconfiança/Abuso, Privação</p><p>Emocional, Defectividade/Vergonha) – incapacidade para</p><p>formar vinculo terapêutico positivo em um curto período de</p><p>tempo.</p><p>• Pacientes com esquemas no domínio de Autonomia e</p><p>Desempenho Prejudicados (Dependência, Vulnerabilidade,</p><p>Emaranhamento/Self Subdesenvolvido e Fracasso) –</p><p>incapacidade para situar metas específicas de tratamento.</p><p>INTERFERÊNCIA DOS ESQUEMAS EM TCC</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>• Pacientes com esquemas no domínio de Orientação para o</p><p>Outro (Subjugação, auto-sacrifício, busca de aprovação)</p><p>possuem dificuldades para acessar cognições e emoções e</p><p>verbalizá-las na terapia porque estão preocupados em</p><p>atender as expectativas do terapeuta.</p><p>• Pacientes com esquemas no domínio de Limites</p><p>Prejudicados (Engrandecimento, Autocontrole/ Autodisciplina</p><p>Insuficientes) podem ser demasiadamente desmotivados ou</p><p>indisciplinados para aderir aos procedimentos do</p><p>tratamento (tarefas, registros etc.)</p><p>INTERFERÊNCIA DOS ESQUEMAS EM TCC</p><p>Introdução à Terapia do Esquema</p><p>Referências</p><p>• Falcone, E.M.O. (2014). Terapia do Esquema. Em W.V.Melo(Org.). Estrate ́gias psicotera ́picas e a terceira onda em</p><p>terapia cognitiva. Porto Alegre: Sinopsys.</p><p>• Falcone, E.M.O., Krièger, S., Pla ́cido, M.G. (2016). Aplicação da TCC de Esquemas com idosos. In E.R.Freitas,</p><p>A.J.G.Barbosa, & C.B.Neufeld (Orgs.). Terapia cognitivo-comportamental com idosos. Porto Alegre: Sinopsys. (No</p><p>prelo).</p><p>• Lobbestael, J.; Arntz, A. & Sieswerda, S. (2005). Schema modes and childhood abuse in borderline and antisocial</p><p>personality disorders. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 36, 240-253. Disponível em:</p><p>www.elsevier.com/locate/jbtep</p><p>• Lockwood, G. & Perris, P. (2012). A new look at core emotional need. In M.V.Vreeswijk; J.Broersen & M. Nadort</p><p>(Org.). The Wiley-Blackwell handbook of Schema Therapy. Theory, research, and practice. Oxford: Wiley-Blackwell</p><p>• Lopes, R.F.F. (2016). Terapia do esquema para crianc ̧as. In C.B.Neufeld, E.M.O.Falcone, & B. Range ́</p><p>(Orgs.).Procognitiva. Programa de atualizac ̧a ̃o em terapia cognitivo-comportamental. SECAD. V.4, ciclo.2. Porto</p><p>Alegre: Artmed Panamericana</p><p>• Safran, J.D. (2002). Ampliando os limites da terapia cognitiva. Porto Alegre: Artmed.</p><p>• Wainer, R. (2015). Terapia do Esquema . In C.B.Neufeld, E.M.O.Falcone, & B. Range ́ (Orgs.).Procognitiva.</p><p>Programa de atualizac ̧a ̃o em terapia cognitivo-comportamental. SECAD. V.3, ciclo 2. Porto Alegre: Artmed</p><p>Panamericana.</p><p>• Young, J.E. (2003). Terapia cognitiva para transtornos da personalidade: Uma abordagem focada no esquema.</p><p>Porto Alegre: Artmed.</p><p>• Young, J.; Klosko, J.S. & Weishaar, M.E. (2008). Terapia do Esquema: Guia de te ́cnicas cognitivo-comportamentais</p><p>inovadoras. Porto Alegre: Artmed.</p>