Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
20/05/13 1 Indicadores em Saúde Cole7va Carlos Henrique Alencar carllosalencar@ufc.br Obje7vos • Quan7ficar os Problemas de Saúde. – Morbidade, Mortalidade e Fontes de Dados. – Incidência e Prevalência. – Indicadores demográficos, econômico-‐sociais e de saúde. – Coeficientes e Índices. – Perfil de morbi-‐mortalidade da população brasileira e do Ceará. • A epidemiologia desenvolve tecnologias efe7vas para o chamado diagnós(co de saúde da comunidade, fornecendo instrumentos para o planejamento e a organização das ações de saúde. Informações epidemiológicas • A inves7gação epidemiológica possibilita, ainda, o avanço do conhecimento sobre os determinantes do processo saúde/doença. Informações epidemiológicas • Avaliação de programas • A7vidades e procedimentos preven7vos e terapêu7cos – sistemas de prestação de serviços – medidas de saúde sobre a população Uso do método epidemiológico • Como está a situação de saúde dessa população? • Quais são as polí7cas públicas des7nadas à transformação dessa realidade? • Que resultados podemos alcançar? • Como avaliar o atendimento prestado? • Quais foram os resultados alcançados? • Qual o impacto das ações realizadas? Disponibilidade de informações – indicadores de saúde 20/05/13 2 • Onde estamos nesse momento? – Aqui... • Onde devemos estar no futuro? – Lá... • Como ir Daqui até Lá? Preguntas fundamentais Definição • Qualquer medida contada ou calculada e mesmo qualquer observação classificável capaz de “revelar” uma situação que não é aparente por si só. -‐ Natureza: qualita7va ou quan7ta7va • Permitem a avaliação do estado de saúde de uma população. – Comparação das populações • Áreas • Períodos Indicadores de saúde • Indicadores sobre o diagnós7co de saúde da população – referentes a um território específico • Indicadores sobre as possibilidades técnicas para implementação de uma polí7ca social • Indicadores sobre a dimensão dos resultados alcançados pelas polí7cas sociais (Cazes, 1972). Classificação dos Indicadores • Medidas do estado de saúde de uma população – Importantes no início do processo de tomada de decisão – Onde estamos nesse momento? • Medidas da necessidade de saúde – Construídos a par7r de modificações nos indicadores do estado de saúde • Diminuição da taxa de mortalidade infan7l, aumento da expecta7va de vida, etc. – Onde devemos estar no futuro? Diagnós7co de saúde de uma população • Esses indicadores precisam ser desagregados em vários níveis: – Diferentes regiões demográficas, – Diferentes segmentos de uma população (distribuição por sexo, idade, renda, escolaridade), – Diferentes demandas, quando os recursos são insuficientes para atender a todas. Indicadores de saúde 20/05/13 3 • Exemplos: – População por sexo e faixa etária, – Índice de natalidade, – Índice de mortalidade, – Mortalidade por causas, – Cobertura de saneamento básico.... Indicadores de saúde • É necessário consultar múl7plas fontes de dados externas ao setor – composição da população, saneamento básico, escolaridade, renda, acesso aos recursos públicos. • É preciso não esquecer de fontes informais, tais como: – associações de bairro e en7dades religiosas, os quais, frequentemente, dispõem de dados significa7vos, mesmo que muitas vezes fragmentados. Fontes de dados Tipos de indicadores 1. Números absolutos • Incidência absoluta • Es7ma7vas de prevalência – Número de pessoas que por um hábito estão expostas a riscos Tipos de cancer mais incidentes es7mados para 2010 na população brasileira (exceto pele não melanoma). Fonte: INCA Tipos de indicadores 2. Números rela(vizados – cálculos • Esperança de vida (expecta7va de vida) • Medidas rela7vizadas (índice / razão / proporção / taxas) • Medidas de tendência central (médias, mediana) – Média de dentes perdidos – contagem de parasitos no sangue • Medidas de dispersão (desvio padrão) Proporção de nascimentos (%) com sete ou mais consultas de pré-‐natal. Brasil e grandes regiões, 2000 e 2007 20/05/13 4 Índices • Medidas que integram múl7plas dimensões ou elementos de diversas naturezas – numa única medida, vários aspectos de uma determinada situação saúde-‐doença. – Índice de Quetelet (massa corpórea -‐ IMC) -‐ peso/altura2 – Óbitos acidentes de trânsito/número de carros da frota – Número de leitos hospitalares/população – FIM (Func%onal Indenpendence Measure) – escala de avaliação de independência funcional (seqüela neurológica), com 6 grupos de critérios quali/quan7ta7vos – Escala de Glasgow (avaliação clínica e prognós7ca de coma) – APGAR (vitalidade em neonatos) Consultas médicas por habitante -‐ Nordeste 1,52 2,11 1,8 2,07 2,14 1,93 1,55 1,92 1,63 1,95 1,86 1,77 0 0,5 1 1,5 2 2,5 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-‐Oeste Brasil 2005 2010 Número de leitos hospitalares por habitante – Regiões Brasil -2005 e 2010 Medidas do 7po razão • Expressa a relação entre duas magnitudes da mesma dimensão (unidade de mensuração) e natureza. • Numerador corresponde a uma mesma categoria que exclui o denominador (não faz parte do denominador) – Exemplo: Razão de sexos • Quantas vezes o evento ocorre a mais nos indivíduos do numerador em relação ao denominador. Pirâmide etária Brasil – 2000 e 2010 2000 2010 Faixa Etária Masculino Feminino Menor 1 78 144 75 131 1 a 4 319 590 308 533 5 a 9 421 513 408 454 10 a 14419 605 404 050 15 a 19 429 627 414 411 20 a 29 814 830 822 229 30 a 39 581 470 624 841 40 a 49 461 211 514 953 50 a 59 294 101 348 695 60 a 69 193 772 237 779 70 a 79 108 333 145 619 80 e + 50 211 70 648 Total 4 172 407 4 375 343 1,04 1,04 1,03 1,04 1,04 0,99 0,93 0,90 0,84 0,81 0,74 0,71 -‐ 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 Me no r 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e + População residente por faixa etária e sexo, Ceará 2009 Razão entre sexos por faixa etária, Ceará 2009 20/05/13 5 2,43 2,31 1,88 1,04 0,92 1,81 0 200 400 600 800 1000 1200 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Sudeste Centro-‐oeste Sul Nordeste Norte Brasil Razão médicos/pop Razão pop/médicos Concentração de médicos por mil hab. regiões brasileiras -‐ 2010 Concentração de médicos por mil hab. e habitantes por médicos. Estados do Brasil -‐ 2010 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 DF RJ GO SP RS ES SC M G PR M S PE RR TO RN PB M T AL BA AM CE AP RO AC PI SE PA M A Razão médicos/pop Razão pop/médicos Mortalidade materna • As mortes maternas são aquelas devidas a complicações da gravidez, do parto e do puerpério, reunidas no capítulo XV da 10a revisão da CID. – O puerpério é o período de 42 dias que se segue ao parto. • Causas obstétricas diretas – Próprias ou específicas do ciclo gravídico-‐puerperal, como toxemia gravídica e descolamento prematuro de placenta. • Causas indiretas – Não específicas da gravidez, parto ou puerpério, mas agravadas ou complicadas nesses períodos, como diabetes ou doenças cardíacas. Mortalidade materna CMM = Mod +Moi( )NV • Onde: – Mod e Moi representam as mortes maternas devido às causa obstétricas diretas e indiretas, respec7vamente – NV – número de nascidos vivos Coeficiente de Mortalidade Materna 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Po r m il Ceará Brasil Medidas do Tipo Proporção 1. Numerador con7do (subconjunto) vem um denominador mais amplo 2. Adimensionais (sem medida de mensuração) 3. Variam de 0 (ausência de probabilidade do evento) a 1 (sua total ocorrência) • Forma de se expressar o resultado: fração ou representações decimais (x 100; x 1000 ou outros múl7plos de 10), dependendo da frequência do evento MORTALIDADE PROPORCIONAL /COEFICIENTES 20/05/13 6 Proporção de nascimentos com baixo peso segundo 7po de parto – Brasil, 2000 e 2007 Mortalidade Proporcional • Número de óbitos por determinada causa/ total de óbitos • Número de óbitos em uma faixa etária/total de óbitos • Número de óbitos em um sexo/total de óbitos – Óbitos/óbitos (denominador) não representa, risco! Variação proporcional de mortalidade por homicídios na população masculina com idades entre 20 a 39 anos–capitais, 2006-‐2008 e 2001-‐2003 Indicador de Swaroop e Uemura Razão de mortalidade proporcional – RMP – Óbitos em ≥ 50 anos/ total de óbitos • 1º nível (RMP ≥ 75%): – 75% ou mais da população morre com 50 anos ou mais de idade, pico de países desenvolvidos; • 2º nível (RMP entre 50% e 74%): – Regiões com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde; • 3º nível (RMP entre 25% e 49%): – Regiões em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde; e • 4º nível (RMP abaixo de 25): – Regiões onde 75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos, caracterís7co de alto grau de subdesenvolvimento. Curvas de Mortalidade Proporcional (Moraes, 1959) 0 10 20 30 40 50 60 < 1 1 a 4 5 a 19 20 a 49 >50 Nível 3 0 10 20 30 40 50 60 < 1 1 a 4 5 a 19 20 a 49 >50 Nível 2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 < 1 1 a 4 5 a 19 20 a 49 >50 Nível 1 0 10 20 30 40 50 60 < 1 1 a 4 5 a 19 20 a 49 >50 Nível 4 Mortalidade proporcional Brasil, Nordeste e Ceará, 2010 0 5 10 15 20 25 30 Me no r 1 an o 1 a 4 an os 5 a 9 an os 10 a 14 an os 15 a 19 an os 20 a 29 an os 30 a 39 an os 40 a 49 an os 50 a 59 an os 60 a 69 an os 70 a 79 an os 80 an os e ma is Brasil Nordeste Ceará 20/05/13 7 Curvas de mortalidade proporcional segundo faixas etárias e sexo, Brasil -‐ 2008 Mortalidade proporcional por Acidentes de Transporte Terrestre, segundo faixa etária e 7po de usuário do sistema viário, Brasil -‐ 2008 Quan7ficação do indicador de Nelson de Moraes (Guedes, 1973) • pontos posi7vos para > 50 anos – aumento revela uma melhoria de saúde • pontos nega7vos para < 50 anos – aumento revela piora do nível de saúde Faixa etária Peso < 1 ano -‐4 1-‐4 anos -‐2 5-‐19 anos -‐1 20-‐49 anos -‐3 ≥50 anos +5 Quan7ficador de Guedes – Cálculo Mortalidade proporcional >50 anos Peso Mort. x Peso 23,67 -‐4 -‐94,68 4,86 -‐2 -‐9,72 3,66 -‐1 -‐3,66 20,77 -‐3 -‐62,31 47,04 5 235,2 Quan(ficador de Guedes (soma/10) 64,83/10 ≅ 6,5 0 5 10 15 20 25 30 35 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 DIP Neoplasias Ap. circulatório Ap. respiratório Afec período perinatal Causas externas Demais causas Mortalidade proporcional por grupos de causas - Brasil 0 5 10 15 20 25 30 35 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 DIP Neoplasias Ap. circulatório Ap. respiratório Afec período perinatal Causas externas Demais causas Mortalidade proporcional por grupos de causas - Ceará 20/05/13 8 Mortalidade proporcional por causa mal definidas -‐ 1998 Mortalidade proporcional por causa mal definidas -‐ 2010 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Am az on as Ac re Am ap á Ba hi a Pa rá M in as G er ai s Ro nd ôn ia Al ag oa s Pa ra íb a Ri o de Ja ne iro Br as il M ar an hã o Sã o Pa ul o Go iá s Pe rn am bu co Se rg ip e Sa nt a Ca ta rin a Ce ar á Pa ra ná Ro ra im a Ri o Gr an de d o Su l Pi au í M at o Gr os so Ri o Gr an de d o N or te To ca n7 ns Es pí rit o Sa nt o M at o Gr os so d o Su l Di st rit o Fe de ra l % Mortalidade proporcional por causas mal definidas 2001, 2005 e 2010. 2001 2005 2010 0 5 10 15 20 25 30 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Mortalidade proporcional por causa mal definidas -‐Ceará Coeficientes • Os eventos do numerador representam um risco de ocorrência em relação ao denominador. – COEFICIENTE DE PREVALÊNCIA • Proporção que em um determinado momento é portadora do evento de interesse em relação ao total da população inves7gada neste mesmo momento, com base em uma aferição. – mensuração da probabilidade de eventos mórbidos – avaliação da frequência de fatores de risco e de proteção Coeficiente de incidência • Proporção de indivíduos que, no começo do acompanhamento, não 7nham desenvolvido o evento de interesse e que ao longo dele mudaram de status ao desenvolvê-‐lo. – Outros eventos incidentes poderiam ser tratados nessa perspec7va: • iniciação sexual, gravidez, mortalidade, natalidade... • Incidência acumulada 20/05/13 9 Coeficientes de mortalidade • Ferramentas mais importantes para a avaliação do estado de saúde da população com propósitos de monitoramento e vigilância epidemiológica – Coeficiente de mortalidade geral (x 1000 habitantes) – Coeficiente de mortalidade por causa específica (x 100.000) – Coeficiente de mortalidade por faixas etárias (x 100.000) Coeficiente de Mortalidade Geral • Es7ma o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma determinada área, num determinado ano. • Seu valor é afetado pela composição etária da população: – Populações velhas tem maior CMG que aquele verificado em populações jovens – Padronização – para comparar áreas com diferentes estruturas populacionais Coeficientes Específicos de Mortalidade por causas • Es7ma o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa por uma determinada causa • Expressa gravidade • Não abrangem todo o espectro de eventos que acometem a população (alta incidência com baixa letalidade) • Podem subs7tuir indicadores de morbidade quando estes não estão disponíveis • Alta taxa de letalidade da morbidade da população (ex. Câncer de pâncreas, raiva) Coeficientes Específicos de Mortalidade por causas evitáveis • Causa evitáveis: doenças ou agravos que raramente ou nunca deveriam evoluir para óbito • Expressa baixa qualidade de serviços assistenciais Coeficiente de mortalidade infan7l por Regiões. 0 10 20 30 40 50 60 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ó bi to s/ 10 00 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-‐Oeste Brasil Coeficiente de mortalidade infan7l por Regional de Saúde do Ceará, 2011. 2007 2009 2011 20/05/13 10 Coeficiente de letalidade • Tipo “especial” de coeficiente de incidência. – Probabilidade de um indivíduo ir a óbito por uma determinada causa, dado que essa pessoa tem a doença. – Expressa a gravidade de uma doença ou agravo. 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 0 100 200 300 400 500 600 700 800 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 Casos Óbitos Taxa de Letalidade Casos, óbitos e letalidade por dengue hemorrágica no Brasil de 1986 a 2003 Medidas do 7po Taxas • Expressa a magnitude da mudança em relação ao tempo. – NUMERADOR: número simples de eventos em uma dimensão (número de pessoas que desenvolvem um evento incidente) – DENOMINADOR: inclui, de alguma maneira, a dimensão de tempo (no coeficiente, é importante mas não está incluído no cálculo) • Analogia: velocidade e fluxo (Km/h) Taxa de incidência Razão entre o número de casos novos de uma doença e a soma dos períodos durante os quais cada indivíduo componente da população esteve exposto ao risco de adoecer e foi observado. – quan7dade de pessoa-‐tempo de exposição Pessoa-‐tempo: Medida composta pelos i indivíduos que integram uma população, e pelo intervalo de tempo durante o qual cada um deles. Taxa de incidência • Casos Incidentes/número de pessoas-‐tempo– PESSOA-‐TEMPO: soma da contribuição individual no seguimento (pessoa x tempo em observação) • Até o evento resultante • A saída da coorte (abandono, migração, morte) • O término do estudo • Pessoas-‐semana / Pessoas-‐mês / Pessoas-‐ano • Interpretação: número de eventos incidentes detectados para cada pessoa tempo de observação. Expecta7va de vida, esperança de vida ou vida média • Número esperado de anos a serem vividos, em média, pelos indivíduos integrantes de uma coorte. • Resume a experiência de vida e morte de uma população. 20/05/13 11 Expecta7va de vida • Indica o número médio de anos que um indivíduo, de uma determinada idade, tem a probabilidade de viver • É um indicador de síntese; • Expressa as caracterís7cas da mortalidade por idade; • Avalia as condições de saúde de uma população; • Combinação da mortalidade nas diversas idades, obtendo-‐se um único valor; • Pode ser comparada diretamente pois leva em conta as forças de mortalidade agindo sobre todas as idades. Esperança de vida ao nascer estados do Brasil, 2000 Anos ganhos na expecta7va de vida ao nascer, segundo Regiões Brasil, no período de 1991 a 2010. 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-‐Oeste Brasil Coef mortalidade infan7l e espec7a7va de vida, 2000 Fonte: ONU -‐ 2002 Outros indicadores • Anos Potenciais de Vida Perdidos – Expressa o efeito das mortes ocorridas precocemente em relação à duração de vida esperada, para uma determinada população (Romeder & Mc Whinnie, 1977). – Medida de mortalidade que leva em consideração a idade ao morrer e a morte em si. Anos Potenciais de Vida Perdidos • Onde: • L é um limite do tempo de vida, estabelecido arbitrariamente, ou seja, somente os óbitos com idades inferiores a L serão considerados; • x é a idade em que o óbito ocorre, sendo x<L; • dx representa o número de óbitos com idade x, em uma população. APVP = dx(L − x) X=0 L ∑ 20/05/13 12 Desafios para o futuro • Os indicadores clássicos de morbidade e de mortalidade não estão sendo mais suficientes como meio para avaliar a situação de saúde e orientar as polí7cas públicas. • Surgimento de novos indicadores – Anos Potenciais de Vida Perdidos Ajustados para Incapacidades (DALY) DALY-‐ Disability adjusted life year • Soma dos anos de vida perdidos em função das mortes prematuras e dos anos de vida perdidos devido a problemas de saúde não fatais. • Os anos de vida com alguma incapacidade são ajustados em função da magnitude da limitação funcional (Murray, 1994). • Possibilidade através de estudos que avaliam a “carga” / “fardo” de doenças, podendo ser u7lizada tanto a nível individual quanto cole7vo. Padronização de coeficientes PADRONIZAÇÃO Tem como obje7vo controlar o efeito de diferentes estruturas etárias sobre os valores dos coeficientes de mortalidade geral brutos, possibilitando a comparação entre eles. MÉTODOS Direto: população padrão deve ser selecionada Indireto: quando se conhece apenas o número total de óbitos sem detalhes sobre as faixas etárias. Exemplo Exemplo Padronização de coeficientes pela pop. dos EUA Pop. padrão x coeficientes= óbitos esperados CMG (ajustado)= 2.535.169,19 x 1000 = 10,9 231.534.000 20/05/13 13 Padronização • Interpretação: – Se o Brasil 7vesse a mesma estrutura etária dos EUA e man7vesse seus coeficientes de mortalidade por grupo etário, apresentaria um coeficiente de mortalidade geral de 10,9 e não de 6,2/1000 habitantes. – CMG Brasil/CMG EUA = 1,26 – A mortalidade no brasil é 26% maior que nos EUA, quando controladas as estruturas etárias.
Compartilhar