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Ciências Sociais - Pensamento científico

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UMA DISCUSSÃO ACERCA DA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO 
GEOGRÁFICO E CIÊNCIAS SOCIAIS 
 
QUEIROZ¹, Antônia Márcia Duarte 
Mestranda UNIMONTES (bolsista: CAPES) 
RODRIGUES², Luciene 
Professora Doutora do departamento de Economia UNIMONTES 
FONSECA, Diego de Sousa Ribeiro 
Acadêmico de Geografia - UNIMONTES 
Endereço: Rua Porteirinha, 366, Esplanada, 
Montes Claros, Minas Gerais, CEP:39401456- 
amdqueiroz@yahoo.com.br; antonia.marcia.queiroz@bol.com.br 
 
Resumo 
 
A ciência é considerada um conjunto de teorias e modelos que visam o conhecimento, 
a partir da aplicação de determinada metodologia em continuo processo de renovação. Nessa 
perspectiva, pretende-se entender aspectos do desenvolvimento das ciências e a formação do 
pensamento geográfico. Essa abordagem parte da estrutura e confronto de formas conceituais 
de formação epistemológica e método. As ciências sociais se baseiam na evolução das 
relações da sociedade, a Geografia tem sua gênese voltada para os processos da natureza e 
perpassa várias etapas, em direção a transformação da realidade. Objetiva-se a busca de 
reflexões sobre o conhecimento científico e os desafios que se apresentam nas ciências a 
partir das necessidades humanas, em constante construção e desconstrução. Em âmbito 
metodológico remete-se a análise de idéias de autores que discorrem sobre essas temáticas 
inerentes ao desenvolvimento das ciências. A partir dessas idéias pretende-se refletir sobre as 
várias interpretações e tendências de estudo na perspectiva científica das ciências sociais com 
ênfase nos desdobramentos relativos ao pensamento geográfico. 
 
Palavras-chave: Conhecimento Cientifico, Ciências Sociais, Geografia. 
 
 
 
 2 
Introdução 
 
Ao se analisar a temática do desenvolvimento da ciência percebe-se que essa tem 
origem grega, utiliza-se do mito para explicar o real e os fenômenos da natureza. Os filósofos 
detêm o saber a partir de uma boa retórica na busca de apreender aspectos da realidade e 
poder, de maneira desinteressada, que revelavam o homem como um todo. Percebia-se o 
conhecimento na forma já existente sem possibilidades de ultrapassar fronteiras. Na 
concepção grega aparecem pressupostos para o conhecimento de uma ordem, em que se 
revela o posicionamento de autores que abordam a temática sobre a gênese do conhecimento 
cientifico e é exposta uma trajetória complexa permeada de discussões e métodos inerentes a 
cada época. 
A disciplina científica geográfica, a sistematização científica que ordena seu objeto a 
princípio à natureza. As escolas geográficas difundem o saber através das ciências da 
natureza, do determinismo geográfico. A partir das transformações tecnológicas após a 
Segunda Guerra Mundial reforçou-se a Geografia de análise das modificações no cenário 
mundial e movimentos sociais de reinvidicação por melhores condições de vida, houve uma 
busca de renovação nas estruturas metodológicas. A partir do desenvolvimento do 
conhecimento surgem questões que discutem a relação homem-natureza. Ao longo de sua 
história a Geografia, acompanha e se desenvolve á luz de potencialidades na análise e 
compreensão de fenômenos e estudos sócio-espaciais. Esse potencial torna relevantes as 
necessidades atuais apresentadas pela sociedade, economia, ambiente e formas de 
desenvolvimento. Dentro dos objetivos propostos pretende-se refletir sobre o 
desenvolvimento do conhecimento científico, a sistematização científica da Geografia e a 
construção do pensamento científico em ciências sociais. 
Para a metodologia utilizam-se de reflexões a partir de idéias de autores que se 
dedicam às discussões científicas, nas ciências sociais e pensamento geográfico, e as várias 
interpretações e tendências que se apresentam a partir destes conhecimentos. A primeira parte 
do texto se refere à trajetória de desenvolvimento das ciências, a segunda trata da 
racionalidade científica moderna, a terceira contém reflexões sobre a construção das ciências 
sociais e seu objeto de estudo, e a quarta parte reflete sobre a sistematização científica do 
pensamento geográfico e as transformações de sua base epistemológica. As considerações 
finais exprimem a relação entre a construção da ciência e os desdobramentos no pensamento 
científico moderno, o qual define a relação dinâmica, característicos dos conceitos e 
desenvolvimento científico pós moderno com a formação de posicionamentos para construção 
 3 
de pressupostos utilizados nas ciências sociais e na Geografia na perspectiva de definição de 
seu objeto de estudo. 
 
Objetivos 
 
Dentro das perspectivas de conhecimento cientifico moderno busca se analisar o 
desenvolvimento da construção de epistemologia e método a partir da concepção objetiva de 
formação de ciência. Esses pressupostos servem de fundamentação teórica para o avanço de 
diversas disciplinas ao formularem sua base epistemológica. Nesse cenário discute-se a 
Geografia, a qual possui sua gênese na antiguidade de forma descritiva, que demonstra uma 
percepção desvinculada de progressão histórica e social. E a construção dos pressupostos que 
deram origem às ciências sociais que se revela a partir de trabalhos, que os fundamentam nos 
movimentos de formação da sociedade. 
 
Referencial teórico 
 
O conhecimento grego traduzia o saber que os filósofos produziam a partir de uma boa 
retórica produz posicionamentos para formas de produção de conhecimento. 
Platão (1999) mostra uma organização através do mundo das idéias como conhecemos 
e mostra a prevalência do pensamento com relação à realidade, o qual transforma o mundo e o 
evidencia como fundamento que para conhecer precisamos de impressões, que obtemos 
através do sentido, e pressupor a partir daí como se produz e se apreende o conhecimento 
científico. Adota o método explicativo típico da matemática a verdade como prêmio, depois 
de todas as hipóteses, de todas as dúvidas de todas as análises sem nunca atingir a certeza 
absoluta. Apresenta o mundo que percebemos, pelos sentidos, como copia do mundo das 
idéias. Para Platão o mundo inteligível surge por meio das idéias e o mundo original é pelas 
idéias por meio do pensamento, não se transforma está lá parado, o mundo sensível é que se 
transforma e a ciência se debruça sobre o mundo sensível para conhecer a realidade e o 
homem. Procura conhecer para intervir. Ao fundar em Atenas a Academia, sua própria escola 
de investigação científica e filosófica: 
“Platão torna-se o primeiro dirigente de uma instituição permanente, voltada para a 
pesquisa original e concebida como conjugação de esforços de um grupo que vê no 
seu conhecimento algo vivo e dinâmico e não um corpo de doutrinas a serem 
simplesmente resguardadas e transmitidas”. (PLATÃO, 1999, Pág. 12) 
 4 
 
O conhecimento se transforma em alvo de reflexões e busca para o raciocínio, que 
leve a dúvida e que ordene os pensamentos aos objetos, mais simples para os mais complexos, 
os quais conduzam à verdade e se torne responsável em classificar as ciências. 
Essa busca surge Descartes com o método, que se torna responsável por classificar a 
ciência por meio da objetividade. Mostra a razão, o individualismo, o pensar, como certezas 
de que todas as coisas são verdadeiras e a dificuldade se assenta em como distinguias. A base 
do conhecimento desenvolvido por Descartes é o sujeito que pensa, classifica as ciências 
quanto à sabedoria ou grau de clareza e nitidez de idéias que é possível atingirem em cada 
uma. 
Na obra de Comte se analisa o desenvolvimento cientifico por meio de reflexões 
herdadas de autores como Descartes e Hume. As idéias são oriundas de raciocínio que um 
homem de bom senso pode efetuar naturalmente com respeito as coisas que lhe apresentam, 
por meio da dúvida, utilizando-se da lógica sob as perspectivas de jamais acolher alguma 
coisa como verdadeira, evitar precipitação, dividir dificuldades para melhor resolvê-las, 
conduzir por ordem do mais simples ao mais complexo e fazer enumerações e revisões paranão omitir nada. 
Comte (1983) tenta estabelecer diálogo entre Descartes e Hume. O que prevalece são 
idéias, pensamentos, pilares da sociedade moderna que se propaga no Racionalismo e 
empirismo. A realidade pode então ser apropriada, entre a relação sujeito que conhece e 
objeto que é conhecido, o pensamento como alicerce para se existir. Nada assegura que nossa 
capacidade de conhecer está limitada ao que podemos perceber. Forma-se o Positivismo em 
três estágios-fases: teológico, metafísico (estado de criança) ou abstrato, cientifica ou positivo 
(adulto) estado positivo consolidação, afirmação. Ligação de fenômenos e fatos gerais. A 
Humanidade tinha dimensão teológica, o homem começa a compreender para intervir na 
realidade e garante a ordem, daí vem o progresso em seqüência. 
Sob essa perspectiva, somente a filosofia positiva se apresenta capaz de assentar bases 
sólidas para a ciência, estabelecer uma só forma para explicar fenômenos sociais. O 
Positivismo naturaliza as relações sociais, a sociabilidade normal marginalizada dos 
processos, torna-se conservador ao naturalizar as relações sociais e instrumento de organizar 
as práticas de apreensão do conhecimento. Comte divide teoria e prática, e questiona a não 
existência de teoria sem prática nem prática sem teoria, pois o homem pensa a partir de ações 
e para executar ações. Dessa forma as leis naturais invariáveis, astronômica, fisiológica e 
 5 
química surgem como base da ciência moderna para garantir a ordem e mostram-se 
conservadora e despretensiosa. 
No estudo das relações sociais modernas o natural é conhecer para manter a ordem e 
garantir progresso na tentativa de confirmar verdades. As ciências se desenvolvem em busca 
de alternativas de apreensão do conhecimento que traduzam em verdades, as quais 
transformem o mundo. Neste intuito utiliza-se de fundamentos que analisam a realidade 
mediante as necessidades de progresso da humanidade. 
 Luz (1988) afirma que a racionalidade cientifica moderna mostrada através da razão 
não surgiu pronta e não está pronta, foi sendo moldada. O conflito é a mola da racionalidade e 
avançou com rupturas e conflitos com quebra da ordem. A negação da ordem divina para a 
construção do humano revela que para conhecer o homem, esse tem que ser transformado em 
objeto. A ordem humana construída pela racionalidade científica moderna é a luz da 
fragmentação do sujeito: social e psicológica. As regras da produção são mais importantes 
que sua veracidade e o caminho (o método deve ser perene). 
Esse pressuposto mostra o imaginário coletivo com o homem racional e a mulher mais 
sensível. É nítida a postura antropocêntrica de separar homem da natureza. O mundo natural e 
mundo humano permanecem em tensão sem fim Os pressupostos do conhecimento 
apresentam-se como uma ordem que precisa ser desvendada isso porque só existe ordem na 
realidade a qual tem que ser descoberta com nova forma de compreender a realidade. O 
Experimentalismo que surge do conhecer para transformar, é utilitário, desbravador em 
diversas áreas, coexiste com caráter exploratório para desvendar a realidade e transformá-la. 
A matemática emerge como linguagem específica, o uso para intervir e transformar. A 
exploração da ciência moderna é interligada às contradições, a racionalização a qual vem 
intervir para destruir a fantasia e dualidade entre natureza homem, sujeito e objeto, corpo, 
alma, razão e paixão de conflitos estabelecidos. 
Racionalidade é tornar conhecido à luz da razão e se expandir para apreender melhor a 
realidade. A razão surge destituída de sentidos, mas tem finalidade implícita,. Produção de 
enunciados de verdade. Dessa maneira, a ciência tentava substituir a religião e produzir 
sentido de verdade na construção de modelos e mais modelos sem saber se são uma verdade 
de fato. 
Uma das verdades vislumbrada pela ciência é a visão do mundo como uma máquina 
que pode ser conhecida e desvelada por nós. É um processo que vamos aprimorando de forma 
contínua. A natureza é concebida como matéria, paixão, ciência ou razão como verdade sobre 
a natureza. A razão tem hegemonia para explicar a realidade. Portanto na racionalidade 
 6 
moderna predomina a razão, com pretensão da hegemonia, de um padrão próprio de ciência 
estabelecido e inserido nas relações sociais. 
“A ciência moderna é mais que uma forma de ‘’desvendamento’’ do mundo. Ela é, 
sobretudo, ela é uma forma de ordenação do mundo. Trata-se, é verdade, também de 
decodificações de significados, mas principalmente de atribuição de ordens de 
sentidos, através da prática sistemática de um conjunto de operações, a ser seguidos na 
ordem lógica e na prática dos gestos, e que constituem o método... ’’. ‘‘... trata-se de 
um regime especifico de produção de enunciados de verdade, no qual as regras da 
produção são mais importantes em ultima instancia, que sua ‘’veracidade’’ enquanto 
tal”. (LUZ, 1988, pág. 29). 
 
A Razão se institucionaliza constituída por modelos experimentais, a essência humana 
e a natureza fixa como centro das discussões manifestas no avanço das noções do verdadeiro 
ser. Localiza-se historicamente na modernidade que vislumbra pelo domínio da racionalidade 
trazendo em seu âmago conflitos e tensões. 
Ciência, como elemento fundador da modernidade, está assim comprometida em sua 
base por discussão sobre a legitimidade e os limites da razão, e se encontra no centro dos 
debates críticos sobre a modernidade (GOMES, 2000, pág.27) 
Alguns autores abordam a temática sobre a gênese do conhecimento cientifico 
moderno e revelam uma trajetória complexa permeada de discussões e posicionamentos. O 
processo científico acontece quando se busca uma linguagem própria na busca da verdade, 
pois se acredita que a ciência se constroe a partir da exigência. A construção e reconstrução de 
conhecimentos é parte da atividade social e caminha mediante seus avanços e discussões 
oriundas da sociedade. 
No século XIX, as ciências humanas e sociais se constituíram como ciências e se 
afirmaram por meio do modelo da racionalidade, o qual assume a forma radical de formas de 
conhecimento no rigor metodológico e epistemológico. Esses pressupostos trazem em si uma 
cientificidade discutível ao promover dificuldade de aplicar regras metodológicas ao seu 
objeto, diferente das regras utilizadas nas ciências da natureza. O pensamento moderno traz 
consigo o novo paradigma das ciências, constituindo-se sob novas bases que se remete a um 
período de mudanças relativas à dicotomia entre homem, natureza e objetividade. 
Vislumbram-se novas formas de apreensão de objetos de estudo vinculadas as emergências 
procedentes da marcha da sociedade. 
De acordo com Kozel, (2002a) o desenvolvimento das ciências sociais é 
contemporâneo da moda da modernidade, ela tem raízes localizadas às vezes próximas a 
 7 
Descartes. Para os críticos mais extremos, as ciências sociais não tinham outra missão a não 
ser de fornecer as instâncias dominantes das sociedades ocidentais, discursos para justificar o 
domínio que os homens exerciam sobre as mulheres, as crianças, as minorias, e a que os 
países industrializados impunham ao resto do mundo. 
Diante desse contexto, a ciência vislumbra constante questionamento dos seus 
pressupostos, epistemologia e método os quais estão sempre em mutação e articulam diversas 
formas de evolução da idéia de ciência em busca do conhecimento sempre movida por 
rupturas. 
Kozel (2002b) afirma que as atitudes em relação à ciência evoluíram rapidamente a 
partir dos anos 70. As certezas sobre as quais os procedimentos científicos e epistemológicos 
positivistas repousavam no século XIX ficam abaladas ao começar o século XX, com a 
elaboração das geometrias não euclidianas, com as teses de Einstein sobre a relatividade e 
com o principio de certeza de Heisenberg. 
As formas científicas, inconstantes, de estudar as ciências sociais são questionadas, e 
abalam as estruturas de fundamentação epistemológica adotadas.E mostra dificuldades em 
estruturar base cientifica sólida. 
‘’... durante muito tempo marginal mas hoje cada vez mais seguida, consistiu em 
reivindicar para as ciências sociais um estatuto epistemológico e metodológico 
próprio, com base na especificidade do ser humano e sua distinção polar em relação à 
natureza. Estas duas concepções têm sido consideradas antagônicas, a primeira, sujeita 
ao jugo positivista, a segunda, liberta dele, e qualquer delas reivindicando o 
monopólio do conhecimento científico-social. (SANTOS, 1987, pág.6) 
 
Kozel (2002c) acrescenta que: a historia das ciências sociais revela uma surpresa: os 
trabalhos que os fundamentam não são, a bem dizer, científicos. Propõem nas suas primeiras 
páginas relatos bastante curtos, que contam como a sociedade nasceu. Apresentam se como 
histórias, porém nada possibilita inventá-los. São muito parecidos com os mitos que as 
sociedades primitivas utilizavam para dar um sentido ao cosmos, a natureza e ao destino dos 
indivíduos e dos grupos. 
Santos (2005a) afirma que a partir do espírito intelectual do século XVIII, que resulta 
nas luzes, se cria condições para a emergência das ciências sociais no século XIX, as quais 
nasceram para ser empíricas e reivindicavam um estatuto epistemológico e metodológico 
próprio, com base na especificidade do ser humano e sua distinção polar em relação à 
natureza. 
 8 
“Sabemos hoje que a ciência moderna nos ensina pouco sobre a nossa maneira de ser 
no mundo, construiu-se contra o senso comum que considerou superficial, ilusório e 
falso, produz conhecimentos e desconhecimentos. A ciência pós-moderna sabe que 
nenhuma forma de conhecimento é, em si mesma, racional, tenta dialogar com outras 
formas de conhecimento deixando-se penetrar por elas e procura o senso comum por 
reconhecer nesta forma de conhecimento algumas virtualidades para enriquecer a 
nossa relação com o mundo”. (SANTOS, 2005, pág. 88) 
 
As ciências sociais se afirmam no modelo de racionalidade, proporcionam a 
compreensão. A base de seu objeto de estudo se fundamenta nos movimentos da sociedade. 
Traz em si conflitos e rupturas inerentes a subjetividade apresentadas no contexto social. 
O pensamento científico ao longo da história revela epistemologias e métodos que são 
apropriados pelas ciências em diversos momentos, de acordo com as concepções vigentes de 
cada época. O desenvolvimento científico acompanha as concepções específicas do ser 
humano, e tenta refletir sobre as ansiedades e pressões de acordo com os posicionamentos e 
discussões para dar sentido às suas necessidades mais urgentes. 
A sistematização científica nos séculos XVI ao XIX ordena seu objeto a princípio à 
natureza. Até o século XVIII, a Geografia eram relatos de viagem, escritos literários, relatos 
sobre os continentes e os países do globo e outros documentos semelhantes. A Geografia 
surge desvinculada de ideologias e problemas sociais. 
Entre os séculos XVIII ao XIX, as escolas geográficas difundem o saber através das 
ciências da natureza, do determinismo geográfico, do espaço vital desenvolvido pela 
Alemanha e apoiada ao pensamento Francês positivista-funcionalista, que deu ênfase à 
organização regional do espaço em função dos interesses do Estado e das nações 
expansionistas. Por intermédio dos trabalhos de Alexandre Von Humboldt, que buscava 
estabelecer aos fenômenos descrição, análise e explicação, a Geografia desponta a partir do 
século XIX sob a perspectiva científica moderna, e permanece durante o século XX até a 
década de 1950. Esse mesmo modelo epistemológico de análise geográfica permaneceu 
estável até a década de cinqüenta. A partir das transformações tecnológicas após a Segunda 
Guerra Mundial reforçou-se a Geografia de análise quantificativa. Os fenômenos tornaram-se 
elementos que funcionavam por meio de processos determinados, as formas espaciais 
apresentadas nas regiões, utilizava-se em larga escala em âmbito da Geografia Física. Em 
virtude das modificações no cenário mundial e movimentos sociais de reinvidicação por 
melhores condições de vida ocorridos na década de 1960, houve uma busca de renovação nas 
estruturas metodológicas do neopositivismo, o qual visava viabilizar a evolução do 
 9 
conhecimento científico às transformações tecnológicas oriundas da informática, o uso do 
sensoriamento remoto e a ascensão cartográfica propiciaram maior dinamismo na aquisição 
das informações geográficas em todas as áreas da superfície terrestre. 
No final da década de 1960 os cientistas formulam a teoria do caos, perceptível a partir 
da dinâmica desenvolvida e observada nos sistemas ao se apresentarem por meio de 
resultados imprevisíveis e indeterminados, reajustando-se as necessidades sistêmicas. Esses 
pressupostos levaram a década de 1980 a se dedicar às complexidades dos sistemas, na 
tentativa de compreender os fenômenos em sua organização e estrutura dinâmica, 
característicos dos conceitos e desenvolvimento científico pós moderno. A Geografia a 
princípio possuía sua base voltada para ciências naturais em detrimento das questões sociais, 
um conhecimento específico atribuído a fenômenos da natureza. 
Santos, (2005b) afirma que a distinção dicotômica entre ciências naturais e ciências 
sociais deixou de ter sentido e utilidade. Esta distinção assenta numa concepção mecanicista 
da matéria e da natureza a que contrapõe, com pressuposta evidencia os conceitos de ser 
humano, cultura e sociedade. 
Os avanços científicos impulsionam o saber cientifico geográfico a se preocupar com 
as questões sociais a partir das necessidades apresentadas nos conflitos e paradigmas do 
comportamento humano. 
“...alguns autores definem a Geografia como o estudo das relações entre o homem e o 
meio, ou, posto de outra forma, entre a sociedade e a natureza. Assim, a especificidade 
estaria no fato de buscar essa disciplina explicar o relacionamento entre os dois 
domínios da realidade, seria, por excelência, uma disciplina de contato entre as 
ciências naturais e as humanas, ou sociais”. (MORAIS, 1999, P.18). 
 
A Geografia quantitativa e teorética com base neopositivista com método na teoria dos 
sistemas e dos modelos, introduziram-se o raciocínio matemático, e revelou-se importante 
instrumento usado, principalmente, para atender o controle espacial e imperialista norte-
americano. 
Para Gomes (2000), o discurso dos autores ligados a corrente da nova Geografia é sem 
dúvida, e evocação de uma Geografia científica e moderna. Construir uma perspectiva 
geográfica moderna, sustentada por um método lógico matemático, parecia ser o caminho 
incontornável dos novos tempos. 
“A identidade Geográfica, a partir dos anos sessenta, definiu-se como reflexo do 
pertencimento a um pólo epistemológico preciso. Foi também por esta referencia clara 
à metodologia, como fundamento da discussão científica moderna, que se fez a 
 10 
passagem de uma Geografia clássica para uma geografia moderna”. (GOMES, 2000, 
p.272) 
 
A Geografia Crítica-Social tem origem nos anos 70 impulsionada pela crise capitalista, 
que não atende as necessidades da maioria da população e na crise da Geografia quantitativa 
em atuar em respostas aos temas sociais em todo o contexto de caráter geográfico. 
Segundo Morais, (1999) a unidade da Geografia crítica manifesta-se na postura de 
oposição a uma realidade social e espacial contraditória e injusta, fazendo-se do conhecimento 
Geográfico uma arma de combate à situação existente. É uma unidade de propósitos dada pelo 
posicionamento social, pela concepção da ciência como momento da práxis, por uma 
aceitação plena e explicita do conteúdo político do discurso geográfico. O espaço geográfico é 
então considerado como produto do trabalho do homem e portando reprodução espacial e 
temporal, e parte da revolução científica tecnológica. 
Nesse sentido, Santos (1986), salienta que ’’uma ciência do homem deve cuidar do 
futuro não como um mero exercício acadêmico, mas para dominá-lo....’’. A natureza 
modificada pelo trabalho humano é cada vez menos amiga e cada vez mais a natureza hostil, 
cabe aos que a estuda uma vigilância redobrada. E a Geografia, tantas vezes ao serviço da 
dominação, tem de ser urgentemente reformulada para ser o que sempre quis ser: uma ciência 
do homem. 
Christofoletti (1997a) afirma que a partir da década de 1980 os cientistas começaram a 
dedicar atenção ao estudo dos sistemas complexos, a fim de compreender e analisar as 
características da complexidade inerente às diversas categorias de sistemas. Compreende-se 
facilmente a existência de sistemas complexos biológicos, físicos, econômicos, sociais, etc. 
que, embora focalizando categorias diferentes de fenômenos, possuem muitas peculiaridades 
comuns em sua estruturação e dinâmica. Entre as categorias de sistemas complexos também 
se enquadra a dos sistemas de organização espacial. 
De acordo com Machado (2001), no Brasil, os debates se deram em torno da idéia de 
mudança, veiculando, através do argumento pseudocientífico, julgamentos morais sobre o 
território e a população, articulados a um questionamento do tempo futuro. ’’... Isso pode 
explicar o isolamento relativo da Geografia no campo das ciências sociais no Brasil, e a 
compreendermos os motivos que tornaram a Geografia brasileira uma Geografia ‘’voltada 
para dentro’’, ou seja, a produção geográfica no Brasil tem sido fundamentalmente uma 
produção dirigida para a Geografia do espaço brasileiro. 
 11 
A Geografia como ciência do espaço produtivo reflete o mundo em formas de 
desenvolvimento na sociedade a favor do coletivo social, em prol dos interesses da 
humanidade. 
“A pós-modernidade anuncia o fim dos tempos modernos, mas, fazendo-se herdeira 
de certos momentos da tradição, inscreve-se, mesmo a contragosto no ciclo da 
modernidade. ...’’o reconhecimento da ausência de uma nova solução seja o que 
permitiria aceitar, em toda a sua plenitude, a força criativa do devir”. (GOMES, 2000, 
p.341) 
 
A Geografia analisa as ações resultantes da relação homem-natureza e participa 
ativamente das questões ligadas às necessidades da sociedade responsáveis por fornecer a 
escolha do objeto inerente à Geografia. 
De acordo com Queiroz e Lessa (2004) o geógrafo vincula-se às relações sociais em 
um sistema dialético mantendo-se autêntico, transmitindo a verdade social na qual está 
inserido. Não pode como tal, prejudicar ao ser humano. Esta condição é coletiva e une a 
sociedade, em processos criadores mais produtivos com o bem comunitário comum. Sendo 
responsável pelo estudo do espaço produtivo e social, não pode ficar indiferente aos riscos dos 
ciclos evolutivos da sociedade. Valoriza o movimento social, preocupa-se em contribuir para 
que o ser coletivo desenvolva-se. Assim, deve contribuir no sentido de preservar intocáveis os 
interesses de classe e de segmentos sociais. Esta ciência não teria razão alguma de existir em 
sua estrutura conceitual se não fosse edificada em uma profunda dimensão social a qual Leva 
em conta a natureza do regime social em que se acha submetido. O geógrafo vincula-se às 
relações sociais em um sistema dialético estabelecido em relação aos problemas teóricos e 
práticos em relação à construção de um espaço inibidor das desigualdades sociais, e que 
reconstrua uma sociedade mais livre e solidária que impulsione o avanço da consciência 
política, promovendo na sociedade uma transformação de valores em beneficio da 
coletividade. 
Segundo Christofoletti, (1997b) o desenvolvimento científico em torno dos sistemas 
dinâmicos não-lineares, do comportamento caótico, da auto-organização e da geometria 
fractal vem sendo considerado como característica da ciência na fase da pós-modernidade. A 
Geografia, como disciplina científica, não pode deixar de acompanhar esse desenvolvimento e 
absorvê-lo na potencialidade de contribuir para a compreensão e análise da categoria de 
fenômenos que representa o seu objeto de estudo. 
 12 
Começou-se a definir uma resposta aos desafios expressos no espaço global, os quais 
formulam alternativas e coexistem ao modelo de desenvolvimento econômico e social que 
suscitam impactos sociais. Emergem em busca de afirmação inerente ao desenvolvimento 
científico de produção e reprodução de alternativas compatíveis com a fase atual. 
“O que a geografia em troca do auxilio que ela recebe das outras ciências. Pode trazer 
para o tesouro comum é a aptidão para não dividir o que a natureza juntou, para 
compreender a correspondência e a correlação dos fatos, seja no meio terrestre que 
envolve a todos, seja nos meios regionais onde eles se localizam. Há aí, sem dúvida 
nenhuma, um beneficio intelectual que pode estender-se a todas as explicações do 
espírito. Retraçando as vias pelas quais a Geografia chegou a esclarecer seu objetivo e 
a fortalecer seus métodos, reconhecemos que ela foi guiada pelo desejo de observar 
cada vez mais diretamente, cada vez mais atentamente, as realidades naturais. Esse 
método trouxe seus frutos: o essencial é agarrar-se a eles”. (LA BLACHE, 1913) 
 
É nesta base que a Geografia se corresponde a solidariedade entre os fenômenos 
naturais e humanos como suporte para se desenvolver como ciência. Inicia-se a geografia que 
se orienta de acordo com as relações do todo no globo terrestre e impulsiona progressos no 
conhecimento, atribuídos a esclarecer unidade, construção e reconstrução de conhecimento. A 
princípio se apresenta desprovida de interesse nas relações humanas, se desenvolve em bases 
descritivas da natureza, que se transformam pela emergência das necessidades humanas e 
torna-se instrumento de renovação e fortalecimento de métodos que veiculam a natureza às 
necessidades das relações sociais. Pressupostos incorporados na definição da base de 
formação do objeto de estudo das ciências sociais. Basso (2004) acentua essa afirmação 
quanto cita Santos e enfatiza a consistência da ciência humana e da natureza mediante as 
práticas sociais. Conclui que toda ciência, seja referente aos feitos humanos como aos fatos 
naturais, é práxis social. E, uma vez que o estudo da práxis social cabe às ciências humanas, 
cabe a estas explicar as ciências naturais. E, deste modo, embora elas sejam constituídas de 
modo distinto, tudo indica que não podem mais ser vistas como dois tipos totalmente 
separados de saber. Se for superado o paradigma de um conhecimento instrumentalista e 
dominador da natureza e do homem, serão mais importantes as semelhanças que as 
dessemelhanças, nesses dois tipos de pesquisa. E as ciências humanas não precisam deturpar 
seu objeto de estudo para se adequar a exigências que só se justifica dentro do paradigma 
moderno de ciência que, como o autor mostrou, deve ser superado. 
 
 
 13 
Principais pontos desenvolvidos 
 
Reflexões sobre o processo de desenvolvimento das ciências, posicionamentos para 
formas de produção de conhecimento. A construção do pensamento científico em ciências 
sociais, a sistematização científica da Geografia que se apresenta através de várias 
interpretações e tendências que se articulam nas discussões em busca de conhecimentos 
científicos para construção de objeto de estudo. Seus pressupostos, epistemologia e método 
que estão sempre em mutação ao se articularem a diversas formas de evolução na perspectiva 
da idéia de ciência em busca do conhecimento, sempre movida por rupturas. 
 
Considerações finais 
 
Os conhecimentos em Geografia, a principio empírico e com relatos sobre a natureza, 
evidenciam-se desvinculados em analisar as relações humanas, diferente da história das 
ciências sociais que surge com trabalhos que também não se apresentam como científicos, 
mas propõem nas suas primeiras páginas, relatos bastante curtos, que contam como a 
sociedade nasceu muito parecidos com os mitos que as sociedades primitivas utilizavam para 
dar um sentido ao cosmos, a natureza e ao destino dos indivíduos e dos grupos, adotando o 
modelo de racionalidade. Encontra-se emseus primórdios a descrição, e o empirismo, mas o 
conhecimento científico moderno incita a análise geográfica a articular-se com as relações 
humanas para tentar dialogar com outras formas de conhecimento e relacionar os fenômenos 
naturais aos sociais mediante as necessidades presentes no decorrer da evolução das 
emergências humanas. Impulsionam os avanços do saber cientifico geográfico a se preocupar 
com as questões sociais a partir das necessidades apresentadas nos conflitos e paradigmas do 
comportamento humano. 
As ciências sociais despontam embutidas nas relações inerentes às deslocações da 
sociedade, enquanto a geografia surge a partir da natureza, em detrimento de bases ancoradas 
nas relações sociais. Diante das necessidades de mudança de estrutura da ciência geográfica 
surgem novas concepções, com ênfase nas relações humanas e da natureza, em busca coletiva 
que une a sociedade em processos criadores mais produtivos com o bem comum. A Geografia 
torna-se responsável pelo estudo do espaço produtivo, social e os ciclos evolutivos da 
sociedade. Portanto, constata-se que o pensamento científico revela epistemologias e métodos 
que são apropriados pelas ciências em diversos momentos, e tenta refletir sobre as ansiedades 
e pressões, de acordo com os posicionamentos e discussões que obrigam o objeto de estudo 
 14 
nas ciências dar sentido às necessidades mais urgentes, que se identificam e são impelidas por 
meio das delimitações que se apresentam no limiar da sociedade. 
 
Referências Bibliográficas 
 
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