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Prévia do material em texto

<p>Manual de Guindastes</p><p>(Crane Handbook)</p><p>Compilado por:</p><p>D. E. Dickie, P. Eng.</p><p>Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá</p><p>Uma publicação da Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá</p><p>Piratuba – SC.</p><p>Outubro de 2000</p><p>Coordenação:</p><p>Engº JOSÉ FRANCISCO BUCCO</p><p>Colaboração:</p><p>Sr. WILSON VITAL MODESTO</p><p>Sr. FRANCISO WEYNE GONÇALVES</p><p>Tradução, Editoração Eletrônica e Adaptações:</p><p>TAMAS HARSANY</p><p>2 PREFÁCIO</p><p>O fato da construção ter se tornando mais eficiente no decorrer dos anos em parte se</p><p>deve a utilização de guindastes, maiores e melhores. Os mesmos foram aperfeiçoados,</p><p>tornaram-se mais avançados, mas esses melhoramentos cobraram um custo muito alto em</p><p>termos de acidentes.</p><p>Em termos de fatalidades em obras, guindastes e equipamentos de içamento, um</p><p>quarto das ocorrências, acontecerem, anualmente, na província de Ontário. Não existe</p><p>equipamento de construção, representando maior potencial de perigo, causando danos</p><p>pessoais e materiais do que os guindastes.</p><p>O número crescente de perdas de vidas humanas e de equipamentos indicaram a</p><p>necessidade imediata de voltar as atenções as ações preventivas para esse tipo de</p><p>equipamento. A situação é séria, devemos conhecer e pôr em prática imediatamente os</p><p>fundamentos de segurança.</p><p>Esse manual tem o propósito de identificar e descrever os requisitos mínimos de</p><p>segurança, diretrizes e procedimentos. Deve ser utilizado como guia, junto com as normas</p><p>de segurança aplicáveis, por construtoras, proprietários de guindastes, supervisores,</p><p>operadores e demais elementos que estão sendo responsáveis pela segurança da obra.</p><p>Esse texto foi endossado pelas autoridades trabalhistas e pelos envolvidos com o</p><p>gerenciamento, tem sido considerado como um “Documento de Acordo”. O Comitê de</p><p>Segurança de Trabalho da Província (composto pelos membros do Conselho Comercial de</p><p>Construção e Edificações da Província de Ontário e lideranças da indústria de construção</p><p>civil) trabalhou em conjunto com os Comitês Regionais de Segurança e Trabalho em sua</p><p>revisão e aprovação.</p><p>Oferecendo esse manual, a Associação de Segurança de Construção espera ter</p><p>contribuído para a compreensão ampliada sobre guindastes. A intenção é que esse guia de</p><p>trabalho seja utilizada para o treinamento do pessoal envolvido com guindastes e que seja</p><p>incluída nas instruções de trabalho para utilização segura de guindastes.</p><p>Tendo em vista a grande variedade de tipos e da maneira de utilizar guindastes, as</p><p>recomendações são formalizadas de maneira genérica e tem natureza de alerta, servindo de</p><p>complemento para as recomendações e requisitos dos fabricantes, que devem ser sempre</p><p>respeitadas.</p><p>A Associação de Segurança de Construção de Ontário deseja agradecer a todos que</p><p>a ajudaram no preparo desse trabalho. Agradecimentos especiais as entidades abaixo</p><p>mencionadas pela sua colaboração e apoio:</p><p>• Os maiores fabricantes de guindastes e seus distribuidores.</p><p>• Aos Comitês de Associação Normas de Guindastes de Torres e Móveis da Canada.</p><p>• Ao Comitê de Segurança de Guindastes da Província de Ontário.</p><p>• A Associação das Locadoras de Guindastes de Ontário.</p><p>• A Associação de Andaimes, Guindastes e Içamento de Ontário.</p><p>3</p><p>• M. L. Baxter Ltda. Equipamentos.</p><p>• Capital Equipments Ltd.</p><p>• Construction Equipment Co.</p><p>• Contractors Machinery & Equipment Ltd.</p><p>• Equipment Sales & Service (1968) Ltd.</p><p>• Fedquip Inc.</p><p>• K. B. Kroll A/S.</p><p>• Maur Equipment Ltd.</p><p>• Ontario Equipment Ltd.</p><p>• Pecco Canada Ltd.</p><p>• Sheridan Equipment Ltd.</p><p>• Aos cavalheiros J. F. Kennedy; W. W. Lippett e H. Ingham, engenheiros da International</p><p>Union of Operating.</p><p>• Aos cavalheiros R. B. Martin; D. H. Campbell engenheiros do Ontario Hydro.</p><p>• Sr. A. D. McClynch da Junta de Trabalhadores de British Columbia.</p><p>• Sr. R. Thune da FMC Corporation</p><p>Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Desde que assumi a responsabilidade, pela operação de guindastes nas</p><p>obras da UHE Machadinho, tornou–se para mim, de suma importância, fazer</p><p>algo que pudesse capacitar mais e melhor, as pessoas que trabalham nesta</p><p>atividade tão importante e diria até ponto perigosa.</p><p>Busquei para isto informações, idéias e sugestões, que pudessem</p><p>agregar alguma mudança nesta atividade.</p><p>Desta vontade, e com o apoio de vários amigos e colaboradores, nasceu</p><p>este manual, que espero ser de grande valia, aos operadores e encarregados,</p><p>que constróem as grandes obras de nosso Pais.</p><p>Engº José Francisco M. Bucco</p><p>4</p><p>PARTE 1</p><p>GUINDASTES</p><p>MÓVEIS</p><p>5</p><p>CAPÍTULO 1</p><p>REQUISITOS PARA ESCOLHA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS</p><p>ESCOLHA DE MÁQUINAS</p><p>Um dos requisitos básicos de um programa de segurança para guindastes é a</p><p>seleção da máquina que melhor atende a necessidade da obra. Se as características</p><p>básicas da máquina não se enquadrem nos requisitos da obra, já criamos uma condição</p><p>insegura antes de iniciarmos os serviços. O pessoal do campo se vê forçado a improvisar,</p><p>em atmosfera de pressa e dessa combinação resultam os acidentes.</p><p>Não se deve escolher uma máquina, numa obra, enquanto não foram estudadas, seu</p><p>tamanho e características, levando em conta:</p><p>Fig. 1.1 – O Guindaste deve ser adequadamente ajustado para o serviço</p><p>O guindaste deve ser</p><p>ajustado para os</p><p>pesos, dimensões e</p><p>raio de carga</p><p>6</p><p>• Os pesos, dimensões e raios da carga maior e mais pesada a ser manuseada (Fig. 1.1)</p><p>• A altura e raio máximo de içamento e o peso das cargas a serem manuseadas. (H e R . .)</p><p>• O número de içamentos a serem executados e com que freqüência.</p><p>• O tipo de içamento e a precisão da descarga, tipo de carreteiro necessário. Isso</p><p>dependerá das condições do terreno e da capacidade da máquina em seus quadrantes</p><p>operacionais. A capacidade máxima é normalmente sobre a parte traseira da carreteira e</p><p>vai decrescendo na medida que a lança gira para os lados. A maioria dos guindastes não</p><p>são projetados para içar sobre a parte frontal e essa operação deve ser evitada exceto</p><p>no caso das capacidades serem fornecidas pelo fabricante. Se deve ou não ser</p><p>movimentada a máquina com as cargas. Se deve ser mantida suspensa a carga por</p><p>período prolongado.</p><p>• Condições locais, incluindo as condições do terreno onde a máquina será instalada.</p><p>Pistas e rampas de acesso nos quais a máquina deverá trafegar e o espaço disponível</p><p>para a montagem, operação e desmontagem. Obstáculos que podem interferir com a</p><p>operação.</p><p>• Disponibilidade de manutenção e custo unitário.</p><p>• Custos operacionais, como a montagem, desmontagem, transporte do e para o local e</p><p>eventuais alterações de comprimento da lança.</p><p>É recomendável que a máquina escolhida seja:</p><p>• Capaz de executar todos os içamentos com a sua configuração padrão. A máquina e</p><p>sua lança devem ter comprimento e capacidade para executar as tarefas previstas e</p><p>devem ter lança auxiliar, polias e contrapeso extra, de reserva, para situações</p><p>inesperadas (Fig. 1.2).</p><p>• Ter ao menos uma margem de capacidade de carga de 5% em cada içamento.</p><p>• Ter extrema mobilidade e orientabilidade com um mínimo de oscilação.</p><p>• Ter espaço suficiente entre a carga e a lança, e entre a carga e a cabeamento</p><p>necessário para o içamento (Fig. 1.3)</p><p>A escolha do guindaste ou guindastes para qualquer obra deve ser feita após o</p><p>exame meticuloso de todos os fatores envolventes. Ao alugarmos guindaste, devemos</p><p>expor todas as nossas necessidades a empresa locadora.</p><p>Ao fazer a escolha do equipamento, a locadora deve garantir que o equipamento</p><p>será seguro e utilizável durante o período de uso sob as condições que será exposta.</p><p>Nada poderá ser feito em forma experimental, as diretrizes expostas nessa seção</p><p>um guindaste. O pessoal de</p><p>manutenção deve ter bons conhecimentos, baseados em literatura específica e devem estar</p><p>cientes das diretrizes básicas das medidas de segurança, como</p><p>• O equipamento deve estar localizado de forma a não interferir com outros equipamentos</p><p>e operações na área.</p><p>• Em caso de equipamento estar impossibilitado a se mover ou de ser removido,</p><p>representando perigo eminente, deve estar adequadamente sinalizado,</p><p>preferencialmente isolada a área, para evitar trafego em sua volta, de pessoas</p><p>estranhas dos serviços de reparos e manutenção (Fig. 2.13).</p><p>• A lança deve ser abaixada, ou se é impossível, deve ser calçada ou amarrada de forma</p><p>segura para evitar sua queda.</p><p>48</p><p>• Se a lança não pode ser abaixada os blocos de carga devem ser abaixados ao chão ou</p><p>fixados adequadamente contra quedas ou oscilações para não oferecerem perigo.</p><p>• Se houver risco de danos pessoais na montagem ou desmontagem de qualquer outra</p><p>parte da máquina, devido a queda ou movimento, essa componente deve ser calçado.</p><p>• Desligue o motor sempre que seu funcionamento não seja indispensável para os reparos.</p><p>• Em circunstância alguma o pessoal de manutenção deve ficar sobre ou sob a qualquer</p><p>componente da máquina, quando o motor funcionando, sem aviso explícito ao operador.</p><p>• Todos os controles devem ser neutralizados e travados para evitar acionamento</p><p>inadvertido ou acidental.</p><p>Nota: Calçar sempre a lança, ao montar ou</p><p>desmontá-la (Fig. 2.14). Nunca andar sobre,</p><p>parar sobre a lança durante essa operação e</p><p>nunca enfiar braços ou pernas dentro das</p><p>lanças hidráulicas, exceto que os seus</p><p>elementos estejam seguramente fixadas e</p><p>calçadas, estando essa lança instalada na</p><p>máquina ou fora dela (Fig. 2.15).</p><p>Fig. 2.13 - Isole a área e afaste as pessoas estranhas aos serviços de manutenção.</p><p>49</p><p>Fig. 2.14 – Calçar sempre a lança e todos os componentes que podem sofrer queda</p><p>Fig. 2.15 - Nunca enfiar as mãos ou os pés nas seções da lança</p><p>50</p><p>• Trave a partida e retire a chave de ignição</p><p>para garantir que a máquina não possa ser</p><p>ativada e ainda coloque um aviso visível de</p><p>“Não dê a partida” no cabine, junto aos</p><p>controles (Fig. 2.16).</p><p>• Coloque placas de aviso no exterior do</p><p>equipamento, alertando que a máquina</p><p>está fora de serviço (Fig. 2.17).</p><p>• Seja ordeiro.....mantenha limpo, isento de</p><p>graxa, óleo, cabos, correntes e as outras</p><p>peças usadas na manutenção. Conserve</p><p>as ferramentas em suas caixas e as peças</p><p>em suas respectivas embalagens. Só use</p><p>produtos não inflamáveis para a limpeza.</p><p>Verifique seus sapatos que estejam secos</p><p>e limpos ao ter que acionar os freios.</p><p>• Mantenha longe as mãos, os pés, suas roupas,</p><p>das engrenagens, cabos, tambores e polias.</p><p>• Nunca se escore nos cabos de aço ao subir no</p><p>teto do cabine.</p><p>• Use uma barra de guia para enfiar cabos</p><p>em moitões.</p><p>• Mantenha as mãos longe das correias do</p><p>ventilador quando o motor funcionando.</p><p>• Nunca use roupas folgadas, soltas ou</p><p>desabotoadas, que possam ser captadas</p><p>pelas partes móveis do equipamento.</p><p>Tenha sempre a mão um extintor de incêndio</p><p>em perfeitas condições de uso (Fig. 2.18)</p><p>sempre um extintor de incêndio.</p><p>Fig. 2.16 - Trave a partida e retire</p><p>a chave de ignição e ainda coloque</p><p>um aviso visível: “Não dê a partida”</p><p>Fig. 2.17 - Coloque placas de aviso no exterior do equipamento, alertando que a máquina</p><p>está fora de serviço</p><p>Placas de aviso</p><p>Fig. 2.18 - Nunca use roupas folgadas</p><p>que possam ser captadas pelas partes</p><p>móveis do equipamento e tenha a mão</p><p>sempre um extintor de incêndio.</p><p>51</p><p>• Antes de retornar o equipamento ao</p><p>serviço, todos os componentes que</p><p>sofreram revisão, manutenção ou</p><p>reparo, devem ser sujeitos a inspeção</p><p>visual e os testes operacionais pelo</p><p>operador para certificar-se do seu</p><p>funcionamento adequado.</p><p>• Os painéis de proteção e as capas</p><p>sempre devem ser recolocados para</p><p>seus lugares, antes retornar a máquina</p><p>ao serviço regular.</p><p>• Nunca reinicie as operações, enquanto</p><p>não foi retirado da área todo pessoal</p><p>de serviço. Nunca dê a partida no motor,</p><p>enquanto todos os envolvidos não saibam</p><p>o que deve ser feito, quando e como a</p><p>ser feito (Fig. 2.19)</p><p>Os equipamentos hidráulicos oferecem</p><p>um certo perigo ao pessoal de manutenção,</p><p>quando sob pressão. Lanças e patolas são</p><p>mantidas em sua posição, sob pressão de fluído</p><p>hidráulico. Aliviando essa pressão, a lança vem</p><p>para baixo, as patolas se retraem. A pressão</p><p>do sistema pode ser mantida também por</p><p>acumuladores. Essa pressão se não aliviada</p><p>adequadamente, pode causar os acidentes,</p><p>por jatos de óleo hidráulico ou “atirando” nas</p><p>pessoas, tampas, bujões de vedação, causando</p><p>danos graves (Fig. 2.20). Assim é uma questão</p><p>de bom senso, seguir as seguintes regras:</p><p>• Sempre baixar os acoplamentos ao chão</p><p>ou sobre dormentes de madeira antes de</p><p>iniciar os reparos.</p><p>• Sempre baixar o equipamento liberando</p><p>as patolas, antes de iniciar os reparos</p><p>(Fig. 2.21)</p><p>• Movimente as alavancas de comando para</p><p>cada uma das suas posições, antes de</p><p>iniciar qualquer reparo, para aliviar as</p><p>pressões acumuladas nos circuitos.</p><p>• Se estivermos obrigados a trabalhar com</p><p>a máquina sobre as patolas, ou com os</p><p>acoplamentos suspensos, os mesmos</p><p>devem ser seguramente calçados para</p><p>impedir seus movimentos. Movimente as</p><p>Fig. 2.19 – Só dê partida na máquina</p><p>após a retirada completa do pessoal</p><p>na área em volta do equipamento.</p><p>Fig. 2.20 - Nunca trabalhe com os</p><p>circuitos hidráulicos pressurizados</p><p>52</p><p>alavancas de controle (com o acoplamento</p><p>ou a lança calçada) para aliviar a pressão</p><p>acumulada e para verificar se os calços vão</p><p>suportar o peso, sem a ajuda da ação do</p><p>fluído hidráulico Fig. 2.22)</p><p>• Durante a operação, o óleo ou o ar nos</p><p>tanques não ventilados, aquecem e tendem</p><p>a expandir. Se removermos o tampão de</p><p>maneira brusca, a pressão interna pode</p><p>lançar fora o óleo aquecido. O óleo pode</p><p>vir a ser muito mais quente do que a água,</p><p>podendo causar queimaduras graves.</p><p>Alivie sempre a pressão do tanque antes</p><p>de remover completamente o tampão.</p><p>• Os ajustes de válvulas de alívio, nunca</p><p>devem exceder a especificação, sem o</p><p>consentimento do fabricante por escrito.</p><p>O reajuste dessas válvulas deve ser feita</p><p>por pessoal qualificado de manutenção.</p><p>Equipamentos danificados necessitando</p><p>reparos mais complexos e demorados, devem</p><p>ser completamente re-testados por inspetor do</p><p>fabricante ou seu representante, ou ainda por</p><p>entidade de testes licenciada, antes do seu</p><p>retorno ao serviço.</p><p>Cada seção de lança, se foi envolvido</p><p>em ocorrência, e é suspeito de danos, deve</p><p>ser removida do serviço até receber um uma</p><p>inspeção de engenheiro qualificado ou outra</p><p>autoridade competente, quem emite certificado</p><p>de qualidade, atestando a integridade da</p><p>estrutura do componente.</p><p>Nota: Reparos ou alterações de lança exigem</p><p>treinamento e conhecimentos especiais. Não</p><p>tente fazer reparos na lança, sem consultar o</p><p>fabricante, sua manutenção ou então o seu</p><p>representante. Necessitando de serviços de</p><p>solda, isto é particularmente importante !</p><p>Defeitos como descritos a seguir, devem</p><p>ser corrigidos imediatamente, para assegurar</p><p>operacionalidade segura:</p><p>• Todas as partes críticas dos mecanismos</p><p>operacionais, que estiverem desgastadas,</p><p>corroídas, deformadas, trincadas ou</p><p>quebradas.</p><p>NÃO</p><p>Nunca trabalhe em equipamentos</p><p>apoiados nas suas patolas.</p><p>SIM</p><p>As maquinas devem repousar sobre</p><p>os seus pneus.</p><p>SIM</p><p>A máquina deve repousar sobre</p><p>dormentes</p><p>adequadas de madeira.</p><p>Fig. 2.21 - Diversas maneiras de apoiar</p><p>as máquinas, durante a sua manutenção</p><p>Fig. 2.22 – Antes de iniciar os</p><p>serviços de reparos, movimente as</p><p>alavancas de comando para aliviar a</p><p>pressão hidráulica dos sistemas.</p><p>53</p><p>• Todas as partes críticas da estrutura, que estiverem trincadas, deformadas, quebradas</p><p>ou com desgaste excessivo.</p><p>• Os ganchos com defeito, devem ser descartadas, não sendo admitido seus reparos com</p><p>solda ou recondicionamento.</p><p>Todas as peças de reposição e os reparos devem ter a mesma confiabilidade e fator</p><p>de segurança como as peças originais e devem atender os requisitos das especificações do</p><p>fabricante. É recomendável adquirir peças de reposição genuínas do fabricante ou do seu</p><p>distribuidor.</p><p>É boa prática parar o equipamento durante a lubrificação, exceto em casos onde é</p><p>necessário o funcionamento para uma lubrificação eficiente. Os painéis de fechamentos e</p><p>tampas que são removidas para a execução dos serviços, devem ser reinstalados após a</p><p>conclusão e antes da devolução do equipamento ao serviço regular.</p><p>Todos os cabos e dispositivos de içamento devem ser inspecionados e receberem</p><p>manutenção, de acordo com as recomendações do fabricante e das normas da Associação</p><p>de Segurança de Construção de Ontário (“Rigging Manual”).</p><p>É importante que os reparos e ajustes sejam executados por pessoal especificamente</p><p>destinado e autorizado para isso. Durante a manutenção do guindaste, as orientações da</p><p>pessoa destinada a esse serviço devem ser obedecidas sem questionamento, exceto, se</p><p>essas instruções vierem de desencontro com as práticas seguras de operação, nesse caso</p><p>caberá o questionamento do operador, mas sempre deve ser avisado o supervisor de</p><p>manutenção, para obter a decisão final.</p><p>Nota: Em circunstância alguma devem pessoas não qualificadas se envolverem com</p><p>serviços de reparos e manutenção</p><p>Sugestões de Armazenamento da Máquina</p><p>Abaixo descritos estão alguns pontos a serem observados e seguidos para o</p><p>armazenamento da máquina. Em caso de armazenamento ao relento, as máquinas devem</p><p>ser muito bem protegidas para evitar corrosão.</p><p>• Baixar a lança para o solo e soltar a suspensão ou melhor ainda remover de uma vez a</p><p>lança, prender todos os cabos para evitar seu balanço ao vento.</p><p>• As máquinas devem ser cobertas para evitar ferrugem e deterioração.</p><p>• Se o armazenamento ocorrer ao relento as seguintes medidas de proteção devem ser</p><p>adotadas para a preservação contra as intempéries:</p><p>a) Limpeza completa, removendo todo tipo de sujeira e materiais estranhos.</p><p>b) Lubrificação completa como descrito no manual do fabricante.</p><p>c) Retocar a pintura danificada para evitar corrosão e deterioração.</p><p>d) Cobrir as superfícies usinadas e sem pintura com uma boa camada de graxa grossa,</p><p>para evitar ferrugem, exceto as superfícies da embreagem e os sapatas de freio.</p><p>Essas partes devem ser protegidas com material impermeável, lona ou plástico.</p><p>54</p><p>e) Calibrar todos os pneus, com a pressão de serviço normal e faça inspeções</p><p>periódicas para verificar se os mesmos não esvaziaram. Se possível suspenda todo</p><p>equipamento para que os pneus fiquem livres do solo, usando dormentes sólidos,</p><p>seguros para evitar instabilidades e tombamento.</p><p>f) Acione os freios de estacionamento e deixe solto os freios de escavação.</p><p>g) Faça a drenagem da água acumulada dos tanques de freio a ar para evitar ferrugem.</p><p>h) Recolher completamente as patolas e os macacos hidráulicos.</p><p>i) Cubra as entradas de ar e a descarga para evitar entrada de sujeira, pó e umidade.</p><p>j) Se não for utilizado solução de impedir congelamento (“anti-freezing”), drenar o</p><p>sistema de resfriamento nos dois motores (superior e inferior), deixando aberto os</p><p>drenos.</p><p>k) Remover as baterias e armazená-las em local adequado, para evitar congelamento e</p><p>tenha cuidado de recarregá-las periodicamente.</p><p>l) Proteger as aberturas, frestas no mecanismo de lança e dos freios com lona plástica</p><p>para impedir entrada de água de chuva. (Cubra completamente se possível).</p><p>m) Posicione todas as alavancas de controle para o Neutro e deixe os pedais soltos.</p><p>n) Trave todas a portas e se a área for suspeito de atos de vandalismo, cubra todos os</p><p>vidros com chapas de compensado ou de ferro.</p><p>Nota: Tenha cuidado redobrado na escolha do local de armazenamento, para evitar atrair</p><p>crianças para brincarem sobre a máquina, tendo em vista que isso representa perigo de</p><p>acidentes que poderão ser muito sérios.</p><p>55</p><p>CAPÍTULO 3</p><p>MONTAGEM E AJUSTE DA MÁQUINA</p><p>Mais de 50% dos acidentes envolvendo</p><p>guindastes móveis, são resultados de erros</p><p>cometidos em virtude de pressa desordenada,</p><p>falta de atenção na hora da montagem e os</p><p>ajustes de pô-la em funcionamento. (Fig. 3.1)</p><p>Todos esses acidentes poderiam ser evitados se fossem seguidos as recomendações</p><p>do fabricante, no que diz a respeito da desmontagem e montagem, utilizando os meios</p><p>corretos e observando as precauções. A improvisação pode ter conseqüências fatais.</p><p>Tendo em vista a complexidade de equipamentos e a vasta gama de variações dos</p><p>projetos de equipamentos, não é possível apresentar um sumário detalhado para</p><p>desmontagem, montagem e ajuste de cada modelo. Esse capítulo detalha alguns</p><p>procedimentos a serem seguidas.</p><p>O responsável pela operação segura de um guindaste é sempre a pessoa quem</p><p>ordena o serviço, seja o engenheiro, arquiteto, construtor ou o proprietário da obra.</p><p>Se essa pessoa ou entidade não preparar a área adequada de trabalho para o</p><p>guindaste, a operação será uma operação insegura, independente das condições do</p><p>equipamento e a habilidade do operador.</p><p>O responsável pela operação deve ter consciência da necessidade de observar certos</p><p>fatores de segurança com precauções quanto a segurança pública, patrimonial e pessoal:</p><p>• O equipamento tem acesso para o canteiro com a pista em condições adequadas,</p><p>quanto a qualidade da pista, inclinação, ausência de obstáculos, tubulações de utilidades</p><p>desprotegidas (água, telefone, esgoto e outros)? Existe área de manobras suficiente em</p><p>volta para o equipamento e caminhões de transporte de material e componentes do</p><p>guindaste? Espaço suficiente para montagem e desmontagem de lanças e torres? Há</p><p>condições para isolar a área de trabalhos para evitar riscos de acidentes para terceiros?</p><p>• Saber onde o guindaste deverá ficar para cada içamento, saber o maior raio de operação</p><p>e ter uma folga no mínimo de 60 cm entre o contrapeso e os obstáculos adjacentes</p><p>(Fig. 3.2). Isolar a área correspondente a essa distância em volta do equipamento. Está</p><p>perfeitamente nivelada e compactada a área onde vai estacionar o guindaste?</p><p>Lembre-se que essa área e o equipamento devem estar perfeitamente niveladas.</p><p>Nunca posicione um equipamento em beirada de taludes, aterros, muros de arrimo</p><p>frágeis, sobre tubulações, pois com a vibração do equipamento pode ocorrer</p><p>desmoronamento (Fig. 3.3). Tem que tomar cuidado especial com a proximidade de</p><p>outros equipamentos, mesmo que os mesmos tenham lanças de comprimentos</p><p>diferentes, para evitar colisões. Os guindastes devem ser posicionados de forma que o</p><p>operador tenha visibilidade perfeita e devem ter se possível comunicação direta via radio</p><p>(Fig. 3.4) para poderem alertar um ao outro em caso de perigo de colisão. É</p><p>recomendável que seja designada uma pessoa para coordenar a movimentação, também</p><p>equipado com radio.</p><p>Fig. 3.1 - Mais de 50% dos acidentes</p><p>ocorrem durante a montagem e ajustes</p><p>56</p><p>• Os equipamentos devem ser posicionados</p><p>de maneira a não interferirem com áreas</p><p>destinadas ao tráfego do público, sejam</p><p>veículos ou pedestres. Se isso não for</p><p>possível deve ser bem sinalizada a área</p><p>e designada uma pessoa para alertar e</p><p>sinalizar, controlando o acesso para toda</p><p>área do raio de</p><p>operação do guindaste.</p><p>Se a máquina estiver posicionada numa</p><p>via pública, o usuário deve providenciar</p><p>autorização para impedir faixas de pista</p><p>de tráfego e deve requerer auxílio das</p><p>autoridades policiais para o controle do</p><p>tráfego e dos pedestres.</p><p>(Fig. 3.5)</p><p>Folga mínima de 60cm</p><p>Fig. 3.2 - Sinalizar a área com uma margem de folga de 60 cm o raio de giro do</p><p>contrapeso para evitar acidentes, preferencialmente isolar a área</p><p>Fig. 3.3 - Nunca posicione o guindaste em</p><p>bordas de taludes, barrancos canaletas e</p><p>aterros, para evitar desmoronamento</p><p>devido a vibração do equipamento.</p><p>57</p><p>Fig. 3.4 – Quando dois ou mais guindastes estão trabalhando próximos, os operadores</p><p>devem ter comunicação direta via radio.</p><p>58</p><p>• Nunca deve ser operada um máquina nas proximidades de linhas vivas de eletricidade,</p><p>sem as seguintes precauções:</p><p>a) Desenergizar a linha viva, ou</p><p>b) Providenciar isolação adequada, ou</p><p>c) Posicionar especificamente um operário sinalizador para alertar o operador quando</p><p>está se aproximando a linha viva.</p><p>Na seção Perigos Elétricos existem as definições exatas para esses procedimentos. Os</p><p>contatos acidentais com linhas vivas são uma das causas principais de acidentes fatais</p><p>na indústria de construção - não facilite (Fig. 3.6).</p><p>• O solo é firme e suporta o peso da máquina, da carga, dos momentos de esforço</p><p>causados em função do içamento, vento e oscilações durante as operações?</p><p>• O solo deve ter firmeza suficiente para não ceder, trincar ou recalcar durante toda a</p><p>operação (Fig. 3.7).</p><p>Fig. 3.5 - Se a máquina estiver posicionada numa via pública, o usuário deve</p><p>providenciar autorização para impedir faixas de pista de tráfego e deve requerer</p><p>auxílio das autoridades policiais para o controle do tráfego e dos pedestres.</p><p>59</p><p>• As pressões praticadas pelos guindastes</p><p>modernos podem variar de 14,6 a 70,3</p><p>kg / cm2 ( 200 a 1000 psi – libras por</p><p>polegada quadrada – A. L. Casillas), assim</p><p>é extremamente importante que o solo seja</p><p>firme e nivelado e ainda é recomendável a</p><p>utilização de dormentes sólidos de madeira,</p><p>para distribuir a essa carga.</p><p>(Fig. 3.8).</p><p>Em caso de instalarmos o guindaste sobre</p><p>uma laje ou outra estrutura existente, essas</p><p>precauções passam ter maior importância</p><p>ainda, tendo em vista que essa sobrecarga,</p><p>poderá até causar o desmoronamento de</p><p>toda a estrutura.</p><p>Fig. 3.6 - Os contatos acidentais com linhas vivas é uma das causas principais</p><p>de acidentes fatais na indústria de construção - não facilite !</p><p>Fig.3.7-Nunca opere o guindaste</p><p>sobre terreno mole ou instável.</p><p>60</p><p>• Se o solo for especialmente instável ou alagado, medidas especiais devem ser</p><p>adotadas para garantir bases satisfatórias ao equipamento. Dormentes placas de aço ou</p><p>mesmo apoios de concreto devem ser utilizados, para distribuir o peso do guindaste (Fig.</p><p>3.9) e a consistência do solo deve ser continuamente controlada para eventuais ajustes</p><p>das patolas.</p><p>• Quando a operação e taludes não pode ser evitada, a máquina deve ser nivelada pelas</p><p>patolas ou então, deve ser construída uma base nivelada e firme, especial, tipo</p><p>plataforma, para garantir uma superfície plana de trabalho (Fig. 3.10). Devemos lembrar</p><p>que um mínimo caimento de 1º pode afetar seriamente a estabilidade e a capacidade de</p><p>um guindaste.</p><p>Calçamento inadequado Calçamento inadequado</p><p>Calçamento inadequado</p><p>O peso do guindaste deve ser</p><p>distribuído sobre grandes</p><p>dormentes de madeira sólida.</p><p>Fig. 3.8 - Precauções de apoio com dormentes de madeira sob o equipamento</p><p>61</p><p>• Se o guindaste estiver parado em região de águas empoçadas o efeito erosivo da água</p><p>pode afetar a estabilidade do terreno, que pode abalar a estabilidade da máquina. Numa</p><p>situação dessas devemos ter atenção especial, podendo ser necessária uma fundação</p><p>mais profunda e sólida.</p><p>Fig. 3.9 – Em caso de terreno fofo, dormentes de madeira devem ser utilizados, para</p><p>distribuir o peso do guindaste</p><p>Dormentes</p><p>Superfície do terreno natural</p><p>Aterro compactado</p><p>Fig. 3.10 - Quando a operação em taludes não pode ser evitada, deve ser construída</p><p>uma base nivelada e firme, especial, tipo plataforma, para garantir uma superfície plana</p><p>de trabalho</p><p>62</p><p>• Devemos considerar as variações climáticas, durante o inverno as esteiras, pneus e</p><p>patolas podem congelar ao solo, dando a falsa impressão de estabilidade. Na época de</p><p>degelo praticamente impossível determinar a capacidade de carga do solo. Assim,</p><p>sempre devemos nos basear em condições assumidas para o verão seco.</p><p>A responsabilidade do operador e do grupo de montagem inicia quando o guindaste</p><p>chega ao canteiro, mesmo, a despeito de outras afirmações, o operador também é</p><p>responsável, para que tudo esteja dentro das normas, mesmo antes de conclusão da</p><p>montagem e início da operação.</p><p>Independente da marca e tipo de guindaste, a montagem e ajuste devem ser</p><p>executados estritamente dentro das recomendações do fabricante e seu representante, de</p><p>tal maneira que os riscos pessoais e materiais sejam excluídos.</p><p>O manual específico do guindaste a ser utilizado deve estar disponível no canteiro, a</p><p>ser utilizado pelo equipe, que por sua vez deve estar familiarizado com todos os</p><p>procedimentos. Qualquer desvio desses procedimentos só poderá ser admitido após terem</p><p>sido discutidos com o fabricante e só mediante sua aprovação.</p><p>Tendo em vista que os manuais são volumosos, é preferível mante-los no escritório e</p><p>é recomendável disponibilizar para o pessoal de campo um sumário conciso dos</p><p>procedimentos de montagem e desmontagem em forma de lista de tarefas (check-list).</p><p>Durante a montagem ou desmontagem de lanças as seguintes precauções devem ser</p><p>observadas para garantir a segurança:</p><p>• Antes de montar a lança, determine o peso das cargas, dos içamentos, a altura do</p><p>içamento e o raio de operação. Depois, verifique na tabela de cargas a lança mais curta</p><p>que atende esses requisitos, nunca use lança mais longa do que o necessário (Fig. 3.11)</p><p>Lista de montagem (check-list)</p><p>Fig. 3.11 - Nunca instale lança mais longa do que o necessário</p><p>63</p><p>• Nunca inicie a montagem de uma lança,</p><p>sem saber antes qual é o contrapeso correto.</p><p>Para suspender lanças mais longas podem</p><p>ser necessárias contrapesos mais pesados</p><p>do que seria o normal necessário para</p><p>operação.</p><p>Em alguns modelos esse contrapeso</p><p>adicional deve ser removido antes de iniciar</p><p>a operação normal, para não comprometer</p><p>a estabilidade do guindaste (Fig. 3.12).</p><p>Trafegar com guindaste de pneus, com os</p><p>contrapesos de pára-choques é prática</p><p>errada, pois leva a danificar a suspensão e</p><p>o sistema de direção da máquina (Fig. 3.13)</p><p>• Nunca instale ou remove contrapesos sem antes ter certeza que a máquina está</p><p>estacionada em terreno firme e em nível, as patolas estão completamente estendidas</p><p>e os macacos ativados, e os pneus suspensos do solo (Fig. 3.14). Se a lança oscilar</p><p>para o lado, com a máquina sobre os pneus, a máquina pode tombar. É</p><p>recomendável – sempre - ativar a trava de giro, quando se trabalha nos contrapesos</p><p>ou durante a montagem ou desmontagem da lança (Fig. 3.15)</p><p>• É de mesma forma, muito importante montar, suspender, abaixar ou desmontar a</p><p>lança, direcionando a mesma para a parte posterior, traseira da máquina, uma vez</p><p>que essa é a área de maior capacidade</p><p>de carga (Fig. 3.16 a / b). Se a máquina não</p><p>estiver suspensa do solo e as patolas estendidas, a parte dianteira do equipamento</p><p>pode se erguer do solo. No caso de guindastes de esteiras devemos calçar as</p><p>extremidades da esteira com dormentes para evitar deslocamentos.</p><p>• É importante que todos os componentes sejam marcados, devidamente identificados</p><p>durante a montagem, para assegurar que sejam utilizadas as seções corretas para</p><p>cada guindaste. Nunca utilize componentes que apresentem deformações,</p><p>amassamentos e soldas com trincas. Os pinos de montagem devem passar</p><p>livremente nos seus furos sem necessidade de forçá-las (Fig. 3.17)</p><p>Fig. 3.12 - O excesso de contrapeso</p><p>pode fazer tombar a máquina</p><p>Fig. 3.13 – Não trafegar com os</p><p>contrapesos montados</p><p>Contrapesos de pára-choque</p><p>64</p><p>Fig. 3.14 - Nunca instale ou remove contrapesos com a máquina sobre os pneus</p><p>devem estar sobre as patolas e com os pneus suspensos, livres do solo</p><p>65</p><p>Fig. 3.15 - Não estendidas as patolas pode causar o tombamento da máquina.</p><p>66</p><p>Fig. 3.16 a - Ao suspender ou abaixar a lança, a mesma deve ser direcionada para a</p><p>parte traseira do equipamento, as patolas devem ser completamente estendidas e</p><p>os pneus livres, suspensos do solo.</p><p>67</p><p>• Só devemos utilizar pinos, parafusos e porcas, de dimensões corretas, para a</p><p>montagem das seções, na seqüência correta, conforme as instruções do fabricante e a</p><p>identificação dos componentes.</p><p>• Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas no pé da lança.</p><p>Duas seções curtas pesam mais do que um única seção de comprimento equivalente,</p><p>assim favorecemos a estabilidade da máquina (Fig. 3.18)</p><p>Fig. 3.16 b – Calços de dormentes sob as extremidades das esteiras evitam</p><p>afundamento e instabilidade ao suspender ou abaixar a lança.</p><p>seções curtas</p><p>Fig. 3.18 - Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas</p><p>no pé da lança.</p><p>68</p><p>Fig. 3.17 - Os pinos de montagem devem passar livremente nos seus furos sem</p><p>necessidade de forçá-las</p><p>69</p><p>• Ao montar as seções de lança mantenha os cabos de sustentação atrás das seções a</p><p>serem montadas, alinhe os dois furos de montagem superiores das duas seções, insere</p><p>os dois pinos de topo e coloque as travas. Suspende um pouco o conjunto até os furos</p><p>da parte de baixo se alinharem e coloque os dois pinos inferiores com suas travas.</p><p>Repita esse procedimento, estendendo os cabos conforme necessário, até concluir a</p><p>montagem (Fig. 3.19 & Fig. 3.20). Nunca trabalhe em baixo da lança ! É</p><p>recomendável calçar cada extremidade de cada seção durante a montagem. Nunca pare</p><p>sobre ou perto da lança durante essa operação. Saiba o comprimento máximo da lança</p><p>que possa ficar em balanço e nunca exceda esse limite (Fig. 3.21)</p><p>• Devemos ter cuidado para os cabos e</p><p>cordas não se enrosquem nos pinos,</p><p>nos grampos e presilhas. Verifique esses</p><p>pinos se estão montados corretamente</p><p>com as suas travas – grampos de mola não</p><p>são recomendadas uma vez que tendem</p><p>sair das suas posições acidentalmente.</p><p>(Fig. 3.22).</p><p>• Lanças mais compridas requerem um</p><p>equipamento especial para a sua</p><p>suspensão, como pau de carga ou um</p><p>tirante intermediário. Nunca tente suspender</p><p>uma lança longa sem esses recursos a mão.</p><p>Os fabricantes de guindastes especificam o</p><p>comprimento da lança que pode ser suspensa</p><p>com os recursos do próprio guindaste, e os</p><p>que necessitam equipamento ou recursos</p><p>especiais.</p><p>Os cabos de sustentação intermediários são</p><p>designados para suportar a parte intermediária grampo mola</p><p>da lança (Fig. 3.23).</p><p>Em posições de montagem em ângulo baixo</p><p>os cabos de sustentação oferecem algum suporte, Fig. 3.22 - Não use grampos</p><p>num ângulo em torno de 45º esse suporte já deixa de mola no lugar da travas, uma</p><p>ser confiável. vez que essas podem escapar</p><p>Comprimento em balanço</p><p>Fig. 3.21 – Saiba o comprimento máximo da lança que possa ficar em balanço</p><p>Fig. 3.22 - Não use grampos</p><p>mola no lugar da travas, uma</p><p>vez que essas podem escapar</p><p>Grampos mola</p><p>70</p><p>Inserir em 1º lugar</p><p>os pinos superiores</p><p>Alinhar as demais seções, juntando-as</p><p>e inserir todos os pinos superiores</p><p>Suspender um pouco o conjunto e inserir</p><p>todos os pinos inferiores. Nunca trabalhar</p><p>em baixo da lança !</p><p>Abaixar novamente a lança e mudar o cabo</p><p>de sustentação para a ponta da lança</p><p>3.19 – Seqüência de montagem das seções das lanças</p><p>71</p><p>(1)Instalar os pinos</p><p>superiores</p><p>(2)Alinhar as seções intermediárias, juntá-las</p><p>e colocar só todos os pinos superiores.</p><p>Suspender o conjunto e instalar todos os</p><p>pinos inferiores – abaixar de novo a lança</p><p>e mudar o(s) cabo(s) de sustentação para a</p><p>emenda da última seção já fixada</p><p>(3)Alinhar mais seções e repita o passo (2)</p><p>(4)O último passo agora é mudar o(s) cabo(s) de sustentação para a ponta da lança</p><p>Fig. 3.20 – Seqüência de montagem de lanças longas – requer a mudança</p><p>do(s) cabo(s) de sustentação na medida que aumentar o comprimento da</p><p>lança.Ponto intermediário</p><p>72</p><p>• Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável utilizar sempre</p><p>na sua posição mais alta, independentemente do comprimento da lança. Com a</p><p>solicitação de esforço menor garantimos maior durabilidade e mais segurança a máquina</p><p>(Fig. 3.24)</p><p>• Quando a lança já montada, verifique o comprimento dos cabos de sustentação se são</p><p>suficientes para o comprimento da lança. Em máquinas de lanças curtas se os cabos de</p><p>sustentação forem só um pouco mais longas, o peso do mastro pode empurrar a lança</p><p>descarregada contra o batente quando aproximarmos ao raio mínimo (Fig. 3.25). Isso</p><p>significa que a lança deverá ser afastada dos batentes ao pendurar a carga no gancho.</p><p>Com lanças mais longas, usando cabos de sustentação muito curtos, vamos</p><p>sobrecarregar a lança, o mastro e os cabos de sustentação bem como o próprio sistema</p><p>de içamento ao manusearmos cargas próximas ao limite de capacidade (Fig. 3.26)</p><p>Fig. 3.23 - Os cabos de sustentação intermediários são designados para suportar a</p><p>parte intermediária da lança</p><p>Ponto intermediário</p><p>Fig. 3.24 - Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável</p><p>utilizar sempre na sua posição mais alta, independente do comprimento da lança.</p><p>73</p><p>• É muito importante termos os cabos de sustentação todos do mesmo comprimento, para</p><p>evitarmos a torção da lança e mal distribuição de carga, que poderá resultar em danos da</p><p>estrutura. (Fig. 3.27)</p><p>• Para lanças longas devemos utilizar barras de espaçamento para os cabos de</p><p>sustentação, para evitarmos que os mesmos batam ou se enrosquem na lança ou nos</p><p>pinos de conexão. (Fig. 3.28)</p><p>Cabo de</p><p>Sustentação</p><p>Mastro</p><p>Mastro</p><p>A lança</p><p>tomba</p><p>Fig. 3.25 - Em máquinas de lanças curtas se os cabos de sustentação forem só um pouco</p><p>mais longas, o peso do mastro pode empurrar a lança descarregada contra o batente</p><p>quando aproximarmos ao raio mínimo.</p><p>Mastro</p><p>O ângulo fica menor com</p><p>cabos de sustentação</p><p>mais curtos.</p><p>Fig. 3.26 - Com lanças mais longas, usando cabos de sustentação curtos, vamos</p><p>sobrecarregar a lança, o mastro e os cabos de sustentação bem como o próprio</p><p>sistema de içamento ao manusearmos cargas próximas ao limite de capacidade.</p><p>74</p><p>É muito importante termos os</p><p>cabos de sustentação todos do</p><p>mesmo comprimento, para</p><p>evitarmos a torção da lança e</p><p>mal distribuição de carga, que</p><p>poderá resultar em danos da</p><p>estrutura</p><p>Fig. 3.27</p><p>75</p><p>Para lanças longas devemos utilizar</p><p>barras de espaçamento para os cabos</p><p>de sustentação, para evitarmos que os</p><p>mesmos batam ou se enrosquem na</p><p>lança ou nos pinos de conexão</p><p>Fig. 3.28</p><p>76</p><p>• Verifique o indicador de ângulo da lança, se está instalada e ajustada corretamente:</p><p>Suspenda a lança até sua posição horizontal, verifique o nível com um nível de</p><p>carpinteiro sobre o meio da lança e ajuste o indicador para leitura zero. Depois ergue a</p><p>lança lentamente e observe o movimento do pêndulo em diversas posições. Se o</p><p>indicador emperrar ou arrastar, faça os devidos reparos (Fig. 3.29)</p><p>Nota: Os indicadores de lança tem exatidão apenas aproximada. Ao suspender</p><p>cargas próximo ao limite de capacidade, o raio deve ser determinado,</p><p>medindo exatamente, do eixo do giro até o centro de gravidade da carga</p><p>(Fig. 3.30).</p><p>• Ao instalar a contrabalança, verifique antes de mais nada se seu comprimento atende a</p><p>combinação com a lança. Para isso a máquina deve estar nivelada, em local plano,</p><p>patolada e com a lança voltada para trás. Verifique se os batentes amortecedores</p><p>funcionam corretamente.</p><p>• Mantém as pessoas estranhas, não envolvidos desse trabalho, afastados, e as</p><p>passarelas limpas e livres de graxas e óleo.</p><p>• Nos guindastes equipadas com contrabalança articulável, as seções articuláveis devem</p><p>ter meio de controlar os movimentos de oscilação ao serem removidos os pinos para</p><p>serem dobradas e guardadas. (Fig. 3.31)</p><p>Fig. 3.29 - Verifique o indicador de ângulo da lança com um nível de carpinteiro</p><p>77</p><p>Fig. 3.30 – Não confie somente no indicador de ângulo ao suspender cargas pesadas,</p><p>faça a medição do raio real</p><p>78</p><p>• Verifique que exista espaço para movimentar a contrabalança, do seu ponto de</p><p>armazenamento para a sua posição operacional, e para estender a lança.</p><p>Fig. 3.31 - Controle as oscilações da contrabalança</p><p>79</p><p>• Alguns fabricantes especificam limites de velocidade de vento, para suspender lanças</p><p>muito compridas. Esse limite deve ser rigorosamente respeitada, uma vez que essa</p><p>operação exige mais dos componentes da máquina, do que o manuseio de cargas</p><p>pesadas acrescidas a pressão do vento e isso pode causar danos ao equipamento.</p><p>• Uma vez a lança levantada, verifique o dispositivo limitador de içamento, se está</p><p>instalado e funcionando adequadamente. Se ajustado adequadamente, o mesmo deve</p><p>desacoplar o levantamento da lança, logo que a mesma chegar próximo ao raio mínimo.</p><p>Para verificar isso, sobe a lança muito cuidadosamente até atingir o raio mínimo. Nesse</p><p>ponto os batentes devem acoplar nos seus encaixes na lança, mas as molas não devem</p><p>ficar completamente comprimidas. A chave limitadora da lança deve estar conectando.</p><p>As vezes pode ser necessário subir mais um pouco a lança para liberar a catraca, após o</p><p>funcionamento do dispositivo limitador. Ergue a lança com extremo cuidado, pois os</p><p>batentes ou a seção inferior podem ter sido danificados por ter sido passado o ponto de</p><p>raio mínimo.</p><p>• Para obter uma margem extra de estabilidade ao baixar a lança, baixa o bloco do gancho</p><p>ao nível do chão, antes de baixar a lança. Lembre-se para reajustar as patolas e colocar</p><p>contrapesos adicionais (se necessário), antes de baixar a lança.</p><p>Nos guindastes equipados com lanças e rodas dobráveis, a máquina deve estar em solo</p><p>firme e nivelado e com as patolas estendidas quando baixando a lança. Todos os</p><p>movimentos devem ser lentos para evitar choques abruptos sobre a lança. Verifique que</p><p>a roda basculante não se ache numa depressão no solo, pois se isso acontecer, a seção</p><p>dianteira da lança poderá se aliviar abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair.</p><p>(Fig. 3.32)</p><p>Operários continuam sendo esmagados anualmente por seções de lança que caem</p><p>durante o desmonte. (Fig. 3.33). Todos esses acidentes poderiam ser evitados se</p><p>providenciados calços sob cada seção de junta e observados os procedimentos corretos.</p><p>Quando é necessário remover uma seção de lança, o operador nunca deve se</p><p>posicionar sob a lança, para tentar remover o pino de fixação. (Fig. 3.34)</p><p>A seguinte seqüência de operação deve ser praticada, exceto recomendações</p><p>diferentes do fabricante (Fig. 3.35 / Fig. 3.36 / Fig. 3.37) :</p><p>a) Mude o equipamento para uma área plana e livre de pessoas.</p><p>b) Posicione as patolas e nivele a máquina.</p><p>c) Verifique o contrapeso se é o correto.</p><p>d) Ative a trava de giro.</p><p>e) Baixe a lança sobre a parte traseira.</p><p>f) Posicione a lança para quase horizontal.</p><p>g) Coloque calços sob o bico da lança e por baixo de ambos os lados de cada junta.</p><p>80</p><p>‘’</p><p>h) Baixe a lança sobre os calços de dormentes até afrouxarem os cabos de sustentação.</p><p>h) Mude os cabos de sustentação para trás, reatando os na seção inferior da lança.</p><p>i) Suspenda a lança um pouquinho, o suficiente para tensionar os cabos de sustentação</p><p>para suspender o bico da lança.</p><p>j) Remova os pinos inferiores da emenda diante (da frente) dos cabos de sustentação.</p><p>k) Baixe a traseira da lança sobre os calços de dormentes, verifique se estão firmes.</p><p>l) Remova os pinos superiores da emenda diante (a frente) dos cabos de sustentação.</p><p>m) Repita essa seqüência de trabalho até o completo desmonte da lança.</p><p>Em alguns casos a plataforma da máquina pode ser usado como calço para apoiar as</p><p>seções de lança (Fig. 3.38) mas independente do processo de desmontagem utilizado,</p><p>nunca trabalhe ou ande sob a lança do guindaste, fique do lado de fora.</p><p>Em virtude dos acidentes que já ocorreram com pessoal de montagem bem treinado,</p><p>há sugestões de modificar o sistema de pinos de fixação, para torná-los inacessíveis por</p><p>baixo da lança, impossibilitando o montador ficar trabalhando por baixo da mesma.</p><p>Calços de dormentes sob as</p><p>Juntas em ambos os lados.</p><p>Fig. 3.34 – Nunca trabalhe em baixo da lança (Lado Externo = Lado seguro</p><p>Lado Interno = Suicídio)</p><p>81</p><p>Lança Dobravel</p><p>Fig. 3.32 - Verifique que a roda basculante não se ache numa depressão no solo,</p><p>pois se isso acontecer, a seção dianteira da lança poderá se aliviar</p><p>abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair</p><p>82</p><p>Fig. 3.33 - Operários continuam sendo esmagados anualmente por seções de</p><p>lança que caem sobre eles durante o desmonte de uma lança.</p><p>83</p><p>A ilustração na (Fig. 3.39) mostra um pino</p><p>com ressalto, que só pode ser colocado entre os</p><p>olhais, só pelo lado interno, mas, para retirá-lo,</p><p>tem que ser pelo lado externo da lança.</p><p>Na (Fig. 3.40) está indicada uma lingüeta</p><p>soldada ao lado externo</p><p>do olhal, que tem o papel</p><p>de impedir a introdução do pino pelo lado externo</p><p>da lança. Essa solução é pouco prático, e fácil</p><p>de burlar uma vez que, existem pinos sem</p><p>cabeça, pinos mais longos, pode ser cortada parte</p><p>da cabeça do pino – permitindo a passagem.</p><p>Ilustração na (Fig. 3.41) mostra um pino</p><p>de duas pontas, sem cabeça de uma vez. Nesse</p><p>caso pode se trabalhar, colocar e remover o pino</p><p>pelo lado externo, sem a necessidade de entrar</p><p>em baixo da lança.</p><p>Uma vez que a lança estiver instalada , a</p><p>máquina está pronta para entrar em serviço. Sua</p><p>localização deve ser escolhida, visando minimizar</p><p>a necessidade de giros e levantamentos, sempre</p><p>que possível sobre a parte posterior, que é a área</p><p>de maior capacidade de trabalho (guindastes de</p><p>pneus).</p><p>Mais de 50% de falhas e problemas com</p><p>guindastes sobre pneus é causado por:</p><p>• Falha na extensão total das patolas e na</p><p>Suspensão dos pneus do solo</p><p>(Fig. 3.43)</p><p>• Falha no uso das patolas</p><p>(Fig. 3.42)</p><p>• Condições precárias do solo</p><p>(Fig. 3.45)</p><p>• Calço inadequado sob as patolas</p><p>(Fig. 3.46)</p><p>• Falha no nivelamento do guindaste</p><p>(Fig. 3.44)</p><p>Fig. 3.35 - Escolhe uma área plana e</p><p>livre de movimentação de pessoas</p><p>para baixar e desmontar a lança</p><p>84</p><p>(Continua nas páginas seguintes)</p><p>1 -Baixar a lança até quase horizontal</p><p>2 -Colocar calços sob o bico da lança e baixar até os cabos de sustentação aliviarem a tensão</p><p>3 - Mudar os cabos de sustentação para trás</p><p>até e refixar na seção inferior</p><p>4 - Suspender levemente a lança e remover os pinos</p><p>superiores da emenda, em frente dos cabos de</p><p>sustentação.</p><p>5 -Acrescente calços intermediários e</p><p>abaixe a lança sobre os calços</p><p>6 -Remover os pinos superiores da emenda,</p><p>em frente dos cabos de Sustentação.</p><p>7 -Repita os passos 3 a 6 até o completo desmonte da lança</p><p>Fig. 3.36 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações</p><p>diferentes do fabricante</p><p>85</p><p>,</p><p>Os pinos sendo removidos</p><p>Cabo de sustentação esticado</p><p>O eixo da lança forma</p><p>uma linha reta</p><p>Bico da lança no solo</p><p>ou sobre calço</p><p>Os pinos inferiores podem ser removidos</p><p>(Continuação da página anterior)</p><p>Cabo de sustentação reconectado atrás, os</p><p>pinos sendo removidos, cabo de</p><p>sustentaçã esticado</p><p>O eixo da lança forma uma</p><p>linha reta</p><p>Bico da lança no solo</p><p>ou sobre calço</p><p>Os pinos inferiores podem ser removidos</p><p>C O R R E T O</p><p>Cabo de sustentação tensionado em</p><p>frente dos pinos removidos</p><p>Pinos inferiores removidos</p><p>E R R A D O !!!! (A lança vai cair)</p><p>Cabo de sustentação conectado atrás, pinos sendo removios</p><p>O bico da lança não foi apoiado</p><p>no solo ou nos calços</p><p>Pinos superiores removidos E R R A D O !!!! (A lança vai cair)</p><p>Fig. 3.37 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações</p><p>diferentes do fabricante</p><p>86</p><p>Fig. 3.38 – A plataforma pode ser</p><p>usada como calço temporário</p><p>Lingüeta soldada para</p><p>impedir inserção do</p><p>pino trava pelo lado</p><p>externo da lança</p><p>Fig. 3.40 – Detalhe de lingüeta soldada</p><p>para impedir a inserção do pino trava</p><p>pelo lado externo da lança</p><p>Pino com ressalto que só</p><p>pode ser inserido pelo</p><p>lado interno Pino de duas pontas, sem cabeça</p><p>permite inserção e remoção pelo</p><p>lado externo da lança</p><p>Fig. 3.39 – Detalhe do pino com ressalto</p><p>Fig. 3.41 – Detalhe do pino com duas</p><p>pontas e sem cabeça</p><p>87</p><p>Falha na extensão</p><p>completa das patolas</p><p>Falha na extensão</p><p>completa das patolas</p><p>Falha na suspensão das</p><p>rodas deixando as livres</p><p>Fig. 3.43 – Causas comuns de acidentes com guindastes</p><p>88</p><p>Em virtude dos freqüentes acidentes causados por erros de montagem é</p><p>recomendado que:</p><p>• Ao posicionar um guindaste de pneus para suspender uma carga, independente do peso</p><p>dessa carga, sempre use as patolas (se houverem) completamente estendidas sobre</p><p>área de solo compacto, sólido.</p><p>• Em caso de guindastes com patolas hidráulicas, todas as rodas na área das</p><p>patolas devem ser suspensas, livres do solo, e as patolas devem ser</p><p>completamente estendidas, mantendo as rodas do guindaste livres do solo. Assim</p><p>o equipamento trabalha com a taxa de segurança “sobre patolas”. Do contrário a</p><p>taxa de segurança será “sobre pneus” – não existe meio termo.</p><p>Fig. 3.47 - Fig. 3.48)</p><p>Nota: Não estenda todas as patolas e abaixe todos os macacos de uma única posição de</p><p>controle, uma vez que é impossível enxergar as laterais. Uma vez estendidas as</p><p>patolas e baixados os macacos, a máquina poderá ser nivelada de um ponto só.</p><p>• Certifique-se que as patolas estejam apoiadas, firmes e niveladas, se a superfície é</p><p>regular para suportar a carga. Área acidentada, pedras e solo mole devem ser evitadas</p><p>para não tombar a máquina ou as patolas afundarem e se danificarem. Observe</p><p>continuamente as patolas, especialmente antes do içamento de cargas próximas ao</p><p>limite de capacidade. Se as patolas chegaram a afundar, perderam seu efeito de apoio,</p><p>continuar a operação torna-se insegura (Fig. 3.49).</p><p>• Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços das rodas</p><p>(Fig. 3.50) e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição. Se a</p><p>máquina é de tipo de dois motores, conserve o motor da carreteira funcionando para</p><p>manter a pressão do ar. Não use os freios de mão ou de estacionamento durante esse</p><p>serviço, uma vez que se a máquina se deslocar a diferencial permite as rodas rodarem.</p><p>Tenha certeza da pressão correta dos pneus, pois se não estiverem, a capacidade de</p><p>carga fica reduzida.</p><p>• Todas as capacidades listadas no gráfico de cargas “sobre patolas” e “sobre pneus”, são</p><p>baseadas sendo peso morto.</p><p>A importância de manter o guindaste nivelado, não pode ser suficientemente</p><p>enfatizada. A tabela seguinte indica qual é a perda de capacidade da máquina se a mesma</p><p>estiver fora de nível, por graus de desnível.</p><p>Perda de capacidade em porcentos</p><p>em caso de desnível (em graus)</p><p>Comprimentos de Lança e Raio de Içamento 1º 2º 3º</p><p>Lança Curta – Raio Mínimo 10% 20% 30%</p><p>Lança Curta – Raio Máximo 8% 15% 20%</p><p>Lança Longa – Raio Mínimo 30% 41% 50%</p><p>Lança Longa – Raio Máximo 5% 10% 15%</p><p>O que representam 1º, 2º e 3º, está indicado na (Fig. 3.51) o que se relaciona com a</p><p>diferença em elevação entre os pneus, esteiras ou patolas e a distância entre as mesmas.</p><p>89</p><p>O melhor método para determinar o nivelamento da máquina é o uso de nível de</p><p>pedreiro (Fig. 3.52), e depois suspender a lança e baixá-la fora da linha da carga. Gire</p><p>para o lado e a linha ainda deve permanecer no centro da lança (Fig. 3.53).</p><p>Fig. 3.45 - Condições precárias do solo são fatores contribuintes aos acidentes</p><p>Fig. 3.46 - Maioria dos acidentes com guindastes é causada por calçamento</p><p>ineficiente sob as patolas</p><p>90</p><p>Fig. 3.44 - Falhas de nivelamento são também grandes responsáveis por acidentes</p><p>91</p><p>Fig. 3.42 – Acidente comum em virtude do uso inadequado de patolas</p><p>Fig. 3.53 – Use a linha de carga para determinar o nível da máquina,</p><p>a linha deve estar sempre no centro da lança</p><p>Em Nível Em Nível Fora de Nível</p><p>92</p><p>Fig. 3.52 - A melhor maneira de verificar se a máquina está nivelada, é a utilização de</p><p>um nível de carpinteiro. Nos guindastes modernos, os níveis vem incorporados ao</p><p>equipamento</p><p>93</p><p>mm</p><p>609.6</p><p>584.2</p><p>558.8</p><p>533.4</p><p>508.0</p><p>482.6 3º Fora de Nível</p><p>457.2 2º Fora de Nível</p><p>431.8</p><p>406.4</p><p>381.0</p><p>355.6</p><p>330.2</p><p>Diferença (Y) em 304.8</p><p>Elevação entre os 279.4</p><p>Pneus, Esteiras 254.0</p><p>ou Patolas 228.6 1º Fora de Nível</p><p>(Ver Detalhe A) 203.2</p><p>177.8</p><p>152.4</p><p>127.0</p><p>101.6</p><p>76.2</p><p>50.8</p><p>25.4</p><p>1,524 3 ,048 4,572 6,096 7,620 9,144 10,668 12,192</p><p>v a l o r e s e m m e t r o s</p><p>Distância (X) entre Pneus, Esteiras ou Patolas (Ver Detalhe B)</p><p>Detalhe A Detalhe B</p><p>Y Y Y Y</p><p>Fig. 3.51 - Perda de capacidade do guindaste em função do falta de nivelamento</p><p>94</p><p>Para manter as taxas máximas sobre</p><p>patolas” todas as patolas devem ser</p><p>estendidas completamente e as rodas</p><p>devem estar suspensas, livres do solo.</p><p>Fig. 3.47 - Para manter as taxas máximas “sobre patolas” todas as patolas devem ser</p><p>estendidas completamente e as rodas devem estar suspensas, livres do solo.</p><p>95</p><p>Não ! – Todas as patolas devem ser estendidas completamente.</p><p>Não ! – As rodas estão suportando a carga.</p><p>Sim ! – Utilização correta das patolas.</p><p>Fig. 3.48 - Utilização correta de</p><p>patolas</p><p>96</p><p>Trabalhando em solo instável, ajuste</p><p>freqüentemente as patolas</p><p>Suporte precário</p><p>Use calços resistentes sob as patolas</p><p>Suporte precário</p><p>Fig. 3.49 - A utilização correta das patolas é muito importante para</p><p>garantirmos a estabilidade do guindaste.</p><p>Suporte precário</p><p>97</p><p>Calços</p><p>Fig. 3.50 - Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços</p><p>das rodas e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição.</p><p>98</p><p>CAPÍTULO 4</p><p>PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO E PRECAUÇÕES</p><p>Esse capítulo detalha as normas de segurança e as recomendações , que</p><p>representam a experiência coletiva das associações de segurança, fabricantes, seguradoras</p><p>e grandes usuários de guindastes, no que se refere as causas mais freqüentes de danos</p><p>pessoais e materiais em equipamentos. A observação cuidadosa dessas recomendações</p><p>vai nos auxiliar a nos prevenirmos contra a maioria de acidentes comuns.</p><p>RESPONSABILIDADES DE GERENCIAMENTO</p><p>A responsabilidade não é individual somente da pessoa envolvida com operação do</p><p>guindaste. A gerência também tem sua responsabilidade.</p><p>É responsabilidade da gerência e da supervisão, garantir, que o pessoal envolvido</p><p>com a montagem e operação seja bem treinado quanto os procedimentos operacionais e de</p><p>segurança.</p><p>O empregador deve se assegurar que os guindastes sejam somente operados por</p><p>pessoas bem treinadas e competentes, habilitadas e possuidores da licença emitida pelas</p><p>autoridades. Os guindastes, como todos os equipamentos pesados, são equipamentos</p><p>potentes para poder cumprir a sua tarefa, não se confia uma potência mecânica em mãos</p><p>não qualificadas. Deve ter também certeza que o pessoal que manuseia as cargas seja</p><p>treinada para isso, conheça os princípios de operação e tenha capacidade de estimar pesos,</p><p>distâncias e alturas, bem como, ter visão de segurança, sua e dos demais envolvidos com a</p><p>operação.</p><p>A elaboração de um plano de segurança, o treinamento de todo o pessoal e a</p><p>delegação das responsabilidades individuais é de responsabilidade do empregador. É</p><p>responsabilidade do empregador ainda o planejamento de todas as fases de operação,</p><p>envolvendo guindastes. Isso inclui, acesso a área, as condições da área de operações, a</p><p>remoção de objetos e obstáculos que representam riscos e perigos, como as redes elétricas.</p><p>É importante designar um elemento para supervisionar a segurança, com autoridade</p><p>suficiente para interromper, suspender os trabalhos em caso de práticas operacionais</p><p>inseguras. Sem essa autoridade constantemente presente, não podemos contar segurança</p><p>absoluta para o pessoal e o equipamento.</p><p>OPERADORES</p><p>Em virtude dos requisitos necessários para a operação segura de um guindaste e a</p><p>responsabilidade que isto representa, cada operador deve estar consciente do seu limite</p><p>mental e físico para interromper sua atividade, caso não tenha condições seguras de</p><p>operação. É de importância fundamental considerar as condições de sua:</p><p>• destreza física,</p><p>• vista (usando óculos ou não),</p><p>• audição (usando aparelho ou não)</p><p>Adicionalmente, o operador deve ser um elemento de caráter, emocional estável.</p><p>Uma vez que não é possível escrever normas, prevendo todas as situações possíveis de</p><p>99</p><p>perigo, o operador deve ter capacidade de reagir rápida e corretamente em situações de</p><p>emergência. Devem ser intimamente familiarizados com a máquina, com as normas de</p><p>segurança para guindastes e conhecer todas as instruções do manual da máquina.</p><p>O Estado de Ontário analisa a escolaridade dos novos candidatos de operadores,</p><p>antes de emitir sua habilitação. As licenças graduadas só estão sendo emitidas para os que</p><p>receberam treinam ento completo, comprovadamente e assim são capazes de operar</p><p>qualquer tipo de guindaste, sem restrições.</p><p>Os operadores devem possuir um livro de registro, individual, onde constam os</p><p>registros dos seus treinamentos e da sua experiência em guindastes.</p><p>REQUISITOS GERAIS DE OPERAÇÃO</p><p>Devemos admitir que as regras escritas não cobrem todas as situações possíveis que</p><p>possam surgir durante a operação de uma máquina, assim, o operador deve ter habilidade</p><p>de em certos casos, usar seu bom senso e capacidade de ponderação.</p><p>Antes de Içamento</p><p>1 - Nunca use ou permita usar um guindaste que não esteja em perfeitas condições</p><p>mecânicas. Nunca em sã consciência deve ser utilizado um equipamento que, mesmo</p><p>só parcialmente, ofereça a menor margem de perigo, sem antes de comunicar esse</p><p>problema ao supervisor, que por sua vez providencie solução, correção do problema.</p><p>Sempre que houver dúvida quanto a segurança, o operador não deve operar,</p><p>não deve ser mandado a operar o guindaste, até o problema ser sanado.</p><p>2 - Antes de iniciar a inspeção de operação, teste e mantenha o guindaste dentro das</p><p>recomendações desse manual e do manual do fabricante. Substitua as peças que</p><p>apresentarem desgastes, danos e defeitos, que possam afetar a operação segura do</p><p>equipamento.</p><p>• Verifique todos os cabos e os acessórios de içamento conforme o “Manual de</p><p>Rigging”.</p><p>• Conserve a máquina limpa e em condições perfeitas de operação. Óleo, graxa e</p><p>lodo nas passadiços podem causar quedas perigosas. Sujeiras nas partes móveis</p><p>podem causar desgastes e conseqüentes falhas de funcionamento.</p><p>Nota: Sempre baixe a carga ao solo, antes de fazer algum ajuste ou reparo.</p><p>• Verifique se as tampas de proteção, de segurança, estão fixos em seus lugares.</p><p>• Verifique os níveis de combustível, radiador e água de bateria.</p><p>• Verifique todas as mangueiras, se estão corretas, sem danos ou vazamentos.</p><p>• Inspecione as caixas de engrenagens por vazamentos ou danos.</p><p>Em caso de</p><p>vazamento evidente, complete o nível.</p><p>• Verifique se os comandos estão corretos e fáceis de manobrar.</p><p>100</p><p>• Verifique os pneus e sua pressão. Pneus gastos e de pressão baixa reduzem a</p><p>estabilidade do equipamento. Mantenha a pressão dos pneus sempre correta.</p><p>Isso é muito importante quando trabalhando sem as patolas.</p><p>• Verifique a pressão de ar dos freios.</p><p>• Verifique os indicadores de pressão e todos os instrumentos.</p><p>• Verifique os pedais de freio.</p><p>• Verifique as luzes, sinalização, indicadores de direção, luz de freio, buzinas e os</p><p>limpadores de parabrisas.</p><p>• Faça uma inspeção visual de toda máquina, parafusos soltos ou perdidos, pinos</p><p>de trava, trincas, cabos, deformações de lança, etc. Repare ou substitua todos os</p><p>componentes danificados, antes de iniciar a operação da máquina.</p><p>• Verifique as embreagens e as sapatas dos freios, quanto a evidência de desgaste,</p><p>óleo ou graxa. Ajuste as embreagens e freios se observar sinais de deslizamento.</p><p>Danos sérios podem ser causados ao pessoal, equipamento e patrimônio na</p><p>inobservância desse item.</p><p>• Mantenha as mão, pés e partes das roupas distante de engrenagens, cabos, se a</p><p>máquina estiver funcionando. Nunca se segure nos cabos ao subir no topo do</p><p>cabine, pois um movimento brusco pode deslocá-los das polias.</p><p>• Mesmo que o operador não esteja envolvido com os serviços de lubrificação, é</p><p>conveniente ele ter conhecimento das seções referentes do manual do fabricante.</p><p>Esses conhecimentos facilitam o operador detectar falhas de funcionamento, antes</p><p>de ocorrerem as paradas.</p><p>3 - O operador deve estar alerto para eventuais falhas de funcionamento durante a</p><p>operação. Se observar funcionamento anormal, deve desativar o equipamento até</p><p>sanar os problemas. Durante a operação o operador deve:</p><p>• Estar atento para ruídos estranhos, queda de potência, respostas estranhas dos</p><p>comandos de controle .</p><p>• Observar constantemente os instrumentos do painel. Se observar leituras</p><p>estranhas, desligar o equipamento e procurar a causa.</p><p>• Observar a embreagem mestre se está deslizando.</p><p>• Observar todos os comandos de controle se operam normalmente.</p><p>• Observar ruídos estranhos do sistema hidráulico ou caixa de engrenagens.</p><p>• Observar vazamentos, se houver corrigi-los.</p><p>• Testar o freio de carga ao içar, quando a carga só alguns centímetros do solo,</p><p>para assegurar que os freios efetivamente funcionam, segurando a carga.</p><p>• Se o equipamento tiver mais do que um operador, o operador que assume no</p><p>turno seguinte deve ser comunicado de eventuais defeitos existentes.</p><p>101</p><p>4 - Nunca opere ou permita operar guindaste se as condições de tempo oferecem</p><p>risco pessoal ou material. Assim as cargas a serem suspensas devem ser observadas</p><p>se não apresentam riscos devido a força do vento.</p><p>É recomendável não suspender cargas que ofereçam resistência ao vento, mesmo de</p><p>pesos menores, uma vez que existe o perigo do vento bater na peça e mesmo</p><p>derrubar um ajudante ou chocar contra as estruturas. A pressão do vento pode se</p><p>tornar critica em função de fatores como: o comprimento da lança, ângulo da lança,</p><p>velocidade e direção do vento. Na ausência de informações detalhadas, considere</p><p>uma velocidade de vento de 45 km/hora como limite para manter operações, com</p><p>ventos mais fortes deve-se suspender as atividades (Fig. 4.1).</p><p>5 - Se a condição de visibilidade for restrita devido a escuridão, pó, neblina, neve ou</p><p>chuva forte, é recomendável também, visando a segurança interromper as atividades</p><p>de guindaste (Fig. 4.2)</p><p>Efeito do vento</p><p>O efeito que o vento pode a vir</p><p>causar em cargas resistentes ao</p><p>vento.</p><p>Fig. 4.1 - É recomendável não suspender cargas que ofereçam resistência ao vento,</p><p>mesmo de pesos menores, uma vez que existe o perigo do vento bater na peça e</p><p>mesmo derrubar um ajudantes ou chocar contra as estruturas.</p><p>102</p><p>6 - Em caso de temperaturas baixas (abaixo de zero) deve-se ter cuidado extremo para</p><p>se assegurar que não ocorram choques de carga ou impacto sobre a estrutura de aço</p><p>do guindaste, que se torna mais frágil nessas condições.</p><p>7 - Nunca opere ou permita operar um guindaste que está fora de serviço, parado, antes</p><p>de saber o motivo .</p><p>Fig. 4.2 - Se a condição de visibilidade for restrita devido a escuridão, pó, neblina,</p><p>neve ou chuva forte, é recomendável também, visando a segurança interromper as</p><p>atividades de guindaste</p><p>103</p><p>8 - Ao reabastecer o equipamento (Fig. 4.3) certifique-se que:</p><p>• O motor e os aquecedores (cabine e carreteira) estejam desligados.</p><p>• O combustível esteja armazenado em tanque que atenda as normas locais de</p><p>incêndio</p><p>• Não tem perigo de chama ou faísca na área.</p><p>• Ninguém está fumando na área.</p><p>• Devem haver placas de aviso “Não Fume” nos pontos de abastecimento e nas áreas</p><p>de armazenamento de combustível (Fig. 4.3).</p><p>• Deve haver extintor de incêndio adequado e pessoa habilitada para seu uso, nos</p><p>pontos de abastecimento.</p><p>• As tiras anti-estáticas de aterramento estão em seus lugares.</p><p>9 - Antes de voltar a operação, verificar o equipamento se não saiu do lugar, se está</p><p>nivelado. Verifique os controles, freios e engrenagens, se estão nas posições corretas</p><p>e se ao por o equipamento em movimento, não existem riscos danos para pessoas ou</p><p>materiais.</p><p>10 - Se houver um sinal de alerta na chave ou no comando de partida, não dê a partida</p><p>até esse sinal de alerta seja removida pelo responsável.</p><p>11- Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas proximidades,</p><p>exposto a riscos (Fig. 4.4).</p><p>Fig. 4.4 - Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas</p><p>proximidades, exposto a riscos</p><p>104</p><p>12 - Ao dar partida no motor, as vezes pode ser necessário reduzir a carga na partida,</p><p>desengatando a embreagem. Após ter dada a partida dessa maneira, acelere um</p><p>pouco antes de engatar a embreagem, para reduzir o choque da carga no eixo da</p><p>bomba.</p><p>13 - Deixe o motor aquecer por alguns minutos para a bomba de óleo poder garantir a</p><p>circulação do óleo no motor. Nunca opere o equipamento sob carga, até o fluído</p><p>hidráulico não atingir sua temperatura operacional especificada no manual do</p><p>fabricante. Ative os mecanismos de giro, movimentos da lança, para garantir a</p><p>circulação de óleo. A falta de aquecimento pode resultar em danos as bombas ou</p><p>erros operacionais dos comandos devido a alta viscosidade do óleo frio. E muito</p><p>importante em tempo frio, começar a movimentar a lança lentamente devido a má</p><p>circulação de óleo frio.</p><p>14 - Se o motor da carreteira estiver funcionando por período prolongado durante as</p><p>operações de içamento, verifique se a rotação do motor é suficiente para manter o</p><p>amperímetro em leitura positiva, indicando carga satisfatória pelo alternador ou</p><p>gerador, nas baterias.</p><p>15 - Mantenha o motor do guindaste próximo a velocidade máxima controlada durante a</p><p>operação normal, especialmente, elevando cargas. Isso garante economia de</p><p>combustível, eficiência de operação, segurança e potência.</p><p>16 - Antes de desligar um equipamento que trabalhou exaustivamente, deixe funcioná-lo</p><p>sem carga, em marcha lenta, para permitir seu esfriamento.</p><p>17 - O motor não deve ficar funcionando em áreas escavadas, depressões e em</p><p>ambientes fechadas, sem assegurarmo-nos que os gazes de escapamento não</p><p>acumulem na área.</p><p>Fig. 4.3 - Devem haver placas de aviso “Não Fume” nos pontos de abastecimento e</p><p>nas áreas de armazenamento de combustível</p><p>105</p><p>18 - Em caso de superaquecimento, precisando desligar o motor, verifique o radiador com</p><p>extremo cuidado, se possível aguarde seu esfriamento.</p><p>Para retirar a tampa do radiador, use</p><p>luvas de proteção e folgue lentamente a tampa,</p><p>aguardando a saída da pressão. Só após silenciar o silvo característico de pressão,</p><p>remova a tampa com muito cuidado.</p><p>19 - Conheça a localização e o uso dos dispositivos de desligamento de emergência.</p><p>20 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da máquina</p><p>para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um sinalizador.</p><p>Use o sirene de ré e a buzina, durante o movimento de marcha-a-ré (Fig. 4.5)</p><p>21 - Nunca trabalhe sozinho – use o sistema de parceria.</p><p>22 - Nunca suba ou desça de máquina em movimento, nunca pule da máquina, - desça e</p><p>suba segurando o corrimão da máquina com ambas as mãos (Fig. 4.6)</p><p>23 - Utilize sempre todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como: capacete,</p><p>óculos de proteção, protetor auricular, botas e luvas de segurança, quando</p><p>trabalhando sobre ou em volta da máquina.</p><p>Fig. 4.5 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da</p><p>máquina para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um</p><p>sinalizador</p><p>Fig. 4.6 - Nunca suba ou desça de máquina em movimento, nunca pule da máquina</p><p>106</p><p>24 - Nunca tente ajustar, reparar ou lubrificar equipamento em movimento. Para isso,</p><p>sempre baixe a carga, trave ou calce a lança e desligue o motor.</p><p>25 - Com exceção dos que participam da operação, nunca deixe ninguém subir no</p><p>equipamento, parado ou funcionando e principalmente nunca dê carona! (Fig. 4.7)</p><p>26 - O operador nunca deve desviar sua atenção da operação e funcionamento do</p><p>guindaste. Deve ter prática em todos os controles, para perceber se um deles estiver</p><p>apresentando funcionamento anormal.</p><p>27 - Estude a seção pertinente nesse manual referente ao posicionamento do guindaste,</p><p>antes de começar a suspender uma carga. Esses diretrizes devem ser seguidas na</p><p>íntegra.</p><p>28 - Use sempre a lança mais curta possível (Fig. 4.8)</p><p>29 - Conheça a localização exata da rede elétrica, tubulações, esgotos e outros</p><p>obstáculos subterrâneos, evite-os e demarque-os para evitar erros de estimativa</p><p>(Fig. 4.9).</p><p>30 - Certifique-se que a máquina esteja posicionada na forma mais estável e sobre o solo</p><p>de maior capacidade. Isso significa que o içamento deve ser feito no quadrante</p><p>posterior.</p><p>31 - Nunca, exceto se especificado pelo fabricante, suspenda carga, ou gire, na parte</p><p>frontal do equipamento (Fig. 4.10)</p><p>32 - Posicione o guindaste o mais próximo possível da carga, de forma que se minimize a</p><p>necessidade de giro.</p><p>Fig. 4.7 - Nunca deixe ninguém subir no equipamento, parado ou funcionando e</p><p>principalmente nunca dê carona !</p><p>107</p><p>Fig. 4.8 – Nunca use lança mais longa do que o necessário, use sempre</p><p>a lança mais curta possível</p><p>108</p><p>33 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a plataforma</p><p>giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área, para</p><p>evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de</p><p>perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada (Fig. 4.11)</p><p>34 - Independente do tamanho ou peso da carga a ser suspensa, use as patolas do</p><p>guindaste, estenda a lança completamente e suspenda as rodas do solo.</p><p>35 - A parte giratória do guindaste deve ser nivelada antes de suspender a carga.</p><p>36 - Ao iniciar um içamento, verifique que ninguém permaneça dentro do raio de giro ou</p><p>outra parte do guindaste, exceto a pessoa encarregada e nunca deixe ninguém</p><p>permanecer sob a carga (Fig. 4.12)</p><p>37 - Verifique se a trava de giro está desativada antes de iniciar a operação.</p><p>Fig. 4.9 - Conheça a localização exata</p><p>da rede elétrica, tubulações, esgotos</p><p>e outros obstáculos subterrâneos,</p><p>demarque-os para evitar erros de</p><p>estimativa.</p><p>Fig. 4.10 - Nunca, suspenda carga, ou</p><p>gire na parte frontal do equipamento</p><p>(exceto se é assim especificado pelo</p><p>fabricante)</p><p>109</p><p>38 - Se a máquina for equipada com tambor de catraca manual de hasteamento de lança,</p><p>esse dispositivo deve ser inspecionado com intervalos regulares.</p><p>39 - Trave a alavanca de suspensão da lança (se houver) quando fora de uso.</p><p>40 - Antes de executar qualquer trabalho com guindaste, verifique se está seguramente</p><p>parado, use calços se necessário, mas não esqueça remover os calços se precisa</p><p>movimentar a máquina.</p><p>41 - Se operar um guindaste de caminhão, certifique-se que a transmissão esteja em</p><p>ponto morto, para que os movimentos da máquina não sejam transmitidos a caixa de</p><p>marcha pelas rodas.</p><p>Giro</p><p>Fig. 4.11 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a</p><p>plataforma giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área,</p><p>para evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de</p><p>perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada</p><p>110</p><p>42 - Se tiver que suspender cargas estando sobre os pneus, verifique que a máquina</p><p>esteja em ponto morto, os freios a ar ativados e as rodas calçadas. Verifique a</p><p>pressão de ar freqüentemente.</p><p>43 - Mantenha atenção na lança, que tenha altura suficiente, para evitar bater no cabine.</p><p>44 - Faça uma viagem de ensaio, sem carga, passe por todos os movimentos que deverá</p><p>executar, planejando todos os movimentos que serão necessários para um içamento</p><p>seguro.</p><p>45 - Uma das precauções mais importantes</p><p>é determinar o peso de todas as cargas</p><p>antes de tentar suspende-las. Em casos</p><p>onde o acesso ao peso da carga for</p><p>impossível, devem ser instalados</p><p>indicadores de carga ou balanças</p><p>(Fig. 4.13).</p><p>46 - Ao determinar o peso da carga, tenha</p><p>certeza de ter incluído os calços, o</p><p>gancho e todos os acessórios de</p><p>içamento entre o bico da lança e a</p><p>própria carga. Verifique se o total não</p><p>ultrapassa o limite de capacidade do</p><p>guindaste. Leva menos tempo uma</p><p>estimativa assim, do que tentar</p><p>suspender e não conseguir, depois</p><p>ter que mudar a posição da máquina</p><p>para uma nova tentativa.</p><p>Esse procedimento também é mais</p><p>seguro (Fig. 4.14).</p><p>Fig. 4.14 - Ao determinar o peso da carga, tenha certeza de ter incluído todos os</p><p>acessórios de içamento entre o bico da lança e a própria carga</p><p>47 - Antes de efetuar um içamento que excede 75% da capacidade de carga do guindaste,</p><p>é recomendável que além das precauções usuais, seja medida o raio de carga para</p><p>evitar qualquer possibilidade de erro (Fig. 4.15).</p><p>Fatores que Afetam a Capacidade</p><p>Antes de por em operação o equipamento, o operador deve conhecer a capacidade</p><p>do mesmo, sob qualquer condição e configuração. Os diagramas de carga são baseados</p><p>em condições ideais, e como é importante saber usar essas informações, também é muito</p><p>importante saber identificar, que fatores afetam, reduzindo a capacidade da máquina, abaixo</p><p>dos valores indicados no diagrama.</p><p>As capacidades atribuídas aos guindastes móveis, são baseadas em resistência e</p><p>estabilidade. É extremamente importante saber a diferença entre um caso de quebra de</p><p>componentes do guindaste e um caso de tombamento do guindaste.</p><p>Fig. 4.14</p><p>111</p><p>Fig. 4.13 - Devemos saber o peso global das cargas antes de tentar suspende-las, ou</p><p>devemos instalar indicadores.</p><p>112</p><p>Fig. 4.15 –Caso seu peso exceda 75% do limite da capacidade do equipamento</p><p>Muitos operadores ainda trabalham “sentando nas rabo”, usando a estabilidade do</p><p>equipamento para</p><p>determinar a capacidade máxima. Quando a máquina “fica leve” (começa</p><p>tombar) eles supõem que podem ergue-la. Esse método podia até funcionar com velhos</p><p>guindastes de caminhão mas fica tremendamente perigoso com guindastes modernos sobre</p><p>carreteiras. Esses são projetados e fabricados para trabalharem sobre base de operação</p><p>absolutamente sólida e quando “ficarem leves”, já estão muito sobrecarregados. A máquina</p><p>ou já está em processo de tombamento, ou já estão falhando suas patolas, lança, gancho ou</p><p>cabos de sustentação. Nunca use a estabilidade para determinar capacidade de</p><p>içamento, use o gráfico de cargas. (Fig. 4.16)</p><p>Medir o raio da carga antes de tentar suspendela</p><p>Fig. 4.16 - Nunca use a estabilidade para determinar capacidade de içamento, use o</p><p>gráfico de cargas.</p><p>113</p><p>172,9</p><p>163,8</p><p>154,7</p><p>145,6</p><p>136,5</p><p>127,4</p><p>118,3</p><p>109,2</p><p>100,1</p><p>91,0</p><p>81,9</p><p>72,8</p><p>63,7</p><p>54,6</p><p>45,5</p><p>36,4</p><p>27,3</p><p>18,2</p><p>9,1 Ponto “0” da tabela (para efeito de colagem)</p><p>carga em</p><p>toneladas 6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,8 54,9 61,0 67,06 73,15</p><p>R a i o d e C a r g a e m m e t r o s</p><p>GLOSSÁRIO: Load on rear outriggers = Carga sobre as patolas traseiras</p><p>Boom compression = Compressão da lança</p><p>Pendant tension = Tensão do cabo de sustentação</p><p>Load causing overturning = Carga causando tombamento</p><p>Rated load = Carga recomendada</p><p>Fig. 4.17 – Gráfico de cargas para um guindaste de 200 t equipado com uma lança</p><p>de ~ 55 metros, suspendendo carga no quadrante traseiro</p><p>114 A ilustração na (Fig. 4.17) mostra um gráfico de cargas para um guindaste de 200</p><p>toneladas equipado com uma lança de ~55 metros (180 pés = 54.864 mm) suspendendo a</p><p>carga no quadrante traseiro. O gráfico mostra quanto essas cargas variam e porque é tão</p><p>difícil determinar o que poderá quebrar e quando. As cargas sobre patolas são mais altas</p><p>com raio menor, a carga na lança diminui na medida que aumentamos o raio, depois</p><p>aumenta de novo quando a lança atinge a posição horizontal. As cargas sobre os cabos de</p><p>sustentação aumentam conforme aumentar o raio e são mais altas quando a lança está</p><p>horizontal. As cargas que causam o tombamento diminuem ao aumentar o raio. Em suma,</p><p>esse gráfico indica que com raios curtos as taxas são baseadas na resistência da lança e</p><p>das patolas, enquanto estabilidade de raios longos e a tensão nos cabos de sustentação</p><p>governam os fatores.</p><p>O fabricante conta com esses fatores variáveis ao compilar um gráfico de cargas que</p><p>limita as cargas admissíveis abaixo das cargas críticas. Se o operador exceder esses</p><p>limites, pode arranjar problemas.</p><p>Os guindastes hidráulicos, do contrário de máquinas de fricção, não tem a capacidade</p><p>de carga baseada em estabilidade. Em maioria dos casos suas taxas dependem de limites</p><p>de resistência e pressão hidráulica. Assim, o operador de guindaste hidráulico que espera</p><p>sinais de tombamento para se garantir, pode empenar a lança (Fig. 4.18), exceder os</p><p>limites de pressão ou danificar o equipamento, antes de aparecerem os sinais de</p><p>tombamento.</p><p>Fig. 4.18 - O operador de guindaste hidráulico que espera sinais de tombamento</p><p>para se garantir, pode empenar a lança, exceder os limites de pressão ou danificar o</p><p>equipamento, antes de aparecerem os sinais de tombamento.</p><p>115</p><p>Os operadores de guindastes hidráulicos devem se orientar exclusivamente pelas</p><p>recomendações dos gráficos de carga, considerando carga, comprimento de lança, raio da</p><p>lança, quadrantes de içamento e outros fatores indicados, como a posição das patolas e o</p><p>terreno.</p><p>Quando as patolas não estão sendo utilizadas, a resistência do guindaste em si já</p><p>governa a capacidade, mas novos fatores como: carga sobre os eixos, deflexão de pneus,</p><p>resistência do chassis da máquina e pressão sobre o solo, ganham importância.</p><p>A capacidade de içamento do guindaste móvel também é afetada pelo quadrante de</p><p>trabalho. Os quadrantes são definidos como: “sobre a frente”, “sobre o lateral” e “sobre a</p><p>traseira”. A carga que pode ser suspensa, varia consideravelmente de quadrante em</p><p>quadrante. É da responsabilidade do operador de não exceder as taxas indicadas no</p><p>gráfico de cargas, independente em qual quadrante está operando (Fig. 4.19).</p><p>Carga em Com Patolas</p><p>Toneladas Sem Patolas</p><p>81,9</p><p>72,8</p><p>63,7 Quadrante traseira</p><p>54,6 Quadrante lateral</p><p>45,5</p><p>36,4</p><p>27,3 Quadrante traseira</p><p>18,2 Quadrante lateral</p><p>9,1</p><p>0</p><p>6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,8 54,9</p><p>9,15 15,25 21,34 27,43 33,53 39,63 45,72 51,82</p><p>R a i o d e C a r g a em m e t r o s</p><p>Nunca gire de um Quadrante Quadrante</p><p>para o outro sem verificar a Traseiro</p><p>estabilidade</p><p>Fig. 4.19 – Alterações de capacidade de um Quadrante Lateral</p><p>Quadrante para o outro</p><p>116</p><p>Também é especialmente importante ao fazermos o giro sobre os quadrantes, não</p><p>o fazermos com carga admissível para um quadrante, girarmos para outro quadrante de</p><p>limite de carga inferior, sem suspender a lança para trazermos a carga para um raio de</p><p>operação segura. Nunca suspenda carga pelo quadrante frontal, exceto especificamente</p><p>autorizado pelo fabricante (Fig. 4.19).</p><p>A capacidade de suspender do guindaste, também é afetada pelo comprimento da</p><p>lança, seu ângulo e do ângulo do cabo de sustentação da lança. Na medida que esse ângulo</p><p>do cabo de sustentação diminui as tensões na lança aumentam. Assim, é recomendado que</p><p>o ângulo do cabo de sustentação seja mantido no máximo ao operarmos guindaste com seu</p><p>mastro na posição mais alta (Fig. 4.20)</p><p>A capacidade de içamento de um guindaste também depende dos contrapesos.</p><p>Operando com pouco contrapeso, o guindaste pode tombar para frente, enquanto o excesso</p><p>de contrapeso pode fazer tombar o guindaste para trás. O acréscimo exagerado de</p><p>contrapeso pode dificultar o tombamento, mas pode forçar a estrutura até o ponto de</p><p>colapso. Os contrapesos devem ser adequados a cada máquina, ao comprimento da lança</p><p>e o tipo de operação (Fig. 4.21).</p><p>Se houver contrabalança Para a distribuição</p><p>instalada na máquina, as tensões adequada de carga nos</p><p>nos estais dianteiros e traseiros estais dianteiro e traseiro</p><p>dependerão do ângulo que fecham os ângulos devem ser</p><p>com a contrabalança. Estais dianteiros iguais e os estais traseiros</p><p>Para a distribuição adequada da devem ficar mais longos</p><p>carga, a contrabalança deve dividir o do que os dianteiros.</p><p>ângulo entre a contrabalança é a</p><p>lança. Infelizmente, só os estais</p><p>traseiros são ajustáveis, assim a</p><p>tensão vai variar com a posição da</p><p>contrabalança. Essas variações</p><p>podem ser mantidas dentro do Estais</p><p>limite de segurança, deixando os traseiros</p><p>estais traseiros iguais ou</p><p>mais longos do que os dianteiros</p><p>(Fig. 4.22).</p><p>A capacidade do guindaste</p><p>equipado com contrabalança assim é</p><p>afetada e só pode ser determinada</p><p>calculando os efeitos do:</p><p>(Fig. 4.23)</p><p>• O comprimento da lança;</p><p>• Ângulo principal da lança;</p><p>• Ângulo da contrabalança em</p><p>relação a lança (off-set);</p><p>• Peso dos acessórios de Fig. 4.22 - Para otimizar as cargas nos</p><p>içamento, gancho, lança e estais, os ângulos devem iguais e os estais</p><p>contrabalança, determinando traseiros devem ser mais longos</p><p>matematicamente:</p><p>- resistência da contrabalança – resistência da lança</p><p>são</p><p>destinadas a simplificar o processo, sem passarem despercebidas as situações críticas.</p><p>A responsabilidade da escolha de equipamento, significa ter o equipamento que não</p><p>só faça o serviço de maneira rápida e econômica, mas também devemos atentar para</p><p>eliminar as possibilidades de danos físicos ao pessoal envolvido no campo, ao público, bem</p><p>como evitar danos materiais.</p><p>7</p><p>Fig. 1.3 - Deixar espaço suficiente nas áreas indicadas !</p><p>Não é necessário</p><p>Não use contrabalança</p><p>exceto na necessidade</p><p>aumentar a altura do</p><p>gancho, acima do bico</p><p>É necessário</p><p>o içamento</p><p>deve ser feito</p><p>pelo bico da</p><p>lança</p><p>As lanças auxiliares não devem ser</p><p>utilizadas para o aumento de raio</p><p>As lanças auxiliares são utilizadas</p><p>para aumentar a altura</p><p>Fig. 1.2</p><p>Deixar</p><p>espaço</p><p>suficiente</p><p>Deixar espaço</p><p>suficiente</p><p>8</p><p>Algumas considerações e requisitos são aplicáveis a todos os guindastes. Esses requisitos</p><p>podem ser especificados na compra de um equipamento ou definidos nos acordos de</p><p>leasing, podendo servir como guia para os superintendentes e proprietários.</p><p>A locação de equipamentos deve ser feita sempre através de empresas de reputação</p><p>reconhecida e de equipamentos de perfeitas condições de trabalho.</p><p>É importante de nos lembrarmos, que os guindastes de mesmo número de modelo</p><p>nem sempre tem a mesma capacidade de carga, mas a capacidade certa pode ser</p><p>descoberta pelo número de série, se consultarmos o fabricante. Se a carga a ser içada</p><p>estiver perto do limite de capacidade do equipamento, devemos consultar o fabricante,</p><p>fornecendo o número de série, marca e modelo do guindaste, para obtermos informações</p><p>precisas.</p><p>Mudanças de contrapeso e tipos de membros de lança podem ter sido introduzidos no</p><p>guindaste, assim antes do inicio da utilização devem ser verificados esses detalhes, pois</p><p>essas alterações afetam dados constantes na tabela de cargas.</p><p>REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS</p><p>Um dos primeiros requisitos para um programa de segurança de guindastes é verificar</p><p>se todos os equipamentos da máquina estão disponíveis e se estão em condições perfeitas</p><p>de trabalho. Se a máquina foi projetada, fabricada, inspecionada, testada e sua</p><p>manutenção em dia, conforme a Associação Canadense Normas – Código Z150 – para</p><p>Guindastes Móveis, isso é uma garantia adequada que todas as exigências, estaduais e</p><p>federais, estão satisfeitas. Se alguma coisa, partes ou informações faltarem, é</p><p>responsabilidade do proprietário de providenciar</p><p>e nos fornecer.</p><p>Identificação</p><p>Todos os guindastes móveis e a carreteira</p><p>devem ter placas de identificação permanentes,</p><p>indicando o nome do fabricante, número de serie,</p><p>modelo, ano da 1ª venda e o peso da máquina.</p><p>Os componentes removíveis, as patolas,</p><p>contrapesos, seções da lança e dos auxiliares,</p><p>também devem ter identificação em cada peça,</p><p>permitindo a verificação se realmente são da</p><p>máquina que acompanham. É extremamente</p><p>importante que as máquinas utilizem as peças</p><p>próprias, projetadas para elas mesmo.</p><p>Os pontos de identificação estão</p><p>mostradas na ilustração ao lado (Fig. 1.4)</p><p>Fig. 1.4 – Todos os componentes</p><p>removíveis devem ser identificados</p><p>no equipamento, pontos indicados.</p><p>Mod:.................</p><p>N°série:............</p><p>Ano:..................</p><p>9</p><p>Informações de capacidade de Carga</p><p>Todos os guindastes devem estar acompanhados com uma Tabela de Cargas,</p><p>duráveis e legíveis, fixados no cabine, em lugar visível para o operador em sua posição de</p><p>comando, com as seguintes informações, para permitir a determinar a capacidade do</p><p>guindaste:</p><p>• Número do Modelo, número de série e data de fabricação.</p><p>• Capacidade de carga para a lança em cada raio de operação, ângulos da lança,</p><p>comprimentos e tipos de lança.</p><p>• Método de determinação da capacidade de carga, relação de lança e lança auxiliar.</p><p>• Método de determinação capacidade para combinações de lança e lança auxiliar.</p><p>• Método de determinação capacidade para a lança auxiliar.</p><p>• Áreas de operação, listadas na tabela de cargas. O fabricante pode, por sua opção, listar</p><p>as capacidades uma ou mais áreas de trabalho, ou ainda para todas as combinações,</p><p>como indicado na página seguinte, carreteira sobre patolas, sobre pneumáticos e sobre</p><p>esteiras, posicionando a lança sobre a parte frontal, parte traseira e para os laterais, as</p><p>quatro alternativas. (Fig. 1.5).</p><p>• Capacidades de carga alternativas podem ser obtidas, se usarmos equipamentos</p><p>opcionais e de geometria variável, como patolas, pórticos e contrapesos adicionais.</p><p>Fig. 1.5 - Quadrantes de Operação de Guindastes Móveis</p><p>10</p><p>Devemos lembrar que capacidades com patolas somente serão obtidas, com as</p><p>patolas completamente estendidas e todas as rodas suspensas, afastadas do solo.</p><p>• Onde a capacidade de carga é limitada pela resistência estrutural antes da estabilidade,</p><p>essa relação deve ser claramente identificada e separada em função dos limites</p><p>estruturais.</p><p>• Se o manual do guindaste na sua especificação indica taxas adicionais para as direções</p><p>menos estáveis, com montagem assimétrica, a faixa direcional deve ser indicada.</p><p>• Deve ser colocado um aviso adequado que não há compensação para fatores como o</p><p>efeito do vento, a oscilação da carga, peso do moitão, condições do solo, pressão de</p><p>pneus ou velocidade de operação.</p><p>• Componentes recomendados de polias, tamanho e tipo de cabos para diversas cargas.</p><p>• Notas essenciais de aviso referentes as limitações no equipamento e procedimentos de</p><p>operação.</p><p>• Dados do tambor, velocidade de cabo e capacidade de enrolamento.</p><p>• Pressão dos pneus, onde aplicável.</p><p>• Limites de operação em função da velocidade de vento.</p><p>• Limites de operação em função de baixas temperaturas.</p><p>Nos guindastes equipadas com lanças hidráulicas uma placa deve ser instalada no</p><p>cabine, constatando se o mecanismo é controlado mecânica ou automaticamente.</p><p>As informações referentes a lança telescópica devem ser incluídas na placa e no</p><p>manual de operador, constando as informações sobre:</p><p>• O comprimento máximo do movimento telescópico de cada seção da lança.</p><p>• Se a movimentação das seções da lança é manual ou motorizada.</p><p>• A seqüência e o procedimento para estender ou retrair as seções da lança.</p><p>• A carga máxima permitida durante a operação telescópica e as condições e precauções</p><p>limitadores para isto.</p><p>Estruturas de Proteção e Protetores</p><p>O proprietário do guindaste deve fornecer o equipamento com proteções adequadas</p><p>de todas as partes móveis, como engrenagens, polias, correias, correntes, eixos, etc., que</p><p>podem representar perigo em condições normais de operação. Como regra geral, todas as</p><p>proteções devem ser inspecionadas e receber manutenção, periodicamente. Essas</p><p>proteções devem suportar o peso de uma pessoa, sem deformação permanente, uma vez</p><p>que podem ser pisadas durante a manutenção. Os pontos de lubrificação devem ser de fácil</p><p>acesso, sem a necessidade da remoção de proteções, e as partes friccionadas, como freios</p><p>e embreagens devem ser protegidas contra as intempéries.</p><p>Os canos de descarga, escapamentos devem ter proteção para que os operadores e</p><p>o pessoal de manutenção não sofram queimaduras acidentais.</p><p>11</p><p>A cabine deve ter uma estrutura de proteção contra queda de materiais para</p><p>proteger o operador.</p><p>Cabines e Postos de Controle</p><p>Os cabines de operação e postos de controle em todos</p><p>os guindastes móveis devem ser, onde aplicável:</p><p>• Projetados e construídos para proteger das intempéries,</p><p>os freios e os postos de controle.</p><p>• Projetados e construídos para permitir ao operador, visão</p><p>completa e irrestrita da carga, da ponta da lança nas</p><p>posições normais de operação, visibilidade para cada</p><p>lateral e para a frente</p><p>– estabilidade do guindaste -</p><p>Estais dianteiros</p><p>Estais</p><p>traseiros</p><p>Para a distribuição</p><p>adequada de carga nos</p><p>estais dianteiro e traseiro</p><p>os ângulos devem ser</p><p>iguais e os estais</p><p>traseiros</p><p>devem ficar mais longos</p><p>do que os dianteiros.</p><p>Fig. 4.22 - Para otimizar as cargas nos</p><p>estais, os ângulos devem iguais e os estais</p><p>traseiros devem ser mais longos</p><p>117</p><p>Esses cálculos se tornam mais complicados uma vez que podemos:</p><p>(i) suspender só pela contrabalança;</p><p>(ii) suspender só com a lança principal (mas com a contrabalança acoplada);</p><p>(iii) suspender usando ambas, simultaneamente (quando tiver que virar a carga);</p><p>Esses são cálculos necessários para sabermos o que o guindaste pode suspender.</p><p>As cargas admissíveis também são prejudicialmente afetadas, quando:</p><p>• Qualquer máquina, exceto “Sky Horse” ou tipo “derrick” (de grandes pesos) estiver</p><p>atrelado para aumentar a estabilidade ou capacidade (Fig. 4.24)</p><p>• Os ajustes das válvulas de alívio forem alteradas na tentativa de obter capacidade</p><p>extra.</p><p>Muito</p><p>Contrapeso</p><p>Pouco</p><p>Contrapeso</p><p>Fig. 4.21 - Os contrapesos devem ser corretos para cada máquina, em função do</p><p>comprimento da lança e o peso da carga.</p><p>118</p><p>Os gráficos de carga valem somente para cargas livremente suspensas em</p><p>prumo. Se o cabo não estiver em prumo, e durante o manuseio temos que contar com</p><p>cargas laterais, a estabilidade fica comprometida e aparecem</p><p>tensões na lança para as quais a mesma não</p><p>foi projetada. Nessas circunstâncias podem</p><p>ocorrer falhas estruturais imprevisíveis e sem</p><p>aviso. Isso é muito perigoso especialmente em</p><p>guindastes hidráulicos onde a flexibilidade é</p><p>muito baixa, não suportando cargas laterais.</p><p>A base da lança também pode sofrer danos</p><p>sérios nessas situações (Fig. 4.25).</p><p>Movimentos rápidos de giro com cargas</p><p>suspensas fazem a carga se afastar da máquina,</p><p>aumentando assim o raio (Fig. 4.26). Isso pode</p><p>causar tombo da máquina para a frente ou</p><p>quebrar a lança. O mesmo efeito pode ocorrer</p><p>com o giro rápido com lanças longas, com ou</p><p>sem carga. O efeito da inércia pode tombar a</p><p>máquina ou destruir a lança. Com elevados</p><p>ângulos de lança e pouca carga pode haver</p><p>tombamento para trás (Fig. 4.27).</p><p>Fig. 4.27 - Com ângulos elevados de</p><p>lança e pouca carga, pode ocorrer o</p><p>tombamento para trás ou a quebra</p><p>da lança.</p><p>Fig. 4.26 - Movimentos rápidos de giro com</p><p>cargas suspensas, fazem a carga se afastar</p><p>da máquina aumentando o raio, causando</p><p>tombamento ou a quebra da lança.</p><p>119</p><p>Esses efeitos são multiplicados quando o giro é iniciado ou interrompido</p><p>abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral. A carga deve ser mantida</p><p>sempre em baixo da ponta da lança (Fig. 4.28).</p><p>O carregamento seguro só é possível com guindastes em boas condições de</p><p>trabalho, sem elementos estruturais danificados, deformados. Os elementos principais e as</p><p>treliças devem ser retas e as conexões entre as seções não deve ter excentricidade. A</p><p>resistência da lança é muito sensível para as irregularidades do solo. Se o guindaste foi</p><p>danificado durante o serviço, devido um choque abrupto com a carga, o operador deve</p><p>notificar o supervisor imediatamente e a máquina afastada do serviço para providenciar os</p><p>reparos necessários (Fig. 4.29).</p><p>As cargas máximas para trabalhar com segurança são determinadas baseando-se em</p><p>cargas estáticas, não sendo considerados movimentos dinâmicos causados pelo vento</p><p>sobre a lança ou a carga. Para garantir uma operação segura, para a carga não exceder</p><p>durante a operação, devem ser considerados o vento e os movimentos normais de</p><p>operação. É essencial evitar movimentos abruptos como partidas, aceleradas, giros e</p><p>paradas, que sujeitam tensões a lança, principalmente com guindastes que usam lanças</p><p>delgadas.</p><p>O manuseio grosseiro da carga afeta a capacidade do guindaste. Paradas abruptas</p><p>com a carga, usando os freios de içamento produzem forças muito superiores do que os</p><p>cabos e a estrutura da lança possam suportar (Fig. 4.30). Suspensão abrupta da carga que</p><p>estiver presa ao solo, congelado por exemplo, podem causar efeitos idênticos, fazendo a</p><p>lança, se estiver em ângulo elevado, chicotear para trás e quebrar, caindo sobre o cabine.</p><p>Fig. 4.28 – A lança pode tombar e quebrar quando o giro é iniciado ou interrompido</p><p>abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral.</p><p>120</p><p>O gráfico de carga fornecido com o guindaste considera uma superfície de operação</p><p>em perfeito nível. Qualquer tendência para um caimento, o mínimo que seja, reduz a</p><p>capacidade de içamento, cujo grau depende desse caimento fora de nível. É importante</p><p>notar, que o guindaste operando fora de nível, num giro do lado mais alto para o lado mais</p><p>baixo, temos um aumento de raio e assim aumentamos os esforços sobre a mesa giratória,</p><p>sobre as patolas bem como sobre toda a estrutura. Uma lança no lado baixo, na sua</p><p>elevação máxima (com o raio mínimo) não poderá girar para o lado mais alto sem correr o</p><p>risco de desmoronamento sobre o cabine. Trabalhando em planos inclinados também são</p><p>introduzidos cargas laterais perigosas para a integridade da lança. Pode ocorrer</p><p>tombamento, se o guindaste com a lança elevada em ângulo alto e com a carga suspensa</p><p>próximo a ponta da lança, girar para o lado, executar uma partida ou parada abrupta</p><p>(Fig. 4.31).</p><p>Guindastes móveis não devem ser utilizados em superfícies instáveis, irregulares ou</p><p>com caimento, sem tomar precauções especiais para manter sua estabilidade. Base sólida,</p><p>nivelamento deve ser providenciado conforme as recomendações descritas na seção onde</p><p>se trata da montagem de equipamento. Também devemos lembrar que essas máquinas</p><p>nunca devem operadas próximo a valetas, taludes e arrimos, onde a vibração possa vir</p><p>causar desmoronamentos.</p><p>Fig. 4.25 - ERRADO – Mantenha a carga sempre em baixo da ponta da lança, com o</p><p>cabo em prumo.</p><p>121</p><p>Ângulo do cabo de sustentação</p><p>Se a grua é abaixada,</p><p>o ângulo do cabo de</p><p>sustentação diminui e</p><p>a tensão aumenta Comprimento da lança</p><p>.</p><p>A capacidade do guindaste é</p><p>afetada pelo comprimento e</p><p>do ângulo da lança, o ângulo</p><p>entre a lança e os cabos</p><p>de sustentação</p><p>Ângulo da</p><p>Lança</p><p>Carga em</p><p>toneladas</p><p>100,1</p><p>91,0 LANÇA DE 30 m</p><p>81,9</p><p>72,8</p><p>63,7 LANÇA DE 61 m</p><p>54,6</p><p>45,5 decréscimo 5 %</p><p>36,4</p><p>27,3</p><p>18,2</p><p>9,1 LANÇA DE 88,4 m</p><p>0</p><p>6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 8,8 54,9 61,0 67,0 73,2 79,3 85,4 91,4 97,5 103,6</p><p>R a i o d e C a r g a e m m e t r o s</p><p>Fig. 4.20 - Efeitos do comprimento da lança sobre a capacidade.</p><p>A capacidade do guindaste é afetada pelo</p><p>comprimento e do â ngulo da lança, o ângulo</p><p>entre a lança e os cabos de sustentação</p><p>Comprimento da lança</p><p>Âng.da lança</p><p>Se a grua é abaixada,</p><p>o ângulo do cabo de</p><p>sustentação diminui e</p><p>a tensão aumenta</p><p>122</p><p>Fig. 4.24 - NÃO !!! – É prática muito perigosa prender para baixo qualquer máquina</p><p>na tentativa de aumentar sua estabilidade.</p><p>123</p><p>Fig. 4.12 - Mantenha afastado da área do raio de içamento as pessoas que não estão</p><p>envolvidas com a operação</p><p>Ficar longe</p><p>da área giro</p><p>124</p><p>Comprimento da lança</p><p>Os limites de segurança das cargas para máquinas</p><p>equipadas com patolas são</p><p>geralmente indicadas de duas maneiras. São mencionadas “sobre pneus” (ou esteiras), ou</p><p>“sobre patolas”. A consideração “sobre patolas” se refere a todas as patolas completamente</p><p>estendidas e rodas ou esteiras na área das patolas, completamente livres do solo. Se esses</p><p>diretrizes não forem respeitadas, a condição “sobre patolas” não é admissível e a segurança</p><p>atribuída válida é “sobre rodas”. Não existe meio-termo (Fig. 4.32).</p><p>As cargas admissíveis mencionadas nas especificações, não incluem blocos de</p><p>gancho e acessórios de içamento e de máquina, em geral. O peso desses dispositivos deve</p><p>ser adicionada a carga a ser içada para ver se estão dentro da faixa de peso admitido pelo</p><p>gráfico de cargas como capacidade de equipamento (Fig. 4.33)</p><p>Ângulo da contrabalança (off-set)</p><p>A CAPACIDADE DO GUINDASTE EQUIPADO</p><p>COM CONTRABALANÇA É AFETADA POR:</p><p>- O comprimento da lança principal</p><p>- O ângulo da lança principal</p><p>- O comprimento da contrabalança</p><p>- O ângulo da contrabalança em relação</p><p>da lança (off-set)</p><p>- O peso dos acessórios de içamento e o</p><p>gancho, na lança e contrabalança, e a</p><p>determinação matemática se a capacidade</p><p>do guindaste é baseada no:</p><p>(I)resistência da contrabalança</p><p>(II)resistê ncia da lança principal</p><p>(III)estabilidade do guindaste</p><p>“Off-set” pode ser</p><p>especificado também</p><p>em medida (centímetro)</p><p>Fig. 4.23 - Fatores que afetam a capacidade de um guindaste</p><p>equipado com contrabalança</p><p>Compri-</p><p>mento</p><p>da</p><p>lança</p><p>125</p><p>As capacidades atribuídas aos guindastes dependem do peso da carga e do raio de</p><p>operação, assim sempre devem ser conhecidas. Caso não exista dispositivo de medição,</p><p>instalado no guindaste, deve haver um elemento competente, em período integral, com a</p><p>responsabilidade para determinar o peso das cargas a serem suspensas ou baixadas, e o</p><p>operador não deve executar nenhuma operação sem a indicação dessa pessoa responsável,</p><p>quanto o peso a ser manipulado.</p><p>O raio é a distância horizontal entre o eixo do giro da máquina e o gancho de</p><p>içamento. Todos os gráficos de carga estão baseados nessa medida e qualquer erro nesse</p><p>sentido podem afetar o limite de resistência e a estabilidade do guindaste. Quando</p><p>utilizando a máquina em sua capacidade plena, esse raio deve ser determinado com muita</p><p>exatidão. Nunca deve ser aproximado o plano vertical da lança uma vez que a mesma</p><p>tenderá tombar.</p><p>A lança deve ser</p><p>absolutamente</p><p>reta, quando</p><p>montada, suas</p><p>treliças não</p><p>devem ter</p><p>deformações.</p><p>As longarinas da</p><p>lança devem ser</p><p>absolutamente</p><p>retas.</p><p>Fig. 4.29 - A lança deve estar absolutamente reta, suas longarinas, os elementos</p><p>principais e as treliças não devem ter deformações.</p><p>126</p><p>Aumento Distância</p><p>da carga de parada</p><p>(em metros)</p><p>40 % 0,31</p><p>35 %</p><p>30 %</p><p>25 %</p><p>20 % 0,61</p><p>15 %</p><p>10 % 1,22</p><p>1,83</p><p>5 % 2,44</p><p>3,05</p><p>0</p><p>0 9,1 18,3 27,4 36,6 45,7 54,6 64,0 73,2 82,3 91,4</p><p>V e l o c i d a d e d a Ca r g a em metros / minutos</p><p>Fig. 4.30 – Aumento de carga devido uma frenagem abrupta.</p><p>Deve ser considerado também o fato que o raio aumenta sempre que uma carga</p><p>pesada é suspensa do solo. Os cabos de suspensão da lança se tensionam e a lança tem</p><p>uma deflexão para a frente. Esse aumento pode ser substancial em máquinas de lança</p><p>longa (Fig. 4.34).</p><p>A carga indicada no gráfico também não inclui cargas de tensão na lança, os quais</p><p>surgem quando o cabo de içamento é desviado para um dos lados do moitão. A ponta da</p><p>lança deve ter o cabeamento sempre simétrico (Fig. 4.35 e Fig. 4.36)</p><p>127</p><p>Um giro do lado mais alto para o lado mais baixo, sem alterar</p><p>o ângulo da lança, aumenta o raio e pode causar o</p><p>levantamento da parte posterior da máquina e conseqüente</p><p>tombamento.</p><p>Carga laterais causadas por estar trabalhando</p><p>em declives podem causar o colapso da lança.</p><p>Giro do lado baixo para o lado mais alto com lança de</p><p>angulo elevado pode causar o tombamento e a queda</p><p>da lança sobre o guindaste.</p><p>Fig. 4.31 - Situações de perigo e risco de acidente em casos de operação de</p><p>máquinas em terreno com declives.</p><p>128</p><p>Fig. 4.32 - A menos que o equipamento esteja perfeitamente nivelado, as patolas</p><p>devem ser completamente estendidas e as rodas (esteiras) livres do solo, para termos</p><p>plena capacidade de carga.</p><p>129</p><p>O raio é sempre medido do eixo do giro e é</p><p>o raio medido após a lança defletir para a</p><p>frente quando sob a carga.</p><p>Fig. 4.34 – O raio sempre aumenta Fig. 4.33 - Todos os acessórios</p><p>ao suspendermos a carga içamento devem ser contados</p><p>como parte da carga.</p><p>Sem carga</p><p>Raio com carga</p><p>Sem carga</p><p>Raio com carga</p><p>Raio</p><p>Fig. 4.33 - Todos os acessórios de</p><p>içamento devem ser contados</p><p>como parte da carga.</p><p>130</p><p>Carga</p><p>Cabos assimétricos</p><p>no moitão fazem o</p><p>inclinar e prender o</p><p>cabo.</p><p>Cabos simétricos</p><p>fazem o moitão</p><p>girar livremente.</p><p>Fig. 4.35 – O cabeamento no moitão deve ser sempre simétrico</p><p>para a perfeita distribuição de peso.</p><p>131</p><p>C a b o s G u í a</p><p>Moitão de</p><p>3 sulcos</p><p>Cabo 2 pernas Cabo 3 pernas</p><p>Cabo 4 pernas</p><p>C a b o s G u í a</p><p>Moitão de</p><p>2 sulcos</p><p>Cabo 2 pernas Cabo 3 pernas Cabo 4 pernas</p><p>Fig. 4.36 - O cabeamento no moitão sempre deve ficar simétrico para equilíbrio perfeito da</p><p>carga, evitando a inclinação do moitão.</p><p>132 Amarração da Carga (“Rigging”)</p><p>É tão importante de amarrar a carga adequadamente, como determinar o peso total</p><p>da carga a ser suspensa e a qualidade desse serviço depende também do operador da</p><p>máquina. Ele está na posição para orientar os ajudantes e assim deve ficar atento aos</p><p>seguintes itens:</p><p>• Saber a capacidade de carga que pode ser suspensa em condições seguras com seu</p><p>equipamento e nunca exceder essa carga (Fig. 4.37).</p><p>• Determinar o peso da carga antes de amarrá-la (Fig. 4.37).</p><p>• Usar sempre luvas de segurança ao manusear cabos de aço.</p><p>• Examinar o equipamento, os acessórios de içamento, estropos, antes de utilizá-los e</p><p>destrua e descarte os componentes que encontrar com defeito, para evitar que outros</p><p>eventualmente corram riscos de acidentes tentando usar essa peças .</p><p>(Fig. 4.38).</p><p>• Nunca utilize estropos danificados. Para assegurar a máxima eficiência operacional,</p><p>esses acessórios devem ser periodicamente inspecionados, além da inspeção diária.</p><p>Cuidados especiais são recomendados com a inspeção olhais, laços dos estropos.</p><p>• Os estropos devem ser identificados com um número e capacidade para carga vertical ou</p><p>para carga em 45º , batidos na parte chata de seu anel, comunicando a todos os</p><p>envolvidos como essa indicação funciona (Fig. 4.39).</p><p>• Ao fixarmos a carga com estropos deve se ter o cuidado para não danificar os estropos</p><p>com os cantos vivos da carga, usando protetores que podem ser feitos de tocos de tubos</p><p>de diâmetro grande (Fig. 4.40). Como regra pratica podemos</p><p>adotar, que o arco de</p><p>contato do estropo com a carga seja maior do que 7 vezes o diâmetro do cabo do</p><p>estropo. Os estropos que ficam em contato com cantos vivos ou são dobrados em arco</p><p>menor do que antes descrito, podem deformar, seus fios quebrarem e assim sofrerem</p><p>danos permanentes.</p><p>• Nunca deixe estropos estendidos no solo, mesmo que seja para períodos curtos em</p><p>contato com umidade, terra ou agentes corrosivos.</p><p>• Nunca tente puxar, arrastar estropos, de baixo de uma carga, suspenda a carga para</p><p>liberar os cabos.</p><p>• Tenha a precaução de evitar proximidades do estropo a chama de maçarico e arcos de</p><p>solda elétrica</p><p>• Nunca enrole os cabos de içamento em volta da carga. A carga deve ficar suspensa no</p><p>gancho por estropos ou outros dispositivos adequados de içamento.</p><p>• Nunca tente reparos provisórios no estropos, nos reparos se houverem, deve sempre</p><p>seguir os procedimentos corretos.</p><p>133</p><p>Fig. 4.37 - Antes de suspender qualquer objeto, determine:</p><p>(A) O peso da carga - (B) A capacidade do equipamento</p><p>Fig. 4.38 - Destrua e descarte os estropos Fig. 4.39 – Todos os estropos devem</p><p>que encontrar com defeito, para evitar ter sua identificação, indicando seus</p><p>que outros eventualmente corram riscos dados como diâmetro, comprimento</p><p>de acidentes tentando usar essa peças e sua capacidade de carga, vertical e</p><p>em 45º</p><p>LIXO</p><p>134</p><p>Fig. 4.41 - Nunca suspenda carga com estropos</p><p>O raio de contato deve ser</p><p>igual a camada de 1 cabo</p><p>(7 x o diâmetro do cabo)</p><p>Calços de madeira</p><p>Calços de madeira</p><p>Fig. 4.40 - Providencie sempre proteção para o estropo nos cantos vivos.</p><p>NÃO!</p><p>SIM!</p><p>Fig. 4.41 - Nunca suspenda carga com estropos</p><p>não utilizados pendurados, soltos, prenda-os.</p><p>NÃO!</p><p>Fig. 4.42 - Nunca enrole</p><p>cabos no gancho</p><p>135</p><p>• Nunca suspenda carga com os estropos não utilizados pendurados soltos, prenda os.</p><p>• Ao suspender uma carga com mais estropos, use todos os estropos do mesmo tipo e</p><p>material.</p><p>• Evite contato dos estropos com solventes e produtos químicos.</p><p>• Estropos danificados, amassados são devem ser utilizados, devem ser descartados.</p><p>• Nunca utilize refugo de cabo de aço como estropo.</p><p>• Nunca use estropos com laços feitos a mão, pois sob a carga podem desmanchar-se,</p><p>use estropos com olhais metálicos (“Flemish Spliced Eyes”)</p><p>• Nunca enrole cabos, estropos, sobre o gancho, a curvatura de raio pequeno danifica</p><p>permanentemente o cabo de aço (Fig. 4.42).</p><p>• Nunca dobre a extremidades dos estropos em volta de cantos, as emendas podem</p><p>danificar-se (Fig. 4.43).</p><p>• Os ângulos das pernas dos estropos, devem ser sempre acima dos 45º, a maneira mais</p><p>fácil para conferir isto, ao concluir a amarração, suspender a carga, só por uns</p><p>centímetros e medir a distância entre os pontos de suspensão, que deve ser menor do</p><p>que o comprimento do menor estropo. Confirmada essa medida, estamos com ângulo</p><p>superior a 60º (Fig. 4.44).</p><p>• Nunca suponha que um estropo múltiplo, tipo rédea suspenda uma carga de forma</p><p>segura, considerando a carga multiplicada pelo número de pernas. Estropos tendo mais</p><p>do que duas pernas, suspendendo uma peça rígida, duas pernas só sustentam a carga</p><p>enquanto as outras só equilibram (Fig. 4.45).</p><p>• Ao suspendermos peças rígidas, com estropos de três ou quatro pernas, duas pernas</p><p>devem ter a capacidade de sustentar a carga. Em outras palavras, os estropos só devem</p><p>ser considerados só dois, para efeito de capacidade. Quando a peça é flexível, podendo</p><p>deformar, se ajustar as pernas do estropo, aí sim podemos considerar cada perna do</p><p>estropo para sustentar sua parte de carga.</p><p>• Usando estropos de várias pernas, quando uma extremidade é bem mais pesada, a</p><p>tensão sobre o estropo correspondente a esse lado é mais importante do que a carga</p><p>total. Para essa carga deve ser selecionado o estropo, uma vez que essa é a perna mais</p><p>afetada e seu olhal sujeito a danos (Fig. 4.46).</p><p>• Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não danificar o</p><p>estropo devido ao baixo ângulo (Fig. 4.47).</p><p>• Quando dois ou mais olhais devem ser engatados no gancho, use uma manilha com o</p><p>seu pino apoiado no gancho, para evitar a abertura do gancho e proteger os olhais do</p><p>estropo Fig. 4.48).</p><p>136</p><p>Esses estropos suportam</p><p>a carga</p><p>Esses só</p><p>equilibram</p><p>Fig. 4.44 – Se “L” é maior do que “S”, o Fig. 4.45 – No caso de estropo de 4</p><p>ângulo “A” é suficiente para a segurança (ou 3) pernas 2 pernas devem</p><p>suportar a carga os demais apenas</p><p>servem para equilibrá-la.</p><p>A tensão sobre as pernas mais</p><p>carregadas é mais importante do</p><p>que o peso da carga total</p><p>Dobras prejudiciais</p><p>Dobras prejudiciais</p><p>Fig. 4.43 – Evite dobras nos estropos, próximos as luvas e fixações.</p><p>Fig. 4.44 – Se “L” é maior do que “S”, o</p><p>ângulo “A” é suficiente para a segurança</p><p>Fig. 4.45 – No caso de estropo de 4</p><p>(ou 3) pernas 2 pernas devem</p><p>suportar a carga os demais apenas</p><p>servem para equilibrá-la.</p><p>Esses só</p><p>equilibram</p><p>Esses estropos suportam</p><p>a carga</p><p>A tensão sobre as pernas mais</p><p>carregadas é mais importante do</p><p>que o peso da carga total</p><p>Fig. 4.46 – No caso de um objeto de distribuição de carga não uniforme, a tensão</p><p>Sobre o estropo mais solicitado é mais importante do que o peso total da carga</p><p>137</p><p>Se forçar o olhal</p><p>para baixo</p><p>Deixe subir o olhal para aumentar o</p><p>ângulo para mais de 45º</p><p>As cargas se tornam muito severas em</p><p>função do baixo ângulo nos estropos</p><p>Fig. 4.47 - Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não</p><p>danificar o estropo devido ao baixo ângulo.</p><p>Manuseio da Carga</p><p>1 - Antes de fazer o içamento da carga</p><p>certifique-se, que:</p><p>- Se o guindaste está com estropos</p><p>suficientes para suspender a carga.</p><p>- Se a carga foi adequadamente</p><p>amarrada para evitar movimento ou</p><p>deslocamento da peça. Se as peças</p><p>soltas foram removidas.</p><p>(Fig. 4.49)</p><p>- Se tem cabos guia para controlar a</p><p>posição da carga.</p><p>(Fig. 4.50 ) Fig. 4.48 - Caso precisar engatar mais</p><p>olhais de estropos no gancho, use uma</p><p>- Se a carga está livre, não está manilha com seu pino voltado para cima</p><p>presa, parafusada ou fixada para proteger os olhais e o próprio ganch</p><p>de alguma maneira e se todos</p><p>os estropos estão presos.</p><p>Se forçar o olhal</p><p>para baixo</p><p>Deixe subir o olhal para aumentar o</p><p>ângulo para mais de 45º</p><p>As cargas se tornam muito severas em</p><p>função do baixo ângulo nos estropos</p><p>Fig. 4.48 - Caso precisar engatar mais</p><p>olhais de estropos no gancho, use uma</p><p>manilha com seu pino voltado para cima</p><p>para proteger os olhais e o próprio</p><p>gancho</p><p>138</p><p>Fig. 4.50 - Use cabos de guia para controlar a posição da carga</p><p>- Se o bico da lança está exatamente</p><p>sobre o centro de gravidade da</p><p>carga a ser suspensa e se o cabo</p><p>está na posição vertical.</p><p>(Fig. 4.51)</p><p>- Se os cabos múltiplos não estão</p><p>torcidos, embaralhados entre si.</p><p>(Fig. 4.52)</p><p>- Se os cabos estão assentados</p><p>sobre as roldanas e moitão, se não</p><p>houve embaraçamento nos cabos.</p><p>Tudo isso pode causar uma queda</p><p>abrupta da carga com resultados</p><p>desastrosos.</p><p>- Se as pessoas não envolvidas com a</p><p>operação foram retiradas da área.</p><p>Fig. 4.49 - Faça o carregamento e amarração</p><p>de forma segura, impedindo o deslocamento</p><p>e movimentação</p><p>durante o içamento.</p><p>Fig. 4.50 - Use cabos de guia para controlar a posição da carga</p><p>139</p><p>Instável !</p><p>O gancho não está A carga vai se deslocar até</p><p>sobre o centro de o centro de gravidade e se</p><p>gravidade da carga posicionar sob o gancho</p><p>Instável !</p><p>O centro de gravidade está</p><p>acima dos pontos de</p><p>suspensão</p><p>Estável – o gancho está sobre o centro de gravidade da carga</p><p>Fig. 4.51 - O bico da lança deve estar sempre sobre o centro de gravidade da carga</p><p>2 - Evite impactos sobre a carga, causados por arranques ou paradas abruptas ao</p><p>suspender ou abaixar a carga. Suspenda o cabo lentamente até eliminar as folgas.</p><p>3 - Mantenha as mãos afastadas dos pontos te possível esmagamento.</p><p>4 - Suspendendo cargas pesadas, deve se ter muito cuidado de evitar “socos” por</p><p>movimentos abruptos de içamento ou descarga. Suspenda a carga, suavemente, por</p><p>alguns centímetros e segure, para testar os freios.</p><p>5 - Nunca use a estabilidade da máquina para determinar se a carga está dentro da</p><p>capacidade da mesma, muitas vezes pode haver um colapso estrutural antes de</p><p>afetar a estabilidade.</p><p>6 - Certifique-se que as pessoas estejam afastadas a uma distância segura quando</p><p>suspender ou baixar uma carga. Os ganchos sob a carga podem soltar e chicotear</p><p>abruptamente (Fig. 4.53)</p><p>Instável !</p><p>O gancho não está</p><p>sobre o centro de</p><p>gravidade da carga</p><p>A carga vai se deslocar até</p><p>o centro de gravidade e se</p><p>posicionar sob o gancho</p><p>Instável !</p><p>O centro de gravidade está</p><p>acima dos pontos de</p><p>suspensão</p><p>Estável – o gancho está sobre o centro de gravidade da carga</p><p>Fig. 4.51 - O bico da lança deve estar sempre sobre o centro de gravidade da carga</p><p>140</p><p>múltiplos não estão</p><p>embaralhados entre si.</p><p>Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.</p><p>7 - Observe sempre a carga, sem tirar os olhos. Se tiver que olhar para outra direção,</p><p>pare a máquina de uma vez. Se não pode visualizar a carga o tempo todo,</p><p>providencie um sinalizador.</p><p>8 - Atenda somente os sinais e avisos do sinalizador, exceto o sinal de parada, que deve</p><p>ser sempre atendida, seja de quem for.</p><p>9 - Se a carga não subir adequadamente, baixe-a, e amarre adequadamente.</p><p>10 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está sendo suspensa ou</p><p>baixada (Fig. 4.54)</p><p>11 - Nunca conduza carga suspensa, sobre pessoas trafegando na área</p><p>(Fig. 4.55)</p><p>Verifique se os cabos</p><p>múltiplos não estão</p><p>embaralhados entre si.</p><p>Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.</p><p>Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si. Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.</p><p>Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si. Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.</p><p>141</p><p>12 - Tenha cuidado de não chocar a carga com obstáculos durante o içamento, giro ou</p><p>a descida.</p><p>13 - Tenha cuidado com partidas e paradas, que não sejam abruptas. A velocidade de giro</p><p>deve ser mantida tão baixa que a carga não oscile fora do raio seguro e previsto. É</p><p>importante manusear as cargas pesadas, evitando oscilações e balanços durante o</p><p>giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina (Fig. 4.56).</p><p>14 - Antes de começar um giro com a carga, verifique se há espaço suficiente e se as</p><p>patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com cabos de</p><p>guia, quando necessário (Fig. 4.57).</p><p>15 - Nunca permita pessoas trabalhando sob a carga suspensa, exceto se a mesma está</p><p>seguramente calçada e as condições foram aprovadas pelo supervisor.</p><p>16 - Nunca suspenda ao mesmo tempo, duas ou mais cargas separadamente amarradas,</p><p>mesmo que a soma dos pesos dessas cargas não exceda a capacidade do guindaste</p><p>(Fig. 4.58)</p><p>17 - Nunca use a lança para arrastar uma carga, lateralmente. A lança não foi projetada</p><p>para esse tipo de operação e pode arruinar-se devido aos esforços laterais. Faça</p><p>somente içamentos verticais.</p><p>18 - Nem a carga e nem mesmo a lança deve</p><p>ser baixada até um ponto que não sobrem</p><p>pelo menos 2 voltas de cabo no tambor.</p><p>Se por ventura inadvertidamente foi</p><p>desenrolado todo o cabo do tambor, tenha</p><p>certeza de enrola-lo na direção correta.</p><p>19 - Não suspenda carga com estropos soltos,</p><p>pendurados. Isso é muito perigoso, fixe os</p><p>estropos não ocupados (Fig. 4.59).</p><p>20 - Nunca opere com o ângulo de lança mais</p><p>alto do que indicado no gráfico de cargas,</p><p>uma vez que ao soltar a carga a lança</p><p>poderá “chicotear” para trás e cair sobre</p><p>o cabine (Fig. 4.60)</p><p>21 - As vezes pode ser necessário passar o</p><p>limite da lança, para liberar a catraca.</p><p>Use o controle com extremo cuidado</p><p>uma vez que o dispositivo limitador Fig. 4.53 - Os ganchos liberados da</p><p>está desativado e a lança pode chegar carga podem “chicotear” causando</p><p>até o batente, com força suficiente acidente grave. Mantenha afastado</p><p>para danificar os batentes ou a lança, as pessoas na hora da descarga e</p><p>o que poderá causar um acidente. liberação dos cabos e estropos.</p><p>Fig. 4.53 - Os ganchos liberados da</p><p>carga podem “chicotear” causando</p><p>acidente grave. Mantenha afastado</p><p>as pessoas na hora da descarga e</p><p>liberação dos cabos e estropos.</p><p>142</p><p>Fig. 4.54 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está</p><p>sendo suspensa ou baixada</p><p>Fig. 4.55 - Nunca conduza carga suspensa, sobre pessoas trafegando na área</p><p>143</p><p>Fig. 4.56 - É importante manusear as cargas pesadas evitando oscilações e balanços</p><p>durante o giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina</p><p>Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e</p><p>se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com</p><p>cabos de guia, quando necessário</p><p>Fig. 4.56 - É importante manusear as cargas pesadas evitando oscilações e balanços</p><p>durante o giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina</p><p>144</p><p>Fig. 4.58 - Nunca suspenda ao mesmo Fig. 4.59 – Prenda sempre os estropos</p><p>tempo mais do que uma carga livres, não utilizados. Não os deixe</p><p>pendurados, soltos.</p><p>22 - Sempre mantenha a carga mais baixo possível e mais próximo a carreteira.</p><p>(Fig. 4.61)</p><p>23 - Mantenha a velocidade baixa ao suspender ou baixar cargas.</p><p>24 - Faça os giros cuidadosamente, lentamente....evite “chicoteamento” .</p><p>25 - Nunca deixe bater a lança ou as patolas.</p><p>26 - Deixe espaço suficiente entre o bloco</p><p>do gancho e as polias.</p><p>Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e</p><p>se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com</p><p>cabos de guia, quando necessário</p><p>145</p><p>27 - Mantenha as cargas pesadas, próximas</p><p>ao limite de capacidade da máquina, o</p><p>mais próximo possível ao solo.</p><p>28 - Evite bater com a lança nas estruturas</p><p>adjacentes, se isso acontecer, faça a</p><p>inspeção da lança antes de um novo</p><p>içamento, para constatar se houve</p><p>danos a lança.</p><p>29 - Cuidado com “dois bloqueios” ao</p><p>operar guindastes com lanças</p><p>telescópicas. Ao estender a lança (ou</p><p>baixá-la) a carga será suspensa e se</p><p>não der “mais corda” no cabo o bloco</p><p>do gancho pode bater no topo da</p><p>lança, quebrando o cabo, derrubando</p><p>a carga. Ao retrair a lança, a carga vai</p><p>abaixar, assim o cabo deve ser sempre</p><p>recolhido simultaneamente.</p><p>(Fig. 4.62)</p><p>30 - Estenda sempre as seções telescópicas</p><p>simultaneamente se houverem alavancas</p><p>de controle disponíveis. Os gráficos de</p><p>carga</p><p>dessas máquinas consideram as</p><p>seções estendidas por igual. Quando a</p><p>máquina só tem uma única alavanca de</p><p>comando de lança, essa precaução é</p><p>desnecessária (Fig. 4.63)</p><p>31 - Nunca tente fazer um içamento, com</p><p>uma única seção telescópica.</p><p>32 - O operador nunca deve abandonar a</p><p>sua posição de comando com carga</p><p>suspensa.</p><p>33 - Se a máquina estiver equipada com</p><p>travas nos pedais de freio, os mesmos</p><p>devem estar ativados, com os pés do</p><p>operador sobre os pedais. O operador</p><p>deve permanecer em sua posição de</p><p>prontidão, estando alerta para a</p><p>segurança do pessoal em volta da</p><p>sua máquina. O único propósito das Fig. 4.60 - Nunca opere o guindaste</p><p>travas é permitir o descanso dos pés com ângulo de lança superior a do</p><p>do operador para curto período, ao indicado no gráfico de carga, se a</p><p>suspender uma carga. carga baixar abruptamente, a lança</p><p>poderá “chicotear” para trás, poderá</p><p>causar acidente grave</p><p>146</p><p>Fig. 4.61 – Mantenha a carga o mais próximo possível ao solo e a máquina</p><p>34 - Ao carregar ou descarregar caminhões verifique que o motorista saia do cabine e</p><p>sempre trabalhe sobre a parte traseira do caminhão. Nunca passe com carga sobre o</p><p>cabine (Fig. 4.64).</p><p>35 - Faça a descida da carga controlada pelo motor, sempre que possível, para poupar o</p><p>freio de carga, do contrário, use a catraca de segurança do tambor.</p><p>36 - É recomendável que todos os guindastes móveis sejam equipados com dispositivos</p><p>de controle pelo motor, para baixar cargas. Esses dispositivos, geralmente funcionam</p><p>da seguinte forma: A embreagem de descida está acoplada ao eixo do tambor no</p><p>lado oposto da embreagem de içamento. Ativando a embreagem de descida se</p><p>conecta o tambor a caixa de engrenagens, assim a descida da carga é controlada</p><p>pelo mecanismo, que por sua vez é controlado pela velocidade do motor. O conversor</p><p>de torque impede o mecanismo girar mais rápido do que a rotação do motor.</p><p>Baixando cargas muito pesadas pode fazer o motor girar mais rápido uma vez que</p><p>agora a carga vai forçar o motor. A velocidade da descida pode ser controlada pelo</p><p>freio do tambor. Para parar a carga, o freio deve ser acionado e a embreagem</p><p>desconectado.</p><p>Cuidado: se houver planetária de velocidade variável instalada, a</p><p>mesma nunca deve ser deixada em ponto morto para não danificar</p><p>a máquina ou soltar a carga.</p><p>147</p><p>Fig. 4.62 - Ao estender a lança (ou baixá-la) a carga será suspensa e se não der “mais</p><p>corda” no cabo o bloco do gancho pode bater no topo da lança, quebrando o cabo,</p><p>derrubando a carga.</p><p>148</p><p>Fig. 4.63 - As seções da lança sempre devem ser estendidas uniformemente</p><p>Fig. 4.64 - Ao carregar ou descarregar caminhões trabalhe sempre na traseira e</p><p>certifique-se que o motorista saiu da cabine</p><p>CORRETO</p><p>ERRADO</p><p>149</p><p>37 - Com guindastes equipados com conversor de torque, é possível baixar cargas</p><p>pesadas (esse sistema é inoperante com cargas leves) da mesma forma como</p><p>funcionam as transmissões automáticas de automóveis. O carro com o seletor de</p><p>marcha em “Drive” numa subida, pode ser controlado só pelo acelerador, com a</p><p>rotação do motor, para que o mesmo suba ou fique parado, sem voltar para trás. A</p><p>mesma coisa acontece com a carga sendo controlada pelo conversor de torque,</p><p>deixando a embreagem acoplada e regulando a velocidade do motor para segurar a</p><p>carga ou aliviando a rotação do motor permitindo a descida lenta da carga. Usando</p><p>esse método, o motor gira no sentido normal e a máquina gira no sentido contrário. A</p><p>carga pode ser mantida suspensa, momentaneamente, ou acelerando um pouco o</p><p>motor, ou acionando o freio. Para paradas mais demoradas devemos acionar o freio</p><p>de carga e desengatar a embreagem de içamento. Esse método é recomendado</p><p>somente para posicionamento exato de cargas pesadas. Para evitar a descida da</p><p>carga é necessário manter a rotação do motor, suficiente para suspender a carga.</p><p>Com o motor acelerado, devemos soltar o freio gradativamente, quando a carga</p><p>começa subir, devemos aumentar a velocidade do motor, se necessário.</p><p>Cuidado: Ao utilizar esse método, baixando, segurando ou suspendendo carga, lentamente, não</p><p>engate outra função de embreagem, para não causar “arrasto” no conversor de torque. Se a carga</p><p>estiver sendo içada, pode parar ou começar a descer, se estiver sendo baixada a velocidade de descida</p><p>pode vir a aumentar. O mesmo efeito pode obter ao segurar ou baixar a lança pelo conversor de torque.</p><p>38 - Abaixamento de queda livre só deve ser utilizado em casos de cargas muito leves e</p><p>sempre controlado pelo freio. Em alguns guindastes mais antigos era possível, para</p><p>obter maior controle sobre a velocidade de descida, acoplar a caixa de engrenagens</p><p>ao tambor. Isso era feito segurando a carga no ar com o freio de içamento,</p><p>desativando a embreagem principal do motor, engrenando a embreagem de içamento</p><p>e depois soltar o freio. Assim a máquina girava ao contrário ao baixar a carga. Isso</p><p>era utilizado antes de começarem utilizar os rolamentos anti-fricção. Nos guindastes</p><p>novos, acoplando a caixa de engrenagens, a máquina vai reduzir a velocidade da</p><p>carga, inicialmente, mas vai acelerar rapidamente, o que vai dificultar a parada da</p><p>carga com os freios, uma vez que terá que ser freada a rotação da máquina também.</p><p>Esse método não é recomendado, exceto em casos de emergência.</p><p>39 - Durante as operações de içamento de carga, o operador deve ter seu pé, o tempo</p><p>todo, sobre o freio do guincho, para evitar a queda da carga em caso de parada do</p><p>motor. Esse freio de guincho deve ser solto simultaneamente ao iniciar o içamento.</p><p>40 - Os freios devem ser aplicados sempre que o motor estiver parado, ou a embreagem</p><p>principal desativado.</p><p>41 - A catraca de seguranç a deve ser ativada quando a carga é mantida suspensa por</p><p>período prolongado.</p><p>42 - A velocidade total do motor deve ser mantido em todas as operações.</p><p>43 - Observe o indicador de giro do tambor ao posicionar a carga em seu lugar.</p><p>44 - Ao baixar a lança faç a com controle de motor.</p><p>45 - Se faltar energia durante as operações, ative imediatamente todos os freios e</p><p>dispositivos de travamento e se comunique com o pessoal de apoio. Se possível, a</p><p>carga suspensa deve ser baixada sob o controle dos freios.</p><p>150</p><p>46 - Ao baixar a carga, a mesma deve ser</p><p>Riscos Elétricos</p><p>A eletrocutação é um dos acidentes mais freqüentes nas obras de construção e a</p><p>maioria deles é causado por guindastes tocarem na rede elétrica. (Fig. 4.66).</p><p>Essa matança de gente boa deve finalizar. A única maneira para isso, é que todos os</p><p>envolvidos com serviços de guindastes, desde os gerentes até os operários mais simples,</p><p>obedecerem o procedimento descrito, muito simples, exposto a seguir:</p><p>Temos uma área em volta de cada rede elétrica, como limite de aproximação. É</p><p>estritamente proibido levar um guindaste dentro dessa área, sem antes desenergizar a rede</p><p>ou isolá-la. Não existem exceções! (Fig. 4.67).</p><p>É muito perigoso acessar com guindastes as áreas indicadas sem desenergizar a rede.</p><p>Raio de 3 metros Raio de 4,5 metros Raio de 7,5 metros</p><p>Acima de 250.000 V</p><p>Entre 125.000 e 250.000 V</p><p>Até 125.000 V</p><p>Fig. 4.67 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica</p><p>apoiada sobre dormentes ou calços</p><p>adequados para evitar de danificar os</p><p>estropos, providencie o calçamento</p><p>adequado, antes da liberação do gancho</p><p>Fig. 4.65 – As cargas devem ser</p><p>apoiadas seguramente, sobre os</p><p>dormentes e calçados de forma</p><p>adequada, antes da liberação do</p><p>gancho</p><p>Acima de 250.000 V</p><p>Entre 125.000 e</p><p>250.000 V</p><p>Até 125.000 V</p><p>Fig. 4.67 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica</p><p>Raio de 3 metros Raio de 4,5 metros Raio de 7,5 metros</p><p>151</p><p>Fig. 4.66 – Contato com as redes elétricas é a causa mais freqüente das fatalidades</p><p>envolvendo guindastes.</p><p>152</p><p>Não é necessário sinalizador se</p><p>“X” é maior do que 3.0 metros</p><p>Sinalizador é indispensável uma vez que</p><p>o cabo ou a lança podem tocar na rede</p><p>elétrica.</p><p>Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros</p><p>Fig. 4.68 – Limites para necessidade de sinalizador</p><p>O limite de distância de aproximação varia, conforme a tabela da Associação de</p><p>Normas Técnicas Canadense, conforme a tensão da linha viva:</p><p>Até 125.000 V = 3 m; de 125.001 a 250.000 V = 4,5 m; acima de 250.000 V = 7,6 m</p><p>Um segundo requisito que deve ser atendido, tão importante quanto o primeiro:</p><p>O guindaste deve ter um homem designado, cuja única tarefa e responsabilidade é a</p><p>observação e sinalização para alertar o operador se a lança, a carga ou qualquer outra parte</p><p>do equipamento se aproximar a “faixa de limite”. Isto é necessário, independente se o</p><p>guindaste está no limite da lança ou não. Isso significa que, se o guindaste tem uma lança</p><p>de 61 metros e é localizado a 55 metros da linha viva, é necessário o sinalizador. Se estiver</p><p>a 64 metros, não é mais necessário o sinalizador (Fig. 4.68)</p><p>Não há substituto para esses requisitos. Todos os dispositivos de proteção, protetores</p><p>de lança, isoladores, sensores de aproximação comercializados tem suas limitações sérias e</p><p>Não é necessário sinalizador se</p><p>“X” é maior do que 3.0 metros Sinalizador é indispensável uma vez que</p><p>o cabo ou a lança podem tocar na rede</p><p>elétrica.</p><p>Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros</p><p>153</p><p>seu uso causa uma falsa sensação de segurança. Assim, o uso desses dispositivos não</p><p>isenta do cumprimento dos requisitos anteriormente citados.</p><p>Existem ainda outras precauções adicionais de segurança, quando se trabalha em</p><p>proximidades de linhas vivas:</p><p>• O operador deve trabalhar atento ao sinalizador.</p><p>• Reduzir a velocidade operacional no içamento,</p><p>giro e translado.</p><p>• Emitir avisos específicos para todo pessoal</p><p>da área, se manter afastado do guindaste.</p><p>Se a carga deve ser guiada pelas mãos,</p><p>uma verificação adicional deve ser feita junto</p><p>com o sinalizador, antes de tocar no cabo guia,</p><p>que nessas áreas deve ser de polipropileno no</p><p>lugar de cabos de aço convencional. Cordas</p><p>comuns e nylon retém umidade e pode se tornar</p><p>condutor de eletricidade (Fig. 4.69)</p><p>• Nunca use cordas úmidas</p><p>• Nunca use cabos de aço</p><p>• Use sempre cordas de polyéster,</p><p>polyetileno ou polypropileno por</p><p>suas propriedades isolantes.</p><p>• Coloque sinalização bem visível na máquina,</p><p>que realmente alerte as pessoas para se</p><p>afastarem da área para evitarem contatos</p><p>acidentais.</p><p>• Nunca empilhe, armazene, carregue ou Fig. 4.69 – Use somente cordas de</p><p>descarregue materiais nas proximidades material isolante, para guiar a carga</p><p>de rede elétrica (Fig. 4.70) nas proximidades de rede elétrica</p><p>• Nunca estabeleça rampas e vias de acesso nas proximidades ou sob rede elétrica.</p><p>• Se souber que haverá operação de guindastes nas proximidades de rede elétrica,</p><p>providencie a desenergização ou a relocação da rede antes da chegada das máquinas.</p><p>• Considere todas as redes elétricas como energizadas até não ter confirmação oficial, que</p><p>estão desativadas.</p><p>• Trafegue com o guindaste com extremo cuidado em terrenos irregulares, pois a lança</p><p>pode enroscar na rede elétrica.</p><p>• Se eventualmente houver a necessidade de trafegar com o guindaste, repetidamente,</p><p>sob rede elétrica, a rota deve ser visivelmente demarcada com piquetes, em ambos os</p><p>lados, e se possível por cima, para alertar o operador que a lança deve ser baixada para</p><p>posição segura. A rota deve passar o mais perto possível a torre ou poste de</p><p>154</p><p>suporte da rede, uma vez que a posição mais alta dos fios é sempre junto aos</p><p>suportes (Fig. 4.71).</p><p>Fig. 4.70 - Nunca descarregue ou armazene materiais nas proximidades de redes</p><p>elétricas</p><p>• Se a situação assim exigir, que o guindaste deve trabalhar em local fixo, próximo a risco</p><p>elétrico, a máquina deve ser aterrada por meio de haste de terra apropriada ou malha de</p><p>terra, o mais próximo possível ao equipamento (Fig. 4.72), sendo que, primeiro se</p><p>conecta o cabo de terra ao haste e depois à máquina. Deve ser sinalizado o cabo de</p><p>aterramento e o pessoal alertado para sempre manterem-se afastados do local.</p><p>Nota: Tendo em vista que é muito difícil obter um aterramento eficiente, mesmo com</p><p>a utilização de aterramento, não é dispensado a exigência de sinalizador.</p><p>• Ao remover o aterramento, o cabo de terra deve ser desconectado da máquina em</p><p>primeiro lugar. Se foi utilizada malha de terra, a máquina deve ser posicionada sobre a</p><p>malha e conectada a mesma. A área da malha de terra deve ser cercada para evitar as</p><p>pessoas pisarem sobre a mesma ou tocarem na máquina.</p><p>• Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os mesmos</p><p>tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar acidentes.</p><p>(Fig. 4.73) Devemos ter muito cuidado nas proximidades de torres de TV ou Radio, uma</p><p>vez que a lança pode agir como antena e acumular carga estática (Fig. 4.74)</p><p>É da responsabilidade do usuário do guindaste:</p><p>• Providenciar um sinalizador qualificado.</p><p>• Providenciar em tempo hábil a notificação para a concessionária elétrica, para obter a</p><p>isolação, desligamento da rede elétrica, informando a data de início e do encerramento,</p><p>bem como se está sendo planejado alguma alteração de localização.</p><p>• Comunicar a concessionária e ao inspetor de segurança, qualquer acidente envolvendo a</p><p>rede elétrica, para que possam ser executadas as inspeções e reparos necessários.</p><p>155</p><p>• Inspecionar meticulosamente o equipamento envolvido em acidente elétrico,</p><p>identificando os danos causados pelo contato elétrico. Os cabos de aço devem ser</p><p>substituídos em caso de terem sido atingidos, uma vez que o arco formado é suficiente</p><p>para os cabos fiquem “soldados” ou seus fios cortados (Fig. 4.75).</p><p>Fig. 4.71 - Se eventualmente houver a necessidade de trafegar com o guindaste,</p><p>repetidamente, sob rede elétrica a rota deve ser visivelmente demarcada com</p><p>piquetes, em ambos os lados, e se possível por cima para alertar o operador que a</p><p>lança deve ser baixada para posição segura. A rota deve passar o mais perto</p><p>possível a torre ou poste de suporte da rede, uma vez que a posição mais alta dos</p><p>fios é sempre junto aos suportes</p><p>Fig. 4.72 – Os guindastes sempre devem ser aterrados com haste ou malha de terra</p><p>156 É da responsabilidade do operador recusar a operar o equipamento enquanto os</p><p>requisitos não forem preenchidos.</p><p>Em caso de a carga ou o equipamento sofrerem descarga elétrica com linha viva o</p><p>operador deve:</p><p>• Permanecer no cabine. Não entrar em pânico; .......se está em condições de se</p><p>conscientizar do que aconteceu, você está seguro onde está....se sair daí, poderá se</p><p>matar (Fig. 4.76).</p><p>• Instrua as pessoas de se manterem afastadas do equipamento, do cabo e da carga, uma</p><p>vez que o conjunto todo deve estar energizado.</p><p>• Tente, sem ajuda de terceiros, sem ninguém se aproximar a máquina, afastar o</p><p>equipamento, de ré se for o caso, até ficar livre da linha viva.</p><p>• Se o equipamento não pode ser movido, ou desembaraçado da linha viva, permaneça</p><p>em seu lugar, peça para alguém avisar a concessionária, espere até comparecerem</p><p>para desenergizar o circuito e confirmarem que as condições</p><p>estão segura.</p><p>Se o operador quer abandonar o equipamento, deve fazer isso pulando fora do</p><p>equipamento, sem ter contato com a máquina e o chão (Fig. 4.77). Devido as tensões</p><p>diferenciais perigosas, o pulo deve ser dado com as duas pernas juntas, e andar devagar,</p><p>arrastando os pés, sem levantá-los do chão. Nunca, sob hipótese alguma dar passos</p><p>largos para evitar áreas de potenciais diferentes que podem matar.</p><p>Fig. 4.74 - Outra área de perigo que exige muita atenção, são as torres de rádio e</p><p>TV, uma vez que a lança do guindaste pode vir atuar como antena e acumular</p><p>eletricidade estática, providencie aterramento adequado.</p><p>Torre de</p><p>Rádio ou TV</p><p>157</p><p>Fig. 4.73 - Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os</p><p>mesmos tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar</p><p>acidentes.</p><p>Operação de Mais de Um Guinaste na Mesma Área</p><p>Se houver a necessidade de operarem mais do que um guindaste na mesma área,</p><p>existe sempre a possibilidade de uma colisão, choque de lanças de comprimentos</p><p>diferentes, ou da carga. Para minimizar a probabilidade dessa ocorrência, os guindastes</p><p>devem ser posicionados de tal forma, que os operadores tenham perfeita visibilidade das</p><p>outras máquinas na área de risco. Os operadores devem ter comunicação direta entre si, via</p><p>radio, para poderem alertar um ao outro de algum perigo eminente. É recomendado que</p><p>nesse caso o serviço seja controlado por uma pessoa específica, que por sua vez tenha</p><p>condições de contato direto com os operadores e demais envolvidos, determinando as</p><p>prioridades sobre as máquinas (Fig. 4.78).</p><p>158</p><p>Inspecione o cabo, os estropos,</p><p>Fig. 4.75 - Inspecionar o equipamento envolvido em acidente elétrico, identificando os</p><p>danos causados pelo contato elétrico.</p><p>Comportamento em caso de a máquina</p><p>sofrer contato elétrico:</p><p>• Permaneça no seu lugar</p><p>• Mantenha todos afastados</p><p>• Afaste do local a máquina, se</p><p>possível</p><p>• Se for para descer – pule de uma</p><p>vez – nunca desça normalmente.</p><p>NÃO ENTRE EM</p><p>PÂNICO ! ! !</p><p>Fig. 4.76 - Comportamento em caso de a máquina sofrer contato elétrico</p><p>Içamento com Mais do que Um Guindaste</p><p>Essas operações são extremamente complexas, requerem um bom planejamento</p><p>antecipado e muito cuidadoso, para salvaguardar a segurança das pessoas envolvidas, da</p><p>carga e dos equipamentos envolvidos (Fig. 4.79).</p><p>Uma pessoa qualificada deve ser o responsável pela a operação. Ele deve analisar a</p><p>situação e instruir todo pessoal envolvido sobre o posicionamento apropriado, amarrações e</p><p>os movimentações a serem feitas.</p><p>Inspecione o cabo, os estropos, moitão e as roldanas</p><p>verificando existência de sinais de queimaduras, bem</p><p>como o equipamento nos pontos de contato. Nota:</p><p>Verifique também os rolamentos do tambor.</p><p>Comportamento em caso de a máquina</p><p>sofrer contato elétrico:</p><p>* Permaneça no seu lugar</p><p>* Mantenha todos afastados</p><p>* Afaste do local a máquina, se</p><p>possível</p><p>- Se for para descer – pule de uma</p><p>vez – nunca desça normalmente.</p><p>NÃO ENTRE</p><p>EM PÂNICO!!!</p><p>159</p><p>NÃO ! Se a máquina tocar na rede elétrica, NUNCA</p><p>DESÇA DA MÁQUINA AOS PASSOS - PULE !</p><p>SIM ! PULE - SEM TOCAR NA MÁQUINA !</p><p>Fig. 4.77 - Maneira correta de sair de uma máquina eletrificada</p><p>NÃO !</p><p>Se a máquina tocar na rede elétrica, NUNCA</p><p>DESÇA DA MÁQUINA AOS PASSOS - PULE !</p><p>SIM ! PULE - SEM TOCAR NA MÁQUINA !</p><p>160</p><p>É extremamente importante que os sinalizadores e os operadores saibam</p><p>exatamente o que, quando, e como devem fazer, antes de iniciar o içamento. As máquinas</p><p>devem ser coordenadas e trabalharem em conjunto como fosse uma única unidade. É</p><p>recomendável que o coordenador, os sinalizadores e os operadores tenham condições de</p><p>comunicação direta por radio (Fig. 4.80). Os seguintes procedimentos devem ser</p><p>observados (Fig. 4.81):</p><p>• Use somente equipamentos e acessórios de primeira qualidade.</p><p>• Fazer todos os movimentos o mais devagar possível.</p><p>• Mantenha a rotação dos motores no máximo para evitar morrerem.</p><p>• Case as velocidades de içamento e de giro de todas as máquinas.</p><p>• Não utilize os freios e embreagens abruptamente.</p><p>• Use só um sinalizador e possibilite que ele tenha meios de comunicação via radio.</p><p>• Saiba quanta carga deve ser suspensa por cada máquina e verifique se os estropos</p><p>estão posicionados corretamente, dividindo as cargas como planejado.</p><p>• Lembre-se que a capacidade das máquinas é baseada para cargas suspensas</p><p>livremente e balanceadas, com a ponta da lança sobre o centro de gravidade da carga. A</p><p>utilização de duas ou mais máquinas introduz elementos perigosos como cargas laterais,</p><p>sobrecarga, erros de operador, condições diferentes de solo para áreas diferentes e</p><p>outros perigos que normalmente não encontramos.</p><p>Fig. 4.78 - Quando operando mais do que um equipamento na mesma área, os</p><p>operadores devem ter condições de se comunicarem via radio.</p><p>NÃO!</p><p>161</p><p>Fig. 4.79 - Operações em conjunto devem ser planejados com muita cautela.</p><p>Comunicação</p><p>via radio</p><p>Fig. 4.80 – Nos casos de içamento em conjunto os operadores devem ter condições de</p><p>comunicação direta via radio</p><p>Comunicação</p><p>via radio</p><p>162</p><p>Em içamentos em conjunto observar:</p><p>• As velocidades de cabos e do giro</p><p>devem ser combinados.</p><p>• Os movimentos devem ser os mais</p><p>lentos possíveis.</p><p>• Manter no máximo a rotação</p><p>do motor para evitar travamento.</p><p>• Não acionar abruptamente</p><p>freios e embreagens.</p><p>Fig. 4.81 - Diretrizes a serem observadas em operação de içamento em conjunto</p><p>Translado Com a Carga Suspensa</p><p>As capacidades de carga dos guindastes são baseadas na condição do equipamento</p><p>parado e nivelado. Não existem dados publicados sobre translado com a carga suspensa.</p><p>Essa operação é envolvida com tantos variantes, como condições do solo,</p><p>comprimento da lança, giros com a carga sobre os quadrantes lateral - dianteira e traseira,</p><p>momentos gerados por partidas e paradas, etc., que é impossível definir um padrão único de</p><p>procedimento para segurança absoluta. Se uma operação dessas for preciso, antes de mais</p><p>nada devem ser avaliadas as condições locais, determinadas as práticas de segurança e</p><p>trabalhar com as seguintes precauções:</p><p>Cuidado: As mesmas precauções são válidas para mover o guindaste com</p><p>a lança estendida ou com a lança suspensa.</p><p>• Os procedimentos de translado devem ser de acordo com as instruções dos fabricantes.</p><p>• A lança sempre deve ser apontada para a direção do translado (Fig. 4.82)</p><p>E m içamentos em conjunto observar:</p><p>ü As velocidades de cabos de giro devem ser</p><p>combinados</p><p>ü Os movimentos de vem ser os mais lentos</p><p>possíveis.</p><p>ü Manter no máximo a rotação do motor para evitar</p><p>travamento</p><p>ü Não acionar abruptamente freios e embreagens</p><p>163</p><p>• Devem ser ativados o freio e a trava de giro. A trava, porque o freio não é confiável,</p><p>pode permitir giro durante o translado. Se for necessário utilizar o giro, durante o</p><p>translado, acione a embreagem antes de soltar a trava e os freios.</p><p>• Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina. Como regra</p><p>geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que pode ser</p><p>transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a carga admissível</p><p>no quadrante lateral, sobre pneus (Fig. 4.83).</p><p>• É necessário extremo cuidado ao trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade</p><p>da máquina. As irregularidades do terreno sujeitam a suspensão e a lança a choques</p><p>de cargas adicionais que devem ser compensadas, reduzindo a carga no gancho</p><p>(Fig. 4.84).</p><p>• Quando é permitido pelo projeto, o operador deve permanecer no cabine para controlar a</p><p>carga e um segundo operador deve conduzir o guindaste. O sinalizador deve orientar a</p><p>operação, caminhando na frente do equipamento e observar atento os perigos possíveis.</p><p>• A pressão dos pneus deve ser a especificada.</p><p>• A velocidade de translado deve ser o mais lenta possível e devem ser evitadas</p><p>acelerações e freadas bruscas. Cabos guia devem estar disponíveis para controlar a</p><p>oscilação da carga (Fig. 4.85).</p><p>• A carga deve ser mantida o mais perto possível ao solo, sendo o cabo mais longo</p><p>possível entre a ponta da lança e a carga. Isso contribui a aliviar o impacto da carga</p><p>sobre a lança, devido a elasticidade do cabo, elasticidade essa que aumenta conforme o</p><p>comprimento do cabo (Fig. 4.86).</p><p>• Nunca trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade da máquina. Isso tenderá</p><p>aumentar o raio e pode causar tombamento da máquina. Trafegue lentamente com a</p><p>carga na parte frontal da máquina (Fig. 4.87).</p><p>• Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser necessário trafegar com</p><p>a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa agarrar melhor ao solo. Amarre a</p><p>carga à máquina para minimizar as oscilações e trafegue devagarinho com extremo</p><p>cuidado, a máquina pode tender levantar a frente (Fig. 4.88).</p><p>• Nunca trafegue com guindaste de pneus, com a carga suspensa pelos lados.</p><p>• Use sempre a lança mais curta possível.</p><p>• Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e queda da</p><p>lança sobre a máquina (Fig. 4.89).</p><p>• Se as condições parecem ser perigosas em função de inclinação de terreno, condições</p><p>de solo, etc., o guindaste deve ser escorado para evitar sua fuga em caso de falhas de</p><p>freio ou embreagem. Calce os dentes das esteira ao subir ladeiras antes de engatar as</p><p>embreagens de mudança de rumo, para evitar de voltarem para trás.</p><p>• Nunca põe a máquina em movimento enquanto o caminho da sua frente não esteja livre,</p><p>isento de pessoas ou obstáculos.</p><p>164</p><p>A carga aqui não deve exceder</p><p>o limite recomendado</p><p>Fig. 4.83 - Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina.</p><p>Como regra geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que</p><p>pode ser transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a</p><p>carga admissível no quadrante lateral, sobre pneus</p><p>• Se trafegar com as patolas estendidas, observe se não batem em obstáculos para evitar</p><p>danificá-los.</p><p>• Nunca trafegue sobre solo irregular, instável ou fofo se isso representa perigo de</p><p>acidente ou possíveis danos ao equipamento.</p><p>165</p><p>Fig. 4.84 - Extremo cuidado deve ser tomado ao trafegar com cargas acima dos 50%</p><p>da capacidade da máquina. As irregularidades do terreno sujeitando a suspensão e a</p><p>lança a choques de cargas adicionais devem ser compensadas, reduzindo a carga no</p><p>gancho</p><p>Cuidado: Trafego sobre ladeiras com guindastes carregados sempre que</p><p>possível devem ser evitados. Se a operação for realmente</p><p>inevitável, é essencial que a máquina tenha uma margem de</p><p>carga generosa sobre as cargas a serem movimentadas. A carga</p><p>deve ser carregada pelo lado de “ladeira acima” do guindaste,</p><p>independente da direção do translado (Fig. 4.90). Evite girar</p><p>a carga exceto se é para manter na posição “morro acima”.</p><p>Posicione a carga no lado de “morro acima”, da máquina e</p><p>observe que nem a lança, nem o guindaste se tornem instáveis ao</p><p>liberar a carga (Fig. 4.91).</p><p>166</p><p>Fig. 4.85 – Ao trafegar com carga, faça com velocidade muito baixa, evite aceleradas e</p><p>freadas bruscas e use cabo guia para controlar as oscilações da carga</p><p>167</p><p>Mantenha o maior comprimento de</p><p>cabo que for possível entre a ponta da</p><p>lança e a carga, para amenizar os</p><p>impactos devido a elasticidade do cabo,</p><p>que é canto mais longo o cabo é maior</p><p>a sua elasticidade.</p><p>Mantenha possível</p><p>solo</p><p>Fig. 4.86 – Trafegando com carga, mantenha-a mais próximo possível ao solo</p><p>Mantenha o maior comprimento de</p><p>cabo que for possível entre a ponta da</p><p>lança e a carga, para amenizar os</p><p>impactos devido a elasticidade do cabo,</p><p>que é canto mais longo o cabo é maior</p><p>a sua elasticidade.</p><p>Mantenha a carga mais</p><p>próximo possível ao solo</p><p>168</p><p>Fig. 4.87 - Trafegue sempre na direção da carga se transportar peso com mais de 50%</p><p>do limite de carga do guindaste, considerando a capacidade “sobre pneus”.</p><p>Fig. 4.82 - A lança sempre deve ser apontada para a direção do translado</p><p>169</p><p>• Fig. 4.88 - Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser</p><p>necessário trafegar com a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa</p><p>agarrar melhor ao solo. Amarre a carga à máquina para minimizar as oscilações e</p><p>trafegue devagarinho com extremo cuidado, a máquina pode tender levantar a</p><p>frente</p><p>Sinalização</p><p>Seja quem for, o encarregado de uma operação (construtor, encarregado,</p><p>superintendente), usando um guindaste, deve se certificar, de que há um elemento</p><p>competente designado como sinalizador para trabalhar com o guindaste, enquanto essa</p><p>máquina está trabalhando sob sua área de responsabilidade.</p><p>170</p><p>A legislação pertinente requer que o sinalizador esteja presente sempre que:</p><p>a) O guindaste estiver operando em áreas de risco com linhas vivas.</p><p>b) O operador não tem visibilidade permanente do gancho e da carga.</p><p>c) A máquina está posicionada de forma que o operador não pode ver todas as</p><p>partes da máquina e seu caminho de translado.</p><p>O sinalizador deve:</p><p>• Se posicionar para ficar visto integralmente pelo operador e se usar sinais de mão</p><p>deve estar suficientemente próximo para oferecer boa visibilidade e interpretação.</p><p>Estar posicionado para enxergar constantemente a carga e o equipamento,</p><p>mesmo na ausência de perigos (Fig. 4.92).</p><p>• Ser qualificado e ter experiência nas operações.</p><p>• Ser o responsável para manter o público e as pessoas não autorizadas fora do</p><p>raio de ação do guindaste.</p><p>• Orientar o trajeto da carga para que a mesma nunca fique sobre as pessoas.</p><p>• Se manter em contato constante com o operador ou por meio de sinais de mão,</p><p>indicadas nas (Fig. 4.93 a e 4.93 b) ou via radio.</p><p>Movimento abrupto</p><p>Fig. 4.89 - Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e</p><p>queda da lança sobre a máquina</p><p>Movimento abrupto</p><p>171</p><p>Fig. 4.90 - Se houver necessidade de trafegar em declives:</p><p>• A carga deve ser muito menor do que a capacidade da máquina.</p><p>• A lança não deve estar muito alta.</p><p>• A carga deve estar posicionada no lado “morro acima”.</p><p>• Nunca execute giro exceto para manter a carga “morra acima”.</p><p>• Coloque a carga no lado alto.</p><p>172</p><p>Nunca posicione a carga</p><p>para o lado “morro abaixo”.</p><p>Mantenha o ângulo da lança</p><p>baixo, do contrário, a máquina</p><p>pode tombar para trás.</p><p>Posicione a carga sempre</p><p>no lado “morro acima” do</p><p>guindaste</p><p>Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro nem a lança, nem o guindaste</p><p>stornem instáveis ao liberar a carga</p><p>Nunca posicione a carga</p><p>para o lado “morro abaixo”.</p><p>Mantenha o ângulo da lança</p><p>baixo, do contrário, a máquina</p><p>pode tombar para trás.</p><p>Posicione a carga sempre no</p><p>lado “morro acima” do guindaste</p><p>Abaixe e libere a carga lentamente,</p><p>para evitar instabilidade da lança</p><p>e conseqüente tombamento da</p><p>mesma para trás.</p><p>Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro acima”, da máquina e observe que</p><p>nem a lança, nem o guindaste se tornem instáveis ao liberar a carga</p><p>173</p><p>Fig. 4.92 – O sinalizador deve se posicionar para ficar visto integralmente pelo</p><p>operador e se usar sinais de mão deve estar suficientemente próximo para oferecer</p><p>boa visibilidade e interpretação. Ele deve estar posicionado para enxergar</p><p>constantemente a carga e o equipamento, assim ele mesmo está protegido dos riscos.</p><p>174</p><p>PARE – Braço estendido, TRAVAR TUDO – Cruzar as MOVIMENTE DEVAGAR - Use</p><p>palma da mão para baixo, mãos na frente do corpo. uma das mãos para dar o sinal de</p><p>movimente a mão para a movimento e põe a outra mão</p><p>direita e a esquerda. parada na frente da mão sinalizador.</p><p>(O exemplo indica:</p><p>SUSPENDER DEVAGAR)</p><p>SUSPENDER – Com o antebraço BAIXAR – Com braço para baixo, USE MOITÃO PRINCIPAL - Bate</p><p>vertical indicador para cima, gire a indicador aponta para baixo, gire a com o punho no capacete, depois</p><p>sua mão lentamente em círculos. sua mão lentamente em círculos. faça o sinal convencional.</p><p>USE o MOITÃO AUXILIAR – Bate SUBIR A LANÇA – Com a mão BAIXAR A LANÇA – Com a mão</p><p>o cotovelo com a mão depois faça fechada, polegar para cima, o fechada, polegar para baixo, o</p><p>o sinal convencional. braço estendido lateralmente. braço estendido lateralmente.</p><p>Fig. 4.93 a - Sinais Convencionais de Controle de Operação de Guindaste (1ª parte)</p><p>SUSPENDER – Com o antebraço</p><p>vertical indicador para cima, gire a</p><p>sua mão lentamente em círculos.</p><p>BAIXAR – Com braço para baixo,</p><p>indicador aponta para baixo, gire a</p><p>sua mão lentamente em círculos.</p><p>BAIXAR – Com braço para baixo,</p><p>indicador aponta para baixo, gire a</p><p>sua mão lentamente em círculos.</p><p>USE o MOITÃO AUXILIAR – Bate</p><p>o cotovelo com a mão depois faça</p><p>o sinal convencional.</p><p>SUBIR A LANÇA – Com a mão</p><p>fechada, polegar para cima, o</p><p>braço estendido lateralmente.</p><p>BAIXAR A LANÇA – Com a mão</p><p>fechada, polegar para baixo, o</p><p>braço estendido lateralmente.</p><p>PARE – Braço estendido,</p><p>palma da mão para baixo,</p><p>movimente a mão para a</p><p>TRAVAR TUDO – Cruzar as</p><p>mãos na frente do corpo.</p><p>MOVIMENTE DEVAGAR - Use uma das</p><p>mãos para dar o sinal de movimento e</p><p>põe a outra mão parada na frente da</p><p>mão sinalizador. (O exemplo indica:</p><p>SUSPENDER DEVAGAR)</p><p>Fig. 4.93 a - Sinais Convencionais de Controle de Operação de Guindaste (1ª parte)</p><p>175</p><p>TRANSLADO – (Guindaste em ESTENDER A LANÇA - RETRAIR A LANÇA -</p><p>trilhos ou trolei) Braço para a (Em caso de telescópica) (Em caso de telescópica)</p><p>frente, estendido, com a mão Braços dobrados, punhos Braços dobrados, punhos</p><p>aberta, para cima, fazer o fechados com os polegares fechados com os polegares</p><p>movimento de empurrar. apontando para fora. apontando para dentro.</p><p>TRANSLADO – Os braços TRANSLADO – (Em esteira)</p><p>em frente do corpo, punhos Travar a esteira no lado que é</p><p>fechados e fazendo indicado pelo braço erguido e</p><p>movimentos de empurrar movimentar a esteira do lado</p><p>na direção necessária. oposto, na direção indicada</p><p>pelo movimento circular do</p><p>punho da outra mão em frente</p><p>do corpo. (Guindastes de</p><p>esteira.)</p><p>.</p><p>Fig. 4.93 b - Sinais Convencionais de Controle de Operação de Guindaste (2ª parte)</p><p>GIRAR – Com o braço estendido SUBIR A LANÇA e BAIXAR A BAIXAR A LANÇA e SUBIR A</p><p>aponte para a direção do giro. CARGA – Com a mão aberta, CARGA - Com a mão aberta,</p><p>polegar para cima, o braço polegar para baixo, o braço</p><p>estendido, flexionar os dedos estendido, flexionar os dedos</p><p>até atingir a posição desejada. até atingir a posição desejada.</p><p>TRANSLADO – (Guindaste em ESTENDER A LANÇA - RETRAIR A LANÇA -</p><p>trilhos ou trolei) Braço para a (Em caso de telescópica) (Em caso de telescópica)</p><p>frente, estendido, com a mão Braços dobrados, punhos Braços dobrados, punhos</p><p>aberta, para cima, fazer o fechados com os polegares fechados com os polegares</p><p>movimento de empurrar. apontando para fora. apontando para dentro.</p><p>TRANSLADO – Os braços TRANSLADO – (Em esteira)</p><p>em frente do corpo, punhos Travar a esteira no lado que é</p><p>fechados e fazendo indicado pelo braço erguido e</p><p>movimentos de empurrar movimentar a esteira do lado</p><p>na direção necessária. oposto, na direção indicada</p><p>pelo movimento circular do</p><p>punho da outra mão em frente</p><p>do corpo. (Guindastes de</p><p>esteira.)</p><p>Fig. 4.93 b - Sinais Convencionais de Controle de Operação de Guindaste (2ª parte)</p><p>176 Nota: Os sinais de mão só devem ser utilizados se a distância entre o sinalizador</p><p>e o operador não for muito grande e as condições atmosféricas são aceitáveis, ao</p><p>ponto de possibilitar a perfeita visualização. É recomendável que o sinalizador use</p><p>luvas especiais (laranja fosforescente) para a fácil distinç ão no meio de outras</p><p>pessoas.</p><p>É recomendável a utilização de radio transceptores em todas as operações de</p><p>guindastes, onde é necessária a sinalização. É muito grande o índice de acidentes devido</p><p>as falhas de interpretação de sinais de mão, enquanto o radio comunicação oferece muito</p><p>maior segurança (Fig. 4.94).</p><p>Para operação noturna deve ser providenciada iluminação adequada e radio</p><p>comunicação (Fig. 4.95)</p><p>Se o operador perder o contato com o sinalizador por alguma razão, deve paralisar a</p><p>operação até conseguir restabelecer a comunicação. Em caso de pegar carga num local e</p><p>baixá-la em outro, como no caso de lançamento de concreto, dois sinalizadores são</p><p>necessários, um em cada ponto de operação.</p><p>Se houver necessidade de dar alguma informação ao operador além dos previstos</p><p>pelo sistema de sinais, antes de mais nada o operador deve ser instruído de suspender a</p><p>operação de içamento.</p><p>Máquina Abandonada</p><p>• O operador nunca deve abandonar o equipamento, com carga suspensa, exceto casos</p><p>de extrema emergência. Qualquer falha técnica pode causar a queda ou descida brusca</p><p>da carga, sobre pessoas ou equipamentos. Os tambores de freio podem esfriar, soltando</p><p>o freio. Uma carga suspensa nunca deve depender apenas dos freios para ficar</p><p>suspensa exceto com o operador em seu lugar, em prontidão para manusear a carga se</p><p>necessário (Fig. 4. 96).</p><p>• Ao abandonar o posto de comando, os seguintes precauções devem ser observadas:</p><p>a) Levar o equipamento a um local plano;</p><p>b) Abaixar a carga ao solo;</p><p>c) Ativar os freios de ar, posicionar a alavanca de marcha em posição de “Neutro”, ativar</p><p>o freio de estacionamento e calçar as rodas;</p><p>d) Ativar o freio de giro;</p><p>e) Ativar a trava de giro, não confie no freio de giro como freio principal por não ser uma</p><p>trava positiva, podendo permitir o movim ento da mesa.</p><p>f) Abaixar a lança se possível verificando se a área está livre e desocupada sem nada a</p><p>ser danificado pela carga ou pela lança, e depois</p><p>prenda o gancho.</p><p>g) Ativar as catracas da lança e do tambor.</p><p>h) Desacoplar a embreagem mestre ou desligue o motor.</p><p>177</p><p>Radio comunicação</p><p>Fig. 4.94 - É recomendável a utilização de radio comunicação nas operações com</p><p>sinalização entre os participantes do trabalho.</p><p>Fig. 4.95 - É importante providenciar iluminação adequada para operação noturna.</p><p>Radio comunicação</p><p>178</p><p>i) Travar todos os controles;</p><p>j) Trancar as portas para impedir entrada de pessoas não autorizadas;</p><p>k) As lanças hidráulicas são mantidas em sua posição por óleo sob pressão. Óleo tende</p><p>expandir-se quando aquecido e se contrair ao esfriar. Um mínimo de vazamento pelas</p><p>juntas também pode existir, mesmo nas máquinas novas. Assim, é essencial</p><p>estacionar a máquina num local que a eventual abaixada gradativa da lança, não</p><p>cause danos pessoais ou materiais Fig. 4.97).</p><p>Nota: Ao estacionar o equipamento para o pernoite, independente do comprimento da</p><p>lança, é recomendável abaixar completamente a lança (até apoiar), ou retrair. Se isso</p><p>for impossível devido as limitações locais, abaixar a lança até o ponto mínimo</p><p>possível e prender o bloco do gancho diretamente a lança. Isso é muito importante em</p><p>áreas de ventos fortes ou o local de estacionamento ser área de acesso público</p><p>(Fig. 4.98).</p><p>Transporte do Guindaste.</p><p>Os procedimentos e as precauções que envolvem a ter um guindaste móvel no local,</p><p>mudando de local para outro, não são as mesmas do que os recomendados para o</p><p>transporte de equipamentos, ou máquinas.</p><p>A consideração mais importante é de evitar de danificar o equipamento, pois esses</p><p>danos normalmente se manifestam na hora de utilizar novamente a máquina.</p><p>Para subir as máquinas de esteira na prancha, faça as rampas suaves, de baixo</p><p>ângulo de inclinação. Se estiver com a lança montada, posicione-a para a frente e baixe-a,</p><p>para evitar bater ou virar para trás (Fig. 4.99). A máquina deve ser cuidadosamente fixada,</p><p>para evitar movimentos. É recomendável acorrentar a torre para perfeita fixação, alem de</p><p>ativar o freio e a trava de giro. (Fig. 4.100 a - Fig. 4.100 b)</p><p>Precauções especiais devem ser adotadas no caso de lança treliçada. Em geral a</p><p>seção base viaja na máquina. Trafegar com as demais seções, aumenta a possibilidade de</p><p>danos, assim evite esse atitude exceto se o fabricante providenciou alguma proteção para</p><p>isso (Fig. 4.101).</p><p>Exceto especificação diferente do fabricante, a seção base deve ser suportada só</p><p>pelos seus cabos de suspensão durante as viagens, pois absorvem os choques e o peso da</p><p>lança não fica apoiada na estrutura da máquina. Assim não tem perigo de danificarem as</p><p>seções tubulares. O peso da lança deve ser suportada pelo cabo de içamento e deve ter</p><p>folga para permitir o balanço causado pela movimento durante a viagem (Fig. 4.102).</p><p>Se houver suporte de lança, o mesmo deve ser utilizado conforme as recomendações</p><p>do fabricante.</p><p>179</p><p>Fig. 4.96 - O operador nunca deve abandonar os controles com carga suspensa.</p><p>180</p><p>Fig. 4.97 - Estacione a máquina sempre num local que nada possa ser danificado se a</p><p>lança baixar acidentalmente.</p><p>Quando suspender as seções da lança nunca engate o gancho nas treliças para não</p><p>dobrá-las, fixe as sempre nas extremidades dos membros principais (Fig. 4.103). As seções</p><p>devem ser calçadas e se forem empilhadas devem ter calços intermediários entre os</p><p>mesmos, de firmeza e segurança absoluta. Se quiser prende-las providencie proteções</p><p>adequadas para não danificar, deformar seus membros. É recomendável usar tiras de lona</p><p>em lugar de correntes para as fixações (Fig. 4.104).</p><p>Antes de movimentar o guindaste, verifique se os freios e trava de giro estão</p><p>adequadamente posicionados e todas as patolas estão recolhidas e travadas em seus</p><p>lugares.</p><p>Sempre verifique as restrições locais para altura, largura e peso, para não exceder os</p><p>limites legais. Se houver necessidade de redução de peso, remova as patolas e o</p><p>contrapeso.</p><p>Os dispositivos de alerta e segurança como luzes, bandeiras, devem estar no</p><p>equipamento e em perfeitas condições de funcionamento.</p><p>181</p><p>Fig. 4.98 - Nunca estacione o guindaste em locais e em posição, que o abaixamento</p><p>acidental da lança possa afetar área com acesso público. A lança deve ser baixada até</p><p>o solo, se possível, ou ao mais baixo possível, o bloco do gancho deve ser baixado e</p><p>preso a lança.</p><p>182</p><p>Mantenha a lança baixa e</p><p>faceando na direção da</p><p>rampa.</p><p>Fig. 4.99 - Ao subir o guindaste a prancha, faça a rampa longa com baixo grau de</p><p>inclinação</p><p>Fig. 4.100 a – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,</p><p>ative os freios e trava de giro e fixe a máquina atirantando-a</p><p>Mantenha a lança baixa e</p><p>faceando na direção da</p><p>rampa.</p><p>183</p><p>Fig. 4.100 b – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,</p><p>ative os freios, a trava de giro e fixe a máquina atirantando-a</p><p>184</p><p>Fig. 4.101 – Trafegue com o guindaste, montado somente com a seção base da lança</p><p>185</p><p>O peso da lança não deve repousar</p><p>sobre o suporte, para não danificar,</p><p>deformar seus membros.</p><p>O peso da lança deve ser</p><p>sustentado pelo seu cabo e</p><p>deve ter folga suficiente para</p><p>permitir seu balanço durante a</p><p>viagem</p><p>Fig. 4.102 - O peso da lança deve ser suportada pelo cabo de içamento e deve ter folga</p><p>para permitir o balanço causado pela movimento durante a viagem</p><p>O peso da lança não deve repousar</p><p>sobre o suporte, para não danificar,</p><p>deformar seus membros</p><p>O peso da lança deve ser sustentado</p><p>pelo seu cabo e deve ter folga suficiente</p><p>para permitir seu balanço durante a</p><p>viagem</p><p>186</p><p>Fig. 4.103 – Nunca suspenda as seções de lança pelas treliças, suspenda sempre nos</p><p>pontos de montagem na extremidade das longarinas .</p><p>Fig. 4.104 – Nunca use cabo ou corrente para prender as seções da lança, use tiras de</p><p>lona</p><p>187</p><p>Fig. 4.105 – Para trafegar com guindaste móvel, mantenha as luzes e demais</p><p>dispositivos de segurança de sinalização ligados, use bandeiras de sinalização e em</p><p>caso de guindastes muito grandes use batedores na frente e atrás da máquina.</p><p>Antes de começar trafegar, use o cinto de segurança do veículo, verifique as pressões</p><p>de ar e de óleo. Não começa movimentar enquanto a pressão de ar se estabilizar.</p><p>Trafegar com um guindaste requer extremo cuidado por parte do operador,</p><p>particularmente na escolha das marchas e no controle do equipamento. Evite buracos,</p><p>obstáculos, solo instável e ladeiras que podem sujeitar o equipamento a tensões prejudiciais</p><p>e eventual tombamento. Se a máquina vier estancar obtenha ajuda com veículo adequado</p><p>para empurrar, para não danificar a transmissão ou os eixos.</p><p>Trafegar em estradas e vias públicas valem as mesmas regras do que os para</p><p>veículos pesados (Fig. 4.105):</p><p>• Mantenha as luzes acesas;</p><p>• Use o sistema de sinalização;</p><p>• Em caso de máquinas grandes use batedores com radio comunicação;</p><p>• Verifique as alturas e todos gabaritos;</p><p>• Observe as limitações de carga sobre as pontes e estradas.</p><p>Manual de Guindastes</p><p>de trabalho. (Fig. 1.6)</p><p>• Equipadas com janelas de vidro de segurança, e permitir</p><p>a ventilação quando necessário. A janela frontal deve ter</p><p>uma seção removível ou poder ser aberta quando for</p><p>necessário e nesse último caso deve ter fixação segura</p><p>para poder mante-la aberta evitando fechamento acidental.</p><p>• Provida de fechadura, para evitar acesso e operação de pessoas não autorizadas na</p><p>ausência do operador, exceto se o painel de controle pode ser fechado separadamente.</p><p>• As portas do cabine devem ter dispositivos de fixação para impedir aberturas ou</p><p>fechamentos acidentais durante a operação do quinaste.</p><p>• A passagem do e para o cabine, bem como do posto de comando, deve ser livre, segura</p><p>e desimpedida para não oferecer riscos de acidentes de queda.</p><p>• O ruído medido no cabine fechado, não deve exceder os 90 dBA.</p><p>• O cabine deve ter iluminação interna suficiente para o operador executar as suas tarefas.</p><p>• O assento do operador deve ter apoio de cabeça e ser ajustável nas cinco posições</p><p>(frente, trás, subir, descer e inclinar).</p><p>• Todas as superfícies onde se caminha, devem ser anti-derrapantes, para evitar a</p><p>queda do operador. Pode-se aplicar pintura anti-derrapante nas superfícies dos</p><p>passadiços (Fig. 1.7).</p><p>• Todas as plataformas e passadiços de serviço devem ter guarda-corpo ou corrimão de</p><p>proteção (Fig. 1.7).</p><p>• Degraus e corrimão para o acesso e saída do cabine e para eventual acesso sobre o</p><p>cabine, se necessário (Fig. 1.7).</p><p>• Dispor ainda dos seguintes acessórios:</p><p>a) Limpadores de parabrisa, permitindo visibilidade perfeita em todos os ângulos.</p><p>b) Aquecedor no cabine para manter uma temperatura de +10ºC internos, com a</p><p>temperatura externa de -28ºC.</p><p>c) Desembaçador de parabrisa.</p><p>d) Extintor de incêndio, CO2, pó químico seco ou equivalente, tipo recomendado: 5:B:C.</p><p>Fig. 1.6 – O</p><p>Operador</p><p>deve ter</p><p>visibilidade</p><p>para a ponta da</p><p>lança</p><p>a todo tempo.</p><p>12</p><p>superfícies anti-derrapantes</p><p>degraus de acesso</p><p>corrimão</p><p>superfícies anti-derrapantes</p><p>Fig. 1.7 As passarelas devem ter superfícies anti-derrapantes, degraus de acesso,</p><p>guarda-corpos e corrimãos, tendo em vista que os acidentes de queda são</p><p>responsáveis pela maioria dos acidentes dos operadores e do pessoal de manutenção</p><p>13 Controles de Operação</p><p>Todos os Controles de Operação devem atender os seguintes requisitos:</p><p>• Todos os controles utilizados durante a operação normal do guindaste devem ser</p><p>localizadas de forma a ter acesso fácil para o operador e ter espaço suficiente para</p><p>manusear os comandos, respeitando as normas SAE J983.</p><p>• Os controles de içamento de carga, içamento da gôndola e das embreagens devem ter</p><p>dispositivos que mantém os na posição de ponto morto (neutro).</p><p>• Todos os Controles de Operação devem ser claramente identificados (Fig. 1.8).</p><p>• Todos os guindastes devem ter dispositivo que desative a alimentação do maquinário da</p><p>superestrutura, com comando de fácil alcance para o operador.</p><p>• Devem ter controles de “homem-morto” para caso de mal súbito do operador.</p><p>• Todos os controles devem ser instalados de maneira que se movimentem na direção dos</p><p>movimentos da carga ou da máquina (Fig. 1.9)</p><p>Fig. 1.8 - Todos os Controles de Operação deve ser claramente identificados</p><p>14</p><p>Baixar</p><p>Subir</p><p>Giro Dir. Giro Esq.</p><p>Giro Esq. Giro Dir.</p><p>Estender</p><p>Retrair</p><p>Retrair</p><p>Baixar</p><p>Suspender</p><p>Fig. 1.9 - Todos os controles devem ser instalados de maneira que se</p><p>movimentem na direção dos movimentos da carga ou da máquina</p><p>15</p><p>• Os controles manuais devem ser ajustados para uma sensibilidade, que a força</p><p>praticada para acioná-los não exceda 15 kg e no caso de controles nos pés, 22 kg. A</p><p>distância de movimentos nas alavancas manuais de 1 via deve ser no máximo 60 cm e</p><p>nas alavancas de 2 vias, 35 cm para cada lado do ponto morto (neutro). Nos pedais essa</p><p>distância não deve exceder os 25 cm.</p><p>Conjunto de Tambores</p><p>Com relação dos tambores, certifique-se que:</p><p>• Tenham características operacionais para executar as funções de içamento, segurar e</p><p>baixar cargas, em condições normais de operação conforme as recomendações do</p><p>fabricante.</p><p>• Sejam equipados com sistema adequada de embreagem, possibilitando partidas e</p><p>paradas imediatas dos tambores.</p><p>• Sejam providos de freios auto-ajustáveis que suportem todas as cargas em caso de falha</p><p>de energia (Fig. 1.10)</p><p>Os freios e embreagens terem ajuste de compensação de desgastes e ter pressão</p><p>suficiente nas molas quando utilizadas.</p><p>• Os mecanismos de içamento devem ter catracas de lingüeta, auxiliares ou outro</p><p>dispositivo de travamento (Fig. 1.11).</p><p>• Sempre devem sobrar pelo menos três voltas de cabo no tambor, em qualquer situação</p><p>de serviço (Fig. 1.12).</p><p>• Os tambores terem capacidade para enrolar o cabo,</p><p>da bitola recomendada, garantindo um enrolamento</p><p>uniforme no tambor.</p><p>• A ponta do cabo deve ser fixada ao tambor com dispositivo aprovado pelos fabricantes</p><p>do cabo e do guindaste. Os tambores devem ter bordas laterais, flanges, de tamanho</p><p>suficiente para o cabo não escapar do tambor.</p><p>• O diâmetro do tambor de içamento</p><p>da carga, deve ser suficiente para mínimo do</p><p>o diâmetro medido entre os eixos da tambor de</p><p>primeira camada de cabo enrolado, carga</p><p>não seja menor do que 18 vezes o</p><p>diâmetro do cabo utilizado.</p><p>O diâmetro do tambor de içamento</p><p>da lança, deve ser suficiente para o D = diâmetro</p><p>diâmetro medido entre os eixos da mínimo do</p><p>primeira camada de cabo enrolado, tambor da</p><p>não seja menor do que 15 vezes o lança</p><p>diâmetro do cabo utilizado (Fig. 1.13).</p><p>D = diâmetro</p><p>D = diâmetro mínimo do</p><p>tambor de carga</p><p>D=18x0 do cabo</p><p>D = diâmetro mínimo do</p><p>tambor da lança</p><p>D=15x0 do cabo</p><p>Fig. 1.13 – Requisitos de Diâmetros dos</p><p>Tambores</p><p>16</p><p>Pressão A Pressão mantém o pistão aberto, conservando o freio aberto</p><p>Sem</p><p>Pressão</p><p>Soltando a pressão – a mola prende o freio</p><p>Vazamento na linha – a mola prende o freio</p><p>Fig. 1.10 – Operação de freio de Segurança (de “prova da falha”)</p><p>17</p><p>• Indicadores de giro de tambores devem ser instalados para a orientação do operador.</p><p>Certifique-se que os cabos estejam fixadas adequadamente nos tambores, ver</p><p>recomendações do “Manual de Rigging” da Associação de Segurança de Construção de</p><p>Ontário.</p><p>Fig. 1.11 - Catracas de lingüeta Fig. 1.12 – Nunca menos do que três voltas</p><p>de cabo sobrando no tambor.</p><p>• Os tambores sulcos devem ter o diâmetro adequado e a profundidade dos sulcos</p><p>correspondente ao diâmetro do cabo.</p><p>• Os flanges dos tambores sulcos devem se projetar acima da última camada de cabo</p><p>com dois diâmetros do cabo utilizado ou 5 cm acima da última camada de cabo enrolado,</p><p>sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).</p><p>• Os flanges dos tambores lisos devem se projetar acima da última camada de cabo com</p><p>dois diâmetros do cabo utilizado ou 7 cm acima da última camada de cabo enrolado,</p><p>sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).</p><p>• O angulo de oscilação do enrolamento do cabo em tambores com sulcos deve ficar,</p><p>entre ¼º e 1¼º , e para tambores lisos, entre 1º e 2º (Fig. 1.15; 1.16 e 1.17).</p><p>Fig. 1.11 – Catracas de lingüeta</p><p>Fig. 1.12 – Nunca menos do que três voltas</p><p>de cabo sobrando no tambor.</p><p>2 x diâmetro do cabo ou 5 cm (o maior)</p><p>2 x diâmetro do cabo ou 7 cm (o maior)</p><p>Tambores com Sulcos</p><p>Tambores Lisos</p><p>Fig. 1.14 – A Borda dos Flanges deve passar sempre a última Camada de</p><p>cabo enrrolado, conforme mostrado nessa ilustração</p><p>18</p><p>Tambores com Sulcos</p><p>Tambores Lisos</p><p>Polia</p><p>Ângulo Ângulo</p><p>Esquerdo Direito</p><p>Eixo do</p><p>tambor</p><p>Prumo da</p><p>Polia</p><p>Fig. 1.15</p><p>Prefácio</p><p>Introdução</p><p>Guindastes Móveis</p><p>Requisitos escolha máquinas e equipamentos</p><p>Escolha de máquinas</p><p>Requisitos equipamentos</p><p>Capacidade de Carga</p><p>Estrutura proteção e protetores</p><p>Cabines e postos de controle</p><p>Controle operação</p><p>Conjutos de tambores</p><p>Freios</p><p>Cabos, Estropos, Cabeamento e Acessórios</p><p>Roldanas</p><p>Patolas</p><p>Abaixamento Controlado</p><p>Batentes de Lança</p><p>Dispositivos de Segurança</p><p>Inspeção, Teste e Manutenção</p><p>Inspeção</p><p>Máquinas Novas</p><p>Inspeções Frequentes</p><p>Inspeções Mensais</p><p>Inspeções Anuais</p><p>Inspeções Quando Necessárias</p><p>Testes</p><p>Manutenção</p><p>Sugestões de Armazenamento da Máquina</p><p>Montagem e Ajuste da Máquina</p><p>Procedimentos de Operação e Precauções</p><p>Responsabilidade de Gerenciamento</p><p>Operadores</p><p>Requisitos Gerais de Operação</p><p>Antes de Içamento</p><p>Fatores Que Afetam a Capacidade</p><p>Amarração da Carga ("Rigging")</p><p>Manuseio da Carga</p><p>Riscos Elétricos</p><p>Operações de Mais de Um Guindaste na Mesma Área</p><p>Içamento com Mais de Um Guindaste</p><p>Translado com Carga Suspensa</p><p>Sinalização</p><p>Máquina Abandonada</p><p>Transporte do Guindaste</p><p>Wanderlei Martins:</p><p>– Ângulo de Oscilação</p><p>Fig. 1.16 – Ângulos de Oscilação</p><p>Em caso de Ângulo de Oscilação</p><p>Teremos sérios problemas de</p><p>desgaste de cabo, e da polia, desgaste de cabo, e da polia,</p><p>teremos desgastes de cabo</p><p>também no tambor, roçando-o na</p><p>volta adjacente e teremos ainda</p><p>um enrolamento irregular e muito enrolamento irregular</p><p>apertado.</p><p>enrolamento muito apertado</p><p>Em caso de Ângulo de Oscilação muito pequeno - Teremos um enrolamento irregular do cabo</p><p>Fig. 1.17 - Efeitos do Ângulo de Oscilação inadequado</p><p>Polia</p><p>Ângulo</p><p>Direito Ângulo</p><p>Esquerdo</p><p>Eixo do tambor</p><p>Veja fig. 1.16</p><p>Prumo da Polia</p><p>Fig. 1.15 – Ângulo de Oscilação</p><p>Tambores com Sulcos</p><p>Tambores Lisos</p><p>Fig. 1.16 – Ângulos de Oscilação</p><p>Em caso de ângulo de oscilação muito grande: Teremos sérios problemas de desgaste</p><p>de cabo, e da polia, teremos desgastes de cabo também do tambor, roçando-o na volta</p><p>adjacente e teremos ainda um enrolamento irregular e muito apertado.</p><p>desgaste de cabo, e da polia</p><p>Enrolamento irregular</p><p>Enrolamento muito apertado</p><p>Em caso de Ângulo de Oscilação muito pequeno - Teremos um enrolamento irregular</p><p>do cabo</p><p>Fig. 1.17 – Efeitos do ângulo de Oscilação inadequado</p><p>ou</p><p>ou</p><p>19 Freios</p><p>• Se os freios não estiverem mecanicamente conectados aos pedais ou alavancas de</p><p>comando (freios de ar ou elétricos), o sistema de freios deve ser provido por sistema de</p><p>segurança, para ser acionada em caso de falta de energia ou pressão, e sem desativa-lo</p><p>enquanto não restituída a energia, para em seguida a serem desativados,</p><p>deliberadamente.</p><p>• Os pedais de freios devem ter superfície anti-derrapante e terem trava para fixa-los na</p><p>posição acionada.</p><p>• Os tambores de içamento de carga devem ser equipados com freio de segurança, que</p><p>possam ser ativados por meio elétrico, hidráulico ou por ar comprimido. O acionamento</p><p>desses freios deve ser direto, assim não é admitido o uso de cintas ou correntes</p><p>entre o freio e o tambor.</p><p>• Os freios de carga devem ter tamanho e capacidade térmica suficientes, para resistir</p><p>toda carga sem permitir a descida.</p><p>• A superfície dos tambores de freio devem ser lisos e livres de defeitos, os componentes</p><p>do freio devem ser acessíveis para regulagem das sapatas.</p><p>• Se o equipamento tiver freios de translado, os mesmos devem ter capacidade de parar o</p><p>equipamento bem como impedir o movimento do mesmo durante os ventos fortes.</p><p>• O freio de giro deve ser mecânico, de segurança, com a capacidade de parar no giro e</p><p>também segurar a lança na posição, com ventos de até 45 km por hora, e uma vez</p><p>acionado o operador não deve ter que se preocupar mais com o freio.</p><p>• O guindaste deve ser equipado também com trava positiva de giro, para evitar</p><p>acionamentos acidentais. Essa trava deve ser ativada sempre que o guindaste trafegar e</p><p>também sobre terrenos irregulares com carga suspensa pela lança.</p><p>• Nos guindastes móveis os freios devem ser de segurança e capazes de manter a</p><p>máquina estacionada em condições normais de trabalho, nos declives indicados pelo</p><p>fabricante, mesmo em caso de falta de pressão operacional.</p><p>• Em guindastes sobre rodas, os freios deve ter capacidade de parar o equipamento dentro</p><p>de uma distância de 9,75 metros com velocidade de 23 km por hora e manter a máquina</p><p>estacionada, nos declives indicados pelo fabricante. Os freios acionados por ar</p><p>comprimido, devem ter capacidade de parar a máquina, mesmo em caso de falta de</p><p>pressão operacional.</p><p>• Onde as ladeiras são muito longas ou acentuadas, deve ser instalado “retardador” ou</p><p>dispositivo similar, tipo Freio Jacobs.</p><p>Cabos, Estropos, Cabeamento e Acessórios</p><p>Para informações completas sobre esses componentes consultar o “Rigging Manual”</p><p>(Manual de Içamento) da Associação de Segurança de Construção de Ontário.</p><p>20 Roldanas</p><p>As condições do sulco das roldanas TOLERÂNCIAS DE SULCOS</p><p>tem grande influencia na vida útil dos cabos. DE ROLDANAS</p><p>Os sulcos devem ser lisos e um pouco mais Diâmetro Sobre-medida do sulco</p><p>largos do que o diâmetro do cabo para evitar Nominal do Cabo Mínimo Máximo</p><p>que o mesmo seja “mastigado” ou deformado 1/4” - 5/16” 1/64” 1/32”</p><p>pela roldana. Uma vez que os cabos novos 3/8” - 3/4” 1/32” 1/16”</p><p>sempre são um pouco mais grossos do que 13/16” - 1-1/8” 3/64” 3/32”</p><p>seu diâmetro nominal, os sulcos de roldanas 1-3/16” - 1-1/2” 1/16” 1/8”</p><p>devem acomodar os cabos novos como é 1-9/16” - 2-1/4” 3/32” 3/16”</p><p>indicado na tabela ao lado 2-5/16” e acima 1/8” 1/4”</p><p>Quando o sulco é ligeiramente maior do que o diâmetro nominal do cabo, o mesmo</p><p>oferece o suporte máximo ao cabo, mas se o sulco for mais largo do que o adequado, o</p><p>suporte será deficiente e o cabo poderá vir se “achatar”. Por outro lado o sulco muito</p><p>apertado danifica o cabo, prendendo-o e deformando, causa abrasão e aquecimento. (Fig.</p><p>1.18)</p><p>O diâmetro dos cabos diminui ao decorrer do uso prolongado, em virtude do desgaste</p><p>e a perda de suporte do seu núcleo. Um cabo subdimensionado desgasta o sulco da</p><p>roldana e quando trocamos o cabo por um novo, o cabo novo pode ficar preso no sulco</p><p>desgastado (Fig. 1.19)</p><p>Para garantir a vida útil, prolongada e eficiente de um cabo, o sulco da roldana deve</p><p>estar perfeito, regular, liso e as bordas internas arredondadas. O fundo do sulco deve ter um</p><p>arco de suporte de ao menos 120º a 150º e os lados do sulco devem ser tangentes do arco</p><p>(Fig. 1.20). Quanto mais se aproxima o contorno do sulco, maior será a área de contato.</p><p>Isso minimiza a distorção e a fatiga do cabo facilita o giro da roldana. Se o diâmetro do</p><p>sulco for muito grande, não oferecerá suporte adequado ao cabo, causando achatamento e</p><p>distorção, o que acelera a fatiga dos fios de aço e leva a deterioraç ão prematura.</p><p>Se o sulco for muito estreito para o cabo, o peso da carga prenderá o cabo no sulco,</p><p>resultando o desgaste de ambos, do cabo e da roldana. Isso pode ocorrer se utilizamos</p><p>cabos novos em roldanas antigas, desgastadas.</p><p>Combinação de Cabos e Sulcos de Roldanas</p><p>Cabos e Sulco</p><p>combinados</p><p>adequadamente</p><p>Cabo muito grosso vai</p><p>mastigar</p><p>Cabo muito fino vai</p><p>“achatar”</p><p>Fig. 1.18</p><p>21</p><p>Se as roldanas não estiverem perfeitamente alinhadas, ocorre desgaste rápido tanto no cabo</p><p>como na roldana. É um sintoma fácil de observar, resultado de desalinhamento de roldana é o cabo</p><p>desgastado e um lado do sulco da roldana também (Fig. 1.21)</p><p>Se o cabo for muito fino para a roldana (1) vai desgastar o sulco da roldana (2) e se</p><p>colocarmos um cabo novo de bitola correta na roldana desgastada (3), o mesmo será</p><p>seriamente danificado pelo sulco desgastado.</p><p>Efeitos da Combinação inadequada de Cabo e Roldana.</p><p>Fig. 1.19</p><p>Em condições de concordância ideal, o</p><p>suporte do cabo deve ser um arco de</p><p>120º a 150º</p><p>Condições ideais de arco de suporte do cabo no sulco da roldana.</p><p>Fig. 1.20</p><p>Desgaste na roldana</p><p>Desgaste na roldana</p><p>Quando há desalinhamento do eixo da linha do cabo e</p><p>das roldanas, o resultado é desgaste rápido do cabo e</p><p>das roldanas</p><p>Fig. 1.21 - Efeito de Desalinhamento de Roldanas</p><p>22</p><p>Uma das formas mais rápidas de arruinar um cabo é utilizando-o com roldanas</p><p>pequenas. O flexionamento e esticamento, excessivo e repetido dos fios de aço do cabo,</p><p>levam a fatiga prematura. Use o maior diâmetro possível de roldana no seu equipamento.</p><p>Roldanas de içamento de lança devem ter diâmetro não menor do que 15 vezes o</p><p>diâmetro nominal do cabo (Fig. 1.22)</p><p>Roldanas de içamento de carga</p><p>devem ter diâmetro não menor do que 18 vezes o</p><p>diâmetro nominal do cabo, e roldanas de bloqueio de carga devem ter diâmetro não menor</p><p>do que 16 vezes o diâmetro nominal do cabo (Fig. 1.22)</p><p>A profundidade dos sulcos das roldanas deve ser ao menos 1 e ½ vezes o diâmetro</p><p>do cabo e a inclinação das paredes do flange não deve ser mais do que 18º em relação do</p><p>eixo do cabo. As bordas do flange devem ser abaulados e as roldanas devem girar</p><p>realmente na direção da rotação do eixo do cabo (Fig. 1.23)</p><p>Diâmetro mínimo de</p><p>Roldanas de Içamento</p><p>de Lança.</p><p>D = 15 x diâmetro do cabo</p><p>Diâmetro mínimo de</p><p>Roldanas do Bloqueio</p><p>de Carga.</p><p>D = 16 x diâmetro do cabo</p><p>Verifique se os guias de cabos</p><p>estão corretamente instaladas</p><p>Diâmetro mínimo</p><p>de</p><p>Roldanas de</p><p>Içamento</p><p>de Carga.</p><p>D = 18 x diâmetro</p><p>Fig. 1.22 - Diâmetros mínimos de Roldanas de Guindastes</p><p>23</p><p>O rolamentos devem ser de lubrificação permanente ou providos meios de</p><p>lubrificação. Lubrificação inadequada, ou uma roldana pesada para a carga, vai</p><p>resultar em deslizamento do cabo na roldana ao mudar a velocidade do cabo. O</p><p>momento da roldana pesada vai causar o giro contínuo da mesma após a parada do</p><p>cabo. Esse efeito de esmerilhamento causa um atrito severo, deteriorando</p><p>prematuramente o cabo. (Fig. 1.24)</p><p>Se as roldanas conduzem cabos que podem ser momentaneamente descarregados,</p><p>a roldana deve ser equipada com guias de cabos, para evitar que o cabo sem carga escape</p><p>da roldana. As roldanas de bloqueio de baixar a carga devem também ter guias de cabo,</p><p>fechados, que evitam a saída do cabo quando a carga está sendo depositada no chão com o</p><p>cabo solto. Essa guias devem ser fixas, sendo removidas apenas para manutenção,</p><p>inspeção ou ajustes. A não observância desse procedimento pode causar a saída do cabo</p><p>da roldana e ficar preso (Fig. 1.25)</p><p>Profundidade</p><p>mínima</p><p>do sulco = 1,5 D</p><p>Diâmetro do</p><p>cabo = D</p><p>Bordas</p><p>arredondadas</p><p>A roldana</p><p>deve</p><p>girar</p><p>realmente na</p><p>rotação do</p><p>eixo</p><p>Fig. 1.23 - Verifique se todas as Roldanas atendem os requisitos</p><p>Se a roldana é mal lubrificada ou</p><p>é muito pesada o cabo vai</p><p>mover-se antes de roldana</p><p>começar girar, causando danos</p><p>e aquecimento do cabo.</p><p>Se a roldana for muito pesada,</p><p>continua girar,</p><p>mesmo depois da parada do cabo,</p><p>causando danos sérios ao cabo.</p><p>Fig. 1.24 - Efeitos de roldanas pesadas e manutenção inadequada sobre o cabo.</p><p>24</p><p>As roldanas devem ser verificadas periodicamente e quando houver necessidade de</p><p>troca, use somente peça original ou recomendada pelo fabricante do guindaste. Em alguns</p><p>casos podem ser utilizadas roldanas remanufaturadas, mas sempre somente com a</p><p>concordância do fabricante, uma vez que existe um limite para a remoção do metal</p><p>danificado.</p><p>Inspecione as roldanas cuidadosamente para identificar qualquer sinal de trinca nos</p><p>flanges, qualquer parte lascada da roldana, por menor que seja, pode ser o responsável</p><p>pelo escape ou rompimento do cabo, com resultados desastrosos.</p><p>É importante saber que nunca devem ser utilizados cabos de fibra com roldanas que</p><p>já foram utilizadas com cabos de aço, bem como não utilizar cabo de aço com polias ou</p><p>roldanas projetadas para cabos de fibra.</p><p>As superfícies dos sulcos de roldanas Marcas de cabo</p><p>e dos tambores devem ser perfeitamente lisas, na roldana</p><p>as superfícies marcadas causam o desgaste A roldana deve</p><p>dos cabos novos (Fig. 1.26). ser retificada ou</p><p>substituída.</p><p>.</p><p>Essas marcas são causadas pelo contato do cabo</p><p>sobre a superfície do tambor, com muita pressão,</p><p>e assim se forem detectadas essas marcas, o</p><p>tambor deve ser retificado ou substituído,</p><p>e a pressão do contato reduzido, assim:</p><p>a) reduzindo a carga no cabo; ou</p><p>b) aumentando o diâmetro do tambor; ou</p><p>c) substituição do tambor por outro de aço mais</p><p>duro.</p><p>Fig. 1.26 – Sulcos danificados</p><p>Patolas</p><p>Todas as patolas devem poder ser fixadas seguramente, na posição recolhida durante</p><p>o translado do equipamento e na posição estendida, quando na hora do içamento. Os</p><p>macacos, se utilizados, devem ser de segurança, sem perderem a pressão e não devem ter</p><p>vazamentos sob carga.</p><p>Para evitar que o</p><p>cabo escape da</p><p>roldana, instale</p><p>guias de cabo</p><p>em todas as</p><p>roldanas</p><p>Fig. 1.25 – Guias de cabos para roldanas</p><p>Marcas de cabo</p><p>na roldana. A</p><p>roldana deve ser</p><p>retificada ou</p><p>substituída</p><p>Fig. 1.26 – Sulcos danificados</p><p>25</p><p>Cada patola deve ser visível na sua posição de atuação, exceto quando o operador</p><p>é auxiliado por um sinalizador.</p><p>As placas de apoio das patolas devem estar em perfeitas condições e ter fixação</p><p>segura com a sua patola.</p><p>As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação visível da sua</p><p>posição de totalmente estendida (Fig. 1.27).</p><p>Abaixamento Controlado.</p><p>É recomendável que a máquina seja equipada com um dispositivo, para permitir o</p><p>Abaixamento Controlado da carga, com capacidade suficiente para a carga e velocidade</p><p>totais, especificadas pelo fabricante, para possibilitar um abaixamento de carga com</p><p>precisão, aliviando assim o freio de abaixamento.</p><p>Fig. 1.27 - As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação</p><p>visível da sua posição de totalmente estendida .</p><p>26</p><p>Batentes de Lança</p><p>Todos os guindastes móveis devem ter batentes de lança, para evitar que a lança</p><p>tombe ou caia em cima do cabine do operador (Fig. 1.28). Esse tipo de acidente ocorre</p><p>freqüentemente por causa de:</p><p>• O bloco do gancho puxado dentro da</p><p>cabeça da lança (Fig. 1.29)</p><p>• Translado com a lança em ângulo</p><p>muito elevado (Fig. 1.30)</p><p>• Andar com a lança muito alta em declive</p><p>acentuado e girando do lado baixo para</p><p>o lado alto (Fig. 1.31)</p><p>• Arrastando a embreagem que causa o</p><p>acionamento da lança mesmo quando é</p><p>para estar desconectado. Fig. 1.28 – Acidente comum de guindaste</p><p>TOMBAMENTO TOMBAMENTO</p><p>DE LANÇA DE LANÇA</p><p>Tombamento de</p><p>lança</p><p>Fig. 1.28 – Acidente comum de Guindaste</p><p>Tombamento da Lança</p><p>Movimento Repentino para frente Fig. 1.29 - Causa comum de acidente</p><p>com a lança é “duplo bloqueio” onde</p><p>se continua puxando o cabo, batendo</p><p>o bloco do gancho na ponta da lança.</p><p>Fig. 1.30 - O guindaste pode “andar</p><p>para fora” por de baixo da lança.</p><p>27</p><p>• Escorregamento de estropo carregado com a lança alta, o abaixamento rápido da carga</p><p>pode causar o “chicoteamento” da lança para trás. (Fig. 1.32)</p><p>• Ação de vento muito forte sobre a lança elevada, forçando-a passar da posição vertical</p><p>(Fig. 1.33)</p><p>O melhor batente de lança é o tipo que combina as funções de desengatar a</p><p>embreagem principal e pára fisicamente a lança ao atingir um ângulo máximo,</p><p>predeterminado.</p><p>Esse dispositivo tem a forma de uma mola ou um pistão, acionado com ar</p><p>comprimido, correndo dentro de um cilindro, montado num suporte “A” para interceptar a</p><p>lança num ponto mais alto possível. Quando a lança chega ao ângulo predeterminado, ativa</p><p>a chave de fim-de-curso, que causa a parada do tambor de içamento (Fig. 1.34)</p><p>Esses cilindros, tubos, normalmente são instalados aos pares e conectados a cabeça</p><p>do cavalete, numa das extremidades e são estendidas a cada lado até a primeira emenda da</p><p>lança. Alguns batentes telescópicos são equipados com molas ou dispositivos de ar</p><p>comprimido, para amortecer o choque causado pela lança (Fig. 1.34)</p><p>Notas: - Num talude de 6º altere o ângulo da lança para 12º</p><p>(o dobro do ângulo do talude)</p><p>- O momento na mesa é aumentada</p><p>- O raio de carga é diminuída</p><p>- A lança pode tombar para trás</p><p>Fig. 1.31 - Transladar com a lança elevada em terreno inclinado é perigoso, o</p><p>giro do cabine contra o morro pode tombar a lança para trás.</p><p>Tombamento da lança</p><p>Giro</p><p>para</p><p>Cima</p><p>Giro</p><p>para</p><p>Cima</p><p>28</p><p>• Alguns dispositivos utilizam os princípios de chave de fim-de-curso que desativam a</p><p>embreagem ou o motor quando a lança atinge a um ângulo predeterminado, que não é</p><p>recomendável, mas essas chaves não são efetivos para acidentes comuns de lança,</p><p>entretanto podem ser utilizados em conjunto de batentes de lança.</p><p>TOMBAMENTO</p><p>Batentes de lança</p><p>Fig. 1.32 - Se a carga cair</p><p>bruscamente o alívio repentino pode</p><p>causar o repique da lança para trás.</p><p>Fig. 1.33 - Ventos fortes podem</p><p>causar o tombamento da lança.</p><p>Batentes de lança</p><p>Tombamento da lança</p><p>Tombamento da lança</p><p>Vento</p><p>29</p><p>Batentes de Lança de Guindastes Móveis</p><p>Batentes de lança</p><p>Batentes da Lança</p><p>Aumenta a ação</p><p>resistiva até a</p><p>lança parar</p><p>A pressão do ar</p><p>resiste a lança</p><p>ao chegar ao</p><p>ângulo máximo</p><p>Mola Embolo Embolo</p><p>Pistão</p><p>Cilindro</p><p>Chave de fim-de-curso</p><p>Batente de ar Comprimido Batente de Mola</p><p>Fig 1.34</p><p>30 Dispositivos de Segurança</p><p>É recomendável que todos os guindastes móveis sejam equipados com os seguintes</p><p>dispositivos de segurança:</p><p>• Tampas de abastecimento auto-travante e anti-chama.</p><p>• Caixa metálica fixada permanentemente a estrutura do equipamento, para ferramentas e</p><p>equipamento de lubrificação.</p><p>• Iluminação adequada para operação noturna, inclusive luz-de-ré.</p><p>• Calços para as rodas, para calça-las para permitir paradas seguras em rampas, para</p><p>estacionamento ou manutenção (fig. 1.35)</p><p>• Espelhos retrovisores de tamanho adequado (mínimo 25 x 25 cm), em ambas as laterais</p><p>• Extintor de incêndio, tipo 5:B:C. Os operadores e o pessoal de manutenção devem ser</p><p>treinados para uso e manutenção de extintores.</p><p>• Indicadores de inclinação de lança, legíveis e em local visível para o operador, em todas</p><p>as máquinas que tenham lanças que podem chegar a posição vertical (Fig. 1.36)</p><p>Calço das rodas</p><p>Fig. 1.35 - Use sempre calços nas rodas ao estacionar em trampas</p><p>Fig. 1.36 – Indicadores de inclinação de lança, em todas as máquinas que</p><p>tenham lanças que podem chegar a posição vertical</p><p>31</p><p>• Indicadores de comprimento de lança em todas as máquinas com lança telescópica</p><p>(Fig. 1.37).</p><p>• Deve ter um sirene na parte externa do cabine, cujo comando, interruptor acionador deve</p><p>estar de fácil alcance do operador (Fig. 1.38)</p><p>• Batentes de lança, amortecidos (exceto para lanças telescópicas).</p><p>• Dispositivos automáticos de parada automática do tambor quando a lança atinge o</p><p>ângulo máximo permissível.</p><p>• Nível de bolha nos controles das patolas para nivelamento perfeito.</p><p>Cabo</p><p>Contador digital</p><p>Grampos</p><p>Conj.de cabo e</p><p>embreagem</p><p>Fig. 1.37 – Indicadores de comprimento de lança em todas as máquinas com lança</p><p>hidráulica, telescópica</p><p>Polia</p><p>Sirene</p><p>Fig. 1.38 - Sirene montado na parte externa do cabine</p><p>32</p><p>• Superfícies retificadas na mesa giratória, paralelo aos pinos do pé da lança no plano</p><p>horizontal, onde deve ser colocado um nível de carpinteiro de 1,2 m, para nivelamento</p><p>final (Fig. 1.39)</p><p>• Uma placa instalada próximo aos pinos de pé de lança, indicando claramente a</p><p>distância de um ponto bem definido do centro do giro. Esse valor pode ser</p><p>adicionado a distância do ponto central da carga, para obter a distância até o centro</p><p>do giro (Fig. 1.40).</p><p>Os manuais dos fabricantes tem todos os dados relacionados a operação e manutenção</p><p>para cada modelo específico de guindaste, qual é o equipamento pertinente. O manual deve</p><p>conter, no mínimo, as seguintes informações:</p><p>• Designação ou tipo de equipamento.</p><p>• Nome do fabricante.</p><p>• Nome do projetista, se não for o próprio fabricante.</p><p>• Número de modelo e de série do equipamento.</p><p>• Data da venda pelo fabricante.</p><p>• Peso total do equipamento e as pressões sobre os pneus e as patolas.</p><p>• Peso das seções de lança.</p><p>• Uma cópia da tabela de cargas e toada as possíveis combinações, capacidades e</p><p>geometria.</p><p>• Procedimentos de Inspeção e Manutenção, incluindo:</p><p>a) Especificação de materiais das lanças e das patolas.</p><p>b) Especificação das soldas das lanças e das patolas.</p><p>Placas de nivelamento Placas de nivelamento</p><p>Fig. 1.39 - Superfícies retificadas na mesa giratória, no plano horizontal, onde deve ser</p><p>colocado um nível de carpinteiro de 1,2 m, para nivelamento</p><p>33</p><p>Fig. 1.40 - Verifique se a placa estiver instalada próximo ao pé da lança, indicando a</p><p>distância do centro do giro, valor essa que pode ser adicionada a distância do ponto</p><p>central da carga, para obter a distância da carga até o centro do giro.</p><p>Manuais e Registros de Equipamento</p><p>Este local</p><p>é...........ft.........</p><p>interno</p><p>Para rotação</p><p>central</p><p>34</p><p>• Especificações de estropos.</p><p>• Especificação de montagem.</p><p>• Precauções operacionais.</p><p>Se o equipamento não é fornecido com livro de registros, deve-se abrir um livro de</p><p>registros e mante-lo atualizado com anotações sobre as inspeções, testes, reparos,</p><p>manutenção e as horas de serviço. Todos os registros devem ser datados e assinados pelo</p><p>operador, quem fez a manutenção e o supervisor. O proprietário deve conservar esse livro</p><p>por toda vida útil do equipamento.</p><p>Recuse a compra ou uso de peça, que foi modificada, alterada ou sujeitada a</p><p>qualquer desvio da especificação do fabricante, que possa por em risco a segurança</p><p>operacional, exceto se houver documentação comprovando quanto a aceitação dessa</p><p>modificação por parte de autoridade competente.</p><p>35</p><p>CAPÍTULO 2</p><p>INSPEÇÃO, TESTE E MANUTENÇÃO</p><p>INSPEÇÃO</p><p>A segurança de um equipamento só pode ser garantido se o mesmo recebe</p><p>inspeções, testes e manutenção regularmente. As inspeções regulares são particularmente</p><p>importantes, para possibilitar a detecção possíveis falhas, que poderão contribuir a</p><p>acidentes. Também pelas inspeções podemos detectar antecipadamente, falhas que</p><p>poderão representar despesas pesadas de manutenção.</p><p>É da responsabilidade do proprietário ou fornecedor garantir que sejam executadas as</p><p>inspeções periódicas conforme as recomendações do fabricante.</p><p>Devido a grande variedade de condições, nos quais equipamentos de mesmo tipo</p><p>podem operar, é impossível o fabricante determinar a periodicidade exata para inspeções e</p><p>manutenção. Todos os intervalos para inspeção, manutenção e lubrificação, publicados, se</p><p>referem a um período mínimo, para uma condição de operação média. Cabe ao proprietário</p><p>do equipamento se adequar de acordo as suas condições de trabalho.</p><p>É importante que o Livro de Registro indique o número de série do equipamento. Esse</p><p>livro deve ter todas as anotações detalhadas referentes - indicando sempre as datas e o</p><p>número total de horas de cada serviço registrado - a revisões, modificações, inspeções,</p><p>testes, reparos, manutenção e os incidentes (inclusive os danos e seus reparos). Também</p><p>importante constar no livro, detalhes sobre a lança e suas seções, bem como os elementos</p><p>estruturais, projetadas e fabricadas por terceiros. Só assim teremos um histórico real e</p><p>completo sobre o nosso equipamento (Fig. 2.1)</p><p>Fig. 2.1 - Um Livro de Registro, completo com todos os detalhes, devemos ter</p><p>para cada guindaste.</p><p>36</p><p>Também é recomendável que em caso de transferência ou venda do equipamento,</p><p>o Livro de Registros acompanhe o equipamento.</p><p>Todas as inspeções devem ser executadas por profissionais competentes e sob</p><p>supervisão, para evitar de deixar de verificar algum detalhe, interpretar sintomas de forma</p><p>errônea. O inspetor deve ter conhecimentos teóricos e práticos sobre o equipamento, para</p><p>não só detectar os defeitos, mas saber interpretá-los, relacionando com a importância no</p><p>funcionamento do equipamento. Ele deve manter atualizado o livro de registros e reportar</p><p>ao supervisor todos</p><p>os detalhes.</p><p>Além da inspeção, é responsabilidade do proprietário ou de seu representante que</p><p>após a inspeção feita, se enquadrar nas condições abaixo descritas, certificar-se que o</p><p>equipamento se encontra em condições seguras de operação.</p><p>• Antes de iniciar o uso de um equipamento novo, equipamento usado recém adquirido, ou</p><p>equipamento locado.</p><p>• Após cada reparo maior ou modificação do equipamento.</p><p>• Após alterações de projeto.</p><p>• Após cada montagem de guindaste que foi transportado.</p><p>• Equipamento parado por período superior a 6 meses, retornando ao serviço.</p><p>• Equipamento envolvido em acidente, sinistro, retornando ao serviço.</p><p>Os períodos para inspeção e a natureza das inspeções de guindastes depende das</p><p>condições de trabalho e do equipamento, depende do seu grau de exposição a intempéries,</p><p>desgastes e depende da complexidade de seus componentes.</p><p>Qualquer deterioração deve ser examinada cuidadosamente e ponderadas as</p><p>conseqüências da continuação da utilização e da margem de perigo que isso representa.</p><p>Para isso, devem ser consideradas as freqüências e natureza da utilização, para quando</p><p>está prevista a próxima inspeção, as práticas operacionais e a probabilidade de causar</p><p>danos pessoas e materiais.</p><p>O inspetor deve determinar:</p><p>• Se o defeito observado representa possibilidade de falha, e</p><p>• Se o montante de deterioração ainda permite condição segura de operação até a</p><p>próxima inspeção programada.</p><p>Se o equipamento foi encontrado em condições que representem perigo ou condição</p><p>Insegura, deve ser emitida a ordem de “Máquina Parada” e o mesmo deve ser interditado,</p><p>até que as irregularidades sejam sanadas.</p><p>37 Máquinas Novas</p><p>Ao receber uma máquina nova, faça as seguintes verificações:</p><p>a) Geral (Superior e Carreteira)</p><p>• Verifique eventuais danos ocorridos durante o transporte, com atenção especial as</p><p>seções de lança. Se houverem danos notifique imediatamente a transportadora.</p><p>• Limpe a sujeira, tintas e outros materiais estranhos acumulados durante o</p><p>transporte.</p><p>• Verifique os compartimentos de óleo se o nível está correto, se necessário</p><p>substitua para atender as condições locais.</p><p>b) Motor (Superior e Carreteira)</p><p>• Verifique os níveis de combustível, água e óleo, dê partida e verifique a pressão</p><p>de óleo, temperatura da água, e a indicação do amperímetro, etc. Consulte o</p><p>manual do fabricante, fornecida com a máquina.</p><p>c) Sistema de Freios (Somente da Carreteira)</p><p>• Verifique a pressão máxima de ar.</p><p>• Verifique os dispositivos de aviso de baixa pressão de ar.</p><p>• Verifique o funcionamento do freio de pedal..</p><p>• Verifique o funcionamento de freio de escavação.</p><p>d) Embreagens e Freios (Somente Superior)</p><p>• Verifique o ajuste de todas as embreagens e freios antes de operar a máquina.</p><p>• Verifique as embreagens e freios, cupilhas, parafusos, porcas, porcas</p><p>autotravantes, desajustes, danos, materiais estranhos, óleos e graxas nas</p><p>superfícies de fricção, etc. Se houver irregularidade corrija, antes de começar a</p><p>operação do equipamento.</p><p>e) Sistema Hidráulico (Superior e Carreteira)</p><p>• Verifique se há danos e vazamentos e faça os reparos necessários, antes de por</p><p>o equipamento em utilização.</p><p>• Verifique se as pressões operacionais estão corretas.</p><p>• Verifique as tensões das correias.</p><p>• Verifique o nível do fluído hidráulico.</p><p>f) Sistema Elétrico</p><p>• Verifique az luzes, como: os faróis, sinalizações, indicadores de direção,</p><p>estacionamento, ré, de freios bem como o perfeito funcionamento dos limpadores</p><p>de parabrisas, buzinas, etc.</p><p>• Verifique o funcionamento correto dos instrumentos do painel.</p><p>38</p><p>• Verifique as conexões dos cabos da bateria e o nível da água, completando se</p><p>necessário.</p><p>g) Embreagem Mestre (só superior)</p><p>• Antes de acionar a embreagem, leia as instruções pertinentes, na íntegra, no</p><p>manual do fabricante. Inspecione a máquina para eventuais componentes que</p><p>possam interferir nas partes móveis, antes de acionar a embreagem. Deslize a</p><p>embreagem, acelerando um pouco o motor para verificar se não há peças</p><p>estranhas nas partes móveis.</p><p>h) Lubrificação</p><p>• Lubrifique toda a máquina conforme recomendado no manual.</p><p>Nota: Opere a nova máquina com o afogador meio ativado nos primeiros 16 horas</p><p>(dois turnos de trabalho). Um período de amaciamento com cargas moderadas vai</p><p>contribuir a um longo desempenho satisfatório e livre de problemas.</p><p>Inspeções Freqüentes</p><p>Todos os componentes que tem relação direta com a segurança do guindaste, cujo</p><p>estado pode alterar pelo uso de dia-dia, devem ser inspecionados diariamente, sempre que</p><p>possível, observando o funcionamento durante a operação.</p><p>Para determinar se a máquina está segura para uso imediato, as inspeções devem</p><p>ser executadas no início de cada turno, incluindo, mas não se limitando apenas, os</p><p>seguintes itens:</p><p>• Verificar lubrificação adequada, verificar os níveis dos reservatórios de: combustível,</p><p>óleo, refrigeração e fluído hidráulico. Verificar e limpar os filtros substituindo o óleo se</p><p>estiver contaminado ou de nível insuficiente, usando sempre óleo com a viscosidade</p><p>recomendada, de acordo com as especificações. Verificar os bujões de nível na</p><p>planetária e nas caixas de engrenagens.</p><p>• Completar a água das baterias se necessário.</p><p>• Verificar a pressão e a pressão de alívio dos tanques. Drenar os tanques de ar</p><p>diariamente e remover a água ao fim do turno no período de inverno.</p><p>• Inspecionar os freios e embreagens, testando os freios de carga, suspendendo cargas de</p><p>peso próximo ao limite de capacidade, só por alguns centímetros do solo, para testar.</p><p>Esse teste deve ser feito mesmo durante o trabalho se manuseamos cargas que estejam</p><p>próximo a limite de capacidade da máquina, para verificar se não há deslizamento.</p><p>• Fazer uma inspeção visual de cada componente, utilizado para içamento e</p><p>movimentação da lança, para evitar problemas de segurança nas operações.</p><p>• Verificar todos os cabos de aço, roldanas, tambores, acoplamentos e ferragens</p><p>auxiliares de içamento, conforme os requisitos do “Manual de Rigging” da Associação de</p><p>Segurança de Construção de Ontário. (Fig. 2.2). Os ganchos devem ter travas de</p><p>segurança, não devem ter deformações, desgastes ou trincas. Esses ganchos com</p><p>39</p><p>defeitos devem ser retirados, substituídos, e as peças condenadas devem ser</p><p>destruídas (Fig. 2.3)</p><p>1 – O cabo está em condição de</p><p>utilização segura atualmente?</p><p>2 – Estará nessa mesma condição</p><p>até a próxima inspeção?</p><p>Fig. 2.2 – Verificação dos Cabos</p><p>Verifique trincas</p><p>e desgastes</p><p>Verifique as</p><p>deformações</p><p>Verificar sinais</p><p>de “abertura”</p><p>Verificar desgaste</p><p>e deformações</p><p>Verifique</p><p>trincas e</p><p>deformações</p><p>Verificação dos Ganchos</p><p>Fig. 2.3</p><p>Verifique o giro livre das articulações dos</p><p>ganchos</p><p>Fig.2.4 – Todos os ganchos devem ter</p><p>movimentos de giro livres</p><p>40</p><p>• Verifique todos os mecanismos, como roldanas, tambores, freios, mecanismos de</p><p>travamento, lança, contrabalança, ganchos e seus acessórios, chaves de fim-de-curso,</p><p>pistões hidráulicos, dispositivos de segurança, instrumentos e luzes. Verifique a mesa</p><p>de giro, se não apresenta trincas, parafusos soltos ou faltando. Os parafusos soltos</p><p>devem ser substituídos e não reapertados. Se os parafusos estiverem soltos, devem</p><p>ter sido distendidos, logo perderam a segurança. Verificando as patolas, confira os</p><p>braços e os pistões se não estão distorcidos. Confira todas as soldas se não apresentam</p><p>trincas, e verifique o movimento tanto do pistão como do braço, se seus movimentos são</p><p>suaves, estendendo e recolhendo e se mantêm a pressão adequada. Verifique as placas</p><p>das patolas (Fig. 2.5)</p><p>Verifique se tem trincas, pinos tortos,</p><p>parafusos soltos e deformações</p><p>Verifique deformações</p><p>e soldas</p><p>Trincas e</p><p>doformações</p><p>Verifique deformações, trincas e</p><p>os pinos</p><p>Verifique trincas em volta dos pinos e das</p><p>soldas</p><p>Fig. 2.5 – Verifique os conjuntos de patolas cuidadosamente.</p><p>41</p><p>• Faça inspeção visual da lança e</p><p>contrabalança para detectar evidências de</p><p>danos, como trincas, deformações e sinais Treliças</p><p>de solda. Observe cuidadosamente a pintura dobradas ,</p><p>cuja superfície pode revelar fadiga e futuras deformadas</p><p>falhas dos elementos metálicos. Verificando</p><p>as lanças treliçadas observe cuidadosamente</p><p>existência de treliças dobradas (Fig. 2.6).</p><p>Se as mesmas estiverem deformadas ou</p><p>amassadas, os membros principais perdem</p><p>sua capacidade de sustentação naquela área.</p><p>As deformações das treliças repuxam os</p><p>membros principais, fora da sua posição,</p><p>deformando a geometria do conjunto.</p><p>Essa preocupação é especialmente</p><p>importante em caso de lanças tubulares,</p><p>onde as peças devem ser absolutamente</p><p>retas e isentas de deformações.</p><p>• Nunca em hipótese alguma tente</p><p>endireitar treliças deformadas, seja</p><p>com martelada, seja por aquecimento.</p><p>Essas peças deformadas devem ser</p><p>recortadas, removidas e substituídas</p><p>por novas (Fig. 2.7). É importante que</p><p>sejam seguidas na íntegra as</p><p>recomendações do fabricante, no que se</p><p>refere as soldas dos elementos e que o</p><p>serviço tenha um acompanhamento de</p><p>profissionais especializados.</p><p>• Verifique se o comprimento está gravado,</p><p>nas seções de lança, de forma legível e</p><p>permanente, inclusive nas peças de base</p><p>e a peça final, bem como, devemos sempre</p><p>saber o comprimento total da lança .</p><p>(Fig. 2.8).</p><p>Treliças</p><p>dobradas,</p><p>deformada</p><p>s</p><p>Verifique sempre</p><p>soldas e ferrugens</p><p>Fig. 2.6 – Inspecionar todas as</p><p>seções da lança, se apresentam</p><p>deformações ou amassamentos</p><p>NÃO !</p><p>Fig. 2.7 – As treliças deformadas devem ser recortadas e substituídas –</p><p>NUNCA DEVEMOS TENTAR ENDIRETÁ-LAS</p><p>42</p><p>• Verifique sempre se as passarelas da máquina estão limpas, livres de tacos, óleo e</p><p>graxas.</p><p>• Verifique se as proteções das partes móveis estão fixadas em seus lugares.</p><p>• Verifique se os contrapesos estão bem fixadas e se os pesos estão estampados nas</p><p>peças e acessórios.</p><p>• Verifique se há extintores de incêndio e se estão carregados.</p><p>• Inspecione se não há vazamentos de fluídos hidráulicos e corrija os se houverem. Todas</p><p>as mangueiras devem ser verificadas, e se danificadas, devem ser substituídas,</p><p>especialmente as que se flexionam durante o serviço.</p><p>• Verificar os pneus se não apresentam cortes, trincas e se a pressão está correta. Fique</p><p>afastado dos aros de fixação ao calibrar pneus.</p><p>• Ao dar partida, confira o funcionamento correto de todos os instrumentos do painel, e o</p><p>movimento de todos os controles, se seu funcionamento é normal. Verifique a direção</p><p>(dos dois lados) e observe qualquer ruído ou vibração estranha. Confira se a área de</p><p>comando é segura para iniciar os trabalhos.</p><p>• Não mova a máquina enquanto a pressurização do ar não se estabilizar, e depois acione</p><p>os freios para conferir o seu funcionamento, observe se não há vazamento de ar.</p><p>• Observe o contagíro e teste a embreagem ou a posição do neutro em caso de</p><p>transmissão automática.</p><p>Essas verificações só tomam alguns minutos e são indispensáveis no início de cada</p><p>turno, para assegurar uma operação segura. Devemos lembrar que embora o equipamento</p><p>foi projetado e fabricado visando uma segurança absoluta, seu desgaste inicia no primeiro</p><p>dia de operação e esse processo evolui a cada dia de serviço até o ponto que a máquina</p><p>não é mais capaz de trabalhar com a sua capacidade de carga nominal, sendo necessária a</p><p>inspeção regular e os reparos ou substituição das peças que sofreram desgaste.</p><p>Nº de Modelo:.......................</p><p>Nº de Série:..........................</p><p>Peso:....................................</p><p>Comprimento:.......................</p><p>Data:.....................................</p><p>Fig. 2.8 – Verifique se cada seção da lança está devidamente identificada</p><p>43 Inspeções Mensais</p><p>O procedimento de inspeção mensal é destinado a determinar as eventuais</p><p>necessidades de reparos ou substituição de peças para manter o equipamento em perfeitas</p><p>condições de segurança de operação como uma máquina nova. Isto inclui os itens listadas</p><p>para a inspeção diária, mais os itens abaixo relacionados, que são considerados como os</p><p>mínimos necessários. O conhecimento das condições locais, de operação e a idade da</p><p>máquina, afetam de forma fundamental o grau de inspeção adicional, necessária para uma</p><p>operação segura, devendo serem verificados os seguintes detalhes:</p><p>• Inspeção de toda estrutura do guindaste para constatar existência de danos estruturais,</p><p>com atenção especial voltada para deformações, trincas, na estrutura principal, nas</p><p>patolas e nos acoplamentos estruturais.</p><p>• Verificação cuidadosa de todas ligações soldadas Folga lateral e</p><p>para detectar trincas. Verificação dos elementos Empenamento</p><p>principais e das treliças, bem como outras partes</p><p>estruturais quanto as falhas na pintura e trincas</p><p>(que podem revelar pontos potenciais de</p><p>futuras falhas), deformações e pontos de corrosão.</p><p>As lanças hidráulicas devem ser cuidadosamente</p><p>observadas quanto a folgas laterais (Fig. 2.9) e</p><p>empenamentos. Aplique imediatamente as medidas</p><p>corretivas cabíveis.</p><p>• Inspecione as polias, roldanas e tambores para</p><p>detectar trincas e desgastes. (Fig. 2.10 )</p><p>• Inspecione os pinos, rolamentos, eixos, engrenagens, Fig. 2.9 – Verificar as lanças</p><p>dispositivos de travamento, acoplamentos e soldas hidráulicas, quanto a folgas</p><p>para detectar desgastes, trincas (Fig. 2.11). laterais e empenamentos.</p><p>• Inspecione os freios, embreagens, roldanas e</p><p>as catracas para detectar desgastes e trincas.</p><p>Verifique se as lingüetas de segurança estão</p><p>em boas condições e se funcionam livres e</p><p>corretamente, se estão bem lubrificadas.</p><p>• Inspecione os indicadores, inclusive os da carga</p><p>e da inclinação da lança, se estão indicando, em</p><p>toda sua extensão de faixa, corretamente.</p><p>Nunca adultere os ajustes dos dispositivos de</p><p>segurança da lança.</p><p>• Inspecione as caixas de comando elétrico se</p><p>estão funcionando corretamente, que podem</p><p>afetar a operação segura do equipamento.</p><p>• Inspecione as rodas dentadas e as correntes</p><p>verificando desgastes e alongamentos, bem</p><p>como os sistemas de direção e freios.</p><p>Folga lateral e</p><p>Empenamento</p><p>Fig. 2.9 – Verificar as lanças</p><p>hidráulicas, quanto a folgas</p><p>laterais e empenamentos.</p><p>Fig. 2.11 – Inspecione os roletes da</p><p>torre, freqüentemente</p><p>44</p><p>Verifique os sulcos</p><p>das polias</p><p>As marcas no fundo do</p><p>sulco da polia causam o</p><p>desgaste severo dos</p><p>cabos de aço.</p><p>Verifique os rolamentos</p><p>por folgas e lubrificação</p><p>adequada.</p><p>Verifique os flanges, quanto</p><p>desgastes e trincas</p><p>Verifique os sulcos das O ajuste adequado do cabo deve suportar o cabo</p><p>polias e sua medidas. num raio de 135-150 graus da superfície do cabo.</p><p>• Inspecione todas as mangueiras, e suas conexões. Qualquer desgaste ou</p><p>deterioramento, deve ser razão para questionar se a peça oferece perigo ou não, caso</p><p>continuada sua utilização. As seguintes condições entretanto, são motivos para</p><p>substituição imediata:</p><p>a) Qualquer evidência de vazamento de óleo, fluído hidráulico ou ar na superfície das</p><p>mangueiras e nas conexões.</p><p>b) Qualquer deformação anormal na capa das mangueiras hidráulicas.</p><p>c) Qualquer vazamento nas conexões, que não possam ser sanados pelas vedações</p><p>convencionais.</p><p>d) Qualquer desgaste causado por abrasão, que possa comprometer a capacidade de</p><p>retenção da peça. Além disso, deve ser eliminada imediatamente a causa desse</p><p>desgaste.</p><p>• Verifique a existência de parafusos, rebites soltos (os quais devem ser substituídos</p><p>e não</p><p>reapertados !) especialmente na mesa giratória.</p><p>• Verifique todos os mecanismos de controle para desgastes ou contaminação por</p><p>lubrificantes, de todos os componentes.</p><p>Verifique os sulcos</p><p>das polias</p><p>Adequado</p><p>Inadequado</p><p>As marcas no fundo do sulco</p><p>da polia causam o desgaste</p><p>severo dos cabos de aço</p><p>Verifique os rolamentos por</p><p>folgas e lubrificação adequada</p><p>Verifique os flanges, quanto</p><p>desgastes e trincas</p><p>Verifique os sulcos das</p><p>polias e sua medidas.</p><p>O ajuste adequado do cabo deve</p><p>suportar o cabo</p><p>num raio de 135-150 graus da</p><p>superfície do cabo.</p><p>Fig. 2.10 - Inspecione as polias, roldanas, rolamentos e moitões para</p><p>detectar trincas e desgastes.</p><p>45</p><p>Equipamento parado a mais de um mês....mas período não inferior a seis meses,</p><p>deve receber tratamento similar ao descrito como inspeção freqüente, antes de retorná-lo ao</p><p>serviço ativo. As máquinas que ficaram paradas por mais de que seis meses, devem</p><p>receber uma inspeção completa, como descritas as inspeções, mensal e freqüente.</p><p>Equipamentos de reserva devem ser inspecionados ao menos anualmente de acordo as</p><p>exigências da inspeção freqüente.</p><p>Inspeções Anuais</p><p>A lança e o gancho de carga devem ser detalhadamente inspecionados uma vez por</p><p>ano:</p><p>• Os ganchos devem sofrer inspeção, anualmente, por agente credenciado contratado pelo</p><p>proprietário do guindaste, usando detecção magnética ou outro meio viável de</p><p>investigação, que localize trincas. Devemos exigir Relatório Certificado de Inspeção que</p><p>deve acompanhar sempre os documentos do equipamento.</p><p>• Elementos estruturais de carga/tensão, devem sofrer inspeção, anualmente, por agente</p><p>credenciado contratado pelo proprietário do guindaste, usando detecção magnética ou</p><p>outro meio viável de investigação, que localize trincas. Devemos exigir Relatório</p><p>Certificado de Inspeção que deve acompanhar sempre os documentos do equipamento.</p><p>Essa inspeção é crítica em todos os guindastes de torre devido a sua susceptibilidade de</p><p>trincas devido a fadiga. Essa inspeção deve ser executada por pessoal qualificado dentro</p><p>dos requisitos da norma CSA - Código W.178 - Código de Qualificação de Inspeção de</p><p>Soldas ou da Junta de Normas de Certificação de Pessoal de Testes Não-Destrutivos,</p><p>48-GP-4 (radiografia), 48-GP-7 (ultra-som), 48-GP-8 (partículas magnéticas) ou 48-GP-9</p><p>(líquido penetrante) do Governo Canadense.</p><p>Inspeções – Quando Necessárias</p><p>Essas inspeções são necessários, sempre que ocorreram incidentes como queda de</p><p>carga, tensão acima do normal ou danos por qualquer motivo. Todos os incidentes dessa</p><p>natureza podem afetar as condições de seguranç a do guindaste e devem ser imediatamente</p><p>seguidas por uma inspeção, utilizando todos os meios de testes não-destrutivos. Todos os</p><p>reparos que forem julgados necessários devem ser executados, antes de retornar o</p><p>equipamento ao serviço.</p><p>Na realidade uma inspeção visual meticulosa deve ser feita na lança, contrabalança,</p><p>cabo de carga e dos elementos estruturais, que poderiam vir serem danificados, após cada</p><p>movimento, oscilação, chicoteamento abrupto, por qualquer motivo que seja. Também</p><p>devemos inspecionar a placa base da lança e as soldas da cabeça da lança.</p><p>Nota: Os resultados de todas essas inspeções devem ser detalhadamente</p><p>registrados no livro de registro, datado e assinado pelo Inspetor.</p><p>46</p><p>TESTES</p><p>Os testes são necessários para comprovar que todos os serviços executados no</p><p>guindaste foram feitos corretamente e que a máquina é capaz de desempenhar as suas</p><p>funções com segurança, conforme previsto em seu escopo.</p><p>Isso aplica para máquinas novas e antigas e como recomendado, que todas as</p><p>máquinas novas devem ser testadas pelo fabricante ou pelo distribuidor, para comprovar</p><p>que seus componentes estão funcionando corretamente:</p><p>• Todos os freios e embreagens,</p><p>• Todos os controles,</p><p>• Todos os mecanismos de içamento e rebaixamento,</p><p>• Mecanismos de movimento da lança,</p><p>• Mecanismo de giro,</p><p>• Mecanismo de translado,</p><p>• Dispositivos de segurança.</p><p>Quando o guindaste completo não é fornecido por um único fabricante, esses testes</p><p>devem ser executados após a montagem final.</p><p>Todos os guindastes devem ser testados sem carga no início de cada turno, para</p><p>conferir que os itens mencionados na Inspeção Freqüente, estão funcionando corretamente</p><p>e se certificar que ninguém alterou nada no equipamento enquanto fora de serviço. Se a</p><p>máquina estiver em operação num lugar fixo, por uma temporada, verifique a estabilidade</p><p>do solo cada manhã, uma vez que a pressão dos pneus, esteiras e das patolas num local</p><p>constante, podem causar recalques e compactação em solos instáveis.</p><p>Devem ser executados testes de carga em equipamentos que sofreram reparos</p><p>prolongados ou alterações, para verificar:</p><p>• A integridade estrutural do equipamento,</p><p>• A estabilidade adequada,</p><p>• O funcionamento adequado sob as cargas previstas,</p><p>• Confirmar os bons resultados dos reparos e alterações.</p><p>Se em algum estágio dos testes a máquina falhar,</p><p>a mesma deve ser removida imediatamente do serviço</p><p>até os problemas serem sanados.</p><p>Se a pessoa que executa os testes considerar</p><p>que a carga máxima a ser levantada é menor do que</p><p>a carga normal de trabalho do equipamento, devido</p><p>as condições do terreno, a tabela de cargas, deve</p><p>ser substituída por diagrama de cargas adequado</p><p>as condições. Quando testando a estabilidade para</p><p>confirmar a capacidade carga das patolas, devemos</p><p>ter cuidado extremo, uma vez que uma possível</p><p>sobretensão pode até comprometer os elementos</p><p>componentes estruturais durante os testes. Siga o</p><p>diagrama de aplicação de carga e faça o içamento sobre as patolas. (Fig. 2.12)</p><p>Fig. 2.12 - Teste de patolas,</p><p>coloque a carga, em seqüência</p><p>sobre as patolas</p><p>47</p><p>Os equipamentos nunca devem ser redimensionados, acima da sua capacidade nominal,</p><p>exceto se o fabricante aprovar isto e tendo engenheiro capacitado para acompanhar o</p><p>comportamento das estruturas.</p><p>Nota: Nunca sobrecarregue deliberadamente um guindaste móvel, independente com que</p><p>cuidados que se execute o teste. A tolerância é muito pequena entre a estabilidade e</p><p>a carga, quando elaborado o diagrama de cargas. Excedendo as cargas admitidas,</p><p>podemos danificar a estrutura do equipamento, da lança e esses danos, não</p><p>detectados em tempo, podem causar sérios acidentes. A margem de segurança nos</p><p>guindastes móveis é extremamente baixa, assim nunca devem ser sobrecarregados.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Para manter a máquina dentro da faixa de segurança operacional, é essencial que a</p><p>manutenção seja executada antes de ser necessário e não depois. Isso exige a implantação</p><p>de um plano de manutenção preventiva, baseado nas recomendações do fabricante.</p><p>Mantenha registrado tudo que se refere a manutenção, o passado, o presente e a</p><p>futura manutenção no livro de registros do equipamento, registrando as horas trabalhadas,</p><p>verificações, ajustes, reparos, substituição de peças, inspeções e testes. Os preparativos e</p><p>a implementação de um plano de manutenção programado, baseados no livro de registros,</p><p>não só garante uma operação segura e livre de problemas, mas também representa</p><p>economia.</p><p>Devido a grande variedade de tipos de serviços, a atividade da máquina e o meio</p><p>ambiente, é difícil o fabricante desenvolver um programa de manutenção simples,</p><p>padronizado, que seja aplicável em todas as situações. O pessoal de manutenção deve</p><p>ajustar, estender ou modificar o programa, dentro das recomendações do fabricante, para</p><p>suas necessidades específicas.</p><p>A freqüência de uso afeta particularmente a vida útil dos componentes do</p><p>equipamento, como cabos de aço, cujas falhas geralmente resultam em conseqüências</p><p>sérias.</p><p>Todo pessoal de manutenção deve estar ciente dos perigos que a operação de</p><p>guindastes representam e é da responsabilidade do encarregado, de instruir todo seu</p><p>pessoal, quanto as precauções necessárias de operar</p>

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