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<p>Métodos adequados de solução de</p><p>conflitos</p><p>A teorização e identificação dos chamados métodos adequados de solução de conflitos no âmbito do</p><p>acesso à Justiça multiportas e a política pública de tratamento de conflitos no Brasil.</p><p>Prof. Adriano Moura da Fonseca Pinto, Prof. Felipe Varela Mello</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Compreender a realidade contemporânea do tratamento aos conflitos significa desconstruir o paradigma</p><p>clássico da atuação do Poder Judiciário que substitui a vontade das partes por outros métodos, técnicas e</p><p>espaços que têm proporcionado soluções tidas como mais adequadas aos conflitos e personagens</p><p>envolvidos, sendo essencial ao estudante e profissional do campo de trabalho contemporâneo.</p><p>Preparação</p><p>Antes de iniciar o estudo do presente conteúdo, tenha em mãos a Constituição da República, o Código de</p><p>Processo Civil, a Lei nº. 9.307 e a Lei nº. 13.140.</p><p>Objetivos</p><p>Reconhecer aspectos históricos e repercussões sociológicas dos métodos adequados de solução de</p><p>conflitos.</p><p>Relacionar a Política Nacional de Tratamento de Conflitos no Brasil com os métodos adequados de</p><p>solução de conflitos no Brasil.</p><p>Distinguir as características gerais e específicas dos métodos adequados de solução de conflitos e</p><p>suas respectivas práticas.</p><p>Introdução</p><p>O tratamento dado à solução dos conflitos pelo ser humano é um conjunto bem amplo de aplicações de forma</p><p>e conteúdo variados, proporcional à diversidade das possíveis relações sociais aos quais estão submetidas as</p><p>pessoas naturais e suas mais variadas representações na vida cotidiana. A ideia artificial da pacificação social</p><p>é muitas das vezes substituída pela realidade de contenção normativa estatal do comportamento humano</p><p>face a limites previamente acordados por instituições.</p><p>No entanto, para além da Igreja e sua representação estatal, bem como o surgimento e fortalecimento dos</p><p>Estados laicos e suas divisões organizadas de funções públicas, a possibilidade do consenso partindo ou</p><p>sendo construído com o envolvimento dos interessados tem proporcionado significativos câmbios na forma de</p><p>se buscar Justiça, Direitos e a ideia de legitimação do que é certo ou errado. Seja no próprio espaço dos</p><p>processos judiciais, seja em outras áreas públicas e instituições privadas, métodos entendidos como mais</p><p>adequados a solucionar os conflitos são colocados à prova, inclusive em modo digital, demandando uma nova</p><p>leitura e prática daqueles que atuarão profissionalmente com conflitos, em especial com o respectivo</p><p>tratamento jurídico dos conflitos e suas consequências.</p><p>Por isso, neste conteúdo entenderemos a importância dos métodos adequados de solução de conflitos na</p><p>contemporaneidade e apresentaremos as suas dimensões históricas, socioculturais e normativas. Veremos,</p><p>também, a política pública brasileira de tratamento adequado dos conflitos e suas implicações aos</p><p>profissionais em formação e atuação nos mais variados métodos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>1. Aspectos históricos e sociológicos dos métodos adequados de solução de conflitos</p><p>Conceitos iniciais</p><p>O que são métodos adequados de solução de conflitos?</p><p>Neste vídeo, o professor discorre sobre os métodos adequados de solução de conflitos, trazendo suas noções</p><p>fundamentais.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Antes de mais nada:</p><p>Você sabe o que significam os chamados “métodos adequados de solução de conflitos”?</p><p>Pois é, antes de olhar para a linha do tempo e do espaço, vamos deixar esse ponto conceitual bem claro?</p><p>Em tese e do ponto de vista meramente formal, por métodos adequados de solução de conflitos, é possível</p><p>compreender a diversidade de metodologias e formas de proceder próprias para a solução de um conflito,</p><p>normalmente em face de mais de uma pessoa.</p><p>Sim, é isso mesmo, vejamos um exemplo:</p><p>Exemplo</p><p>A vida cotidiana de um casal que tenha dois filhos e precisa, quase todo dia, resolver os conflitos</p><p>domésticos. O casal não deve ter como primeira e rotineira opção acionar o 190, buscando o serviço da</p><p>Polícia Militar em seu Estado. Tampouco irá propor, de cara, o exercício de ação judicial perante o</p><p>Excelentíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca. Não!</p><p>O casal pode até chegar a tais espaços, mas usa, na forma da natureza humana e das previsões legais, os</p><p>direitos e deveres do Poder Familiar para, na melhor forma que entender, buscar contornar seus conflitos com</p><p>os filhos.</p><p>Por outro lado, se o veículo do casal é furtado, em via pública ou privada, deverá haver um registro de</p><p>ocorrência junto à autoridade policial correspondente e, quem sabe, até mesmo ação judicial futura.</p><p>Em um terceiro exemplo, se o Ministério Público toma ciência da ocorrência de um homicídio doloso,</p><p>demandará, junto ao Tribunal do Juri, na forma da lei processual penal brasileira, inclusive com membros do</p><p>“povo” julgando o acusado.</p><p>Então, acho que você já entendeu que existem métodos mais ou menos adequados para a solução de</p><p>conflitos nas mais variadas realidades que o ser humano pode se envolver, desde educação, religião, relações</p><p>de consumo, relações de trabalho, tributos, acidentes e crimes de trânsito, enfim.</p><p>No entanto, não é esse o sentido mais comum dos métodos adequados de solução de conflitos na atualidade</p><p>e, em especial, no campo do saber e da prática jurídica. Aqui, por métodos adequados de solução de conflitos</p><p>devemos entender os métodos para tratamento dos conflitos que, embora possam ser recebidos e decididos</p><p>pelo Poder Judiciário nos termos do art. 5º, XXXV da CRFB 88, são também passíveis de serem tratados pelos</p><p>particulares, por terceiros em prol da consensualidade ou até mesmo por outros meios decisórios, como no</p><p>caso da Arbitragem.</p><p>Aspectos históricos</p><p>Brasil imperial</p><p>Quando se fala em Brasil, conflitos, solução e Justiça, é possível voltarmos ao chamado Brasil Colônia, ao</p><p>estágio de Reino Unido de Portugal e, finalmente, após o famoso Sete de Setembro de 1822, os Estados</p><p>Unidos do Império do Brasil. Pois bem, para os objetivos do presente conteúdo, partiremos do último</p><p>referencial e, mais precisamente, da produção normativa que se inicia com a Constituição do Império do Brasil</p><p>de 1824.</p><p>Assim, nos interessa, em especial, reconhecer, na história recente do Brasil como país, momentos normativos</p><p>de previsão e prática de métodos adequados de solução de conflitos até a chegada ao entorno</p><p>contemporâneo do final do século XX e as primeiras décadas do século XXI.</p><p>Agora sim, uma vez já cientes e conscientes da ideia conceitual dos métodos adequados de solução de</p><p>conflitos, podemos olhar no nosso passado remoto e tentar compreender as oportunidades e atuações dos</p><p>métodos adequados até a nossa realidade.</p><p>Voltando ao Império do Brazil e, especialmente à Constituição Imperial de 1824, destacamos, em primeiro</p><p>lugar, o art. 160 de seu texto:</p><p>Nas civeis, e nas penaes civilmente intentadas, poderão as partes nomear juizes arbitros. Suas</p><p>sentenças serão executadas sem recurso, se assim o convencionarem as mesmas partes.</p><p>(Constituição Imperial de 1824, art. 160)</p><p>O referido texto legal permitia que em determinadas causas (ações), as partes, isto é, os interessados na</p><p>solução do conflito poderiam indiciar “Juízes Árbitros” e ainda fazia menção à possibilidade de haver execução</p><p>da parte vencedora sem direito de recursos da parte devedora.</p><p>Tal dispositivo já dava indícios de que, mesmo em sede do então “Poder Judicial”, já era possível prever um</p><p>método diferente do previsto para os julgamentos de um modo geral. Ainda que não estejam diretamente</p><p>relacionados ao que hoje denominamos de métodos adequados de solução de conflitos, a técnica é utilizada</p><p>em alguns momentos do CPC de 2015.</p><p>Mas é nos artigos 161 e 162 da Constituição Imperial que encontramos a referência, digamos, primária, à</p><p>solução de conflitos por métodos (hoje chamados de mais adequados) diferenciados de solução de conflitos,</p><p>inclusive com a indicação de quem, por previsão constitucional, estaria à disposição para buscar a solução do</p><p>conflito. Com ressalvas à grafia e termos da época:</p><p>Art. 161</p><p>Sem se fazer constar, que</p><p>se tem intentado o meio da reconciliação, não se começará Processo</p><p>algum.</p><p>Art. 162</p><p>Para este fim haverá juizes de Paz, os quaes serão electivos pelo mesmo tempo, e maneira, porque se</p><p>elegem os Vereadores das Camaras. Suas attribuições, e Districtos serão regulados por Lei.</p><p>A então denominada “Reconciliação” era, na verdade, uma ideia simples de se buscar a realização do</p><p>consenso entre as pessoas que fossem se enfrentar em um processo judicial. Era, nos dias de hoje, como</p><p>exigir que o advogado que representasse a parte autora de uma ação tivesse que demonstrar que tentou, de</p><p>alguma forma, buscar um consenso, mas que ele não foi possível por ausência explícita ou implícita da outra</p><p>parte.</p><p>Isso até hoje existe, em grau menor, em alguns casos de obrigações e contratos, principalmente, mas de fato,</p><p>não impede que se procure o Poder Judiciário, considerando a inafastabilidade prevista no art. 5º, XXXV da</p><p>CRFB 88.</p><p>Importante também considerarmos a ideia de que, apesar de tal atividade ser possível aos advogados das</p><p>partes, havia a previsão legal da atuação formal dos “Juízes de Paz”, talvez os mais próximos da sociedade, da</p><p>vida cotidiana das pessoas, considerando as suas outras atribuições. Na prática, funcionavam como</p><p>conselheiros, consultores e, sempre que possível, formadores do consenso, evitando assim a sequência do</p><p>processo ou mesmo o seu início formal.</p><p>Saiba mais</p><p>Você sabia que nos “dias de hoje” há a previsão legal dos CEJUSC em cada fórum e que eles são</p><p>responsáveis por tentar realizar a conciliação e mediação para inibir ou mesmo encerrar processos já</p><p>iniciados? Seriam tais espaços, destinados aos atuais conciliadores e mediadores, uma representação</p><p>contemporânea do que ocorria no passado, com os Juízes de Paz?</p><p>Continuando a reflexão proposta, vejam que o art. 161 da CI de 1824 é o equivalente ao art. 5º, XXXV da CRFB</p><p>1988 que hoje trata, de forma diametralmente oposta, do Princípio da Inafastabilidade do Judiciário e do</p><p>Acesso à Justiça no sentido mais macro, até mesmo fora do Poder Judiciário.</p><p>Então, veja se você entendeu:</p><p>No século XIX, no Império do Brazil, para se poder buscar uma solução sentenciada por um Juiz ou</p><p>Tribunal, a pessoa tinha que demonstrar que tentou reconciliar e não obteve êxito. E mais, havia um</p><p>Juiz eleito para tal, o Juiz de Paz, que também tinha outras atribuições.</p><p>•</p><p>No século XXI, na República Federativa do Brasil, contamos com um acesso formal irrestrito ao Poder</p><p>Judiciário, sem pré-condição formal como no Império do Brazil.</p><p>Guarde essa informação! Ela está associada ao art. 5º, XXXV da CRFB 88!</p><p>Regulamento 737, de 1850</p><p>Além da Constituição Imperial de 1824, outro importante documento jurídico que regulamentava o acesso à</p><p>Justiça no Império também valorizava a Conciliação. Você conhece o Regulamento 737, de 25 de novembro de</p><p>1850, que previa a essencialidade do ato no artigo 23 e o caráter de ESSENCIALIDADE E NULIDADE,</p><p>respectivamente nos artigos 673 e 674:</p><p>Art. 23</p><p>Nenhuma causa commercial será proposta em Juizo contencioso, sem que previamente se tenha</p><p>tentado o meio da conciliação, ou por acto judicial, ou por comparecimento voluntario das partes.</p><p>Art. 673</p><p>São formulas, e termos essenciaes do processo commercial: § 1º A conciliação. (Art. 23 Tit. unico).</p><p>Art. 674</p><p>As referidas nullidades podem ser allegadas em qualquer tempo e instancia; annullão o processo</p><p>desde o termo em que se ellas derão quanto aos actos relativos, dependentes e consequentes; não</p><p>podem ser suppridas pelo Juiz, mas somente ratificadas pelas partes.</p><p>É importante frisar que como não tínhamos um Código de Processo Civil, o Regulamento 737 era o principal</p><p>instrumento para os advogados, promotores e juízes atuarem na esfera da Justiça Comum, tratando dos</p><p>principais casos levados pelas pessoas de um modo geral ao Poder Judicial e a conciliação continuava a ser</p><p>valorizada como uma etapa ou momento do processo para uma melhor solução de conflitos.</p><p>Já com o advento da Proclamação da República, a ideia da Conciliação como prévia aos processos, na prática</p><p>como condição ou pressuposto para o acesso ao Poder Judiciário foi abolido pelo Decreto 359, de 26 de abril</p><p>de 1890, restando sempre disponível ao exercício dos advogados, das partes e dos próprios juízes, mas não</p><p>de forma organizada e prevista em ritualística.</p><p>Repercussões sociológicas</p><p>O século XX foi inicialmente marcado pelas movimentações sociais, políticas e jurídicas em prol da</p><p>consolidação de um ou mais modelos de uma desejada República do Brasil. A legislação, acompanhada das</p><p>limitações e vocações da política produziu leis, consolidações e códigos de atuação para o acesso à Justiça,</p><p>buscando, em momento inicial, uma ideia de unificação do processo como um todo.</p><p>Ainda que a Conciliação não estivesse tão valorizada nos termos da lei, outro importante método foi previsto</p><p>no Código de Processo Civil de 1939, qual seja o Juízo Arbitral ou Arbitragem, que mais tarde voltaria a ter</p><p>uma regulamentação própria, no ano de 1996 e respectiva atualização em 2015.</p><p>No entanto, foi a partir da segunda metade do século XX que o Brasil e outros países se depararam no seus</p><p>respectivos juízos e tribunais com um acúmulo de casos generalizados, geralmente com caráter repetitivo em</p><p>teses e resultados pretendidos, como em relações de direito privado de crédito e débito particulares e</p><p>empresariais, de relações de consumo, questões previdenciárias e tributárias e de direito administrativo de um</p><p>modo geral.</p><p>Chegávamos em 1950 a uma transição dos primeiros 100 anos da Revolução ou Era Industrial para alcançar</p><p>uma sociedade mais pautada em bens e serviços de consumo ordinário, mais repetitivo e previsível. Nada</p><p>•</p><p>mais do que o mercado do excedente de produção e prestação de serviços, aliado e impulsionado pelos</p><p>adventos tecnológicos da indústria, comércio e comunicação e transmissão de dados.</p><p>No Brasil, tivemos ainda uma nova realidade quantitativa do</p><p>acesso à Justiça pela sociedade com a implementação da</p><p>CLT para a Justiça do Trabalho e a chegada do Código de</p><p>Processo Civil de 1973 com seus importantes e tidas como</p><p>científicas modificações, voltando a etapa ou método da</p><p>Conciliação a preencher um importante papel.</p><p>O tema do acesso à Justiça passava por importantes</p><p>reflexões e estudos nas décadas de 1970 e seguintes,</p><p>culminando com importantes modificações oriundas das</p><p>chamadas “Ondas ou Dimensões” do Acesso à Justiça, em</p><p>referência à obra de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, Acesso à Justiça.</p><p>Já era perceptível, aquela época, a necessidade de outros métodos para tratar os conflitos mais</p><p>repetitivos, insurgentes que não fossem aguardar a sentença dos juízes.</p><p>Em especial, no Brasil, a experiência da Conciliação em diversos ritos e espaços, com especial destaque aos</p><p>Juizados de Pequenas Causas da Justiça Estadual, às Comissões Prévias de Conciliação da Justiça do</p><p>Trabalho, por exemplo, trilham o caminho para a chegada ao entorno constitucional de 1988 e uma nova</p><p>realidade de acesso à Justiça, no sentido de uma acesso à uma ordem jurídica justa, multifacetária e que</p><p>pudesse proporcionar o tratamento de conflitos mais adequado à realidade das partes e dissenso entre elas.</p><p>A partir dos anos de 1990 e, visando atender ao comando constitucional mais amplo, a legislação de acesso à</p><p>justiça no Brasil passa por constantes movimentos reformadores e sempre com a ideia de proporcionar</p><p>métodos mais adequados à solução de conflitos, seja pelo campo da consensualidade, seja pelo campo do</p><p>avanço em órgãos, ritos e novas técnicas processuais.</p><p>Assim, para efeitos práticos da operação dos métodos adequados de solução de conflitos no âmbito</p><p>brasileiro, somos fruto do remoto passado normativo e prático da conciliação desde o Brasil Imperial, de sua</p><p>valorização em tempos republicamos, em especial na segunda metade do século XX e as primeiras décadas</p><p>do século XXI, quando a implementação de uma política pública própria e respectiva legislação mais</p><p>específica, aliado a um movimento de formação de conciliadores, mediadores e árbitros.</p><p>Aliado a isso,</p><p>uma crescente conscientização dos profissionais que orbitam órgãos e funções essenciais à</p><p>Justiça no Brasil, bem como o incremento dos conteúdos de Métodos Adequados à Solução de Conflitos</p><p>(MASC) no âmbito do ensino, pesquisa e extensão das escolas de Direito e Gestão, tem auxiliado muito na</p><p>difusão do tema, facilitando as práticas e incentivo do uso cada vez mais constante no tratamento de conflito.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Aspectos históricos - Brasil Imperial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Acesso à Justiça</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A Independência do Brasil, em 1822, e a Constituição Imperial outorgada em 1824 formalizaram um novo</p><p>Estado, com poderes, funções, direitos e deveres diversos à Família Real, à Administração Pública, à Igreja, à</p><p>classe política e à sociedade civil de um modo geral. O tema da Justiça não foi esquecido no texto</p><p>constitucional. A respeito da atuação dos juízes e tribunais no Brasil Império, marque a opção correta.</p><p>A</p><p>O acesso à Justiça era irrestrito, inclusive às pessoas escravizadas, que necessitavam apenas de um</p><p>advogado, em caso de possível acordo em juízo.</p><p>B</p><p>O acesso à justiça era irrestrito, não havendo termos ou condições prévias, mesmo para as pessoas</p><p>escravizadas, demonstrando o caráter liberal da Constituição.</p><p>C</p><p>O acesso à justiça era restrito, pois havia condição expressa na Constituição sobre a necessidade de se</p><p>provar a tentativa de reconciliação antes.</p><p>D</p><p>O acesso à justiça não compreendia o direito conciliação, pois uma vez instaurado o processo, não era mais</p><p>possível celebrar acordos.</p><p>E</p><p>O acesso à justiça não contava com a ideia de consensualidade e não havia qualquer previsão na Constituição</p><p>a respeito de tentativa de reconciliação.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A Constituição Imperial tem previsão expressa de restrição de acesso à justiça para aqueles que ao</p><p>provocar o Poder Judicial, não demonstrassem que tentaram previamente a reconciliação. Art. 161 da</p><p>Constituição Política do Brasil de 1824.</p><p>Questão 2</p><p>O período de transição entre os séculos XX e XI no Brasil é marcado por importantes consolidações estruturais</p><p>e operacionais no acesso à Justiça no Brasil em grande parte como reflexo das mudanças constitucionais com</p><p>a carta de 1988. A respeito do tema e da possiblidade de meios adequados de solução de conflitos, marque a</p><p>opção correta.</p><p>A</p><p>O princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário impede, após iniciado um processo, que haja</p><p>consensualidade por meio de métodos adequados de solução de conflitos.</p><p>B</p><p>A partir dos anos 1990, houve a implementação de uma política pública própria e respectiva legislação mais</p><p>específica, aliada a um movimento de formação de conciliadores, mediadores e árbitros.</p><p>C</p><p>O acesso aos meios adequados de solução de conflitos implica automaticamente em renúncia ao princípio da</p><p>inafastabilidade do Poder Judiciário.</p><p>D</p><p>O acesso à conciliação, como método adequado de solução de conflitos, não era regulamentado à época da</p><p>Constituição da República Federativa do Brasil.</p><p>E</p><p>O princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário previa a necessidade de o interessado provar que tentou a</p><p>conciliação antes de provocar o Juiz.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>Numa virada do constitucionalismo aplicado ao Processo Civil, a partir da década de 1990 houve uma</p><p>virada axiológica no modo de resolução de conflitos, significa dizer, a legislação incorpora métodos mais</p><p>adequados de resolução de conflitos.</p><p>2. Política judiciária nacional de tratamento dos conflitos</p><p>A Política Pública Judiciária contida na Resolução CNJ Nº</p><p>125/2010</p><p>Política pública judiciária de tratamento dos conflitos</p><p>Neste vídeo, o professor explica as raízes e as diretrizes da importante política pública judiciária de</p><p>tratamento dos conflitos.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Você pode estar se perguntando sobre estudo e tratamento de conflitos e, em especial, das razões que levam</p><p>à existência de métodos adequados para a sua solução, se já temos o Poder Judiciário, Ministério Público,</p><p>Defensoria Pública e a Advocacia Pública e Privada.</p><p>Mas, ainda, como surge uma Resolução do Conselho Nacional de Justiça e passa a regulamentar</p><p>determinadas possibilidades e iniciativas mandatórias no âmbito do Poder Judiciário e atividades afins à</p><p>prestação do serviço público do acesso à Justiça? Para tanto, é preciso olharmos para as competências do</p><p>próprio Conselho Nacional de Justiça e entender que, após a sua criação pela Emenda Constitucional nº 45,</p><p>de 8 de dezembro de 2004, uma série de normatizações e atividades ligadas à atuação administrativa do</p><p>Poder Judiciário e seus órgãos passou a ser exercida por um colegiado mais amplo do que as Corregedorias</p><p>dos próprios tribunais, para além de algum outro controle jurisdicional mais pontual.</p><p>A bem da verdade, o que sentimos com a criação do Conselho Nacional de Justiça é a busca e zeladoria do</p><p>Princípio da Eficiência da Administração Pública aplicada ao Poder Executivo, para além da autonomia e</p><p>independência dos poderes, fato é que todos prestam um serviço público que deve ser eficiente.</p><p>O que é eficiência no âmbito do Poder Público?</p><p>Essa é uma boa pergunta, e que pode ser respondida por parâmetros de economia de recursos humanos,</p><p>materiais, índices de produtividade e outros tantos marcos importantes para o resultado final da prestação do</p><p>serviço público ao cidadão e, aqui no âmbito do Poder Judiciário, ao jurisdicionado, que busca a solução de</p><p>seus conflitos pelo exercício por meio da ação e dentro de um processo judicial.</p><p>A proposta aqui não é avaliar quais são parâmetros que compõem a atuação do Conselho Nacional de Justiça</p><p>para tocar as suas competências constitucionais em face do Poder Judiciário, mas percebermos que, ao criar</p><p>uma Política Judiciária de tratamento de conflitos baseada no acesso de outros meios tidos como mais</p><p>adequados para resolver os problemas das pessoas, o Conselho Nacional de Justiça fixa importantes</p><p>parâmetros normativos que afetam a atividade dos juízes, serventuários, conciliadores, mediadores,</p><p>advogados públicos e privados, defensores e promotores.</p><p>Resumindo</p><p>Em outras palavras, o acesso à Justiça por meio do exercício da ação, gerando processos que terão, ao</p><p>final, um universo de decisões judiciais individuais ou mesmo coletivas não atende materialmente ao</p><p>conceito de um acesso à uma ordem jurídica, a um sistema considerado justo.</p><p>E podemos pensar em “causas diversas”:</p><p>Grande movimento de busca ao judiciário que gera processos em demasia, muitos repetitivos,</p><p>inclusive.</p><p>Grande número de recursos e instrumentos processuais que dilatam os prazos.</p><p>Grande tempo de espera por respostas que não resolvem o conflito imediato das pessoas que buscam</p><p>o cumprimento da lei junto ao Poder Judiciário.</p><p>Falta de recursos humanos e materiais para as funções da magistratura, de serventuários.</p><p>Falta de recursos humanos e materiais para as Funções Essenciais à Justiça no Brasil (Ministério</p><p>Público, Defensoria Pública, Advocacia Privada e Pública).</p><p>Além das causas acima, é possível uma constatação muito objetiva a respeito das pessoas e seus conflitos,</p><p>qual seja, a de que, salvo situações proibidas por lei, as pessoas são capazes de, por si só ou com auxílio de</p><p>terceiros, construírem ou buscarem soluções que não seja simplesmente aguardar que alguém (Estado Juiz)</p><p>diga quem está certo ou errado.</p><p>A ideia, por si só, não é nova, pois, desde quando o ser humano é capaz de se comunicar, é possível a busca</p><p>pelo consenso, que pode ser mais ou menos validada e valorizada por razões diversas, tais como cultura,</p><p>educação, instrução, percepção de maior rapidez e autonomia, por exemplo.</p><p>Agora pensemos um pouco:</p><p>Reflexão</p><p>Se, no âmbito da gestão, em mais de 80 de milhões de processos que anualmente orbitam em torno do</p><p>Poder Judiciário for</p><p>possível eliminar um percentual em curto espaço de tempo, pois as partes puderam</p><p>receber um tratamento mais adequado, via de regra incentivando a busca pela consensualidade, o</p><p>impacto geral no coletivo é significativo, para além de uma qualidade e tempestividade real para as</p><p>partes envolvidas nos casos concretos.</p><p>Ou seja, ao instituir uma Política Pública Judiciária, incentivando novos meios, em tese mais adequados para</p><p>resolver os conflitos, o Poder Judiciário contribui com o Princípio da Eficiência do seu serviço público e, de</p><p>quebra, proporciona também aos envolvidos uma maior autonomia e exercício de cidadania em suas vidas.</p><p>É por isso que o tema dos métodos adequados de solução de conflitos, em especial, a valorização da</p><p>Conciliação e da Mediação, é a pauta da Política Pública Judiciária de tratamento dos conflitos instituída pela</p><p>Resolução CNJ Nº 125/2010. Busca-se com tal política pública:</p><p>Ofertar às pessoas naturais e de direito público e privado, orientações sobre as possibilidades de</p><p>solução de seus conflitos no âmbito do Poder Judiciário e fora dele.</p><p>Garantir, por meio da criação dos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de</p><p>Conflitos, políticas, ações, cursos, capacitações e atualizações, treinamento adequado aos recursos</p><p>humanos do corpo de serventuários, juízes, mediadores, conciliadores, inclusive com outros tribunais,</p><p>escolas e instituições da sociedade civil.</p><p>Permitir, por meio dos Centros de Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania, condições</p><p>administrativas para a oferta, antes e durante os processos judiciais, de serviços de conciliação e</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>mediação eficazes a quem deles necessitar ou demandar.</p><p>Manter, de modo oficial, o acompanhamento estatístico específico da aplicação da conciliação e</p><p>mediação no âmbito dos respectivos tribunais.</p><p>Como se percebe, a instituição de uma Política Pública Judiciária de Solução de Conflitos em muito contribui</p><p>para que todos possamos ter acesso a uma Justiça formal e material eficiente em não só responder quem está</p><p>certo ou errado, mas, em muitos casos, proporcionar condições racionais e materiais para os próprios</p><p>envolvidos buscarem seus consensos, no todo ou em parte.</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010 e seus impactos na solução</p><p>dos conflitos</p><p>Agora que você já conhece as motivações da Resolução CNJ Nº 125/2010, é hora de conhecer os seus</p><p>impactos na solução dos conflitos das pessoas, em especial aos conflitos levados ao Poder Judiciário em todo</p><p>o Brasil, nas diferentes áreas do Direito.</p><p>Sim, a Resolução CNJ Nº 125/2010 vale para todos os órgãos do Poder Judiciário, isto é, a Justiça Comum</p><p>Estadual, Federal, as Justiças Especiais (Trabalhista, Eleitoral e Militar) e seus respectivos tribunais, inclusive</p><p>os tribunais superiores.</p><p>Em outras palavras, se existe órgão julgador do Poder Judiciário, a Resolução CNJ Nº 125/2010 tem</p><p>incidência e deve ser correspondida, em especial, na oferta formal e material aos jurisdicionados de</p><p>terem a opção de resolverem os seus conflitos de forma pacífica.</p><p>Mas como se opera isso? Vamos ver etapa por etapa.</p><p>Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010 em seu artigo 7º prevê a criação dos Núcleos Permanentes de</p><p>Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. Tais Núcleos, uma vez instalados, devem, entre outras</p><p>atribuições, “instalar os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania que vão concentrar,</p><p>em regra, as sessões de conciliação e mediação dos respectivos órgãos abrangidos!</p><p>Centros Judiciários de Solução de Conflitos</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010 em seu artigo 8º prevê a criação dos CEJUSC em cada unidade do</p><p>Poder Judiciário, de acordo com as suas normas próprias inerentes à Justiça Comum Estadual, à</p><p>Justiça Comum Federal e às respectivas Justiças Especializadas. Cada qual terá em suas unidades</p><p>um CEJUSC para atender casos de conciliação e mediação pré-processual e processual, isto é, antes</p><p>e durante a tramitação dos processos judiciais.</p><p>Dos Conciliadores e Mediadores</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010, em seu artigo 12, faz menção expressa aos conciliadores e aos</p><p>mediadores, isto é, as pessoas que, independentemente de outras iniciativas de juízes,</p><p>desembargadores e ministros, estarão funcionalmente enquadradas para proporcionar as sessões de</p><p>mediação e conciliação nos CEJUSC, ou mesmo em atividades em parceria com instituições públicas</p><p>e privadas em convênios, mutirões e outros eventos similares.</p><p>Viu só como as respostas estão ao seu alcance com a Resolução CNJ Nº 125/2010? Não é por menos que tal</p><p>normativa é considerada a grande alavanca responsável pelo incremento dos métodos adequados de solução</p><p>de conflitos no Brasil, em especial para os casos e litígios que chegam ao Poder Judiciário.</p><p>•</p><p>Mas você deve ficar muito atento também a outras normas, como o CPC de 2015 e a própria Lei de Mediação,</p><p>também de 2015. Em ambos os casos, importantes contribuições e mesmo inovações, como no caso da</p><p>permissão legal de consenso com a Administração Pública, formam um novo paradigma em prol da</p><p>consensualidade no sistema de acesso à Justiça no Brasil.</p><p>É importante destacar:</p><p>Atenção</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010 em seu artigo 12, parágrafos 2º e 3º, apresenta regras específicas a</p><p>respeito da capacitação e treinamento dos candidatos a conciliadores e mediadores. Ainda que tais</p><p>regras possam se especializar no âmbito normativo interno de cada tribunal, as bases estão formalmente</p><p>previstas, inclusive com previsão de conteúdo programático para cursos e capacitações.</p><p>Para além da capacitação de conteúdo didático, há menção expressa também ao comportamento ético</p><p>esperado dos conciliadores e mediadores, com, mais uma vez, menção expressa a um código de ética para os</p><p>referidos profissionais. É um ponto de extrema importância e atenção, uma vez que a atuação desses</p><p>profissionais se dá em meio à exposição de direitos, interesses, informações de natureza pessoal e patrimonial</p><p>dos envolvidos e em sede, na maioria das vezes, de um processo judicial.</p><p>O tema da ética de qualquer profissional que possa contribuir, direta e indiretamente para a solução de</p><p>conflitos em sede judicial tangencia a boa-fé objetiva esperada daqueles que, de alguma forma, participam do</p><p>processo judicial. Nada mais justo e equilibrado do que prever, também, padrões de comportamento para os</p><p>conciliadores e mediadores.</p><p>E mais, para além da atuação do Poder Judiciário, a Resolução CNJ Nº 125/2010 em seu artigo 12-C a 12-F,</p><p>regulamenta inicialmente a atuação e contribuição dos espaços privados, as chamadas Câmaras Privadas de</p><p>Solução de Conflitos abriram inúmeras frentes em prol da expansão de métodos mais adequados de solução</p><p>de conflitos no Brasil, inclusive em ambiência digital, via chamadas, chats online e outras inúmeras</p><p>plataformas via internet em redes públicas e privadas.</p><p>Ainda que mais recente, mas sem dúvida a reboque da base proporcionada pela Resolução CNJ Nº 125/2010,</p><p>um bom exemplo é a plataforma Consumidor.gov que envolve o Ministério da Justiça, CNJ e importantes</p><p>empresas da iniciativa privada que juntos, tentam ajustar um protocolo de consensualidade em milhões de</p><p>casos consumeristas que, por via de regra, gerariam outros tantos milhões de processos judiciais, muito</p><p>provavelmente em sede de Juizados Especiais Cíveis.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Resolução de conflitos de forma pacífica</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Outras formas de resolução dos conflitos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>O acesso à justiça no Brasil e em muitos outros países sempre esteve associado à ideia de acesso ao Estado,</p><p>que, por meio de juízes e tribunais, ditam a solução de conflitos diversos. No entanto, há crescente movimento</p><p>e normatização em prol de métodos mais adequados à solução de conflitos (MASC) nas últimas décadas no</p><p>Brasil</p><p>e no mundo. A respeito dessa movimentação e normatização, é correto afirmar que:</p><p>A</p><p>O Brasil ainda carece de uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de conflitos e, enquanto isso</p><p>não ocorrer, os MASC restam prejudicados no acesso à justiça.</p><p>B</p><p>O Brasil possui uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de conflitos instituída pelo Código de</p><p>Processo Civil de 2015.</p><p>C</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 instituiu uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de conflitos no</p><p>Brasil e muito contribui para a movimentação em prol dos MASC.</p><p>D</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 apenas afetou os MASC no âmbito do Poder Judiciário.</p><p>E</p><p>Os MASC foram apenas normatizados com o Código de Processo Civil de 2015, quando puderam ser</p><p>utilizados por advogados e juízes nos casos concretos.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 não só instituiu uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de</p><p>conflitos no Brasil, como alavancou, do ponto de vista estrutural nos tribunais, um incremento de atuação</p><p>do Poder Judiciário em prol dos MASC. A partir da referida resolução, os demais operadores do direito,</p><p>escolas e a sociedade civil como um todo se movimentaram muito mais em prol dos MASC. Pode se</p><p>destacar o art. 1º da referida resolução, sem prejuízo de outros dispositivos.</p><p>Questão 2</p><p>A respeito da Resolução CNJ Nº125/2010 e sua importância para a constituição de espaços públicos e</p><p>privados de conciliação e mediação, bem para a capacitação dos conciliadores e mediadores, marque a opção</p><p>correta abaixo.</p><p>A</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 fez apenas previsão de criação do CEJUSC, mas não regulamentou espaços</p><p>privados ou critérios para capacitação de conciliadores e mediadores.</p><p>B</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 fez previsão de criação do CEJUSC e regulamentou também os espaços</p><p>privados, mas sem alusão a critérios para capacitação de conciliadores e mediadores.</p><p>C</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 regulamentou a criação de CEJUSC, dos espaços privados e ditou parâmetros</p><p>para a capacitação de conciliadores e mediadores.</p><p>D</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 apenas institui a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos</p><p>conflitos, mas não regulamentou a criação de CEJUSC e a capacitação dos conciliadores e mediadores, o que</p><p>fica a cargo dos tribunais.</p><p>E</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 delegou aos juízes e tribunais locais, a livre regulamentação da criação dos</p><p>espaços públicos e privados de conciliação e mediação, bem como a definição dos critérios de capacitação</p><p>dos conciliadores e mediadores.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>De acordo com os artigos 8º, 12 e 12-C a 12-F da Resolução CNJ Nº125/2010, os CEJUSC, a capacitação</p><p>dos conciliadores e mediadores e os espaços privados foram regulamentados, proporcionando, assim,</p><p>condições formais e materiais para as respectivas implementações e atuações.</p><p>3. As diferentes formas de solução dos conflitos</p><p>As soluções ou métodos consensuais e não consensuais</p><p>Métodos consensuais e não consensuais</p><p>Neste vídeo, o professor discorre sobre a existência de métodos consensuais e não consensuais para a</p><p>solução dos conflitos.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>A regra, costume, tradição e quantitativamente falando, os números da busca por Justiça pela sociedade civil</p><p>e pelo próprio Estado levam à ideia de uma solução judiciária, aquela que, substituindo a vontade das partes,</p><p>diz que está certo ou errado, assegura diretos e interesses, inclusive em casos de urgência. Essa solução é a</p><p>proporcionada pela Jurisdição, isto é, por uma decisão estatal de caráter substitutivo e com base no</p><p>ordenamento jurídico vigente no país, no caso, o Brasil.</p><p>Em meio à regra geral disponível e acima descrita, a fala da existência de métodos adequados de solução de</p><p>conflitos traz uma ideia firme no sentido de que existem outras possibilidades para a sociedade civil e o</p><p>próprio Estado resolverem os seus conflitos que não a decisão estatal e substitutiva da Jurisdição.</p><p>Assim, quando falamos em métodos adequados de solução de conflitos (MASC), estamos, em sentido macro,</p><p>abrindo portas para diferentes formas de solução de conflitos de modo consensual e também de modo não</p><p>consensual, mas com decisões proferidas em outros espaços e critérios que não a Jurisdição Estatal, como é</p><p>o caso da Arbitragem, da Justiça Desportiva, por exemplo.</p><p>É muito importante, portanto, que a ideia dos MASC seja inicialmente dividida em dois grandes grupos:</p><p>Soluções ou métodos adequados consensuais.</p><p>Soluções ou métodos adequados não consensuais.</p><p>Agora, daremos foco às soluções consensuais.</p><p>As soluções ou métodos consensuais são todas aquelas que independem de uma decisão impositiva, seja</p><p>pelo Estado, espaços ou instituições privadas ou mesmo por uma das partes interessadas. Trata-se, na</p><p>verdade, de possibilidades formais e informais de consensualidade as quais os interessados podem se sujeitar</p><p>para resolver um conflito social.</p><p>Por exemplo, imagine uma família em desarmonia no lar, em razão de brigas constantes dos dois cônjuges.</p><p>Esse é um conflito social que pode, em tese, ser resolvido por:</p><p>Conversas apenas entre os cônjuges e uma transação.</p><p>Conversas entre os cônjuges e advogados colaborativos e uma transação.</p><p>Conversas entre os cônjuges e advogados consultivos e uma transação.</p><p>Ação, processo e sentença judicial.</p><p>Conciliação ou mediação judicial ou extrajudicial com acordo firmado.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Ora, em tese, com exceção da ação, processo e sentença judicial, todas as demais formas, aqui no caso</p><p>consensuais, podem ser resolvidas da forma que for mais adequada ao casal e objeto do conflito,</p><p>respectivamente. Não há uma lista de mandamentos, de ordem de preferência, de melhor ou pior.</p><p>Com exceção da própria conversa entre os cônjuges e da hipótese da ação, processo e sentença judicial, nos</p><p>demais casos, o que existe são formas com técnicas e profissionais devidamente capacitados para a solução</p><p>do conflito.</p><p>Mas qual é a grande novidade nisso tudo? Qual é a razão dos MASC terem alcançado um espaço e</p><p>resultado maiores no acesso à Justiça?</p><p>Ah, não é apenas uma razão!</p><p>São diversas as razões para as pessoas perceberem que elas, por si só, se quiserem, têm capacidade</p><p>intelectual e jurídica, ainda que com o auxílio de terceiros, podem participar mais ativamente das decisões de</p><p>seus conflitos. E, aliado a isso, podemos indicar:</p><p>Menor custo.</p><p>Menor tempo.</p><p>Maior participação no resultado.</p><p>Maior comprometimento em cumprir o acordado.</p><p>Menos dependência do Estado.</p><p>Maior cidadania.</p><p>É importante ressaltar que a lista apresentada não é taxativa e pode variar, mas, sem dúvida, trata-se de uma</p><p>lista positiva para os envolvidos!</p><p>Ultrapassada a importante explicação e percepção conceitual a respeito dos MASC, é preciso conhecer as</p><p>principais soluções adequadas de consensualidade e não consensualidade de tratamento dos conflitos.</p><p>No Brasil, as duas principais soluções de consensualidade tidas como adequada na solução de conflitos são,</p><p>respectivamente: a Conciliação e Mediação. São, quantitativa e qualitativamente falando, os métodos mais</p><p>utilizados e que podem ser mensurados. Vamos agora validar cada um deles.</p><p>Conciliação</p><p>Historicamente, o Brasil, enquanto Estado independente, sempre teve períodos de namoro e casamento com a</p><p>Conciliação, a começar pela Constituição Política do Império, que previa, em seu art. 161, que ninguém poderia</p><p>intentar resolver problemas no Poder Judicial sem que se demonstrasse que tentou a “reconciliação”. Na</p><p>verdade, se pensarmos no Brasil antes da Independência, também há registros e flertes com a Conciliação</p><p>nas Ordenações Filipinas.</p><p>Durante o século XX, a ideia de conciliar conflitos em juízo, esteve formalmente presente, ainda que nem</p><p>sempre incentivada, e certamente longe de termos uma política pública institucionalizada como temos hoje.</p><p>A Conciliação, como forma ou método mais</p><p>adequado de solucionar um conflito, esteve</p><p>presente na Justiça Comum Estadual e Federal</p><p>e na Justiça Federal do Trabalho, considerando</p><p>o perfil dos conflitos as grandes oportunidades</p><p>de se resolverem as pendências e violações de</p><p>direitos na relação laboral.</p><p>É certo que no Código de Processo Civil, na</p><p>legislação dos juizados especiais e mesmo na</p><p>ritualística prevista na CLT, a Conciliação já foi</p><p>confundida (ou meramente reduzida) com a</p><p>ideia de um momento, ato ou etapa processual, como se naturalmente fosse ou não acontecer por razões</p><p>transcendentais, ou estritamente, iniciativa de responsabilidade das partes envolvidas.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Mas é a partir do momento e iniciativas mais localizadas nos anos 1980 e seguintes que a Conciliação, ainda</p><p>que vista como uma etapa ou momento ritualístico, passa a ocupar uma maior visibilidade, uma vez que vai</p><p>conseguindo “desafogar” grandes quantidades de processos em áreas mais específicas, como direito do</p><p>consumidor e outras causas pequenas e que seriam rebatizadas na década seguinte de não complexas e</p><p>colocadas a cargo dos novos Juizados Especiais Cíveis e Criminais instituídos pela Lei nº. 9.099/95.</p><p>Comentário</p><p>Aliás, é sem dúvida, por meio da Lei nº. 9.099/95, que a Conciliação aumentou consideravelmente a sua</p><p>popularidade, demandando do poder público (antes mesmo da Resolução CNJ 125/2010), providências</p><p>estruturais, capacitação de quadros e outras providências logísticas de interesse.</p><p>Atualmente, o CPC prevê logo em seu artigo 3º, § 3º, no âmbito das Normas Fundamentais do Processo Civil,</p><p>a previsão do incentivo e possibilidade da Conciliação (e outros métodos) em qualquer fase ou momento do</p><p>processo judicial.</p><p>É, sem dúvida, uma disposição normativa da Lei de 2015, que validou toda movimentação após a CF 88, em</p><p>prol de um acesso à Justiça que não fosse apenas atrás da sentença do juiz, mas que proporcionasse o direito</p><p>fundamental a outras possibilidades de solução dos conflitos das pessoas.</p><p>Já em seu artigo 139, V, em meio às diretrizes sobre os poderes, deveres e responsabilidades do Juiz, é</p><p>explicitamente prevista a promoção da autocomposição entre as partes, com menção expressa à Conciliação,</p><p>de modo a demonstrar que o legislador conta com os juízes na aplicação, quando possível, da Conciliação</p><p>para solução de conflitos.</p><p>Veja que, para além da previsão contida no art. 334 do CPC, que se afigura como sendo um grande e</p><p>importante momento previsto para a consensualidade no CPC, o importante mesmo é o julgador em qualquer</p><p>instância ou grau de jurisdição estar apto, de prontidão para atender solicitação das partes envolvidas ou</p><p>mesmo uma percepção oriunda de sua cognição, de fato novo etc.</p><p>Atenção</p><p>Outra importante questão envolvendo a Conciliação diz respeito à sua convivência e, ao mesmo tempo, à</p><p>distinção da Mediação, conforme a previsão dos artigos 165 a 175 do CPC, que demonstram de forma</p><p>clara, a ideia legislativa da aplicação de um ou outro método, considerando os aspectos objetivos e</p><p>subjetivos do conflito.</p><p>Assim, partindo da referência normativa do CPC, encontramos a atuação do Conciliador:</p><p>Conciliador</p><p>É aquele capacitado para atuar em casos, em tese mais simples, quando,</p><p>preferencialmente, não houver vínculo anterior entre as partes. Ele pode,</p><p>inclusive, sugerir soluções (propostas) para o conflito, mas sem qualquer</p><p>tipo de intimidação ou constrangimento.</p><p>Como se pode ver, o Conciliador foi idealizado pelo legislador como alguém que pode colaborar no tratamento</p><p>de conflitos mais simples, assim entendidos com relações jurídicas mais objetivas, predominantemente de</p><p>direito e, preferencialmente, sem que haja envolvimento pretérito dos envolvidos.</p><p>Assim, se você olhar agora para os movimentos de conciliação nas relações de consumo, nos juizados</p><p>especiais, nas relações de trabalho, perceberá as razões do maior direcionamento da Conciliação nestes</p><p>casos. Viu, tudo tem uma razão de ser!</p><p>Mas fique ciente que nada impede que um conciliador obtenha êxito no tratamento de conflitos mais</p><p>complexos, com partes e vínculos já conhecidos!</p><p>Mediação</p><p>Após consolidar a Conciliação no seu tradicional e importante papel de tratar conflitos de modo mais</p><p>adequado do que a simples procura e espera da sentença judicial, o sistema normativo brasileiro, a reboque</p><p>de movimentos doutrinários e em especial, ligados à atuação do Conselho Nacional de Justiça na chegada à</p><p>Resolução CNJ Nº 125/2010, tratou de buscar meios para uma melhor execução de outro importante método</p><p>adequado de solução de conflitos, qual seja a Mediação.</p><p>Comentário</p><p>É claro que a Mediação não surgiu simplesmente após a Resolução CNJ Nº 125/2010, sendo certo que,</p><p>em boa parte do mundo (e em experiências no Brasil), a Mediação já vinha sendo estudada,</p><p>regulamentada e praticada por grandes espaços de tratamento de conflitos.</p><p>Aliás, é normalmente assim que muitos institutos são “introduzidos” ou “validados” dentro de um sistema</p><p>jurídico e, no caso da Mediação, não foi diferente. A prática vem antes, ainda que de modo menos formal e vai</p><p>proporcionando ajustes na legislação e na execução, em especial por parte do Poder Judiciário, que acabou</p><p>sendo um grande celeiro da Mediação, complementando as ações já historicamente existentes para a</p><p>Conciliação.</p><p>Portanto, podemos entender a Mediação como um método adequado de solução de conflitos de caráter</p><p>consensual de relações mais complexas e com vínculos anteriores entre os envolvidos (mediandos) e que,</p><p>com o auxílio de um profissional capacitado, o Mediador, para compreensão do conflito, seus interesses,</p><p>perspectivas e, principalmente para que se restabeleça ou se fortaleça a comunicação direta entre os</p><p>mediandos, de modo que eles próprios possam passar a construir alternativas e saídas para o conflito.</p><p>Assim, partindo da referência normativa do CPC, encontramos a atuação do Mediador:</p><p>Mediador</p><p>É aquele capacitado para atuar em casos, simples ou complexos, quando,</p><p>preferencialmente, houver vínculo anterior entre as partes. Ele deve</p><p>auxiliar aos interessados a compreender as questões, interesses e</p><p>controvérsias envolvidas. Com isso, ao invés de formular propostas</p><p>diretas, permite que a comunicação entre as partes seja responsável por,</p><p>por livre vontade, encontrar saídas em consensualidade com benefícios</p><p>para ambos.</p><p>Agora é importante destacar uma diferença entre a Conciliação e a Mediação. Enquanto a primeira vem</p><p>regulada nos diplomas jurídico processuais, a segunda, além de também constar nas codificações do</p><p>processo, ganhou em 2015, uma Lei própria, a Lei nº. 13.140, que formalmente dispõe sobre a mediação entre</p><p>particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da</p><p>administração pública; além de alterar e revogar uma série de dispositivos legais a respeito do tema.</p><p>Ainda que de fato já se praticava a Mediação no tratamento de conflitos no Brasil, sem dúvida que a Lei nº.</p><p>13.140/2015 trouxe importantes balizas para a operação da Mediação no âmbito judicial e extrajudicial. A</p><p>começar pelo artigo 1º da Lei nº. 13.140/2015, já se tem, ratificando as disposições do CPC 2015 uma</p><p>abordagem conceitual da Mediação:</p><p>Artigo 1º da Lei nº. 13.140/2015</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e</p><p>sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública.</p><p>Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem</p><p>poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou</p><p>desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.</p><p>Principais características da mediação</p><p>É, na verdade, um importante passo jurídico, pois traz parâmetros mais seguros para a diferenciação e</p><p>aplicação dos diferentes métodos e ao mesmo tempo, regulamenta a atividade, apontando, em dispositivos</p><p>sequenciais, os princípios inerentes à Mediação, aos Mediadores em âmbito judicial e extrajudicial, sua</p><p>formação e vários pontos importantes, que destacamos a seguir:</p><p>Princípios da Mediação</p><p>Imparcialidade do mediador</p><p>Isonomia entre as partes</p><p>Oralidade - Informalidade</p><p>Autonomia da vontade das partes</p><p>Busca do consenso</p><p>Confidencialidade</p><p>Boa-fé</p><p>Mediadores</p><p>Mediadores judiciais e extrajudiciais têm características de formação, nomeação e atuação</p><p>diferenciada. No âmbito judicial, existem normativas mais rígidas e restritivas à formação e atuação</p><p>dos mediadores. No âmbito extrajudicial, há mais liberdade na eleição, formação e atuação dos</p><p>mediadores.</p><p>Procedimento da Mediação</p><p>Há também variáveis entre a mediação judicial e extrajudicial. No caso da mediação judicial, normas</p><p>internas dos Tribunais, pautadas na Resolução CNJ Nº 125/2010 ditam o fluxo de trabalho dos</p><p>Núcleos e principalmente dos CEJUSC. No caso da mediação extrajudicial, a Lei nº. 13.140/2015 é</p><p>mais objetiva ao apontar os itens mínimos do procedimento, sem prejuízo de acréscimos que as</p><p>câmaras privadas ou mediadores autônomos podem proporcionar aos seus clientes. Itens como,</p><p>prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação, local da primeira reunião</p><p>de mediação, critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação e penalidade em caso de não</p><p>comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação são importantes pontos de</p><p>atenção.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Confidencialidade</p><p>Apesar de figurar já no rol dos princípios orientadores da Mediação, o tema mereceu destaque diante</p><p>das graves implicações que podem surgir no procedimento da mediação. Na prática, se aponta a</p><p>abrangência objetiva da confidencialidade e os pontos de exceção, como ciência de crimes de ação</p><p>penal pública incondicionada e obrigações administrativas e tributárias em consoante com o artigo</p><p>198 da Lei nº. 5.172/1976.</p><p>Mediação com a Administração Pública</p><p>Marco importante da Lei nº. 13.140/2015 e também presente no CPC 2015 diz respeito à possibilidade</p><p>da consensualidade estendida aos casos previstos com a Administração Pública. Disposições gerais,</p><p>condições mais rígidas e limitações formais e materiais aparecem nesta parte final e muito importante</p><p>da Lei. Sem prejuízo de possibilidades já existentes, é, sem dúvida, um marco, um novo paradigma</p><p>para a Administração Pública e seus credores.</p><p>Negociação</p><p>Ainda que seja uma abordagem um pouco mais restritiva e polêmica, uma vez que se situa em um campo de</p><p>possibilidades mais amplo possível, ocorrendo, na maioria das vezes em espaços alienígenas ao Poder</p><p>Judiciários e aos mais regulamentos métodos consensuais, a Negociação é um importante e tradicional</p><p>ferramenta no tratamento adequado de conflitos, com técnicas que podem, em certas ocasiões, apoiar etapas</p><p>ou momentos importantes da Conciliação.</p><p>A Negociação é uma versão mais originária da consensualidade dos envolvidos em um conflito e, muitas das</p><p>vezes, utilizada em várias áreas do conhecimento, normalmente associada a processos de construção do</p><p>convencimento de negociações gratuitas ou onerosas.</p><p>Trata-se, portanto, de um método com técnicas próprias da liberdade de manifestação e contratação das</p><p>partes, muito praticado em escolas de negócios e espaços afins e que ganha maior visibilidade junto às</p><p>operações judiciárias e de espaços privados de solução de conflitos após a aproximação da prática e</p><p>resultados positivos com a conciliação e mediação.</p><p>Para fins de uma melhor percepção, vamos relacionar aqui alguns pontos diferenciados da Negociação se</p><p>comparada à Conciliação e à Negociação.</p><p>1</p><p>Maior liberdade temporal</p><p>A Negociação tem uma janela no tempo mais ampla e favorável às relações continuadas, em especial</p><p>aos envolvidos que já mantinham (e mantém) entre si, outras relações jurídicas. Ela não está presa a</p><p>momentos ou desfechos processuais, ligados ao curso de um rito processual, horários e modelos de</p><p>funcionamento de centros de conciliação e mediação, por exemplo.</p><p>2</p><p>Maior liberdade de objeto</p><p>A Negociação, pela sua própria natureza e prática, possui uma maior elasticidade no objeto a ser</p><p>negociado de um litígio, podendo, inclusive, ampliar o campo de deliberação e resolução por acordo.</p><p>Não é que isso não possa ser feito em sede de conciliação e mediação, mas o ethos desses dois</p><p>últimos métodos é menos propenso a tais realizações.</p><p>3Maior autonomia de execução</p><p>A Negociação tem, em sua origem, uma formação mais simplificada, proporcionando aos ditos</p><p>negociadores uma apropriação mais simples, menos sofisticada e, em grande parte dos casos,</p><p>acessível ao público mais aberto, longe o suficiente da linguagem e comportamento das soluções</p><p>eminentemente jurídicas na solução de conflitos. É um aspecto de repercussão social importante e</p><p>não pode ser desconsiderado.</p><p>Soluções ou métodos adequados não consensuais</p><p>Sem prejuízo da importância da busca e prática da consensualidade no âmbito da Política Pública de</p><p>tratamento de conflitos no Brasil, existe também espaço e normatização para métodos que buscam</p><p>apresentar uma alternativa à judicialização de conflitos frente ao Poder Judiciário, seja por vontade das</p><p>partes, seja por previsão legal ou contratual.</p><p>Arbitragem</p><p>A Arbitragem ocupa um papel de destaque no campo dos métodos adequados de solução de conflitos não</p><p>consensuais, como uma verdadeira e dedicada opção aos trâmites jurídicos, econômicos e políticos de ações</p><p>e processos judiciais que podem restar não decididos em tempo e qualidade desejadas pelos envolvidos no</p><p>conflito.</p><p>A Lei nº. 9.307/1996 e as importantes alterações previstas pela Lei nº. 13.129/2015 trazem, no âmbito</p><p>brasileiro, as opções disponíveis ao tratamento de conflitos fora do Poder Judiciário e sem necessariamente</p><p>depender da consensualidade entre os envolvidos. Trata-se da possibilidade da utilização da Arbitragem,</p><p>como um meio adequado de resolver conflitos e que tem, conforme previsão legal, as seguintes</p><p>características:</p><p>Arbitragem</p><p>Meio adequado não consensual de resolução de conflitos que os interessados, maiores capazes e</p><p>pessoas jurídicas de direito privado e público podem ter à disposição para tratamento de relações</p><p>jurídicas diversas. É normalmente organizada em espaços públicos e privados denominados de</p><p>“Câmaras” com regras e regulamentos pormenorizados da ritualística adotada, sempre com referência</p><p>à previsão legal.</p><p>Como chegar à arbitragem</p><p>Os interessados por optar pela Arbitragem como meio mais adequado e não oneroso de solução de</p><p>conflitos por uma Cláusula Compromissória, quando, entre eles, existem relações jurídicas contratuais</p><p>ou pelo Compromisso Arbitral, que é uma celebração que pode ser nos autos ou mesmo extrajudicial,</p><p>normalmente pelo convite formulado por um dos interessados (ou partes do processo judicial) e</p><p>acatado pela outro (a).</p><p>Árbitros</p><p>Pode ser árbitro qualquer pessoa maior e capaz e deverão ser indicados e nomeados pelas partes. Ao</p><p>contrário do que ocorre no Poder Judiciário, aqui as partes podem escolher seus árbitros e ou</p><p>Centros de Arbitragem. Em outras palavras, inexiste o princípio do árbitro natural, como se tem na</p><p>ideia do juiz natural (Poder Judiciário).</p><p>Procedimento arbitral</p><p>De acordo com a Lei nº. 9.307/1996, o procedimento arbitral e a arbitragem consideram-se instituídos</p><p>no momento da aceitação do árbitro indicado. Logo de início, há possibilidade de alegações</p><p>preliminares diversas, tal como competência, suspeição, dentre outras e que serão devidamente</p><p>analisadas e resolvidas. O procedimento em si atenderá à predisposição da convenção da arbitragem</p><p>ou na sua ausência, às disposições do Centro de Arbitragem. O procedimento arbitral compreende</p><p>também a instrução, com oitiva de depoimento das partes, testemunhas, análise de documentos e</p><p>outros meios de prova.</p><p>Medidas de urgência e carta arbitral</p><p>Antes de instituída a arbitragem, eventuais medidas de urgência devem ser requeridas ao Poder</p><p>Judiciário. Com a instituição da arbitragem, os árbitros passam a responder por novas análises e</p><p>possíveis ajustes. Em tramitação da arbitragem, medidas especiais poderão ser solicitadas ao Poder</p><p>Judiciário, que as praticará, for o caso, em cumprimento às Cartas Arbitrais. Trate-se de mais uma</p><p>caracterização do hibridismo do procedimento arbitral que poderá contar o apoio e atuação do Poder</p><p>Judiciário em cada caso concreto, se necessário for.</p><p>Sentença</p><p>arbitral</p><p>Trata-se do documento decisório da Justiça Arbitral, proferida na sequência do referido procedimento</p><p>e que conterá, na forma da lei, relatório, fundamentação e o dispositivo, podendo ser parcial ou total.</p><p>Após a comunicação formal às partes, há um prazo para possíveis correções materiais e em seguida,</p><p>a sentença passará a ter a mesma validade jurídica das sentenças proferidas pelo Poder Judiciário,</p><p>sendo consideradas como títulos executivos judiciais, nos termos do artigo 515, XXX do CPC.</p><p>Sim, você não leu errado! Título executivo</p><p>judicial!</p><p>Mas, a Arbitragem não é fora do Poder</p><p>Judiciário? Pois é, o legislador poderia ter</p><p>caracterizado como um título executivo</p><p>extrajudicial, mas como a Arbitragem foi</p><p>instituída por lei à época como um “meio</p><p>alternativo” à jurisdição e com caráter</p><p>substitutivo e decisório, talvez por esta razão a</p><p>classificação como título judicial.</p><p>Justiça Desportiva</p><p>Justiça Desportiva e relações com a Arbitragem e o Poder Judiciário</p><p>Certamente você já ouviu falar sobre a Justiça Desportiva no Brasil. Não? Então vamos lá!</p><p>A CRFB 88 prevê, em seu art. 217, as normas principiológicas e originárias do Desporto no Brasil e de forma</p><p>clara, prevê, em seu §§ 1º e 2º, disposições sobre o acesso à justiça para o tratamento de conflitos</p><p>desportivos. É clara a norma de caráter de vedação inicial à Justiça Comum, assim entendido acesso ao Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Comentário</p><p>Viu só! Ainda que você não encontre essa informação em muitos espaços de estudos e prática dos</p><p>métodos adequados de solução de conflitos, existe um meio adequado de solução de conflitos para a</p><p>justiça desportiva e que é, em regra, não consensual.</p><p>Agora que você já se localizou pela CRFB 88, é bom também conhecer a Lei Geral do Desporto no Brasil.</p><p>Vamos lá?</p><p>A Lei nº. 9.615/1998 regula, no âmbito do Brasil, as normas gerais do desporto que engloba, nos</p><p>termos do artigo 1º da própria lei, práticas formais e informais que podem ter normas</p><p>complementares nacionais e internacionais.</p><p>A referida lei, para além de regular o Sistema Nacional do Desporto, Do Conselho de Desenvolvimento do</p><p>Desporto Brasileiro (CDDB), Dos Sistemas do Desporto dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a</p><p>Prática Desportiva Profissional, da Ordem Desportiva, Dopagem, aborda, em seus artigos 59 a 55-C da</p><p>Justiça Desportiva, tema que nos interessa em meio aos métodos de tratamento adequados de conflitos.</p><p>A Justiça Desportiva no Brasil está devidamente estruturada, com caráter substitutivo da Justiça Comum e</p><p>decisões não dependentes do consenso, que trazem segurança jurídica às relações desportivas previstas na</p><p>presente lei e também em regras específicas da prática das variadas modalidades desportivas e sua</p><p>respectiva organização em confederações, federações ligas e outras agremiações.</p><p>Exemplo</p><p>No caso específico do futebol, a Confederação Brasileira de Futebol, para além das previsões e</p><p>sujeições da Justiça Desportiva, atua com a Câmara Nacional de Resolução de Disputas, com extensa</p><p>previsão de como os conflitos deverão ser tratados no campo específico das relações de seu interesse,</p><p>incluindo as federações, clubes atletas etc.</p><p>Tais disposições estão claras logo nos artigos 1º e 2º do Regulamento da Câmara Nacional de Resolução de</p><p>Disputas 2020, atualmente em vigor, que prevê também em seus artigos sequências às normas de instituição</p><p>de procedimentos para as respectivas disputas.</p><p>Mais do que oportuno, neste sentido, é o indicativo da previsão da atuação do CBMA, um dos mais</p><p>importantes Centros de Mediação e Arbitragem no Brasil, em especial no campo da Arbitragem Desportiva e</p><p>seu respectivo regulamento próprio, em matérias diversas na esfera Recursal.</p><p>Resta clara a interação da Arbitragem com a Justiça Desportiva no Brasil, bem como as permissões, ainda que</p><p>limitadas e secundárias, da intervenção do Poder Judiciário propriamente dita, normalmente associado às</p><p>questões de direitos do consumidor torcedor, das relações e direitos trabalhistas dos atletas e possíveis</p><p>questões de organização e eleição interna das organizações desportivas e clubes de um modo geral.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Negociação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Justiça Desportiva e relações com a Arbitragem e o Poder Judiciário</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>O respeito dos métodos adequados de solução de conflitos, marque a única alternativa que condiz com a</p><p>realidade normativa brasileira:</p><p>A</p><p>Todos os métodos adequados são de caráter consensual, isto é, não impõem decisões substitutivas da</p><p>vontade das envolvidos, como as sentenças judiciais.</p><p>B</p><p>A Conciliação como método adequado de solução de conflitos tem ocorrência no âmbito extrajudicial.</p><p>C</p><p>A Mediação como método adequado de solução de conflitos pode ter ocorrência apenas na esfera judicial.</p><p>D</p><p>Os métodos adequados são de caráter predominantemente consensual, podendo destacar a Arbitragem e a</p><p>Justiça Desportiva como exceções.</p><p>E</p><p>A Conciliação não é o método adequado que mais tempo convive na realidade brasileira.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Os métodos adequados de solução de conflitos não são todos de caráter consensual. A arbitragem e a</p><p>Justiça Desportiva são dois bons exemplos. Aliás, a própria jurisdição do Poder Judiciário é, para muitos</p><p>dos casos, o método mais adequado e, por si só, não tem o caráter de consensualidade como regra, o que</p><p>não impede de proporcionar espaços para a mediação e conciliação, por exemplo.</p><p>Questão 2</p><p>O acesso à Justiça Desportiva no Brasil pode ser considerado um método adequado de solução de conflitos?</p><p>A</p><p>Sim, conforme previsão legal da Lei Brasileira do Desporto, sem prejuízo de outros documentos jurídicos</p><p>complementares.</p><p>B</p><p>Não, pois métodos adequados são somente a conciliação e mediação.</p><p>C</p><p>Não, pois para ser método adequado deve haver decisão fundamentada do juiz da causa, no momento que</p><p>homologa por sentença, o caso concreto por conciliação ou mediação.</p><p>D</p><p>Sim, é formalmente uma espécie de Arbitragem e atende aos princípios da Lei nº. 9.307/1996, sem outros</p><p>diplomas legais regulamentadores.</p><p>E</p><p>Sim, mas apenas quando houver adesão voluntária de entidades, clubes e atletas, pois do contrário, a</p><p>competência de julgamento é da Justiça Comum.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Sim, nos termos do art. 217 da CRFB 88 e da Lei Brasileira do Desporto, além de outros documentos</p><p>jurídicos complementares, como, no caso do futebol, o Regulamento da Câmara Nacional de Resolução de</p><p>Disputas. Entende-se por meio adequado de solução de conflitos todo e qualquer meio que se revele, seja</p><p>por lei ou vontade das partes efetivamente mais adequado do que a regra geral de acesso ao Poder</p><p>Judiciário.</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Os métodos adequados de solução de conflitos tratam-se de uma resposta mais moderna para a solução de</p><p>conflitos, para inserir os jurisdicionados numa ideologia mais harmoniosa, a qual conta com outros meios de</p><p>solução de conflitos, que não apenas a imposta pelo Estado-juiz, para alcançar-se a efetividade da justiça:</p><p>decisão justa, menos dispendiosa e com tempo razoável.</p><p>Para tanto, recentemente (a partir da EC 45), os meios adequados de solução de conflitos ganharam destaque</p><p>como instrumentos adequados a garantir o acesso à justiça, tendo o sistema brasileiro sido estruturado no</p><p>sentido de estimular a autocomposição, não por acaso, tem rasgo de norma fundamental estatuída nos § 2º e</p><p>3º do artigo 3º do CPC.</p><p>Podcast</p><p>Neste podcast, o professor discorre sobre os métodos consensuais e não consensuais para a resolução</p><p>de controvérsias.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Consulte no portal da União Europeia as normativas e experiências em prol da consensualidade no ambiente</p><p>digital das ADRs (Alternative Dispute Resolution).</p><p>Acesse a publicação Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça</p><p>e conheça os números da</p><p>Conciliação e Mediação na Justiça do Brasil.</p><p>Acesse o site do PROCON- RJ e conheça um importante e histórico espaço de busca pela consensualidade</p><p>nos conflitos oriundos das relações de consumo.</p><p>Pesquise a Plataforma CONSUMIDOR.GOV e conheça importantes oportunidades e inovações no âmbito das</p><p>oportunidades de consenso no ambiente digital.</p><p>Conheça a Câmara de Resolução de Disputas da Confederação Brasileira de Futebol.</p><p>Referências</p><p>CAPPELLETTI, M.; BRYANT, G. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio</p><p>Antonio Fabris, 1999. Título original: Acess to justice: the world wide moviment to make rights effective. Millan:</p><p>Dott. A. Giuffre, 1988.</p><p>BRASIL. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL. CÂMARA DE RESOLUÇÃO DE DISPUTAS. Consultado na</p><p>internet em: 13 jan. 2022.</p><p>BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021. Consultado na internet em: 13 jan.</p><p>2022.</p><p>BRASIL. ESTADO DO RIO DE JANEIRO. PROCON. Consultado na internet em: 13 jan. 2022.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. PLATAFORMA CONSUMIDOR.GOR. Consultado na internet em: 13 jan. 2022.</p><p>MOREIRA, R. S. Estudos de mediação: estudo de viabilidade do uso de mediação no âmbito do TRT da 1ª</p><p>Região. 1 ed. Rio de Janeiro: EJI, 2019.</p><p>NINGELISKI, A. de O. Acesso à Justiça pelos Caminhos da Mediação. Florianópolis: Empório do Direito, 2017.</p><p>PINHO, H. D. B.; MAZZOLA, M. Manual de mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>PINTO, A. de M. da F.; SILVA JUNIOR, S. R. Políticas públicas de mediação e de conflitos em perspectiva</p><p>comparada Brasil-Espanha. In: PINTO, A. M. da F. et al. (coord.). Coletânea Estudos sobre Mediação no Brasil e</p><p>Exterior. v. 1. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2020.</p><p>SPENGLER, F. M. Mediação de conflitos – da teoria à prática. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2021.</p><p>TAKAHASHI, B. Em busca da Solução de Adequada de Conflitos. Partes e Instituições em Disputa. Belo</p><p>Horizonte: Del Rey, 2021.</p><p>Métodos adequados de solução de conflitos</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Preparação</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. Aspectos históricos e sociológicos dos métodos adequados de solução de conflitos</p><p>Conceitos iniciais</p><p>O que são métodos adequados de solução de conflitos?</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Exemplo</p><p>Aspectos históricos</p><p>Brasil imperial</p><p>Art. 161</p><p>Art. 162</p><p>Saiba mais</p><p>Regulamento 737, de 1850</p><p>Art. 23</p><p>Art. 673</p><p>Art. 674</p><p>Repercussões sociológicas</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Aspectos históricos - Brasil Imperial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesso à Justiça</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>2. Política judiciária nacional de tratamento dos conflitos</p><p>A Política Pública Judiciária contida na Resolução CNJ Nº 125/2010</p><p>Política pública judiciária de tratamento dos conflitos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Resumindo</p><p>Reflexão</p><p>A Resolução CNJ Nº 125/2010 e seus impactos na solução dos conflitos</p><p>Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos</p><p>Centros Judiciários de Solução de Conflitos</p><p>Dos Conciliadores e Mediadores</p><p>Atenção</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Resolução de conflitos de forma pacífica</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Outras formas de resolução dos conflitos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. As diferentes formas de solução dos conflitos</p><p>As soluções ou métodos consensuais e não consensuais</p><p>Métodos consensuais e não consensuais</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Conciliação</p><p>Comentário</p><p>Atenção</p><p>Conciliador</p><p>Mediação</p><p>Comentário</p><p>Mediador</p><p>Artigo 1º da Lei nº. 13.140/2015</p><p>Principais características da mediação</p><p>Princípios da Mediação</p><p>Mediadores</p><p>Procedimento da Mediação</p><p>Confidencialidade</p><p>Mediação com a Administração Pública</p><p>Negociação</p><p>Maior liberdade temporal</p><p>Maior liberdade de objeto</p><p>Maior autonomia de execução</p><p>Soluções ou métodos adequados não consensuais</p><p>Arbitragem</p><p>Arbitragem</p><p>Como chegar à arbitragem</p><p>Árbitros</p><p>Procedimento arbitral</p><p>Medidas de urgência e carta arbitral</p><p>Sentença arbitral</p><p>Justiça Desportiva</p><p>Justiça Desportiva e relações com a Arbitragem e o Poder Judiciário</p><p>Comentário</p><p>Exemplo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Negociação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Justiça Desportiva e relações com a Arbitragem e o Poder Judiciário</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>

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