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Anfíbios e répteis na evolução dos vertebrados Herpetologia 2007/1 Anfíbios e répteis na evolução dos vertebrados Perspectiva filogenética: evolução de caracteres fisiológicos, morfológicos e comportamentais Linnaeus: Amphibia incluía todos os animais que não fossem mamíferos, aves ou peixes ósseos Sistema Lineano: nomenclatura binomial, categorias hierárquicas Século XIX: separação de anfíbios e répteis Herpetologia 2007/1 Monofiletismo de Lissamphibia São monofiléticos em relação aos demais tetrápodes viventes E quanto a vários grupos paleozóicos? Qual seu grupo-irmão? Explosão da diversidade de tetrápodes no Carbonífero tardio Herpetologia 2007/1 Monofiletismo de Lissamphibia Sinapomorfias de Lissamphibia Dentes pedicelados e bicúspides Lissamphibia e alguns Temnospondyli Aparato condutor de som do ouvido médio composto por columela e opérculo, uma estrutura única que possui uma conexão muscular à supraescápula da cintura peitoral Ausente em cecílias Papilla amphibiorum: epitélio sensorial do ouvido interno Recebe vibrações pelo aparato opercular Herpetologia 2007/1 Monofiletismo de Lissamphibia Sinapomorfias de Lissamphibia Columela dirigida dorsolateralmente Lissamphibia e algumas espécies paleozóicas Corpos gordurosos se desenvolvem do tecido germinativo que também origina as gônadas Pele com glândulas mucosas e de veneno Bastonetes verdes Ausentes em cecílias Estrutura do músculo elevator bulbi, que eleva os olhos Mecanismos respiratórios incomuns Grande dependência da respiração cutânea Utilização de uma bomba bucofaringeana Herpetologia 2007/1 Columela Herpetologia 2007/1 Monofiletismo de Lissamphibia Sinapomorfias de Lissamphibia Costelas curtas e retas, que não cercam o corpo Em tetrápodes basais, são longas robustas e circundam o corpo Dois côndilos occipitais que se articulam com dois cótilos do atlas Também em alguns Temnospondyli Reduções nos ossos cranianos e padrões de fenestração Perda dos supratemporais, intertemporais, tabular, pós-parietais, jugais e pós-orbitais Redução do pterigóide e paraesfenóide Crânio de cecílias é bastante modificado Herpetologia 2007/1 Côndilo Occipital Herpetologia 2007/1 Duas hipóteses para a relação entre Lissamphibia e anfíbios paleozóicos Triadobatrachus Primeiro fóssil que pode ser designado a um clado recente de Lissamphibia Grupo-irmão de Anura Herpetologia 2007/1 Duas hipóteses para a relação entre Lissamphibia e anfíbios paleozóicos Temnospondyli Centro vertebral bipartido Ca. 170 gêneros, de poucos centímetros a mais de um metro “Dissorophoidea” Parafilético Cacops Herpetologia 2007/1 Vértebras Temnospondyli Herpetologia 2007/1 Cacops Herpetologia 2007/1 Outra hipótese para a relação entre Lissamphibia e anfíbios paleozóicos Lepospondyli Centro vertebral em forma de colher Ca. 60 gêneros Variedade morfológica Microsauria Herpetologia 2007/1 Nectridea Herpetologia 2007/1 Microsauria Herpetologia 2007/1 Duas hipóteses para a relação entre Lissamphibia e anfíbios paleozóicos Hipótese 1 Consenso, clássica Lissamphibia pertence a Temnospondyli Microsauria é o grupo-irmão de Temnospondyli Lepospondyli é um grupo parafilético Hipótese 2 Mais recente Lissamphibia pertence a Lepospondyli Ambos formam o grupo-irmão de Amniota + Diadectomorpha Temnospodyli seria um grupo externo a Amniota e Lissamphibia Herpetologia 2007/1 Aistopoda Herpetologia 2007/1 Duas hipóteses para a relação entre Lissamphibia e anfíbios paleozóicos Por que as hipóteses diferem? A hipótese tradicional faria uso de inclusão seletiva de táxons e de hipóteses ad hoc sobre a relação entre Lissamphibia e Temnospondyli Não alteram a visão atual sobre o relacionamento de formas viventes Herpetologia 2007/1 Pedomorfose na evolução de Lissamphibia Reinterpretação da evolução dos Lissamphibia Morfologia esquelética derivada miniaturização e heterocronia Pedomorfose: grande importância na evolução dos anfíbios e répteis atuais Estudo somente sobre uma hipótese de relacionamento (filogenia) Traz ruído à análise: convergências Herpetologia 2007/1 Pedomorfose na evolução de Lissamphibia Sob o viés da hipótese tradicional Tendência à diminuição do tamanho Perda dos ossos cranianos eram os últimos a surgir na ontogenia (Branchiosauridae) Órbitas grandes Dentes pedicelados bicúspides Ontogenia: não-pedicelados e monocúspides pedicelados e bicúspides monocúspides e labirintodontes (Dissorophoidea) Herpetologia 2007/1 Relacionamento entre as ordens atuais de Lissamphibia O relacionamento entre Anura, Urodela e Gymnophiona ainda é inconclusivo. Além disso, Anura e Gymnophiona apresentam muitas autapomorfias Análise de todos os caracteres morfológicos: Batrachia (Anura + Urodela) Aparato opercular e estruturas associadas Ausência de escamas dérmicas Ausência de ectopterigóides e pós-frontais Ausência de segmentação do esclerótoma Redução ou perda dos dutos de Müller (machos) Herpetologia 2007/1 Relacionamento entre as ordens atuais de Lissamphibia Mas salamandras e cecílias também possuem vários caracteres em comum Dobras dérmicas refletindo segmentação corporal Fusão da escápula e do coracóide Ultraestrutura do espermatozóide Musculatura narial intrínseca Semelhanças entre os membros de Eocecilia e de salamandras modernas Estrutura dos fêmures Presença de um tubérculo interglenóide (também em Microsauria) Herpetologia 2007/1 Escápula com processo coracóide Processo coracóide Escápula Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Principais clados Conhecidos do Triássico ou mesmo do Paleozóico Herpetologia 2007/1 Vértebra Hylonomus Herpetologia 2007/1 Hylonomus (Primeiro Réptil?) Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Principais características: Membranas extra-embrionárias Ovos em ambiente terrestre Caracteres do crânio, cintura peitoral e esqueleto apendicular Provavelmente alguns caracteres de tecido mole Pênis único, com tecido erétil Provavelmente perdido secundariamente em Lepidosauria e Aves Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Principais clados Filogenia: consenso Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Principais clados Filogenia: consenso Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Principais clados Grandes grupos distinguidos pelos padrões de fenestração craniana Condição ancestral: crânio anápsido Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Archosauria e Lepidosauria Maioria dos répteis atuais pertence a Diapsida, com mais de 16 mil espécies Registro fóssil muito rico Lepidosauromorpha Poucos fósseis das formas mais basais Relações filogenéticas mal resolvidas Sinapomorfias: costelas e esqueleto apendicular Archosauromorpha Formas basais maiores e mais robustas Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota Archosauria e Lepidosauria Lepidosauria Sphenodon e Squamata Fenda cloacal transversal Perda de um pênis único e presença de pênis pareado (hemipênis) Ecdise regular Archosauria Tendência: modificações relacionadas a maior eficiência predatória musculatura cranial complexa, dentes tecodontes afiados, membros anteriores raptoriais Tendência: modificações no esqueleto pós-craniano para uma postura ereta, passos estreitos, habilidade de respirar enquanto corre vida ativa Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota O que é uma tartaruga, e por que hipóteses filogenéticas diferem entre si? Aspecto controverso Visão tradicional: Anapsida (grupo-irmão dos demais répteis viventes) Rieppel & deBraga (1996) Crânio seria derivado do diápsido, convergente com o de outros grupos Tartarugas seriam Diapsida modificados, mais próximas a Lepidosauria Estudos moleculares, seriam Diapsida também, mas mais próximas a Archosauria Herpetologia 2007/1 Radiação de Amniota O que é uma tartaruga, e por que hipóteses filogenéticas diferem entre si? Classificação com base na fenestração craniana seria mais complexa do que o considerado Diferentes hipóteses: diferentes metodologias Número de táxons fósseis amostrados deBraga & Rieppel (1997) utilizaram muitos fósseis, e não consideraram o crânio das tartarugas homólogoaos demais anápsidos A inclusão de táxons fósseis afeta, e muito, a topologia obtida em um estudo cladístico! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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