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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Compreensão das relações entre o trabalho, produção, saúde e doença.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Os modos de produção interferem em todos os aspectos da vida em sociedade. Dessa forma, as relações entre produção, trabalho, saúde e</p><p>doença são fundamentais para definirmos as medidas de proteção aos trabalhadores.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer os fundamentos do processo saúde-doença</p><p>MÓDULO 2</p><p>Reconhecer a importância dos estudos epidemiológicos aplicados à saúde</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar as estratégias de promoção de saúde do trabalhador</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>AS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E TRABALHO</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer os fundamentos do processo saúde-doença</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Entender o processo saúde-doença é fundamental para identificarmos quais são as necessidades de intervenção bem como quais devem ser as</p><p>medidas de proteção. As atividades econômicas e formas de organização das sociedades e das empresas são fatores determinantes do</p><p>adoecimento.</p><p>O desenvolvimento científico e tecnológico tem exposto os trabalhadores a novos riscos ocupacionais até então desconhecidos. Detectar o nexo</p><p>causal das doenças ocupacionais é fundamental para reduzir os índices de adoecimento no ambiente de trabalho.</p><p>Vamos ver o caso da Teflon, baseado num fato real.</p><p>O politetrafluoretileno (PTFE), também conhecido como teflon, foi descoberto pelo químico Roy Plunkett, em 6 de abril de 1938, durante testes</p><p>num laboratório da DuPont. O teflon possui uma diversidade de aplicações, mas é usado com mais frequência em recipientes e tubulações para</p><p>produtos químicos reativos e corrosivos. Também é comumente utilizado como material de enxerto em intervenções cirúrgicas. Contudo, sua</p><p>mais conhecida aplicação no revestimento antiaderente de utensílios de cozinha.</p><p>Nas décadas de 1990-2000 episódios com mortes de vacas em Parkersburg fizeram com que fazendeiros suspeitassem de contaminação dos</p><p>rios com resíduos da DuPont. Após uma longa investigação e uma pesquisa envolvendo milhares de documentos, descobriu-se que a empresa já</p><p>havia reunido dados sobre a toxicidade do ácido perfluorooctanoico (PFOA), substância empregada na produção do teflon desde a década de</p><p>1960.</p><p>Revelou-se que a substância aumentava o tamanho do fígado de ratos e coelhos. A empresa então pediu a alguns funcionários que fumassem</p><p>cigarros contendo tal substância, a fim de avaliar sua toxicidade, levando muitos a passar mal. Na década de 1970, a DuPont detectou que os</p><p>empregados tinham altas concentrações de PFOA no sangue e, mesmo assim, nada fez.</p><p>A empresa 3M, fornecedora do PFOA para a DuPont, alertou-a quanto ao potencial cancerígeno e mutagênico da substância. A DuPont retirou</p><p>mulheres jovens da linha de produção, mas ainda assim algumas delas tiveram filhos com má-formação de olhos e narinas.</p><p>A investigação do governo norte-americano concluiu, apenas em 2002, que o PFOA causava riscos à saúde humana. A DuPont foi alvo de mais</p><p>de 3.500 processos e tentou contestar os dados científicos. Todavia, em 2017, encerrou as ações, pagando 671 milhões de dólares em</p><p>indenizações.</p><p>Em 2006, a DuPont assumiu o compromisso de eliminar o uso de PFOA, o que afirma ter alcançado em 2015. Entretanto, devido à estabilidade</p><p>da substância, é possível afirmar que ela está presente no sangue de 98% das pessoas, embora em quantidades não prejudiciais à saúde – e o</p><p>risco maior está no ambiente de trabalho.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. NO CASO DA DUPONT, A EMPRESA RESOLVEU TESTAR A TOXICIDADE DA SUBSTÂNCIA OFERECENDO</p><p>CIGARROS CONTAMINADOS AOS FUNCIONÁRIOS. QUAL DEVERIA SER A MEDIDA ADOTADA PELA</p><p>ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO MEDIANTE A IDENTIFICAÇÃO DO ADOECIMENTO INUSITADO</p><p>DOS TRABALHADORES?</p><p>A) Autorizar o uso de testes em funcionários, mediante autorização do CIPA e SESMT, após estes apresentarem laudos de testes em animais</p><p>que possuem sistemas respiratórios simulares aos dos seres humanos.</p><p>B) Suspender o uso da substância até que fosse feita uma auditoria, que envolvesse CIPA, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e</p><p>Tecnologia, para desenvolver o melhor PPRA para o uso da substância.</p><p>C) Conversar com a equipe de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) sobre a decisão de</p><p>suspender o uso da substância até que métodos de proteção fossem conhecidos.</p><p>D) Somente suspender o uso se ficasse comprovado que a causa do adoecimento era o uso da nova substância.</p><p>E) Denunciar imediatamente às autoridades sanitárias.</p><p>2. O CASE INFORMA QUE HOUVE MÁ FORMAÇÃO EM OLHOS E NARINAS DOS FILHOS DAS</p><p>TRABALHADORAS. DIANTE A ESSES DADOS, PERGUNTAM A VOCÊ, QUAL FOI A CONDIÇÃO DE TRABALHO</p><p>QUE CAUSOU TAL RESULTADO NO NASCIMENTO DAS CRIANÇAS. DIANTE A ISTO, VOCÊ ESCOLHEU</p><p>CORRETAMENTE RESPONDER:</p><p>A) Sofrimento.</p><p>B) Perigo.</p><p>C) Adversidade.</p><p>D) O estar e o poder estar doente.</p><p>E) Sinal.</p><p>GABARITO</p><p>1. No caso da DuPont, a empresa resolveu testar a toxicidade da substância oferecendo cigarros contaminados aos funcionários. Qual</p><p>deveria ser a medida adotada pela engenharia de segurança do trabalho mediante a identificação do adoecimento inusitado dos</p><p>trabalhadores?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Como integrante da equipe do SESMT, não cabe ao engenheiro deliberar sozinho sobre a suspensão do uso da substância. Testes em seres</p><p>humanos só podem ser realizados no âmbito de pesquisas científicas.</p><p>2. O case informa que houve má formação em olhos e narinas dos filhos das trabalhadoras. Diante a esses dados, perguntam a você,</p><p>qual foi a condição de trabalho que causou tal resultado no nascimento das crianças. Diante a isto, você escolheu corretamente</p><p>responder:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A má-formação está relacionada ao não enquadramento a um padrão de normalidade.</p><p>3. DE QUE FORMA A IDEIA DA INTERSETORIALIDADE FOI FUNDAMENTAL PARA A</p><p>SOLUÇÃO DO CASO DA DUPONT?</p><p>RESPOSTA</p><p>O problema foi levantado a partir de um processo judicial que envolveu cientistas, profissionais de saúde e</p><p>veterinários para estabelecer o nexo causal entre a morte de vacas e a contaminação dos rios por PFOA. O</p><p>conhecimento e as ações desenvolvidas por várias áreas diferentes foram fundamentais para fechar o caso e</p><p>ocasionar a suspensão do uso da substância.</p><p>SAÚDE E DOENÇA</p><p>CONCEITOS DE SAÚDE AO LONGO DA HISTÓRIA</p><p>javascript:void(0)</p><p>Uma das grandes preocupações de trabalhadores, empresas, órgãos governamentais e profissionais de saúde e segurança do trabalho é definir</p><p>adequadamente as relações entre o trabalho e a saúde do trabalhador. Em outras palavras, precisamos definir até que ponto o adoecimento é</p><p>consequência ou não da atividade laboral.</p><p>ANTES DE ESTUDAR DE QUE FORMA SE DEFINE O NEXO CAUSAL</p><p>ENTRE TRABALHO E ADOECIMENTO, É PRECISO DEFINIR O QUE</p><p>SIGNIFICAM OS CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA. EMBORA TENHAM</p><p>USO POPULAR, TAIS CONCEITOS APRESENTAM CONCEPÇÕES</p><p>FILOSÓFICAS E/OU TÉCNICAS QUE MUDAM AO LONGO DA HISTÓRIA.</p><p>ESTUDAR ESSAS MUDANÇAS É FUNDAMENTAL PARA COMPREENDER</p><p>OS FUNDAMENTOS QUE ESTÃO POR TRÁS DAS DEFINIÇÕES DE SAÚDE</p><p>E DOENÇA VIGENTES.</p><p>O conceito de saúde pode ter vários significados, tais como ter independência e autonomia, ausência de doença, boa forma física, bons hábitos,</p><p>capacidade de trabalho etc.</p><p>Ao longo da história, com o avanço da Filosofia e das ciências, o conceito de saúde tem sido modificado, como veremos adiante:</p><p>HIPÓCRATES: TEORIA DOS HUMORES</p><p>Hipócrates, considerado o pai da medicina, criou a teoria dos humores. A saúde seria o resultado do equilíbrio entre os líquidos corporais</p><p>(humores). Na teoria, os fluidos que equilibrariam a saúde e a doença eram a bile amarela, a bile negra, a fleuma e o sangue.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>CONCEITO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) (1948)</p><p>Em 1948, a OMS formulou um conceito de saúde próprio, que se tornou o mais conhecido e aceito no mundo. Segundo a organização, a saúde é</p><p>um completo estado de bem-estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. Muito</p><p>200.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília: Senado Federal, 1990.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção de Saúde. As cartas da Promoção da saúde. Brasília, DF:</p><p>Ministério da Saúde, 2002. (Série B: Textos Básicos em Saúde).</p><p>CARVALHO, A. I.; GOULART, F. A. A. (orgs.). Gestão de saúde: curso de aperfeiçoamento para dirigentes municipais de saúde: programa de</p><p>educação a distância. Rio de Janeiro: ENSP/FIOCRUZ; Brasília: UnB, 1998. v. 1.</p><p>FERNANDES, E. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. Salvador: Casa da Qualidade, 1996.</p><p>FRANÇA, A. C. L. Qualidade de vida no trabalho: conceitos, abordagens, inovações e desafios nas empresas brasileiras. Revista Brasileira de</p><p>Medicina Psicossomática, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 79-80, abr./maio/jun. 1997.</p><p>OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Ambientes de trabalho saudáveis: um modelo para ação: para empregadores, trabalhadores,</p><p>formuladores de política e profissionais. Brasília: SESI; DN, 2010. 26 p.</p><p>PEREIRA, S. D. Conceitos e definições da saúde e epidemiologia usados em vigilância sanitária. São Paulo: CVS, 2007.</p><p>REIS, A.; MANSINI, G.; LEITE, F. Promoção de saúde nas empresas: casos de sucesso. São Paulo: IESS, 2013. 49 p.</p><p>WALDMAN, E. A. Vigilância em saúde pública. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. v. 7.</p><p>WESTPHAL, M. F. Promoção da saúde e qualidade de vida. In: ROCHA, A. A.; CESAR, C. L. G. Saúde pública: bases conceituais. São Paulo:</p><p>Atheneu, 2008. p. 149-163.</p><p>EXPLORE+</p><p>Assista no YouTube a dois vídeos interessantes que lhe ajudarão com mais informações: Determinantes sociais da saúde e Conexão</p><p>Saúde – Concepção Saúde/Doença.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Ismael da Silva Costa</p><p>se tem discutido se é</p><p>possível adquirir um completo estado de bem-estar.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE</p><p>Na década de 1970, sanitaristas da América Latina criaram o conceito de determinantes sociais da saúde. Foi um avanço na compreensão dos</p><p>fatores que interferem nos níveis de saúde de determinada população. Segundo os autores desse conceito, aspectos como classe social,</p><p>escolaridade, segurança alimentar, habitação e moradia, bem como acesso a serviços e bens públicos, passaram a ser considerados tão</p><p>importantes quanto fatores biológicos. Essa compreensão demonstrou a necessidade da formulação de políticas intersetoriais.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>CONCEITO DA VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DA SAÚDE</p><p>A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é fruto da luta do movimento sanitário no país. O grupo formado por profissionais, políticos</p><p>e sociedade civil organizada defendeu a adoção de um sistema público universal e integral. Para tanto, precisou defender também uma visão do</p><p>que seria “saúde”.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>O ponto culminante da trajetória do movimento sanitário foi a VIII Conferência Nacional da Saúde, cujo documento final trouxe a seguinte</p><p>definição:</p><p>EM SEU SENTIDO MAIS ABRANGENTE, A SAÚDE É A RESULTANTE DAS</p><p>CONDIÇÕES DE ALIMENTAÇÃO, HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, RENDA, MEIO</p><p>AMBIENTE, TRABALHO, TRANSPORTE, EMPREGO, LAZER, LIBERDADE, ACESSO</p><p>E POSSE DE TERRA E ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE. É ASSIM, ANTES DE</p><p>TUDO, O RESULTADO DAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA PRODUÇÃO,</p><p>AS QUAIS PODEM GERAR GRANDES DESIGUALDADES NOS NÍVEIS DE VIDA.</p><p>BRASIL, 2002.</p><p>Essa definição traz no seu bojo o conceito ampliado de saúde, ou seja, a saúde como resultante das condições de vida. Tal conceito influenciou</p><p>diretamente a redação do art. 3o da Lei no 8080/1990 (Lei Orgânica da Saúde):</p><p>OS NÍVEIS DE SAÚDE EXPRESSAM A ORGANIZAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DO</p><p>PAÍS, TENDO A SAÚDE COMO DETERMINANTES E CONDICIONANTES, ENTRE</p><p>OUTROS, A ALIMENTAÇÃO, A MORADIA, O SANEAMENTO BÁSICO, O MEIO</p><p>AMBIENTE, O TRABALHO, A RENDA, A EDUCAÇÃO, A ATIVIDADE FÍSICA, O</p><p>TRANSPORTE, O LAZER E O ACESSO AOS BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS (...)</p><p>DIZEM RESPEITO TAMBÉM À SAÚDE AS AÇÕES QUE, POR FORÇA DO DISPOSTO</p><p>NO ARTIGO ANTERIOR, SE DESTINAM A GARANTIR ÀS PESSOAS E À</p><p>COLETIVIDADE CONDIÇÕES DE BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL.</p><p>BRASIL, 1990.</p><p>Os conceitos da conferência e da Lei no 8080/1990 também são chamados de “positivos”, pois tentam definir o que ela é em vez de defini-la</p><p>negativamente (ausência de doença).</p><p>O QUE É DOENÇA?</p><p>Uma vez definido o que é saúde, precisamos definir o que é doença. Uma das maiores e mais antigas preocupações da humanidade é entender</p><p>como as doenças surgem e como devem ser curadas.</p><p>O conceito de doença vai além da conceituação biológica e, assim como o conceito de saúde, tem sido modificado ao longo do tempo.</p><p>VOCÊ JÁ PERCEBEU QUE HÁ UMA GRANDE DIFERENÇA EM DIZER QUE</p><p>UMA PESSOA É DOENTE OU ESTÁ DOENTE? QUANDO DIZEMOS QUE</p><p>ALGUÉM É DOENTE, A DOENÇA TEM UM CARÁTER PERMANENTE E HÁ</p><p>UM GRANDE ESTIGMA ASSOCIADO A SEU PORTADOR. QUANDO</p><p>DIZEMOS QUE ALGUÉM ESTÁ DOENTE, A DOENÇA É TRATADA NA</p><p>MAIORIA DAS VEZES COMO ALGO PASSAGEIRO.</p><p>Alguns comportamentos que no passado eram tratados como maus hábitos são vistos como doença, tais como a obesidade e o alcoolismo. A</p><p>homossexualidade antes tratada como doença atualmente não é mais.</p><p>Em linhas gerais, podemos conceituar doença de cinco formas:</p><p>ESTAR E O PODER ESTAR DOENTE</p><p>SOFRIMENTO</p><p>ADVERSIDADE</p><p>PERIGO</p><p>SINAL</p><p>ESTAR E O PODER ESTAR DOENTE</p><p>Capacidade do indivíduo de declarar-se ou não como doente, dependendo do seu interesse. Um deficiente físico pode se sentir doente ou não,</p><p>dependendo de seu grau de inclusão ou de satisfação com a própria vida, ou, ainda, com a possibilidade de entrar no mercado de trabalho.</p><p>SOFRIMENTO</p><p>Está relacionado ao mal-estar, à incapacidade de realizar uma tarefa, não necessariamente tem a presença do mal-estar físico.</p><p>ADVERSIDADE</p><p>A sensação de não se incluir dentro do padrão de normalidade.</p><p>PERIGO</p><p>Está associada à ideia de contágio ou risco de adquirir uma doença transmissível. Uma pessoa portadora de uma doença contagiosa grave</p><p>poderá ser vista como um perigo para a sociedade.</p><p>SINAL</p><p>Algo que serve para demarcar um grupo, uma situação socioeconômica ou um comportamento. Essa associação pode ser verdadeira ou</p><p>preconceituosa. Exemplo: tuberculose e pobreza; cirrose e alcoolismo.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Cabe ressaltar o conceito de etiopatogenia, ou seja, o estudo das causas das doenças. Uma mesma causa pode levar algumas pessoas ao</p><p>adoecimento, enquanto outras pessoas podem permanecer saudáveis. Dessa forma, quando dizemos que tal fator é a causa de uma doença,</p><p>isso significa que foi estabelecido um nexo causal, mas não significa que uma coisa necessariamente vai levar à outra.</p><p>MODOS DE ADOECER AO LONGO DA HISTÓRIA</p><p>Os modos de produção, ou seja, as formas como as sociedades se organizam e se organizaram no decorrer do tempo para produzir riquezas e</p><p>organizar as relações sociais, têm influenciado diretamente os padrões de saúde e doença da sociedade. O estudo das relações entre saúde e</p><p>modos de produção são muito úteis para entendermos a distribuição das doenças na sociedade atual.</p><p>PRÉ-HISTÓRIA</p><p>Nesse período, as principais atividades econômicas eram a pesca, a caça e a coleta. As pessoas estavam muito expostas aos riscos da</p><p>natureza: mudanças de clima, exposição a animais ferozes e acidentes.</p><p>Acredita-se, então, que as principais causas de doenças e mortes eram relacionadas a acidentes e à escassez de alimentos. A expectativa de</p><p>vida era baixa, comparada ao mundo de hoje.</p><p>ANTIGUIDADE</p><p>A Antiguidade é marcada pelo surgimento de grandes civilizações, povoamentos marcados pela economia baseada na agricultura e com forte</p><p>presença da religião no dia a dia.</p><p>A principal atividade econômica era a agricultura. O acúmulo de alimentos, a presença de insetos e roedores e a aglomeração populacional</p><p>favoreceram a disseminação de doenças transmissíveis, tais como a hanseníase (lepra), tuberculose, malária, peste etc.</p><p>Os tratamentos eram baseados em práticas religiosas, uma vez que o sucesso e o insucesso das colheitas estavam associados aos deuses.</p><p>Todavia, surge nesse período a prática racional da medicina na Grécia.</p><p>SOCIEDADE FEUDAL</p><p>O modo de produção agrário continuava influenciando o surgimento de doenças transmissíveis. Contudo, o aumento das cidades propiciou o</p><p>aparecimento de grandes pestes que dizimaram um número incomensurável de pessoas na Europa.</p><p>As práticas de cura continuavam associadas à religião, sobretudo para as classes mais pobres. As classes mais ricas tinham acesso a médicos</p><p>que utilizavam procedimentos empiristas.</p><p>Os métodos de tratamento e cura estavam relacionados a entidades da natureza. Assim, os sacerdotes religiosos, bruxos e xamãs dominavam</p><p>os procedimentos de cura a partir de rituais voltados a elementos naturais.</p><p>SOCIEDADE INDUSTRIAL</p><p>O desenvolvimento da ciência e da indústria propiciaram um acúmulo de conhecimentos que causaram grande impacto nas profissões da área</p><p>da saúde, que foram gradativamente se desvinculando das práticas religiosas, adotando práticas empíricas, posteriormente embasadas por</p><p>teorias e práticas científicas.</p><p>O surgimento de novas terapêuticas, como vacinas e antibióticos, e de novos equipamentos para diagnóstico e tratamento causaram uma grande</p><p>mudança no perfil das causas de adoecimento e morte, sobretudo nas regiões mais desenvolvidas.</p><p>Já no século XX, os países mais ricos vão passando por um processo chamado de transição epidemiológica, fenômeno que tem como uma de</p><p>suas características a substituição do primeiro lugar das causas de adoecimento e morte: saem as doenças transmissíveis e tomam lugar as</p><p>doenças não transmissíveis.</p><p>A saúde também passou a ser encarada como um sinal de status. Valoriza-se como nunca o culto ao corpo na chamada geração saúde.</p><p>Outra novidade da era industrial é o início do estudo da relação entre as doenças e o mundo do trabalho.</p><p>A industrialização propiciou a exposição</p><p>das pessoas a matérias e máquinas que eram novidades até então, fazendo surgir também novas doenças relacionadas ao trabalho. É o</p><p>advento da saúde do trabalhador e da medicina ocupacional. A poluição das grandes cidades trouxe consigo males, como o agravo de doenças</p><p>respiratórias.</p><p>Entretanto, o acesso aos serviços de saúde não se tornou igual para populações de faixas de renda diferentes. Dessa forma, ricos e pobres</p><p>passaram a se diferenciar agora não somente nas suas condições econômicas, mas também nas suas condições de saúde. A transição</p><p>epidemiológica que aconteceu de forma gradativa nos países ricos tem ocorrido de forma rápida nos países subdesenvolvidos, que passam a</p><p>conviver com a chamada tripla carga de doenças (presença concomitante das doenças infecciosas, das causas externas e das doenças</p><p>crônicas).</p><p>Vejamos resumidamente, no quadro a seguir, de que forma esses diferentes períodos influenciaram o processo gerador saúde-doença.</p><p>Período Modo de produção</p><p>Problemas de saúde mais</p><p>frequentes</p><p>Práticas terapêuticas</p><p>Pré-história</p><p>Comunismo primitivo: caça,</p><p>pesca e coleta</p><p>Acidentes, escassez de alimentos Mágicas: bruxaria, xamanismo</p><p>Antiguidade</p><p>Asiáticos: baseado na</p><p>agricultura</p><p>Doenças transmissíveis</p><p>Mágicas: religiosa, surgimento da</p><p>medicina racional (Grécia)</p><p>Sociedade</p><p>medieval</p><p>Feudalismo: agricultura, forte</p><p>presença da Igreja</p><p>Doenças transmissíveis Mágica religiosa e racional</p><p>Era industrial</p><p>moderna</p><p>Capitalismo: desenvolvimento</p><p>da ciência e da indústria</p><p>Transição epidemiológica: aumento</p><p>das doenças não transmissíveis</p><p>Medicina científica, práticas</p><p>interdisciplinares</p><p>Quadro: Problemas de saúde de acordo com o período histórico.</p><p>Elaborado por: Ismael Costa.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>PROFISSÕES DA ÁREA DA SAÚDE</p><p>Conforme vimos anteriormente, os níveis de saúde das populações são influenciados por suas condições de vida. Percebemos também que os</p><p>conceitos de saúde e doença são modificados ao longo do tempo.</p><p>As práticas de saúde também foram mudando. Nesse caso, novas profissões surgiram com o intuito de garantir o mais completo bem-estar</p><p>físico, mental e social. O trabalho de tratar e curar, que havia começado com os religiosos e durou boa parte da história, foi incorporando novas</p><p>profissões: primeiramente, a medicina e a enfermagem, e, posteriormente, outras como odontologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia,</p><p>psicologia e farmácia.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A saúde também conta com o trabalho das chamadas práticas alternativas, que somam práticas antigas como acupuntura, do-in e</p><p>massoterapia, com terapêuticas novas, como auriculoterapia, quiropraxia e a reflexoterapia.</p><p>Percebemos, nos tópicos anteriores, que os problemas de saúde são oriundos das condições de vida. Dessa forma, a solução para esses</p><p>problemas na esfera coletiva não pode vir somente dos profissionais de saúde – há a necessidade do trabalho em conjunto com outros setores</p><p>da sociedade. Damos a esse trabalho conjunto o nome de intersetorialidade, como serviço social, profissionais de educação, engenharia</p><p>sanitária (saneamento básico), engenharia de segurança do trabalho, profissionais do meio ambiente etc.</p><p>A seguir, vejamos um esquema de uma ação intersetorial.</p><p>Elaborado por: Ismael Costa / Adaptado por: Layssa Rizzi</p><p>INSERÇÃO DO ESTADO NA SAÚDE</p><p>No Brasil, o direito à saúde faz parte dos chamados direitos sociais, tais como: educação, habitação e previdência. O acesso a esses direitos</p><p>não se dá de forma igual em todo o mundo. Eles podem ser universais e igualitários (como o SUS, no Brasil), estar dirigidos a populações menos</p><p>favorecidas (assim como medicAID, nos Estados unidos) ou ainda na forma de seguro-saúde obrigatório (como na Alemanha).</p><p> ATENÇÃO</p><p>Estas diferenças são decorrentes de um processo histórico; logo, não existem desde sempre. São frutos dos embates políticos que ocorrem na</p><p>sociedade.</p><p>Os direitos sociais só foram estabelecidos de forma efetiva no mundo a partir do século XX. Antes disso, havia sido criada na Alemanha, no final</p><p>do século XIX, uma legislação pioneira nessa área.</p><p>PLANO BEVERIDGE</p><p>O primeiro grande sistema público e universal de saúde surgiu na Inglaterra, após a Segunda Guerra Mundial – o chamado Plano Beveridge</p><p>(1944-1948), que organizou o Sistema Nacional de Saúde (National Health System – NHS).</p><p>Veja a seguir a origem de algumas iniciativas relacionadas a assistência de saúde no mundo e no Brasil:</p><p>SUS</p><p>No Brasil, o SUS foi criado em 1988, na elaboração da Constituição Federal. Contudo, a saúde pública é bem mais antiga que o direito à saúde.</p><p>Ela surge da iniciativa dos governos de controlar a sociedade, evitando a propagação de doenças. Cabe lembrar as ações desenvolvidas no</p><p>Brasil na República Velha, como as campanhas sanitárias e de saneamento das grandes cidades. O Rio de Janeiro, por exemplo, passou por</p><p>grandes transformações urbanísticas para não perder seu status de ser um dos principais portos do Brasil. Assim, o modelo econômico agrário-</p><p>exportador teve papel importante no desenvolvimento da saúde pública brasileira.</p><p>LEI ELÓI CHAVES</p><p>Outro momento histórico foi a criação das caixas de aposentadorias e pensões em 1923. Esse mecanismo, que oferecia medicina previdenciária,</p><p>foi criado pela chamada Lei Elói Chaves, após a pressão de sindicalistas.</p><p>SAÚDE PÚBLICA</p><p>Podemos dizer que a saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças e prolongar a vida, através de esforços organizados pela sociedade</p><p>para o saneamento do meio ambiente, o controle das infecções na comunidade, a organização dos serviços médicos para o diagnóstico precoce</p><p>e o tratamento preventivo de doenças.</p><p>A saúde pública busca também a melhoria das condições de vida que poderá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de</p><p>vida adequado à manutenção da saúde.</p><p>As ações da saúde pública são bastante abrangentes. Conheça algumas ações do Ministério da Saúde do Brasil.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>ACADEMIA DA SAÚDE</p><p>Busca construir espaços públicos para a prática de exercícios físicos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>COMBATE AO TABAGISMO</p><p>Busca estimular a cessação do hábito de fumar.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PROGRAMA VOLTA PARA CASA</p><p>Busca a reintegração social de pessoas acometidas de doenças mentais após longos períodos de internação.</p><p>Observe que essas ações não estão relacionadas diretamente com o combate de doenças, mas agem principalmente no estilo de vida das</p><p>pessoas. Se, hoje, as ações da saúde pública parecem se preocupar principalmente com a saúde das pessoas, no passado a saúde pública</p><p>tinha como objetivo principal eliminar o perigo das doenças infecciosas.</p><p>O RECONHECIMENTO DO PAPEL DO TRABALHO COMO FATOR</p><p>DETERMINANTE DO ADOECIMENTO FAZ COM QUE A SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR PASSE A SER UMA PRIORIDADE DA SAÚDE PÚBLICA.</p><p>TRAJETÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA</p><p>Da mesma forma que evoluem os conceitos de saúde e doença evolui também o escopo do trabalho da saúde pública.</p><p></p><p>ANTIGUIDADE</p><p>Os gregos antigos buscavam compreender as relações entre os homens e a natureza e, dessa forma, também o surgimento das doenças como</p><p>um processo racional. É desse período a publicação do livro de Hipócrates Dos ares, águas e lugares, que deu origem à teoria humoral das</p><p>doenças.</p><p>IDADE MÉDIA</p><p>A doença era vista como castigo divino. As práticas de saúde pública estavam baseadas em ritos religiosos, sacrifícios e práticas empiristas.</p><p>Uma dessas práticas era a eliminação de pântanos para afastar os “miasmas” (ares corrompidos). Ainda nessa época, desenvolvem-se mais</p><p>ações como segregação e isolamento de doentes para evitar contágios. Na Europa, são construídos hospitais religiosos para cuidar de</p><p>moribundos.</p><p></p><p></p><p>IDADE MODERNA</p><p>O surgimento dos movimentos chamados renascimento e iluminismo retomam a racionalidade no estudo das doenças. A centralidade do estudo</p><p>no ser humano leva o estudo do corpo humano e ao desenvolvimento da medicina. Amplia-se, além disso, o estudo do efeito de substâncias</p><p>químicas no organismo, e é publicado, em 1700, o livro As doenças dos trabalhadores, por Bernardino Ramazzini, o marco inicial da medicina do</p><p>trabalho.</p><p>IDADE CONTEMPORÂNEA</p><p>A partir do séc. XIX, a saúde pública sofreu uma grande revolução. A teoria dos miasmas cede lugar ao estudo da microbiologia. Surge a</p><p>epidemiologia. O saneamento básico e a vacinação obrigatória passam a ser a mola mestra da saúde pública no início do séc. XX. Ao longo do</p><p>séc. XX e agora no séc. XXI, as ações da saúde pública aumentam seu escopo indo ao encontro de conceitos como a promoção da saúde, a</p><p>qualidade de vida e, em nosso caso, a saúde ocupacional, a segurança do trabalho, a saúde do trabalhador, a higiene do trabalho etc.</p><p></p><p>A saúde pública moderna trabalha com a noção de prioridade. Se os recursos passam a ser limitados, não é possível atender todas as</p><p>necessidades. Assim, é necessário identificar o que são os problemas ou as questões de saúde pública.</p><p>A DEFINIÇÃO DE UM PROBLEMA COMO “DE SAÚDE PÚBLICA” TEM UM</p><p>CLARO VIÉS POLÍTICO, POIS, UMA VEZ QUE ALGO É VISTO DESSA</p><p>FORMA, PASSA A DEMANDAR UMA INTERVENÇÃO DO ESTADO E A</p><p>DEFINIÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS MATERIAIS E HUMANOS PARA</p><p>ISSO.</p><p>Segundo Rocha e Cesar (2008, p. 275 apud WESTPHAL, 2008), um problema será de saúde pública quando “constitui causa comum de</p><p>morbidade ou mortalidade [e precisam existir] métodos eficazes de prevenção e controle”. Para definir suas prioridades, a saúde pública poderá</p><p>adotar vários critérios (que não serão objeto de nosso estudo) tais como:</p><p>Número de pessoas atingidas.</p><p>Seriedade do dano.</p><p>Custo.</p><p>Grau de interesse da comunidade.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Para obter esses dados e transformá-los em informação para tomada de decisão, a saúde pública utiliza os conhecimentos de epidemiologia.</p><p>CARGA GLOBAL DA DOENÇA E TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA</p><p>A partir do conhecimento das relações entre as formas de adoecimento e os modos de produção podemos estabelecer uma associação entre a</p><p>organização da sociedade e os tipos de doenças mais frequentes.</p><p>Quando estudamos o conceito de carga global da doença, dividimos as doenças em três grupos:</p><p>DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS INFECCIOSAS</p><p>DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)</p><p>CAUSAS EXTERNAS</p><p>DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS INFECCIOSAS</p><p>Exemplo: Dengue, tuberculose, malária, novo coronavírus etc.</p><p>Predominam em lugares onde há pobreza, má alimentação, aglomeração populacional e falta de saneamento básico. São doenças típicas de</p><p>lugares pobres, países subdesenvolvidos ou onde a principal fonte de renda é a agricultura de subsistência.</p><p>DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)</p><p>Exemplo: Hipertensão, diabetes, câncer etc.</p><p>São típicas de países industrializados, locais de alta renda ou ainda de países em desenvolvimento como o nosso, onde o acelerado</p><p>envelhecimento populacional convive com péssimas condições sanitárias.</p><p>CAUSAS EXTERNAS</p><p>Exemplo: Acidentes, violência, suicídios etc.</p><p>Tendem a parecer com maior predominância em regiões densamente urbanizadas.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>No Brasil, as doenças ocupacionais mais frequentes são as intoxicações exógenas (principalmente por agrotóxicos), perda auditiva induzida por</p><p>ruído (PAIR), lesões por esforços repetitivos (LER) e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT). Isso é um indicativo da forma</p><p>como se organiza a economia brasileira.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UM TRABALHADOR INFORMA QUE O TRABALHO REPETITIVO QUE EXECUTA PODE SER A CAUSA DE SUA</p><p>DEPRESSÃO. A PARTIR DO ESTUDO DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA, O QUE SE PODE AFIRMAR?</p><p>A) O trabalhador está errado, pois repetição não é causa de depressão.</p><p>B) O trabalhador pode estar certo, pois o trabalho monótono pode afetar a saúde mental.</p><p>C) O trabalhador está certo, pois a repetição é sempre causa de depressão.</p><p>D) O trabalhador deve estar errado, pois não há como comprovar que foi o trabalho a causa da depressão.</p><p>E) O trabalhador está certo, pois só ele pode afirmar qual é a causa de sua depressão.</p><p>2. A PARTIR DO NOSSO ESTUDO, AVALIE AS ASSERTIVAS A SEGUIR E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS.</p><p>I- NAS SOCIEDADES DO MUNDO ANTIGO AS DOENÇAS MAIS PREVALENTES ERAM AS DOENÇAS NÃO</p><p>TRANSMISSÍVEIS.</p><p>PORQUE</p><p>II- O MODO DE PRODUÇÃO BASEADO NA AGRICULTURA FAVORECIA A PROLIFERAÇÃO DE</p><p>MICRORGANISMOS.</p><p>A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>A) As asserções I e II são proposições falsas.</p><p>B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>GABARITO</p><p>1. Um trabalhador informa que o trabalho repetitivo que executa pode ser a causa de sua depressão. A partir do estudo do processo</p><p>saúde-doença, o que se pode afirmar?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O adoecimento pode ter múltiplas causas e um mesmo fator pode levar ao adoecimento de uns e não afetar outras pessoas.</p><p>2. A partir do nosso estudo, avalie as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.</p><p>I- Nas sociedades do mundo antigo as doenças mais prevalentes eram as doenças não transmissíveis.</p><p>PORQUE</p><p>II- O modo de produção baseado na agricultura favorecia a proliferação de microrganismos.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>No modo de produção asiático, o acúmulo de alimentos favorecia a proliferação de microrganismos e, consequentemente, a disseminação de</p><p>doenças transmissíveis.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Reconhecer a importância dos estudos epidemiológicos aplicados à saúde</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: faboi / Shutterstock.com</p><p>A Epidemiologia é a ciência básica da saúde pública. Estuda os fatores determinantes e condicionantes e propõe medidas de prevenção,</p><p>erradicação e controle. O uso de indicadores epidemiológicos é fundamental para avaliarmos a eficácia das medidas. Os dados obtidos pela</p><p>vigilância epidemiológica são importantes para conhecermos a situação de saúde de determinada população. Assim sendo, o profissional que</p><p>atua na saúde e segurança do trabalho deve ser capaz de interpretar os dados epidemiológicos para desenvolver melhor o seu trabalho.</p><p>Vamos ver o caso do surto de Covid-19 nas indústrias de Cambará do Oeste, no Paraná.</p><p>Duas grandes indústrias registraram surtos de casos de Covid-19 em meio ao aumento significativo de casos da doença na cidade. As</p><p>informações divulgadas pelo jornal A Folha do Oeste apontavam que, em 4 de março de 2021, o município havia registrado 55 novos casos de</p><p>coronavírus, chegando ao total de 277 pacientes infectados.</p><p>Segundo a Secretaria de Saúde, ambas as indústrias possuem planos de contingência e estão se empenhando para resolver a situação. Em um</p><p>dos locais, somente nesse período, foram dezenas de atestados médicos registrados.</p><p>A secretária da Saúde Mariana Grossi explicou que nem todos os funcionários foram afastados por estarem com sintomas. Em alguns casos,</p><p>existe a indicação de afastamento por conta de contato domiciliar com alguém que positivou, e a recomendação é para evitar a propagação.</p><p>Outro fator que deve ser considerado para o aumento dos casos é o maior número de testes que vem sendo aplicados em Cambará do Oeste,</p><p>desde a compra de testes rápidos pela prefeitura.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. SEGUNDO O LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO REALIZADO PELOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM</p><p>ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) DAS INDÚSTRIAS, A INCIDÊNCIA DE</p><p>COVID TERIA AUMENTADO. DE ACORDO COM ESTES DADOS PODEMOS AFIRMAR QUE:</p><p>A) Há um aumento de óbitos da doença na cidade.</p><p>B) Há uma aceleração da transmissão da doença nas indústrias.</p><p>C) Há uma aceleração da transmissão da doença na cidade.</p><p>D) Há um aumento da letalidade da doença.</p><p>E) A epidemia está em estabilidade com surtos localizados como ocorridos nas indústrias.</p><p>2. AO AFASTAR AS PESSOAS SADIAS QUE</p><p>TIVERAM CONTATO COM PACIENTES SINTOMÁTICOS, QUAL DEVE</p><p>SER A MEDIDA ADOTADA PELA SECRETÁRIA DE SAÚDE?</p><p>A) Imunidade de rebanho ou imunidade coletiva.</p><p>B) Isolamento.</p><p>C) Quarentena.</p><p>D) Quimioprofilaxia.</p><p>E) Tratamento profilático.</p><p>GABARITO</p><p>1. Segundo o levantamento epidemiológico realizado pelos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do</p><p>Trabalho (SESMT) das indústrias, a incidência de COVID teria aumentado. De acordo com estes dados podemos afirmar que:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O conceito de incidência é relacionado ao número de casos novos da doença. Traz a ideia da intensidade com que uma doença aparece. Logo o</p><p>aumento da incidência reflete um aumento da transmissão.</p><p>2. Ao afastar as pessoas sadias que tiveram contato com pacientes sintomáticos, qual deve ser a medida adotada pela secretária de</p><p>Saúde?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O afastamento de pessoas sadias durante o período máximo de incubação recebe o nome de quarentena. O afastamento de pessoas doentes</p><p>durante o período de transmissão recebe o nome de isolamento.</p><p>3. QUAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA OU TERCIÁRIA SÃO</p><p>MAIS IMPORTANTES PARA A PREVENÇÃO DE COVID-19 NAS INDÚSTRIAS? DÊ</p><p>EXEMPLOS DA MEDIDA QUE VOCÊ ESCOLHEU.</p><p>RESPOSTA</p><p>As principais medidas seriam o uso de máscaras PFF2, vacinação, higienização das mãos e afastamento</p><p>social, ou seja, as de prevenção primária.</p><p>A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS</p><p>javascript:void(0)</p><p>DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA</p><p>Um dos maiores desafios das ciências da saúde é estabelecer os nexos causais entre fatores determinantes e condicionantes do adoecimento.</p><p>Surgida no século XIX, a Epidemiologia é a ciência base da saúde pública, pois estuda o processo saúde-doença, descobre fatores determinates</p><p>e condicionantes, recomenda medidas de prevenção e controle e ainda fornece indicadores para avaliação e planejamento das ações de saúde.</p><p>MODELOS EXPLICATIVOS EM EPIDEMIOLOGIA</p><p>1. MODELO UNICAUSAL</p><p>Ao longo da história, à luz do desenvolvimento científico, a epidemiologia formulou diversas teorias sobre o surgimento das doenças. A primeira</p><p>delas foi depois batizada de modelo unicausal. Nessa concepção, todas as doenças deveriam ter uma única causa – um fator biológico.</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>Contudo, esse modelo se mostrou incompleto pois nem todo indivíduo exposto ao fator biológico desenvolvia a doença.</p><p>Dessa forma, surgiram os modelos multicausais. Nesses modelos, a etiologia (estudos das causas das doenças) das doenças teria múltiplas</p><p>causas, como as que veremos a seguir.</p><p>2. MODELOS MULTICAUSAIS</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>REDE DE CAUSAS</p><p>A teoria da natureza multicausal dos agravos à saúde demonstra que as doenças não têm uma única causa.</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>MÚLTIPLAS CAUSAS – MÚLTIPLOS EFEITOS</p><p>Neste modelo, encontramos uma versão mais elaborada da rede de causas, pois se destaca que um mesmo grupo de causas pode gerar</p><p>múltiplos efeitos.</p><p>A partir dos modelos anteriores, surge o conceito da abordagem sistêmica, que significa dizer que existem múltiplas explicações para o</p><p>processo saúde-doença, destacando a possibilidade de uma explicação biológica e uma explicação social.</p><p>O modelo explicativo mais utilizado até hoje é o da história natural das doenças (HND), que veremos a seguir.</p><p>HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS</p><p>Nesse modelo, as doenças são o fruto da relação entre três fatores determinantes:</p><p>Agente etiológico (a causa principal).</p><p></p><p>Hospedeiro suscetível (aquele que vai adoecer).</p><p></p><p>Meio ambiente.</p><p>Em homenagem aos criadores do modelo, esses três elementos foram batizados de tríade de Leavell e Clarck e são representados</p><p>graficamente por um triângulo.</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>No modelo da HND, o processo de surgimento de uma doença se divide em dois períodos, como veremos a seguir.</p><p>PRÉ-PATOGÊNESE</p><p>Os três elementos estão disponíveis, interagindo porém ainda em equilíbrio. A doença ainda não surgiu.</p><p>PATOGÊNESE</p><p>Um elemento ou mais entra em desequilíbrio e assim a doença aparece e pode ter os seguintes desfechos: morte, invalidez, cronicidade ou cura.</p><p>A partir do conhecimento da HND, podemos desenvolver ações preventivas que são divididas em três níveis com cinco tipos de ações.</p><p>PREVENÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Evitar que a doença apareça, por meio destas ações:</p><p>a) promoção da saúde – inespecífica (ex.: alimentação saudável); e</p><p>b) proteção específica – medidas específicas (ex.: vacinação).</p><p>PREVENÇÃO SECUNDÁRIA</p><p>Evitar que a doença evolua, por meio destas ações:</p><p>a) diagnóstico precoce (métodos de rastreamento usados na fase assintomática);</p><p>b) limitação do dano (tratamento dos sinais e sintomas).</p><p>PREVENÇÃO TERCIÁRIA</p><p>Recuperar o potencial de saúde do organismo, por meio destas ações:</p><p>a) reabilitação – para quem já tem a doença clinicamente detectável (ex.: reabilitar paciente pós-infarto).</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>CONCEITOS BÁSICOS EM EPIDEMIOLOGIA</p><p>Para entender de que forma os microrganismos interagem com o hospedeiro, precisamos compreender seus atributos.</p><p>Infectividade</p><p>É a capacidade que os microorganismos têm de penetrar, se desenvolver, interagir e/ou se multiplicar no</p><p>hospedeiro ocasionando uma infecção.</p><p>Patogenicidade É a capacidade de o agente etiológico produzir sintomas e sinais (doença).</p><p>Virulência É a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais.</p><p>Imunogenicidade É a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a imunidade no hospedeiro.</p><p>Dose infectante É a quantidade de agente etiológico necessária para iniciar uma infecção.</p><p>Poder invasivo</p><p>É a capacidade que tem o parasita de se difundir, através de tecidos, órgãos e sistemas anatomofisiológicos do</p><p>hospedeiro.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Os atributos do hospedeiro a seguir, em sua relação com o agente patogênico, são importantes nas doenças infecciosas.</p><p>Resistência</p><p>É o conjunto de mecanismos do organismo que serve de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes</p><p>infecciosos ou contra efeitos nocivos de seus produtos tóxicos.</p><p>Resistência</p><p>natural</p><p>É aquela que independe de anticorpos ou de reação específica dos organismos e resulta de fatores anatômicos,</p><p>fisiológicos e outros intrínsecos ao hospedeiro.</p><p>Imunidade</p><p>É um subtipo de resistência específica associado à presença de anticorpos que possuem ação específica sobre o</p><p>microrganismo responsável por uma doença infecciosa ou sobre suas toxinas.</p><p>Suscetibilidade</p><p>É a medida de fragilidade, a possibilidade de adoecer por meio de determinado agente, fator de risco ou conjunto</p><p>de causas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>Os conceitos de caso em epidemiologia funcionam como “padrões”, ou seja, critérios objetivos usados para que as avaliações sejam as mais</p><p>fidedignas possíveis.</p><p>Caso</p><p>É uma pessoa ou animal infectado ou doente que apresenta características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas</p><p>específicas de uma doença ou agravo.</p><p>Caso</p><p>confirmado</p><p>Pessoa ou animas de quem foi isolado e identificado o agente etiológico ou e/ou laboratoriais da presença do agente</p><p>etiológico ou ainda uma evidência epidemiológica que possibilitem a confirmação de uma suspeita.</p><p>Caso suspeito</p><p>Pessoa cujos sinais e sintomas e possível exposição a uma fonte de infecção sugerem que possa estar ou vir a</p><p>desenvolver uma doença infecciosa.</p><p>Comunicante</p><p>São todos aqueles que estiveram em contato com um reservatório, caso clínico, portador ou com ambiente</p><p>contaminado, de forma a ter oportunidade de adquirir o agente etiológico de uma doença.</p><p>Portadores</p><p>São os que têm o agente infeccioso e podem transmiti-lo, mas, no momento, não apresentam sintomas. Ex.:</p><p>Portador do HIV.</p><p>Reservatório</p><p>Reservatório de agentes infecciosos é o ser humano ou qualquer outro animal, vegetal ou matéria inanimada em que</p><p>um agente normalmente vive, se multiplica ou sobrevive e do qual tem o poder de ser transmitido a um hospedeiro</p><p>suscetível.</p><p>Vetores São seres vivos que veiculam o agente desde</p><p>o reservatório até o hospedeiro potencial. Ex.: Mosquito da dengue.</p><p>Veículos</p><p>São fontes secundárias, inanimadas, intermediárias entre o reservatório e o hospedeiro como objetos e materiais.</p><p>Ex.: Água como veículo do vírus causador da hepatite A.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA</p><p>A Lei Orgânica da Saúde – definida pela Lei nº 8.080/90 – conceitua vigilância epidemiológica (VE) como:</p><p>CONJUNTO DE AÇÕES QUE PROPORCIONA O CONHECIMENTO, A DETECÇÃO OU</p><p>PREVENÇÃO DE QUALQUER MUDANÇA NOS FATORES DETERMINANTES E</p><p>CONDICIONANTES DA SAÚDE INDIVIDUAL OU COLETIVA, COM A FINALIDADE DE</p><p>RECOMENDAR E ADOTAR AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS</p><p>DOENÇAS OU AGRAVOS.</p><p>O propósito da VE é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de</p><p>controle de doenças e agravos. A vigilância é um trabalho de observação permanente, mas não tem poder decisório. A decisão é da autoridade</p><p>sanitária – ministro e secretários de Saúde.</p><p>ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS</p><p>Cabe à Epidemiologia estudar o processo saúde-doença, ou seja, identificar os fatores determinantes e condicionantes da saúde para</p><p>posteriormente recomendar medidas apropriadas de prevenção, controle e erradicação. Para tanto, essa ciência utiliza estudos específicos para</p><p>estabelecer nexos causais. Vamos conhecer cada um deles a seguir.</p><p>EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA</p><p>Constitui a primeira fase da aplicação do método epidemiológico a fim de entender o comportamento de um agravo à saúde numa população.</p><p>NESTA ETAPA, É POSSÍVEL DESCREVER OS CARACTERES</p><p>EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS RELATIVOS AO TEMPO (QUANDO?),</p><p>ESPAÇO (ONDE?), PESSOA (QUEM?).</p><p>Em relação às pessoas, podemos discriminar características importantes para análise, tais como ao gênero, idade, escolaridade, nível</p><p>socioeconômico, etnia, ocupação e situação conjugal. Da mesma forma, podemos categorizar características do lugar (urbano ou rural) e do</p><p>tempo (estação do ano).</p><p>Nos estudos descritivos, os dados são reunidos, organizados e apresentados na forma de gráficos, tabelas com taxas, médias e distribuição</p><p>segundo atributos da pessoa, do tempo e do espaço, sem o objetivo de estabelecer associações ou inferências causais.</p><p>Podemos identificar três estudos descritivos, como veremos a seguir.</p><p>ESTUDOS SECCIONAIS (TRANSVERSAIS)</p><p>Trata-se da contagem do número de casos dentro de período determinado.</p><p>ESTUDOS DE CASO</p><p>Busca-se obter dados do caso que possam sugerir hipóteses de causas ou fatores condicionantes.</p><p>ESTUDOS ECOLÓGICOS</p><p>Estudo que busca comparar a ocorrência de uma doença em lugares diferentes ou, ainda, comparar o mesmo lugar em épocas diferentes.</p><p>EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA</p><p>Os estudos analíticos têm o objetivo de testar as hipóteses elaboradas geralmente durante estudos descritivos. São também chamados</p><p>estudos observacionais. Temos fundamentalmente dois tipos de estudos analíticos.</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>ESTUDO DE COORTES</p><p>Compara um grupo de pessoas expostas a um fator causal com outro grupo não exposto. Parte-se das causas para se descobrir os efeitos. É um</p><p>estudo prospectivo.</p><p>Imagem: Ismael Costa</p><p>ESTUDO DE CASO-CONTROLE</p><p>Compara um grupo de pessoas doentes a um fator causal com outro grupo de pessoas não doentes. Parte-se dos efeitos para se tentar</p><p>descobrir as possíveis causas. É um estudo retrospectivo.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Ensaios clínicos randomizados</p><p>Os ensaios clínicos são estudos que visam avaliar a eficácia de uma terapia (medicamento, tratamento, método de prevenção). Comparam-se os</p><p>efeitos no grupo que recebeu o tratamento com o que recebeu o placebo.</p><p>Importante destacar que os métodos utilizados em VE são aplicáveis diretamente na vigilância em saúde do trabalhador (VISAT).</p><p>ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESPECIAIS (VIGILÂNCIA)</p><p>A VE utiliza estudos especiais para confirmar casos suspeitos e outras avaliações necessárias no campo da saúde pública.</p><p>Investigação</p><p>epidemiológica de</p><p>campo</p><p>Busca coletar dados novos de casos suspeitos para a adequada confirmação ou descarte.</p><p>Inquéritos</p><p>epidemiológicos</p><p>O inquérito epidemiológico é geralmente do tipo amostral, utilizado quando as informações existentes são</p><p>inadequadas ou insuficientes. O principal objetivo é obter dados para uma avaliação da situação sanitária.</p><p>Levantamento</p><p>epidemiológico</p><p>É um estudo realizado com base nos dados existentes nos registros dos serviços de saúde ou de outras</p><p>instituições. O principal uso é para avaliar tendências (os casos estão subindo, estáveis, caindo etc.).</p><p>Sistemas de vigilância</p><p>sentinela</p><p>Têm como objetivo monitorar indicadores-chaves na população geral ou em grupos especiais que sirvam</p><p>como alerta precoce para o sistema. O Ministério da Saúde no Brasil inclui as principais doenças</p><p>ocupacionais como passíveis de noticação compulsória em unidades sentinela.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>NOTIFICAÇÃO EM VE</p><p>A VE pode obter dados de diversas fontes, tais como: população em geral, imprensa, unidades de saúde, empresas, cartórios etc. Todavia, a</p><p>principal fonte de dados da vigilância é a notificação. A notificação é a comunicação de uma suspeita de doença, agravo ou evento de saúde</p><p>pública feita por qualquer pessoa para uma autoridade sanitária.</p><p>APÓS A NOTIFICAÇÃO SERÁ FEITA A INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA,</p><p>QUE PODE OU NÃO CONFIRMAR A SUSPEITA. É IMPORTANTE</p><p>RESSALTAR QUE A INFORMAÇÃO SÓ TERÁ RELEVÂNCIA PARA AVALIAR</p><p>A SITUAÇÃO SANITÁRIA APÓS A INVESTIGAÇÃO.</p><p>Existe um grupo de doenças e agravos cuja notificação é compulsória para unidades de saúde. Nesses casos, o profissional é obrigado a fazer a</p><p>notificação, que pode ser semanal ou imediata (24h). Essas doenças são definidas em portarias do Ministério da Saúde e permanentemente</p><p>atualizadas.</p><p>Os critérios para a inclusão de uma doença nesta lista são:</p><p>gravidade – alto risco de morte ou complicações;</p><p>magnitude – frequência de casos e óbitos;</p><p>transcendência – relevância social;</p><p>vulnerabilidade – existência de meios de prevenção;</p><p>eventos e agravos inusitados;</p><p>presença em regulamento sanitário internacional.</p><p>INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS</p><p>Os indicadores de saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de</p><p>saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.</p><p>INDICADORES DE MORTALIDADE</p><p>A mortalidade é um dos mais importantes indicadores de saúde. Devemos entendê-la não apenas como o final do processo vital, mas também</p><p>para grande parte dos casos, como uma falha completa do sistema de saúde (falha na prevenção e na assistência em todos os momentos ao</p><p>longo da vida do indivíduo). As taxas de mortalidade são indicadores que medem risco de morte, ou seja, a probabilidade de ocorrência de óbito</p><p>em uma população ou subgrupo populacional.</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p> ATENÇÃO</p><p>n≥ 2, é o grau da proporção a ser utilizado. Exemplos:</p><p>2 – porcentagem</p><p>3 – por mil</p><p>Taxa de mortalidade  = × 10nN∘ óbitos de uma determinada causa</p><p>População suscetível</p><p>6 – por milhão</p><p>Taxa de mortalidade é sinônimo de coeficiente de mortalidade.</p><p>LETALIDADE</p><p>A letalidade é o indicador que mede a proporção de óbitos que ocorrem no total de casos de uma doença ou agravo à saúde. Ele é a medida do</p><p>risco de óbito entre os doentes. A letalidade expressa a gravidade de uma doença: quanto maior o número de indivíduos acometidos por uma</p><p>doença que vão a óbito, mais grave ela é considerada.</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>MORTALIDADE PROPORCIONAL</p><p>A mortalidade proporcional é a distribuição dos óbitos em relação a algumas variáveis de interesse, principalmente sexo, idade e causa de</p><p>óbito. A mortalidade proporcional não mede risco de morte, pois seu denominador é o total de óbitos, não a população sob risco de morte.</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>MORBIDADE</p><p>A morbidade é a variável característica</p><p>das comunidades de seres vivos. Refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou</p><p>determinadas doenças) em dado intervalo de tempo em determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos</p><p>agravos à saúde na população.</p><p>INCIDÊNCIA</p><p>A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e</p><p>período.</p><p>Calcula-se o risco de adoecimento em um grupo delimitado com a taxa de ataque. Podemos calculá-la da seguinte forma:</p><p>Taxa de letalidade  = × 10nN∘ óbitos de uma determinada causa</p><p>N∘ de casos da doença</p><p>Índice de mortalidade proporcional  = × 10nN∘ óbitos de uma determinada causa</p><p>N∘ de óbitos totais</p><p>Taxa de ataque  = × 100</p><p>N ∘ de casos novos numa população durante um determinado período</p><p>População sob risco no início do período</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>PREVALÊNCIA</p><p>A prevalência é o número total de casos de uma doença existentes em determinado local e período.</p><p>MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA E CONTROLE</p><p>Em saúde pública, podem ser utilizadas diversas medidas coletivas de profilaxia e controle de doenças.</p><p>IMUNIDADE DE REBANHO OU IMUNIDADE COLETIVA</p><p>É a indução da resistência de uma população à introdução e à disseminação de um agente infeccioso. Essa resistência é fundamentada na</p><p>elevada proporção de indivíduos imunes entre os membros dessa população e na uniforme distribuição desses indivíduos imunes. Importante</p><p>ressaltar que a melhor forma de obter a imunidade de rebanho é a vacinação em massa.</p><p>Imagem: Waldman (1998, p. 73)</p><p> Esquema de imunidade de rebanho.</p><p>ISOLAMENTO</p><p>Separação de um caso clínico do convívio das outras pessoas durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que os suscetíveis sejam</p><p>infectados.</p><p>QUARENTENA</p><p>Isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um</p><p>caso clínico ou portador, ou da data em que esse comunicante sadio saiu do local em que se encontrava a fonte de infecção.</p><p>QUIMIOPROFILAXIA</p><p>Administração de um medicamento, inclusive antibióticos, para prevenir uma infecção ou a progressão de uma infecção com manifestações da</p><p>doença.</p><p>TRATAMENTO PROFILÁTICO</p><p>Tratamento de um doente ou de um portador com a finalidade de reduzir o período de transmissibilidade.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UM ENGENHEIRO DO TRABALHO RESOLVEU QUANTIFICAR O NÚMERO DE NOVOS ACIDENTES DE</p><p>TRABALHO DE DETERMINADA INDÚSTRIA. QUAL INDICADOR EPIDEMIOLÓGICO ELE UTILIZOU?</p><p>A) Incidência</p><p>B) Prevalência</p><p>C) Taxa de ataque</p><p>D) Mortalidade</p><p>E) Letalidade</p><p>2. UM TRABALHADOR PRECISARÁ FAZER FISIOTERAPIA APÓS UM ACIDENTE DE TRABALHO. DE ACORDO</p><p>COM O MODELO DE LEAVELL E CLARCK, COMO SE CHAMA TAL AÇÃO?</p><p>A) Promoção da saúde</p><p>B) Proteção específica</p><p>C) Diagnóstico precoce</p><p>D) Limitação do dano</p><p>E) Reabilitação</p><p>GABARITO</p><p>1. Um engenheiro do trabalho resolveu quantificar o número de novos acidentes de trabalho de determinada indústria. Qual indicador</p><p>epidemiológico ele utilizou?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A incidência se refere ao número de casos novos de determinada doença em uma região. Reflete a intensidade com que essa doença se</p><p>apresenta.</p><p>2. Um trabalhador precisará fazer fisioterapia após um acidente de trabalho. De acordo com o modelo de Leavell e Clarck, como se</p><p>chama tal ação?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A reabilitação é a ação típica da prevenção terciária cujo objetivo é recuperar as funções do organismo.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar as estratégias de promoção de saúde do trabalhador</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>O ambiente do trabalho tem sido visto tradicionalmente como um espaço laboral potencialmente insalubre. Dessa forma, as ações desenvolvidas</p><p>pelas equipes de saúde e segurança do trabalho possuem enfoque prevencionista. Todavia, numa visão mais moderna, o ambiente do trabalho</p><p>pode ser também um espaço de promoção da saúde e da qualidade de vida.</p><p>Embora tais ações não sejam obrigatórias, muitas empresas têm obtido bons resultados com o investimento nessa área – melhoria da imagem</p><p>pública, aumento de produtividade, redução do absenteísmo etc.</p><p>Vamos observar o estudo de caso que trata da ergonomia e o aumento de produtividade.</p><p>Uma empresa têxtil canadense desenvolveu um programa com o objetivo de reduzir os sintomas musculoesqueléticos entre seus funcionários</p><p>operacionais (de ambos os sexos e com idades entre 25 e 59 anos) e o absenteísmo relacionado a esses desconfortos, aumentando a</p><p>produtividade. Para tanto, o espaço físico de trabalho foi readequado (principalmente com o ajuste ergonômico de equipamentos utilizados) e</p><p>foram oferecidos aos funcionários treinamentos ergonômicos periódicos. A intervenção teve duração de 24 meses e contou com a participação</p><p>de 295 funcionários.</p><p>Para possibilitar a avaliação econômica do programa, foram registrados também todos os custos incorridos pela empresa para promover a</p><p>intervenção e estimada a perda de produtividade (por dias perdidos de trabalho) relacionada a sintomas osteomusculares nos doze meses</p><p>anteriores e posteriores à intervenção.</p><p>O programa custou $65.787 dólares canadenses e gerou um benefício de $360.614 relacionado ao aumento da produtividade (pela redução dos</p><p>dias perdidos de trabalho). Ou seja, para gerar um benefício de $1, a empresa gastou 18 centavos (relação custo-benefício de 0,2). Demonstrou-</p><p>se, portanto, a eficiência das estratégias adotadas em aumentar a produtividade dessa empresa.</p><p>Agora, vamos abordar o estudo de caso que trata da alimentação saudável numa empresa em Minneapolis.</p><p>Em Minneapolis, nos Estados Unidos, doze empresas reduziram em 50% o preço dos lanches mais saudáveis (com menos de 3 g de gordura</p><p>por unidade) disponíveis em suas 55 máquinas de venda automática com o objetivo de aumentar o consumo desses alimentos. Além disso,</p><p>foram colocados avisos de que aqueles alimentos tiveram seus preços reduzidos por se tratar de opções mais saudáveis e que, portanto,</p><p>poderiam contribuir para o controle do peso corporal e a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.</p><p>O volume de venda desses lanches, monitorado durante os 12 meses de intervenção, teve crescimento de 90% no período, evidenciando, assim,</p><p>que alteração do ambiente alimentar e os incentivos econômicos podem ser efetivos no estímulo à alimentação saudável.</p><p>Fonte: REIS, A; MANSINI, G; LEITE, F. Promoção de saúde nas empresas: casos de sucesso. Instituto de Estudos de Saúde Suplementar</p><p>(IESS), 2013. 49 p.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. EM QUAL DAS CATEGORIAS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A SEGUIR PODEMOS CLASSIFICAR O</p><p>CASO DA EMPRESA CANADENSE?</p><p>A) Compensação justa e adequada.</p><p>B) Condições de trabalho.</p><p>C) Uso e desenvolvimento de capacidades.</p><p>D) Oportunidade de crescimento e segurança.</p><p>E) Integração social na organização.</p><p>2. AVALIE AS ASSERTIVAS A SEGUIR E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS.</p><p>I- OS CASOS DA EMPRESA CANADENSE E DA EMPRESA NORTE-AMERICANA SE CONFIGURAM COMO</p><p>ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR.</p><p>PORQUE</p><p>II- NOS DOIS CASOS, A INTERVENÇÃO DA EMPRESA SOBRE O COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES FOI</p><p>SATISFATÓRIA.</p><p>A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A SEGUIR A ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>A) As asserções I e II são proposições falsas.</p><p>B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>GABARITO</p><p>1. Em qual das categorias de qualidade de vida no trabalho a seguir podemos classificar o caso da empresa canadense?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>As principais intervenções realizadas foram as adequações ergonômicas do espaço físico.</p><p>2. Avalie as assertivas a seguir e a</p><p>relação proposta entre elas.</p><p>I- Os casos da empresa canadense e da empresa norte-americana se configuram como estratégias de promoção de saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>PORQUE</p><p>II- Nos dois casos, a intervenção da empresa sobre o comportamento dos trabalhadores foi satisfatória.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a seguir a alternativa correta.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O que configura a ação de promoção da saúde é a capacitação do indivíduo para atuar na melhoria da própria saúde. Nem sempre os resultados</p><p>são alcançados.</p><p>3. NO CASO DA EMPRESA NOS ESTADOS UNIDOS, A INTERVENÇÃO</p><p>PROPORCIONOU AUMENTO DO CONSUMO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS.</p><p>RELACIONE OUTRAS INTERVENÇÕES QUE PODERIAM SER FEITAS NUMA</p><p>EMPRESA COM O MESMO OBJETIVO.</p><p>RESPOSTA</p><p>Diagnóstico nutricional, orientação alimentar, bônus para funcionários que apresentarem perda de peso,</p><p>parcerias com empresas fornecedoras de alimentos saudáveis, oferta de alimentos saudáveis na dieta etc.</p><p>Em qualquer caso, a participação dos funcionários deve ser voluntária, sem qualquer sanção aos</p><p>funcionários que não queiram participar do programa.</p><p>O QUE É PROMOÇÃO DA SAÚDE?</p><p>javascript:void(0)</p><p>CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA</p><p>A promoção da saúde é uma estratégia sanitária que surgiu na década de 1940 em face à necessidade de criar práticas de saúde que em vez de</p><p>somente prevenir e tratar de problemas de saúde buscam também produzir saúde e qualidade de vida.</p><p>O TEMPO QUE DISPENSAMOS EM NOSSAS ATIVIDADES LABORAIS</p><p>TORNA O ESPAÇO DE TRABALHO UM LOCAL PRIVILEGIADO PARA</p><p>DISSEMINAR PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE. DESSA FORMA,</p><p>SURGIU O CONCEITO DE PROMOÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR.</p><p>O conceito de qualidade de vida tem sido cada vez mais debatido no âmbito das políticas públicas e nas relações humanas. O objetivo de ter</p><p>uma vida com qualidade está diretamente conectado com a relação que o indivíduo tem com seu trabalho, uma vez que boa parte da população</p><p>passa mais tempo em seu local de trabalho do que em casa.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Muitas vezes, a busca pela qualidade de vida se opõe ao tempo e ao esforço que as pessoas dedicam ao trabalho, às grandes jornadas de</p><p>trabalho, ao tempo gasto durante o transporte e ainda ao ambiente laboral extremamente competitivo.</p><p>Todavia, começam a surgir iniciativas que buscam melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Alguns estudos já apontam que tais</p><p>iniciativas podem produzir resultados favoráveis para as empresas, seja pelo aumento da produtividade e dos lucros, seja pelo aumento da</p><p>satisfação dos funcionários.</p><p>Qualidade de vida é um conceito relativo e polissêmico. Muda de acordo com as gerações, classe social, gênero, país etc. Geralmente podemos</p><p>dizer que qualidade de vida é definida como uma forma de avaliar as condições de vida de um ser humano. Envolve o seu bem-estar físico,</p><p>mental, social, psicológico, espiritual, além de relacionamentos sociais, a saúde, educação, o poder aquisitivo, habitação, saneamento básico e</p><p>outras circunstâncias da vida.</p><p>Não deve ser confundida com padrão de consumo, uma medida que quantifica a qualidade e a quantidade de bens e serviços disponíveis – ou</p><p>seja, a medida da qualidade de vida envolve aspectos objetivos e subjetivos.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um questionário para apurar a qualidade de vida, que tem duas versões validadas para o</p><p>português: o questionário 100 (composto por 100 questões) e o 26 (composto por 26 questões). O questionário é composto por seis domínios: o</p><p>físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos.</p><p>Segundo Westphal (2008), qualidade de vida pode ser:</p><p>CONSUMO</p><p>FATORES SUBJETIVOS</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>CONSUMO</p><p>Um padrão de consumo. Acesso a bens, lazer, viagens, comodidades, riqueza.</p><p>FATORES SUBJETIVOS</p><p>Necessidade de se relacionar com outras pessoas, estar integrado socialmente, estar em contato com a natureza.</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>Possibilidade de desenvolver capacidades humanas básicas, neste caso, qualidade de vida seria ter acesso aos recursos necessários para o</p><p>pleno desenvolvimento do ser humano – ter moradia, acesso a serviços de saúde, educação etc.</p><p>A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO</p><p>A qualidade de vida no ambiente de trabalho (QVT) tem sido objeto de discussão há muito tempo no campo das ciências humanas, embora o</p><p>termo não fosse usado exatamente assim. Destacam-se nessa área preocupações desde a antiguidade, como a aplicação de princípios de</p><p>geometria e matemática para diminuir o esforço empregado pelos trabalhadores nas construções, uma ação precursora da atual ergonomia.</p><p>Walton (1973 apud FERNANDES, 1996, p. 48) propôs oito categorias para conceituar a qualidade de vida no trabalho:</p><p>Compensação justa e adequada Remuneração justa pelo trabalho realizado.</p><p>Condições de trabalho Carga horária de trabalho, equipamentos e materiais adequados.</p><p>Uso e desenvolvimento de</p><p>capacidades</p><p>Aproveitamento do potencial intelectual e humano do trabalhador.</p><p>Oportunidade de crescimento e</p><p>segurança</p><p>Oferecimento de possibilidades de ascensão na carreira e estabilidade no emprego.</p><p>Integração social na</p><p>organização</p><p>Refere-se às relações pessoais dentro da organização.</p><p>Constitucionalismo Refere-se ao respeito aos direitos do trabalhador e ao cumprimento das leis trabalhistas.</p><p>Trabalho e espaço total de vida Refere-se ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida laboral.</p><p>Relevância social do trabalho na</p><p>vida</p><p>Refere-se à observação do empregado em relação aos valores, imagem da empresa, relações da</p><p>empresa com a sociedade e qualidade do serviço prestado.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Observe que embora qualidade de vida não seja algo diretamente relacionado com saúde, as suas acepções se coadunam com o conceito</p><p>ampliado de saúde.</p><p>INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA EM QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE</p><p>TRABALHO (QVT)</p><p>A influência do estilo de comando nas empresas tem sido uma preocupação dos autores do campo da QVT. Tem-se estudado quais os estilos de</p><p>liderança mais apropriados para conciliar os objetivos da organização com os objetivos dos trabalhadores.</p><p>BUSCA-SE PARA UM NOVO TIPO DE EMPRESA UM NOVO TIPO DE</p><p>LIDERANÇA.</p><p>A nova empresa é aquela que investe no desenvolvimento humano de seus trabalhadores levando em consideração também seus aspectos</p><p>pessoais para além do mundo do trabalho, ou seja, sua qualidade de vida.</p><p>A nova visão da liderança entende que a liderança é contingencial, isto é, o líder pode mudar de acordo com a situação, ou o estilo do líder pode</p><p>mudar pelo mesmo motivo. Caberia então aos chefes estimular o exercício da liderança entre seus subordinados com uma postura de</p><p>comunicação aberta e transparente e exercendo as dimensões gestora, educadora e transformadora nas suas relações.</p><p>CONCEITO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA CARTA DE OTTAWA</p><p>Em 1986, foi realizada na cidade de Ottawa, no Canadá, a I Conferência Internacional de Promoção da Saúde. Reuniram-se na ocasião países</p><p>desenvolvidos que buscaram discutir o conceito de promoção da saúde formulado na década de 1940.</p><p>AO FINAL DA CONFERÊNCIA FOI REDIGIDO UM DOCUMENTO CHAMADO</p><p>DE CARTA DE OTTAWA CUJA DEFINIÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE</p><p>INFLUENCIA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS NESSE CAMPO ATÉ HOJE,</p><p>INCLUSIVE NA SAÚDE DO TRABALHADOR. SEGUNDO O DOCUMENTO, A</p><p>PROMOÇÃO DA SAÚDE SIGNIFICA CAPACITAR A COMUNIDADE PARA</p><p>ATUAR NA SUA PRÓPRIA QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE.</p><p>A Carta traz ainda quais são os pré-requisitos para a saúde:</p><p>paz;</p><p>habitação;</p><p>educação;</p><p>alimentação;</p><p>renda;</p><p>ecossistema estável;</p><p>recursos sustentáveis;</p><p>justiça social;</p><p>equidade.</p><p>Também descreve que as ações de saúde não devem ser exclusivas do setor, mas realizadas em conjunto pelo setor saúde e outros setores da</p><p>sociedade. A essa ação em conjunto é dado o nome de intersetorialidade.</p><p>PROMOÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR (PST)</p><p>Um dos grandes desafios na história das políticas de saúde tem sido a conceituação do que é saúde e do que é doença. Evoluímos desde o</p><p>conceito</p><p>negativista: a saúde é a ausência de doenças até o chamado conceito ampliado de saúde, vista como resultado das condições de vida.</p><p>Definir o que é saúde é fundamental para definirmos em que pontos deveremos intervir.</p><p>O surgimento do conceito de promoção da saúde ampliou o leque de oportunidades de intervenção no processo saúde-doença bem como dos</p><p>locais em que tais práticas podem ser aplicadas. A saúde do trabalhado, que até então era local de intervenções de prevenção, segurança,</p><p>tratamento etc., passou a incluir também práticas de promoção da saúde tais como atividade física, alimentação saudável, combate ao</p><p>alcoolismo etc.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A promoção da saúde está intimamente ligada ao estilo de vida da adoção de hábitos saudáveis. Desde 2006, o Sistema Único de Saúde (SUS)</p><p>possui uma política específica para esse campo.</p><p>A promoção da saúde do trabalhador e os programas de qualidade de vida do trabalho têm sido importantes fontes de discussão no mundo atual.</p><p>Todavia, já percebemos que transpor esse discurso para a prática tem se mostrado um grande desafio para os gestores.</p><p>Aplicar esses conceitos à prática exige de todos uma postura proativa do profissional de saúde e/ou de recursos humanos para mapear novos</p><p>riscos, estar atento às manifestações que possam advir do estresse crônico no trabalho, sensibilizar gestores etc.</p><p>OS GESTORES DEVEM ESTAR ATENTOS ÀS FORMAS VÁRIAS DE</p><p>ADOECIMENTO CRÔNICO, BEM COMO CERCAR-SE DE PROFISSIONAIS</p><p>ESPECIALIZADOS NO TRATO DESSAS QUESTÕES, CONSCIENTIZAR</p><p>SEUS PARES E SUBORDINADOS PARA A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS</p><p>PARA COM A SAÚDE, TER COMO UM VALOR DA CORPORAÇÃO O BEM-</p><p>ESTAR DE SEUS FUNCIONÁRIOS, GARANTIR RECURSOS</p><p>ORÇAMENTÁRIOS ESPECÍFICOS PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE NO</p><p>AMBIENTE DE TRABALHO, INCENTIVAR E DAR CONDIÇÕES PARA QUE O</p><p>FUNCIONÁRIO PARTICIPE DAS AÇÕES; O FUNCIONÁRIO DEVE TER UMA</p><p>ATITUDE PROATIVA E SE CONSCIENTIZAR DE QUE TAMBÉM É</p><p>RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO E MELHORIA DE SUA SAÚDE.</p><p>SIGNIFICADOS DE PST</p><p>A Organização Internacional para Promoção de Saúde no Trabalho (International Association of Worksite Health Promotion – IAWHP) e a Liga</p><p>Europeia para Promoção de Saúde no Trabalho (European Network For Workplace Health Promotion – ENWHP) definem o termo PST das</p><p>maneiras descritas a seguir.</p><p>IAWHP</p><p>[...] UM CONJUNTO CORPORATIVO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS E TÁTICAS QUE</p><p>BUSCA OTIMIZAR A SAÚDE DO TRABALHADOR E O DESEMPENHO DA</p><p>CORPORAÇÃO POR MEIO DE ESFORÇO COLETIVO QUE ENVOLVE OS</p><p>EMPREGADOS, OS FAMILIARES, OS EMPREGADORES, AS COMUNIDADES E A</p><p>SOCIEDADE COMO UM TODO.</p><p>OMS, 2010.</p><p>ENWHP</p><p>PST É ESFORÇO COMBINADO DE EMPREGADOS, EMPREGADORES E SOCIEDADE</p><p>PARA MELHORIA DA SAÚDE E DO BEM-ESTAR NO TRABALHO. ISSO PODE SER</p><p>ATINGIDO POR UMA COMBINAÇÃO DE: MELHORA NA ORGANIZAÇÃO E NO</p><p>AMBIENTE DE TRABALHO; PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO ATIVA;</p><p>ENCORAJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL.</p><p>OMS, 2010.</p><p>Na balança em que se equilibra de forma instável a saúde e a doença, o trabalho, até então um espaço onde somente havia doença e riscos,</p><p>passa a ser também o espaço da saúde. Numa visão hoje sonhadora, o trabalho poderá contribuir para ajudar em questões de saúde que têm</p><p>origem fora do ambiente do trabalho.</p><p>Para que um programa de promoção à saúde do trabalhador alcance o duplo resultado desejado, a melhoria da saúde dos trabalhadores e o</p><p>alcance dos objetivos das empresas são necessários para que tais programas sejam planejados com cuidado e permanentemente avaliados.</p><p>A avaliação do programa é uma etapa importante para detectar sua efetividade e deverá fornecer subsídios para seu aperfeiçoamento. É</p><p>também instrumento que servirá para “provar” ao gestor que os recursos empregados no PST valem à pena. Devem ser avaliados os aspectos</p><p>descritos a seguir.</p><p>PRÉ-TESTE</p><p>Aplicação das intervenções num pequeno grupo, para aperfeiçoamento das ações de intervenção.</p><p></p><p>AVALIAÇÃO DO PROCESSO</p><p>Identifica se as ações planejadas foram de fato executadas corretamente.</p><p></p><p>AVALIAÇÃO DO RESULTADO</p><p>Identifica se os resultados desejados foram de fato alcançados (ex.: redução do índice de massa corporal – IMC de trabalhadores acima do</p><p>peso).</p><p></p><p>AVALIAÇÃO ECONÔMICA</p><p>Avalia os custos do programa e os resultados alcançados. Existem várias formas de avaliar economicamente um programa</p><p>PST E OMS</p><p>A OMS descreve a promoção da saúde do trabalhador como um esquema complexo que relaciona quatro fatores principais:</p><p>Ambiente psicossocial de trabalho</p><p>Ambiente físico do trabalho</p><p>Recursos para a saúde pessoal</p><p>Envolvimento da empresa na comunidade</p><p>Os profissionais encarregados de desenvolver ações de PST deverão: mobilizar recursos, reunir pessoas, diagnosticar problemas, priorizar</p><p>objetivos, planejar ações, fazer e avaliar as ações planejadas e implantar ações de melhoria contínua. Todas essas ações deverão levar em</p><p>consideração valores éticos e incluir os trabalhadores no processo, que pode ser compreendido pela figura a seguir.</p><p>Imagem: OMS (2010, p. 13)</p><p> Desenvolvimento de ações de promoção da saúde.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A PARTIR DO NOSSO ESTUDO, AVALIE AS ASSERTIVAS A SEGUIR E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS.</p><p>I- PARA PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, OS GESTORES DEVEM ESTAR ATENTOS ÀS</p><p>FORMAS VÁRIAS DE ADOECIMENTO CRÔNICO.</p><p>PORQUE</p><p>II- PODERÃO IDENTIFICAR PRECOCEMENTE AS OPORTUNIDADES DE INTERVENÇÃO PARA PROMOVER</p><p>SAÚDE.</p><p>A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>A) As asserções I e II são proposições falsas.</p><p>B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>2. UM CONJUNTO DE AÇÕES QUE BUSCAM OTIMIZAR A SAÚDE DO TRABALHADOR E O DESEMPENHO DA</p><p>CORPORAÇÃO POR MEIO DE ESFORÇO COLETIVO QUE ENVOLVE OS EMPREGADOS, OS FAMILIARES, OS</p><p>EMPREGADORES, AS COMUNIDADES E A SOCIEDADE COMO UM TODO. QUE CONCEITO É ESSE?</p><p>A) Saúde do trabalhador.</p><p>B) Saúde ocupacional.</p><p>C) Promoção em saúde do trabalhador.</p><p>D) Qualidade de vida no trabalho.</p><p>E) Medicina do trabalho.</p><p>GABARITO</p><p>1. A partir do nosso estudo, avalie as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.</p><p>I- Para promover a qualidade de vida no trabalho, os gestores devem estar atentos às formas várias de adoecimento crônico.</p><p>PORQUE</p><p>II- Poderão identificar precocemente as oportunidades de intervenção para promover saúde.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.</p><p>A alternativa "B ","C " está correta.</p><p>O adoecimento crônico é resultado direto do estilo de vida das pessoas associado a fatores genéticos. Quando os gestores identificam esses</p><p>fatores podem criar formas de intervenção para promover saúde.</p><p>2. Um conjunto de ações que buscam otimizar a saúde do trabalhador e o desempenho da corporação por meio de esforço coletivo que</p><p>envolve os empregados, os familiares, os empregadores, as comunidades e a sociedade como um todo. Que conceito é esse?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A PST significa ir além da segurança e da prevenção em busca da “otimização” da saúde.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Saúde e doença são conceitos que fazem parte da vida cotidiana, mas que possuem definições fluidas que mudam ao longo da história e do</p><p>desenvolvimento do conhecimento científico.</p><p>Entender o que significa adoecimento em nosso tempo é importante para definirmos as medidas de proteção.</p><p>Neste conteúdo estudamos esses conceitos ao longo da história, bem como aprendemos a importância da epidemiologia no estudo dos fatores</p><p>determinantes e condicionantes.</p><p>Aprendemos também o conceito moderno de promoção da saúde e como qual sua interferência nas ações voltadas para a saúde do trabalhador.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. 8º Conferência Nacional de Saúde. In: Anais da 8º Conferência Nacional de Saúde. Brasília: MS, 1986.</p><p>BRASIL. Constituição Federal. Artigos 196, 197, 198, 199 e</p>

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