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Resumo Trato urinário masculino normal

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Trato urinário inferior e sistema genital masculino
Morfologia – Patologia dos sistemas de órgãos
Robbins
 Normal 
	 Apesar e apresentarem diferentes origens embrionárias, os vários componentes do trato urinário inferior possuem muitas semelhanças morfológicas. As pelves renais, os ureteres, a bexiga e a uretra (exceto sua porção terminal) são revestidos por uma forma especial de epitélio transicional (urotélio) que tem duas a três células de espessura na pelve, três a cinco nos ureteres e três a sete na bexiga. A camada superficial consiste em “células em guarda-chuva” grandes e planas, que recobrem muitas células subjacentes. As células em guarda chuva apresentam uma membrana de unidade assimétrica tri-laminar e possuem placas atípicas compostas de proteínas específicas chamadas de uroplaquinas. Em direção á camada basal, as células se tornam menores ou mais cilíndricas (particularmente em bexigas contraídas), mas são capazes de algum aplanamento quando a parede subjacente é esticada. Esse epitélio repousa em uma membrana basal bem desenvolvida, sob a qual se encontra a lâmina própria. A lâmina própria na bexiga urinária contém feixes de músculo liso que formam uma muscular da mucosa interrompida. É importante diferenciar a muscular da mucosa dos feixes musculares maiores, mais profundos e bem definidos do músculo detrusor (muscular própria), uma vez que os cânceres de bexiga são estadiados com base na invasão dessa última. A musculatura da bexiga é capaz de grande espessamento se houver obstrução do fluxo de urina.
	 Diversas variantes dos padrões epiteliais normais podem ser encontradas. Ninhos de urotélio ou botões de urotélio de superfície podem ser ocasionalmente encontrados na lâmina própria da mucosa; são chamados de ninhos de Brunn.
	 O curso dos ureteres ocupa uma posição retroperitoneal. Tumores ou fibrose retroperitoneal podem aprisionar os ureteres em tecido neoplásico ou fibroso denso, ás vezes obstruindo-os. Á medida que os ureteres penetram na pelve, passam anteriormente á artéria ilíaca comum ou externa. Na pelve feminina, localizam-se proximamente ás artérias uterinas e são, portanto, vulneráveis a lesões em operações do trato genital feminino. Há três pontos de ligeiro estreitamento: na junção pélvico-uretral, no local onde penetram na bexiga e onde cruzam os vasos ilíacos; esses são locais onde cálculos renais podem ficar impactados quando passam do rim para a bexiga. Á medida que os ureteres adentram a bexiga, percorrem um curso oblíquo, terminando em um orifício em fenda. A obliquidade desse segmento intra-mural do orifício uretral permite que a musculatura vesical que o circunda aja como uma válvula esfincteriana, bloqueando o refluxo para cima de urina, mesmo na presença de distensão acentuada da bexiga urinária. Conforme discutido no capítulo 20, um defeito na porção intra-vesical do ureter leva ao refluxo vésico-uretral. Os orifícios dos ureteres demarcam uma área na base da bexiga conhecida como trígono vesical. Em mulheres, o trígono vesical é frequentemente coberto por um epitélio escamoso glicogenado, um achado normal, e não uma metaplasia resultante de lesão.
	 A proximidade do trato genital feminino com a bexiga possibilita a disseminação de doenças de um trato para o outro. Em mulheres de meia-idade e idosas, o relaxamento do suporte pélvico leva ao prolapso (queda) do útero, puxando, com isso, o assoalho da bexiga. Dessa forma, a bexiga sofre protrusão para dentro da vagina, criando uma bolsa (cistocele) que não é esvaziada prontamente com a micção. Em homens, as vesículas seminais e a próstata apresentam uma relação próxima semelhante, estando situadas imediatamente póstero-inferiores ao colo vesical. Portanto, o aumento da próstata, tão comum na meia-idade e na velhice, constitui uma importante causa de obstrução do trato urinário. Em seções subsequentes, discutimos separadamente as principais lesões patológicas dos ureteres, bexiga urinária e uretra.

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