Logo Passei Direto
Buscar

APS - FISIOTERAPIA HOSPITALAR - 1 semestre

User badge image
joana silva

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>UNIVERSIDADE PAULISTA</p><p>Adryelle da Silva Rodrigues - G9832E0</p><p>Bruna Job Amorim Da Cunha - T2230G0</p><p>Camilly Oliveira Souza - G923HA8</p><p>Elizabete Fagundes Guimarães - R0375F3</p><p>Kezia Tameirão Lima - G947BH8</p><p>Nathalia Andrade Nascimento – G99DBB4</p><p>Raiane Barros de Sousa - G935DG6</p><p>Samuel Rodrigues de Oliveira - G99HAG3</p><p>Sérgio Hideto Fusiki - G00IHA1</p><p>Stephany Souza de Lima - R052CE0</p><p>Fisioterapia Hospitalar</p><p>Fisioterapia 1°Semestre</p><p>SÃO PAULO</p><p>2024</p><p>Adryelle da Silva Rodrigues - G9832E0</p><p>Bruna Job Amorim Da Cunha - T2230G0</p><p>Camilly Oliveira Souza - G923HA8</p><p>Elizabete Fagundes Guimarães - R0375F3</p><p>Kezia Tameirão Lima - G947BH8</p><p>Nathalia Andrade Nascimento – G99DBB4</p><p>Raiane Barros de Sousa - G935DG6</p><p>Samuel Rodrigues de Oliveira -G99HAG3</p><p>Sérgio Hideto Fusiki - G00IHA1</p><p>Stephany Souza de Lima - R052CE0</p><p>Fisioterapia Hospitalar</p><p>Trabalho de Atividade Prática</p><p>Supervisionada para obtenção da nota</p><p>da disciplina de APS Fisioterapia</p><p>apresentado à Professora da disciplina</p><p>de EHF.</p><p>Orientadora: Andréia Joaquim</p><p>São Paulo</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1</p><p>1.1 História da Fisioterapia.............................................................................................</p><p>1.2 História da Fisioterapia Hospitalar no Brasil............................................................</p><p>2. MÉTODO ................................................................................................................. 2</p><p>3. ENTREVISTA .......................................................................................................... 3</p><p>4. CONCLUSÃO GERAL.............................................................................................4</p><p>5. CONCLUSÕES INDIVIDUAIS...................................................................................</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA..........................................................................</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>1.1 História da Fisioterapia</p><p>A fisioterapia tem suas raízes na antiguidade. Período em quem médicos</p><p>utilizavam de recursos físicos já conhecidos como ferramenta terapêutica buscando</p><p>eliminar morbidades que acometiam o homem. Por volta de 2.600 a.C., os primeiros</p><p>registros de obras da cinesioterapia foram encontrados na China e na Índia,</p><p>respectivamente, como ginástica curativa que através de exercícios respiratórios e</p><p>movimentos do corpo buscava desobstruir órgãos e evitar a constipação. [1]</p><p>A Idade média, por sua vez, representa um período de estagnação do</p><p>desenvolvimento dos estudos da área da saúde. Esse fato está muito associado a</p><p>dominação da ordem social por conteúdos de caráter divino, influenciando até a</p><p>organização social da época. Nesse período, a atividade física se limitou ao ganho de</p><p>força e potência física, justificada pelos nobres pela necessidade de manutenção dos</p><p>bens e atividades de guerra e, também, como forma de lazer barato para as camadas</p><p>populares responsáveis pela força braçal da época. [1]</p><p>Nos séculos XV e XVI, com a influência do movimento renascentista, os</p><p>estudos relacionados a saúde do corpo são retomados com uma nova concepção, a</p><p>área da saúde passa a abranger não só o tratamento de morbidades, mas também a</p><p>manutenção do estado normal em indivíduos sãos. Dessa forma, a atividade física</p><p>assume o objetivo de manutenção da saúde, tratamento de enfermidades, reeducação</p><p>de convalescentes e correção das deformidades. Os estudos da área da saúde do</p><p>movimento humano passam então a ter uma definição mais próxima a modernidade</p><p>incluindo elementos relacionados a não doença em seus campos de desenvolvimento.</p><p>[1]</p><p>Entretanto é a partir das transformações geradas pela revolução industrial que</p><p>o objeto de estudo desse trabalho assume papel central na formação e estruturação</p><p>de estudos e serviços em saúde. Nesse contexto, ocorrem transformações sociais que</p><p>priorizam a produção em larga escala e determinam o crescimento de grandes</p><p>cidades, produzindo condições sanitárias precárias, condições de alimentação</p><p>insatisfatórias e jornadas de trabalho extenuantes que resultaram na proliferação de</p><p>novas doenças. A medicina então passa a se desenvolver impulsionada pelos surtos</p><p>de epidemias em direção ao tratamento de doenças e sequelas através do</p><p>atendimento hospitalar.</p><p>1.2. História da Fisioterapia Hospitalar no Brasil</p><p>A profissão de fisioterapeuta foi regulamentada no Brasil no dia 13 de outubro</p><p>de 1969 a partir do decreto de lei nº 938 que definiu que a fisioterapia era uma</p><p>profissão de curso superior com técnicas e conhecimentos privativos com a finalidade</p><p>de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. [2]</p><p>A história da profissão no país é muito estudada e foi fortalecida pela criação</p><p>do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) em 1970.</p><p>Embora os meios legais e institucionais sejam elementos indiscutíveis na origem e</p><p>valorização da profissão, outros aspectos e elementos socioculturais podem ser</p><p>destacados para o crescimento da atuação do fisioterapeuta no âmbito hospitalar.</p><p>Segundo Barros [2], as epidemias de poliomielite influenciaram fortemente o</p><p>desenvolvimento da fisioterapia no Brasil e no mundo. Essa doença viral, que atingiu</p><p>principalmente crianças, causou morte e deixou sequelas respiratórias,</p><p>musculoesqueléticas e neuro motoras em milhares de crianças.</p><p>No Brasil, a partir da década de 1930 diversas capitais foram fortemente</p><p>afetadas pela paralisia infantil. Segundo inquérito sorológico realizado no Rio de</p><p>Janeiro em 1956, descritos por Nogueira e Risi [3], 60 a 70% dos casos conhecidos</p><p>de paralíticos por consequência da pólio tinham condições socioeconômicas mais</p><p>elevadas.</p><p>Essa característica epidemiológica da doença promoveu a comoção social de</p><p>categorias influentes como médicos, indústrias, banqueiros, comerciantes e da elite</p><p>financeira do país, principalmente mulheres. Dessa forma, diferentes setores da</p><p>sociedade se mobilizaram com o objetivo de promover a recuperação das vítimas da</p><p>paralisia infantil culminando na criação da Associação Brasileira Beneficente de</p><p>Reabilitação (ABBR) em 1956. [2]</p><p>Dessa forma, pode-se dizer que a fisioterapia no contexto hospitalar se</p><p>estabeleceu também como em função da epidemia de poliomielite e posteriormente</p><p>da necessidade de reabilitação das consequências da doença em crianças de classe</p><p>média e alta na década de 1930, fundamentadas em iniciativas filantrópicas e pressão</p><p>política de classes influentes no país. [2]</p><p>1.3 Escopo de Atuação do Atendimento Hospitalar</p><p>Com o estabelecimento da profissão dentro dos hospitais e o desenvolvimento</p><p>técnico e acadêmico dos profissionais de fisioterapia, o escopo de atuação do</p><p>atendimento hospitalar se ampliou para atenção em diversas condições de saúde e</p><p>diferentes sistemas do corpo humano. [1] Pode-se destacar as áreas relacionadas ao</p><p>sistema cardiovascular, respiratório, motor, neurológico e, mais recentemente,</p><p>Dermatofuncional na recuperação de queimados, principalmente. Os setores de</p><p>atuação, por sua vez, são diversos e vão desde a área administrativa, até o</p><p>atendimento ambulatorial de UTI Adulta e pediátrica. [4]</p><p>A fisioterapia respiratória envolve um conjunto de técnicas manuais com o</p><p>objetivo de mobilizar secreções, aumentar o volume pulmonar, melhorar a</p><p>oxigenação, promover a reexpansão pulmonar, diminuir o trabalho respiratório,</p><p>reeducando as funções desse sistema e prevenindo complicações. Segundo Dias et</p><p>al. [5] as intervenções da fisioterapia respiratória podem ser divididas em duas partes:</p><p>assistência na remoção de secreções e promoção da expansão pulmonar, podendo</p><p>ser aplicadas em um mesmo paciente.</p><p>As mobilizações são técnicas fundamentais na atuação do profissional</p><p>de</p><p>fisioterapia para pacientes internados e compreendem atividades físicas suficientes</p><p>para produzir adaptações fisiológicas agudas com o objetivo de melhorar parâmetros</p><p>e funções do sistema respiratório. [5]</p><p>A especialidade de fisioterapia cardiovascular foi reconhecida oficialmente pelo</p><p>COFFITO 2015. O fisioterapeuta com tal especialidade atua nos hospitais</p><p>principalmente em unidades de tratamento intensivo (UTI) em pacientes que sofreram</p><p>infartos e intervenções médicas e cirúrgicas como angioplastias. O escopo de</p><p>atuação, no entanto, está muito relacionado as técnicas e práticas respiratórias,</p><p>podendo, muitas vezes, ser denominada como fisioterapia cardiorrespiratória. Além</p><p>disso, há um papel importante do fisioterapeuta com relação as orientações e</p><p>promoção de bons hábitos em saúde para o paciente pós alta. [6,7].</p><p>Pacientes em internação comumente apresentam perda de massa muscular,</p><p>flexibilidade e equilíbrio. Esses déficits geram graves consequências na autonomia e</p><p>qualidade de vida dos pacientes. Quadros de imobilidade prolongada, traumas e pós-</p><p>operatórios diversos muitas vezes requerem uma avaliação fisioterapêutica</p><p>minuciosa, terapias de mobilização ativa e passiva do paciente e orientações de</p><p>hábitos em saúde buscando manter ou recuperar funções musculoesqueléticas. [4]</p><p>O reconhecimento da pediatria como uma especialidade da fisioterapia, é</p><p>conflituoso. O COFFITO não cita entre as especialidades da profissão a pediatria e</p><p>neonatologia. Entretanto em 2017 o órgão promoveu o exame de título de especialista</p><p>para fisioterapeutas contemplando dez especialidades, entre elas a Terapia Intensiva</p><p>– Neonatologia e Pediatria; Neurofuncional – na Criança e no Adolescente. A atuação</p><p>nichada para esse tipo de paciente é comum e muito presente no ambiente hospitalar</p><p>pela estrutura logística de hospitais que se dividem de acordo com a especialidade</p><p>médica. [8,9]</p><p>A fisioterapia hospitalar é, portanto, uma área muito ampla e importante para o</p><p>sistema de saúde. Esse trabalho tem como objetivo esclarecer as possibilidades de</p><p>atuação do profissional fisioterapeuta e conhecer, por meio de entrevista, aspectos</p><p>diversos da formação e da rotina de uma profissional da área.</p><p>2. MÉTODO</p><p>Para o desenvolvimento desse trabalho o grupo se reuniu com uma profissional</p><p>fisioterapeuta que atua no hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo. A</p><p>profissional assinou termo de consentimento para uso das informações, imagens e</p><p>áudio da entrevista para usos acadêmicos (anexo A) bem como seu currículo com</p><p>descrição de formação completa e experiência profissional (anexo B).</p><p>O modelo de entrevista escolhido foi uma entrevista semiestruturada com perguntas</p><p>abertas. A entrevista foi gravada e editada para apresentação em sala de aula e</p><p>transcrita integralmente nesse documento.</p><p>3. ENTREVISTA</p><p>ELIZA: Bom, bom dia. Bom dia! Em primeiro lugar, queria agradecer muito, Paloma,</p><p>por você ter tirado esse tempo aí pós plantão para falar com a gente. A gente vai fazer</p><p>hoje uma entrevista. A gente quer entender um pouco da sua vida, da sua atuação,</p><p>da fisioterapia e como você vê esse mundo hoje. E algumas perguntas a gente vai</p><p>fazendo aqui, mas eu já vi que você tem muitas histórias para contar. Então, no meio</p><p>do caminho a gente vai emendando e algumas perguntas espontâneas aí. E em</p><p>primeiro lugar, eu queria que você se apresentasse e falasse um pouquinho de quem</p><p>você é e como foi o seu caminho até a fisioterapia. E aí a gente começa.</p><p>PALOMA: Bom dia, meu nome é Paloma e eu, Como eu estava comentando um</p><p>pouquinho antes de iniciar a entrevista, eu era atleta, ginasta e treinei dos meus 04</p><p>aos 14 anos de idade e chegando nos 14 anos de idade. Treinamentos intensos,</p><p>competições intensas, comecei a me machucar e fui cair na fisioterapia como é</p><p>paciente, né. E terminei minha carreira como atleta e quando eu finalizei o ensino</p><p>médio eu falei preciso fazer alguma coisa. Tinham três opções na minha cabeça, né?</p><p>Fisioterapia, Educação Física ou Nutrição. Fiz o técnico Nutrição, falei não é bem isso</p><p>que eu quero para mim e aí eu optei por fazer fisioterapia, me formei em 2011 e não</p><p>me arrependo da minha opção, porque eu sou apaixonada pelo que eu faço, hoje em</p><p>dia estou muito encaixada, assim falo. Hoje em dia eu penso não sei o que eu faria se</p><p>eu não fizesse fisioterapia.</p><p>ELIZA: A gente fez uma brincadeirinha, né? Com certeza você é da área da saúde</p><p>assim. E aí, pensando nesse sentido, você se formou em fisio e tudo mais. Queria que</p><p>você falasse um pouco para gente das suas especializações. Você tem uma pós-</p><p>graduação? Como que foi esse caminho depois que você se formou? Como ficou a</p><p>sua educação nesse sentido.</p><p>PALOMA: E então, durante a faculdade eu percebi que a fisio não era só ortopedia,</p><p>né? Que eu pensei quando eu entrei na faculdade, que eu ia trabalhar com ortopedia</p><p>ou com esporte. Vi que tinha um leque muito grande de áreas que eu podia trabalhar.</p><p>Mas quando você sai da faculdade, você sai um pouco confuso mesmo, de o que eu</p><p>vou fazer agora. Já tinha feito, minha faculdade era praticamente integral, então eu</p><p>tinha feito três anos de estágio assim, bem árduo. Tinha feito um centro de reabilitação</p><p>trabalhado com reabilitação neurológica, mas ainda não estava muito bem</p><p>encaminhada. Quando eu saí da faculdade, eu de verdade, não tinha muita grana para</p><p>bancar uma pós de cara, né? Banquei toda minha faculdade, estava zerada. Preciso</p><p>trabalhar, vou fazer alguma coisa. Comecei onde? A maioria começa Home Care.</p><p>Comecei a trabalhar no Home Care, trabalhei um ano com home Care. Assim, das</p><p>07h00 às 19h00 ou 20h00. Era o dia inteiro rodando de carro para cima, para baixo,</p><p>para cima e para baixo, mas com a base que eu tinha na faculdade, antes desse um</p><p>ano que eu passei, como eu falei. Eu comecei já a me deparar com alguns casos que</p><p>eu achava muito complexo e que eu não ia dar conta só com a bagagem da faculdade.</p><p>PALOMA: A gente passa quatro anos estudando, mas quando a gente termina a</p><p>faculdade, a gente se vê de frente com o paciente. A gente fala meu Deus, o que que</p><p>eu faço? E eu, mesmo assim, mesmo tendo me formado em 2011, hoje em dia a gente</p><p>ainda se depara com um ou outro caso que a gente precisa conversar com o colega,</p><p>entrar num grupo de estudos, enfim. Aí eu falei vou começar a fazer uma pós, vou</p><p>fazer a pós na área que eu estou trabalhando hoje em dia, que vai me ajudar. Aí eu</p><p>comecei a fazer terapia... Como eu tinha muitos pacientes respiratório, pacientes em</p><p>dependência de ventilação mecânica, comecei a fazer a pós em terapia intensiva,</p><p>então fiz a pós em terapia intensiva cardioresp e a pós abrangia tanto o público adulto</p><p>quanto pediátrico. Terminei a pós, entrei no hospital, larguei Home Care, graças a</p><p>Deus. Falei ufa! Não, não, não falando mal assim do Home Care. Eu trabalhei um ano</p><p>no Home Care, eu conheci muita gente, eu aprendi muito e muitas histórias de vida e</p><p>foi o que me ajudou para eu estar onde eu estou hoje mesmo.</p><p>ELIZA: Muito puxado a rotina</p><p>PALOMA: Rotina, a rotina puxada. Mas a desvalorização dos convênios é o que mais</p><p>pega. Então atendia paciente a R$11,00. Imagina você sair de casa, isso era em 2011,</p><p>né? Você sair de casa, pegar seu carro, gastar gasolina para atender um paciente por</p><p>R$11,00. Mas ainda assim eu ia. Era o que eu tinha no momento, então eu trabalhava</p><p>o dia inteiro para fazer ali um dinheirinho para eu pagar minha pós, que era o que eu</p><p>queria. Aí eu fiz a pós, terminei a pós. Antes um pouquinho de terminar a pós, a gente</p><p>vai conversando com um amigo, com o outro. Entrei no hospital e aí, depois disso, a</p><p>vida caminhou, sabe. O hospital é uma área assim que nunca falta, né? Por mais que</p><p>tenha muitos fisioterapeutas é uma área que eu não digo que está saturada. E aí, em</p><p>2014 prestei uma prova e entrei nesse hospital onde eu estou até hoje. Entrei num</p><p>hospital</p><p>um pouquinho maior, com uma remuneração um pouquinho maior.</p><p>SÉRGIO: Lá no Beneficência Portuguesa?</p><p>PALOMA: Isso. Hoje eu trabalho na Beneficência Portuguesa desde 2014. Ainda</p><p>assim, continuei trabalhando e atendendo alguns pacientes particulares, porque daí</p><p>já não eram mais o Home Care. Trabalhando no hospital, a gente acaba abrindo um</p><p>leque, um leque um pouquinho maior, porque você conhece um paciente que teve alta</p><p>e precisa ainda de um pouquinho de terapia. “Você me atende em casa?”, eles falam,</p><p>então você acaba criando oportunidades. E dentro do hospital eu entrei trabalhando,</p><p>atendendo pacientes adultos. Então, trabalhava no ambulatório na unidade de</p><p>internação. Eram pacientes um pouco mais tranquilos, mas ainda não era exatamente</p><p>o que eu queria. Eu queria usar o que eu tinha aprendido na pós. Não demorou muito,</p><p>eu fui para uma UTI Cardiológica. Atendi um tempo lá numa UTI Cardiológica, uma</p><p>UTI bem grande, né? Fazia, sei lá, 12, 13 cirurgias de revascularização por dia. A</p><p>gente iniciava o plantão à tarde, a UTI praticamente vazia, aí iam chegando os</p><p>pacientes, a gente fazia os atendimentos, fazia as extubações, terminava o dia com</p><p>um monte de pacientes na UTI para o dia seguinte tentar e ir encaminhando esses</p><p>pacientes para enfermaria e no dia seguinte entrar novos pacientes. Bem puxado</p><p>assim, mas era ali, eu estava me enxergando, me encontrando. Mas ainda não era</p><p>exatamente o que eu queria.</p><p>ELIZA: A gente já vai perguntar um pouco mais de como é a UTI, como que você</p><p>chegou. Mas eu queria saber, assim que terminou a sua pós você fez outros cursos?</p><p>Como que ficou essa questão de cursos? Às vezes tem algumas técnicas nesses</p><p>cursos de extensão. Você fez algum? Você consegue usar eles no seu dia a dia?</p><p>Como que fica então depois?</p><p>PALOMA: Depois que eu fui para UTI cardiológica do lado tinha uma UTI pediátrica,</p><p>cardiológica pediátrica, eu falava eu quero trabalhar com criança. Só que eu não ia</p><p>dar a cara e trabalhar... a gente procura, né, fazer o melhor, você não vai fazer e você</p><p>não vai lá dar a cara a tapa. E é uma vida, né? Então eu fui fazer a pós em pediatria,</p><p>então eu fiz uma outra pós em pediatria e neonatal.</p><p>NATHALIA: Então são duas pós!</p><p>PALOMA: Por ora eu fiz a pós em ped e neo. Aí não demorou muito, pediatria é uma</p><p>área que no hospital ou as pessoas amam ou as pessoas não querem nem pisar. Com</p><p>certeza tem medo. E ainda mais lá que a gente é uma UTI, que ela é referência, é de</p><p>cirurgia cardíaca, pediátrica, então as crianças são crianças muito graves. Estando lá,</p><p>eu comecei a ver uma outra demanda, as crianças internavam, as crianças nasciam</p><p>com a cardiopatia congênita e faziam toda a cirurgia, algumas cirurgias são ciclos de</p><p>cirurgia. Então tem cirurgias que as crianças que nascem, por exemplo, com</p><p>hipoplasia do coração esquerdo, elas nascem sem o lado esquerdo do coração</p><p>funcionando. Então elas precisam fazer pelo menos 3 etapas de cirurgia e são</p><p>crianças que ficam meses com a gente no hospital, nasce lá, faz a primeira cirurgia</p><p>ainda nas primeiras horas de vida, porque senão não sobrevive a maioria, né? E então</p><p>faz a primeira etapa, tem que esperar crescer um pouquinho, faz a segunda etapa aí</p><p>às vezes a cirurgia vai bem, a criança até consegue ir para casa, mas tem as</p><p>intercorrências, não tem como, por mais que seja uma UTI, com a equipe</p><p>extremamente preparada, tem as intercorrências. Tem parada cardíaca. Tem hipóxia.</p><p>E aí eu vi que as crianças começavam a apresentar por tempo de internação, déficits</p><p>motores, por conta até da parte neurológica, né? As nossas crianças lá, elas saturam</p><p>muito baixo, o ótimo de saturação lá é 75 a 85, saturou 75. A gente está no lucro.</p><p>ELIZA: Comemorando.</p><p>PALOMA: Comemorando! A gente está feliz, está saturando 75 está dentro do</p><p>padrão, a depender da cardiopatia, né? E aí eu vi que essas crianças tinham essa</p><p>demanda e eu falei ainda eu preciso fazer alguma coisa, não é possível. Aí eu fui fazer</p><p>um outro aprimoramento. Aí eu fiz um aprimoramento em um lugar que chama Instituto</p><p>Prado. É um lugar bem legal, uma clínica bem legal que eles depois de muito tempo,</p><p>muitos funcionários trabalhando lá, eles criaram um centro de estudos, e aí eu fiz mais</p><p>um ano e meio de aprimoramento em neuropediatria.</p><p>ELIZA: Então a gente tem aí a UTI já pensando na Ped e ainda trouxe essa questão</p><p>da neuro, o que é bem legal, né? Porque a gente escolheu falar da hospitalar, mas a</p><p>fisioterapia a gente segmenta, mas não separa. Não tem como pensar que o paciente</p><p>vai passar só com demandas respiratórias, só com demandas ortopédicas. Isso é</p><p>muito legal de perceber nesse seu relato. E só para a gente contextualizar um</p><p>pouquinho da sua atuação, eu queria que você dissesse para a gente qual, como que</p><p>é o tipo de atendimento. Você está lá dentro do hospital, vocês atendem mais</p><p>convênio? Mais particular? Tem atendimento pelo SUS? Como que isso funciona lá</p><p>dentro?</p><p>PALOMA: Lá no hospital hoje em dia é um hospital que é filantrópico e há um tempo</p><p>atendia se bastante, crianças que vinham do SUS, vinham de outros estados, vinham</p><p>de outros países inclusive. Mas hoje em dia foi cortado um convênio que o hospital</p><p>tinha com o governo federal por conta de valores em si. Não entro em méritos porque</p><p>também a gente está lá para fazer... eu estou lá para fazer meu serviço. Eu não sei</p><p>nem quanto que o hospital ganha por atendimento.</p><p>ELIZA: Você estava falando que não sabe nem quanto o hospital recebe.</p><p>PALOMA: Eu não sei, a gente não sabe de verdade como que é a receita do hospital,</p><p>mas a gente sabe que a tabela que o SUS paga é uma tabela abaixo da tabela do</p><p>convênio ou uma tabela abaixo do que os pacientes que aqui internam particular</p><p>pagam. De forma particular paga. Realmente eu não sei em relação a valores e então</p><p>hoje em dia não atende se mais na pediatria a gente tinha uma expectativa de atender.</p><p>Só se eu não me engano esse ano, sete crianças do SUS, mas eram crianças que</p><p>estavam nessa fase de etapas da cirurgia. Já tinham sido feitas outras etapas e elas</p><p>iriam voltar esse ano para finalizar o tratamento, mas que daqui para frente, até onde</p><p>a gente sabe, se não for feito mais nenhum contrato, aí era isso. E daí em diante só</p><p>seriam atendidos pacientes de convênio e particular.</p><p>NATHALIA: Nossa, que triste né? Uma coisa tão importante assim, você falou que</p><p>um pouco antes da entrevista começar que vinha gente da Venezuela de tanta coisa</p><p>e acabar assim.</p><p>PALOMA: E o mais triste é saber para onde essas crianças estão indo e se elas estão</p><p>sobrevivendo, nesse meio de caminho eu trabalhei um tempo. Eu saí no final do ano</p><p>passado de um hospital SUS também em São Bernardo, que atendia o mesmo público</p><p>crianças cardiopatas, só que assim uma UTI muito menor, a gente via que as crianças</p><p>chegavam muito tarde lá. Então, às vezes o que precisava ser resolvido nos primeiros</p><p>dias de vida, criança chegava com meses lá e aí acaba que tudo fica mais complicado,</p><p>né? A cirurgia...</p><p>ELIZA: Os agravos já têm ali seus efeitos de longo prazo.</p><p>PALOMA: Então quando eles falaram não vai ter mais o atendimento do SUS a</p><p>primeira coisa que a gente pensa é para onde vão esses pacientes, né? Essas</p><p>crianças vão ter chance de sobrevida? A gente não sabe né.</p><p>ELIZA: E isso é bem triste e agora a gente queria saber um pouco de como é o seu</p><p>dia e o seu atendimento. Então, se você puder contar um pouco de como é um dia</p><p>de plantão e como é a sua interação com o paciente, assim se tem uma avaliação,</p><p>como que isso acontece? O que vocês consideram ali na hora que está ali você e o</p><p>paciente?</p><p>PALOMA: Bom, complexa né?</p><p>ELIZA: Complexa!</p><p>PALOMA: Que é muita coisa...</p><p>ELIZA: Vamos começar com o dia de plantão.</p><p>PALOMA: A gente começa o plantão pegando o plantão do colega, que a gente</p><p>espera que o colega faça o plantão certinho e adequado</p><p>para a gente. Geralmente o</p><p>pessoal passa o plantão bem legal, mas uma vez ou outra ainda fica uma coisinha</p><p>assim que você fala “Poxa o coleguinha podia ter contado isso”, mas enfim, a gente</p><p>começa o dia na verdade eu começo a noite que eu trabalho a noite pegando o</p><p>plantão. É a rotina mesmo, a gente tem na UTI lá tem 33 leitos, não são os 33 leitos</p><p>que as crianças têm atendimento noturno e não são os 33 leitos que as crianças têm</p><p>atendimento de fato. Tem criança que às vezes não ou não tem indicação de fazer a</p><p>fisio ou às vezes tem, sei lá, uma disfunção cardíaca tão importante que é melhor ela</p><p>ficar quietinha lá no canto dela fazer o repouso e esperar o procedimento. Então a</p><p>gente pega o plantão de todas as crianças, a gente precisa conhecer todos os</p><p>pacientes independente de eles estarem com atendimento ou não. Então a gente</p><p>pega, quer saber o diagnóstico como que foi o dia, né? E tudo mais. Depois disso a</p><p>gente vai dar uma enxugada e ver quais os pacientes que são elegíveis para o</p><p>atendimento, geralmente pelo menos lá a gente usa sistema. No sistema já tem a</p><p>gente programa dois, três, quatro atendimentos para cada paciente a depender da</p><p>gravidade. E aí a gente divide daquelas crianças para a quantidade de fisioterapeutas</p><p>que tem e vamos para os atendimentos.</p><p>ELIZA: Desculpa te interromper, mas é o suficiente? Você falou que são 33 crianças</p><p>que vocês programam em quatro atendimentos, às vezes para cada criança. E aí</p><p>divide nesses fisios? É o suficiente? Vocês conseguem dar conta? Como que é isso?</p><p>PALOMA:A gente consegue, tinha uma época que a gente acabava deixando muita</p><p>demanda de atendimento, hoje em dia eu acho que está um número ok. O CREFITO,</p><p>pede que seja um fisioterapeuta a cada dez pacientes dá para dar conta, assim a cada</p><p>dez pacientes que fala não são dez pacientes com atendimento, então a cada dez</p><p>leitos. Então, se dos dez leitos não são os dez que tem atendimento, então dá para</p><p>dar conta e a equipe auxiliando também ajudando, tem um dia ou outro que vai ser</p><p>mais apertado, que vai ter uma intercorrência. Mas assim a gente tem que entender</p><p>que a gente está numa unidade de terapia intensiva então isso acontece mesmo. Mas</p><p>dá para dar conta, sim.</p><p>ELIZA: Pelo que você está falando, essa parece ser a parte mais diferente de estar</p><p>trabalhando no hospital, porque acontecem as intercorrências e vocês tem que lidar</p><p>com aquelas situações assim. É isso mesmo?</p><p>PALOMA: Sim, é isso mesmo.</p><p>NATHALIA: Dizem que tudo que dá para dar ruim da noite.</p><p>PALOMA: Olha que faz bastante tempo que a gente não tem intercorrência a noite eu</p><p>não vou nem falar muito alto porque vai que o universo ouve aí vai dar ruim no próximo</p><p>plantão.</p><p>ELIZA: Eu tenho um amigo que fala que nunca pode reclamar que o plantão está</p><p>muito cheio. Nem muito vazio.</p><p>PALOMA: Não, a gente não comenta. A gente olha um para o outro, fala gente, mas</p><p>fica quieto, não fala nada porque né? Enfim... Mas a gente é um número bom assim,</p><p>são 33 leitos, três fisios, não são todos que tem atendimento... No adulto é um</p><p>pouquinho diferente, porque assim você vai e atende o paciente, você só vai precisar</p><p>fazer um atendimento ou outro se der realmente uma intercorrência. Na pediatria é</p><p>um pouquinho mais difícil em relação à contagem de atendimentos, porque as mães</p><p>ficam juntas e às vezes elas falam “Ai, tem como você dar uma olhadinha que eu tô</p><p>achando que ele não tá muito legal?”. Então assim, a gente acaba voltando muito mais</p><p>vezes no paciente do que em um paciente adulto. Mas dá para dar conta sim, com</p><p>esse número dá para dar conta.</p><p>ELIZA: Entrou ali para fazer o atendimento no paciente como que é? O que você</p><p>olha primeiro?</p><p>PALOMA: Hemodinâmica.</p><p>PALOMA: Primeiro, antes de você chegar ao paciente a gente olha exame, a gente</p><p>tem que sempre ficar atento. Gasometria, se o paciente está em ventilação mecânica,</p><p>a gente vê gasometria, vê os exames laboratoriais para ver se a criança tem algum</p><p>risco de sangramento e ver se a criança tem alguma alteração neurológica que a gente</p><p>tem que ficar atento também e tudo isso a gente queira ou não, a gente já vai</p><p>passando, já vai pegando durante a passagem de plantão. Geralmente os exames</p><p>são feitos, rotina de quase todos os hospitais por onde eu já passei, que eu entrei em</p><p>2014 aqui e eu já passei por alguns outros hospitais associando mais de um serviço.</p><p>Geralmente a rotina é de manhã, mas se é uma criança mais grave, uma, sei lá, uma</p><p>cirurgia que entrou no centro cirúrgico de manhã e saiu de tarde, aí tem alguns exames</p><p>que são feitos em horários aleatórios, mas geralmente a rotina é feita de manhã.</p><p>Então, quando a gente chega à noite, um ou outro paciente que vai ter um exame</p><p>novo. Exceto os graves, mas a gente olha para ver se tem risco de sangramento, para</p><p>ver se a gaso está ok, se tem algum ajuste ventilatório que a gente precisa fazer. E aí</p><p>chegou ao leito a gente vai ver hemodinâmica, tem condições de eu pôr a mão nesse</p><p>paciente? Tem frequência cardíaca boa para eu pôr a mão? Está fazendo uma</p><p>taquicardia, precisa resolver isso antes ou está com uma frequência baixa? Precisa</p><p>resolver isso antes? Uma PA alta uma PA baixa, né? A pediatria, geralmente, a gente</p><p>vai meio que apagando fogo, porque a gente entra, pega o plantão falam “Oh fisio,</p><p>você pode atender minha criança?” Que as técnicas adotam as crianças e falam “Você</p><p>pode atender meu filho?” E a gente vai ainda mais lá, né, que as crianças têm essas</p><p>quedas de saturação que é muito abrupta. Imagina! Elas já saturam 75, quando cai à</p><p>saturação cai para 40 então você corre porque senão a criança para.</p><p>PALOMA: Precisa dar uma olhadinha na hemodinâmica.</p><p>ELIZA: E se está tudo em condições ali você pode fazer uma intervenção, o que você</p><p>faz? Porque eu imagino que são pacientes que não vão ficar de pé. Como que é essa</p><p>manipulação do paciente?</p><p>PALOMA: Os pacientes ficam de pé.</p><p>ELIZA: Ficam?</p><p>PALOMA: Os meus bebezinhos, claro que não, né? A gente vai, na verdade assim,</p><p>estudando desenvolvimento motor, a gente vai fazer a estimulação motora conforme</p><p>a idade e os marcos motores para a idade deles. Mas igual eu falei, tem as crianças</p><p>maiores que já passaram por etapas mais anteriores e são maiorzinhas, que já andam</p><p>ou às vezes não andam, mas está numa fase que deveriam andar que deveria ficar</p><p>de pé. Então a gente põe em pé, a gente põe para andar, hoje era por volta de uma</p><p>00h30 e eu estava andando com a Pituca de um ano e três meses. A gente tem</p><p>cestinha de basquete dentro da UTI, a nossa UTI é bem legal e bem equipada. Então</p><p>a gente vê qual é a prioridade, às vezes você entra no leito e vê que a criança está</p><p>com quadro respiratório muito secretiva, cansada, desconfortável, saturação baixa,</p><p>faça o respiratório primeiro e depois você vai ver se você tem condições, se melhorou.</p><p>Se estiver ok, tem condições de fazer uma motora? Se têm, a gente faz. Lá a gente</p><p>tem muito isso de mobilização precoce, mobilização precoce, mobilização precoce,</p><p>tirar a criança do leito o quanto antes, ainda bebezinho, tira do leito, põe no colo da</p><p>mãe, tira do leito, põe na rede. Tem rede lá, a gente pendura os bebês na rede e eles</p><p>ficam lá com os pezinhos balançando na rede. Então precisa fazer estimulação, mas</p><p>tem que ver a questão se há condições para isso. E tem crianças que às vezes você</p><p>chega, a criança está ok, então já vamos começar pela motora, já vamos pôr no chão,</p><p>já vamos andar. Ou é bebezinho que dá para fazer, né?</p><p>PALOMA: Outra coisa que a gente precisa ficar muito atento, dispositivos. Porque a</p><p>criança está lá, às vezes é uma criança, por exemplo, pós-operatório, a maioria dos</p><p>pós-operatórios a gente recebe a criança com o peito aberto, vem uma telinha lá ou</p><p>às vezes até vem um curativo com gaze, mas o peito está aberto, então você não vai</p><p>fazer muita coisa com essa criança. Você vai só dar uma ambusada</p><p>e aspirar, você</p><p>não pode manipular, tem um risco muito grande de sangramento. Aí tem as crianças</p><p>com dreno, dreno de mediastino você vai pôr a criança em pé? A gente não põe,</p><p>sentado, a gente também não põe. Agora, se é um dreno pleural, tudo bem. Você tem</p><p>que tomar muito cuidado com isso em relação ao dispositivo e que seja um acesso,</p><p>às vezes a criança está só com acesso, hoje a gente estava com uma lá que ela estava</p><p>realmente só com um acesso, só que aquele acesso era vida dela, se ela perder</p><p>aquele acesso, ela não conseguiu no centro cirúrgico pegar um acesso central, então</p><p>se ela perder aquele acesso e tiver qualquer intercorrência, aquele acesso é a vida</p><p>dela. Então a gente tem que tomar cuidado em relação a isso, tendo condições e sem</p><p>estar com peito aberto, sem estar com dreno de mediastino a gente faz tudo, rola</p><p>criança, põe sentada, põe em pé, põe no colo da mãe, põe na rede, põe no bumbo,</p><p>põe em cadeirinha, bebê conforto a gente tem. Tudo para tentar tirar aquela criança</p><p>do imobilismo.</p><p>ELIZA: Estimular ao máximo. A gente sabe que no hospital tem diversos profissionais,</p><p>diversas especialidades, trabalhando junto e tudo mais e a gente queria saber quais</p><p>especialidades, quais profissionais que você mais tem esse contato diário que você</p><p>mais faz esse acompanhamento do paciente? Com quem você mais troca as</p><p>figurinhas ali no dia a dia?</p><p>PALOMA: O tempo todo com a equipe de enfermagem, né? O tempo todo, porque</p><p>você vai lá atender o paciente, elas estão lá no pé do paciente. Então a primeira coisa,</p><p>eu sempre pergunto para as meninas “Eu posso atender?” Porque às vezes você vai</p><p>atender o paciente tem um banho programado, a gente tem que estar muito ligado</p><p>com a equipe também, né? E a equipe médica, né? Eles estão lá também o tempo</p><p>todo, só que a equipe de enfermagem eu digo que muito mais porque elas precisam</p><p>saber tudo, fez cocô, fez xixi, está sudoreíco ou não está, porque elas ficam ali no pé.</p><p>A equipe médica fica no posto, tem um monitor ali que eles conseguem acompanhar</p><p>a hemodinâmica do paciente, mas quem está olhando para o paciente praticamente</p><p>24 horas é a enfermagem se sai uma, a outra fica ali vigiando a criança. Então elas</p><p>são extremamente importantes, o povo não tem noção o quanto elas são importantes</p><p>para o tratamento desses pacientes.</p><p>PALOMA: Muito! E a gente também depende muito delas.</p><p>ELIZA: O pós-pandemia abriu um pouco os olhos do pessoal para a atuação de toda</p><p>a equipe de saúde, mas acho que principalmente para a enfermagem e ainda assim</p><p>é pouco, né? Perto do trabalho que elas fazem.</p><p>PALOMA: Sim.</p><p>ELIZA: Por curiosidade agora, você mencionou aí que o CREFITO tem essa</p><p>regulação de um fisioterapeuta a cada dez leitos. Alguma vez você já precisou entrar</p><p>em contato com o CREFITO ou já teve visita? Como que funciona a correlação com o</p><p>CREFITO e a atuação no hospital?</p><p>PALOMA: Contato eu nunca precisei entrar, para denúncia, nada assim grave. Visita</p><p>a gente tem sempre com frequência, é um ou outro fisio que sai do hospital e faz</p><p>alguma denúncia, aí eles vão lá para dar uma verificada. A última vez eles vieram, eu</p><p>não sei ao certo para que que era, mas assim, coisas que a gente fala “Sério? Não</p><p>pode isso?” Por exemplo, você vai atender a criança e tem um pufezinho lá de uma</p><p>bombinha para fazer e às vezes um ou outro ao fazer um atendimento, fazer um pufe.</p><p>A gente não pode, é medicação, né? Então eles ficam muito em cima disso. É</p><p>atribuição da fisio ou, não é? Então você vai fazer o que é a sua atribuição, o que não</p><p>é sua atribuição não, não faça.</p><p>NATHALIA: Existe sim um acompanhamento de perto.</p><p>PALOMA: Existe. Nunca precisou, por exemplo, de eles chegarem lá e aí, me dá a</p><p>sua carteirinha. Mas eles ficam bem em cima, pelo menos hospital eles ficam bem em</p><p>cima e até no outro serviço que eu trabalho que é um ambulatório, eles vão sim fazer</p><p>visita.</p><p>ELIZA: É... Bom, o que a gente queria saber agora? Essa pergunta polêmica. Quais</p><p>são as suas queixas com relação à profissão hoje? O que você pode dizer com relação</p><p>à fisioterapia que realmente te deixa insatisfeita ainda na profissão?</p><p>PALOMA: Bom, o Sérgio tinha até perguntado em relação a valores, né? A gente</p><p>falou assim é verdade mesmo que fisio não ganha bem, né? E eu falei que em partes,</p><p>né, que você até consegue ganhar uma grana e tal, você tem que ter seu diferencial,</p><p>mas assim você tem que lutar muito para você ter o diferencial e ser valorizado, né?</p><p>Por mais que na pandemia a gente teve toda aquela né? Passava na televisão,</p><p>campanha não sei o quê e tal. No final das contas, todo mundo esqueceu um pouco,</p><p>né? Então uma das queixas é a questão mesmo. Piso salarial, por exemplo, né? A</p><p>gente vê que aqui em São Paulo a gente ainda tem uma remuneração um pouquinho</p><p>melhor. Se a gente partir lá para o Nordeste, Norte, um concurso público, chega a ser</p><p>ridículo o valor que eles pagam para um funcionário. Então, acho que isso é que pega</p><p>mesmo.</p><p>ELIZA: Eu cheguei a ver uma notícia esse tempo atrás, de um concurso que tinha</p><p>lançado ali para fisioterapeutas, que estava oferecendo um salário menor do que o</p><p>piso de um concurso público, né? Sim, oferecendo um salário menor que o piso</p><p>salarial ali para o fisioterapeuta.</p><p>PALOMA: Sim... Isso. Isso é triste, né? Então você vê muita gente vindo às vezes de</p><p>outros estados para cá para tentar uma oportunidade. Deixa a família lá e vem para</p><p>cá porque não tem um serviço valorizado no seu, onde você deveria ficar na sua</p><p>região. Então isso é bem triste, né? A gente está aqui em São Paulo, a gente ainda</p><p>tem um pouco mais de acesso a oportunidades, mas ainda assim é bem difícil, sabe?</p><p>Isso é uma das coisas que pega. E era isso.</p><p>ELIZA: E agora uma pergunta bastante sensível... A gente queria que você contasse</p><p>para a gente, lógico, respeite todas as questões de sigilo profissional e tudo mais, mas</p><p>se você puder compartilhar para a gente um caso que te marcou assim. Você já atua</p><p>aí há bastante tempo, imagino que deva ter várias, várias crianças, vários casos que</p><p>passaram por você. Mas tem aquele que mexe no coração assim. A gente queria que</p><p>você contasse para gente um pouco.</p><p>PALOMA: Tem vários, né? E assim a gente acaba se apegando, né? Se me perguntar</p><p>assim: “você se apega a paciente?” Eu me apego. A gente sabe que deveria se apegar</p><p>um pouco menos, mas não tem como. Ainda mais criança, né? E ainda mais que as</p><p>crianças ficam muito tempo com a gente, então a gente acaba se apegando. Mas um</p><p>caso específico era uma criança que uma hipoplasia do coração esquerdo chegou</p><p>pequenininho para gente lá no hospital e ficou muito tempo com a gente. Fez</p><p>aniversário lá. A mãe ficava lá com ele praticamente 24 horas por dia, tomava banho</p><p>lá no banheiro do hospital, levava malinha. Ela tinha um lugar próximo do hospital que</p><p>ela ia às vezes para dar uma, uma desafogada assim, sabe? Mas ela ficava</p><p>praticamente 24 horas no hospital, levava o violãozinho dela, tocava música para</p><p>criança e as mães do lado e assim, sempre incentivando as outras mães, né? Porque</p><p>é difícil para quem está lá muito tempo ver e ver tudo o que a criança passa ali, ver</p><p>uma mãe nova chegando e conseguir acolher de uma forma que não seja tão pesada.</p><p>PALOMA: E essa mãe, ela fazia isso, né? E ele ficou muito tempo com a gente, até</p><p>que infelizmente o curso da doença, o prognóstico era muito ruim, ele veio a óbito.</p><p>Mas ainda assim, a mãe, ela nunca perdeu a fé. Tanto que nos últimos dias a gente</p><p>falava “nossa, ela não tá entendendo o que tá acontecendo”, porque a gente ia</p><p>conversar com ela e a gente sabia que já estava em cuidados paliativos, não tinha o</p><p>que fazer e ela falava “não, ele vai ter a cura, ele vai ter a cura”. E a gente achava que</p><p>era porque ela não entendia o que estava acontecendo. E no dia que ele foi a óbito,</p><p>ele estava muito ruinzinho e ele estava dolorido já de ver</p><p>a criança. Ele foi a óbito e a</p><p>equipe inteira foi abaixo assim. E ela falou chegou para a gente, falou “ele teve a cura</p><p>dele, que a cura dele foi o descanso dele, a cura que ele precisava”. E ela escrevia</p><p>todos os dias. Ela tinha um caderno.</p><p>PALOMA: Acho que era aqueles de 20 folhas né? E ela escrevia todos os dias</p><p>naquele caderno e a gente nunca sabia o que ela estava escrevendo. Ela escrevia,</p><p>escrevia, escrevia, escrevia. A gente achava que era, sei lá, o dia a dia da criança</p><p>para saber se deu remédio, se não era e ela estava escrevendo um livro. E aí a criança</p><p>foi a óbito e ela publicou o livro dela.</p><p>ELIZA: Poxa, que incrível!</p><p>SÉRGIO: Paloma, e me diz uma coisa... Você relatou essa história, né? E você,</p><p>profissional, ser humano, fisioterapeuta. Como você lida, sabe, às vezes não deixa de</p><p>ser uma frustração, um sentimento muito forte, né? Como você lida com isso? Porque</p><p>a gente não vai ter êxito, né? Êxito entre aspas com todos os pacientes.</p><p>PALOMA: Não tem. É igual eu falei. Até hoje em dia, às vezes você pega um outro</p><p>caso que você ainda fica tentando achar uma solução. E para nem tudo tem solução,</p><p>né? O jeito que eu procuro enxergar é, eu acho que a gente tem que procurar fazer o</p><p>melhor. Pegou um caso que você não conhece, uma patologia que você não conhece.</p><p>Procurar estudar, procurar fazer o melhor. Porque independente do curso da doença,</p><p>independente se vai ter êxito ou não, você vai estar tranquilo porque você fez o que</p><p>você tinha para fazer, né? A gente não tem controle de tudo, né? Igual essa criança.</p><p>A gente fez, tanto que eu acho que o conforto da mãe foi isso. Ela pensou com ela</p><p>que o que poderia ser feito foi feito enquanto ela podia estar ali do lado dele, ela</p><p>esteve, né? E para a gente acho que não muda, principalmente nessa parte do</p><p>hospital mesmo, né? É um pouquinho diferente da ortopedia, que a gente acaba se</p><p>apegando um pouquinho menos. Paciente chega, vem, faz um tratamento, vai</p><p>embora, fica bem, é grato, tudo, mas não fica tanto tempo com a gente, né? No</p><p>hospital é um pouquinho diferente, então é ter certeza de que você fez o que você</p><p>deveria ter feito, te deixar confortável, mesmo que não seja o mais favorável o curso</p><p>da doença e mesmo que você não tenha o êxito entre aspas, né, no que você fez,</p><p>mas você fez o que poderia ter feito.</p><p>ELIZA: Isso é bem interessante, né? Que é bem pontual mesmo da atuação de UTI e</p><p>do hospital, né? Lidar com a morte de maneira mais direta, assim que realmente tem</p><p>ali as outras áreas estão também mais distantes desse contexto, né?</p><p>PALOMA: Sim...</p><p>ELIZA: A gente tem só mais duas perguntas para dar uma aliviada um pouco no clima,</p><p>né? Conta para a gente como que foi o seu primeiro plantão, assim como foi a primeira</p><p>vez nesse papel.</p><p>PALOMA: Nervoso...</p><p>PALOMA: É sempre tenso o primeiro plantão. Acho que você chega lá, você fala</p><p>“parece que você não aprendeu nada”. A gente passa no estágio. Eu, graças a Deus,</p><p>eu tive uma professora assim fantástica. Eu passei no estágio de hospital com ela</p><p>desde a faculdade, chama Renata Theodoro, que vocês se não conhecem, vocês vão</p><p>conhecer ela ainda em algum momento, porque ela é maravilhosa e é assim, ela é</p><p>fantástica mesmo, um exemplo de profissional. E por mais que a gente tenha passado</p><p>no estágio, no hospital, da faculdade e tal, quando você já estava fazendo a pós, né?</p><p>Quando você chega lá e é você e o paciente é diferente. Eu,</p><p>graças a Deus, quando eu cheguei fui bem acolhida e eu não estive em nenhum</p><p>plantão. Meu primeiro plantão não foi um plantão sozinha, tipo, não me largaram lá,</p><p>mas é muito tenso. Sempre é tenso, né? Sempre é tenso. Não tem como qualquer um</p><p>que você perguntar, falar “Meu Deus, não foi fácil”. Mas eu não sou tão pé frio, não.</p><p>Daí eu peguei, fui e fui acolhida. Aí então foi tranquilo até assim em relação... Fiquei</p><p>nervosa assim, mas no final deu tudo certo, sabe? É isso.</p><p>ELIZA: Bom, a última pergunta para quem estava aqui a gente já conseguiu se</p><p>enriquecer demais com as coisas que você falou. Tem até algumas coisas que se</p><p>você não falar agora, eu vou fazer questão de falar lá no dia. Mas a gente queria que</p><p>você deixasse uma mensagem para gente. Nós somos uma turma de primeiro</p><p>semestre da fisioterapia e tem gente muito novinha. Tem gente que já tá ali há muito</p><p>tempo, tem gente que já fez uma graduação antes, tem gente que caiu realmente de</p><p>paraquedas. Então queria que você deixasse uma mensagem que você gostaria de</p><p>ter escutado lá no seu primeiro semestre.</p><p>PALOMA: Não desistam. Eu digo que minha turma começou, eu acho que tinha uns</p><p>70 alunos, né? Uma galera ficou no primeiro semestre. Fisiologia, cinese, enfim, não</p><p>é fácil. A graduação não é fácil. É, mas se é o que você tem vontade de fazer, vai</p><p>atrás mesmo. Por mais que seja difícil na época da faculdade, depois vai ser</p><p>prazeroso. Eu digo que hoje em dia eu não me vejo fazendo outra coisa além de</p><p>fisioterapia. Outra coisa é que não pense que você vai terminar a faculdade e pronto,</p><p>acabou, estou formada, sou fisioterapeuta, não, fisioterapia você tem que estudar para</p><p>o resto da vida, né? Então que seja fazendo um aprimoramento, uma pós-graduação,</p><p>que seja lendo um artigo científico, né? Um livro, precisa estudar, a gente precisa se</p><p>atualizar, as técnicas vão se atualizando, né? Na época que estudei, a gente usava</p><p>de um jeito. Hoje em dia é, outro, outro caminho, né? Então, assim, a gente tem que</p><p>estar estudando o tempo todo. É, mas na fisioterapia, o bom é que a gente tem um</p><p>leque muito grande de áreas para se trabalhar. Então, às vezes você vai ter uma</p><p>matéria que você vai falar, “Eu acho que eu não gosto de hospital” “Acho que eu não</p><p>gosto de neuro”, mas você vai. Se você traçou isso para sua vida, você vai encontrar</p><p>uma área que você se identifica e vai dar certo. No final das contas, vai dar certo.</p><p>Vocês vão ver que daqui a um tempo vocês vão... Olha, eu estou me sentindo tão</p><p>velha agora. Vocês vão lembrar do que eu estou falando.</p><p>ELIZA: Com certeza. Tem várias coisas que você falou que eu já trouxe para o</p><p>coração aqui. Bom, com isso eu queria de verdade agradecer imensamente por você</p><p>vir aqui, acabou de sair de um plantão, um esforço grande. Agradecemos muito, muito,</p><p>muito que você tenha feito isso pela gente. Agradecer os colegas também que</p><p>conseguiram vir. Ao nosso videomaker, muito obrigada pelo suporte nessa missão aí.</p><p>Sem você, provavelmente a gente teria feito inúmeras trapalhadas. Então, agradeço</p><p>muito. E é isso. Obrigada.</p><p>4. CONCLUSÃO GERAL</p><p>A Fisioterapia, é uma profissão bastante nova, porém, cada vez mais</p><p>reconhecida e essencial no contexto atual em que vivemos. É uma profissão cuja área</p><p>de atuação se amplia cada vez mais em diversas condições de saúde e diferentes</p><p>sistemas do corpo humano. Dentro destas áreas se destaca a atuação no</p><p>Atendimento Hospitalar onde são aplicadas praticamente todas as especializações da</p><p>fisioterapia, ou seja, é uma área muito ampla e com inúmeras possibilidades e</p><p>competências.</p><p>Foi maravilhosa e inspiradora a entrevista com a Paloma e conhecemos um pouco da</p><p>sua trajetória e suas vivências como Fisioterapeuta hospitalar. Percebemos o quão</p><p>amplo e quantas possibilidades existem nesta área.</p><p>Ela mostrou toda a paixão que tem pela profissão, em especial, nos atendimentos com</p><p>as crianças. O atendimento hospitalar, por suas peculiaridades (plantões,</p><p>emergências, diversidade, amplitude, internações) não é fácil e exige do profissional</p><p>fisioterapeuta, muita dedicação, doação e seriedade no seu dia a dia.</p><p>É essencial manter um espírito de “eterno aprendizado”, uma educação e reeducação</p><p>constantes. A Fisioterapia não somente reabilita, mas também transforma a vida das</p><p>pessoas, possibilitando um novo recomeço. É lógico que também é preciso saber lidar</p><p>com as frustrações e decepções. Apesar de tantas técnicas e protocolos que devem</p><p>ser aplicados, é essencial manter a humanidade no relacionamento com os pacientes.</p><p>A Paloma nos incentivou a não desistir, a seguir em frente e ficamos com o sentimento</p><p>que fizemos a melhor escolha e é esse o caminho que queremos seguir como carreira</p><p>profissional, como propósito de vida. A Fisioterapia é uma profissão gratificante e</p><p>apaixonante e, ao nos dedicarmos de coração, podemos realizar coisas</p><p>extraordinárias.</p><p>5. Conclusões Individuais</p><p>Adryelle da Silva Rodrigues</p><p>Escutando todo o relato da Paloma sobre sua trajetória e sua rotina diária na área</p><p>hospitalar e em seus plantões, pude perceber o quão amplo e quantas possibilidades</p><p>existem dentro dessa área. Particularmente, achei lindo escutar as experiências da</p><p>Paloma como profissional da Fisioterapia, e me deu ainda mais certeza de que é isso</p><p>que quero seguir como carreira profissional.</p><p>Bruna Job Amorim Da Cunha</p><p>Logo que ouvi o relato da Paloma em descrever sua rotina de plantão e de</p><p>atendimentos na área hospitalar, fiquei com mais clareza que é isso mesmo que estou</p><p>querendo realizar como profissional de fisioterapia. Ajudando crianças mostrando que</p><p>determinada condição limitada que possui não impedirá de realizar coisas</p><p>extraordinárias</p><p>Elizabete Fagundes Guimarães</p><p>Quando optei por fazer a graduação de fisioterapia eu já tinha um contato muito amplo</p><p>com a fisioterapia ortopédica e esportiva em função da minha formação em educação</p><p>física e atuação na equipe multidisciplinar de uma clínica de fisioterapia. A entrevista</p><p>com a Paloma foi surpreendente e possibilitou ampliar meus horizontes para outras</p><p>áreas da fisioterapia fazendo com que, cada vez mais, eu esteja engajada e satisfeita</p><p>com a escolha do curso, inclusive para outras áreas de atuação.</p><p>Kezia Tameirão Lima</p><p>Ouvir a Dra. Paloma falar sobre fisioterapia me fez ter certeza de que fiz a melhor</p><p>escolha para mim. Foi o momento em que percebi que meu propósito é cuidar de</p><p>pessoas. A mensagem que ela transmitiu durante essa entrevista foi incrível; ela</p><p>trouxe uma sensação de confiança que nos incentivou a seguir em frente, sem desistir,</p><p>e ainda ressaltou o quão linda e gratificante é essa profissão.</p><p>Nathalia Andrade Nascimento</p><p>Foi uma oportunidade incrível passar esse tempo com a Paloma, uma profissional</p><p>excelente, é uma entrevista que inspira... Eu particularmente sou suspeita porque hoje</p><p>é a especialidade que eu quero seguir, escutar toda a experiência dela dentro do</p><p>ambiente hospitalar, a rotina e a adrenalina descreveu tudo que eu projeto futuramente</p><p>na minha carreira.</p><p>Raiane Barros de Sousa</p><p>Ao escutar a trajetória da paloma dentro da fisioterapia fez meus olhos brilharem mais</p><p>ainda para essa profissão tão especial e gratificante, todo esforço e dedicação dela</p><p>para cuidar de cada paciente me inspirou e faz com que eu tenha certeza que estou</p><p>no caminho certo e que meu coração escolheu a Fisioterapia.</p><p>Samuel Rodrigues de Oliveira</p><p>Quando ouvi e tive o contato com a Paloma eu só tive mais certeza que eu estou na</p><p>área certa, ver como ela falava com paixão sobre cada vivência, cada paciente, só me</p><p>fez ter mais certeza que é isso que eu quero para mim: reabilitar, transformar e</p><p>proporcionar um novo começo.</p><p>Sérgio Hideto Fusiki</p><p>Ouvir a Paloma foi uma experiência incrível! Uma grande inspiração e motivação para</p><p>continuar trilhando o caminho desta profissão maravilhosa e apaixonante. Como ela</p><p>disse: não é fácil, um eterno aprendizado. Mesmo com todas as nossas limitações,</p><p>com muito esforço e dedicação, conseguiremos fazer coisas incríveis cuidando de</p><p>cada pessoa. Muita gratidão!</p><p>Stephany Souza de Lima</p><p>Ouvindo a história da Paloma, vi um reflexo do meu futuro. Foi inspirador ouvi-la e</p><p>perceber que embora desafiador, alcançar meus objetivos não é impossível. Não se</p><p>trata apenas de abraçar uma profissão, mas de nutrir com amor e cuidado aqueles</p><p>que necessitam. A fisioterapia é um campo de atuação belo e gratificante, e anseio</p><p>pelo dia em que poderei abraçar essa rotina, compartilhando afeto e dedicação aos</p><p>pacientes.</p><p>6. REGERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS</p><p>[1] Carvalho VCPD, Lima AKPD, Brito CMMD. Fundamentos da fisioterapia. Rio de</p><p>Janeiro: MedBook Editora; 2014.</p><p>[2] Batalha Monteiro de Barros , Fabio. Poliomielite, Filantropia E Fisioterapia: O</p><p>Nascimento Da Profissão de Fisioterapeuta No Rio de Janeiro Dos Anos 1950</p><p>Poliomyelitis, Philanthropy and Physiotherapy: The Birth of the Career of</p><p>Physiotherapist in Rio de Janeiro in the 1950s. 4 Apr. 2008.</p><p>[3] Finkelman, Jacobo, org. Caminhos da saúde no Brasil [online]. Rio de Janeiro:</p><p>Editora FIOCRUZ, 2002. 328 p. ISBN 85-7541-017-2. Available from SciELO Books .</p><p>[4] Cavalheiro LV, Gobbi FCM. Fisioterapia Hospitalar. São Paulo: Editora Manole;</p><p>2012.</p><p>[5] Marcelino Sotelo Dias1, Letícia, et al. “Physiotherapy Practice for Hospitalized</p><p>Patients with COVID-19.” Jornal Brasileiro de Pneumologia, 31 Aug. 2022, p.</p><p>e20220121, https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20220121. Accessed 8 May 2024.</p><p>[6] “Fisioterapia Em Reabilitação Cardiovascular.” Www.crefito13.org.br, 14 May 2014,</p><p>www.crefito13.org.br/noticias/fisioterapia-em-reabilitacao-cardiovascular/369.</p><p>[7] Karsten, Marlus. “Reabilitação (E Fisioterapia) Cardiovascular No Brasil.”</p><p>Fisioterapia E Pesquisa, vol. 25, 2018, pp. 1–2,</p><p>www.scielo.br/j/fp/a/pQ7VHmFW6BDXSvPfs5pwJQf/?lang=pt,</p><p>https://doi.org/10.1590/1809-2950/00000025012018.</p><p>[8] “Especialidades.” Www.coffito.gov.br, www.coffito.gov.br/nsite/?page_id=2350.</p><p>[9] “Nova Edição Do Exame Para Concessão de Títulos de Especialista Contempla</p><p>Dez Especialidades Da Fisioterapia.” COFFITO, 26 Sept. 2017,</p><p>www.coffito.gov.br/nsite/?p=7262. Accessed 8 May 2024.</p><p>https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20220121</p><p>https://doi.org/10.1590/1809-2950/00000025012018</p><p>http://www.coffito.gov.br/nsite/?page_id=2350</p>

Mais conteúdos dessa disciplina