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15/04/13 1 História Natural e Prevenção das Doenças Modelos de interpretação do processo saúde-‐ doença. Carlos Henrique Alencar carllosalencar@ufc.br DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DA COMUNIDADE Modelo biomédico • Conceito de Doença – Desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos esLmulos a cuja ação está exposto – [...] processo (que) conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais. (Jénicek e Cléroux, 1985 ) Doenças infecciosas e não-‐infecciosas. Modelo biomédico • Doença infecciosa – É uma doença do homem ou dos animais que resulta de uma infecção (OMS, 1992) • O modelo biomédico foi desenvolvido privilegiando-‐se as doenças infecciosas. Neste modelo, as doenças não-‐infecciosas são definidas por exclusão. Modelo processual • A noção de prevenção tem como fundamento primordial um modelo processual dos fenômenos patológicos. História Natural das Doenças Conjunto de processos que interagem entre si, criando o esLmulo patológico no ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao esLmulo, até as alterações que levam a uma deformidade, invalidez, recuperação ou morte. (Leavell e Clark, 1976) Domínios do modelo História Natural das Doenças • Meio Externo – onde interagem determinantes e agentes. Desenvolvem-‐se todas as etapas necessárias à implantação da doença. – Fatores de natureza hsica, biológica e sociopolíica-‐ cultural • Meio Interno – onde se processaria, de forma progressiva modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade. As fases da História Natural das Doenças 15/04/13 2 Pré-‐Patogênese • Compreende a evolução das inter-‐relações dinâmicas entre condicionantes que leva ao estabelecimento de uma configuração de fatores propícios à instalação da doença. – Condicionantes: • Ecológicos e socioeconômicos-‐culturais; • Intrínsecas do indivíduo; • Natureza hsica, química, biológica, nutricional ou genéica Pré-‐patogênico: Tríade epidemiológica das doenças Hospedeiro • Idade, sexo, estado civil, ocupação, escolaridade • Caracterísicas genéicas, histórico patológico, estado imunológico e emocional Ambiente • Determinantes hsico-‐químicos (temperatura, umidade, poluição, acidentes) • Determinantes biológicos (acidentes, infecções) • Determinantes sociais (comportamentos, organização social) Agente • Biológicos (microorganismos) • Químicos (mercúrio, álcool, medicamentos) • Físicos (trauma, calor, radiação) • Nutricionais (carência, excesso) Pré-‐Patogênese: Determinantes • Determinantes Econômicos • Determinantes Culturais • Determinantes Ecológicos • Determinantes Biológicos • Determinantes Psicossociais 15/04/13 3 Patogênese • Este modelo considera quatro níveis de evolução da doença no período de patogênese: – Interação agente-‐sujeito – Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas – Sinais e Sintomas – Cronicidade As fases da História Natural das Doenças Níveis de aplicação das medidas prevenivas Níveis de aplicação das medidas prevenivas Aplicação de Medidas Prevenivas Prevenção Primária • Estratégias para prevenir a exposição ao fator de risco ou para promover sua cessação – Ex: tabagismo; ingestão de gorduras; tratamento para deixar de fumar. 15/04/13 4 Prevenção primária • Promoção da Saúde -‐ Medidas de ordem geral – Moradia adequada – Educação em todos os níveis – Áreas de lazer – Alimentação adequada Prevenção primária • Proteção específica – Imunização – Saúde ocupacional – Higiene pessoal e do lar – Proteção contra acidentes – Aconselhamento genéico – Controle de vetores Prevenção Secundária • Diagnósico Precoce rastreamento (screening) para idenificar a doença num estágio inicial e então melhorar o seu prognósico (aumentar a probabilidade de cura ou prolongar o tempo de sobrevida) – Ex: papanicolau para detecção precoce de câncer de cérvix uterino Prevenção secundária • Diagnósico Precoce – Inquéritos para a descoberta de casos na comunidade – Exames periódicos, individuais, para a detecção precoce de casos – Isolamento para evitar a propagação de doenças – Tratamento para evitar a progressão de doenças • Limitação de Incapacidade – Evitar futuras complicações – Evitar sequelas Prevenção secundária: Programas de Rastreamento • Importante para a práica clínica e saúde pública; • Objeivo: beneficiar os indivíduos com a detecção precoce da doença; – A doença pode ser detectada precocemente? – Especificidade e sensibilidade e valor prediivo do teste – Qual a gravidade do problema para os falsos posiivos? – Qual o custo (financeiro e emocional) da detecção precoce? – Os pacientes foram “lesados” pelo teste de rastreamento? – Os indivíduos com doença detectada precocemente se beneficiaram dessa detecção precoce e existe um benehcio global para aqueles que foram rastreados? • Ponto biológico p – Quando o tratamento é mais efeivo, ponto após o qual o diagnósico resulta em pior prognósico • Tempo de antecipação – Intervalo pelo qual o tempo do diagnósico é antecipado pelo rastreamento. 15/04/13 5 Prevenção Terciária • Prevenção de incapacidade através de medidas desinadas à reabilitação. – Ex: o processo de reeducação e readaptação de pessoas com defeitos após acidentes ou devido a sequelas de doenças. Prevenção terciária • Reabilitação – Impedir incapacidade total – Fisioterapia – Terapia ocupacional – Emprego para o reabilitado Causas proximais e distais na Prevenção Primária Hipertensão como fator de risco para AVC Estratégia de altorisco: idenificação e tratamento de paciente com hipertensão grave 15/04/13 6 Estratégia populacional: baixa de pressão arterial em toda a população O deslocamento da curva de PA para a esquerda beneficiaria não só aqueles com HA moderada, mas também os indivíduos com HA grave. Estratégia populacional ESTRATÉGIAS POPULACIONAL INDIVIDUAL VANTAGENS �Benefício potencial para toda população �Reconhece influências sociais no comportamento individual �Mais radical �Benefício potencialmente alto �Mais motivação �Fácil de envolver pessoal da saúde �Bom custo-benefício MPr131 Epidemiologia Departamento de Medicina Preventiva FMUSP ESTRATÉGIAS POPULACIONAL INDIVIDUAL DESVANTAGENS �Pequeno benefício para o indivíduo (paradoxo) �Atenção igual aos indivíduos com alto risco e àqueles com baixo risco �Difícil de motivar pacientes e pessoal da área da saúde �Impacto limitado na saúde pública �Difícil de identificar indivíduos com alto risco �Efeito é temporário e tem que repetir estratégia qdo novos indivíduos entram para o grupo de alto risco �Não dá conta das influências no comportamento MPr131 Epidemiologia Departamento de Medicina Preventiva FMUSP Modelo processual • Para Leavell & Clark as ações de Promoção de Saúde não se dirigem à determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-‐estar • Os autores destacam a educação sanitária como elemento importante para esse objeivo, com enfoque no indivíduo e na família • Não há ênfase no ambiente Modelo sistêmico Sistema – um conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudanças no estado dos demais elementos. Ecossistema – quando inclui seres vivos e seres inanimados em interação dinâmica. 15/04/13 7 Sistema Epidemiológico Conjunto formado por agente susceLvel e pelo ambiente, dotado de uma organização interna que regula as interações determinantes da produção da doença, juntamente com os fatores vinculados a cada um dos elementos do sistema. Sistema Epidemiológico-‐social – formado pelo ambiente, população, economia e cultura. (San Marin, 1981). Diarréia Desnutrição Agentes Patogênicos Bioagentes, F.Nutricionais, F.Congênitos Fatores Ambientais Moscas, Lixo, Solo Fecal, Alimentos Contaminados, Falta de Esgoto, Água Contaminada Fatores Culturais -‐Crendices, Ignorância, Uso abusivo de Medicamentos, Desmame Precoce, Falta de Higiene. Fatores PolíOcos e Sócio-‐Econômios Escassez de Alimentos, Falta de Escolas, Pobreza, Desemprego e subemprego, Falta de esLmulo agrícola, Habitação insalubre, baixo poder aquisiivo, Laifúndio. Possíveis caminhos dos efeitos das mudanças climáicas sobre as condições de saúde Relatório Lalonde -‐ Canadá • (Re)Surgimento de novas concepções do processo saúde-‐enfermidade-‐cuidado, mais globalizantes, que ariculam Saúde e Condições de vida. Relatório Lalonde -‐ Canadá • Primeiro documento oficial a usar o termo “Promoção de Saúde” • Primeiro a colocar a “Promoção de Saúde” como prioridade nas políicas de saúde – “informar, influenciar e assisir a indivíduos e organizações para que assumam maiores responsabilidades e sejam mais aivos em matéria de saúde Campo da Saúde x Determinantes 1. Esilo de Vida 2. Biologia Humana 3. Ambiente 4. Organização da Assistência “apesar de grande parte dos invesimentos se concentrarem na organização da assistência, a origem das principais causas de morbimortalidade está nos outros 03 componentes” 15/04/13 8 ESTADO DE SAÚDE Elementos do Estado de Saúde Caracteres Raciais e Antropológicos Caracteres Genéicos e Hereditários Sexo e Idade Hábitos, Vícios, Abuso de Drogas Outros: Alimentação, Exercício, etc. Lazer, Recreação. Físico Biológico Sócio-‐Econômico (ocupação, salário, etc) AMBIENTE SERVIÇOS DE SAÚDE ESTILO DE VIDA BIOLOGIA Reabilitação Tratamento Prevenção e Promoção TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA Composição absoluta da população, por idade e sexo -‐ Brasil -‐ 1980/2050 Composição absoluta da população, por idade e sexo -‐ Brasil -‐ 1980/2050 15/04/13 9 15/04/13 10 Razão de sexo na população total -‐ Brasil -‐ 1980/2050 Excedente feminino na população total -‐ Brasil -‐ 1980/2050 POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO E FAIXA ETÁRIA. FORTALEZA, 1872 Fonte: IBGE -‐ Censos Demográficos e Contagem 1872 0 — 4 5 — 9 10 — 14 15 — 19 20 — 24 25 — 29 30 — 39 40 — 49 50 — 59 60 — 69 70 — 79 80 — 89 90 — 99 100 e + MulherHomem POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO E FAIXA ETÁRIA. FORTALEZA, 1980 1980 0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 e + Homem Mulher POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO E FAIXA ETÁRIA. FORTALEZA, 2000 POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO E FAIXA ETÁRIA. FORTALEZA, 2006 Evolução Urbana Século XIX – Planta da Cidade de Fortaleza e subúrbios 1875 – Adolfo Herbster 15/04/13 11 Evolução Urbana Século XIX – Levantamento Aerofotogramétrico 1959 (exército) Fortaleza: Densidade Populacional Censo Demográfico 1970 Fortaleza: Densidade Populacional Censo Demográfico 1980 Fortaleza: Densidade Populacional Censo Demográfico 1991 Fortaleza: Densidade Populacional Censo Demográfico 2000 Nascimentos, óbitos e crescimento vegetaivo absoluto implícitos na projeção -‐ Brasil -‐ 1980/2038 15/04/13 12 Evolução da população total, segundo os censos demográficos e projeção Brasil -‐ 1950/2050 Taxa média geométrica de crescimento anual da população total,segundo os censos demográficos e projeção -‐ Brasil -‐ 1950/2050 Esimaivas e projeção da esperança de vida ao nascer, por sexo Brasil -‐ 1940/2100 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180200 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Urbana Rural Total População do Brasil em milhões de hab. 1950 a 2010 -‐ IBGE População do Ceará em milhões de hab. 1950 a 2010 -‐ IBGE 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Urbana Rural Total 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Razão de urbanização: Regiões do Brasil 15/04/13 13 Estágios da Transição Epidemiológica 1. Período das pragas e da fome: níveis de mortalidade e fertilidade elevados, predomínio de doenças infecciosas e parasitárias, desnutrição, problemas de saúde reprodutiva. 2. Período do desaparecimento das pandemias 3. Período das doenças degenerativas e provocadas pelo homem 4. Período do declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de doenças 5. Período de longevidade paradoxal, emergência de doenças enigmáticas e capacitação tecnológica para a sobrevivência do inapto. Modelos de transição epidemiológica • Modelo clássico ou ocidental • EUA, Canadá, Europa • Modelo de transição acelerada e semiocidental • Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica, Cuba • Modelo de transição retardada com suas variações transicionais – A variante transicional rápida em sociedades recém- industrializadas e/ou em rápido desenvolvimento • Brasil, Colombia, México, Venezuela – A variante transicional intermediária em países de renda média • República Dominicana, Equador, Paraguai, Peru – A variante transicional lenta em países menos desenvolvidos • Bolivia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua Orçamento executado em aquisições de imunobiológicos (1995 – 2001) Cobertura de vacinas em crianças até 1 ano de idade, Brasil, 2001 a 2010 80 85 90 95 100 105 110 115 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 % BCG HEPATITE B POLIO TETRA (DTP+Hib) TRIPLICE VIRAL * 2010 – dados sujeitos a revisão 15/04/13 14 VIII -‐ Doenças Preveníveis por Vacinas 3 12 8 6 2 0 4 4 2 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2 4 6 8 10 12 14 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica N.º de Casos Tétano Neonatal em Fortaleza, 1991 a 2007 41 52 43 34 46 45 34 37 17 17 19 15 18 17 13 12 0 10 20 30 40 50 60 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica *Dados sujeitos a alterações Tétano Acidental em Fortaleza, 1991 a 2006 Sarampo em Fortaleza, 1998 a 2007* 128 39 0 0 0 25 5 4 0 0 0 1 0 0 0 0 1127 0 200 400 600 800 1000 1200 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica 246 93 41 31 60 46 12 12 26 57 9 7 1 10 13 8 0 50 100 150 200 250 300 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica *Dados Sujeitos a Alterações Coqueluche em Fortaleza, 1991 a 2006* 60 102 126 248 269 336 97 58 298 131 6 2 1 0 0 0 46 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica Rubéola em Fortaleza, 1998 a 2007 15/04/13 15 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Fonte: SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica *Dados sujeitos a alterações Dineria em Fortaleza, 1991 a 2005 15/04/13 16 Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório / Elisabeth Carmen Duarte ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. DISTRIBUIÇÃO DA EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER SEGUNDO SEXO, NAS REGIÕES BRASILEIRAS, 1991 E 1999. Fonte:ONU/ Revista Veja Medindo as desigualdades em saúde no Brasil: uma proposta de monitoramento / Solon Magalhães Viana ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2001. Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório / Elisabeth Carmen Duarte ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. CORRELAÇÃO ENTRE COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES (PADRONIZADAS POR IDADE) NA POPULAÇÃO MASCULINA E TAXA DE POBREZA, NOS ESTADOS BRASILEIROS, 1999. Medindo as desigualdades em saúde no Brasil: uma proposta de monitoramento / Solon Magalhães Viana ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2001. CORRELAÇÃO ENTRE A TAXA DE URBANIZAÇÃO E INCIDÊNCIA DE AIDS (POR 100.000 HAB.) NOS ESTADOS BRASILEIROS, 1999. Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório / Elisabeth Carmen Duarte ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 15/04/13 17 CORRELAÇÃO ENTRE AS TAXAS DE HOMICÍDIOS (PADRONIZADOS POR IDADE E SEXO) E A TAXA DE URBANIZAÇÃO E INCIDÊNCIA DE AIDS (POR 100.000 HAB.) NOS ESTADOS BRASILEIROS, 1999. Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório / Elisabeth Carmen Duarte ... [et al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. Transição Epidemiológica Evolução da mortalidade segundo grupos de causas no Brasil*, 1930 a 2000 Mortalidade • D. Infecciosas e Parasitárias: 46% em 1930, 5% em 2001 • D.cardiovasculares: 12% em 1930, 31% em 2001 12 14,5 14,5 22 24 25,2 27,17 28,11 27,36 46 44 36,5 27 16 9,26 6,34 5,1 4,33 4,7 3 8 9,5 9,01 10,16 11,08 3 3 3,8 5 27,5 8,16 12,7 5,6 4,5 8 12,5 12,8512,32 10,899,35 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000 * Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais Fonte: Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003 pp. 293. M or ta lid ad e po r 1 00 .0 00 h ab it DCV DIP NEO CE 2005 2008 Ordem Causas Ordem Causas 1 Doenças cerebrovasculares 1 Doenças cerebrovasculares 2 Doenças isquêmicas do coração 2 Doenças isquêmicas do coração 3 Agressões 3 Diabetes mellitus 4 Diabetes mellitus 4 Agressões 5 Pneumonia 5 Pneumonia 6 Doenças Crônicas das Vias Respiratórias Inferiores 6 Doenças hipertensivas 7 Acidentes de transporte 7 Acidentes de transporte 8 Doenças hipertensivas 8 Doenças Crônicas das Vias Respiratórias Inferiores 9 Insuficiência Cardíaca 9 Insuficiência Cardíaca 10 Afecções período perinatal 10 CA Pulmão 10 primeiras Causas de óbito. Brasil, 2005 e 2008 15/04/13 18 Mortalidadepor doenças cerebro-‐vasculares, segundo sexo e faixa etária em Fortaleza 2001 a 2006 5,3 2,85 410,02 4,5 38,2 2,516,0 54,7 508,2 565,7 571,6 46,3 5,6 5,9 55,9 661,5 4,2 46,5 481,6 37,7443,8 4,9 39,0 421,0 409,2 425,0 40,3 4,8 2,3 40,5 482,2 3,8 44,5 361,1 33,06 378,78 0 100 200 300 400 500 600 700 20-39 40-59 60 e + 20-39 40-59 60 e + 20-39 40-59 60 e + 20-39 40-59 60 e + 20-39 40-59 60 e + 20-39 40-59 60 e + 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte:SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica/TABDANT Ta xa p or 1 00 .0 00 h ab Masc Fem Mortalidade por doenças isquêmicas do coração, segundo sexo e faixa etária em Fortaleza 2001 a 2006 2,6 3,1 2,2 2,2 2,6 3,11 56,87 278,03 22,53 238,99 38,845,9 341,9 339,4 409,1 344,9 287,2 43,337,046,7 0,22 16,0 185,7 1,20,7 10,8 14,3 1,0 0,5 16,8 17,5 0,7 219,1 218,3 189,4 216,5 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 20-‐39 40-‐59 60 e + 20-‐39 40-‐59 60 e + 20-‐39 40-‐59 60 e + 20-‐39 40-‐59 60 e + 20-‐39 40-‐59 60 e + 20-‐39 40-‐59 60 e + 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte:SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica/TABDANT Ta xa p or 1 00 .0 00 h ab Masc Fem Mortalidade por diabetes, segundo sexo e faixa etária Fortaleza 2001 a 2006 14,35 140,42 8,93 120,40 144,3 173,2 201,6 211,0 236,2 21,2 17,314,0 22,223,7 134,6 151,9 196,4 219,5 195,9 10,411,210,9 18,018,8 0 50 100 150 200 250 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte:SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica/TABDANT Ta xa p or 1 00 .0 00 h ab Masc Fem Mortalidade por câncer de traquéia, brônquios e pulmões, segundo sexo e faixa etária em Fortaleza 2001 a 2006 17,9 12,22 120,76 6,3 58,38 18,9 135,8 119,9121,8 19,4 130,0127,4 17,917,1 13,18 50,0 14,3 61,3 56,7 12,7 47,7 12,5 50,5 12,2 0 20 40 60 80 100 120 140 160 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 40-59 60 e + 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte:SMS/COPS/Célula de Vigilância Epidemiológica/TABDANT Ta xa p or 1 00 .0 00 h ab Masc Fem COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR TUBERCULOSE POR 100.000 HABITANTES BRASIL 1980-‐1999 FONTE: SIM 15/04/13 19 Evolução dos casos confirmados de LV, Brasil, Ceará e Fortaleza 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 BRASIL CEARÁ FORTALEZA BRASIL 2805 2692 3279 3606 3727 4526 CEARÁ 321 274 268 342 505 780 FORTALEZA 55 38 63 62 115 239 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan – (Brasil) SESA (Ceará) e SMS/Célula de Vigilância Epidemiológica/Sinan (Fortaleza) Número de casos, coeficiente de incidência (por 100.000 habitantes) e coeficiente de letalidade (percentual) de LV em residentes em Fortaleza, Ceará, segundo ano de diagnósOco, no período de 2001 a 2007 ANO Casos Óbitos Coeficiente Letalidade Coeficiente Incidência 2001 55 6 10,9 2,5 2002 38 2 5,3 1,7 2003 63 4 6,3 2,8 2004 62 8 12,9 2,7 2005 115 7 6,1 4,8 2006 239 13 5,4 9,9 2007 204 14 6,9 8,3 Fonte: SMS/Célula de Vigilância Epidemiológica/SIM (Atualizado em abril/2008) 15/04/13 20 Polarização epidemiológica • Redução do coeficiente de mortalidade infanil • Redução da natalidade • Aumento da expectaiva de vida • Redução das doenças infecciosas • Elevação de doenças não infecciosas – DCV, neoplasias, diabetes • Elevação das mortes violentas • Persistência das doenças da pobreza • Emergência de doenças infecciosas e parasitárias Cenário mundial complexo • Globalização → mercado comanda a vida • Abismo entre Países • Abismo de Desigualdades dentro dos Países • Direitos do capital não veem fronteiras • Direitos dos trabalhadores desaparecem com seus empregos • Desigualdade + Super-‐exploração + Miséria + Velocidade dos Meios de Transporte + Novas tecnologias + Desorganização dos Estados • África, Ásia, América Laina, Europa Oriental • Superexposição + Fragilidade Doenças infecciosas emergentes e reemergentes • AIDS • Tuberculose • Cólera • Dengue • Malária • Febre Amarela • Hantavirose • Ebola • Hepaites • Anthrax • Gripes • SRAG • Escherichia coli… Doenças infecciosas emergentes e reemergentes • Associadas aos seguintes fatores: – modelos de desenvolvimento econômico determinando alterações ambientais; migrações e processos de urbanização, etc.; – aumento do intercâmbio internacional, que assume o papel de "vetor cultural" na disseminação das doenças infecciosas; – incorporação de novas tecnologias médicas; – ampliação do consumo de alimentos industrializados, especialmente os de origem animal; – desestruturação dos serviços de saúde e/ou desatualização das estratégias de controle de doenças; – aprimoramento das técnicas de diagnósico – processo de evolução de microrganismos. 0 100 200 300 400 500 600 700 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 0 1 2 3 4 5 6 7 anos n. Casos x 1.000 Casos falciparum vivax Número de casos de malária. Brasil, 1960 a 2007 Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS – atualizado em 24.10.2008 • Idenificação de agregados no Brasil – PNCH 2007 – SINAN – 10 clusters – 1173 municípios – 53,5% dos casos novos – Apenas 17,5% da população do país. Agregados Espaciais como Espaços Prioritários da Hanseníase 15/04/13 21 ESTUDO DE COORTE COM 20.000 MÉDICOS COEFICIENTES DE MORTALIDADE POR 100.000 MÉDICOS COM 35 ANOS OU MAIS, EM RELAÇÃO AO CONSUMO DE TABACO APÓS 10 ANOS DE ACOMPANHAMENTO CAUSA DO ÓBITO NÃO FUMANTE CONSUMO DE TABACO (no de cigarros por dia) 1-14 15-24 25 ou mais CÂNCER DE PULMÃO 10 78 127 251 DOENÇA CORONARIANA 413 608 652 792 Fonte: Doll & Hill, 1948 Cronologia dos Acidentes de Trânsito – Fortaleza, 2005 Veículos Pedestres e Ciclistas Um ciclista morto a cada 6,3 dias Um pedestre morto a cada 2,3 dias Um acidente registrado a cada 21,7 minutos Um acidente sem vítimas a cada 44,9 minutos Um atropelamento a cada 2,9 h e acid. c/ ciclista a cada 3,8 h Uma pessoa ferida a cada 36,8 minutos Um acidente com vítimas a cada 72,9 minutos Um motociclista morto a cada 5,0 dias Uma pessoa morta a cada 1,0 dia Um acidente com mortos a cada 58,8 horas Um acidente com feridos a cada 74,4 minutos Um pedestre ferido a cada 2,7 h e um ciclista a cada 3,7 h Fonte: AMC/NUTRAN/DIENG/SIAT-‐FOR
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