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Exemplo de Relatório(2)- Prof. Niedja

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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA 
Disciplina: AD-178 Irrigação e Drenagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de Sistemas de Irrigação por Aspersão 
em Diferentes Espaçamentos 
 
 
 
 
 
 
NOME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza 
2012 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................03 
2. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................05 
3. RESULTADO E DISCUSSÃO..............................................................................11 
3.1 Irrigação por Aspersão.....................................................................................11 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A prática da irrigação tem sido fundamental para garantir o abastecimento de 
produtos agrícolas. A futura demanda na produção de alimentos é criticamente 
dependente da agricultura irrigada. 
Entre os benefícios da irrigação pode-se citar: melhoria no desempenho 
financeiro de empreendimentos agrícolas e do padrão de vida de comunidades rurais, 
possibilidade de expansão da fronteira agrícola e diminuição do risco envolvido na 
atividade agrícola. A agricultura irrigada também favorece a expansão do mercado de 
trabalho no país. O potencial para expansão da agricultura irrigada, praticada de forma 
sustentável, depende do avanço na geração e difusão de tecnologias nas áreas de 
irrigação, engenharia, agronomia e biologia. O consumo expressivo da água na irrigação 
evidencia a importância de estratégias de planejamento, monitoramento e operação, 
relativas ao uso racional de recursos hídricos em projetos de irrigação. Estas estratégias 
devem ser consideradas nas políticas governamentais voltadas para expansão da 
agricultura irrigada, visando garantir a disponibilidade de água para os múltiplos fins, 
em termos quantitativos e qualitativos (BORGES JÚNIOR et al, 2004). 
Conforme Silva e Silva (2005) para que a irrigação seja eficiente, é 
imperativo que os sistemas apresentem alta uniformidade de aplicação da água. Uma 
vez instalado um projeto de irrigação, é necessário verificar se as condições previstas 
inicialmente se confirmam em campo. Para tanto, deve-se avaliar as condições de 
pressão, vazão e lâminas d’água aplicadas. 
Para analisar a qualidade da irrigação em campo são utilizadas algumas 
variáveis de desempenho como a uniformidade de distribuição e eficiência do sistema. 
Segundo Miranda e Pires (2003), o termo uniformidade refere-se às variáveis de 
desempenho associado à variabilidade de lâmina de irrigação aplicada. Soares et al. 
(1993), diz que a uniformidade de aplicação de água influencia, diretamente, a 
produtividade da cultura e a energia consumida no bombeamento de água, sendo que a 
produtividade tende a aumentar com a uniformidade de aplicação da irrigação. 
Na irrigação por aspersão a aplicação de água ao solo resulta da fragmentação 
de um jato de água lançado sob pressão no ar atmosférico, por meio de simples orifícios 
4 
 
ou bocais de aspersores. De forma geral, os sistemas de irrigação apresentam vantagens 
e limitações que devem ser analisadas quando da seleção do sistema a ser utilizado. 
Sousa et al (2003) afirma que os problemas que afetam a uniformidade de 
distribuição são divididos em duas classes: causas hidráulicas: todas aquelas que afetam 
a pressão de operação dos emissores, poderão ser oriundas de um projeto 
hidraulicamente mal concebido, da falta de reguladores de pressão ou desajuste destes 
reguladores, elevada perda de carga, elevado desnível geométrico, etc.; baixa 
uniformidade dos emissores: decorrente do alto coeficiente de variação de fabricação 
e/ou da obstrução dos emissores. 
Segundo Bernardo (1995), o termo eficiência representa um balanço entre os 
volumes de água envolvidos no processo de irrigação. Esses volumes referem-se à 
quantidade de água captada na fonte, fornecida às parcelas, volume necessário às 
plantas, armazenado no solo à profundidade efetiva do sistema radicular das culturas e 
volume perdido por deriva, escoamento superficial ou run-off, evaporação e percolação. 
São vários os fatores que interferem na distribuição de água às plantas. Do volume que é 
retirado da fonte (represa, poço artesiano, rio ou reservatório), uma parcela é perdida no 
sistema de condução, através de vazamentos em tubulações, conexões e registros. 
Durante o funcionamento dos sistemas, dependendo das condições atmosféricas, como 
ventos, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, um alto percentual de água é 
evaporado. Assim, haverá uma redução significativa entre o volume inicial e o volume 
final, aplicado ao solo. 
A uniformidade está associada à variabilidade da lâmina de irrigação ao longo 
da área molhada (FRIZZONE, 1992). Segundo Bernardo (1995), a uniformidade pode 
ser expressa por índices ou coeficientes, sendo o mais utilizado o Coeficiente de 
Uniformidade de Christiansen (CUC). São também utilizados em menor escala o 
Coeficiente de Uniformidade de Distribuição (CUD) e o Coeficiente Estatístico de 
Uniformidade (CUE). 
Objetivou-se com esta aula prática avaliar o aspersore agropolo NY 30, cor de 
bocal 1 verde e bocal 2 preto em função dos espaçamentos entre aspersores (12x12, e 
18x18, metros). Calcular o coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) e o de 
uniformidade de aplicação (CUA); Eficiência de aplicação em potencial (EAp); 
Eficiência de aplicação do menor quartil (EAq); Eficiência de aplicação da menor 
mediana (EAm) e Perda por evaporação e arrastamento pelo vento (Pv). 
5 
 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
Essa prática foi realizada em uma área da Fazenda Experimental Vale do 
Curu, da Universidade Federal do Ceará, em Pentecoste – CE. 
O sistema de aspersão utilizado no trabalho era formado por uma motobomba 
de 5 CV, com 100 mm de diâmetro na sucção e 100 mm de diâmetro no recalque. 
Para a realização do teste de uniformidade, foram utilizados coletores da 
marca Fabrimar tipo C1, hastes de alumínio, provetas de vidro, proveta especial de 
plástico graduada em mm, cronômetro, tubo Pitot associado a um manômetro (Figura 
1), recipiente plástico para 15L, mangueiras ou sifões, trena métrica e anemômetro 
portátil e batedores de madeira. 
 
 
Figura 1- Tubo Pitot associado a manômetro. 
 
Primeiramente, foi instalada a linha de tubulação que iria conduzir água para 
o aspersor, contendo 6 varas de 6 m cada, além de serem também instalados o tubo de 
subida e a tubulação de saída.O aspersor a ser avaliado foi estabelecido em um tripé. 
Foram feitas medições das alturas correspondentes ao tubo de subida e altura de saída 
do aspersor utilizado em comparação com o solo (Figura 2). 
6 
 
 
 Figura 2- Instalação do aspersor. 
 
A prática propriamente dita foi iniciada dividindo-se a área a ser estudada em 
4 quadrantes principais subdivididos em 36 quadrantes secundários. Em seguida, 
utilizou-se uma trena para delimitação destes quadrantes menores com 3 m de lado, 
perfazendo-se áreas menores de 9 m² cada, em cujos centros foram instalados coletores 
que interceptaram a água emitida pelo aspersor a uma altura média de 0,5 m (Figura 3). 
Totalizando 144 coletores distribuídos uniformemente por toda a área. 
 
 
Figura 3- Coletores instalados para realização da prática. 
 
7 
 
Antes de iniciar o ensaio, com os coletores foram virados com a “boca” para 
baixo, evitando entrada de água nestes no momento das avaliações iniciais. Essas 
avaliações consistiram de medição da pressão de serviço do aspersor com o auxílio de 
um Tubo Pitot acoplado a um manômetro e a mensuração da vazão de cada aspersoravaliado, esta última obtida através da utilização de uma tubulação tipo mangueira de 
jardim, um recipiente para recolher a água e uma proveta para medir a água coletada do 
aspersor em um determinado período de tempo em quatro repetições. Equacionando 
essas duas variáveis (volume coletado e tempo decorrido), tem-se a vazão como mostra 
a equação a seguir: 
 T
V
Q  (1)
 
Em que: 
Q: vazão do aspersor, em L s
-1
; 
V: volume coletado, em L; 
T: tempo, em s. 
 
A vazão final do emissor foi determinada somando as vazões dos dois bocais, 
as quais foram medidas em tempos diferentes. 
Tendo em mãos a pressão de serviço e a vazão, deu-se início ao teste de 
uniformidade de irrigação. Em uma área fora do raio de abrangência dos aspersores, 
foram colocados três recipientes, contendo 15 mm de água em cada, objetivando 
quantificar o volume de água evaporada. 
Afim de tentar estimar a evaporação nos coletores durante a leitura dos 
volumes, foram dispostos três coletores como referência, posicionados a 
aproximadamente 20 m distante da área de testes. Esses coletores continham volumes 
conhecidos. Os volumes foram medidos novamente após o término da leitura dos 
volumes contidos nos coletores da área teste. Em cada coletor, o volume de água 
coletado foi corrigido a partir da evaporação ocorrida durante o processo de leitura. A 
leitura de cada coletor foi aumentada em valor igual à metade da evaporação ocorrida 
durante o processo de leitura dos dados, estimada por meio dos coletores de referência, 
conforme recomenda Tarjuelo et al (2000). 
8 
 
A avaliação foi realizada por um tempo de duas horas, correspondendo à 
metade do tempo de irrigação. Durante o tempo de avaliação, a cada 20 minutos, 
observou-se a velocidade do vento através de um anemômetro digital portátil, há uma 
altura de 2.0 metros do solo e voltado para onde os ventos predominantes estivessem 
(Figura 4). 
 
Figura 4- Anemômetro digital portátil. 
Outro parâmetro avaliado durante o teste foi a rotação do aspersor e a 
uniformidade na rotação em seus quadrantes. A rotação do aspersor foi medida durante 
cada ensaio em intervalos de 20 minutos. Para tal, mediu-se o tempo gasto da passagem 
de uma revolução do jato numa mesma posição preestabelecida, através de um 
cronômetro de precisão de centésimos de segundo, com oito repetições para cada 
intervalo de tempo. Para isso foi necessário que quatro voluntários ficassem em pontos 
distintos equidistantes ao redor do aspersor, com a finalidade de quantificar o tempo no 
qual o aspersor em movimento, percorria cada quadrante e consequentemente, o tempo 
de um giro completo. 
9 
 
Decorridas duas horas, a motobomba foi desligada, sendo suspensa a 
irrigação na área. Deu-se início à coleta da água em cada coletor (Figura 5). Utilizando 
proveta (especial para os copos) graduada em mm, onde foi feita a quantificação do 
volume de água coletada nos recipientes. Ao final do teste também foram coletados os 
volumes de água presente nos recipientes colocados fora da área de alcance dos 
aspersores, com a finalidade de se obter valores relacionados à evaporação. 
 
Figura 5- Coletor de precipitação do aspersor. 
Para avaliar os parâmetros do sistema de aspersão, utilizou as seguintes equações: 
 Coeficiente de uniformidade de Christiansen: 
 
) 
Em que: 
CUC : Coeficiente de uniformidade de Christiansen, em percentagem; 
iX
: altura de precipitação coletada no i-ésimo coletor; X
: altura de precipitação média dos coletores; 
n : número de coletores. 
 Coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD ou CUA), sugerido pelo 
serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos é expresso por: 
10 
 
 
X
x
CUD 100
 
Em que: x
 : média de 25% do total de coletores, com as menores precipitações; X
: média das precipitações, considerando todos os coletores. 
 Eficiência de aplicação em potencial (EAp): 
 
 
Em que: x
: média de 25% do total de coletores, com as menores precipitações; X
: média das precipitações, considerando todos os coletores. 
ev: Lâmina evaporada 
 Perdas por evaporação e arrastamento pelo vento (Pv): 
 
 
 
 Eficiência de aplicação no menor quartil (EAq): 
 
 
 
 Eficiência de aplicação da menor mediana (EAm): 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1 Irrigação por aspersão 
 
A Tabela 1 mostra os valores das vazões que foram obtidas na aula prática. 
Então, de acordo com a Tabela 1, verifica-se que a média das vazões foi de 0,00399837 
m³ s
-1
 ou 1,44 m
3
 h
-1
. É importante saber que a pressão de serviço do aspersor foi 3 kgf 
cm
-2
.
 
 
A descarga do aspersor vai depender do diâmetro e da pressão no bocal. Para 
se obter um bom perfil de distribuição, os aspersores devem funcionar dentro dos 
limites de pressão especificados pelo fabricante. Pressão muito alta causará excessiva 
pulverização do jato de água, diminuindo seu raio de alcance e causando precipitação 
excessiva próxima ao aspersor. Pressão muito baixa resultará numa inadequada 
pulverização do jato de água, o que causará um perfil de distribuição muito irregular.
 
Tabela 1- Vazão do bocal 1 e 2 do aspersor utilizado em aula prática. Pentecoste - CE, 2012. 
Bocal 1 VERDE Bocal 2 PRETO 
Tempo (s) Va (L) qa m³s-1 Tempo (s) Va (L) qa m³s-1 
5,28 2,19 0,000414773 3,09 1,2 0,00038835 
6,17 2,4 0,000388979 3,79 1,49 0,00039314 
4 1,68 0,00042 3,86 1,52 0,000393782 
Média 
 
0,000407917 
 
0,000391757 
Vazão média do aspersor em (qa m³s-1) 0,000399837 
 
12 
 
Na Tabela 2 encontram-se os dados obtidos do tempo de rotação do aspersor. 
Verifica-se que o emissor apresenta rotações entre 1,22 à 1,75 e sua média de rotações 
por minuto é de 1,38. Esta rotação esta dentro do limite de funcionamento que é de 0,5 a 
2,0 segundo (BERNARDO, 1989). 
Provavelmente isto ocorreu devido a direção do vento, que ocasionou uma 
resistência em consequência de estar contra o movimento rotacional do jato nos 
quadrantes. 
Tabela 2- Média das rotações em RPM da área irrigada durante os testes com aspersor. 
Pentecoste-CE, 2012. 
Teste RPM 
1 1,75 
2 1,5 
3 1,22 
4 1,26 
5 1,26 
6 1,3 
Media 1,38 
 
Conforme Christiansen (1942), a uniformidade de distribuição depende do 
perfil de distribuição do aspersor e está em função da pressão de serviço do aspersor, da 
velocidade do vento, da uniformidade de rotação, do espaçamento entre aspersores e da 
altura de elevação e do diâmetro do bocal. Corroborando com Christiansen (1942), 
Mateos (1998) afirma que a uniformidade da aplicação de água na superfície do solo é 
afetada por diversos fatores, como por exemplo: pressão de serviço, ângulo do jato da 
operação, espaçamento, declividade do terreno, direção e velocidade do vento, 
evaporação das gotas, tempo de operação por posição, dentre outros fatores. 
Verifica-se também na Tabela 2 que durante o teste foi necessário uma 
frequência de 1,38 rpm. O valor encontrado está dentro da rotação do aspersor proposta 
por Bernardo; Marouelli (1989), onde consideram que a velocidade de rotação do 
aspersor deve variar de 0,5 a 2,0 e 0,3 a 1,3 rotações por minuto (rpm), respectivamente. 
Na Tabela 3, logo a seguir, verificam-se os valores da velocidade do vento 
durante o teste e constata-se que a mesma variou de 0,25 a 1,57 m s
-1 
e o valor médio 
obtido foi de 1,05 m s
-1
.
 
 
 
13 
 
Tabela 3- Velocidade do vento durante a realização do teste em aula prática. Pentecoste-CE, 
2012. 
Hora Vvento (m s
-1
) 
11:50 0,55 
12:10 1,51 
12:30 1,14 
12:50 1,57 
13:10 1,27 
13:30 0,25 
Média 1,05 
 
A Tabela 4, logo a seguir, mostra os valores obtidos no decorrer dos 
experimentos da evaporação. Constatou-se que a variação foi 1mm, e que a médiada 
evaporação foi de exatamente 14mm. 
Tabela 4- Evaporação durante os testes com o aspersor agropolo NY 30 Pentecoste - CE, 2012.
 
 
Coletor (N°) Volume Inicial (mm) Volume Final (mm) Evaporação (mm) 
1 15 
 
14 1 
2 15 14 1 
3 15 14 1 
Média 15 14 1 
 
Bernardo (1995) menciona que, além da velocidade do vento, a umidade 
relativa e a temperatura do ar também exercem influência marcante no uso da irrigação 
por aspersão. 
Na figura 6 observa-se o arranjo espacial do aspersor, ou seja, os valores dos 
volumes dos copos que foram convertidos em valores de lâmina total irrigada por copo 
em milímetros. Então, pode-se verificar, através deste arranjo espacial, o desempenho 
que houve em cada quadrante avaliado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
0,5 1,5 2 
 
0,5 
 
 
0,5 3 4,5 5 5 4 1,5 
 
0,5 3 5 7 8,5 10 8 4 0,5 
1,5 4,5 6 15,5 21 26,5 13,5 6 1,5 
1,5 5,5 9,5 24,5 31 38,5 9 6,5 2 
1,5 4,5 8 22 37,5 30,5 13 5,0 1 
0,5 2,5 6 11 15,5 12 6 2,5 0,5 
 
1 3,5 5 5 4 2,5 0,5 
 
 
1,5 1,5 2 1 0,5 
 
 
0,5 0,1 
 
 
 
 
 
 
Figura 6- Arranjo espacial da precipitação do aspersor agropolo NY 30 em mm. Pentecoste - 
CE, 2012. 
As figura 7 e 8 apresentam os valores da sobreposição nos espaçamentos 
entre aspersores de 12 x 12 m e 18 x 18 m respectivamente. 
 
 
12 x 12 m. 
40.5 28 33.5 45 
27.5 25 24.5 26 
36 25.5 27 29 
45 21.5 34 38.5 
 
 
Figura 7- Dados relacionados a sobreposição no espaçamento 12 x 12 m. 
 
 18 x18 m. 
30.5 14.5 9.5 9 22 37.5 
12 7 5 7 12.5 17.5 
9 6.5 3.5 6.5 9 10 
11 9 7 7 8.5 10.5 
26.5 15 10.5 7.5 16 21 
38.5 10.5 12 11.5 24.5 31 
 
Figura 8- Dados relacionados a sobreposição no espaçamento 18 x 18 m. 
 
M.B 
2º QUADRANTE 1º QUADRANTE 
4º QUADRANTE 3º QUADRATE 
15 
 
 
 
Depois de todos os dados coletados, com o auxílio do programa Golden 
Software Surfer, foi feito um mapa em formas de curvas de nível, onde foi possível 
avaliar a distribuição da água nos quadrantes (Figuras 9 e 10). Utilizou-se a cor verde 
para mostrar a umidade nos quadrantes. O setor com a coloração verde mais intensa 
representa o ponto onde se concentrou a maior distribuição hídrica. À medida que a 
coloração verde vai clareando (até adquirir a cor branca), a distribuição hídrica vai 
diminuindo. 
As Figuras 9 e 10, apresentam a distribuição hídrica e as isoietas do aspersor 
VYR 86 operando com a pressão de serviço de 3,0 kgf.cm
-1 
nos espaçamentos 12×12, e 
18×18 m, respectivamente. 
A uniformidade de distribuição em toda a área de aplicação é melhor 
visualizada pelo gráfico das isoietas, cujo grau de proximidade das linhas indica a 
variação de precipitação. 
16 
 
 
 
 
 
Figura 9- Mapa de distribuição hídrica do aspersor agropolo NY 30 em curvas de nível e em 
3D no espaçamento 12×12 m. 
 
17 
 
 
 
 
Figura 10- Mapa de distribuição hídrica do aspersor agropolo NY 30 em curvas de nível e em 3D no 
espaçamento 18×18 m. 
18 
 
Tabela 5. Valores obtidos em campo do CUC e CUD do aspersor agropolo NY 30 em 
diferentes espaçamentos. Pentecoste - CE, 2012. 
ESPAÇAMENTO (m) CUC (%) CUD (%) 
12×12 79,8 76,2 
18×18 50,75 47,28 
 
De acordo com a Tabela 5, pode-se observar que em todos os espaçamentos 
estudados o CUC encontra-se dentro do limites permitidos (CUC ≥ 85%), ou seja, o 
CUC foi aceitável em todos os espaçamentos, mostrando uma boa uniformidade na 
distribuição da água. Mantovani; Ramos (1994) indicam para aspersão valores de CUC 
entre 80 e 85% como satisfatórios. Merriam et al. (1973) recomendam que, para 
culturas de alto valor econômico e com sistema radicular pouco profundo, o coeficiente 
de uniformidade de Christiansen deve ser superior a 88%; para culturas com sistema 
radicular medianamente profundo, o CUC deve variar entre 82 e 88% e, para culturas 
com sistema radicular profundo, em locais onde a quantidade de chuva é substancial, o 
CUC pode variar entre 70 e 82%. 
Já o CUD mostrou desempenho entre 69,63% e 51,57% para os 
espaçamentos testados respectivamente, pois obteve índices abaixo de 70%, mostrando, 
assim, que está fora da faixa de 70 a 80% ou seja, o valor obtido pode ser considerado 
inaceitável. Para o espaçamento 12x12 metros observar-se que tanto o CUD e CUC 
apresentaram valores mais próximos do recomendado em relação ao espaçamento 
18x18 metros, mostrando que a intensidade de aplicação é inversamente proporcional 
ao espaçamento, como essa área é menor, então houve uma melhor distribuição hídrica. 
Rezende et al (2002) em seus experimentos, verificou que os valores médios do 
coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD), obtidos para os dados de lâmina 
aplicada, diminuíram com o aumento do espaçamento entre aspersores. Rezende (2002) 
afirma que o fato de CUD ser sempre menor que CUC é inerente às variáveis das 
equações utilizadas na determinação desses coeficientes, pois no cálculo de CUD 
consideram-se apenas 25% da área que recebeu menos água. 
 
 
 
 
19 
 
Na Tabela 7 observam-se os valores encontrados para a eficiência de 
aplicação potencial (EAp), eficiência de aplicação no menor quartil (EAq), eficiência 
de aplicação da menor mediana (EAm) e perdas por evaporação e arrastamento pelo 
vento (Pv). 
 
Tabela 7- Eficiência de aplicação potencial e perda por evaporação do aspersor agropolo NY 30 em 
diferentes espaçamentos. Pentecoste - CE, 2012. 
 
 
Verifica-se que a maior eficiência de aplicação potencial foi obtida no 
espaçamento 12×12 m e a maior perda por evaporação foi no espaçamento 18×18 m, 
onde encontramos os valores de 67,58% e 48,34% (EAp) e 32,42% e 51,66 (Pv), 
respectivamente. Os valores de AEq e EAm para todos os espaçamentos estão abaixo 
dos valores recomendados por (BERNADO, 1995). 
Observou-se no ensaio que o EAp o valor encontrado estar compreendido em 
torno de 48,34% e 67,58% para o espaçamento de 18x18m e 12x12m respectivamente. 
Este valor está próximo ao valor encontrado por Nascimento (2009) em seu trabalho. 
Bernardo et al. (2006) menciona em sua publicação que: o EAq e o EAm devem esta 
entre (60-85 %) e (70 -88%), respectivamente, para que aproximadamente 80% da sua 
área receba uma lâmina maior ou igual a real necessária. O sistema avaliado apresenta 
serias complicações, pois seus valores de o EAq e EAm, estão baixos em relação a 
publicação de Bernardo et.al. (BERNARDO,1995). 
Os valores encontrados para (CUD ou CUA) EAp,EAm, EAq e Pv, estão 
anormais, ou seja apresentam valores muito inferiores aos encontrados em trabalho 
anteriores. Uma hipótese para estes resultados atípicos pode ser o fato de erro nas 
leituras dos volumes coletados. Esse erro na leitura coletada, pode ser o responsável 
pelos valores anormais dos parâmetros (CUD ou CUA) EAp,EAm, EAq e Pv. 
 
 
 
ESPAÇAMENTO (m) EAp (%) EAq(%) EAm(%) Pv (%) 
12×12 74 19,81 21 26 
18×18 44 26,5 28,4 56 
20 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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