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Patologia geral – aula introdutória – prof. Dalgimar – 24/02/12 – aluno: Pedro Randal Patologia: ciência que estuda e descreve as alterações dos órgãos e sistemas que dão origem às doenças ou, noutra vertente, a ciência que pelas alterações de órgãos e sistemas explica as enfermidades, os sintomas e sinais de doenças. Já por esse enunciado, fica claro que alterações são necessariamente funcionais e estruturais (morfológicas). O que é alterado estruturalmente sofre alterações funcionais, demonstrando sinais e sintomas que podem ser identificados. (para relembrar: sinais são as manifestações notadas pelo médico, e sintomas são aquelas relatadas pelo paciente) Níveis organizacionais do seres vivos: Paciente de 69 anos, masculino, sofre dor em garra no pré-córdio (área de projeção do coração no tórax) irradiando-se para o braço esquerdo, seguido de falta de ar (dispneia), e de insuficiência renal aguda. Poucos dias depois morre. - nas duas vertentes da definição, toda a sintomatologia vai referir-se ao CORAÇÃO, que sofreu infarto, após isquemia determinada por uma placa de arteriosclerose que fechou parcial ou completamente uma artéria coronariana. - pela outra vertente, diante do que foi descrito, posso imaginar, de imediato, quais sintomas e sinais apresentados pelo paciente. Claro, posso imaginar pela necropsia eventualmente feita, ou por imagens e outros exames laboratoriais também eventualmente feitos. -> Esquematizando. Diante de um quadro como esse, você faz: a – diagnósticos sindrômicos: insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, insuficiência renal; b – diagnósticos anatômicos: onde estarão as lesões? Coração, pulmão, rins. - E aí vem o fulcro de nosso estudo: c – diagnósticos patológicos: enfarte do miocárdio (necrose de células musculares do coração [alteração estrutural, anatômica, histológica] que condiciona a insuficiência [a fibra morta não mais funciona, alteração funcional]) insuficiência cardíaca. Essa abordagem leva a um quarto item: O diagnóstico etiológico Macroscopia – microscopia O que dá origem à patologia geral é o nível microscópico. O fundamento da patologia até o presente momento vem de Rudolf Virchow, que criou o termo Patologia Celular, e tal fundamento esperou, no plano histórico, o aparecimento da microscopia e da teoria celular de Schwann e Schleiden. Necrose: morte celular com o indivíduo vivo. Próximo passo: estamos dentro das células, continuam as alterações a ser chamadas pelo nome genérico de Patologia. Vem as alterações ultraestruturais (organelares) enfocadas por microscopia eletrônica, e as moleculares (Biologia molecular). Aqui adentra-se o domínio da genética e de seu relacionamento com o ambiente. Nature x Nurture (natureza x ambiente) Duas coisas precisam ser lembradas: 1. Extensão do tema: ainda hoje a teoria de explicação de arteriosclerose mais aceita é devida a Rudolf Virchow, o pai da patologia celular. O fenômeno teria relação com inflamação. 2. Para inserir vocês na realidade esse mesmo cientista é pai também da medicina social, ergo, do PSH. O normal e o patológico mesclam-se muitas vezes não têm limites precisos. Sobrepõem-se. Quando todos vocês aqui nasceram, com certeza – só para dar um exemplo – todos, sem exceção, perderam abruptamente a maior parte do córtex da suprarrenal O chamado córtex provisório morre, e outro tem de substituí-lo. PONTOS PRINCIPAIS DA AULA: Patologia: ciência que estuda as alterações morfológicas e funcionais. Diagnósticos podem ser feitos a nível sindrômico, anatômico, patológico e etiológico. O que dá origem à patologia geral é o nível microscópico Rudolf Virchow. Necrose: morte celular com o indivíduo vivo. O normal e o patológico sobrepõem-se. A apoptose é um fenômeno normal e patológico. Quando o indivíduo morre, as células de seu corpo morrem em um fenômeno conhecido por morte somática; necrose a apoptose não são termos que podem ser utilizados nesse caso.
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