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Reações de Eliminação – Síntese de Alcenos Substituição e Eliminação Na reação SN1, não importa qual o nucleófilo, a reação ocorre na mesma velocidade. Você não pode aumentar a velocidade de uma reação SN1, usando, por exemplo, hidróxido no lugar de água, ou aumentando a concentração de hidróxido. Você também estaria desperdiçando seu haleto de alquila. É o que acontece se você tentar a reação de substituição com uma solução concentrada de hidróxido. A reação deixa de ser uma substituição e um alceno é formado. HBr foi eliminado do haleto de alquila e a reação é chamada de eliminação. A Reação de Eliminação acontece quando o nucleófilo (base) ataca o hidrogênio ao invés do carbono. Duas moléculas (brometo de terc-butila e hidróxido) estão envolvidas na etapa que determina a velocidade da reação. Isto significa que as concentrações de ambos aparecem na equação de velocidade, que é de segunda ordem. velocidade = k[t-BuBr][HO–] Este mecanismo de eliminação é chamado de E2, bimolecular. Brometo, nucleófilo, não está envolvido na etapa determinante da velocidade, então sabemos que a velocidade da reação será independente da concentração de Br–. O que acontece se usarmos um ácido cujo contra-íon é um nucleófilo tão fraco que não ataca o carbono do carbocátion ? Exemplo: t-butanol em ácido sulfúrico não faz substituição, mas eliminação. Agora, o HSO4– não está envolvido na etapa que determina a velocidade —HSO4– Não é muito básico e só atua como base (remove um próton) porque ele é pior como nucleófilo. A equação de velocidade não envolve a concentração de HSO4–, e a etapa que determina a velocidade é a mesma que numa reação SN1 —unimolecular perda de água do t-BuOH protonado. Este mecanismo de eliminação é chamado E1. Como o Nucleófilo Afeta a Eliminação versus Substituição 1- Basicidade Moléculas com bons grupos de saída podem ser atacadas em dois sítios eletrofílicos diferentes: o carbono no qual o grupo de saída está ligado e os átomos de hidrogênio no carbono adjacente ao grupo de saída. Ataque no carbono dá substituição; ataque no hidrogênio dá eliminação. Como bases fortes atacam prótons, quanto mais básico o nucleófilo, mais fácil ocorrerá eliminação do que substituição. Base fraca: substituição Base forte: eliminação Como o Nucleófilo Afeta a Eliminação versus Substituição 2- Tamanho Nucleófilos básicos e volumosos, a eliminção é preferencial com relação a substituição, mesmo para haletos de alquila primários. Uma das melhores bases para promover eliminação e evitar substituição é o terc-butóxido de potássio. Os substituintes alquila tornam difícil que o oxigênio carregado negativamente ataque o carbono em uma reação de substituição, mas não causam problemas para o ataque no hidrogênio. 3- Temperatura Em uma reação de eliminação, duas moléculas se tornam três. Em uma substituição, duas moléculas formam duas novas moléculas. As duas reações se diferem na mudança de entropia durante a reação. ∆S é maior para a eliminação do que para a substituição. Esta equação diz que uma reação na qual ∆S é positivo é mais exotérmica em altas temperaturas. Então as eliminações devem ser favorecidas em temperaturas altas, e este é o caso: a maioria das reações de eliminação são conduzidas a temperatura ambiente ou acima. Sumarizando os três efeitos: 1- Nucleófilos que são bases fortes favorecem eliminação sobre substituição; 2- Nucleófilos (ou bases) volumosos favorecem eliminação sobre substituição; 3- Altas temperaturas favorecem eliminação sobre substituição; Mecanismos de Eliminação: E1 e E2 E2 descreve uma reação de eliminação (E) na qual a etapa determinante da velocidade é bimolecular (2) e envolve a base. A perda do grupo de saída é simultânea à remoção do próton pela base. E1 descreve uma reação de eliminação (E) na qual a etapa determinante da velocidade é unimolecular (1) e não envolve a base. O grupo de saída sai nesta etapa e o próton é removido depois. Concentração da Base Somente a E2 é afetada pela concentração da base; Altas concentrações de base favorecem E2; E2 é mais rápida na presença de bases fortes; No caso de haletos menos impedidos estericamente, o hidróxido não seria uma boa escolha como base para uma eliminação porque é pequeno e muito bom para SN2. terc-butóxido — ideal para promover E2 é muito volumoso e base forte (pKaH= 18). Entre as bases mais comuns usadas para converter haletos de alquila em alcenos estão: DBU e DBN. Estas duas bases são amidinas (pKaH ~12) A estrutura do substrato pode favorecer E1 Substratos que eliminam facilmente por E1 Podem eliminar por E1 Po de m t am bé m e lim in ar p or E 2 Nunca eliminam por E1 Solventes polares também favorecem reações E1 porque eles estabilizam o intermediário carbocátion. Eliminações E1 de álcoois em água ou solução alcólica são muito comuns. A estrutura do substrato pode favorecer E1 Substratos que não podem eliminar por nenhum dos mecanismos – sem hidrgênios apropriados Este composto não elimina nem por E1 nem por E2 O papel do grupo abandonador -OH nunca é grupo abandonador em SN2. Como o grupo de saída está envolvido na etapa determinante da velocidade na E1 e na E2, em geral, qualquer bom grupo abandonador torna a eliminação mais rápida. Ex: aminas podem atuar como grupos de saída em eliminações de sais de amômio quaternário. Nos últimos exemplos mostrados na página anterior ambos os mecanismos E1 e E2 são possíveis, no entanto você deve ser capaz de observar que cada um dos exemplos ocorre por um mecanismo diferente: A- No primeiro exemplo não é possível a formação de um carbocátion estável (então E1 é impossível), mas uma base forte é usada, favorecendo mecanismo E2. B- No segundo, um carbocátion estável (terciário) pode ser formado (então pode haver E1 ou E2), mas não há base forte presente. Logo o mecanismo será E1. Eliminação E2 Eliminação E1 O papel do grupo abandonador -OH nunca é grupo abandonador em SN2. Para álcoois primários e secundários, a hidroxila é transformada em um bom grupo de saída para eliminação por sulfonilação com cloreto de para-tolueno-sulfonila (cloreto de tosila, TsCl) ou cloreto de metanosulfonila (cloreto de mesila, MeSO2Cl ou MsCl). Ésteres de toluenosulfonatos (tosilates) podem ser feitos a partir de álcoois (com TsCl, piridine). Tosilatos são bons grupos de saída para reações de substituição com nucleófilos pouco básicos. Com bases fortes como t-BuOK, NaOEt, DBU, ou DBN eles sofrem reações de eliminação. Reações E1 podem ser estereoseletivas Somente um alceno possível Dois acenos regioisoméricos são possíveis Dois estereoisômeros são possíveis Alcenos: E / Z Por razões estéricas, E-alcenes (e estados de transição para E-alcenes) tem menor energiaa do que Z-alcenes (e estatos de transição) porque os substituintes podem ficar afastados um do outro. Uma reação na qual ambos podem ser tende a favorecer a formação de E-alcenos. Para alcenos fprmados por E1, é o que acontece: o E-alceno é favorecido. O processo é estereoseletivo. Eliminações E1 podem ser regioseletivas Os alcenos mais substituídos são mais estáveis: o sistema π da dupla é estabilizado quando o orbital antiligante vazio π* pode interagir com os orbitais ocupados das ligações C–H e C–C paralelas. Quanto mais ligações C–C ou C–H mais estável o alceno. Eliminações E2 tem estados de transição antiperiplanar - estereoseletividade Eliminações E2 podem ser estereospecíficas Estereoseletiva ou Estereoespecífica? •Reações estereoseletivas dão um produto predominante porque a via reacional tem escolha. A via com menor energia de ativação é favorecida (controle cinético) ou o produto mais estável (controle termodinâmico). •Reações estereospecíficas produzem um único isômero como resultado direto do mecanismo da reação e da estereoquímica do material de partida. Não há escolha. A reação dá um diasteroisômero diferente dependendo do material de partida. E2 a partir de ciclohexanos Substituintesem ciclohexanos estão paralelos um com o outro somente se ambos em axial. •Para eliminações E2 em ciclohexanos, ambos C–H e C–X devem estar axial. •Para eliminações E2 em ciclohexanos, ambos C–H e C–X devem estar axial. Eliminação E2 de haletos vinílicos: obtenção de alcinos A Regioseletividade da Reação E2 E1 E2 Base forte, volumosa •Regioseletividade da Eliminção •reações E1 dão o alceno mais substituídos •reações E2 podem gerar o alceno mais substituído, mas se tornam mais regioseletivas para o alceno menos substituído com bases volumosas Reatividades relativas de haletos de alquila em uma reação E2: Terciário > Secundário > Primário A Regioseletividade da Reação E2 O alceno mais substituído não é sempre o alceno mais estável. CH 3 CH 3 Br 2-brom o-3-m etil-1-fenilbutano O H CH 3 CH 3 3-m etil-1-fenil-1-buteno ligação dupla conjugada ao anel benz eno produto m ajoritá rio CH 3 CH 3 3-m etil-1-fenil-2-buteno ligação dupla não está conjugada produto m inoritá rio H 2O Br Grupos ânion-estabilizadores grupos permite outro mecanismo — E1cB Grupos ânion-estabilizadores grupos permite outro mecanismo — E1cB Grupos ânion-estabilizadores grupos permite outro mecanismo — E1cB Considerações dobre a Tabela anterior: •Haletos de metila não podem eliminar porque não há hidrogênios apropriados. •Aumento das ramificações favorece eliminação sobre substituição e nucleófilos fortemente básicos e volumosos sempre dão eliminação a menos que não haja opção •Bons nucleófilos fazem substituição por SN2 a menos que o substrato seja terciário e então o intermediário cátion pode eliminar por E1 bem como substituição por SN1 •Altas temperaturas favorecem eliminação devido à importância da entropia na energia livre da reação (∆G= ∆H– T∆S). Esta é uma boa opção para garantir E1 em casos ambíguos.
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