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NR'S - RELACIONADOS A DOCUMENTAÇÕES DE SEGURANÇA

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<p>Segurança do trabalho</p><p>Normas regulamentadoras do Ministério da</p><p>Economia (ME) por meio da Secretaria de</p><p>Inspeção do Trabalho (SIT) relacionadas aos</p><p>programas de saúde e segurança do trabalho</p><p>Neste tópico estudaremos as normas regulamentadoras (NRs) que estão</p><p>diretamente relacionadas com a implantação e a implementação dos programas de</p><p>saúde e segurança no trabalho. Além das normas, daremos destaque à forma de</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 1/47</p><p>implantar os diversos programas de saúde e segurança no trabalho mais utilizados e</p><p>difundidos pelas empresas que possuem um sistema de gestão enraizado nas</p><p>atividades e ações das pessoas envolvidas em todos os processos internos, visando</p><p>sempre a saúde e a integridade física de todos.</p><p>Nesse caso, implementação significa colocar em prática todas as ações</p><p>necessárias, para que um gerenciamento em saúde e segurança no trabalho esteja</p><p>funcionando conforme determina as normas e de acordo com os procedimentos</p><p>internos estabelecidos.</p><p>Clique ou toque para visualizar o conteúdo.</p><p>Disposições gerais e gerenciamento de</p><p>riscos ocupacionais</p><p>A primeira norma regulamentadora estabelece as disposições gerais, o campo</p><p>de aplicação, os termos e as definições comuns.</p><p>A NR-1 define as diretrizes e os requisitos para gerenciar riscos ocupacionais, bem</p><p>como as medidas de prevenção em segurança e saúde no trabalho (SST).</p><p>Tal norma foi elaborada com base nas convenções da OIT (Organização</p><p>Internacional do Trabalho) e na Norma Brasileira (NBR) ISO 45001, reforçando que é</p><p>elementar ter um sistema de gestão de saúde e segurança nas organizações. Além</p><p>disso, reposicionou dispositivos esparsos previstos em outras normas</p><p>regulamentadoras com relação aos direitos e às obrigações, como o direito de</p><p>recusa e os treinamentos.</p><p>São deveres dos empregadores: cumprir e fazer cumprir as normas</p><p>regulamentadoras; informar aos trabalhadores os riscos, as medidas de controle, os</p><p>resultados de exames e as avaliações ambientais; elaborar ordens de serviço para</p><p>que os trabalhadores estejam cientes; permitir o acompanhamento da fiscalização</p><p>quanto aos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;</p><p>determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 2/47</p><p>relacionada ao trabalho, incluindo a análise de causas dos acidentes; disponibilizar à</p><p>inspeção do trabalho todas as informações relativas à segurança e à saúde no</p><p>trabalho; e implementar medidas de prevenção, com base nos relatos dos</p><p>trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade:</p><p>1. Eliminação dos fatores de risco</p><p>2. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas</p><p>de proteção coletiva</p><p>3. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas</p><p>administrativas ou de organização do trabalho</p><p>4. Adoção de medidas de proteção individual</p><p>Assim, fica instituída na primeira norma a hierarquia das medidas de controle</p><p>para saúde e segurança no trabalho.</p><p>A NR-1 determina também os deveres dos funcionários, tais como:</p><p>cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive das ordens de</p><p>serviço expedidas pelo empregador; realização dos exames médicos; colaboração</p><p>com a organização na aplicação das normas regulamentadoras; e utilização dos</p><p>equipamentos de proteção individual (EPIs) fornecidos pelo empregador. Ainda</p><p>determina que a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de tais deveres</p><p>constitui ato faltoso.</p><p>O trabalhador terá direito a recusar a realização de uma atividade que o</p><p>coloque em condição de risco de acidente (chamado de risco grave e iminente), e o</p><p>empregador apenas poderá retomar tal atividade com medidas de proteção.</p><p>Ao ser admitido ou ao trocar de função, o trabalhador deverá receber</p><p>informações sobre os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos</p><p>locais de trabalho; os meios para prevenir e controlar tais riscos; as medidas</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 3/47</p><p>adotadas pela organização; e os procedimentos a serem adotados em emergências.</p><p>Essas informações poderão ser repassadas aos trabalhadores durante os</p><p>treinamentos ou por meio de diálogos de segurança, ou ainda por meio de</p><p>documento físico ou eletrônico.</p><p>O gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) é determinado na NR-1. A</p><p>organização deve implementar, por estabelecimento, o GRO nas atividades dela.</p><p>Esse gerenciamento deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos</p><p>(PGR). Lembre-se: uma gestão eficaz em termos de segurança e saúde no trabalho</p><p>na empresa dependerá do PGR, pois este abrange todas as demais normas</p><p>regulamentadoras.</p><p>O GRO é composto basicamente pelas seguintes etapas:</p><p>Identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais</p><p>Levantamento preliminar de perigos</p><p>Identificação de perigos</p><p>Avaliação de riscos ocupacionais</p><p>Controle dos riscos</p><p>Medidas de prevenção</p><p>Planos de ação</p><p>Implementação e acompanhamento das medidas de prevenção</p><p>Acompanhamento da saúde ocupacional dos trabalhadores</p><p>Análise de acidentes e de doenças relacionados ao trabalho</p><p>Preparação para emergências</p><p>PGR</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 4/47</p><p>Inventário de riscos</p><p>Plano de ação</p><p>Os documentos envolvidos no GRO ou no PGR devem ser desenvolvidos pelo</p><p>empregador. A norma não cita a necessidade de habilitação para tanto, mas serão</p><p>necessárias expertise e proficiência nos temas para elaborar um bom sistema de</p><p>gestão de segurança e saúde no trabalho.</p><p>A NR-1 determinou a elaboração, em meio digital, de documentos de saúde e</p><p>segurança em fiscalizações. Por exemplo, serão requisitados os documentos em</p><p>mídia eletrônica, validados por assinatura eletrônica no padrão da Infraestrutura de</p><p>Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).</p><p>Pesquise na Internet a Portaria n.º 211, de 11 de abril de 2019, do Ministério da</p><p>Economia.</p><p>A NR-1 trata também da capacitação e do treinamento em segurança e saúde</p><p>no trabalho, instituindo os treinamentos inicial, periódico e eventual e as regras para</p><p>cada um deles. Ainda menciona que podem ser aproveitados conteúdos de</p><p>treinamento na mesma organização e estabelece critérios de aproveitamento de</p><p>outras organizações. Por fim, determina que os treinamentos podem ser ministrados</p><p>na modalidade de ensino a distância ou semipresencial, desde que atendidos os</p><p>requisitos operacionais, administrativos, tecnológicos e de estruturação pedagógica.</p><p>No último capítulo da NR-1, é mencionado um tratamento diferenciado ao</p><p>microempreendedor individual (MEI), à microempresa (ME) e à empresa de pequeno</p><p>porte (EPP), os quais têm regras específicas quanto à elaboração de PGR, SESMT</p><p>(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho),</p><p>declaração de ausência de riscos e PCMSO (Programa de Controle Médico de</p><p>Saúde Ocupacional)/exames médicos.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 5/47</p><p>Tal capítulo corrobora a fala do governo quanto à desburocratização da</p><p>legislação de saúde e segurança. Todavia, uma especial atenção deve ser dada às</p><p>pequenas empresas, que não obrigatoriamente não tenham riscos, mas que</p><p>necessitam de informações e planejamento de saúde e segurança para que a saúde</p><p>do trabalhador não seja desprezada.</p><p>Sendo assim, a NR-1 orienta quanto às regras de saúde e segurança em um âmbito</p><p>geral, deixando claro como devem ser realizados as análises de risco, a hierarquia</p><p>das medidas de controle, os treinamentos e os documentos de segurança e saúde</p><p>no trabalho.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Serviço Especializado em Engenharia de</p><p>Segurança e em Medicina do Trabalho</p><p>(SESMT)</p><p>Esta norma regulamentadora aplica-se a todas empresas públicas ou privadas</p><p>que admitam no seu quadro funcional pessoas regidas pelo regime da CLT –</p><p>consolidação das leis do trabalho. Ela regula a equipe de trabalho dos profissionais</p><p>especialistas em segurança e saúde no trabalho. Determina quais os profissionais e</p><p>quantos farão parte do SESMT, isso de acordo com o</p><p>suas</p><p>conclusões. Há uma nota técnica, qual seja Nota Técnica n.º 287/2016, que</p><p>estabelece a possibilidade de elaboração da AET pelo profissional que tem as</p><p>habilidades necessárias e especialização (formação) na área de ergonomia.</p><p>Não existe um modelo de análise ergonômica normatizada, porém, existem as</p><p>informações que obrigatoriamente devem constar no documento. Observe uma</p><p>sugestão de um modelo que pode ser utilizado na elaboração da análise, podendo</p><p>ser adaptado conforme a realidade de cada empresa:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 44/47</p><p>1 – Apresentação.</p><p>Neste item deve ser apresentada a empresa e declara o seu compromisso com</p><p>a análise ergonômica realizada na empresa.</p><p>2 – Objetivo.</p><p>Neste tópico são citados os objetivos do trabalho referentes à análise</p><p>ergonômica e ao cumprimento da legislação pertinente ao assunto.</p><p>3 – Empresa beneficiada.</p><p>Citar o nome da empresa, seu endereço, seu CNAE – classificação nacional da</p><p>atividade econômica e o grau de risco, segundo o estabelecido pela NR-4.</p><p>4 – Escopo da análise.</p><p>Neste tópico deve ser citado se a análise será realizada em um setor de</p><p>trabalho inteiro ou em um posto de trabalho do setor. Deve constar a metodologia</p><p>que foi utilizada para priorizar essa análise, podendo ser orientação médica, ou</p><p>ainda entrevista com os trabalhadores. O ideal para a gestão da ergonomia trazer</p><p>resultados ótimos e esperados, é realizar uma análise de cada posto de trabalho</p><p>existente dentro da empresa. É conveniente lembrar, que após implantadas as ações</p><p>previstas na análise, devemos fazer uma nova análise verificando se os resultados</p><p>foram alcançados conforme o planejado.</p><p>5 – Descrição da empresa, do processo produtivo e dos postos de</p><p>trabalho analisados.</p><p>Neste item será realizada a descrição geral da empresa, do setor ou do posto</p><p>de trabalho a ser analisado, bem como qual a finalidade do local, principalmente dos</p><p>produtos utilizados ou fabricados. É necessário anexar um leiaute do local</p><p>mostrando toda a disposição das máquinas e equipamentos existentes.</p><p>6 – Análise ergonômica dos postos de trabalho/medidas preventivas.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 45/47</p><p>Neste item será realizado o diagnóstico ergonômico do local a ser analisado.</p><p>Nesse momento do documento devemos levar em conta todo o mobiliário, a</p><p>organização do trabalho, a sua flexibilidade de adaptação com as pessoas, as</p><p>condições ambientais, a pessoa que executa a atividade no local, as capacitações</p><p>necessárias, a postura de trabalho, o esforço físico todas as variáveis possíveis em</p><p>relação do trabalho. Com base nesses dados estabelecer pontos que não estão de</p><p>acordo com a confortabilidade necessária para o trabalho. Após, estabelecer quais</p><p>as ações que devem ser implantadas com a intenção de corrigir todos os pontos</p><p>encontrados que poderiam contribuir com problemas na saúde dos trabalhadores.</p><p>7 – Monitoramento.</p><p>Após a implementação das ações de correção nos locais de trabalho, deverá</p><p>ser realizado um monitoramento para verificar a eficácia dessas ações. Isso pode</p><p>ser por meio de dados médicos, entrevistas com os funcionários e análise dos locais</p><p>de trabalho.</p><p>8 – Considerações finais.</p><p>Sabemos que uma análise ergonômica não é um documento engessado que</p><p>não finaliza o trabalho. Devem ser tecidas considerações para trabalhos futuros e</p><p>atualizações necessárias no desenvolvimento das implantações ergonômicas.</p><p>SUBIR (#abas3)</p><p>LTCAT – Laudo técnico das condições ambientais</p><p>do trabalho</p><p>O LTCAT tem como objetivo identificar a exposição aos agentes físicos,</p><p>químicos, biológicos ou associados aos agentes prejudiciais à saúde e à integridade</p><p>física do trabalhador, para fins da concessão da aposentadoria especial, ou seja,</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 46/47</p><p>documento para fins previdenciários. Ele possui caráter conclusivo, no qual</p><p>estabelece o direito ou não a aposentadoria especial. O GRO ou o PGR poderá</p><p>auxiliar na elaboração do LTCAT. Porém, tal gerenciamento de riscos é voltado para</p><p>a prevenção.</p><p>Os dois documentos devem ser independentes pois os objetivos são totalmente</p><p>diferentes. O LTCAT é um documento simples na sua elaboração, porém, complexo</p><p>na busca dos dados, pois é necessário realizar o levantamento e a avaliação dos</p><p>dados, e o fato conclusivo, fator que determina a existência desse documento.</p><p>A elaboração do LTCAT não está vinculada ao tipo ou segmento da empresa ou</p><p>quantidade de funcionários, basta apenas suspeitar que ela desenvolva atividades</p><p>ou utilize matéria-prima que podem gerar uma aposentadoria especial. Diante</p><p>dessas circunstâncias, automaticamente, é obrigatório que a empresa possua um</p><p>laudo para comprovar, ou não, a existência do ambiente gerador de aposentadoria</p><p>especial.</p><p>O prazo de validade do LTCAT é indeterminado, porém deve ser analisado</p><p>anualmente se houveram alterações ou sempre que ocorrer qualquer alteração no</p><p>ambiente de trabalho ou em sua organização.</p><p>SUBIR (#abas3)</p><p>Conforme estudamos até esse momento, os programas de prevenção à saúde</p><p>e à segurança no trabalho são previstos nas normas regulamentadoras ou por</p><p>determinações do Ministério do Trabalho. Esse conjunto de programas estão</p><p>inseridos em um conjunto maior, em que denominamos de gestão da saúde e da</p><p>segurança no trabalho. Portanto, são programas que visam única e exclusivamente</p><p>o bem-estar das pessoas envolvidas com o trabalho e com ambientes confortáveis e</p><p>salubres, visando uma maior produtividade com qualidade de vida no trabalho e com</p><p>qualidade nos produtos fabricados pelas empresas e pela qualidade dos serviços</p><p>prestados pelas empresas especializadas nesse segmento.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 47/47</p><p>grau de risco, estabelecido por</p><p>essa norma e pelo número de funcionários do seu quadro regidos pela CLT.</p><p>Para fins do SESMT, a NR-29 – norma regulamentadora de segurança e saúde</p><p>no trabalho portuário e a NR-31 – segurança e saúde no trabalho na agricultura,</p><p>pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, possuem critérios próprios,</p><p>estabelecidos nas mesmas, para realizar o dimensionamento do grupo de trabalho.</p><p>Na NR-29 chama-se Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador</p><p>Portuário – SESSTP. Na NR-31 chama-se Serviço Especializado em Segurança e</p><p>Saúde no Trabalho Rural – SESTR. As suas atribuições também são diferenciadas e</p><p>estão descritas nas próprias normas regulamentadoras.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 6/47</p><p>Os profissionais que poderão fazer parte desse grupo são: engenheiro de</p><p>segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de</p><p>enfermagem do trabalho ou técnico de enfermagem e técnico de segurança do</p><p>trabalho. Esse grupo tem a grande responsabilidade de trabalhar, principalmente, na</p><p>prevenção da saúde e na segurança das pessoas dentro e fora da empresa,</p><p>aplicando as normas regulamentadoras e os respectivos programas de gestão,</p><p>dependendo do segmento a que pertença, podendo ser da indústria, do comércio ou</p><p>de serviços. Atualmente, com a flexibilização das leis e do trabalho, um tipo de</p><p>empresa que tem crescido vertiginosamente são as consultorias, e na área da saúde</p><p>e da segurança estão se proliferando em grande número, estabelecendo um novo</p><p>mercado de trabalho promissor para os profissionais da área.</p><p>As empresas, a seu critério, poderão inserir no quadro do seu SESMT outros</p><p>profissionais de formação diferente da exigida pela norma. Porém, esses</p><p>profissionais devem possuir o foco na saúde ou na segurança das pessoas e do</p><p>ambiente em geral, por exemplo, psicólogos, fisioterapeutas, profissionais da área</p><p>da educação física, profissionais da área do meio ambiente, nutricionistas, bombeiro</p><p>civil. É importante perceber que o único profissional que sempre fará parte do</p><p>SESMT quando constituído é o técnico em segurança no trabalho. A obrigatoriedade</p><p>da presença dos outros profissionais se dará a partir dos critérios já mencionados.</p><p>A composição do SESMT oficial, isto é, aquele que atenda à legislação, deve</p><p>ser registrada no Sistema SESMT, um sistema eletrônico de registro criado pelo</p><p>governo.Toda vez que a equipe tiver alguma alteração no seu quadro, essa</p><p>informação deve ser atualizada no Sistema SESMT.</p><p>Assim, estamos relacionando essa norma com a implantação e implementação</p><p>dos programas de saúde e segurança no trabalho. É prática comum e constante nas</p><p>empresas, utilizarem esse grupo de profissionais para realizar essa atividade, devido</p><p>os seus conhecimentos profissionais adquiridos como requisito para fazerem parte</p><p>dessa equipe.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 7/47</p><p>Inicialmente são estabelecidas a política e as metas em saúde e segurança no</p><p>trabalho. Após é elaborado um diagnóstico da situação da empresa e, então, são</p><p>traçadas estratégias e ações para a implantação e implementação dos programas</p><p>que a empresa está disposta a cumprir e trabalhar com o objetivo de prevenir</p><p>doenças e acidentes do trabalho.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Comissão Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes (CIPA)</p><p>Esta norma regulamentadora estabelece a obrigatoriedade da formação de</p><p>uma comissão de funcionários para atuarem de forma voluntária, sendo que parte</p><p>deles são indicados pelo empregador e outra parte são eleitos pelos funcionários,</p><p>com o objetivo de prevenir acidentes e doenças provenientes do trabalho, para</p><p>atuarem orientados ou em conjunto com o SESMT, que é responsável pelo</p><p>treinamento e informações necessárias para realizarem o trabalho de acordo com a</p><p>legislação e com os programas estabelecidos.</p><p>A CIPA deve ser constituída obedecendo ao quadro I dessa norma</p><p>regulamentadora, levando em conta o número de funcionários e o grau de risco. O</p><p>mandato dos componentes é de um ano, podendo concorrer a uma única reeleição.</p><p>Os componentes eleitos têm estabilidade no emprego durante todo o mandato,</p><p>estendido por mais um ano após o encerramento do mandato.</p><p>Alguns segmentos específicos da indústria apresentam legislação diferenciada</p><p>para a constituição da CIPA. É o das seguintes normas regulamentadoras:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 8/47</p><p>NR-22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração, no qual o</p><p>grupo é chamado de Cipamin – Comissão Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes do Trabalho na Mineração. Essa norma estabelece</p><p>obrigações específicas e um dimensionamento adequado a seus</p><p>trabalhos, estabelecido pelo quadro III dessa norma.</p><p>NR-29 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho</p><p>portuário, em que o grupo de pessoas será denominado de CPATP –</p><p>comissão de prevenção de acidentes no trabalho portuário. Também,</p><p>como as outras normas citadas, estabelece responsabilidades</p><p>específicas para o trabalho portuário, e o seu dimensionamento segue</p><p>o que é especificado pelo quadro II dessa norma.</p><p>NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária,</p><p>silvicultura, exploração florestal e aquicultura, no qual a CIPA se</p><p>chamará de CIPATR – comissão interna de prevenção de acidentes do</p><p>trabalho rural. As suas atribuições estão estabelecidas nessa norma e o</p><p>dimensionamento da CIPATR seguirá o estabelecido no quadro III</p><p>dessa mesma norma.</p><p>Quando a empresa estiver desobrigada de constituir a CIPA, a mesma deve</p><p>indicar um funcionário do seu quadro para desempenhar o cumprimento das</p><p>atribuições dessa norma regulamentadora, providenciando o devido treinamento</p><p>estabelecido para esse empregado.Esse responsável passa a ser o representante</p><p>da organização. frente aos assuntos de saúde e segurança no trabalho da empresa.</p><p>Esse grupo de pessoas deve possuir uma relação muito estreita com os</p><p>profissionais da saúde e da segurança no trabalho, pois todos eles possuem um</p><p>mesmo objetivo quanto ao trabalho realizado, porém, a grande diferença é que um</p><p>grupo é profissional e o outro grupo são pessoas leigas e voluntárias para fazerem</p><p>parte da implantação e implementação dos programas de gestão estabelecidos pela</p><p>empresa. A CIPA possui um papel de extrema importância nessa atividade,</p><p>principalmente, no momento da implementação, pois ajudarão muito no processo de</p><p>divulgação das ações junto aos funcionários, pois estão muito ligados a eles no dia a</p><p>dia do trabalho.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 9/47</p><p>Dessa forma, podemos entender claramente a relação existente entre a</p><p>participação da CIPA junto aos programas que visam estabelecer uma prevenção</p><p>aos eventos danosos à saúde e à integridade física de todos dentro da empresa.</p><p>Como a CIPA possui dentre as suas atribuições, realizar inspeções periódicas nos</p><p>locais de trabalho identificando situações de risco e sugerindo ações de controle, a</p><p>sua participação em um programa de segurança e em um consequente sistema de</p><p>gestão, percebemos o papel primordial do trabalho em conjunto com o SESMT,</p><p>auxiliando na gestão dos programas da área.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Equipamento de proteção individual (EPI)</p><p>A existência jurídica dessa norma regulamentadora é assegurada</p><p>em nível de legislação ordinária, pelos artigos 166 e 167 da CLT. A lei estabelece</p><p>que todos os fabricantes e todos os importadores de EPIs devem ser responsáveis</p><p>por comprovar a eficácia da proteção do equipamento, previamente à</p><p>comercialização deste no território nacional, por meio de avaliação compulsória no</p><p>âmbito do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial</p><p>(Sinmetro), ou ser avaliados na modalidade de certificação por meio de organismos</p><p>de certificação de produtos (OCPs) nacionais acreditados pelo Instituto Nacional de</p><p>Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em conformidade com os</p><p>regulamentos de avaliação da conformidade (RACs) já publicados pelo Inmetro.</p><p>Existem EPIs que devem ser avaliados na modalidade</p><p>de relatório de ensaio, por</p><p>meio de laboratórios de ensaio nacionais acreditados pelo Inmetro, atendendo aos</p><p>requisitos documentais e de marcação.</p><p>O CA – certificado de aprovação deve ser providenciado pelo fabricante ou pelo</p><p>importador na Secretaria de Trabalho. Os procedimentos relativos ao CA são isentos</p><p>de taxas perante a Secretaria de Trabalho, devendo arcar apenas com os custos da</p><p>realização de ensaios laboratoriais necessários para fins de</p><p>emissão/renovação/alteração de CA, bem como com os custos relativos à</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 10/47</p><p>apresentação da documentação prevista na legislação pertinente. Esse documento</p><p>atesta que o EPI submetido aos testes em um laboratório credenciado está</p><p>adequado para o uso pelo trabalhador e dará a proteção necessária para a sua</p><p>saúde e para a sua integridade física.</p><p>Quando o técnico em segurança do trabalho, no exercício da sua profissão,</p><p>precisar saber se um fabricante está cadastrado no Ministério do Trabalho e se o EPI</p><p>fabricado tem o certificado de aprovação, precisa apenas acessar o site do ministério</p><p>e verificar o fato, pois nesse local estão cadastrados todos os fabricantes, os</p><p>importadores e os números dos certificados de aprovação dos equipamentos que</p><p>estão liberados para o uso.</p><p>Outra responsabilidade do técnico em segurança no trabalho, no desempenho</p><p>da sua atividade, é exigir do fabricante, toda a vez que for realizada a compra de um</p><p>EPI, o envio de uma cópia do certificado de aprovação do mesmo. Além de elaborar</p><p>um procedimento interno identificando todas as operações e seus riscos</p><p>relacionados, identificando qual o equipamento que deve ser utilizado para inibir</p><p>esse risco.</p><p>A prática nas empresas demonstra que deixar o uso do EPI como uma forma</p><p>de iniciativa do próprio trabalhador, mostra que os resultados alcançados não são</p><p>adequados. Portanto, é obrigatória a supervisão, por parte do empregador, do uso</p><p>adequado e permanente dos equipamentos, sendo inconcebível uma atitude proativa</p><p>por parte do funcionário no que se refere ao uso do mesmo.</p><p>A NR-6 estabelece que o empregador possui algumas obrigações legais e</p><p>obrigatórias referentes ao assunto, que são elas:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 11/47</p><p>Adquirir o equipamento adequado ao risco de cada atividade</p><p>Exigir por parte do funcionário o seu uso</p><p>Fornecer ao funcionário somente equipamentos que possuam o</p><p>certificado de aprovação</p><p>Orientar e treinar o funcionário sobre o uso adequado, a guarda e a</p><p>conservação do equipamento</p><p>Substituir imediatamente quando danificado ou extraviado</p><p>Comunicar ao Ministério da Economia qualquer alteração observada</p><p>Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser livros, fichas</p><p>ou sistema eletrônico</p><p>Por outro lado, o funcionário também possui as suas responsabilidades junto</p><p>aos equipamentos de proteção individual, que são:</p><p>Utilizá-los apenas para os fins a que se destinam</p><p>Responsabilizar-se pela guarda e conservação</p><p>Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio</p><p>para o uso</p><p>Cumprir as determinações do empregador quanto ao uso do</p><p>equipamento</p><p>Quando é iniciado um processo de implantação e implementação de um</p><p>sistema de gestão e dos programas em saúde e segurança, uma das preocupações</p><p>é com os EPIs, pois são parte das medidas de controle dos riscos no local de</p><p>trabalho e para a prevenção dos acidentes e das doenças. Eles estão intimamente</p><p>ligados com todas as ações implantadas em um processo de gestão dos riscos e</p><p>para a prevenção de acidentes. Por isso, não temos dificuldades em estabelecer</p><p>uma relação com todo o processo de gestão de uma empresa.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 12/47</p><p>Essa norma regulamentadora estabelece, principalmente, as obrigações dos</p><p>empregadores e dos empregados frente aos EPIs e todas as providências que</p><p>devem ser tomadas no sentido da aquisição e conservação dos mesmos, visando a</p><p>boa utilização e cuidados. Inclusive estabelece punições se as recomendações da</p><p>norma não forem cumpridas conforme é determinado.</p><p>Estabelece também quais são os EPIs a serem utilizados no exercício do</p><p>trabalho, bem como, as determinações legais para os fabricantes e para a</p><p>comercialização dos equipamentos. Sendo considerado crime quando esses</p><p>requisitos legais não forem cumpridos conforme está determinado.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Programa de Controle Médico de Saúde</p><p>Ocupacional (PCMSO)</p><p>Esta norma regulamentadora estabelece a obrigatoriedade, por parte dos</p><p>empregadores que tenham no seu quadro funcional pessoas contratadas pelo</p><p>regime da CLT, a elaborar um programa de controle médico e de saúde ocupacional,</p><p>visando à promoção e à preservação da saúde de todos os seus trabalhadores.</p><p>Lembre-se de que os MEIs, as MEs e as EPPs (estas muitas vezes com um ou</p><p>dois funcionários) estão desobrigados de elaborar o PCMSO, quando estiverem</p><p>enquadrados no subitem 1.8.6 da NR-1. Porém, devem realizar e custear exames</p><p>médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos, a cada dois anos, de</p><p>seus empregados.</p><p>O PCMSO tem um caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce</p><p>das doenças relacionadas ao trabalho e de natureza clínica ou danos irreversíveis à</p><p>saúde do trabalhador.</p><p>Para a implantação desse programa, é necessária a elaboração anterior do</p><p>programa de identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos no local de trabalho</p><p>(ou seja, um PGR). De posse desse documento, então, será elaborado o programa</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 13/47</p><p>médico. Ele consiste em estabelecer um conjunto de exames médicos para o</p><p>acompanhamento da saúde do trabalhador baseado nos fatores de risco (e em sua</p><p>classificação no PGR) a que ele está exposto na jornada de trabalho, bem como, o</p><p>período em que esses exames devem ser renovados. A responsabilidade pela</p><p>elaboração e pela condução do programa é única e exclusiva de um médico do</p><p>trabalho.</p><p>Então, o médico do trabalho deverá elaborar, além do PCMSO, um relatório</p><p>analítico contendo o que o programa executou no período, anualmente,</p><p>considerando a data do último relatório, e contendo também, no mínimo, os</p><p>seguintes pontos: número de exames clínicos realizados; número e tipos de exames</p><p>complementares realizados; estatística de resultados anormais dos exames</p><p>complementares, categorizados por tipo de exame e por unidade operacional, setor</p><p>ou função; incidência e prevalência de doenças relacionadas ao trabalho,</p><p>categorizadas por unidade operacional, setor ou função; informações sobre número,</p><p>tipo de evento e doenças informadas nos CATs (comunicados de acidente do</p><p>trabalho), emitidos pela organização, referentes aos empregados; análise</p><p>comparativa em relação ao relatório anterior; e discussão sobre as variações nos</p><p>resultados, demonstrando assim uma gestão sobre a saúde dos trabalhadores.</p><p>Tal relatório será muito importante para planejar o que será realizado no futuro,</p><p>visando ao controle e à prevenção da saúde do trabalhador. O PCMSO e o relatório</p><p>analítico deverão ser guardados por 20 anos na empresa.</p><p>A relação dessa norma com a implantação e a implementação de um sistema</p><p>de gestão em segurança e saúde no trabalho refere-se ao caráter preventivo, fator</p><p>primordial para a gestão dentro de uma empresa. Ele faz parte de um programa</p><p>maior que é implantado pelas empresas visando à total gestão para a diminuição</p><p>das doenças relativas ao trabalho.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 14/47</p><p>Avaliação e controle das exposições</p><p>ocupacionais a agentes físicos, químicos</p><p>e biológicos</p><p>Uma das alterações recentes dessa NR modificou sua nomenclatura e ela</p><p>passou a se chamar “avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes</p><p>físicos, químicos e biológicos”, pois está inserido em um processo global de revisão</p><p>de todo o sistema normativo, iniciado com a inclusão, na NR-1, do GRO e do PGR.</p><p>O GRO prevê a avaliação de todos os fatores de risco, a indicação do nível de</p><p>risco e a classificação deste</p><p>para determinar as medidas de prevenção, de</p><p>acompanhamento e de controle dos riscos ocupacionais. Com a introdução desse</p><p>novo conteúdo na NR-1, que dialoga com todas as demais normas</p><p>regulamentadoras, os requisitos referentes a gerenciamento de riscos até então</p><p>existentes na NR-9 foram transpostos para a NR-1, restando ao novo texto da NR-9</p><p>os requisitos específicos para avaliação e controle das exposições ocupacionais a</p><p>agentes químicos, físicos e biológicos.</p><p>Essa nova estruturação da NR-9 prevê, no corpo da norma, a sistemática de</p><p>avaliação e o controle dos agentes e, nos anexos, as medidas para cada agente</p><p>específico, a exemplo das medidas atualmente estabelecidas para vibrações e calor.</p><p>Com isso, faz-se ainda necessária a construção de anexos específicos para os</p><p>demais agentes físicos, químicos e biológicos.</p><p>Visando a preencher a lacuna normativa, enquanto os demais anexos são</p><p>construídos, foi inserida na norma disposição provisória estabelecendo a definição</p><p>de nível de ação e de aplicação subsidiária dos critérios e dos limites de tolerância</p><p>constantes na NR-15 (e anexos) e, na ausência desta, daqueles previstos pela</p><p>American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).</p><p>Mesmo com tamanha mudança, os PPRAs emitidos deverão ser mantidos no</p><p>sítio da empresa para subsidiar defesas e/ou fiscalizações que possam vir a</p><p>acontecer ainda.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 15/47</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Atividades e operações insalubres</p><p>Esta norma regulamentadora regula quais são as atividades e as</p><p>operações consideradas insalubres. Ela estabelece limites de tolerância dos agentes</p><p>de risco que o organismo humano pode estar exposto sem causar distúrbios a saúde</p><p>e a sua integridade física. Esses limites são calculados em função da natureza e do</p><p>tempo de exposição ao agente, sugerindo que a exposição abaixo dos limites não</p><p>causará consequências à saúde do trabalhador. O que a difere da NR-16 –</p><p>atividades e operações perigosas – é que esta estabelece riscos à vida do</p><p>trabalhador, e a NR-15 estabelece os riscos à saúde do trabalhador.</p><p>Cabe salientar que a NR-15 está ligada indiretamente ao PGR, pois ela é</p><p>citada pela NR-9 como base para alguns dos limites de tolerância, entretanto é</p><p>importante ressaltar que a relação se encerra no uso dos limites para determinação</p><p>de ações preventivas ou corretivas. Ambos os textos normativos, das NRs 1 e 9, são</p><p>claras em relação à avaliação de insalubridade. Elas afastam o objetivo de</p><p>determinar se uma situação é caracterizada como insalubridade. Isso está a cargo</p><p>dos laudos de insalubridade. Ainda, é importante acompanhar as alterações na NR-</p><p>9, pois, conforme anexos específicos forem publicados, a relação entre ela e a NR-</p><p>15 será cada vez mais fraca.</p><p>A caracterização da insalubridade deverá ocorrer por meio de laudo técnico de</p><p>insalubridade, emitido e assinado por um engenheiro de segurança ou por médico</p><p>do trabalho. Isso ocorre quando a avaliação quantitativa de um agente de risco</p><p>ultrapassar o limite de tolerância estabelecido pela norma, levando em consideração</p><p>as medidas protetivas instaladas ou fornecidas aos trabalhadores. Outra forma de</p><p>caracterização da insalubridade garantida na NR-15 é o fato de o laudo técnico de</p><p>insalubridade garantir a presença e/ou a exposição a determinado agente, por meio</p><p>da técnica chamada de qualitativa, em que a existência no local de trabalho já</p><p>garante a caracterização da atividade como insalubre.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 16/47</p><p>Outra forma de caracterização da insalubridade garantida na NR-15, é o laudo</p><p>técnico garantindo a presença e a exposição a determinado agente, por meio da</p><p>técnica chamada de qualitativa, em que a existência no local de trabalho já garante a</p><p>caracterização da atividade como insalubre.</p><p>A NR-15 estabelece dois tipos de critérios para caracterização da</p><p>insalubridade: quantitativos e qualitativos.</p><p>Clique ou toque para visualizar o conteúdo.</p><p>Critérios quantitativos</p><p>Configura-se insalubridade quando a concentração do agente se encontrar</p><p>acima dos limites de tolerância estabelecidos pelos:</p><p>Anexos 1 e 2 – Ruído contínuo, intermitente e impacto (grau médio).</p><p>Anexo 3 – Calor (grau médio).</p><p>Anexo 5 – Radiações ionizantes (grau máximo).</p><p>Anexo 8 – Vibrações (grau médio).</p><p>Anexo 11 – Agentes químicos (em número de 135), estabelecidos limites de</p><p>tolerância (graus mínimo, médio e máximo, conforme o agente).</p><p>Anexo 12 – Poeiras minerais: sílica livre cristalizada, asbesto (amianto) e</p><p>manganês (grau máximo).</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 17/47</p><p>Critérios qualitativos</p><p>A insalubridade é caracterizada por avaliação pericial da exposição ao risco, via</p><p>inspeção da situação de trabalho para os agentes listados nos seguintes</p><p>anexos:</p><p>Anexo 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas, (grau máximo).</p><p>Anexo 7 – Radiações não-ionizantes (grau médio).</p><p>Anexo 9 – Frio (grau médio).</p><p>Anexo 10 – Umidade excessiva (grau médio).</p><p>Anexo 13 – Agentes químicos para os quais não foram estabelecidos limites de</p><p>tolerância, entre os quais quatro substâncias cancerígenas. Para cada produto,</p><p>são definidas atividades e operações em função do risco (grau mínimo, médio e</p><p>máximo).</p><p>Anexo 13-A – Benzeno – Introduziu o valor de referência tecnológico (VRT)</p><p>descaracterizando o conceito de insalubridade, determinando que não existe</p><p>exposição segura ao benzeno. O benzeno é um produto inflamável enquadrado</p><p>no critério legal da periculosidade.</p><p>Anexo 14 – Agentes biológicos de forma genérica, relacionando apenas</p><p>atividades e não especificamente os agentes (grau médio ou máximo).</p><p>Outro item estabelecido pela norma é o valor do adicional que o trabalhador faz</p><p>jus a receber devido a exposição acima dos limites. Esse adicional varia em 10%</p><p>(mínimo), 20% (médio) e 40% (máximo) sobre o salário mínimo regional, salvo item</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 18/47</p><p>em contrário estabelecido em contrato coletivo com a categoria sindical, variando de</p><p>acordo com o agente agressor, isso é, para cada agente é aplicado um percentual</p><p>diferente.</p><p>Por exemplo:</p><p>Os agentes ruído e calor, quando acima dos limites de tolerância,</p><p>determinam que o adicional de insalubridade a ser pago é de 20%</p><p>sobre o salário mínimo regional.</p><p>O agente de risco poeiras minerais, quando estiver acima do limite de</p><p>tolerância, estabelece o pagamento de adicional a título de</p><p>insalubridade sobre o salário mínimo regional de 40%.</p><p>O pagamento do adicional de insalubridade pode ser cancelado quando o</p><p>agente deixar de existir no local de trabalho, ou quando a exposição ao agente ficar</p><p>abaixo do limite de tolerância. Porém, tudo isso deve ser confirmado por meio de</p><p>laudo técnico emitido por profissional habilitado. Quanto ao uso do EPI, isso não</p><p>descaracteriza a percepção do adicional, pois a empresa para isso deve garantir que</p><p>o funcionário utiliza-se do mesmo de forma correta, adequada e sem interrupção, o</p><p>que torna essa possibilidade muito difícil de ser atingida.</p><p>A relação entre essa norma e a implantação e a implementação de um sistema</p><p>de gestão é muito grande, porque não dizer, uma das maiores entre as normas. O</p><p>fato é que ela estabelece, por meio de análises qualitativas e quantitativas, quando</p><p>um trabalho é insalubre, ou seja, prejudicial à saúde do trabalhador. Diante disso, os</p><p>empregadores estão na obrigação de tornar o ambiente salubre sempre que for</p><p>possível e, para isso, é necessário um sistema de gestão bem implantado e</p><p>implementado, contendo metas e objetivos a serem alcançados visando a melhoria</p><p>dos ambientes de trabalho.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 19/47</p><p>Ergonomia</p><p>Esta norma regulamentadora estabelece parâmetros para tornar</p><p>o ambiente de trabalho confortável ao trabalhador, desenvolvendo uma adaptação</p><p>dos postos de trabalho de acordo com as características psicofisiológicas das</p><p>pessoas, levando em consideração o esforço físico e intelectual, as condições</p><p>ambientais</p><p>do trabalho e a organização do trabalho.</p><p>De acordo com a norma, as condições de trabalho incluem aspectos</p><p>relacionados:</p><p>Levantamento, transporte e descarga de materiais</p><p>Mobiliário</p><p>Equipamentos</p><p>Condições ambientais do posto de trabalho</p><p>A organização do trabalho, para efeito da NR-17, deve levar em consideração,</p><p>no mínimo:</p><p>As normas de produção</p><p>O modo operatório</p><p>A exigência de tempo</p><p>A determinação do conteúdo de tempo</p><p>O ritmo de trabalho</p><p>O conteúdo das tarefas</p><p>As características psicofisiológicas referem-se ao funcionamento da pessoa.</p><p>Como um dos objetivos da ergonomia e adaptar o local de trabalho ao homem. Todo</p><p>o conhecimento antropológico, psicológico e fisiológico do ser humano inclui-se</p><p>nesse estudo. A seguir, observe as principais características psicofisiológicas do ser</p><p>humano, que são objeto de estudo nessa norma regulamentadora:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 20/47</p><p>Apresenta sinais de estresse quando tem sua performance avaliada por</p><p>meio de metas de desempenho.</p><p>Prefere impor seu próprio ritmo de trabalho, incomoda-se com tarefas</p><p>com tempo de execução reduzido.</p><p>Apresenta uma tendência a acelerar seu ritmo de trabalho quando</p><p>motivado pecuniariamente ou por outros meios.</p><p>Prefere escolher livremente sua postura no posto de trabalho.</p><p>A NR-17 chama muita atenção para os esforços físicos, considerando o</p><p>levantamento, transporte e descarga individual de materiais, o mobiliário e</p><p>equipamentos dos postos de trabalho, as condições ambientais e a organização do</p><p>trabalho. Além disso, possui dois anexos, um deles exclusivo para os trabalhos dos</p><p>operadores de checkout e, outro para o trabalho em tele atendimento/telemarketing.</p><p>A palavra ergonomia é formada por duas palavras gregas: ergos (trabalho) e</p><p>nomos (leis, normas, regras). Diante disso, de forma sintética, ergonomia é a</p><p>organização do trabalho. O principal objetivo é adaptar o trabalho ao homem e é</p><p>uma disciplina científica destinada às relações humanas e outros elementos ou</p><p>sistemas objetivando uma convivência harmoniosa entre pessoas e os sistemas de</p><p>trabalho.</p><p>A ergonomia pode ser classificada em:</p><p>Ergonomia física: refere-se a postura no trabalho, manuseio de</p><p>materiais, movimentos repetitivos, projeto do posto de trabalho.</p><p>Ergonomia cognitiva: refere-se a carga mental de trabalho, tomada de</p><p>decisão, desempenho especializado, interação homem-computador,</p><p>confiabilidade humana e estresse profissional.</p><p>Ergonomia organizacional: refere-se ao gerenciamento e organização</p><p>do trabalho, trabalho em grupo, cultura organizacional, tele trabalho e</p><p>gestão da qualidade.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 21/47</p><p>Essa norma estabelece a necessidade, em alguns casos, de que o empregador</p><p>elabore a AET – análise ergonômica do trabalho.</p><p>Existe uma relação muito grande entre essa norma e a implantação e</p><p>implementação de um programa de saúde e segurança no trabalho, e por</p><p>consequência, na implantação de um sistema de gestão. O assunto ergonomia é</p><p>tratado como um grupo de risco juntamente com outros quatro grandes grupos de</p><p>risco, e dentro da legislação brasileira ela é tratada somente nesta norma</p><p>regulamentadora. Portanto, todos os riscos ergonômicos dos locais de trabalho são</p><p>mencionados para o seu tratamento nessa orientação de trabalho. Diante disso,</p><p>todos os fatores de risco ergonômicos, dentro de um sistema de gestão, serão</p><p>geridos conforme determina essa norma regulamentadora.</p><p>Na redação da NR-17, que trata de ergonomia, não há menção de verbetes</p><p>relacionados a programa e laudo, tão comumente utilizados por prevencionistas.</p><p>Apesar de a análise ergonômica do trabalho não constituir um programa, ela tem</p><p>uma estrutura de análise que, após elaborada, requer a implementação das ações</p><p>para as situações não adequadas e/ou não conformes. Assim, nesse contexto, são</p><p>elaborados estudos de ergonomia, nos quais as AETs são essenciais e</p><p>fundamentais.</p><p>Tais programas de ergonomia são citados inclusive no Anexo 1 da NR-17.</p><p>Porém, devem ser redigidos observando as características de cada empresa, pois</p><p>têm o intuito de descrever como a metodologia deve ser utilizada para a melhoria</p><p>dos postos de trabalho. Define-se ainda por meio de tais programas a necessidade</p><p>de criar os Coergos (comitês de ergonomia) e a estrutura destes. É importante</p><p>definir prioridades para a execução dos planos de ação gerais ou até mesmo</p><p>setorizados.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 22/47</p><p>Segurança e saúde no trabalho na</p><p>indústria da construção</p><p>Essa norma regulamentadora recebeu uma revisão pela Portaria SEPRT n.º</p><p>3.733/2020 e estabelece diretrizes de ordem administrativa sobre os trabalhos na</p><p>indústria da construção. Nesse caso, indústria da construção são todas as atividades</p><p>e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em</p><p>geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive</p><p>manutenção de obras de urbanização e paisagismo. Ela é considerada setorial, pois</p><p>trata de uma atividade econômica específica, sendo considerada uma das que mais</p><p>provoca acidentes no trabalho. Dentre as principais causas estão a queda de altura,</p><p>o soterramento e o choque elétrico.</p><p>Analisando a aplicação dessa norma, verificamos a grande gama de atividades</p><p>em que ela é aplicada e, analisando a grande maioria dos acidentes do trabalho</p><p>ocorridos nesse segmento, podemos entender a relação dela com a implantação e</p><p>implementação de um programa de segurança e saúde no trabalho atrelado a um</p><p>sistema de gestão. Essa relação do sistema de gestão é plenamente justificada no</p><p>sentido de diminuir ou eliminar os acidentes oriundos desse segmento industrial e de</p><p>serviços.</p><p>Um dos pontos principais dessa norma é a obrigatoriedade de elaboração do</p><p>PGR, possibilitando uma efetiva gestão, por parte do responsável pela obra, dos</p><p>riscos existentes. O PGR deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado</p><p>em segurança do trabalho e implementado pela organização.</p><p>A norma prevê ainda que, em canteiros de obras com até 7 m de altura e com</p><p>no máximo dez trabalhadores, o PGR pode ser elaborado por profissional qualificado</p><p>em segurança do trabalho e também implementado pela organização.</p><p>Outro ponto importante é que a obrigação da gestão dos riscos nos canteiros</p><p>será da organização, e não de seus fornecedores contratados, os quais deverão</p><p>produzir um inventário de riscos das atividades que desempenham, para que estes</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 23/47</p><p>sejam incorporados e considerados no programa da empresa.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Segurança e saúde ocupacional na</p><p>mineração</p><p>A NR-22 é norma setorial, pois regulamenta a execução do trabalho em setores</p><p>ou em atividades econômicas específicas, qual seja a mineração. A norma é</p><p>composta por vários capítulos, distribuídos em temas relacionados às diversas</p><p>atividades da mineração, abrangendo não apenas as minas a céu aberto e</p><p>subterrâneas, mas também os garimpos (deficientes em ações de segurança e</p><p>saúde no trabalho) e as atividades correlatas, como beneficiamento e pesquisa</p><p>mineral.</p><p>Entre os aspectos mais relevantes, destaca-se que a norma estabelece claramente</p><p>os deveres de empregadores e trabalhadores.</p><p>Outro aspecto a ser destacado foi a obrigatoriedade da elaboração do PGR</p><p>pelas empresas, o qual deve abranger os riscos presentes no setor mineral e indicar</p><p>ações para eliminar ou controlar tais riscos. Cabe à empresa ou ao permissionário</p><p>de lavra garimpeira elaborar e implementar o PGR, contemplando os aspectos da</p><p>norma e incluindo no mínimo aqueles relacionados a:</p><p>a. Riscos físicos, químicos e biológicos</p><p>b. Atmosferas explosivas</p><p>c. Deficiências de oxigênio</p><p>d. Ventilação</p><p>e. Proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa n.º 1/1994</p><p>da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho</p><p>f. Investigação e análise de acidentes do trabalho</p><p>g. Ergonomia e organização do trabalho</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 24/47</p><p>h. Riscos decorrentes</p><p>do trabalho em altura, em profundidade e em</p><p>espaços confinados</p><p>i. Riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas,</p><p>equipamentos, veículos e de trabalhos manuais</p><p>j. Equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se</p><p>no mínimo o constante na NR-6</p><p>k. Estabilidade do maciço</p><p>l. Plano de emergência</p><p>m. Modificações e introduções de novas tecnologias</p><p>Tal programa deve incluir as seguintes etapas:</p><p>a. Antecipação e identificação de fatores de risco, levando-se em conta,</p><p>inclusive, as informações do mapa de risco elaborado pela Cipamin,</p><p>quando houver</p><p>b. Avaliação dos fatores de risco e da exposição dos trabalhadores</p><p>c. Estabelecimento de prioridades, metas e cronograma</p><p>d. Acompanhamento das medidas de controle implementadas</p><p>e. Monitoramento da exposição aos fatores de riscos</p><p>f. Registro e manutenção dos dados por no mínimo 20 anos</p><p>g. Análise crítica do programa pelo menos uma vez ao ano, contemplando</p><p>a evolução do cronograma, com registro das medidas de controle</p><p>implantadas e programadas</p><p>Ademais, a criação da Cipamin permite que os trabalhadores se organizem de</p><p>forma autônoma no local de trabalho, assumindo papel ativo e responsabilidades no</p><p>controle dos riscos existentes nos ambientes de trabalho, ignorando assim o</p><p>princípio da paridade consagrado na NR-5 (CIPA). Isso porque, nos ambientes de</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 25/47</p><p>trabalho regidos pela NR-22, apenas o presidente da comissão será nomeado pelo</p><p>empregador, devendo todos os demais membros ser eleitos pelos trabalhadores.</p><p>Não obstante, ampliou-se o número de comissões, pois todos os estabelecimentos</p><p>com mais de 15 trabalhadores devem organizar a Cipamin.</p><p>Quanto à prevenção da silicose, principal doença ocupacional do mineiro, a</p><p>norma passou a determinar a realização de perfuração a úmido e incorporou</p><p>diretrizes do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) quanto</p><p>aos componentes da amostra de trabalhadores a serem avaliados quando expostos</p><p>a poeiras minerais. Ademais, também foram traçadas diretrizes para o cálculo da</p><p>vazão de ar fresco nos sistemas de ventilação das minas em função de diversas</p><p>variáveis, dando subsídios para que as empresas estabeleçam um programa</p><p>consistente e eficaz de prevenção dessa grave patologia ocupacional.</p><p>SUBIR (#abas)</p><p>Com isso, concluímos o assunto referente às normas regulamentadoras que</p><p>estudamos. Vimos ao longo do material como podem e como devem ser implantadas</p><p>nas empresas, cujo assunto faz parte da finalidade das normas estudadas.</p><p>Dando continuidade nesse estudo, conheceremos os programas de saúde e</p><p>segurança no trabalho relativos aos assuntos das normas estudadas,</p><p>principalmente, no que se refere a implantação dos programas, a sugestão de</p><p>modelos e as explicações necessárias para a sua elaboração.</p><p>Clique ou toque para visualizar o conteúdo.</p><p>PPR – Programa de Proteção Respiratória</p><p>O PPR – Programa de Proteção Respiratória é um conjunto de medidas que</p><p>visa a proteger o trabalhador das doenças do trabalho causadas pelos agentes</p><p>químicos e biológicos. Essas doenças são associadas aos materiais dispersos na</p><p>atmosfera, e que são considerados prejudiciais à saúde, como: poeiras, fumos,</p><p>nevoas, fumaças, vapores e gases químicos.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 26/47</p><p>Atualmente, o programa está na quarta edição, que foi publicado em 2016,</p><p>apresentando profundas modificações na sua escrita para tornar mais fácil a sua</p><p>leitura, sendo que foram incluídas novas informações, principalmente, quando é</p><p>referente à seleção dos respiradores que serão utilizados pelas pessoas. Ele se</p><p>refere a um processo de seleção, uso e manutenção de todos os respiradores para</p><p>cada trabalhador, adequar tarefas para eliminar ou minimizar os riscos no ambiente</p><p>de trabalho, selecionando EPR – equipamentos de proteção respiratória, ideias para</p><p>cada tarefa desempenhada pelas pessoas no local de trabalho.</p><p>O programa é obrigatório em todas as empresas que tenham agentes químicos</p><p>identificados em seu PGR e que seus funcionários necessitem da utilização de</p><p>respiradores para proteger o seu sistema respiratório. Os dados do PPR não têm um</p><p>prazo de guarda específico, como os do PGR, mas, na maioria dos casos, os</p><p>documentos relativos aos programas de saúde e segurança do trabalho são</p><p>guardados por 20 anos (período de guarda normalmente utilizado pelas</p><p>organizações). O programa deve abranger, no mínimo, a seleção, a utilização e a</p><p>manutenção dos equipamentos de proteção respiratória. O respirador é um</p><p>equipamento colocado sobre o nariz e a boca, para não permitir a inalação de</p><p>partículas que estão no ar podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.</p><p>Não existe na legislação brasileira pertinente à proteção respiratória, uma</p><p>determinação de quem é responsável pela elaboração e pela gestão do PPR.</p><p>Existem apenas citações de deverão ser pessoas competentes para essa tarefa.</p><p>Essas pessoas devem ter treinamento e experiência apropriada, com a possibilidade</p><p>e responsabilidade de manterem-se permanentemente informadas a respeito para</p><p>desenvolverem as suas responsabilidades com eficiência.</p><p>Existem dois tipos de respirador, segundo a NBR 12543:2017. Um deles evita a</p><p>respiração dos contaminantes presentes no ar e o outro fornece de forma direta um</p><p>ar limpo, livre de qualquer impureza vindo de uma fonte externa. Porém, associados</p><p>a essas medidas respiratórias, os funcionários devem ser submetidos aos exames</p><p>médicos periódicos, estabelecidos no PCMSO, visando o acompanhamento e a</p><p>evolução de sua saúde para proteção e prevenção das doenças do trabalho.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 27/47</p><p>Uma das providências a ser tomada dentro do programa, após a seleção do</p><p>EPR, é o teste e ensaio de vedação. Cada trabalhador possui um rosto diferente, e o</p><p>respirador deve adequar-se a cada um, por isso da realização do teste, verificando</p><p>se não há passagem de ar entre o rosto e o equipamento, ajustando corretamente a</p><p>forma de uso pelo trabalhador. O ensaio de vedação deve ser realizado, no mínimo,</p><p>a cada 12 meses, salvo outros fatores como, por exemplo, a troca do respirador, ou</p><p>se o trabalhador apresentar algum problema de saúde que possa ser oriundo do seu</p><p>trabalho. Os ensaios de vedação devem ser documentados toda vez que realizados,</p><p>e os registros devem ser arquivados junto com a gestão desse programa para fins</p><p>de inspeção do Ministério da Economia.</p><p>As ações educativas sobre o assunto também fazem parte da gestão do PPR.</p><p>Todos os trabalhadores devem estar cientes dos riscos químicos e biológicos a que</p><p>estão expostos na jornada de trabalho, bem como a maneira de como prevenir-se</p><p>para não sofrerem efeitos causados pelos riscos. Além disso, devem ser treinados</p><p>sobre a maneira correta de utilização dos EPR para que a prevenção seja eficaz,</p><p>não causando doenças. É responsabilidade do empregador, por meio do seu</p><p>SESMT, fiscalizar o uso adequado dos equipamentos, formalizando pelas inspeções</p><p>documentadas o uso adequado e correto dos respiradores.</p><p>A gestão correta e adequada do programa, por parte do empregador, garantirá</p><p>o sucesso do mesmo e os resultados serão benéficos a todos, principalmente aos</p><p>funcionários que estão expostos de forma direta aos riscos citados. Mas outro</p><p>detalhe, e não menos importante, a ser inspecionado é a guarda dos equipamentos.</p><p>Devem ser acondicionados e guardados em local limpo e livre de contaminantes</p><p>presentes no ar, assim o seu uso pode ser prolongado e as suas condições originais</p><p>mantidas.</p><p>O programa, quando da sua elaboração, deve conter alguns elementos</p><p>mínimos, elaborados em forma de procedimentos operacionais:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 28/47</p><p>Política da empresa na área de proteção respiratória, descrevendo o</p><p>seu compromisso com os resultados esperados</p><p>Abrangência do programa</p><p>Indicação do administrador do programa, que será o responsável pela</p><p>gestão do mesmo</p><p>Regras e responsabilidades dos principais</p><p>atores envolvidos, o</p><p>empregador, o responsável, o SESMT e os funcionários</p><p>Avaliação dos riscos respiratórios, podendo ser por meio do PGR</p><p>Seleção do respirador em conformidade com o contaminante</p><p>identificado e analisado</p><p>Avaliação das condições físicas, psicológicas e médicas dos usuários,</p><p>por meio do PCMSO</p><p>Treinamentos e ações educativas para todos os funcionários da</p><p>empresa</p><p>Ensaio de vedação com todos os funcionários que irão utilizar EPR</p><p>Uso do respirador e política da barba, pois quem utiliza barba não</p><p>garante uma perfeita vedação do equipamento</p><p>Manutenção, inspeção, limpeza e higienização dos respiradores de</p><p>forma amplamente documentados</p><p>Guarda e estocagem adequadas</p><p>Uso de respirador para fuga, emergências e resgates, quando</p><p>necessário</p><p>Qualidade do ar/gás respirável, por meio de análises constantes</p><p>Revisão do programa de forma periódica</p><p>Arquivamento de registros para eventuais inspeções</p><p>O empregador é o responsável pelo programa, e as suas responsabilidades</p><p>são as seguintes:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 29/47</p><p>Designar um administrador do programa</p><p>Providenciar recursos adequados</p><p>Definir, implementar e documentar o PPR</p><p>Fornecer o respirador adequado</p><p>Permitir ao empregado usuário do respirador que deixe a área de risco</p><p>por qualquer motivo relacionado com o seu uso</p><p>Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar</p><p>providências para saná-la</p><p>Fornecer somente respiradores aprovados</p><p>O administrador do programa, indicado pelo empregador, também possui as</p><p>suas responsabilidades, que são:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 30/47</p><p>Preparação dos procedimentos operacionais escritos para uso correto</p><p>dos respiradores em situações de rotina e de emergência</p><p>Medições, estimativas ou informações atualizadas acerca da</p><p>concentração do contaminante na área de trabalho antes de ser feita a</p><p>seleção do respirador e periodicamente, durante o seu uso, com a</p><p>finalidade de garantir que o respirador apropriado esteja sendo utilizado</p><p>Seleção do respirador apropriado que proporcione proteção adequada</p><p>para cada contaminante presente ou potencialmente presente</p><p>Manutenção de registros e procedimentos escritos de tal maneira que o</p><p>programa fique documentado e permita uma avaliação da sua eficácia</p><p>Providências para que todos os envolvidos conheçam o conteúdo do</p><p>programa</p><p>Avaliação anual da eficácia do programa</p><p>Revisão periódica dos procedimentos escritos</p><p>Indicação e treinamento de pessoas competentes para o cumprimento</p><p>de tarefas ou funções no programa</p><p>Atualização de seus conhecimentos e o de seus colaboradores para</p><p>que possam desempenhar eficientemente as tarefas relativas ao PPR</p><p>Os funcionários também possuem as suas responsabilidades, como:</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 31/47</p><p>Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e o</p><p>treinamento recebido</p><p>No caso de uso de respirador com vedação facial, não apresentar pelos</p><p>faciais (barba, cavanhaque etc.) que interfiram na selagem do</p><p>respirador em seu rosto</p><p>Guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo</p><p>conveniente para que não se danifique ou deforme</p><p>Deixar imediatamente a área contaminada se observar que o respirador</p><p>não está funcionando bem, e comunicar o defeito para a pessoa</p><p>responsável indicada nos procedimentos operacionais escritos</p><p>Comunicar para a pessoa responsável qualquer alteração em seu</p><p>estado de saúde que possa influir na capacidade de uso seguro do</p><p>respirador</p><p>Lembre-se de que não existe um modelo normatizado para elaborar o PPR,</p><p>porém, como sugestão, tem esse modelo que pode ser utilizado pelas empresas, de</p><p>acordo com a realidade de cada uma, observe:</p><p>1 – Identificação da empresa.</p><p>Citar toda a identificação da empresa em que o programa será implementado,</p><p>determinando a abrangência dele.</p><p>2 – Objetivo.</p><p>Citar o objetivo da empresa com o programa elaborado e a política na área de</p><p>proteção respiratória.</p><p>3 – Referências.</p><p>Citar toda a legislação pertinente sobre o programa respiratório.</p><p>4 – Definições.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 32/47</p><p>Citar e definir os termos legais e pertinentes ao assunto e que precisam de um</p><p>melhor entendimento por parte de todas as pessoas da empresa.</p><p>5 – Responsabilidades.</p><p>Citar as responsabilidades das pessoas envolvidas, do empregador, do</p><p>administrador, do SESMT e dos funcionários.</p><p>6 – Aplicação.</p><p>Citar onde será aplicado o programa.</p><p>7 – Desenvolvimento.</p><p>Neste item serão descritas todas as ações que o programa exige, desde a</p><p>avaliação dos riscos respiratórios, a seleção do respirador, a avaliação das</p><p>condições físicas, psicológicas e médicas dos usuários, o treinamento, o ensaio de</p><p>vedação, o uso do respirador e a política da barba, a manutenção, a inspeção, a</p><p>limpeza e a higienização dos respiradores, a guarda e a estocagem, o uso de</p><p>respirador para fuga, emergências e resgates, a qualidade do ar/gás respirável, a</p><p>revisão do programa até o arquivamento de registros.</p><p>SUBIR (#abas2)</p><p>PCA – Programa de Conservação Auditiva</p><p>Um dos riscos mais sérios que estamos sendo submetidos todos os dias é o</p><p>ruído. Ele pode ser oriundo do lazer, da vida social, da vida urbana e do nosso local</p><p>de trabalho. Ao longo da nossa vida é normal termos perda auditiva, seja pela</p><p>própria idade, nos eventos cotidianos da nossa vida, mas o problema ficará sério</p><p>quando a perda auditiva é oriunda da exposição ocupacional ao ruído. Com isso, o</p><p>nosso ouvido passa a ser um dos nossos órgãos mais agredidos no trabalho. Muitas</p><p>vezes ele é esquecido e ignorado e nos damos conta da sua importância somente</p><p>quando a audição começa a ser afetada.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 33/47</p><p>O PCA – Programa de Conservação Auditiva tem como objetivo prevenir as</p><p>perdas auditivas oriundas do trabalho e estancar as perdas que já ocorreram,</p><p>visando uma melhor qualidade de vida no trabalho. O PCA é um programa que está</p><p>intimamente ligado ao PGR, porque são reconhecidos, e, caso necessário, deverão</p><p>ser realizados os levantamentos e as avaliações de ruído no local de trabalho, e</p><p>também ao PCMSO, porque são estabelecidos quais os exames médicos</p><p>necessários a serem realizados visando à prevenção da perda auditiva.</p><p>Logo, percebemos que a elaboração e execução do programa ficarão a cargo</p><p>de um profissional habilitado, nesse caso, será um médico do trabalho, o qual é</p><p>integrante do SESMT, entretanto, a empresa pode contratar uma clínica</p><p>especializada para a elaboração e condução do programa.</p><p>Antes de chegar ao médico que elaborará o programa, devemos passar no</p><p>SESMT, no qual serão avaliados os índices de ruído por meio do PGR, depois</p><p>passará pelo PCMSO a cargo do médico do trabalho para a verificação dos exames</p><p>e, por fim, será elaborado o PCA quando for constatado na empresa níveis de ruído</p><p>que possam agredir a saúde das pessoas.</p><p>Observe a sugestão de um modelo de PCA, porém, lembre-se que não existe</p><p>um documento formalizado na nossa legislação, mas existem informações que são</p><p>obrigatórias a sua colocação dentro do programa. Veja o modelo sugerido:</p><p>1 – Identificação da empresa.</p><p>Neste tópico identificar a empresa, endereço, segmento, descrição básica da</p><p>mesma e dos principais processos e produtos da mesma.</p><p>2 – Introdução e objetivos.</p><p>Este tópico deve trazer a quantidade de pessoas expostas ao ruído, os</p><p>objetivos e desafios a serem atingidos com o programa e uma contextualização da</p><p>empresa a respeito do programa de conservação auditiva.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 34/47</p><p>3 – Política da empresa em relação ao PCA.</p><p>Neste item deve ser descrita a política da empresa referente à proteção</p><p>auditiva estabelecendo os seus objetivos, diretrizes, público alvo e a sua</p><p>participação no PCA.</p><p>4 – Responsabilidades e competências.</p><p>Neste tópico, a empresa estabelecerá as responsabilidades de todos os</p><p>envolvidos no programa, tanto na elaboração e implementação, quanto na sua</p><p>gestão. O responsável pelo programa terá um papel muito importante, portanto,</p><p>as</p><p>suas responsabilidades devem estar bem descritas, juntamente com a formação e a</p><p>experiência que o mesmo deve possuir.</p><p>5 – Avaliação da exposição.</p><p>Neste item deve constar toda a avaliação da exposição ao ruído pelos</p><p>trabalhadores. Toda vez que a dose de exposição ao ruído ultrapassar os 50%, esse</p><p>trabalhador deverá fazer parte do programa de conservação auditiva. Uma avaliação</p><p>preliminar deve ser realizada basicamente com o trabalhador, buscando o seu</p><p>histórico de exposição e eventuais perdas já ocorridas, bem como descrever o</p><p>ambiente de trabalho e as fontes de ruído existentes.</p><p>Outra parte integrante desse item, é toda a avaliação quantitativa realizada</p><p>com o agente ruído. Essa avaliação deve ser representativa dentro do grupo</p><p>homogêneo de risco, deve-se ter a finalidade de buscar a dose de exposição</p><p>seguindo os critérios estabelecidos pela norma NHO-01 da Fundacentro.</p><p>6 – Gerenciamento audiológico e controle médico.</p><p>Nesse tópico é de exclusividade do médico do trabalho o seu preenchimento.</p><p>Constarão todos os diagnósticos médicos realizados, todos os exames necessários,</p><p>diagnósticos individuais e coletivos, estabelecendo um estudo por setor ou por posto</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 35/47</p><p>de trabalho, com o intuito de fundamentar as futuras medidas de correção e</p><p>prevenção a serem implantadas.</p><p>7 – Medidas de controle coletivo.</p><p>Nesse item devem ser descritas todas as medidas de proteção coletiva de</p><p>engenharia e administrativa, utilizando toda a tecnologia existente, visando reduzir</p><p>ao máximo os níveis de pressão sonora. A aplicação das medidas de controle deve</p><p>estar documentada no PCA em forma de cronograma, utilizando alguma ferramenta</p><p>de priorização, prazos de execução, acompanhamento e avaliação da efetividade.</p><p>8 – Gestão de equipamentos de proteção auditiva.</p><p>Essa parte do programa deve possuir uma farta documentação e de registros,</p><p>fundamentando o equipamento de proteção auditivo adquirido. O processo inicia</p><p>com a seleção dos equipamentos utilizando critérios de atenuação informados pelo</p><p>fabricante. Porém, devem ser realizados ensaios para verificar se atenuação está</p><p>adequada, finalizando com o monitoramento do uso e estabelecer uma política de</p><p>troca e registro com a assinatura do usuário.</p><p>9 – Educação/capacitação e motivação de trabalhadores e demais</p><p>envolvidos com o PCA.</p><p>O sucesso do programa passa por um processo de educação, capacitação e</p><p>motivação de todas as pessoas envolvidas, por isso, o empregador e o responsável</p><p>pelo programa, devem estabelecer as ações educativas necessárias para o bom</p><p>entendimento desse, sobre o uso das proteções coletas e individuais, bem como as</p><p>consequências oriundas do ruído e a forma correta de portarem-se frente a todas as</p><p>ações previstas na prevenção e controle do agente de risco.</p><p>10 – Manutenção de registros.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 36/47</p><p>Deve constar todos os registros gerados em todas as etapas, pois são</p><p>evidências de que o programa foi conduzido e implementado adequadamente. Os</p><p>registros serão guardados por, pelo menos, 20 anos e devem obedecer aos</p><p>requisitos legais a respeito do assunto tratado em todo o programa.</p><p>11 – Avaliação do programa.</p><p>Nesse tópico deve ser realizada uma avaliação anual, por meio de auditorias,</p><p>verificando a eficácia do programa de acordo com os seus resultados. Caso não</p><p>sejam satisfatórios os resultados da avaliação, deverá servir como subsídio de</p><p>gerenciamento do programa para futuras ações a serem implantadas como forma de</p><p>correção.</p><p>SUBIR (#abas2)</p><p>PPEOB – Programa de Prevenção da Exposição</p><p>Ocupacional ao Benzeno</p><p>A toxicidade do benzeno é conhecida desde 1897, por meio de trabalhos</p><p>indicando efeitos ao longo prazo nas pessoas, ocasionando problemas na formação</p><p>do sangue. No Brasil, em 1932, surgiu a primeira legislação proibindo o trabalho da</p><p>mulher exposta ao benzeno. O produto ganhou destaque na década de 80, por meio</p><p>da pressão do sindicato dos metalúrgicos da baixada santista, quando foram</p><p>constatadas diversas cirurgias em funcionários de uma siderúrgica local e verificados</p><p>diversos casos de benzenismo. É um conjunto de sinais, sintomas e complicações</p><p>decorrentes da exposição aguda ou crônica ao benzeno. As complicações podem</p><p>ser agudas, quando ocorre exposição a altas concentrações com presença de sinais</p><p>e sintomas neurológicos, ou crônicas, com sinais e sintomas clínicos diversos,</p><p>podendo ocorrer complicações a médio ou a longo prazos, localizadas</p><p>principalmente no sistema hematopoiético.</p><p>O benzeno é uma substância química do tipo hidrocarboneto aromático, de</p><p>odor característico, líquido, volátil, incolor, altamente inflamável, explosivo, não polar</p><p>e lipossolúvel. Seu vapor é mais pesado do que o ar. É o responsável por diversas</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 37/47</p><p>doenças causadas nas pessoas que ficam em contato, dentre todas a pior é o</p><p>câncer. O benzeno é altamente cancerígeno e prejudicial à saúde.</p><p>Ele pode entrar em contato com o nosso corpo por diversas vias de acesso, as</p><p>principais são: pelo aparelho respiratório, pela pele e pela ingestão oral. Mas a</p><p>principal via de contaminação é pelo aparelho respiratório. Os danos à saúde podem</p><p>se manifestar rapidamente, dependendo das concentrações que as pessoas ficam</p><p>expostas. Os sintomas podem ser uma irritação nas mucosas, cansaço e</p><p>taquicardias, podendo chegar a morte. Porém, a longo prazo, em uma exposição</p><p>menor e constante, a pessoa poderá desenvolver o câncer originado pelo benzeno.</p><p>A melhor forma de prevenção das doenças causadas pelo benzeno é a sua</p><p>total eliminação dos processos de trabalho, substituir por outros produtos ou</p><p>implantar modernas tecnologias para evitar o contato e a inalação dos vapores do</p><p>mesmo, pois ele é extremamente volátil. Já existem estudos mostrando que a</p><p>exposição por longo prazo, mesmo em concentrações pequenas, tem mostrado que</p><p>os resultados são piores do que uma exposição em altas concentrações por pouco</p><p>tempo.</p><p>Diante de todas essas evidências, o extinto Ministério do Trabalho (atual</p><p>Ministério da Economia), por meio do anexo 13-A, dentro da NR-15, instituiu a</p><p>regulamentação das ações, atribuições e procedimentos de prevenção da exposição</p><p>ocupacional ao benzeno, com o objetivo de proteger a saúde do trabalhador. Essas</p><p>regulamentações aplicam-se a todas as empresas que produzem, transportam,</p><p>armazenam, utilizam ou manipulam o benzeno. Essas empresas ficam obrigadas a</p><p>elaborar um documento chamado PPEOB – Programa de Prevenção da Exposição</p><p>Ocupacional ao Benzeno. Além disso, todas as empresas que expõem os</p><p>trabalhadores ao benzeno devem cadastrar-se no Ministério da Economia e, dentre</p><p>outros documentos que devem ser apresentados para esse cadastro, deverão</p><p>obrigatoriamente apresentar o PPEOB desenvolvido para a empresa a fim de</p><p>conseguir esse cadastro.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 38/47</p><p>Observe uma sugestão para a elaboração desse programa, lembre-se que não</p><p>há uma normatização, apenas quais as informações que obrigatoriamente devem</p><p>constar no mesmo.</p><p>1 – Identificação da empresa.</p><p>Deve constar a identificação da empresa e o número de funcionários</p><p>separados por sexo e se há alguns menores.</p><p>2 – Formalização do PPEOB.</p><p>Deve constar a cópia de um documento assinado pela mais alta autoridade da</p><p>empresa, no qual o mesmo institucionaliza o programa dentro da empresa.</p><p>3 – Responsabilidades.</p><p>Neste item deve constar o nome e o cargo do responsável pela condução e</p><p>coordenação do programa dentro da empresa. Deve constar também, o nome da</p><p>pessoa que elaborou o programa, se não for o mesmo que o coordena. Além disso,</p><p>o nome e o cargo de outras pessoas que possuam alguma responsabilidade na</p><p>condução e na execução do programa.</p><p>4 – Reconhecimento e caracterização das instalações.</p><p>Deve constar a descrição básica do processo em que é utilizado o benzeno, a</p><p>sua quantidade, o nome de outros produtos químicos utilizados na reação com o</p><p>benzeno,</p><p>relação dos equipamentos utilizados na produção e que entram em contato</p><p>com o benzeno e um leiaute contendo o fluxograma do processo de produção.</p><p>5 – Descrição dos grupos homogêneos de exposição – GHEs.</p><p>Neste item deverá constar a constituição dos grupos homogêneos de</p><p>exposição, para fins de avaliação e monitoramento da exposição dos trabalhadores</p><p>ao benzeno. Devem estar registradas todas as informações utilizadas para constituir</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 39/47</p><p>os grupos, ficando a disposição para consulta de interessados e pelo Ministério da</p><p>Economia.</p><p>6 – Avaliação.</p><p>Neste item deve constar todo o tipo de avaliação realizada, mesmo aquelas</p><p>que tenham sido realizadas antes da implantação do programa. Deve ser descrita a</p><p>metodologia utilizada para realizar a coleta das exposições e os seus resultados. Os</p><p>instrumentos utilizados devem ser citados e os certificados de calibração dos</p><p>mesmos estar anexados a todas as medições realizadas.</p><p>7 – Sinalização.</p><p>Neste tópico devem ser informadas as quantidades de placas de sinalização</p><p>indicando a presença do benzeno, bem como a sua localização. Serão placas</p><p>grandes e de fácil visualização informando a presença de benzeno e que existe o</p><p>risco a saúde e de exposição ao produto.</p><p>8 – Rotulagem.</p><p>No PPEOB deve ser informado qual o tipo de rótulo utilizado em cada tipo de</p><p>embalagem que contém o benzeno, se é puro ou com misturas.</p><p>9 – Ficha de informação de segurança sobre o benzeno.</p><p>A ficha de segurança referente ao benzeno deve estar no anexo do documento,</p><p>bem como informar de que forma essas informações serão repassadas para as</p><p>pessoas que ficarão envolvidas com o produto.</p><p>10 – Vigilância a saúde dos trabalhadores.</p><p>Neste tópico devem ser citados os exames médicos de rotina e especiais a</p><p>serem realizados com os funcionários que tenham algum contato com o benzeno.</p><p>Todos esses exames devem fazer parte também do PCMSO.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 40/47</p><p>11 – Procedimentos.</p><p>Neste tópico serão disponibilizados os procedimentos necessários para a</p><p>gestão do programa. No mínimo, devem constar os seguintes:</p><p>Procedimento para arquivamento dos resultados das avaliações</p><p>ambientais.</p><p>Procedimentos de manutenção: rotineiros, emergenciais, preditivos.</p><p>Procedimentos de operação (manobras operacionais): drenagem,</p><p>transferência, purga, lavagem.</p><p>Procedimentos para proteção coletiva e individual.</p><p>Procedimentos para situações de emergência.</p><p>Procedimentos para menores e gestantes, onde se apliquem.</p><p>Procedimentos para a determinação das concentrações de benzeno.</p><p>12 – Participação dos trabalhadores/grupo de trabalhadores do benzeno –</p><p>GTB.</p><p>Neste item deve constar o nome das pessoas que fazem parte do GTB, bem</p><p>como quando terminará o seu mandato, juntamente com os integrantes da CIPA.</p><p>13 – Empresas contratadas.</p><p>Serão descritas as exigências a serem solicitadas para as empresas</p><p>contratadas e que venham a ter exposição ao benzeno, principalmente quando da</p><p>realização de algum tipo de manutenção nas máquinas e equipamentos.</p><p>14 – Cronograma.</p><p>O documento do PPEOB deverá conter o cronograma com previsão de</p><p>implantação das ações de prevenção que serão adotadas pela empresa.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 41/47</p><p>15 – Revisão do PPEOB.</p><p>As revisões do PPEOB deverão incluir informações sobre:</p><p>Alterações de processo, equipamentos, atividades, leiaute que envolva</p><p>o benzeno.</p><p>Quantidades processadas de benzeno.</p><p>Substituições de responsáveis pelo PPEOB.</p><p>Alterações de grupos homogêneos de exposição.</p><p>Alterações no quadro funcional da empresa.</p><p>Alterações nas técnicas de estratégia de amostragem e análise.</p><p>Resultados dos monitoramentos e avaliações estatísticas e julgamento</p><p>profissional.</p><p>Alterações na composição do GTB.</p><p>16 – Referências.</p><p>Citar todas as referências utilizadas para a elaboração desse documento.</p><p>SUBIR (#abas2)</p><p>Você viu alguns programas de saúde e segurança do trabalho que devem ser</p><p>organizados e implementados nos mais variados tipos de organizações.</p><p>Todavia, existem ainda dois documentos que não são classificados como</p><p>programas: a AET (análise ergonômica do trabalho), que é uma análise da</p><p>atividade/posto, e o LTCAT (laudo técnico das condições ambientais do trabalho),</p><p>elaborado para atender à legislação previdenciária.</p><p>Clique ou toque para visualizar o conteúdo.</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 42/47</p><p>AET – Análise ergonômica do trabalho</p><p>A análise ergonômica do trabalho estabelecida na NR-17, em que destaca que</p><p>o empregador deve realizar essa análise, deve abordar, no mínimo, o levantamento,</p><p>transporte e descarga individual de materiais, o mobiliário e os equipamentos dos</p><p>postos de trabalho, as condições ambientais e a organização do trabalho. O objetivo</p><p>principal é permitir que o local de trabalho seja compatível e ideal para a pessoa que</p><p>utilizará o mesmo.</p><p>A ergonomia é uma ciência muito ampla, envolvendo conhecimentos científicos</p><p>sobre o corpo humano, a antropometria, anatomia, fisiologia e psicologia,</p><p>direcionadas para soluções no local de trabalho, que são necessários para a</p><p>confecção de ferramentas, produtos anatômicos que possam ser utilizados com o</p><p>máximo de conforto, segurança e eficiência.</p><p>A análise ergonômica do trabalho, para atingir os resultados esperados, deve ser</p><p>uma atividade construtiva e participativa, em que diversos profissionais de diferentes</p><p>áreas de conhecimento possam participar e dar a sua contribuição em todo o</p><p>processo. O objetivo principal é a resolução de problemas complexos que exigem</p><p>conhecimentos específicos de determinada atividade que exija um grau de</p><p>dificuldade na sua execução.</p><p>Diante disso, podemos estabelecer que algumas atividades de complexidade</p><p>menor podem ser resolvidas por meio de ações no âmbito da ergonomia, sem a</p><p>complexidade de uma análise e um estudo aprofundado, simplesmente utilizando o</p><p>conhecimento das pessoas envolvidas para estabelecer qual a ação adequada para</p><p>aquele local de trabalho.</p><p>Quando o Ministério do Trabalho instituiu a necessidade da elaboração da</p><p>análise ergonômica, o principal motivo foi a necessidade dos seus fiscais</p><p>conhecerem os processos de trabalho que eles identificavam como crítico para as</p><p>10/07/2024, 15:22 Versão para impressão</p><p>about:blank 43/47</p><p>pessoas desenvolverem no dia a dia. Portanto, com essa análise os fiscais poderiam</p><p>acompanhar o processo e as ações implantadas sabendo se eram adequadas e</p><p>eficazes.</p><p>Na prática, a ergonomia nos tempos atuais, a fiscalização não exige a</p><p>obrigatoriedade de elaborar análises de todos os postos de trabalho, embora isso</p><p>fique explícito na legislação, mas a empresa deve elaborar análises dos postos de</p><p>trabalho que forem identificados como críticos ao ser humano. Para isso, é</p><p>necessário a empresa estabelecer um critério de priorização dos postos de trabalho</p><p>a serem estudados. O critério mais utilizado é fazer um levantamento, junto ao</p><p>departamento médico, dos afastamentos e queixas dos trabalhadores referentes às</p><p>dores e os sintomas que possam ser oriundas dos movimentos do trabalho e da</p><p>natureza da atividade desenvolvida.Evidentemente, o técnico, como agente de</p><p>prevenção, deve estabelecer, também, critérios proativos a fim de identificar</p><p>potenciais situações de exposição e tratá-las de forma antecipada.</p><p>A elaboração da análise ergonômica pode ficar a cargo dos profissionais do</p><p>SESMT, devido ao seu conhecimento dos locais de trabalho e com o</p><p>desenvolvimento da atividade por parte do funcionário. Porém, é desejável possuir</p><p>algum tipo de conhecimento extra, principalmente na área do corpo humano</p><p>embasando todo o tipo de conclusão do levantamento. A pessoa que é da</p><p>fisioterapia ou da ergonomia ganha cada vez mais força na elaboração da análise,</p><p>pois agrega muito mais valor e credibilidade no trabalho realizado, porém, a</p><p>legislação brasileira não estabelece quem deve elaborar o documento, apenas cita</p><p>que deve ser alguém com o conhecimento técnico necessário para embasar as</p>

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