Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>1</p><p>Os profissionais costumam se basear nos</p><p>seguintes manuais:</p><p>• Cadernos de atenção básica (2010) – do</p><p>Ministério da Saúde, as condutas do</p><p>manual permanecem até hoje;</p><p>• Critérios de elegibilidade – para uso de</p><p>anticoncepcionais da OMS;</p><p>• Manual de anticoncepção (2015) – traz</p><p>algumas atualizações;</p><p>Todos esses manuais estão disponíveis</p><p>gratuitamente na internet.</p><p>LEI N° 9263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996</p><p>O planejamento familiar está definido na</p><p>Constituição Federal (Art. 226).</p><p>O planejamento familiar é entendido</p><p>como o conjunto de ações de regulação da</p><p>fecundidade que garanta direitos iguais de</p><p>constituição, limitação ou aumento da prole pela</p><p>mulher, pelo homem ou pelo casal.</p><p>É proibida a utilização das</p><p>ações a que se refere o caput para qualquer tipo</p><p>de controle demográfico.</p><p>Para o exercício do direito ao</p><p>planejamento familiar, serão oferecidos todos</p><p>os métodos e técnicas de concepção e</p><p>contracepção cientificamente aceitos e que não</p><p>coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas,</p><p>garantida a liberdade de opção.</p><p>O SUS oferece vários métodos contraceptivos,</p><p>praticamente todos. Nos casos em que o casal</p><p>quer filhos e têm dificuldades isso limita muito,</p><p>pois são técnicas caras, as técnicas de</p><p>fertilização in vitro, mas que a constituição diz</p><p>que o cidadão tem direito. Entretanto, o SUS</p><p>não consegue ofertar ainda por questão de</p><p>custo.</p><p>EDUCAÇÃO EM SAÚDE SEXUAL E</p><p>REPRODUTIVA</p><p>Quando trabalhamos com planejamento familiar,</p><p>é importante lembrar que ela começa com a</p><p>educação em saúde sexual e reprodutiva.</p><p>O título do caderno do MS é justamente esse.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>2</p><p>Tem várias formas de se trabalhar isso. Desde a</p><p>infância e a adolescência já se pode trabalhar</p><p>isso nas escolas. Às vezes, isso gera conflito com</p><p>os pais, pois alguns acham que isso estimula</p><p>precocemente a criança.</p><p>Contudo, se for feito de forma adequada e</p><p>orientada com profissionais preparados e</p><p>capacitados isso é muito importante.</p><p>Palestras, hoje em dia, não é uma boa maneira de</p><p>se fazer isso, pois em pouco tempo os</p><p>adolescentes perdem o foco (ficam no celular).</p><p>É melhor fazer rodas de conversas, atividades</p><p>mais dinâmicas para prender a atenção dos</p><p>adolescentes. Isso deve ser dividido por faixa</p><p>etária, pois se misturar adolescentes de 12 ou 10</p><p>anos com outros de 19 anos não da muito certo,</p><p>pois aquele de 19 pode conversar assuntos com o</p><p>de 10 que não é da faixa etária dele.</p><p>É importante fazer a problematização da</p><p>realidade, ou seja, trazer problemas que eles</p><p>viveram. Em geral, se pede que eles expunham</p><p>alguma situação que vivenciaram para que a</p><p>partir dessa situação os profissionais possam</p><p>trabalhar melhor a temática.</p><p>Sempre trabalhar com respeito, com empatia,</p><p>sem pré-julgamentos, sem pré-conceitos. É</p><p>interessante notar que a educação sexual</p><p>apresenta muitos preconceitos até entre os</p><p>adolescentes. É importante trabalhar isso para</p><p>eles não se tornarem adultos preconceituosos e</p><p>para que não exerçam nenhum tipo de fobia ou</p><p>restrição social.</p><p>MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS</p><p>• Tabela/ Ogino-Knaus;</p><p>• Temperatura corporal basal;</p><p>• Muco cervical/ Billings;</p><p>• Sintotérmico;</p><p>• Coito interrompido.</p><p>• Laqueadura tubária;</p><p>• Vasectomia.</p><p>• Intrauterinos.</p><p>• Orais;</p><p>• Injetáveis;</p><p>• Implantes subcutâneos;</p><p>• Percutâneos (adesivos);</p><p>• Anel vaginal.</p><p>• Preservativo;</p><p>• Diafragma;</p><p>• Espermaticida.</p><p>A escolha do método que se vai usar é uma</p><p>escolha do paciente baseada nas indicações</p><p>profissionais. Deve ser algo esclarecido, ou seja,</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>3</p><p>o paciente deve saber todos os riscos e</p><p>benefícios do método.</p><p>MÉTODOS COMPORTAMENTAIS</p><p>Tem uma grande vantagem, pois não tem custo</p><p>para o paciente, não entram em conflito religioso</p><p>e não tem efeitos colaterais.</p><p>Entretanto, tem baixa eficácia, exigem um</p><p>período de abstinência sexual (10 a 20 dias),</p><p>exige disciplina, planejamento, regularidade do</p><p>ciclo e não protege contra IST’s.</p><p>Não é aconselhado aos adolescentes e como tem</p><p>baixa eficácia também não é recomendado a</p><p>pacientes cuja gravidez traria risco de morte.</p><p>Menos usado hoje em dia, porém é importante</p><p>saber.</p><p>Na tabelinha, calcula-se o período fértil da</p><p>paciente e nesse período, a paciente deve se</p><p>abster de relação sexual.</p><p>Baseada na aferição da temperatura da mulher.</p><p>Mede-se a mesma todos os dias, ao despertar,</p><p>tem que ser via oral ou retal, não pode ser axilar</p><p>(a variação é diferente da oral e da retal).</p><p>Como se baseia o método? Quando a paciente</p><p>ovula, em geral, tem um pico de LH e logo depois</p><p>tem a ovulação. Quando ocorre a ovulação, tem a</p><p>liberação de progesterona (produzido pelo corpo</p><p>lúteo). Esta progesterona promove o aumento da</p><p>temperatura corporal com variação entre 0,3 -</p><p>0,8° C.</p><p>Esse método diz que até o 4°dia da alteração da</p><p>temperatura, a mulher deve-se abster. No</p><p>exemplo acima ela vai se abster do 21 ao 25° dia</p><p>do ciclo.</p><p>Depois que a mulher ovula, deixa o muco muito</p><p>mais espessado fica filante. O estrógeno deixa</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>4</p><p>o muco bem filante. Assim, no período fértil, a</p><p>mulher fica com o muco cervical bem elástico, ou</p><p>filante.</p><p>Quando a mulher não está mais no período fértil</p><p>(já ovulou e está colapsando a progesterona), o</p><p>muco fica mais espesso e se rompe facilmente.</p><p>É o termo usado ao associar vários métodos</p><p>comportamentais. Ex: método da tabelinha, da</p><p>temperatura e do muco. Quando tudo isso está</p><p>alterado ela evita relação sexual. Mesmo assim</p><p>tem baixa eficácia.</p><p>Além da ansiedade e da frustração, durante o</p><p>ato sexual, o homem pode ter um jato pré-</p><p>ejaculatório que é rico em espermatozoides e</p><p>que pode engravidar a mulher.</p><p>Lembrar que o feminino não foi muito bem</p><p>aceito. O masculino é muito usado. E, a grande</p><p>vantagem de se usar é prevenir IST’s. É único</p><p>método que previne DST.</p><p>Então, mesmo que a paciente use métodos</p><p>seguros como o DIU e hormonal que são seguros,</p><p>é orientado que se use o de barreira também</p><p>para evitar IST que seria a dupla proteção.</p><p>Foi dito que os métodos comportamentais não</p><p>geram conflitos religiosos. Contudo, a igreja</p><p>católica tem conflitos com a camisinha, pois a</p><p>mesma julga que relação sexual só deve ser feita</p><p>depois do casamento e no casamento depois dos</p><p>exames pré-concepcionais não deveria ter que</p><p>se proteger contra IST porque teoricamente</p><p>não haveriam traições.</p><p>Tem pessoas que tem alergia ao látex do</p><p>preservativo, mas já existe preservativo de</p><p>poliuretano (são mais caros).</p><p>• Vantagem: não tem efeitos sistêmicos e</p><p>previne IST.</p><p>• Desvantagem: risco de rotura,</p><p>armazenamento (ex. bolso, carteira,</p><p>porta luvas do carro), estética,</p><p>desconforto e ruídos.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>5</p><p>Pouco usado. É um capuz de látex ou silicone.</p><p>Desvantagem: corpo estranho que a mulher deve</p><p>inserir 2h antes da relação e deve ser retirado</p><p>até 8h depois. Gera desconforto. Se a mulher</p><p>deixar muito tempo depois da relação corre o</p><p>risco de infecção (infecção pelo S. aureus –</p><p>choque tóxico).</p><p>É descartável. Tem que colocar no colo do útero:</p><p>tem que saber colocar, pois se ela colocar errado</p><p>ou se ela tiver distopia uterina vai dar problema.</p><p>Não se usa muito, tem métodos melhores e</p><p>eficazes. Pode ser usado com espermicida</p><p>(aumentar eficácia).</p><p>Usado com diafragma. Neutraliza as enzimas que</p><p>facilita a penetração do espermatozoide no</p><p>óvulo ou destrói</p><p>a cava do espermatozoide.</p><p>Causam irritação, pode causar fissuras vaginais</p><p>e até no homem pode ocasionar essas fissuras.</p><p>Causam desconforto. Aumenta o risco de</p><p>transmissão de infecções.</p><p>Dispositivo uterino: tem o de cobre e o de</p><p>hormônio (progesterona).</p><p>Muito eficaz. Um dos métodos mais indicados é</p><p>o DIU de progesterona. Colocado pelo</p><p>ginecologista no consultório. Este mede o</p><p>tamanho do útero e escolhe o DIU adequado</p><p>para colocar.</p><p>O MS, na nova PNAB (Política Nacional de</p><p>Atenção Básica), estipula que o DIU possa ser</p><p>botado pelos profissionais da atenção básica.</p><p>Mas, não é feito isso de rotina na prática.</p><p>Pode-se colocar o DIU até 48h após o parto. Na</p><p>h que a mulher expulsa a placenta, tem-se até</p><p>48h para se colocar o DIU. O colo uterino está</p><p>entreaberto e se torna um ótimo momento para</p><p>introduzir o DIU. Mas, se não aproveitar esse</p><p>intervalo, deve-se esperar 4 semanas para</p><p>colocar.</p><p>De 48h até 4 semanas – período que não pode</p><p>botar. O útero está voltando a anatomia pré-</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>6</p><p>gestacional e o DIU poderia se mover nesse meio</p><p>tempo.</p><p>Tem uma situação comum com o DIU de cobre</p><p>que é menos eficaz que o de progesterona. Pode</p><p>mesmo assim gerar a gravidez em algumas</p><p>situações. O bebê pode ir crescendo no útero</p><p>com o DIU. Isso aumenta o risco de infecções,</p><p>ruptura prematura de membrana, abortos, parto</p><p>prematuro.</p><p>Nem sempre o DIU está com o fio visível, às</p><p>vezes, o fio entra para dentro do útero. Quando</p><p>se introduz o DIU na mulher, o ideal é ter um fio</p><p>que fica na vagina (não perceptível</p><p>externamente).</p><p>Quando a mulher engravida, 50% dos casos</p><p>evolui para aborto. Os casos em que o DIU não</p><p>causa o aborto, o médico pode tentar retirar se</p><p>o fio estiver visível, se espera 13 semanas para</p><p>poder tirar. Se o fio não estiver visível, tem que</p><p>esperar terminar gravidez, vai ser um pré-natal</p><p>de alto risco, e acompanha de perto torcendo</p><p>para dar tudo certo.</p><p>Lembrar que durante o período menstrual é</p><p>difícil colocar devido a visualização.</p><p>O problema maior é que o DIU por ser um corpo</p><p>estranho aumenta o risco de infecção.</p><p>Então, se a paciente chega com DIU sentindo</p><p>febre, dor pélvica, calafrios, endometrite e DIP</p><p>(sintomas de infecção), introduz antibiótico,</p><p>espera-se 48h para avaliar se os sintomas</p><p>desapareceram. Se melhora da febre, da dor, se</p><p>a bioquímica dela melhora, se tem leucocitose,</p><p>pcr, vhs aumentados e se não melhorar retira-se</p><p>o DIU.</p><p>DIU DE COBRE</p><p>O DIU de cobre é mostrado abaixo. Tem a</p><p>estrutura metálica. Toda a estrutura metálica</p><p>fica no útero e o fio fica fora do colo do útero.</p><p>O de cobre e prata é a mesma coisa não tem</p><p>diferença.</p><p>As estruturas metálicas causam inflamação no</p><p>local e é muito frequente a paciente queixar-se</p><p>de cólicas (dismenorreia). Isso faz com que</p><p>muitas queiram retirar o DIU. Pode alterar fluxo</p><p>menstrual, pode dar sangramento de escape.</p><p>São eficazes. O índice de PEARL é o índice de</p><p>gravidez que é de 0,8%. Não interfere na</p><p>relação sexual. São rapidamente reversíveis – no</p><p>momento que a mulher tira ela pode engravidar.</p><p>Dura 10 anos.</p><p>Tem conflitos religiosos, pois ele é considerado</p><p>abortivo. Ao ocorrer a fecundação do ovulo com</p><p>o espermatozoide para haver a nidação, há</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>7</p><p>irritação do DIU, dá o sangramento e evita a</p><p>nidação – o ovo não se fixa no endométrio. Por</p><p>isso que alguns consideram abortivo.</p><p>DIU DE PROGESTERONA</p><p>Tem progesterona e vai liberando gradualmente</p><p>esse hormônio. Dura um pouco menos (5 a 7</p><p>anos). PEARL é 0,14% é bem mais seguro.</p><p>Proteção de 99,9%.</p><p>Tem menor ocorrência de sangramento vaginal,</p><p>porém pode ocorrer. Não interfere na lactação.</p><p>Não tem estrogênio (que poderia atrapalhar a</p><p>lactação).</p><p>Efeitos colaterais: acne, ganho de peso,</p><p>mastalgia, cefaleia...</p><p>Começa a ter restrições. São combinados (tem</p><p>progesterona e estrogênio).</p><p>Inibem o pico de LH, alteram o muco cervical,</p><p>atrofia do endométrio. Tudo isso por conta da</p><p>progesterona.</p><p>Segurança boa: PEARL:0,1%.</p><p>Tem milhares no mercado, várias marcas de</p><p>vários laboratórios.</p><p>O estrogênio é basicamente o mesmo:</p><p>etinilestradiol. O que muda é a concentração</p><p>(15-35) e a progesterona que se usa.</p><p>A drospirenona (ex. iumi, Yaz, Yasmin...) é usado</p><p>muito para a síndrome dos ovários policísticos,</p><p>pois a drospirenona e a ciproterona tem</p><p>hormônios antiandrogênios e a síndrome dos</p><p>ovários policísticos é uma síndrome</p><p>hiperandrogênica. Paciente tem hirsutismo,</p><p>ciclos ovulatórios por conta do</p><p>hiperandrogenismo.</p><p>Por isso se usa um anticoncepcional com ação</p><p>antiandrogênica. Hoje a preferência vai para os</p><p>anticoncepcionais que possuem a drospirenona</p><p>para quem tem SOPI. Antes se usava a</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>8</p><p>ciproterona, pois a ação antiandrogênica dela é</p><p>3x maior do que a drospirenona. Entretanto, ela</p><p>tem também maior risco de tromboembolismo</p><p>venoso.</p><p>Por isso a preferência vai para a drospirenona. A</p><p>ultima diretriz sobre a FEBRASO sobre SOPI</p><p>mostra uma recomendação de se usar a</p><p>drospirenona no lugar da ciproterona.</p><p>Existem também os bifásicos e trifásicos que</p><p>basicamente não são usados.</p><p>Qual a diferença? O monofásico é o mesmo</p><p>comprimido durante todos os dias do ciclo com a</p><p>mesma concentração. O bifásico tem</p><p>concentrações diferentes ao longo do ciclo.</p><p>Nele, há dois tipos de comprimidos na cartela:</p><p>até uma determinada fase do ciclo o comprimido</p><p>é um e depois muda a cor e a concentração.</p><p>Devido algumas mulheres não compreenderem</p><p>muito bem, os monofásicos são mais usados.</p><p>Antigamente se faziam anticoncepcionais com</p><p>concentrações de 50 mcg e às vezes até mais</p><p>que isso. Havia um risco muito grande de</p><p>tromboembolismo venoso (TEV). Ao reduzir a</p><p>concentração o risco continuava elevado. Até</p><p>que se chegou a anticoncepcionais com</p><p>concentrações muito baixa de etinilestradiol.</p><p>Ex. 15 mcg.</p><p>Quanto menor a concentração do etinilestradiol,</p><p>melhor, pois menor será o risco de TEV.</p><p>Quanto ao progestagênios? Sabe-se que a</p><p>noretisterona aumenta o risco de DAOP (doença</p><p>arterial oclusiva periférica – situação em que o</p><p>paciente tem isquemia arterial e pode levar a</p><p>amputações de membros). Se é uma paciente</p><p>com diabetes, por exemplo, tenta-se usar algum</p><p>anticoncepcional sem noretisterona. Em geral,</p><p>usa uma mini-pílula, paciente que está</p><p>amamentando.</p><p>Levonorgestrel é a progesterona que tem no</p><p>ciclo 21 que é o que é oferecido pelo SUS.</p><p>Diminui o risco de TEV quando associadas a</p><p>estrogênios.</p><p>As progesteronas isoladamente não têm risco</p><p>significativo para TEV apenas quando se associa</p><p>ao estrogênio e mesmo assim o risco é baixo.</p><p>Gestodeno e desogestrel tem o risco mais alto</p><p>de TEV.</p><p>Ciproterona tem ação antiandrogênica maior que</p><p>a drospirenona, mas tem alto risco de TEV.</p><p>A drospirenona tem a vantagem de ser derivada</p><p>da espironolactona que é um diurético. Por ter</p><p>essa derivação e semelhança bioquímica com a</p><p>espironolactona, ela tem a capacidade de não</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>9</p><p>fazer o paciente reter líquido. Então, pacientes</p><p>que se queixam de inchaço e aumento de peso</p><p>podem usar a drosperinona tranquilamente.</p><p>As contraindicações dos orais combinados são</p><p>várias: Gravidez, enxaqueca clássica (aura –</p><p>sintomas pré-monitórios da enxaqueca como</p><p>parestesias, escotomas cintilantes visuais,</p><p>borramento - evita-se tanto combinados orais</p><p>quanto os injetáveis mensais), história de AVE e</p><p>doença cardíaca isquêmica, fuma e tem mais de</p><p>35 anos, história de câncer de mama, história de</p><p>TEP ou TVP,</p><p>diabetes com complicações</p><p>micro/macrovasculares e hepatopatias graves.</p><p>Enxaqueca comum também pode contraindicar</p><p>os combinados orais, pois é comum ter TEV.</p><p>Paciente jovem pode ter AVE isquêmico por uso</p><p>de anticoncepcional.</p><p>INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS</p><p>Passa-se o anticoncepcional, que tem no posto de</p><p>saúde, o Ciclo 21. Depois a paciente chega se</p><p>queixando de dor de cabeça, aí o médico diz:</p><p>deve ser uma reação colateral do</p><p>anticoncepcional, vai passar, continua tomando</p><p>que vai passar. Aí depois a paciente tem um AVC</p><p>isquêmico, então tem que ficar atento pra isso.</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: o que seria a enxaqueca com aura?</p><p>Resposta: Aura são sintomas premonitórios da</p><p>enxaqueca, que a paciente sente quando vai ter</p><p>a crise. A paciente começa a ter parestesia,</p><p>escotomas cintilantes visuais, alguma alteração</p><p>como borramento, alguma coisa diferente.</p><p>Pergunta: Ela pode não ter dor? Resposta:</p><p>Enxaqueca é dor! Geralmente são dores</p><p>incapacitantes, paciente não consegue fazer</p><p>suas atividades do dia-a-dia, ela quer pra um</p><p>quarto escuro, sem barulho, porque a luz e o</p><p>barulho incomodam, ela tem fotofobia.</p><p>Então são dores fortes, aquela dor pulsátil, como</p><p>se tivesse um martelo batendo na cabeça.</p><p>Câncer de mama, TEV (tromboembolismo</p><p>venoso), diabetes, se já teve complicações,</p><p>geralmente paciente com diabetes tem pré-</p><p>disposição para ter complicações micro ou macro</p><p>vasculares, macro vasculares quais são? AVC,</p><p>IAM. E as micro? Retinopatia diabética,</p><p>nefropatia diabética, neuropatia periférica.</p><p>Então todas essas complicações do paciente</p><p>diabético contra indica o uso de</p><p>anticoncepcionais orais combinados.</p><p>Pergunta: E quanto ao paciente obeso?</p><p>Resposta: Se for só obesidade nós podemos</p><p>prescrever. Agora, se a paciente, por exemplo,</p><p>está imobilizada por tempo prolongado, como</p><p>uma paciente que fez cirurgia ortopédica, caiu</p><p>de moto, estava na garupa com o namorado, vai</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>10</p><p>passar um tempão com a perna imobilizada, com</p><p>aqueles fixadores externos, vai passar muito</p><p>tempo imobilizada, então o risco de</p><p>tromboembolismo dela aumenta, então deve-se</p><p>evitar o anticoncepcional.</p><p>Ela está restrita ao leito, mas nada impede de</p><p>ela ter relação, aí chega querendo usar o</p><p>anticoncepcional, por isso o médico passa outro</p><p>que não seja combinado oral.</p><p>Paciente está usando o anticoncepcional, de</p><p>repente ela tem faringite, uma amidalite, vai</p><p>tomar amoxicilina, só que a amoxicilina diminui a</p><p>eficácia de alguns anticoncepcionais, aí quando</p><p>passa a faringite, no ciclo seguinte a</p><p>menstruação não vem! Depois de um tempo ela</p><p>vai lá posto e diz que tem alguma coisa estranha,</p><p>quando fazemos o exame ela está gravida.</p><p>Outra situação, o médico está no posto, chega</p><p>uma paciente dizendo que está tossindo a quatro</p><p>semanas, apresentando febre. O médico pede o</p><p>exame de escarro e vê que ela está com</p><p>tuberculose. O médico inicia o tratamento,</p><p>esquema RIPE (rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida e etambutol ).</p><p>O primeiro medicamento do esquema é</p><p>rifampicina. A paciente vai começar o esquema</p><p>para tuberculose, vai passar 6 meses e o médico</p><p>esquece de perguntar se ela está usando</p><p>anticoncepcional. As vezes ela está usando o</p><p>Ciclo 21, e vai diminuir a eficácia do método.</p><p>De repente no meio do tratamento da</p><p>tuberculose, a paciente aparece para fazer um</p><p>pré-natal.</p><p>Outra situação, paciente é diagnosticada com</p><p>hanseníase. Qual o tratamento de hanseníase? A</p><p>principal droga é rifampicina. Ademais, o</p><p>médico esquece de perguntar se ela está</p><p>tomando o anticoncepcional e paciente pode</p><p>engravidar.</p><p>Cuidado, paciente as vezes está usando um</p><p>antirretroviral para HIV, paciente está usando</p><p>algum anticonvulsivante, as vezes caiu de moto,</p><p>muito comum paciente cair de moto, vai para o</p><p>HUT, faz a tomografia, tratamento</p><p>conservador, fez a cirurgia, vai para casa</p><p>tomando fenitoína, para não ter crise</p><p>convulsiva. Fenitoína pode diminuir a eficácia (do</p><p>anticoncepcional), então muito cuidado.</p><p>SE ESQUECER DE TOMAR</p><p>Se esquecer de tomar é outra confusão, a</p><p>paciente chega perguntando o que fazer, o</p><p>médico sabe que a paciente tem que tomar o</p><p>remédio todo dia, terminou uma cartela</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>11</p><p>geralmente dar um intervalo de sete dias entre</p><p>uma e outro e começa tomar outra cartela.</p><p>O médico orienta a paciente a tomar o</p><p>anticoncepcional sempre no mesmo horário e</p><p>colocar um alarme no celular para não esquecer.</p><p>Se a paciente esquecer de tomar, mas está com</p><p>menos de 12h do horário previsto, não tem</p><p>problema, ela pode tomar assim que lembrar.</p><p>Os médicos não falam para a paciente que o</p><p>remédio pode ser tomado até 12h depois, porque</p><p>se não a paciente pode tomar qualquer hora. Se</p><p>passar de 12h já diminui a proteção, nesse caso</p><p>já tem risco.</p><p>Passou de 12h já diminui a proteção, nesse caso</p><p>o médico já orienta a paciente a usar a proteção,</p><p>usar o preservativo porque a proteção já diminui.</p><p>Se for ter relação usar preservativo até</p><p>terminar o ciclo.</p><p>Por exemplo, era pra ser tomado (o</p><p>anticoncepcional) às 11h, deu 23h e a paciente</p><p>não tomou, dormiu e acordou às 7h, já tem mais</p><p>de 12h. Então a paciente toma o comprimido</p><p>quando acorda (7h) e quando for 11h ela toma o</p><p>comprimido do dia.</p><p>Se ela lembrar já perto de 11h, ela toma os 2</p><p>comprimidos junto (o do dia anterior e o do dia),</p><p>não tem nenhum problema, toma os 2</p><p>comprimidos juntos.</p><p>Agora, se ela esqueceu mais de 2 comprimidos,</p><p>podemos considerar que esta está sem</p><p>contraceptivo, porque o risco de engravidar é</p><p>grande. Então o médico orienta a usar</p><p>preservativo, mas se ela tiver relação sem</p><p>preservativo nesse período, uma semana antes</p><p>de ela esquecer o remédio, ou durante esse</p><p>período que ela não tomou, o médico orienta</p><p>utilizar o método de emergência, a pílula do dia</p><p>seguinte, porque a chance de gravidez é muito</p><p>grande.</p><p>Portanto, se recomenda fazer esse esquema: se</p><p>a paciente esqueceu 2 ou mais comprimidos e</p><p>faltam sete comprimidos ou mais para ela</p><p>terminar a cartela, até terminar, depois faz um</p><p>intervalo e depois continua com outra cartela. Se</p><p>faltar menos de 7 comprimidos, ela “emenda”</p><p>uma cartela na outra, sem intervalo.</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: Professor, qualquer</p><p>anticoncepcional pode “emendar” as cartelas?</p><p>Resposta: Não, tem anticoncepcional que a</p><p>mulher dá o intervalo, de 7 dias, alguns que se dá</p><p>o intervalo de 4 dias, mas nesses casos aqui pode</p><p>“emendar”, mas uma vez ou outra, não pode fazer</p><p>isso de rotina, isso é se a paciente esqueceu de</p><p>tomar.</p><p>Agora, se uma paciente, adolescente, que todo</p><p>ciclo esquece de tomar e está fazendo isso com</p><p>frequência, temos que trocar o método porque</p><p>uma hora vai falhar.</p><p>Pergunta: Aluna pergunta sobre a pausa entre</p><p>as cartelas de anticoncepcionais relata que há</p><p>pacientes que não querem fazer pausa entre</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>12</p><p>as cartelas. Resposta: Existem</p><p>anticoncepcionais específicos para isso, por</p><p>exemplo, existe o “Tâmisa sem parar”, a mulher</p><p>toma sem parar, que é para ela com o tempo,</p><p>diminuir inclusive, o fluxo menstrual. Para essas</p><p>mulheres, por exemplo, que tem muita</p><p>dismenorreia, muita cólica, fluxo menstrual</p><p>muito grande, podemos fazer o uso de</p><p>anticoncepcional de forma contínua, para com o</p><p>tempo esse fluxo menstrual diminuir e ela até</p><p>parar de menstruar, isso vai diminuir as cólicas</p><p>por exemplo.</p><p>Há ginecologistas que não acham muito bom essa</p><p>história da mulher ficar muito tempo sem</p><p>menstruar, porque a menstruação é fisiológica e</p><p>você está interrompendo a evolução normal das</p><p>coisas.</p><p>A paciente passa três meses sem menstruar, dá</p><p>uma pausa para ela menstruar, depois volta a</p><p>tomar de novo, para também não ficar muito</p><p>tempo sem menstruar.</p><p>Há uma série de formas de você conduzir</p><p>dependendo do perfil, dependendo do que a</p><p>paciente sente. Há aquelas que tem um ciclo</p><p>muito grande, tem muita cólica, aí o médico pode</p><p>passar o tempo fazendo de forma contínua para</p><p>paciente não menstruar.</p><p>Lá na UBS tem uns pacientes que tomam de</p><p>forma contínua, o médico passou “Tâmisa sem</p><p>parar” para elas ficarem tomando, então diminui</p><p>o fluxo menstrual, diminui cólica. Paciente que</p><p>tem endometriose usa muito, o profissional sabe</p><p>que endometriose piora bastante durante o</p><p>período menstrual.</p><p>Pergunta: Aluna questiona que há pacientes</p><p>que tomam de forma continua por 4 meses.</p><p>Resposta: Pois é, não existe uma formalidade</p><p>para isso, um posto de corte. Há mulheres que</p><p>tomam anticoncepcional e não menstruam de</p><p>jeito nenhum por decisão delas, não tem uma</p><p>regra, o profissional recomenda as vezes dar</p><p>uma parada para menstruar, mas tem mulher que</p><p>toma há mais de um ano sem parar e não tem</p><p>nenhum problema.</p><p>Na UBS tem paciente tomando anticoncepcional</p><p>há três anos sem parar não menstruou mais e</p><p>está se sentindo muito feliz com isso.</p><p>Pergunta: Aluna questiona se esse uso</p><p>prolongado de anticoncepcional pode trazer</p><p>problemas futuros para engravidar. Resposta:</p><p>Não, essa questão da fertilidade não vai trazer</p><p>problema, ela pode depois que passar um tempo</p><p>para recuperar, uns 3 ou 4 meses para voltar,</p><p>porque as vezes interrompe e causa atrofia</p><p>endometrial e aí ela pode demorar uns 3 ou 4</p><p>meses pra voltar ao trofismo endometrial e</p><p>voltar a menstruar, mas via de regra, a longo</p><p>prazo não tem um efeito que conhecido que</p><p>possa provocar algum problema, mas está indo</p><p>contra a fisiologia normal das coisas, porque é ir</p><p>contra a ordem natural das coisas, a gente não</p><p>sabe o que espera a gente lá na frente e é</p><p>sempre é bom ter cautela.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>13</p><p>Essa história de a mulher dar uma pausa,</p><p>suspender um pouco, é uma cautela, uma</p><p>precaução.</p><p>CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA</p><p>Contracepção de emergência, vocês conhecem, é</p><p>uma coisa que deve ser usada uma vez na vida, há</p><p>mulheres que querem usar toda hora, nesse caso</p><p>o médico diz pra ela: olha, se você ficar usando</p><p>isso toda hora, você vai ter problema.</p><p>Houve uma paciente na UBS, geralmente</p><p>adolescente, que no último ano tomou 3 vezes.</p><p>Ela chegou na UBS com menstruação</p><p>desregulada, toda irregular, menstruando</p><p>demais, passava dois meses sem menstruar, aí já</p><p>queria tomar de novo.</p><p>Nesse caso o médico fala: seu organismo está</p><p>totalmente desregulado, isso aqui é uma ‘bomba’</p><p>de hormônio. Para se ter uma ideia um</p><p>comprimido (de pílula do dia seguinte) tem 1,5</p><p>mg (professor compara os mg da pílula do dia</p><p>seguinte com os microgramas dos</p><p>anticoncepcionais de rotina, querendo dizer que</p><p>a pílula do dia seguinte tem uma concentração</p><p>muito alta). Então, a pílula do dia seguinte não</p><p>deve ser utilizada como método regular.</p><p>Mesmo se a paciente engravidar, não vai ter</p><p>problema com bebê, não é abortivo. Temos que</p><p>lembrar também que não protege contra</p><p>infecções sexualmente transmissíveis. Mesmo</p><p>que a paciente não engravide, o médico sugere</p><p>que seja feito o exame de sorologia, para saber</p><p>se ela, porventura, não entrou em contato com</p><p>algum patógeno, como, Hepatite B, HIV, sífilis.</p><p>A paciente tem que utilizar a pílula do dia</p><p>seguinte até o quinto dia da relação sexual.</p><p>Quanto mais tempo passar, menor a eficácia do</p><p>método, o ideal é você tomar logo. Acordou, no</p><p>outro dia, lembrou que esqueceu o preservativo,</p><p>corre na farmácia compra e toma, mas é uma</p><p>eventualidade, não pode ficar fazendo isso como</p><p>rotina.</p><p>Contracepção de emergência é muito usada em</p><p>casos de violência sexual, mulher que sofreu</p><p>estupro, é um direito que ela tem, o médico</p><p>oferece um método de emergência para ela</p><p>evitar uma gravidez não desejada, mas aí se ela</p><p>vier a engravidar ela tem direito de abortar por</p><p>lei.</p><p>Como é uma carga hormonal, tem uma série de</p><p>efeitos colaterais, como náuseas e vômitos e isso</p><p>é mais um problema porque se a paciente toma e</p><p>vomita comprimido, o método perdeu a eficácia.</p><p>Há pílulas do dia seguinte de dose única e há dois</p><p>comprimidos, você toma um comprimido e 12h</p><p>depois toma outro.</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: Aluna questiona se diarreia diminui</p><p>o efeito de anticoncepcionais. Resposta:</p><p>Professor fala que diarreia não interfere, pois o</p><p>comprimido é absorvido no duodeno. Professor</p><p>complementa dizendo que a pílula do dia seguinte</p><p>tem um nível de progesterona muito alto,</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>14</p><p>modificando o muco cervical, inibindo o pico de</p><p>LH e tentando inibir a ovulação.</p><p>FALHA DO MÉTODO</p><p>Quanto mais tempo a paciente leva pra tomar o</p><p>comprimido, mais vai caindo a eficácia. Risco de</p><p>gravidez tomando o remédio.</p><p>HORMONAIS INJETÁVEIS (IM)</p><p>Os injetáveis são aquelas injeções mensais,</p><p>geralmente a cada 30 dias, são combinados, mas</p><p>são estrogênios naturais, têm um risco de</p><p>tromboembolismo (TEV) menor, nós temos lá no</p><p>posto de saúde, tem a Mesigyna®, tem a</p><p>Noregyna®.</p><p>A paciente tem que iniciar até o quinto dia do</p><p>ciclo, para descartar a gravidez. E depois que</p><p>inicia vai ser a cada 30 dias, você vai renovando.</p><p>Fertilidade: pode levar até 4 meses para voltar,</p><p>eles podem causar uma certa atrofia</p><p>endometrial. Taxa de gravidez é baixa.</p><p>Trimestrais são aqueles à base de progesterona</p><p>que você faz a cada 3 meses, dose alta de</p><p>progesterona também.</p><p>A progesterona tem uma ação anti-estrogênica,</p><p>ela inibe a proliferação endometrial, então a</p><p>paciente acaba tendo uma atrofia endometrial,</p><p>ela para de menstruar com o tempo e ela pode</p><p>fazer também a paciente ganhar peso, então as</p><p>vezes é uma contraindicação (quando a paciente</p><p>tem dificuldade de controlar peso), paciente</p><p>adolescente você deve evitar, porque atrapalhar</p><p>o crescimento.</p><p>O retorno da fertilidade demora até 9 meses,</p><p>porque vai causar uma atrofia endometrial,</p><p>então pode levar até 9 meses para a</p><p>menstruação voltar e ela engravidar, mas isso</p><p>não é regra. Professor relata que já viu paciente</p><p>tomar essa injeção de 3 meses e no segundo ciclo</p><p>que a paciente parou de tomar ela engravidou.</p><p>MÉTODO LACTAÇÃO-AMENORRÉIA (LAM)</p><p>O método da lactação-amenorréia (LAM) é um</p><p>método natural, é para aquelas mulheres que</p><p>estão em aleitamento exclusivo e ainda não</p><p>menstruaram.</p><p>Logo, até o 6º mês de vida do bebê, se ela tiver</p><p>aleitamento exclusivo e não tiver menstruado</p><p>ainda, essa amamentação exclusiva e essa</p><p>amenorreia vai dar uma certa proteção</p><p>contraceptiva para ela.</p><p>A taxa de gravidez chega até a 2%. Geralmente</p><p>o médico associa com a mini-pílula, um outro</p><p>método. A mini-pílula de forma contínua pra</p><p>aumentar a eficácia do método.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>15</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: (inaudível). Professor responde que</p><p>a partir de 6 meses o médico não orienta mais</p><p>aleitamento materno exclusivo, então a partir de</p><p>6 meses já não se considera tanto esse método,</p><p>ou então a paciente está amamentando há apenas</p><p>3 meses e a menstruação veio, nesse caso</p><p>também não se considera mais esse método.</p><p>Lembra que tem que ser um aleitamento por livre</p><p>demanda, durante o dia o intervalo não pode</p><p>passar de 4h e durante a noite não pode passar</p><p>de 6h de amamentação. Há crianças que tem</p><p>aleitamento exclusivo por livre demanda, mas</p><p>durante o dia passa, às vezes, mais de 4h sem</p><p>mamar, nesse caso já vai invalidar o método.</p><p>PÍLULAS DE PROGESTÓGENOS</p><p>As pílulas, só de progesterona e temos também</p><p>a mini-pílula que pode ser usada com o LAM</p><p>que</p><p>é essa Noretisterona, que é chamamos de mini-</p><p>pílula. Nerestin® ou Mocronor® que tem na rede</p><p>pública.</p><p>Temos também as pílulas de progesterona de</p><p>Desogestrel, que é o Cerazette®, que é muito</p><p>comum. Essas são usadas de forma contínua,</p><p>passa-se para paciente tomar sem pausa,</p><p>“emenda” uma cartela na outra.</p><p>Paciente que tem, por exemplo, endometriose,</p><p>tem muita cólica menstrual, tem fluxo menstrual</p><p>aumentado, usa-se e dá um resultado muito bom.</p><p>O método é eficaz, nós podemos iniciar a partir</p><p>do 21º dia do pós parto, a mini-pílula junto com o</p><p>LAM.</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta</p><p>você iniciar a partir da sexta semana pós parto,</p><p>que seria um mês e meio. Então temos uma</p><p>pequena divergência entre o Ministério da Saúde</p><p>e a OMS. Não prejudica a lactação, porque a</p><p>pílula é só de progesterona, então não tem</p><p>problema.</p><p>IMPLANTES SUBDÉRMICOS</p><p>O implante subdérmico, é um “canudinho” que o</p><p>médico introduz subdérmico, na face anterior do</p><p>braço, ele dura 3 anos, fica liberando estrogênio</p><p>(acredito que o professor quis dizer</p><p>progesterona) aos poucos, é como se fosse um</p><p>DIU de progesterona, só que esse aqui é um</p><p>implante de progesterona, Etonorgestrel. O</p><p>DIU é intrauterino e aqui é um implante</p><p>subdérmico.</p><p>Vantagens, elimina o risco de falha por</p><p>esquecimento, porque não tem como esquecer, é</p><p>igual o DIU, alivia a dismenorreia, porque é</p><p>progesterona, tem ação antiestrogênica, alivia</p><p>sintomas de TPM também, como toda</p><p>progesterona pode aliviar, pode causar também</p><p>amenorreia por conta da ação da progesterona.</p><p>Isso são sintomas que a maioria dos</p><p>contraceptivos a base de progesterona podem</p><p>favorecer a paciente.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>16</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: professor esse implante pode ser</p><p>implantado em outro local? Resposta: pode,</p><p>inclusive mostra até na bula da medicação.</p><p>Pergunta: tem pelo SUS? Respostas: Não esse</p><p>não tem pelo SUS é um dos poucos.</p><p>ADESIVOS TRANSDÉRMICOS</p><p>Adesivos transdérmicos também não tem pela</p><p>rede pública. Eles são combinados. Qual o grande</p><p>problema? O adesivo você coloca, deixa ele 3</p><p>semanas e passa uma semana sem o adesivo. O</p><p>grande problema, reação local, pode dar</p><p>dermatite por conta do adesivo, ele pode</p><p>descolar, paciente às vezes faz atividade física,</p><p>vai para academia, começa a transpirar, fica</p><p>suado, o adesivo cai e a pessoa nem percebe.</p><p>Estética, tem paciente que não gosta e às vezes</p><p>vai colocar um adesivo na barriga ou em outro</p><p>local, paciente pode não gostar. Pacientes muito</p><p>obesas tem uma atividade mais baixa por causa</p><p>da capa de tecido adiposo que acaba diminuindo</p><p>a eficácia do método. Professor relata que na</p><p>UBS nunca viu pacientes usando esses adesivos.</p><p>ANEL VAGINAL</p><p>Anel vagina não se usa praticamente.</p><p>MÉTODOS DEFINITIVOS/CIRÚRGICOS –</p><p>LAQUEADURA TUBÁRIA</p><p>Laqueadura tubária é um método definitivo,</p><p>cirúrgico, teoricamente na maioria das vezes ele</p><p>é irreversível. Mas, a técnica tem que ser muito</p><p>boa, porque tem várias técnicas, então se você</p><p>utilizar uma técnica boa dificilmente você vai</p><p>conseguir reverter.</p><p>Antigamente o cirurgião só cortava e ligava as</p><p>pontas, aí as vezes as pontas grudavam uma na</p><p>outra e promovia uma religação</p><p>espontaneamente. Só que hoje em dia a gente</p><p>corta a pontinha, amarra e joga de volta para</p><p>dentro do útero, faz uma histerectomia e joga</p><p>de volta para dentro do útero, aí o</p><p>espermatozoide vem, entra na tuba uterina e</p><p>volta para dentro do útero, aí fica rodando até</p><p>morrer e não encontrar o ovário/óvulo.</p><p>Então, hoje já há métodos bem mais eficazes, é</p><p>uma técnica geralmente irreversível e por conta</p><p>disso você vai tornar a paciente estéril. Então</p><p>existe toda uma prerrogativa legal para você</p><p>poder fazer esse procedimento, porque você vai</p><p>tornar uma paciente estéril, ela vai perder a</p><p>capacidade de se reproduzir.</p><p>Por lei, só é permitido em mulheres que tenham</p><p>capacidade civil plena, aquelas pessoas que são</p><p>incapazes não podem, somente por ordem</p><p>judicial. Pacientes com mais de 25 anos, se ela</p><p>tiver 24 anos e 11 meses não pode, por lei, ou</p><p>pelo menos dois filhos vivos, "ou", na lei está</p><p>escrito assim , se é "ou" ela pode, por exemplo,</p><p>ter 20 anos, e se ela tiver dois filhos vivos, ela</p><p>pode fazer laqueadura com 20 anos porque na lei</p><p>tem escrito "ou".</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>17</p><p>Dificilmente o obstetra vai querer fazer, ele vai</p><p>tentar convencer a paciente, dizer que ela muito</p><p>nova e ela que ela pode querer casar de novo,</p><p>pode se arrepender. A paciente tem que passar</p><p>por todo um curso para que ela possa ser</p><p>esclarecida sobre esse método, que é</p><p>irreversível. Se lá na frente ela ficar viúva, se</p><p>separar, casar de novo, quiser ter outros filhos,</p><p>não dá mais, e quanto mais tempo passar, mais</p><p>difícil é para reverter o método.</p><p>O prazo mínimo entre a manifestação da</p><p>vontade, a mulher tem que assinar um</p><p>documento, dizendo que quer. No momento que</p><p>ela assina tem que contar pelo menos 60 dias</p><p>daquela assinatura até o ato cirúrgico.</p><p>Outra opção é se uma gravidez oferecer risco</p><p>de morte para mãe ou para o concepto, então se</p><p>o médico ver, por exemplo, que a mãe</p><p>desenvolveu uma doença como por exemplo uma</p><p>cardiomiopatia dilatada, se ela engravidar o</p><p>risco dela morrer é muito grande, aí nesse caso</p><p>o obstetra pode fazer a laqueadura tubária</p><p>dessa paciente para evitar que ela engravide</p><p>porque o risco dela morrer na gravidez é muito</p><p>grande, aí nesse caso tem que ter assinatura de</p><p>dois médicos. Isso aqui está na lei, se você</p><p>descobrir isso aqui, você pode pegar de 2 a 8</p><p>anos de cadeia.</p><p>Outros incisos da Lei, outras obrigatoriedades</p><p>que precisam constar para a paciente fazer a</p><p>laqueadura: Tem que ter o consentimento</p><p>expresso do conjugue, se ela tiver uma união</p><p>estável tem que ter autorização por escrito do</p><p>marido, ou do companheiro, da mesma forma o</p><p>homem se quiser fazer vasectomia, se tiver</p><p>união estável também tem que ter</p><p>consentimento da esposa, são direitos iguais.</p><p>É vedado em mulher durante o parto ou aborto,</p><p>está na lei, exceto em casos comprovados de</p><p>necessidade, de cesarianas sucessivas. Então</p><p>essa história de você fazer laqueadura,</p><p>aproveitar uma cesariana para fazer uma</p><p>laqueadura, é crime, não pode.</p><p>O Professor diz que acha que esta lei é de 1996.</p><p>Você não pode aproveitar uma cesárea para</p><p>fazer uma laqueadura, a mulher tem que se</p><p>recuperar do procedimento cirúrgico, para</p><p>passar por outro procedimento para fazer a</p><p>laqueadura. Quando o médico é amigo do</p><p>paciente, às vezes ele faz na amizade.</p><p>Acontece muito de um cirurgião na hora do parto</p><p>perguntar para o paciente se ela quer que ligue,</p><p>aí a paciente responde que sim, e o médico faz o</p><p>procedimento, mas não coloca no prontuário do</p><p>paciente que ligou, se não ele estaria criando</p><p>provas contra ele mesmo.</p><p>É crime, ele pode até fazer para beneficiar a</p><p>paciente de alguma forma, mas por lei é crime, a</p><p>menos que ela tenha sucessivas cesarianas que</p><p>justifiquem o fato de uma nova gravidez de risco</p><p>ou alguma coisa assim, e o médico pode alegar</p><p>isso, mas via de regra é crime, no interior a se</p><p>vê muito isso, mas o médico está se expondo a</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>18</p><p>processos, está se expondo a responder</p><p>judicialmente.</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: Aluna pergunta se há algum método</p><p>contraceptivo, em estudo, para o homem.</p><p>Resposta: Existe uma pílula masculina, mas está</p><p>em estudo, ainda está em desenvolvimento, por</p><p>enquanto só vasectomia e o preservativo.</p><p>Professor aponta no quadro a parte que fala de</p><p>cesárea e aborto e diz que se isso for</p><p>descumprido a pena pode aumentar em um terço,</p><p>podendo chegar</p><p>a uma pena de 10 a 12 anos. Não</p><p>será considerada manifestação se essa decisão</p><p>da paciente foi feita em um estado emocional</p><p>alterado.</p><p>O que já observamos, em pacientes que foram</p><p>ligadas, que a mulher pediu para o médico ligar,</p><p>no parto ou às vezes no puerpério e depois alega</p><p>que se arrependeu, que ela estava sobre efeito</p><p>emocional muito grande, para processar o</p><p>médico e tomar dinheiro do médico.</p><p>E aí o que o juiz vai dizer? O médico vai dizer:</p><p>"ah doutor é porque ela me pediu", mas o juiz vai</p><p>dizer que o médico não seguiu a lei. O brasileiro</p><p>não pode alegar na sua defesa que desconhece a</p><p>lei, a lei está disponível para todo mundo, todo</p><p>mundo tem a obrigação de conhecer a lei, então</p><p>você não pode alegar: Ah mas eu não sabia, você</p><p>não pode alegar isso para um juiz.</p><p>Professor reforça que se a laqueadura for feita</p><p>durante o parto ou aborto, a pena é aumentada</p><p>em um terço. Se for feito durante o puerpério,</p><p>por exemplo, que ela está em um estado</p><p>emocional alterado, ou está sob efeito de álcool</p><p>ou drogas, aumenta em um terço a pena.</p><p>LAQUEADURA TUBÁRIA E VASECTOMIA</p><p>Como já foi dito a laqueadura é um método</p><p>cirúrgico, tem riscos a paciente se submete a</p><p>uma anestesia que tem os seus riscos, pelo</p><p>próprio procedimento anestésico ou pelo</p><p>procedimento cirúrgico, tem uma taxa de</p><p>gravidez baixa, mas pode chegar até 1,8%, pois</p><p>pode haver uma recanalização espontânea e a</p><p>taxa de arrependimento chega a 20%.</p><p>Logo, é uma taxa alta, às vezes uma mulher de</p><p>30 anos faz uma laqueadura, casa de novo, quer</p><p>ter outro filho e não dá mais, porque quanto mais</p><p>tempo você passa, pior é para recanalizar. E</p><p>também esse procedimento não protege contra</p><p>as infecções (ISTs).</p><p>A vasectomia, por outro lado é um procedimento</p><p>ambulatorial, é uma anestesia local, às vezes é</p><p>somente uma sedação simples, não precisa fazer</p><p>raquianestesia, muitas vezes é só um sedativo,</p><p>bota ali um medicamento na veia, o paciente</p><p>dorme meia hora, faz o procedimento, o paciente</p><p>vai para casa no mesmo dia.</p><p>É um procedimento bem mais simples, por isso</p><p>seria mais interessante para o casal fazer a</p><p>vasectomia, mas ainda se lida muito com essa</p><p>questão do machismo, do homem achar que ele</p><p>perdendo sua fertilidade, ele pede sua</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>19</p><p>masculinidade, então acaba que a própria</p><p>sociedade leva muito isso em consideração.</p><p>ALGUMAS SITUAÇÕES ESPECIAIS</p><p>Aqui são os critérios de elegibilidade da</p><p>Organização Mundial de Saúde para o uso dos</p><p>contraceptivos. Pós-parto, com menos de 6</p><p>semanas, deve-se evitar todos os conceptivos,</p><p>pois não vai poder utilizar nenhum.</p><p>Depois 6 semanas, com a paciente em</p><p>aleitamento materno exclusivo é que se vai</p><p>poder usar as mini-pilulas, não vai poder usar os</p><p>combinados e os injetáveis mensais,</p><p>principalmente porque eles tem estrogênio</p><p>(Professor aponta para o quadro e mostra que os</p><p>medicamentos que estão marcados em vermelho</p><p>não devem ser usados).</p><p>Isso porque a paciente está em amamentação,</p><p>então tudo que tem estrogênio atrapalha a</p><p>amamentação, então combinado oral, injetável</p><p>mensal devem ser evitados.</p><p>Paciente é tabagista, há mais de 35 anos,</p><p>combinado oral tem que ser evitado, se ela fumar</p><p>mais de 15 cigarros, que dá quase um maço por</p><p>dia, até os injetáveis mensais devem ser</p><p>evitados.</p><p>Hipertensão, combinado oral e injetável mensal</p><p>devem ser evitados, se for hipertensão (HAS)</p><p>estagio 2, os injetáveis trimestrais a base de</p><p>progesterona tem que ser evitados também,</p><p>história de TVP, TEV, onde tiver estrogênio,</p><p>como combinado oral, injetável mensal, que tem</p><p>estrogênio tem que ser evitado, imobilização</p><p>prolongada, combinado oral, injetável mensal</p><p>tem que ser evitado, principalmente por conta do</p><p>estrogênio.</p><p>Então é importante perguntar para paciente,</p><p>você tem enxaqueca? Você fuma? Qual a sua</p><p>idade? Já teve história de câncer de mama? de</p><p>trombose? Tem pressão alta? Tem diabetes?</p><p>Porque se você deixa passar uma situação dessa</p><p>e prescreve um anticoncepcional, pode-se causar</p><p>um problema para paciente, uma complicação</p><p>grave, um tromboembolismo cerebral, aumento</p><p>de câncer de mama, então são complicações</p><p>graves.</p><p>ALGUMAS SITUAÇÕES ESPECIAIS (2)</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>20</p><p>Enxaqueca: enxaqueca sem aura, você vai ver a</p><p>idade da paciente, se ela tiver menos de 35 anos</p><p>você deve evitar os combinados que tem</p><p>estrogênio.</p><p>Aqui é diferenciado, se a paciente já vem usando</p><p>(anticoncepcional), você deve evitar continuar o</p><p>uso, e se a paciente tem idade igual ou acima de</p><p>35 anos, você deve evitar iniciar ou continuar o</p><p>uso, mas de uma forma geral se evita ou iniciar</p><p>ou continuar pelo risco que pode trazer.</p><p>Se a paciente tiver aura, se a enxaqueca dela for</p><p>clássica, onde tiver estrogênio como combinado</p><p>oral, injetável mensal e até os que tem</p><p>progesterona, devem ser evitados (injetável</p><p>trimestral, pílula de progesterona e até o DIU</p><p>de progesterona devem ser evitados). Pode usar</p><p>o quê ? Métodos de barreira, mas os métodos</p><p>hormonais tem que ter muito cuidado.</p><p>Enxaqueca sem aura, você pode usar os métodos</p><p>que contém progesterona, você pode usar o DIU</p><p>de progesterona, a pílula de progesterona,</p><p>injetável trimestral que é só progesterona, o</p><p>problema é quando for com aura, que tem que ter</p><p>muito cuidado, sempre pergunte para a paciente:</p><p>Você tem enxaqueca? Ah, eu tenho umas dores</p><p>de cabeça. Deve-se parar sua consulta para ver</p><p>que dor de cabeça é essa, porque às vezes ela</p><p>não tem o diagnóstico de enxaqueca fechado,</p><p>então você para 10 minutos da sua consulta para</p><p>ver se você consegue fechar o diagnóstico de</p><p>enxaqueca.</p><p>Há critérios baseados nas características da</p><p>dor que você fecha o diagnóstico, a enxaqueca o</p><p>diagnóstico é clínico não existe exame para</p><p>diagnosticar enxaqueca.</p><p>DÚVIDAS</p><p>Pergunta: Aluna pergunta se isso vale para</p><p>enxaqueca de forma contínua ou isolada.</p><p>Resposta: enxaqueca depende, se continua, se é</p><p>isolada, é enxaqueca! Se o médico fechou o</p><p>critério para enxaqueca, paciente tem</p><p>fotofobia, dor incapacitante de caráter pulsátil</p><p>dura "tantas" horas, fechou o critério às vezes</p><p>é desencadeada por um alimento, pela</p><p>menstruação, por um odor forte, tem histórico</p><p>familiar, depende ser uma vez na semana ou se é</p><p>uma vez no mês.</p><p>Se ela tem histórico de câncer de mama, ou de</p><p>endométrio, ou de ovário você vê que tem que ter</p><p>algumas restrições, se for câncer de mama</p><p>atual, ou mesmo que já tenha passado cinco anos,</p><p>e geralmente cinco anos é o prazo que a gente dá</p><p>para dar algo para o paciente.</p><p>Mesmo aquelas que já passaram de 5 anos de</p><p>câncer de mama, elas devem evitar os</p><p>contraceptivos hormonais de uma forma geral.</p><p>De endométrio (câncer) elas devem evitar o</p><p>DIU, de cobre ou de progesterona, porque vai</p><p>estar lá dentro do endométrio, em contato</p><p>direto com o endométrio. O de ovário, elas</p><p>devem também evitar o DIU, de cobre e de</p><p>progesterona.</p><p>AULA 1: MFC VI / DIA: 04-03-2021 ARIENY LIMA E HENRIQUE FORTES</p><p>21</p><p>Pergunta: professor e se a paciente já tiver</p><p>o DIU e depois descobrir que tem um câncer</p><p>de ovário, precisa tirar? Resposta: O</p><p>profissional recomenda tirar, é um corpo</p><p>estranho que vai gerar uma ação hormonal, que</p><p>pode influenciar o tratamento, então se tira.</p><p>Professor relata que trabalha muito com a</p><p>ginecologia e conhece os principais</p><p>anticoncepcionais. Às vezes a paciente chega e o</p><p>médico pergunta: você usa método</p><p>contraceptivo? Sim. Qual? Kyleena. Aí o médico</p><p>não sabe o que é, pega o celular, digita o nome do</p><p>remédio e a bula e ver qual o hormônio que tem</p><p>nesse anticoncepcional.</p><p>Não tem nenhum problema, ninguém é obrigado</p><p>a ter o nome de todos os remédios</p><p>na cabeça,</p><p>tem que saber só os principais. Então, deve-se</p><p>chamar a atenção de vocês para esses critérios</p><p>de elegibilidade o que pode, e o que não pode</p><p>usar, ter muito cuidado com enxaqueca, cuidado</p><p>com tabagismo, hipertensão, paciente</p><p>hipertenso tem muitas restrições. Assim, deve-</p><p>se evitar mesmo que seja uma hipertensão</p><p>controlada mesmo que um paciente diga: minha</p><p>pressão é 12/8 e estou tomando a Losartana.</p><p>Pergunta: Aluna pergunta sobre mulheres com</p><p>menos de 35 anos, tabagistas. Professor:</p><p>Pode usar, só não pode quando ela tiver mais de</p><p>35 anos e for tabagista, porque junta dois</p><p>fatores de risco: a idade e o tabagismo.</p><p>Contudo, se for só o tabagismo e ela foi uma</p><p>paciente jovem, dá para usar, mas claro que você</p><p>vai usar sempre com muito cuidado. O médico</p><p>sempre orienta: não é muito bom.</p><p>Uma paciente de 22 anos, por exemplo, fuma e</p><p>está usando pílula, o médico diz para ela: pode</p><p>usar, mas não é muito bom misturar o</p><p>anticoncepcional com cigarro, aumenta o risco de</p><p>trombose, aumenta o risco de você ter um</p><p>derrame, fala "a real" para ela, para ver se ela</p><p>se conscientiza e diminui o tabagismo, ou até</p><p>mesmo para de fumar, mas geralmente elas</p><p>preferem não usar o anticoncepcional a parar de</p><p>fumar, e vai continuar fumando.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina