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Ecossistemas Terrestres- Florestas Tropicais - aula 3

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Aula 3 – Floresta tropical pluvial
Ecossistemas Terrestres
Pluvial
Relembrando…
O Bioma de Floresta Tropical Pluvial
A diversidade de espécies nas Florestas Tropicais Pluviais é mais alta do que em qualquer outro lugar da Terra!
Bioma situado na faixa equatorial da Terra
Climas sempre quentes (25-30ºC)
Altos níveis de precipitação
Florestas Tropicais Pluviais
As florestas tropicais cobrem atualmente menos de 6% da superfície continental e insular da Terra.
 Estima-se que mais da metade de todas as espécies de plantas e animais do mundo vivem em florestas tropicais pluviais
 As florestas tropicais pluviais produzem 40% do oxigênio da Terra
Abrigam 60% das espécies vegetais e animais conhecidas no mundo
Ocorrência do bioma de Floresta Tropical Pluvial
A Floresta Tropical Pluvial recebe 3 denominações distintas nos trópicos:
Floresta Pluvial Neotropical – América do Sul e Central (inclui Floresta Amazônica e Mata Atlântica)
Floresta Pluvial Africana – sul e leste da África
Floresta Pluvial Indo-Malásia – sudeste da Ásia, parte da Austrália e ilhas entre Ásia e Austrália.
Ocorrência do bioma de Floresta Tropical Pluvial
Estrutura de uma Floresta Tropical Pluvial
Dossel contínuo de árvores, perenes, altas (30-40m, algumas ultrapassam o dossel com mais de 55m). 
Apresenta várias camadas de sub-bosque abaixo do dossel: árvores arbustos e herbáceas
Plantas epífitas (enraizadas no galho de outras plantas): bromélias, trepadeiras – busca por luz
Vegetação
Evaporação – superfície da folha
Como é o solo das florestas tropicais pluviais???
Ciclagem de nutrientes 
Solos antigos e com poucos nutrientes
Altas temperaturas e umidade: faz com que a serrapilheira das plantas se decomponha rapidamente -> a vegetação assimila os nutrientes liberados.
Isso garante a alta produtividade da Floresta Tropical, mas também a torna vulnerável à perturbação 
Floresta cortada ou queimada: nutrientes vão embora nos troncos, ou para a atmosfera junto com a fumaça
Os solos vulneráveis sofrem erosão rapidamente e, em muitos casos, a paisagem se torna improdutiva.
Ciclagem de nutrientes
Resistência e Resiliência
Resistência: é a capacidade que um sistema apresenta de manter sua estrutura e funcionamento diante de um distúrbio
Resiliência: é a capacidade de um sistema restabelecer seu equilíbrio após este ter sido rompido por um distúrbio
Floresta Tropical Pluvial X fogo: alta resistência (clima úmido e baixo teor de material combustível na serrapilheira) e baixa resiliência (clareiras bordas – colonizadas por gramíneas - inflamáveis!)
Ameaças – Floresta Tropical Pluvial
As florestas tropicais estão entre os ambientes mais ameaçados pelos impactos provocados pelos seres humanos
Grandes áreas delas já foram destruídas em todo o mundo, acarretando impactos em diversas escalas:
Biodiversidade
Comunidades tradicionais: desmatamento – produtos florestais
 Aquecimento
O que acontece após o impacto?
Floresta primária x floresta secundária
Floresta primária: floresta intocada ou aquela em que a ação humana não provocou alterações das suas características originais de estrutura e de espécies
Floresta secundária: resultantes de um processo de regeneração da vegetação, em áreas onde no passado houve corte da floresta primária
Ex: terras usadas para agricultura ou pastagem - a floresta ressurge espontaneamente após o abandono destas atividades.
Floresta Tropical Primária
Grande diversidade biológica
Presença de árvores altas e grossas
Presença de grande número de bromélias, orquídeas e outras plantas ornamentais em cima das árvores
Formação da floresta secundária
Estágio inicial de regeneração
Estágio médio de regeneração
Estágio avançado de regeneração
Ex: Fernando de Noronha - desmatamento até 1945, hoje restam apenas florestas secundárias
Estágio inicial de regeneração
Surge logo após o abandono de uma área agrícola ou de uma pastagem
Geralmente, dura de 6 a 10 anos
Grandes quantidades de capins e samambaias de chão
Presença de árvores pioneiras
Altura média das árvores: 4 metros. Diâmetro: 8 centímetros.
Árvores pioneiras
Espécies vegetais pioneiras: encontradas no estágio inicial de regeneração 
Nascem primeiro, crescem rápido, não vivem muito tempo, nem ficam muito grandes
Adaptadas a sobreviver em um ambiente com solo pobre em nutrientes e de insolação direta
São fundamentais nos processos de reflorestamento e regeneração de matas degradadas pois fazem sombra, dando condições para outras espécies nascerem e se desenvolverem. Criam um ambiente sombreado e fresco para o restabelecimento da floresta definitiva.
Estágio médio de regeneração
A vegetação em regeneração natural geralmente alcança o estágio médio depois dos seis anos de idade durante até os 15 anos
Altura média das árvores: 12 metros Diâmetro: 15 cm
Diversidade biológica aumenta
Ainda há predominância de espécies de árvores pioneiras
A presença de capins e samambaias diminui
Estágio avançado de regeneração
Inicia-se após 15 anos de regeneração natural da vegetação
Pode levar de 60 a 200 anos para alcançar o estágio semelhante à floresta primária
 Diversidade biológica aumenta gradualmente à medida que o tempo passa 
A altura média das árvores: mais de 12 metros. Diâmetro médio: superior a 14 centímetros
Capins e samambaias de chão não são mais característicos
Começam a emergir espécies de árvores nobres
E a fauna? Também se regenera?
Populações mínimas viáveis
Reintrodução
Cadeia alimentar 
Onde está a solução??
População humana continua a crescer
Parar com a extração de madeira, agricultura, pecuária e outras atividades humanas = solução? 
-> inviável!
E onde está a resposta? 
Desenvolvimento sustentável. Exemplo: agroflorestas
Sistemas agroflorestais - formas de uso e manejo da terra, nas quais árvores ou arbustos são utilizados em conjunto com a agricultura e com animais numa mesma área, de maneira simultânea
Diversificação: menos agrotóxicos, favorece a recuperação da produtividade de solos degradados através de espécies arbóreas que adubam naturalmente o solo, reduzindo a utilização de adubos sintéticos-> menor custo de produção 
Mais produtos comercializáveis -> geração de renda mais harmônica no tempo
Problema: esse contexto é mais adequado para a pequena produção familiar
A Floresta Tropical Pluvial no Brasil: Floresta Amazônica e Mata Atlântica
Floresta Amazônica
Floresta Amazônica
Ocorre no Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa
Maioria contida dentro do Brasil (60%): Amazonas, Amapa, Rondônia, Acre, Pará e Roraima
Em função de sua biodiversidade e importância, foi apelidada de o "pulmão do mundo"
Floresta Amazônica - ameaças
Desmatamento – Extração de madeira, pecuária, agricultura (soja)
Biopirataria na floresta amazônica: cientistas estrangeiros obtém da floresta amostras de plantas e animais sem autorização de autoridades brasileiras. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. Para utilizar essas substâncias, o Brasil tem que pagar, sendo que as matérias-primas são originárias de seu território.
Poluição: Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados (mercúrio) -> índios
Fauna - Floresta Amazônica
Flora – Floresta Amazônica
Mata Atlântica
Brasil, Paraguai e Argentina
A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à biodiversidade da Amazônia
É um Hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta
Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica
Mata Atlântica no Brasil
A Mata Atlântica estendia-se, originalmente, ao longo de 17 Estados:	
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
São Paulo
Goiás
Mato Grosso do Sul
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Espírito Santo
Bahia
Alagoas
Sergipe
 Paraíba
Pernambuco
Rio Grande do Norte
 Ceará 
Piauí
Ameaças – Mata Atlântica
A partir da colonização
européia, e principalmente, no século XX, a Mata Atlântica passou por intenso desmatamento
Atualmente, menos de 10% da cobertura original existe, a maior parte em pequenos fragmentos de floresta secundária
No Brasil restam menos de 7% da cobertura original
Ameaças – Mata Atlântica
Sul da Bahia: em 45 anos, uma cobertura vegetal de quase 215 mil km² foi reduzida a pouco mais de 0,4% em 1990.
Paraná: conservava cerca de 80% de suas florestas no início do século, e graças à exploração da araucária e expansão agrícola, no estado restam, apenas o Parque Nacional do Iguaçu no extremo oeste e a cobertura vegetal na Serra do Mar.
Causas desses desmatamentos:
Crescente urbanização e industrialização
Crescimento da população 
Ameaças – Mata Atlântica
Habitada por 112 milhões de habitantes em 3.222 municípios, equivalente a 61% da população brasileira
 Extração de pau-brasil, ciclos econômicos de cana-de-açúcar, café e ouro
 Agricultura e agropecuária
 Exploração predatória de madeira e espécies vegetais
 Industrialização, expansão urbana desordenada
Poluição
Ameaças – Mata Atlântica
									Ameaças
Unidades de Conservação
No domínio da Mata Atlântica existem 131 unidades de conservação federais 
As áreas protegidas cobrem menos de 2% do bioma
Muitas unidades consistem de fragmentos pequenos e isolados
Metade das espécies de vertebrados ameaçadas não se encontram em qualquer área protegida
Falta de infraestrutura 
www.sosma.org.br
Amazônia -> Mata Atlântica
A história do desmatamento da Mata Atlântica reflete a história da América Latina, especialmente do Brasil, e essa mesma história dramática pode se repetir novamente, na outra grande floresta sul-americana: a Floresta Amazônica.
Fauna – Mata Atlântica
39% dos mamíferos da Mata Atlântica são endêmicos
 Mais de 15% dos primatas, como o Mico-leão-dourado, também são endêmicos
 Aves: 160 espécies endêmicas
Anfíbios 183 são endêmicas
Fauna – Mata Atlântica
Flora – Mata Atlântica
55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas, ou seja, só existem na Mata Atlântica
Bromélias: 70% são endêmicas dessa formação vegetal
 Palmeiras: 64% endêmicas
 Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.
Flora – Mata Atlântica
Animais – saída de campo
Amazônia – macaco da noite, macaco barrigudo, sucuri 
Mata Atlântica – queixada, mico-leão-preto, jiboia
Cerrado – tucano, onça pintada, arara-canindé
Pantanal – macaco-prego, capivara, quati, garça branca
Caatinga – sagui de tufos brancos, cascavel, camaleão (iguana iguana), veado catingueiro, jacaré do papo amarelo
Pampas – mico leão dourado, tamandua-bandeira, jararaca
Estudo Dirigido
1. Caracterize o bioma Floresta Tropical Pluvial
2. Mundialmente, onde ocorrem as Florestas Tropicais Pluviais?
3. No Brasil, onde ocorrem as Florestas Tropicais Pluviais? 
4. O solo da Floresta Tropical Pluvial é rico ou pobre em nutrientes? Qual é o papel da serrapilheira na ciclagem desses nutrientes?
5. Explique a diferença entre floresta primária e floresta secundária

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