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Direito Civil II - Parte Geral - Professor William Cesar Aparecido

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Direito Civil II - Parte Geral 
Aulas estruturadas – Ponto 1
1. Interpretação das normas 
Processo de localização do real alcance e significado do conteúdo da norma. Importantíssimo para correta aplicação da lei, utilizando-se do instituto da subsunção já citado acima.
Para Miguel Reale é o momento de intersubjetividade: o ato interpretativo do aplicado, procurando captar o ato de outrem, no sentido de apoderar de um significado objetivamente verdadeiro. 
É a hermenêutica que contém regras bem ordenadas que fixam os critérios e princípios que deverão nortear a interpretação. A hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar (Carlos Maximiliano e Serpa Lopes).
1.1 Técnicas de interpretação:
Gramatical: que se funda em regras da linguística, examina o aplicador cada termo do texto normativo, isolada ou sintaticamente, atendendo à pontuação, colocação dos vocábulos, origem etimológica, etc.
Sistemática é a que considera o sistema em que se infere a norma, relacionando-a como outras concernentes ao mesmo objeto, pois por uma norma pode-se desvendar o sentido de outra. 
Histórica oriunda de Savigny e outros, baseia-se na averiguação dos antecedentes da norma. Ao contexto histórico que culminou em sua elaboração.
Sociológica ou teleológica objetiva, com que Ihering, adaptar o sentido ou finalidade da norma às novas exigências sociais, adaptação esta prevista pelo art. 5º da LICC. Telos: fim.
Interpretação extensiva para completar uma norma, ao admitir que ela abrange certos fatos-tipos implicitamente. 
Interpretação restritiva é aquela que restringe o sentido normativo, com o objetivo de dar àquela norma aplicação razoável e justa.
Interpretação declarativa é aquela presente quando houver correspondência entre a expressão linguístico-legal e a voluntas legis, sem que haja necessidade de dar ao comando normativo um alcance ou sentido mais amplo ou mais restrito.
2. INTEGRAÇÃO DE LACUNAS
Quando determinada situação não está regulada pelo direito, o aplicador deve se valer de alguns meios, quais sejam analogia, costumes e principais gerais do direito (art. 4º, da LICC).
2.1 Conflito Aparente de Normas (Antinomia Jurídica) 
Trata-se do aparente conflito entre duas normas, dois princípios ou de uma norma e um princípio geral de direito em sua aplicação prática a um caso particular.
Assim, diante do caso concreto o aplicador da Lei deverá se valer de alguns critérios para esta situação, aplicando somente uma regra para aquele caso concreto.
Antinomia Real – existem de fato duas regras ou dois princípios que podem regular o fato concreto. Solução: deve o aplicado se valer da razoabilidade e proporcionalidade. Ex: (transplante de sangue – Testemunha de Jeová).
Antinomia aparente: apenas uma norma é aplicável.
2.1.1 Critérios
Hierarquia (Lex superior derogat legi inferiori)
Cronológico (Lex posterior derogat legi priori)
Especialidade (Lex specialis derogat legi generali).
Isso deve ser observado porque deve prevalecer a regra de justiça (suum cuique tribuere) Dar a cada um o que é seu.
3. Princípios do Direito Civil
Princípio da personalidade: segue a ideia de que todo ser humano é sujeito de direitos e obrigações, pelo simples fato de ser homem;
Princípio da autonomia da vontade: indica a ideia de que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade;
Princípio da liberdade de estipulação negocial: indica a permissão de outorgar direitos e de aceitar deveres, nos limites legais, dando origem a negócios jurídicos.
Princípio da propriedade individual: pela ideia assente de que o homem pelo seu trabalho ou pelas formas admitidas em lei pode exteriorizar a sua personalidade em bens móveis ou imóveis que passam a constituir seu patrimônio.
Princípio da intangibilidade familiar: ao reconhecer a família como uma expressão imediata de seu ser pessoal;
Princípio da legitimidade da herança e do direito de testar: pela aceitação de que, entre os poderes que as pessoas têm sobre seus bens, se inclui o de poder transmiti-los, total ou parcialmente, a seus herdeiros; 
Princípio da solidariedade social: ante à função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências da coletividade com os interesses particulares.
4. Princípios Básicos do Código Civil de 2002
Socialidade: este princípio reflete a prevalência de valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. O sentido social sendo uma das características mais marcantes do novo Código Civil, em contraste com o Código Civil de 1916 diferencia-se deste último por este ter um sentido individualista. 
Em consequência, os principais sujeitos do CC/02 são: o proprietário, o contratante, o empresário, o pai de família e o testador. 
Deixamos de ter o pátrio poder para dar origem ao poder familiar que é o mesmo poder em relação à família e aos filhos, contudo, exercido também pela mulher, em conjunto com esta. 
No que tange à propriedade esta deixa de ser objeto de um exercício de direito potestativo, mas passa-se a ser exigido de seu titular o cumprimento de uma função social, sob pena de sofrer efeitos de institutos como a usucapião ou desapropriação privada. 
Eticidade: funda-se no valor da pessoa humana, como fonte de todos os demais valores. Prioriza a equidade, a boa-fé, a justa causa e demais valores éticos. Confere ao Juiz maior poder para busca de uma decisão justa. É posto como princípio do equilíbrio econômico dos contratos. 
A partir daqui, possibilita-se que o Juiz possa rever obrigações legitimamente assumidas, possam ser revistas em razão, por exemplo, da onerosidade excessiva, decorrente da teoria da imprevisão. Prima-se pela boa-fé objetiva, pela probidade, confiança, lealdade entre as partes. 
Operabilidade: leva em consideração que o direito é feito para ser efetivado e executado. Como forma de facilitar o uso por parte dos profissionais do direito, bem como por parte das pessoas cujas relações jurídicas o CC regula, buscou o seu elaborador sistematizar o texto legal de forma a facilitar sua compreensão e uso. 
Apresentou critérios mais seguros dos que os previstos no CC/16 para diferenciar prescrição de decadência.
Dentro deste princípio pode-se conceber como implícito o princípio da concretude, segundo o qual embora o legislador elabore a norma em sentido amplo e abstrato, tomou o legislador os cuidados de regular as relações jurídicas existentes em relação ao homem, segundo as situações, os status que este ocupa na sociedade. Ou seja, regulou sua vida enquanto pai e marido, enquanto proprietário, enquanto empresário, enquanto herdeiro, enquanto devedor e credor. Pode-se, portanto, afirmar que este princípio pode ser visualizado sob dois prismas: o da simplicidade e o da efetividade/concretude. 
5. RELAÇÃO JURÍDICA 
1. Relação jurídica e relação de fato
A relação regulada pelo direito recebe o nome de relação jurídica.
Nem toda relação interessa para ordenamento jurídico regular. A essa categoria de relações dá-se o nome de relação de fato. Ex: o namoro. 
Relação jurídica é o vínculo entre sujeitos de direito estabelecido por lei ou pela vontade humana, para a consecução de seus interesses.
A relação jurídica é sempre um vínculo entre pessoas. Portanto, pressupõe a existência de pelo menos duas pessoas.
Tradicionalmente, as relações jurídicas eram classificadas de acordo com o objeto mediato, da seguinte forma: 
Relações de família, referentes ao casamento e ao parentesco;
Relações obrigacionais e contratuais;
Relações sobre as coisas, como a posse e propriedade; e
Relações sucessórias.
6. Divisões do direito civil: o direito civil regula as relações jurídicas das pessoas; a parte geral trata das pessoas, dos bens e dos atos e fatos jurídicos; (3 livros)
A parte especial versa sobre: (5 livros)
a) o direito das obrigações (trata do vínculo pessoal entre credores e devedores, tendo por objeto uma prestação patrimonial) 
b) O direito de empresa que trata atualmente dosrequisitos para ser considerado empresário, elementos dos atos de constituição das pessoas jurídicas (sociedades empresárias e empresário individual – art. 966, do CC) regras de fusão, incorporação, cisão, dissolução da sociedade, deveres dos sócios, algumas sociedades em espécie, dentre outros aspectos (substitui a parte anteriormente prevista no Código Comercial que somente persistiu na parte de direito marítimo, ante à substituição da Teoria dos Atos do Comércio pela Teoria de Empresa.
c) o direito das coisas (trata do vínculo que se estabelece entre as pessoas e os bens), 
d) direito de família (disciplina as relações pessoais e patrimoniais da família),
e) o direito das sucessões (regula a transmissão dos bens do falecido).
Equidade: é a adaptação razoável da lei ao caso concreto (bom senso), ou a criação de uma solução própria para uma hipótese em que a lei é omissa.
7. DAS PESSOAS
7.1 Pessoa: é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito. Isso para a tradicional doutrina (Washington de Barros Monteiro e Maria Helena Diniz). 
Em sua obra Curso de Direito Civil, Washington de Barros dispõe que o vocábulo “pessoa” é oriundo do latim persona, que adaptado à linguagem teatral, designava máscara. Mais tarde passou a ter três acepções: a) vulgar: em que seria sinônimo de ser humano , porém não se pode tomar com precisão tal assertiva, ante à existência de instituições que têm direitos e deveres, sendo, por isso, consideradas como pessoas e devido ao fato de que já existiram seres humanos que não eram considerados pessoas, como os escravos; b) filosófica: a pessoa é o ente dotado de razão, que realiza um fim moral e exerce seus atos de modo consciente; c) jurídica: que considera como pessoa todo ente físico ou moral, suscetível de direitos e obrigações. É nesse sentido que pessoa é sinônimo de sujeito de direito ou sujeito de relação jurídica. 
Para Rosa Nery a pessoa natural, na qualidade de sujeito de direito, deve individuar-se como sujeito de direito, apresentar: capacidade, status, fama, nome e domicílio. 
Para Kelsen que trata o direito predominantemente como ciência, pessoa é uma unidade personificada das normas jurídicas que lhe impõem deveres e lhe conferem direitos. Logo, “pessoa” é uma construção da ciência do direito para afastar o dualismo: direito objetivo e direito subjetivo. 
7.2 Personalidade jurídica: é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair
Obrigações.
A personalidade é o conceito básico da ordem jurídica, que a estende a todos os homens, consagrando-a na legislação civil e nos direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade. 
7.3 Capacidade: é a medida jurídica da personalidade; é a manifestação do poder de ação implícito no conceito de personalidade (Teixeira de Freitas).
Entretanto, deve-se diferenciar a capacidade de fato e capacidade de exercício, por si só:
Capacidade de fato
7.5 Direitos da personalidade: são direitos subjetivos da pessoa defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física, a sua integridade intelectual e sua integridade moral.
Para Roberto Senise Lisboa, são direitos intrínsecos ao ser humano em si mesmo e em suas projeções ou exteriorizações para o mundo exterior.
Possuem certas denominações apontadas pela doutrina: 
Direito essenciais, direitos fundamentais, direitos personalíssimos, direitos naturais da pessoa e assim por diante. 
Os direitos da personalidade são absolutos, intransmissíveis, indisponíveis, irrenunciáveis, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis e inexpropriáveis.
Os direitos da personalidade, personalíssimos só podem ser pelo seu titular exercido. 
7.5.1 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE:
Segundo Maria Helena Diniz: 
a) absolutos ou se exclusão por serem oponíveis erga omnes , por conterem, em si, um dever geral, de abstenção. 
b) extrapatrimoniais: por serem insuscetíveis de aferição econômica, tanto que, se impossível for a reparação in natura ou a reposição do statu quo ante, a indenização pela sua lesão será pelo equivalente.
c) intransmissíveis visto não poderem ser transferidos à esfera jurídica de outrem. Nascem e se extinguem ope legis com o seu titular, por serem dele inseparáveis. Deveras ninguém pode usufruir em nome de outra pessoa bens como a vida, a liberdade, a honra. 
d) indisponíveis pq insuscetíveis de disposição, mas há temperamentos quanto a isso. Ex: utilização da imagem para fins de interesse social, ninguém poderá se recusar a apor sua foto em documento de identidade. Pessoa famosa que explora sua imagem em venda de produtos. Ou seja, quanto a alguns dos direitos da personalidade pode ocorrer certa relativização. 
e) irrenunciáveis e imprescritíveis eis que não extinguem pelo uso ou não uso, bem como pela inércia na pretensão de defendê-los e são insuscetíveis de penhora.
Roberto Senise Lisboa complementa: 
a) originariedade: pois são direitos inatos ao ser humano, desde sua concepção. Assim, os direitos da personalidade são assegurados desde a formação do nascituro.
b) extrapatrimonialidade – são direitos insuscetíveis de mensuração patrimonial e, por conseguinte, de comércio jurídico (res extra commercio). Contudo, é possível a autorização uso de alguns deles para que o titular possa obter algum proveito econômico. (Direito à imagem – propaganda).
c) indisponibilidade – pois são direitos irrenunciáveis, não podendo seu titular dispor ou mesmo limitar voluntariamente o seu exercício, por razões de ordem pública e de segurança jurídica individual e social.
d) perpetuidade – são vitalícios, subsistindo até a morte de seu titular. 
Há, entretanto, alguns direitos da personalidade post mortem que subsistem até a decomposição completa do cadáver (para o crime de ocultação de cadáver ou vilipêndio de cadáver);
Há outros, por exemplo que são ad eternum, que subsistem para todo o sempre: direito moral do autor, direito à imagem, direito à honra. 
e) oponibilidade: são direitos defendidos contra qualquer pessoa, devendo a coletividade respeitá-los e o Estado assegurá-los. 
f) intransmissibilidade pois são direitos que não podem ser transferidos por atos entre vivos ou causa mortis, a qualquer título e a qualquer pessoa.
g) incomunicabilidade: são direitos que não podem integrar a comunhão ou o condomínio.
h) impenhorabilidade: não são insuscetíveis de constrangimento judicial de qualquer espécie: arresto, penhora, apreensão, para pagamento de obrigações.
i) imprescritibilidade: são direitos que podem ser defendidos em Juízo ou fora dele, a qualquer tempo.
7.6 Pessoa Natural: é o homem, a criatura humana, proveniente de mulher; é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.
7.7 Capacidade jurídica: é a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa (art. 2º, CC); esta aptidão oriunda da personalidade, para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil, dá-se o nome de capacidade de gozo ou de direito; não pode ser recusada ao indivíduo; tal capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício pela intercorrência de um fator genérico; logo, a capacidade de fato ou de exercício é a aptidão de exercer por si os atos da vida civil.
Capacidade de gozo ou de direito: aquela prevista na lei como capacidade para ser sujeito de direitos e obrigações.
Capacidade de exercício ou de fato: capacidade de exercer referidos direitos pessoalmente, por si só.
7.8 Incapacidade: é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo ser sempre encarada estritamente, considerando-se o princípio de que a capacidade é a regra e a incapacidade a exceção.
7.9 Incapacidade absoluta: a incapacidade será absoluta quando houver proibição total o exercício do direito pelo incapaz, acarretando, em caso de violação do preceito, a nulidade do ato (CC, art. 166, I); 
Os absolutamente incapazes têm direitos, porém não poderão exercê-los direta ou pessoalmente, devendo ser representados; são absolutamente incapazes (CC, art. 3º), I - os menores de dezesseis anos; II - osque, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
	
Incapacidade relativa (Segundo Maria Helena Diniz): diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito positivo encarrega deste ofício, em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial; o efeito da violação desta norma é gerar a anulabilidade do ato jurídico (CC, art. 171, I); se enquadram nessa categoria (CC, art. 4º), I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (isso porque possuem pouca experiência e insuficiente intectual não possibilitam sua plena participação na vida civil, de modo que os atos jurídicos que praticarem só serão reputados válidos se assistidos por seu representante. Do contrário, serão anuláveis os seus atos; 
ENTRETANTO CUIDADO: Conforme disposição do art. 105, do CC, “A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum”.
Além disso, não é para todos os atos da vida civil que o relativamente incapaz está proibido de praticá-lo. Ex.: poder votar, poder exercer emprego público que não tenha como requisito a maioridade civil, ser testemunha em determinados atos jurídicos (CC, art. 228), fazer testamento (CC, art. 1.860), poder celebrar contrato de trabalho (CLT, art. 446).
REGISTRA-SE, AINDA, QUE A REPRESENTAÇÃO DOS FILHOS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES E ASSISTÊNCIA DOS RELATIVAMENTE INCAPAZES, SE DÁ POR FORÇA DO ART. 1.634, V, E 1.690, DO CC)
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

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