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ENG025 UFBA AÇÕES E COMBINAÇOES E025C Ações Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C1 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS ESTRUTURAIS ENG025 UFBA Definição e tipo • Segundo a NBR 8681/84, ações são “as causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas”. • Tipos de ações: – Gravitacional: Pesos próprios de elementos da construção; de objetos no interior dos ambientes construídos; de água e de neve, etc.; – Vento: pressões e sucções que agem externa e internamente aos ambientes construídos; depende da geometria do objeto construído, das condições climatológicas da região do país, da topografia e da rugosidade do terreno; Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C2 da região do país, da topografia e da rugosidade do terreno; – Térmica: provocada por deformações dos elementos estruturais, devido a variações na temperatura dos ambientes; – Reológica: provocada por deformações nos materiais, com o passar do tempo (fluência sob cargas, retração, deformação lenta, etc.); – Recalque de apoio: provocada por deformações em razão de recalques (afundamento) de fundações; – Sísmica: ação dinâmica provocada por terremotos; – Empuxos de água e solo (horizontais); – Dinâmicas: provocadas por vibrações de equipamentos mecânicos ou choques. ENG025 UFBA Classificação por distribuição • Concentrada • Linearmente distribuída – Constante Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C3 – Constante – Variável • Distribuída em superfície ENG025 UFBA Classificação por modo de atuação • ações diretas: pesos próprios, pesos de equipamentos fixos, vento, neve, empuxo de líquidos ou grãos, que podem ser subdivididas em: Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C4 • ações indiretas: deformações ou deslocamentos devido a variações de temperatura, recalques de fundação, sismos, retração, fluência, protensão. ENG025 UFBA Classificação por variação no tempo • Permanentes (g) – intensidade e posição são consideradas constantes ao longo do tempo. – Ex: Pesos próprios de materiais e componentes da construção, sobrecarga devido ao mobiliário em edifícios, etc. • Variáveis (q) – Intensidade varia ao longo do tempo. Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C5 – Representadas por um valor máximo associado a uma probabilidade de ocorrência. – Ou tempo de permanência, em • ações de longa ou de curta duração; • segundo a freqüência da atuação, em ações repetidas ou não repetidas. • Excepcionais – Ocorrência pouco provável durante a vida útil de uma estrutura ENG025 UFBA Classificação por variação no tempo • Variáveis – Variáveis normais: probabilidade grande de ocorrência, o que determina que sejam consideradas obrigatoriamente no projeto; – Variáveis especiais: de intensidade e natureza especiais. • Exemplos de ações variáveis: ação do vento, ações devido à variação de Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C6 • Exemplos de ações variáveis: ação do vento, ações devido à variação de temperatura,ações sísmicas, cargas de montagem, etc. • ações excepcionais – Ex: Explosões, incêndios, enchentes, furacões e terremotos, impactos de veículos, aviões ou embarcações, etc. ENG025 UFBA Classificação por variação no espaço • Fixas – Posições inalteráveis na estrutura – pesos próprios de materiais e componentes. Notar que podem ocorrer ações com posição fixa, cujo valor, no entanto, pode variar, por exemplo, o peso da água em um reservatório. • Livres Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C7 • Livres – Posição arbitrária na estrutura. – cargas móveis • deslocam-se ao longo da estrutura • Peso de veículos sobre as estruturas das pontes – cargas removíveis • Podem ser arbitrariamente colocadas ou removidas nas estruturas • por exemplo, as cargas de ocupação dos edifícios ENG025 UFBA Classificação das ações Variação no tempo Modo de atuação Diretas Indiretas Permanentes Peso próprio Peso dos elementos de construção Peso dos elementos fixos Empuxo de terra e líquidos Recalques Retração Fluência Erros execução geométricos Protensão Variáveis Cargas acidentais Ação do Vento Cargas de construção Variação de Temperatura Ações dinâmicas Excepcionais Furação Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C8 • AÇÕES PERMANENTES DIRETAS – Peso próprio dos elementos de concreto armado – Elementos construtivos e das instalações permanentes, – Empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis e ao peso da água de piscinas e reservatórios. • AÇÕES PERMANENTES INDIRETAS – Deformações impostas pelos fenômenos de retração ou fluência do concreto, – Deslocamentos de apoio – Imperfeições geométricas ou protensão. Excepcionais Furação Terremotos Explosões ENG025 UFBA Peso específico aparente Classe Materiais (kN/m3) Classe Materiais (kN/m3) Rochas Arenito 26 Metais Aço 78,5 Basalto 30 Alumínio e ligas 28 Gneiss 30 Bronze 85 Granito 28 Chumbo 114 Mármore e calcáreo 28 Cobre 89 Blocos Artificiais Blocos de argamassa 22 Ferro fundido 72,5 Cimento amianto 20 Estanho 74 Lajotas cerâmicas 18 Latão 85 Tijolos furados 13 Zinco 72 Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C9 Tijolos furados 13 Zinco 72 Tijolos maciços 18 Materiais Diversos Aicatrão 12 Tijolos sílico-calcáreos 20 Asfalto 13 Argamassa de cal, cimento e areia 19 Borracha 17 Argamassa de cimento 21 Papel 15 Argamassa de gesso 12,5 12,5 Plástico em folhas 21 Concreto simples 24 24 Vidro plano 26 Concreto armado 25 25 Madeiras Pinho, cedro 5 5 Louro, imbuia, pau óleo 6,5 6,5 Guajuvirá, guatambu, grápia 8 Angico, cabriuva, ipê róseo 10 Revestimentos e Concreto ENG025 UFBA Características dos materiais de armazenagem Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C10 ENG025 UFBA Peso específico aparente • Para situações específicas, devem ser consultados catálogos do fabricante ou seu departamento técnico, a fim de se tomar conhecimento do peso específico correto do material. • Na falta de dados normalizados ou de catálogos, há necessidade de se determinar experimentalmente os pesos específicos dos materiais. • Exercício Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C11 • Exercício – Calcule do peso próprio de alvenaria de um tijolo furado revestida, com dimensões de 9cm x 19cm x 19cm, revestimento com argamassa mista (cimento, areia, cal) de 2cm de espessura. O assentamento dos tijolos será com a mesma argamassa, com camadas de 1cm de espessura entre as fiadas horizontais e entre as faces verticais dos tijolos ENG025 UFBA Peso próprio de elementos construtivos Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C12 ENG025 UFBA Valores mínimos de cargas acidentais Carga Carga Uso Local (kN/m2) Uso Local (kN/m2) Arquibancadas 4,0 Cozinhas não residenciais A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo 3,0 Bancos Escritórios e banheiros 2,0 Edifícios residenciais Dormitórios, sala, copa, cozinha e 1,5 Salas de diretoria e de gerência 1,5 banheiro Bibliotecas Sala de leitura 2,5 Despensa, área de serviço e lavanderia 2,0 Sala para depósito de livros 4,0 Escadas Com acesso ao público 3 3,0 Sala com estantes de livros a ser determinada. Valor mínimo 6,0 Sem acesso ao público 2,5 2,5 Casas de máquinas Valor mínimo 7,5 Escolas Anfiteatro com assentos fixos Corredor e 3,0 Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C13 Casas de máquinas Valor mínimo 7,5 Escolas Anfiteatro com assentos fixos Corredor e sala de aula 3,0 Cinemas Platéia com assentos fixos 3 3,0 Outras salas 2,0 Estúdio e platéia com assentos móveis 4,0 Escritórios Salas de uso geral e banheiro 2,0 Banheiro 2,0 Forros Sem acesso a pessoas 0,5 Clubes Sala de refeições e de assembléia com assentos fixos 3,0 Galerias de arte A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo 3,0 Sala de refeições e de assembléia com assentos móveis 4,0 Galerias de lojas A ser determinada em cada caso 3,0 Salão de danças e salão de esportes 5,0 Sala de bilhar e banheiro 2,0 Corredores Com acesso ao público 3,0 Sem acesso ao público 2,0 ENG025 UFBA Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C14 VENTO NBR 6123/1988- Forças devidas ao vento em edificações ENG025 UFBA Fatores • A força de vento a ser utilizada no projeto depende de vários fatores: – local (cidade) – dimensões da edificação – tipo de terreno (plano, morro, topo de montanha) – rugosidade do terreno (livre, com obstáculos) Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C15 – rugosidade do terreno (livre, com obstáculos) – tipo de ocupação (residencial, deposito ...). • Pressão estática do vento: q = 0,613 Vk2 – q (N/m2) e Vk (m/s) • Vk = V0 × S1 × S2 × S3, onde: – S1 = fator topográfico; – S2 = fator rugosidade do terreno; – S3 = fator estatístico em função do uso da edificação. ENG025 UFBA Gráfico de isopletas Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C16 ENG025 UFBA GRADIENTE DE VELOCIDADE DO VENTO Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C17 ENG025 UFBA Fator topográfico, S1 • Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0 • Vales profundos, protegidos de ventos Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C18 protegidos de ventos de qualquer direção: S1 = 0,9. • Taludes e morros: Depende do ponto onde a edificação será construída; ENG025 UFBA fator de rugosidade do terreno S2 • Número de obstáculos entre o vento e a edificação em análise e altura do ponto de aplicação da carga de vento, e as dimensões do edifício. – Classe A: Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20 m. Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C19 – Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m. – Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 50 m, porém seja inferior a 80m. – Edificações com dimensão superior a 80m, não são definidas classes e o tempo de rajada (definido em função das classes acima) é calculado para cada Caso. ENG025 UFBA fator de rugosidade do terreno S2 Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C20 ENG025 UFBA fator de rugosidade do terreno S2 Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C21 ENG025 UFBA fator estatístico S3 • Conceitos estatísticos e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. • O nível de probabilidade (63%) e a vida útil (50 anos) adotados são considerados adequados para edificações normais destinadas a moradias, hotéis, escritórios (grupo 2). Para outros usos o nível de segurança adequado pode ser Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C22 Para outros usos o nível de segurança adequado pode ser maior (p.e. hospitais) ou menor (p.e. parede de vedação). ENG025 UFBA Força de arrasto • Fa = Ca × q × A – Fa = força de arrasto; – Ca = coeficiente de arrasto; – A = área da fachada onde incide o vento (usualmente altura x largura do pavimento). • Turbulência – Alta turbulência Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C23 – Alta turbulência – Altura não excede duas vezes a altura média das edificações nas vizinhanças, estendendo-se estas, na direção e no sentido do vento incidente, a uma distância mínima de: • 500 m, para uma edificação de até 40 m de altura; • 1000 m, para uma edificação de até 55 m de altura; • 2000 m, para uma edificação de até 70m de altura; • 3000 m, para uma edificação de até 80 m de altura. ENG025 UFBA Coeficiente de arrasto Baixa Alta Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C24 ENG025 UFBA Ações do vento Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C25
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