Buscar

Teoria da Argumentação Jurídica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Professor: Celso Leopoldo Pagnan		 Matéria: Teoria da Argumentação Jurídica
Introdução à Argumentação
“Sistematizar aquilo que se faz no dia-a-dia.”
Sócrates e Platão/séc. IV a.c.
Sofista ou sofisma = falácia/retórica foi criada no séc. V a.c.
Manual de técnica; retórica persuasão de argumentar.
“Retórica são técnicas de construção”
Má petição é feita da seguinte forma; 1ª a forma que se escreve e a 2ª o que se escreve.
Quem as dominava era; o Grego e Latim.
Chaim Perelmann; tratado da argumentação/a nova retórica (1950).
Retórica, Oratória e Argumentação 
Retórica;
O caráter argumentativo está presente desde o início: justificamos uma tese com argumentos, mas o adversário faz o mesmo: neste caso, a retórica não se distingue em nada da argumentação. Para os antigos, a retórica englobava tanto a arte de bem falar - ou eloquência - como o estudo do discurso ou as técnicas de persuasão até mesmo de manipulação. 
Outras Definições;
Córax : [É uma arte] “criadora de persuasão”.
Górgias: O poder da palavra [logos] sobre a constituição do espírito pode ser comparado com o efeito das drogas no organismo: tal como as drogas, ao provocarem diferentes estados de ânimo no corpo humano, pode pôr fim às doenças ou à vida, assim também com o discurso: diferentes palavras podem induzir preocupação, prazer ou medo ou, através de um tipo de persuasão mal intencionada, entorpecer ou enfeitiçar o espírito.
Platão: (SÓCRATES) “(...) aquilo a que eu chamo retórica 
é uma parte de um todo que não pertence ao número das coisas belas (...) num gênero de ocupação que nada tem de científico e que exige um espírito intuitivo e empreendedor, por natureza apta para o convívio com as pessoas. Dou-lhe o nome geral de adulação. (...) a retórica é um simulacro da política. 
Aristóteles: “É a faculdade de considerar, para cada questão, o que pode ser apropriado para persuadir”.
Retórica - O Inicio
A Retórica surgiu na antiga Grécia. A sua criação é atribuída a Córax e Tísis (V a.C.). Queriam ensinar o cidadão comum como se defender em um processo judicial. 
Com o tempo, porém, passou a ser vista, por Sócrates e seus discípulos, como um mecanismo de enganação dos sofistas. Entre os quais se destacam Górgias e Protágoras. 
Aristóteles, porém, procurou um meio caminho entre Sócrates/Platão e os Sofistas, encarando a Retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão possíveis para os vários argumentos. O seu objetivo é o de obter uma comunicação mais eficaz para o Saber que é pressuposto como adquirido. 
	 
É neste quadro definido por Aristóteles que a Retórica irá evoluir, confinando-se a uma arte de compor discursos que primavam pela organização e beleza (estética).
Retórica e Oratória
Na Idade Moderna, a retórica continuou a desfrutar ainda de algum prestígio nos países católicos. Porém, no geral a Retórica caiu num vazio. A visão socrático-platônica foi restabelecida. Descartes, por exemplo, reafirma o primado das evidências sobre os argumentos verossímeis. Não se trata de convencer ninguém, mas de demonstrar com "fatos", "dados", "provas" a Verdade (única e irrefutável). 
Somente na década de 60, no século XX, com os estudos da Escola de Liège, na Bélgica, sob a liderança do jurista Chaïm Perelmann, a retórica foi revalorizada como técnica persuasiva e meio de expressão, sobretudo oral.
Argumentação
Segundo Perelmann, “o objetivo de toda argumentação é provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que se apresentam ao seu assentimento: uma argumentação eficaz é a que consegue aumentar essa intensidade de adesão, de forma que se desencadeie nos ouvintes [ou nos leitores] a ação pretendida (ação positiva ou abstenção) ou, pelo menos, crie neles uma disposição para a ação, que se manifestará no momento oportuno.” 
Para esse estudioso, há uma distinção entre o ato de convencer e o ato de persuadir porque o primeiro identifica-se unicamente à razão, alicerçando-se num raciocínio lógico representado por provas objetivas, enquanto que o segundo dirige-se à vontade, ao sentimento do interlocutor (ou interlocutores), por meio de argumentos plausíveis ou verossímeis. 
O ato de convencer seria capaz de atingir um “auditório universal” devido ao seu caráter demonstrativo e atemporal, e, nesse caso, as conclusões decorreriam naturalmente das premissas, como é próprio do raciocínio matemático; 
já o ato de persuadir tem como alvo um “auditório particular” e caracteriza-se por seu caráter ideológico, subjetivo e temporal. 
Em rigor, para bem convencer, deve-se:
a) demonstrar conhecimento;
b) conhecer os ouvintes;
c) adaptar-se diante das situações;
d) escolher corretamente as palavras para o público a que se dirige.
Adilson Citelli; Persuasão.
Estratégias Argumentativas
Estratégicas
Declarações baseadas em provas concretas: quando se expressa uma opinião ou declaração que pretenda estabelecer a verdade, ela somente terá validade se devidamente demonstrada; é preciso apoiá-la na evidência dos fatos, apresentar provas. 
Exemplo; à acusação de irregularidades na gestão de verbas numa prefeitura, feita por um jornal, deve seguir a apresentação de provas (documentos, depoimentos, gravações comprometedoras etc.); as estatísticas são um recurso de todo recomendado para provar determinadas declarações.
Evocação do concreto, pela narração de fatos ou descrição de lugares, pessoas ou coisas; considerando que o recurso à abstração e a noções genéricas dificultam o uso da imaginação por parte do ouvinte/leitor, tornam-se muitas vezes necessárias tanto a narração quanto a descrição remetendo o texto a algo concreto, que exemplifique aquilo que se está afirmando. 
Repetição e acumulação de detalhes; a insistência sobre um tema sistematicamente retomado por intermédio da mesma ideia ou por ideias contraditórias torna-o mais familiar ao ouvinte/leitor, aumentando a probabilidade de aceitação da tese defendida. 
Declarações evidentes (axiomas) – verdades absolutas, como;
Todas as pessoas são iguais perante a lei. 
Todos têm direito à vida.
Educação: um direito de todos.
Afirmações que têm o apoio de autoridade intelectual: esse tipo de argumento, baseado no discurso de especialistas, damos o nome de argumento de autoridade (ab autoritatem), muito comum em textos acadêmicos em geral, bem como no discurso jurídico. 
Exemplo: A lentidão da justiça não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Existe em todo o mundo. “Mesmo nos chamados países desenvolvidos, a justiça civil sofre de muitos problemas de ineficiência decorrentes dos custos e da duração dos procedimentos. As duas situações extremas são a Inglaterra pelos custos e a Itália pela demora” – observa o Professor e pesquisador italiano Sergio Chiarloni no seu interessante artigo “Uma Perspectiva Comparada da Crise na Justiça Civil e dos seus Possíveis Remédios”. 
A aplicação do argumento de autoridade ao discurso jurídico visa oferecer um meio de legitimação e fundamentação para a argumentação jurídica, visto que o autor de uma “tese” (seja na condição de operador do direito em um litígio judicial, seja na condição de pesquisador do direito em um ambiente acadêmico), ao citar um determinado autor de renome, busca estabelecer um silogismo entre o fato objeto da tese, o pensamento do autor renomado e a sua conclusão, comprovando uma suposta veracidade da “tese jurídica”. Liana Brandão de Oliva
Argumento pragmático; permite considerar um ato ou um acontecimento de acordo com suas consequências favoráveis ou desfavoráveis. No caso de pretendermos dar uma boa razão para o Brasil implementar a reforma fiscal ou a reforma do sistema carcerário ou ainda criar uma sólida política de lazer nas grandes cidades será necessário relacionar os benefícios de tais iniciativas e as consequências desastrosas que a indiferença a elas poderá gerar. 
Falácias;
Uma falácia é um erro de raciocínio que debilita a argumentação, tornando-a sem fundamento. 
Os dois tipos mais comuns são os seguintes;
Falácia de relevância; “Privatizar as estradas de rodagem foi a melhor coisa que o governo poderia ter feito,pois assim fez com que as empresas concessionárias gerassem empregos”. O proponente apresenta evidências que não são apropriadas para avaliar as conclusões propostas. Afirma-se que uma conclusão deve ser aceita como válida em decorrência de certas premissas, explicitamente mencionadas (no caso, a premissa correta de que as empresas geraram um determinado número de empregos), as quais não levam à conclusão (que a privatização das estradas foi uma medida acertada do governo).
Falácia da petição de princípio; Há a suposição de que o interlocutor já aderiu a uma tese que o orador pretende seja admitida. Esse tipo de falácia pressupõe, diretamente na premissa, ideias apresentadas como conclusões no mesmo argumento, conforme o exemplo;
Nossa equipe é a mais destacada do torneio porque tem os melhores jogadores e o melhor treinador. Sabemos que possui os melhores jogadores e o melhor treinador; por conseguinte, é óbvio, vai ganhar o título. E ganhará o título, pois merece conquistá-lo. É claro, merece ganhar o título porque é de há muito, a melhor equipe do torneio.
Petição Inicial
Vocativo
Dados Autor/Réu
Dos Fatos
Do Direito
Do Pedido
Local/Data
Advogado
Contestação
Vocativo
Dados Réu/Autor
Dos Fatos
Do Direito
Do Pedido
Local/Data
Advogado

Outros materiais