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6. LEI Nº 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL). 
O que a banca já cobrou: Conteúdo Detalhado: 
✓ Direitos e Deveres dos Condenados: Discuta detalhadamente os direitos garantidos pela LEP, como 
o direito à saúde, à educação e ao trabalho, além das obrigações dos presos. 
✓ Órgãos da Execução Penal: Explique o papel de cada órgão envolvido na execução penal, como o 
Conselho da Comunidade, o Ministério Público e a Defensoria Pública. 
✓ Faltas e Sanções Disciplinares: Esclareça as consequências do cometimento de faltas leves, médias 
e graves, e como isso impacta na progressão de regime e outros benefícios. 
✓ Benefícios como Remição e Detração: Mostre como os condenados podem reduzir o tempo de sua 
pena através do trabalho e do estudo, bem como as regras para a detração penal. 
✓ Situações Especiais de Execução: Trate de temas como prisão domiciliar, incidentes de excesso ou 
desvio de execução e classificação dos condenados. 
 
A Lei de Execução Penal (LEP), instituída pela Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984, representa um marco 
regulatório essencial no sistema penal brasileiro. Seu propósito principal é a regulação detalhada da 
execução das penas, sejam elas privativas de liberdade, restritivas de direitos ou pecuniárias, além das 
medidas de segurança. 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
 
 
Objetivos da Lei 
de
Execução Penal
Efetivar as 
disposições de 
sentença
ou decisão 
criminal
Proporcionar 
condições para a
harmonica 
integracao social 
do condenado e 
do internado
 
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Esta lei destaca-se pela importância de assegurar que a execução da pena cumpra efetivamente seus 
objetivos, que incluem não apenas a punição proporcional ao delito cometido, mas também a 
reintegração do condenado na sociedade. Isto é essencial para evitar a reincidência e proporcionar uma 
segunda chance ao indivíduo, destacando a função social e educativa da pena. 
A LEP estabelece os fundamentos para uma execução penal justa e eficaz, garantindo direitos aos presos e 
impondo deveres, o que ajuda a manter a ordem nos estabelecimentos penais e a promover um 
tratamento humano, conforme previsto na Constituição Federal e em tratados internacionais dos quais o 
Brasil é signatário. 
Portanto, a Lei nº 7.210/1984 é vital para assegurar que a aplicação das penas contribua para a 
reabilitação dos condenados e para a manutenção da segurança pública, refletindo a complexidade e a 
humanidade necessárias no tratamento das questões criminais. 
Pontos-Chave: 
Equidade e Justiça: A LEP visa promover um tratamento justo e igualitário. 
Reintegração Social: Os direitos garantidos têm como objetivo facilitar a reintegração efetiva na 
sociedade. 
 
ART. 3º E ART. 4º - PRINCÍPIO DA IGUALDADE E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NA 
EXECUÇÃO PENAL 
Art. 3º: Princípio da Igualdade na Execução Penal 
O Artigo 3º da legislação penal estabelece que ao condenado e ao internado serão assegurados todos os 
direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. Este artigo garante que os direitos fundamentais dos 
indivíduos ainda são preservados, mesmo após a condenação, exceto aqueles expressamente restritos pela 
sentença ou norma legal. 
Parágrafo único deste artigo reforça a proibição de qualquer distinção baseada em critérios raciais, sociais, 
religiosos ou políticos, consolidando o princípio da igualdade. Este princípio é essencial para garantir que 
todos os indivíduos sejam tratados igualmente sob a lei, sem discriminação, durante o cumprimento de 
suas penas. 
Art. 4º: Cooperação Comunitária na Execução Penal 
Por sua vez, o Artigo 4º destaca a necessidade de o Estado buscar a cooperação da comunidade nas 
atividades de execução da pena e da medida de segurança. A participação comunitária é vista como 
fundamental para a efetivação de uma execução penal mais aberta e democrática, permitindo que a 
sociedade tenha um papel ativo e informado no processo. 
Este artigo revela uma visão de execução penal que é eminentemente participativa, envolvendo a 
comunidade para: 
 
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➔ Levar à sociedade o conhecimento das reais condições do sistema penitenciário: Isso ajuda na 
transparência e no entendimento público sobre as condições de vida e os desafios enfrentados 
por aqueles que estão cumprindo penas. 
➔ Democratizar a execução penal: A inclusão da comunidade nas atividades relacionadas à 
execução penal promove uma maior responsabilização e envolvimento social, contribuindo para 
políticas públicas mais eficazes e justas. 
 
2. (IDECAN/2017/SEJUC/RN/AGENTE PENITENCIÁRIO) Segundo a Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984 – 
Lei de Execução Penal, é incorreto afirmar que: 
a). O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da 
medida de segurança. 
 b). A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
c). A Lei de Execuções Penais não se aplica ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
d). Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela 
lei. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 
 
Gabarito: C 
O CONDENADO E O INTERNADO. 
 
LEI 7.210/84 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL - DO CONDENADO E DO INTERNADO (ARTS 5° A 9°-A 
) 
Prezados candidatos a concurso público, 
Compreender a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) é fundamental para quem busca ingressar no 
serviço público, especialmente em áreas que lidam com a justiça criminal e execução penal. Vamos 
explorar de forma didática os artigos de 5° a 9°-A, que tratam da classificação dos condenados e 
internados. 
 
CAPÍTULO I - DA CLASSIFICAÇÃO 
 
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O Artigo 5º estabelece que os condenados devem ser classificados conforme seus antecedentes e 
personalidade. Isso é crucial para a individualização da execução da pena, garantindo que o 
tratamento penal seja adequado ao perfil do condenado. 
Para realizar essa classificação, o Artigo 6º define a criação de uma Comissão Técnica de Classificação em 
cada estabelecimento penal. Essa comissão, presidida pelo diretor do estabelecimento, é formada por uma 
equipe multidisciplinar, incluindo um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social, que trabalharão 
juntos para elaborar um programa de cumprimento de pena que considere as necessidades individuais do 
condenado. 
O Artigo 7º complementa, detalhando a composição da comissão para casos específicos, como 
condenados a penas privativas de liberdade. 
O Artigo 8º aborda a importância do exame criminológico para condenados em regime fechado, e, em 
alguns casos, semiaberto. Esse exame é essencial para coletar informações que ajudem na classificação 
adequada do condenado, contribuindo para uma execução penal que seja verdadeiramente individualizada 
e eficaz. 
Por fim, o Artigo 9º e seus incisos descrevem procedimentos adicionais para a obtenção de dados sobre a 
personalidade do condenado, incluindo entrevistas, requisição de informações de repartições e 
estabelecimentos privados e outras diligências necessárias. 
 
CAPÍTULO ÚNICO - DA IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO 
O Artigo 9°-A trata da identificação do perfil genético de condenados por crimes graves. Estabelece que 
esses condenados devem ser submetidos a exames de DNA, de forma adequada e indolor, para que sejam 
armazenados em um banco de dados sigiloso, conforme regulamentação do Poder Executivo. Isso serve 
para fins de investigação e elucidação de crimes. 
Essas disposições visam não apenas a segurança pública, mas também a reinserção socialdas penas e à ressocialização dos presos. A Lei de Execução Penal (LEP), nos artigos 120 a 
125, regula duas modalidades de autorizações de saída: a permissão de saída e a saída temporária. Aqui 
está um detalhamento de cada uma delas: 
 Permissão de Saída 
 (Art. 120) 
 
autorizações de saída Saída Temporária 
 (Art. 122 a 125) 
 
 
Permissão de Saída (Art. 120 da LEP) 
• Destinatários: Condenados em regime fechado ou semiaberto e presos provisórios. 
• Motivos para Concessão: 
• Falecimento ou doença grave de cônjuge, companheiro(a), ascendente, descendente ou 
irmão. 
• Necessidade de tratamento médico. 
• Condições de Concessão: 
• Concedida pelo diretor do estabelecimento prisional. 
• Não requer autorização judicial. 
• A permanência fora do estabelecimento prisional dura o necessário para o fim da saída. 
• Em caso de tratamento médico, é concedida se o estabelecimento não puder oferecer o 
tratamento adequado. 
Saída Temporária (Art. 122 a 125 da LEP) 
• Destinatários: Condenados cumprindo pena em regime semiaberto. 
• Motivos para Concessão: 
• Visita à família. 
• Frequência a curso supletivo profissionalizante, de instrução de segundo grau ou superior, 
na comarca do juízo da execução. 
 
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• Participação em atividades que contribuam para o retorno ao convívio social. 
• Condições de Concessão: 
• Cumprimento de 1/6 da pena, se primário, ou 1/4, se reincidente. 
• Bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor do estabelecimento. 
• Compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. 
• A concessão é feita pelo juiz da execução, após manifestação do Ministério Público e da 
administração penitenciária. 
Objetivos das Autorizações de Saída 
• Humanização da Pena: Ambos os tipos de saída visam atenuar a rigidez do cumprimento da pena, 
permitindo ao preso o contato com o mundo exterior em situações específicas e sob certas 
condições, contribuindo para a manutenção de laços familiares e sociais. 
• Ressocialização: As saídas temporárias em particular são um instrumento para preparar o 
reeducando para o retorno à liberdade, proporcionando oportunidades de estudo e participação 
em atividades sociais. 
A autorização para saída temporária do regime semiaberto, conforme previsto na Lei de Execução Penal 
(Lei nº 7.210/84), segue as seguintes diretrizes: 
1. Duração da Saída Temporária: A autorização será concedida por um prazo não superior a 7 dias e 
pode ser renovada até mais 4 vezes durante o ano. Para casos de frequência a cursos 
profissionalizantes, de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o necessário para o 
cumprimento das atividades discentes. 
2. Intervalo entre Saídas Temporárias: Nos casos que não se referem a frequência a cursos, as 
autorizações de saída só podem ser concedidas com um intervalo mínimo de 45 dias entre uma e 
outra. 
3. Condições Imputadas pelo Juiz: Ao conceder a saída temporária, o juiz pode impor ao beneficiário 
condições como fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser 
encontrado durante o benefício, recolhimento à residência visitada no período noturno, e proibição 
de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos similares. 
4. Monitoração Eletrônica: O condenado pode ser instruído sobre o uso de equipamento eletrônico 
de monitoração, devendo receber visitas do servidor responsável pela monitoração, responder aos 
seus contatos, cumprir orientações e abster-se de remover, violar, modificar ou danificar o 
dispositivo de monitoração eletrônica. Violações desses deveres podem acarretar medidas como a 
regressão do regime, revogação da autorização de saída temporária ou da prisão domiciliar, e 
advertência por escrito. 
 
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Essas diretrizes são parte do esforço para equilibrar a reintegração do condenado à sociedade com a 
segurança pública e a observância da lei. 
REMIÇÃO. 
 
A remição de pena é um importante mecanismo no sistema penal brasileiro, permitindo que presos 
possam reduzir o tempo de sua sentença por meio do trabalho ou estudo. Este conceito é regido pela Lei 
de Execução Penal (LEP), mais especificamente nos artigos 126 e 128. Vamos detalhar os aspectos 
principais da remição de pena conforme a legislação e a jurisprudência relevante: 
Conceito e Base Legal 
• Definição: A remição é um instituto que permite ao preso reduzir o tempo de sua pena por meio 
do trabalho ou do estudo. 
• Base Legal: A previsão para remição está no artigo 128 da LEP, que estipula que o tempo remido 
será computado como pena cumprida para todos os efeitos. 
Modalidades de Remição 
1. Por Trabalho: Na proporção de 1 dia de pena reduzido para cada 3 dias trabalhados. 
2. Por Estudo: O preso pode remir parte da pena por meio da educação, sendo necessário cumprir 12 
horas de estudo, distribuídas em três dias, para remir 1 dia de pena. As atividades de estudo podem 
ser presenciais ou a distância. 
Condições e Regras Específicas 
• Falta Grave: Em caso de falta grave, o juiz pode revogar até um terço do tempo remido, com a 
contagem sendo reiniciada a partir da infração disciplinar (Art. 127 da LEP). 
• Conclusão de Curso: Há um bônus adicional de 1/3 no tempo a remir em caso de conclusão do 
ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena. 
• Regime Aberto: Historicamente, não se admitia a remição pelo trabalho no regime aberto. O 
Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) possuem entendimentos que 
refletem essa posição. No entanto, com a Lei nº 12.433/2011, a LEP foi alterada para permitir a 
remição no regime aberto ou semiaberto e na liberdade condicional, pela frequência a cursos de 
ensino regular ou de educação profissional. 
Jurisprudência e Interpretação 
• STF - HC 98261/RS: Este caso ilustra a interpretação de que a remição pelo trabalho não é aplicável 
no regime aberto. 
• STJ - REsp 894.305-RS/2007: Reforça a interpretação de que a remição está restrita aos regimes 
fechado e semiaberto. 
 
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• Alteração com a Lei nº 12.433/2011: Esta lei expandiu o alcance da remição, incluindo o regime 
aberto e a liberdade condicional, especificamente para atividades educacionais. 
Considerações Doutrinárias 
Alguns doutrinadores argumentam que a LEP, visando à ressocialização, não deveria ter uma interpretação 
restritiva quanto à remição. Eles defendem que o trabalho externo, sendo parte do regime semiaberto, 
também deveria permitir a remição no regime aberto. 
Conclusão 
A remição de pena, como prevista na LEP, é um instrumento vital para a reintegração de presos na 
sociedade, incentivando o trabalho e a educação como meios de redução de pena. As alterações legais e as 
interpretações jurisprudenciais refletem a evolução deste conceito no sistema penal brasileiro. 
O Livramento Condicional, como abordado em seu material, é uma etapa fundamental do sistema 
progressivo de cumprimento de pena no Brasil. Ele permite que o apenado, após cumprir determinados 
requisitos, possa finalizar o restante de sua pena em liberdade, mas sob condições específicas. Esta medida 
visa reintegrar o indivíduo na sociedade, reduzindo o tempo de encarceramento sob certas garantias de 
que não voltará a delinquir. 
Os requisitos para a concessão do Livramento Condicional estão delineados no artigo 83 do Código Penal 
Brasileiro, que estipula as seguintes condições: 
1. Cumprimento de Parte da Pena: 
• Mais de um terço da pena, se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons 
antecedentes. 
• Mais da metade da pena, se o condenado for reincidente em crime doloso. 
• Mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,prática da 
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o 
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
2. Comportamento Satisfatório: O condenado deve ter demonstrado bom comportamento durante a 
execução da pena. 
3. Bom Desempenho no Trabalho: O apenado deve ter bom desempenho no trabalho que lhe foi 
atribuído. 
4. Aptidão para o Trabalho: Capacidade do apenado para prover a própria subsistência através de 
trabalho honesto. 
5. Reparação do Dano: O condenado deve ter reparado, a menos que seja comprovadamente 
impossível, o dano causado pela infração. 
 
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6. Condições Pessoais para Não Delinquir: No caso de condenação por crime doloso com violência ou 
grave ameaça à pessoa, deve haver constatação de condições pessoais que indiquem que o 
liberado não voltará a cometer crimes. 
Além disso, o juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. Entre as obrigações 
sempre impostas ao liberado condicional, está a de obter ocupação lícita dentro de um prazo razoável, se 
for apto para o trabalho. 
DETRAÇÃO PENAL E REMIÇÃO PENAL (JÁ CAIU EM PROVAS) 
• Detração Penal: A detração penal é um mecanismo que permite o abatimento, na pena 
privativa de liberdade e na medida de segurança, do tempo de prisão provisória, de internação 
provisória ou de prisão administrativa já cumprido no Brasil ou no estrangeiro. A finalidade da 
detração é considerar o tempo que o réu já passou detido durante o processo, de modo que este 
período seja contabilizado na pena final imposta. Este conceito é particularmente relevante para 
assegurar que o princípio da individualização da pena seja respeitado e para evitar que a pessoa 
permaneça encarcerada por um período maior do que o estipulado pela sentença. 
• Remição Penal: A remição de pena, por outro lado, é um benefício concedido ao condenado 
que, durante o cumprimento de sua pena em regime fechado ou semiaberto, realiza trabalho ou 
participa de atividades educacionais. Por meio deste mecanismo, é possível reduzir o tempo de 
cumprimento da pena, estimulando a reintegração social do condenado. A remição é um 
incentivo ao trabalho e à educação no sistema penitenciário, fundamentando-se na ideia de que 
o trabalho e o estudo são meios eficazes de ressocialização. 
 
DETRAÇÃO E REMIÇÃO PENAL 
• Artigo(s): Art. 66, III, 'b' e 'c' 
• Conceito: Detração é o desconto no tempo de pena em função do período já cumprido em prisão 
cautelar. Remição é a redução da pena por trabalho ou estudo durante o cumprimento da pena. 
 
 
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PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. 
 
As penas restritivas de direitos são uma alternativa importante às penas privativas de liberdade no sistema 
penal brasileiro. Elas estão detalhadamente regulamentadas no Código Penal e na Lei de Execução Penal 
(Lei nº 7.210/1984). Vamos analisar mais detalhadamente essas penas, especialmente a pena de prestação 
de serviços à comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
1.1. Natureza e Aplicabilidade 
• São autônomas e substitutivas das penas privativas de liberdade. 
• Aplicam-se nos casos previstos no artigo 44 do Código Penal. 
• A substituição ocorre quando a pena privativa de liberdade não é superior a quatro anos e o crime 
não envolve violência ou grave ameaça. 
1.2. Procedimento de Aplicação 
• Após o trânsito em julgado da sentença, o juiz da execução promove a execução da pena. 
• O juiz pode requisitar a colaboração de entidades públicas ou de particulares. 
2. PENA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 
2.1. Designação e Execução 
• O juiz da execução designa a entidade ou programa comunitário ou estatal para a prestação de 
serviços. 
• O condenado é intimado sobre a entidade, os dias e horários para cumprir a pena. 
 
2.2. Jornada e Horários de Trabalho 
 
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• Duração de 8 horas semanais. 
• Realização aos sábados, domingos, feriados ou em dias úteis, sem prejudicar a jornada normal de 
trabalho. 
• Horários estabelecidos pelo juiz. 
2.3. Início e Acompanhamento 
• A execução inicia a partir do primeiro comparecimento do condenado. 
• A entidade beneficiada deve enviar relatórios mensais ao juiz sobre as atividades realizadas pelo 
condenado. 
• Comunicações sobre ausências ou faltas disciplinares também devem ser enviadas ao juiz. 
3. Observações Importantes 
• A execução da pena de prestação de serviços à comunidade deve ser ajustada às condições do 
condenado, respeitando suas aptidões e jornada de trabalho. 
• A Lei de Execução Penal detalha outros aspectos importantes, como a possibilidade de conversão 
dessa pena em multa ou em limitação de fim de semana, dependendo das circunstâncias do caso. 
Este entendimento é fundamentado na legislação penal e processual penal brasileira, especialmente no 
Código Penal e na Lei de Execução Penal. Para maiores detalhes sobre a aplicação e execução das penas 
restritivas de direitos, é importante consultar diretamente essas leis. 
 
As penas restritivas de direitos, conforme a Lei de Execução Penal do Brasil (Lei nº 7.210 de 11 de julho de 
1984), são alternativas às penas privativas de liberdade e têm como objetivo proporcionar a reintegração 
social do condenado de uma maneira menos severa e mais integrada à sociedade. Estas penas são 
aplicadas de acordo com a individualização da execução penal e podem incluir, entre outras, prestação de 
serviços à comunidade, limitação de fim de semana, e a perda de bens e valores. 
A lei estabelece que a execução das penas privativas de liberdade e das penas restritivas de direitos deve 
ser acompanhada por uma Comissão Técnica de Classificação, que tem a responsabilidade de propor à 
autoridade competente as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões de penas. 
Em resumo, as penas restritivas de direitos são medidas que visam a reabilitação do condenado sem a 
necessidade de isolamento total da sociedade, procurando oferecer uma alternativa mais humanizada e 
eficiente em certos casos, em comparação com as penas de prisão tradicionais. 
As disposições relativas às penas restritivas de direitos na Lei de Execução Penal do Brasil (Lei nº 
7.210/1984) estão localizadas no Capítulo II, Seção I, conforme indicado no documento da lei. 
Nesta seção, são abordadas questões gerais sobre a execução das penas restritivas de direitos, incluindo as 
responsabilidades do Juiz da execução e do Ministério Público na promoção da execução dessas penas. 
 
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Essa localização na lei é fundamental para compreender a aplicação e o gerenciamento dessas penas no 
sistema jurídico brasileiro. 
 
A PENA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 
A pena de prestação de serviços à comunidade é uma modalidade de pena alternativa aplicada no sistema 
penal brasileiro. Este tipo de penalidade é previsto na legislação como uma forma de reabilitação do 
condenado, proporcionando-lhe a oportunidade de contribuir com a sociedade de maneira construtiva. 
Vamos detalhar os aspectos cruciais da implementação e supervisão desta pena: 
1. Designação da Entidade ou Programa Comunitário: A responsabilidade inicial do Juiz da execução 
é designar uma entidade ou programa comunitário ou estatal, que deve estar devidamente 
credenciado. A escolha desta entidade é crucial, pois deve ser adequada às aptidões do condenado, 
permitindo que ele contribua de maneira efetiva e significativa. 
2. Determinação e Intimação do Condenado: O condenado deve ser formalmente intimado sobre 
onde, quando e como deve cumprir sua pena. Esta intimação inclui a especificação da entidade 
onde irá prestar o serviço, os dias e horários específicos para o cumprimento da pena. Essa clareza 
é essencial para garantir que o condenado entenda suas obrigações e as cumpra adequadamente. 
3. Flexibilidade na Execução: O Juiz da execução tem a autoridadelugares, exercer atividade 
laborativa, entre outras. 
4. Revogação: Se o beneficiado não cumprir as condições, comete novo crime ou, dependendo do 
caso, não repara o dano, a suspensão pode ser revogada, levando ao cumprimento da pena 
originalmente imposta. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
 
1. Definição: O livramento condicional é a antecipação da liberdade do condenado que cumpriu parte 
da pena sob certas condições. 
2. Requisitos: 
• Cumprimento de mais de um terço da pena, se o condenado não for reincidente, ou mais da 
metade se for reincidente; 
• Bom comportamento durante a execução da pena; 
• Compatibilidade da concessão com a reinserção social; 
• Capacidade do condenado em prover a própria subsistência através de trabalho lícito. 
 
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3. Condições: Após a concessão, o liberado deve seguir várias condições, como não mudar de 
residência sem autorização do juiz, manter bom comportamento, entre outras. 
4. Revogação: O benefício pode ser revogado se o liberado não cumprir as condições impostas, 
cometer novo crime ou por decisão judicial fundamentada. 
Ambas as medidas são fundamentais para a reinserção social do condenado e para a desafogar o sistema 
prisional, desde que observados os requisitos e condições estabelecidos pela Lei de Execução Penal. 
 
EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA. 
 
A execução das medidas de segurança no Brasil é regulamentada pela Lei de Execução Penal (Lei nº 
7.210), conforme o Capítulo I das Disposições Gerais. O Artigo 171 da referida lei estabelece que, uma vez 
transitada em julgado a sentença que aplica uma medida de segurança, deve-se ordenar a expedição de 
uma guia para sua execução. 
De acordo com o Artigo 172, ninguém pode ser internado em Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico ou submetido a tratamento ambulatorial para cumprimento de medida de segurança sem a 
posse da guia expedida pela autoridade judiciária. 
O Artigo 173 detalha que a guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, após ser extraída pelo 
escrivão (que deve rubricar todas as folhas e subscrevê-la com o Juiz), será remetida à autoridade 
administrativa responsável pela execução da medida. 
As medidas de segurança no ordenamento jurídico brasileiro, conforme estabelecido no Código Penal, são 
formas de resposta penal direcionadas a indivíduos que demonstram periculosidade após a prática de um 
ato ilícito penal. Essas medidas são aplicadas considerando-se a prevenção especial, focando-se na 
segregação e no tratamento curativo do agente. As medidas de segurança diferem das penas em seus 
pressupostos e funções, mas ambas são espécies de sanções penais e devem respeitar o princípio da 
legalidade em matéria penal, incluindo os desdobramentos de anterioridade e irretroatividade. 
DE ACORDO COM O ARTIGO 96 DO CÓDIGO PENAL, AS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONSISTEM 
EM: 
1. Internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico: Esta medida é aplicada nos casos 
em que o indivíduo necessita de tratamento em um ambiente controlado e especializado. Na 
ausência de um hospital específico, a internação pode ser feita em outro estabelecimento 
adequado. 
2. Sujeição a Tratamento Ambulatorial: Esta medida é menos restritiva e envolve o tratamento do 
indivíduo sem a necessidade de internação, permitindo que ele permaneça na comunidade, mas 
sob acompanhamento e tratamento regular. 
 
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O artigo 171 da Lei de Execução Penal estabelece que, após a sentença que aplica uma medida de 
segurança transitar em julgado, deve-se expedir uma guia para sua execução. Esta guia deve conter 
informações importantes como a qualificação do agente, o inteiro teor da denúncia e da sentença, a data 
de término do prazo mínimo da medida, entre outros detalhes indispensáveis para o tratamento ou 
internamento adequado. 
Além disso, é importante notar que ninguém pode ser internado ou submetido a tratamento ambulatorial 
sem a guia expedida pela autoridade judiciária. Também há disposições para a situação onde, durante a 
execução da pena privativa de liberdade, o indivíduo desenvolve doença mental ou perturbação da saúde 
mental. Nesses casos, o juiz pode determinar a substituição da pena por medida de segurança. 
As medidas de segurança, portanto, são instrumentos importantes no sistema penal brasileiro, destinados 
a garantir tanto a segurança da sociedade quanto o tratamento adequado dos indivíduos que demonstram 
periculosidade e necessitam de cuidados especializados. 
INCIDENTES DE EXECUÇÃO. 
 
 Entendendo os Incidentes de Execução no Contexto Penal 
O capítulo relacionado aos Incidentes de Execução, especificamente no que tange às Conversões de penas, 
é um componente crítico no estudo do Direito Penal para concursos públicos. Este capítulo detalha como 
as penas podem ser alteradas, oferecendo um entendimento prático e teórico essencial para candidatos a 
concursos públicos. Vamos explorar os artigos relevantes para esclarecer essas conversões. 
Artigo 180: Conversão de Pena Privativa de Liberdade em Restritiva de Direitos 
O Artigo 180 apresenta condições sob as quais uma pena privativa de liberdade, que não exceda dois anos, 
pode ser convertida em uma pena restritiva de direitos. As condições são: 
1. Cumprimento em Regime Aberto: O condenado deve estar cumprindo a pena em regime aberto. 
2. Cumprimento de Parte da Pena: Pelo menos um quarto da pena já deve ter sido cumprido. 
3. Análise Comportamental: A conversão é considerada com base nos antecedentes e na 
personalidade do condenado, indicando a adequação da mudança. 
Artigo 181: Conversão de Pena Restritiva de Direitos em Privativa de Liberdade 
Este artigo aborda a situação inversa à do Artigo 180. Ele especifica quando uma pena restritiva de direitos 
é convertida em privativa de liberdade, seguindo o estabelecido no artigo 45 do Código Penal. As 
condições para essa conversão incluem: 
• Não Localização do Condenado: Se o condenado estiver em local incerto ou não atender à 
intimação. 
 
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• Ausências Injustificadas: Falha em comparecer sem justificativa adequada ao local de prestação de 
serviço. 
• Recusa de Cumprir a Pena Imposta: Se o condenado se recusar a cumprir o serviço designado. 
• Cometimento de Falta Grave ou Outro Crime: Se o condenado cometer falta grave ou for 
condenado por outro crime. 
Artigo 183: Substituição da Pena por Medida de Segurança 
Este artigo trata da substituição da pena privativa de liberdade por medida de segurança no caso de 
doença mental ou perturbação da saúde mental do condenado durante a execução da pena. Esta decisão 
pode ser tomada pelo Juiz, a pedido do Ministério Público, Defensoria Pública ou autoridade 
administrativa. 
Artigo 184: Conversão de Tratamento Ambulatorial em Internação 
Por fim, o Artigo 184 aborda a conversão do tratamento ambulatorial em internação, caso o condenado 
seja incompatível com a medida ambulatorial. O prazo mínimo para essa internação é de um ano. 
Conclusão 
Esses artigos fornecem diretrizes claras para a conversão de penas, essenciais para a prática jurídica e para 
o estudo de candidatos a concurso público na área jurídica. Compreender essas nuances não só ajuda na 
preparação para o concurso, mas também fornece uma base sólida para futuras práticas legais. 
INCIDENTE DE EXCESSO OU DESVIO DE EXECUÇÃO 
Artigo: Art. 185 e 186 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) 
Conceito Geral 
O incidente de excesso ou desvio de execução é um mecanismo legal previsto na Lei de Execução Penal 
(LEP) brasileira, especificamente nos artigos 185 e 186. Este incidente é suscitado quando algum ato no 
processo de execução penal é realizado além dos limites estabelecidos pela sentença, por normas legais ou 
regulamentares. 
Aplicação Prática e Partes Legitimadas 
• Ocorrência: Surge em situações onde há uma percepção de que a execução da pena está sendo 
conduzida de maneira inadequada, seja por excesso (fazendoA declaração de extinção da punibilidade implica que o condenado não 
está mais sujeito às consequências legais de sua condenação anterior. Isso pode incluir a remoção 
de registros criminais, a restauração de direitos e a cessação de penalidades em andamento. 
• Inclusão de Diversos Atores: O fato de que a anistia pode ser iniciada por várias partes, incluindo o 
próprio condenado, o Ministério Público e o Conselho Penitenciário, demonstra um sistema de 
justiça penal que permite a participação de diversos atores no processo de execução penal. 
Em resumo, o Artigo 187 da LEP fornece um mecanismo pelo qual indivíduos condenados podem ter sua 
punibilidade extinta através do processo de anistia. Essa disposição reflete a capacidade do sistema 
jurídico de adaptar-se e responder a contextos políticos e sociais em mudança, ao mesmo tempo em que 
oferece um caminho para a redenção e a reintegração de indivíduos ao tecido social. 
Texto Didático: Anistia e Indulto em Concursos Públicos 
Introdução 
Este texto visa esclarecer os conceitos de anistia e indulto, conforme descritos no Capítulo III de uma 
legislação hipotética, para candidatos a concursos públicos. O objetivo é apresentar uma explicação clara e 
concisa dos artigos 187 a 193, facilitando a compreensão desses temas importantes no âmbito do Direito 
Penal. 
Artigo 187: Anistia e Extinção da Punibilidade 
A anistia é uma medida que resulta na extinção da punibilidade. Isso significa que, uma vez concedida a 
anistia, o juiz é obrigado a declarar que a pessoa não é mais passível de punição pelo delito cometido. Essa 
declaração pode ser iniciada pelo próprio juiz, pelo interessado, pelo Ministério Público, pela autoridade 
administrativa ou pelo Conselho Penitenciário. 
 
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Artigo 188: Indulto Individual 
O indulto individual é um perdão concedido a um condenado. Diferente da anistia, que é geral e abrange 
um grupo de pessoas, o indulto é específico para um indivíduo. Ele pode ser solicitado pelo próprio 
condenado, pelo Ministério Público, pelo Conselho Penitenciário ou pela autoridade administrativa. 
Artigo 189: Processo de Petição do Indulto 
A petição para o indulto deve ser acompanhada dos documentos necessários e entregue ao Conselho 
Penitenciário. Este órgão é responsável por elaborar um parecer sobre o pedido e encaminhá-lo ao 
Ministério da Justiça. 
Artigo 190: Avaliação do Conselho Penitenciário 
O Conselho Penitenciário analisa o processo e o histórico do condenado. Ele realiza as investigações 
necessárias, relatando o crime, a sentença e o comportamento do condenado após a prisão. Com base 
nisso, emite um parecer sobre o pedido de indulto. 
Artigo 191: Decisão Presidencial sobre o Indulto 
Após o processo no Ministério da Justiça, incluindo os documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, 
a petição do indulto é submetida ao Presidente da República. Este tem a autoridade para decidir sobre o 
indulto. 
Artigo 192: Efeitos do Indulto Concedido 
Quando o indulto é concedido, o juiz tem o dever de declarar extinta a pena ou ajustar a execução da pena 
conforme o decreto de indulto, especialmente em casos de comutação de pena. 
Artigo 193: Indulto Coletivo 
Similar à anistia, o indulto coletivo beneficia um grupo de condenados. Nesse caso, o juiz deve providenciar 
a extinção da pena ou ajuste da execução, seguindo o processo similar ao descrito para o indulto 
individual. 
 
 
Conclusão 
Entender os conceitos de anistia e indulto é crucial para candidatos a concursos públicos, especialmente na 
área jurídica. Estes artigos descrevem o processo pelo qual essas medidas são solicitadas e concedidas, 
enfatizando a importância do sistema judiciário no processo de revisão e concessão de anistia e indulto. 
Compreender estes processos ajuda a formar uma base sólida de conhecimento legal, essencial para 
qualquer profissional do Direito. 
 
 
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A GRAÇA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O CRIME HEDIONDO 
Introdução 
Este texto é direcionado a candidatos de concursos públicos e tem como objetivo explicar a concepção de 
"graça" no contexto da Constituição Federal brasileira, especialmente em relação ao seu inciso XLIII do 
artigo 5º. A compreensão deste conceito é essencial para quem se prepara para concursos na área jurídica 
ou afins. 
Entendendo a Graça na Legislação Brasileira 
A "graça" é um termo jurídico que se refere ao perdão de uma pena imposta a um condenado. Diferente 
do indulto, que é coletivo, a graça é individual. Ela representa uma das formas de clemência que o Estado 
pode conceder, manifestando uma espécie de misericórdia jurídica. 
A Graça na Atual Constituição Federal 
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, observou-se um período de esquecimento em 
relação à aplicação da graça. Contudo, o inciso XLIII do artigo 5º buscou ressuscitar esse conceito, 
trazendo-o de volta ao cenário jurídico. Esse movimento demonstra um reconhecimento da importância da 
graça como instrumento de justiça e humanidade. 
 
Limitação da Graça: Crime Hediondo 
No entanto, a Constituição impõe uma limitação significativa ao uso da graça: ela não pode ser aplicada 
aos autores de crime hediondo. Crimes hediondos são considerados de extrema gravidade e incluem 
delitos como homicídio qualificado, latrocínio, estupro, entre outros. A proibição da concessão de graça a 
esses criminosos reflete uma postura mais rígida do Estado frente a crimes de alta repugnância social. 
Conclusão 
A compreensão da dinâmica da graça na legislação brasileira, especialmente no que tange a sua relação 
com crimes hediondos, é crucial para candidatos a concursos públicos. Ela demonstra não apenas o caráter 
jurídico dessa clemência, mas também revela aspectos da política criminal e dos valores sociais vigentes. 
Entender esse equilíbrio entre misericórdia e justiça é fundamental para qualquer profissional que atue ou 
aspire atuar no sistema jurídico brasileiro. 
 
 
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Como é cobrado: 
Questão 11 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, é INCORRETO afirmar que: 
Alternativas 
A) O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da medida 
de segurança. 
B) A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
C) A Lei de Execuções Penais não aplicar-se-á ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
D) Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela 
lei. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 
 
Questão 12 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, os condenados serão 
classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da 
execução penal. A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o 
programa individualizador da pena privativa de liberdade. Esta Comissão deverá ser composta, no 
mínimo, por dois chefes de serviço e: 
Alternativas 
A) Um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social. 
B) Um psicólogo, um assistente social e um enfermeiro. 
C) Um psiquiatra, um assistente social e um enfermeiro. 
D) Um assistente social, um farmacêutico e um psicólogo. 
 
 
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Questão 13 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
No ano de 2012 a Lei de Execução Penal teve incluído um artigo que determina que os determinados 
condenados serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração 
de DNA – ácido desoxirribonucleico.Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. A técnica utilizada deve ser adequada e indolor. 
II. Serão submetidos ao procedimento exclusivamente os condenados por crimes sexuais. 
III. A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito 
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. 
IV. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II e III. 
B) I, III e IV. 
C) I, II e IV. 
D) II, III e IV. 
 
Questão 14 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei de Execução Penal, a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando 
prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Sobre o tema, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
Alternativas 
A) A assistência estende-se ao egresso. 
B) A assistência será material, à saúde, jurídica, sexual, educacional e religiosa. 
C) A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
D) O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades 
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela 
Administração. 
 
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Questão 15 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Nos termos da Lei de Execução Penal, a assistência à saúde do preso e do internado terá caráter 
Alternativas 
A) preventivo e compreenderá atendimento médico e farmacêutico. 
B) curativo e compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
C) curativo e retributivo e compreenderá atendimento médico, odontológico e psicológico. 
D) preventivo e curativo e compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
 
Questão 16 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Estabelece a Lei de Execução Penal que a assistência social tem por finalidade amparar o preso e o 
internado e prepará-los para o retorno à liberdade. NÃO incumbe ao serviço de assistência social: 
Alternativas 
A) Conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames. 
B) Apurar a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo. 
C) Promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação. 
D) Acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias. 
 
 
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Questão 17 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Assinale a alternativa que contenha a descrição condenado que NÃO seria egresso para os efeitos da Lei 
de Execução Penal: 
Alternativas 
A) Fulano de Tal, em suspensão condicional da pena. 
B) Fulano de Tal, liberado condicional, durante o período de prova. 
C) Fulano de Tal, liberado condicional, que teve prorrogado o seu período de prova. 
D) Fulano de Tal, liberado definitivo, tendo saído do estabelecimento prisional há seis meses. 
 
Questão 18 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Sobre as Disposições Gerais que a Lei de Execução Penal estabelece quanto ao Trabalho do condenado, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa 
e produtiva. 
II. Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. 
III. O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. 
IV. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
Estão corretas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
 
 
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Questão 19 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Questão anulada 
Sobre o tratamento que a Lei de Execução Penal dá ao Trabalho Externo, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
Alternativas 
A) A prestação de trabalho à entidade privada independe do consentimento expresso do preso. 
B) A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de 
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de um sexto da pena. 
C) Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, 
for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
D) O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que 
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 
Questão 20 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei de Execução Penal, cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu 
estado, submeter-se às normas de execução da pena. Sobre os deveres dos presos, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. Urbanidade e respeito no trato com os demais condenados. 
II. Indenização à vítima ou aos seus sucessores. 
III. Conservação dos objetos de uso pessoal. 
IV. Indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante 
desconto proporcional da remuneração do trabalho. 
Estão corretas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) III e IV, apenas. 
D) I, II e III, apenas. 
 
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Respostas 11: C 12: A 13: B 14: B 15: D 16: B 17: A 18: A 19: A 20: A 
 
Filtro qconcurso idecan: https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=9&examining_board_ids%5B%5D=207&exclude_nullified=true
&exclude_outdated=true&page=2&subject_ids%5B%5D=17467 
Filtro de outras bancas: https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=9&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&scholarity
_ids%5B%5D=2&subject_ids%5B%5D=17467 
 
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=9&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&scholarity_ids%5B%5D=2&subject_ids%5B%5D=17467do condenado, 
através de uma execução penal que respeite suas características individuais e promova sua reabilitação. 
A Lei de Execução Penal (LEP), Lei nº 7.210, oferece diretrizes claras e estruturadas sobre a administração 
das penas no Brasil, incluindo disposições detalhadas sobre a situação do condenado e do internado. A 
compreensão desses aspectos é crucial para candidatos a concursos públicos, especialmente aqueles que 
aspiram a cargos na área jurídica ou penitenciária. Abaixo, apresento um texto didático que explora esses 
conceitos de maneira clara e acessível. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONDENADOS E INTERNADOS A LEP estabelece que os condenados devem ser 
classificados conforme seus antecedentes e personalidade. Este processo é conduzido por uma Comissão 
Técnica de Classificação, que elabora um programa individualizador da execução penal, influenciando 
decisões sobre progressões e regressões de regime, bem como conversões de penas. A comissão é 
 
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composta por profissionais como psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, garantindo uma abordagem 
multidisciplinar no tratamento do condenado. 
 
ASSISTÊNCIA AO CONDENADO E AO INTERNADO A LEP assegura uma gama de assistências ao 
condenado e internado, sublinhando o papel do Estado em prevenir o crime e facilitar o retorno do 
indivíduo à sociedade. Essa assistência é diversificada e inclui suporte material, à saúde, jurídico, 
educacional, social e religioso, demonstrando o compromisso com uma abordagem holística que visa não 
apenas punir, mas também reabilitar. 
TRABALHO NA EXECUÇÃO PENAL O trabalho é considerado um direito do condenado, cumprindo uma 
função social e servindo como um meio para a dignidade humana. A LEP estipula que o trabalho deve ser 
remunerado e não pode ser inferior a 3/4 do salário mínimo, contribuindo para a educação e 
produtividade do indivíduo, bem como para a sua ressocialização. 
DIREITOS DOS CONDENADOS E INTERNADOS Além do trabalho, a LEP estipula uma série de direitos 
aos condenados e internados, incluindo alimentação adequada, vestuário, acesso à Previdência Social, e a 
possibilidade de criar um pecúlio. Também são garantidos o respeito à integridade física e moral, proteção 
contra o sensacionalismo, e o direito a visitas e correspondências, entre outros. Estes direitos visam 
assegurar que a pena seja cumprida com humanidade e respeito pela pessoa do condenado ou internado. 
Assistência 
COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO. 
 
A Comissão Técnica de Classificação é uma entidade fundamental dentro do sistema da Lei de Execução 
Penal (LEP), conforme estabelecido no Artigo 6º. Sua principal função é avaliar o condenado ou o preso 
provisório e desenvolver um programa individualizador da pena, que ajudará a guiar todo o processo de 
execução penal. Vamos explorar mais detalhadamente o papel e a composição dessa comissão. 
O Papel da Comissão Técnica de Classificação A Comissão Técnica de Classificação atua desde o início da 
execução da pena, elaborando um diagnóstico aprofundado do perfil do condenado. Isso inclui uma análise 
dos antecedentes criminais, das características da personalidade, bem como das capacidades e 
necessidades do indivíduo. Com base neste diagnóstico, a comissão desenvolve um plano de execução 
penal que visa à reintegração do condenado à sociedade de forma segura e eficaz. 
Composição da Comissão A comissão é presidida pelo diretor do estabelecimento penal e é composta por 
no mínimo dois chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social, quando se trata de 
condenado à pena privativa de liberdade. Essa composição multidisciplinar garante que a avaliação do 
condenado seja abrangente, considerando fatores psicológicos, sociais e de saúde. 
Exemplo Prático da Atuação da Comissão Imagine um indivíduo condenado por um crime que tenha sido 
cometido sob influência de substâncias entorpecentes. A Comissão Técnica de Classificação, após avaliar o 
histórico do condenado, pode identificar a necessidade de tratamento para dependência química. Nesse 
 
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caso, o programa individualizador da pena pode incluir terapia ocupacional, cursos de formação 
profissional e acompanhamento psicológico. 
Importância na Execução Penal O trabalho da Comissão Técnica de Classificação é crucial para garantir que 
a execução penal não seja apenas punitiva, mas também ressocializadora. Ao propor programas 
individualizados, a comissão busca oferecer ao condenado as ferramentas necessárias para sua reabilitação 
e retorno ao convívio social, reduzindo assim as chances de reincidência. 
Para candidatos a concursos públicos, entender o papel da Comissão Técnica de Classificação é essencial, 
pois reflete a complexidade e a humanidade do sistema penal brasileiro, que reconhece a necessidade de 
individualizar a pena para cada condenado, respeitando suas características e necessidades individuais. 
ASSISTÊNCIA (CAIU NA PROVA) 
 
Quando um condenado ingressa no sistema penitenciário, ele está sob a responsabilidade do Estado, que 
tem o dever de prover diversas formas de assistência, conforme determinado pela Lei de Execução Penal 
(LEP). Esta obrigação abrange não apenas os presos definitivos e provisórios, mas também os internados 
(submetidos à medida de segurança) e os egressos. Para os egressos, o suporte se estende por um período 
definido: um ano após a liberação definitiva do estabelecimento penal e durante todo o período de prova 
para aqueles em liberdade condicional, como especificado no artigo 26 da LEP. 
 
 
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Tipo de Assistência Descrição Artigo Relacionado 
Material Roupas, alimentação Art. 11, inciso I 
Saúde Atendimento médico Art. 11, inciso II 
Jurídica Acesso a advogado Art. 11, inciso III 
Educacional Educação e cursos Art. 11, inciso IV 
Social Visitas familiares Art. 11, inciso V 
Religiosa Práticas espirituais Art. 11, inciso VI 
Egresso Auxílio na reinserção social Art. 10, parágrafo único 
 
Espécies de Assistência Conforme a LEP 
De acordo com o artigo 11 da LEP, a assistência providenciada pelo Estado abrange diversas áreas 
essenciais: 
➔ Material: Garantir as necessidades básicas do condenado, como alimentação, vestuário e 
alojamento adequados. 
➔ Saúde: Prover cuidados médicos, psicológicos e psiquiátricos, visando o bem-estar físico e 
mental. 
➔ Jurídica: Oferecer suporte legal para que os direitos do condenado sejam respeitados durante a 
execução da pena. 
➔ Educacional: Facilitar o acesso à educação formal e profissionalizante, contribuindo para a 
formação e capacitação do condenado. 
➔ Social: Promover ações que visem reintegrar o condenado à sociedade, auxiliando na 
reconstrução de laços sociais e familiares. 
➔ Religiosa: Assegurar a liberdade de prática religiosa, proporcionando suporte espiritual aos que 
desejarem. 
 
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➔ Ao egresso: Acompanhar o retorno do egresso à sociedade, oferecendo apoio necessário para 
sua reinserção, como orientação profissional e psicossocial. 
Objetivos da Assistência 
O propósito central dessas assistências é prevenir a reincidência criminal e orientar o retorno do 
condenado à convivência em sociedade. A LEP enfatiza a importância da ressocialização como finalidade da 
pena, buscando transformar o período de encarceramento em uma oportunidade para o desenvolvimento 
pessoal e social do condenado. Esta abordagem reflete uma preocupação com a humanização das penas e 
a efetividade da justiça penal, visando não apenas punir, mas também recuperar e reintegrar o indivíduo 
ao tecido social. 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o 
retorno à convivência em sociedade. 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
Art. 11. A assistência será: 
I - material; 
II - à saúde; 
III -jurídica; 
IV - educacional; 
V - social; 
VI - religiosa.O TRABALHO: DISPOSIÇÕES GERAIS. 
O trabalho na Lei de Execução Penal (LEP), regulamentado principalmente nos Artigos 28 a 33, é tratado 
como um dever social e uma condição para a dignidade humana, com objetivos educativos e produtivos. 
Vamos explorar de forma didática as disposições gerais do trabalho dentro do sistema penitenciário, 
utilizando técnicas textuais variadas para facilitar o aprendizado. 
Do Trabalho Externo 
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que 
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. 
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. 
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso. 
 
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Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de 
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido 
como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste 
artigo. 
 
 
 
No âmbito da Lei de Execução Penal (LEP), o trabalho desempenha um papel fundamental no processo de 
reabilitação do indivíduo privado de liberdade. É através do trabalho que se vislumbra a possibilidade de 
transformação e preparo para a reintegração na sociedade. A LEP estabelece diretrizes claras para o 
trabalho interno e externo dos presos, garantindo que essas atividades sejam mais do que um mero 
passatempo; elas são uma ponte para o desenvolvimento pessoal e profissional. 
O trabalho dentro do sistema penal não é apenas um direito do detento, mas uma oportunidade e, em 
muitos casos, uma obrigação. Ele está intrinsecamente ligado ao conceito de dignidade humana, servindo 
como uma ferramenta para restaurar o senso de valor pessoal e a capacidade de contribuir positivamente 
para a comunidade. 
Nas próximas seções, exploraremos as disposições da LEP que regulamentam o trabalho prisional, 
incluindo as condições, a remuneração e os benefícios associados ao trabalho interno e externo. Este 
entendimento é essencial para quem busca atuar no sistema de justiça criminal, pois reflete a importância 
de equilibrar a segurança, a disciplina e a perspectiva de uma vida futura fora do sistema penitenciário. 
Trabalho Interno: O trabalho interno, conforme descrito nos Artigos 31 a 35 da LEP, é uma obrigação para 
os condenados à pena privativa de liberdade, com ajustes conforme suas capacidades e aptidões (Art. 31). 
Para os presos provisórios, o trabalho não é obrigatório e deve ser realizado apenas dentro do 
estabelecimento penal. 
A LEP estabelece que a atribuição do trabalho deve considerar a qualificação, condição pessoal e 
necessidades futuras do preso, além das oportunidades do mercado (Art. 32). Existe uma preferência por 
atividades que tenham valor econômico, a menos que em regiões turísticas onde o artesanato possa ter 
Artigo Aspecto do Trabalho Descrição Técnica Didática Usada 
28 Finalidade Educativa e produtiva Analogia 
28, §1º Condições Segurança e higiene Visualização 
29 Remuneração Mínimo de 3/4 do salário Exercício Prático 
29, §1º Destinação Diversas necessidades Associação 
31 Obrigação Condenados e provisórios Analogia 
33 Jornada 6 a 8 horas, descanso semanal Exemplo 
 
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uma finalidade cultural e comercial. Pessoas com mais de 60 anos ou com doenças ou deficiências físicas 
têm direito a ocupações adequadas ao seu estado. 
A jornada de trabalho padrão é fixada entre 6 a 8 horas diárias, com descanso nos domingos e feriados 
(Art. 33), e pode haver horários especiais para presos envolvidos em serviços de manutenção e 
conservação do estabelecimento penal. O trabalho pode ser administrado por uma fundação ou empresa 
pública, visando a formação profissional do condenado (Art. 34). 
Trabalho Externo: O trabalho externo é regulamentado pela Seção III, nos Artigos 36 e 37 da LEP. Este é 
permitido para presos em regime fechado somente em serviços ou obras públicas, desde que haja 
segurança adequada (Art. 36). A quantidade de presos permitida a trabalhar externamente é limitada a 
10% do total de empregados na obra, com a remuneração do trabalho sendo responsabilidade da 
administração, entidade ou empresa privada. 
A autorização para o trabalho externo depende de fatores como aptidão, disciplina e responsabilidade do 
preso, e ele deve ter cumprido no mínimo 1/6 da pena (Art. 37). Esta autorização pode ser revogada caso o 
preso cometa algum crime, seja punido por falta grave ou tenha comportamento inadequado. 
RESUMO: 
A Lei de Execução Penal (LEP) prevê dois tipos de trabalho para presos: interno e externo. 
O trabalho interno é obrigatório para condenados em pena privativa de liberdade. 
 O preso deve trabalhar de acordo com suas aptidões e capacidade. 
 O trabalho interno não está regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. O descumprimento do 
trabalho interno pode levar a sanções disciplinares. 
O trabalho externo pode ser autorizado pela direção do estabelecimento prisional. Para isso, o preso deve 
cumprir os seguintes requisitos: 
• Aptidão 
• Disciplina 
• Responsabilidade 
• Cumprir pelo menos 1/6 da pena 
O trabalho externo pode ser realizado por presos em regime fechado ou semiaberto. Os presos em regime 
fechado só podem trabalhar em obras ou serviços públicos realizados por órgãos da administração direta 
ou indireta, ou entidades privadas. As empresas devem tomar medidas para evitar fugas e garantir a 
disciplina. 
Os presos em regime aberto podem trabalhar externamente da mesma forma que um trabalhador 
comum. Eles devem seguir as regras da CLT. 
 
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DEVERES E DIREITOS DOS PRESOS. (CAIU NA PROVA) 
 
A Lei de Execução Penal (LEP) estabelece uma série de deveres aos condenados durante o cumprimento de 
suas penas. Estes deveres não são apenas obrigações legais, mas também normas essenciais para a 
manutenção da ordem, segurança e disciplina dentro das instituições penais. O Artigo 38 da LEP determina 
que o condenado deve submeter-se às normas de execução da pena, além de cumprir com as obrigações 
legais já inerentes ao seu estado. 
Detalhamento dos Deveres do Condenado 
O Artigo 39 da LEP elenca especificamente os deveres do condenado, abrangendo aspectos de 
comportamento, trabalho, responsabilidade financeira, e higiene pessoal: 
1. Comportamento Disciplinado e Fiel Cumprimento da Sentença: 
• O condenado deve adotar um comportamento que respeite as normas disciplinares e 
cumpra fielmente as determinações da sentença judicial. 
2. Obediência e Respeito: 
• Respeitar e obedecer aos servidores da instituição e a qualquer pessoa com quem tenha 
que se relacionar é fundamental para a manutenção da ordem dentro do sistema penal. 
3. Urbanidade e Respeito no Trato com os Demais Condenados: 
• Promover um convívio pacífico e respeitoso entre os condenados é crucial para evitar 
conflitos e violências internas. 
4. Contra Movimentos de Fuga ou Subversão: 
• O condenado deve ter uma conduta que se oponha a qualquer tentativa de fuga ou atos 
que subvertam a ordem e a disciplina da instituição. 
5. Cumprimento de Trabalhos e Tarefas: 
• A realização do trabalho e das tarefas atribuídas é um aspecto vital, que além de contribuir 
para a ordem, ajuda na ressocialização do condenado. 
6. Submissão às Sanções Disciplinares: 
• Aceitar e cumprir as sanções disciplinares impostas é parte do reconhecimento e da 
correção de comportamentos inadequados. 
7. Indenização à Vítima ou Sucessores:• Compensar a vítima ou seus herdeiros, quando cabível, é uma forma de responsabilização 
pelo dano causado. 
 
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8. Indenização ao Estado: 
• Quando possível, o condenado deve indenizar o Estado pelas despesas com sua 
manutenção, o que pode ser feito através de um desconto proporcional de sua 
remuneração de trabalho. 
9. Higiene Pessoal e Limpeza do Espaço: 
• Manter a higiene pessoal e a limpeza de sua cela ou alojamento é essencial para a saúde e o 
bem-estar dentro do sistema prisional. 
10. Conservação dos Objetos Pessoais: 
• Cuidar dos objetos pessoais evita conflitos e contribui para a disciplina individual. 
Aplicação aos Presos Provisórios 
O parágrafo único do Artigo 39 estende, no que couber, os mesmos deveres aos presos provisórios. Isso 
significa que, embora ainda não condenados, esses indivíduos também estão sujeitos a um conjunto de 
normas que garantem a ordem e a segurança nas instituições penais. 
Dos Direitos dos Condenados e Presos Provisórios na Legislação Penal 
O respeito à dignidade humana e à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios é 
uma premissa fundamental no sistema jurídico brasileiro. O Artigo 40 da Lei de Execução Penal (LEP) 
enfatiza a necessidade de todas as autoridades respeitarem esses aspectos vitais dos indivíduos sob 
custódia do Estado. 
Direitos Assegurados aos Presos 
O Artigo 41 da LEP enumera uma série de direitos que reforçam o compromisso do sistema penal com a 
justiça, a reabilitação e a humanização das condições de encarceramento: 
1. Alimentação Suficiente e Vestuário: Garantir as necessidades básicas de alimentação e vestimenta. 
2. Trabalho e Remuneração: Oferecer oportunidades de trabalho remunerado e benefícios de 
Previdência Social. 
3. Constituição de Pecúlio: Permitir que o preso acumule uma pequena quantia em dinheiro para uso 
após a liberação. 
4. Equilíbrio entre Trabalho, Descanso e Recreação: Distribuição proporcional do tempo para garantir 
o descanso adequado e atividades recreativas. 
5. Manutenção das Atividades Anteriores: Possibilitar a continuação das atividades profissionais, 
intelectuais, artísticas e desportivas compatíveis com a execução da pena. 
6. Assistência Integral: Inclui suporte material, à saúde, jurídico, educacional, social e religioso. 
 
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7. Proteção contra Sensacionalismo: Proteger o preso de exposição midiática que possa 
comprometer sua dignidade. 
8. Comunicação com Advogado: Direito a entrevistas reservadas com seu advogado. 
9. Visitas de Familiares e Amigos: Garantir o contato com entes queridos em dias estabelecidos. 
10. Chamamento Nominal: Reconhecimento individual durante chamadas. 
11. Igualdade de Tratamento: Assegurar tratamento igualitário, respeitando a necessidade de 
individualização da pena. 
12. Audiências com o Diretor: Permitir audiências especiais com o diretor do estabelecimento para 
tratar de questões pertinentes. 
13. Direito à Representação e Petição: Facilitar a representação e petição a qualquer autoridade em 
defesa de direitos. 
14. Contato com o Mundo Exterior: Manter o contato por meio de correspondências, leitura e outras 
formas de informação. 
15. Atestado Anual de Pena: Emissão de um atestado anual detalhando o tempo de pena a cumprir. 
Restrições e Aplicações Especiais 
➢ Restrições Específicas: Os direitos relacionados a trabalho, visitas e contato com o exterior 
podem ser suspensos ou restringidos por ato motivado do diretor do estabelecimento, conforme 
necessário para a segurança e a ordem. 
➢ Extensão aos Presos Provisórios: Conforme o Artigo 42, muitos desses direitos também se 
aplicam aos presos provisórios e aos submetidos à medida de segurança. 
➢ Liberdade de Contratar Médico Particular: O Artigo 43 garante aos internados o direito de 
contratar médico particular, cujas divergências com o médico oficial podem ser resolvidas pelo 
Juiz da execução. 
FALTAS E SANÇÕES DISCIPLINARES 
A disciplina no sistema penitenciário é fundamental para a ordem e segurança das instituições. Conforme 
estabelecido pelo Art. 44 da Lei de Execução Penal (LEP), a disciplina implica colaboração com a ordem, 
obediência às determinações das autoridades e de seus agentes, e desempenho adequado do trabalho. É 
importante notar que o trabalho é considerado um dever do preso, e a recusa em trabalhar pode ser 
classificada como falta grave, um entendimento já consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das autoridades 
e seus agentes e no desempenho do trabalho. 
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos 
e o preso provisório. 
 
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Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. 
§ 2º É vedado o emprego de cela escura. 
§ 3º São vedadas as sanções coletivas. 
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado das 
normas disciplinares. 
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade 
administrativa conforme as disposições regulamentares. 
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade 
administrativa a que estiver sujeito o condenado. 
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos 
118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei. 
 
Todos os indivíduos sujeitos à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, incluindo presos 
provisórios, estão sujeitos a essas normas disciplinares. 
Art. 45: Legalidade das Sanções Disciplinares 
O Art. 45 da LEP ressalta o princípio da legalidade nas sanções disciplinares: não há falta nem sanção sem 
expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. Esse rol taxativo e exaustivo garante que punições só 
ocorram em comportamentos claramente definidos como infrações pelas normas pertinentes. 
Jurisprudência Relacionada: 
A ilegalidade no reconhecimento de falta grave foi destacada em um caso onde a mudança de endereço 
sem autorização judicial, durante o livramento condicional, foi inicialmente considerada falta grave. No 
entanto, essa conduta não estava prevista no Art. 50 da LEP, que lista de forma taxativa as hipóteses de 
falta grave, levando à reversão da decisão inicial. 
Art. 45, §§ 1º, 2º e 3º: Condições e Limitações das Sanções 
As sanções aplicadas devem respeitar a integridade física e moral do condenado e não podem envolver o 
emprego de cela escura. As Regras de Mandela são citadas para reforçar a proibição de qualquer forma de 
tratamento cruel, desumano ou degradante, incluindo: 
• Confinamento solitário indefinido ou prolongado. 
• Detenção em condições inadequadas de iluminação. 
• Castigos corporais ou redução de alimentação ou água. 
 
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• Castigos coletivos, que também são especificamente proibidos pelo § 3º do Art. 45. 
Jurisprudência Relacionada: 
Em uma decisão relevante (HC 177.293-SP), o STJ anulou uma punição aplicada coletivamente a detentos 
que danificaram uma viatura, pois não foi individualizada a conduta dos envolvidos. Este caso sublinha a 
proibição de sanções coletivas e a necessidade de responsabilidade pessoal, conforme o princípio 
estabelecido pelo art. 5º, XLV, da Constituição Federal. 
Art. 46 a Art. 48: Comunicação das Normas e Exercício do Poder Disciplinar 
O início da execução da pena ou da prisão é marcado pela cientificação do condenado ou denunciado 
sobre as normas disciplinares, conforme Art. 46. O poder disciplinar, conforme os Arts. 47 e 48, é 
geralmente exercido pela autoridade administrativa, mas nas faltas graves,a autoridade deve comunicar 
ao juiz da execução, reforçando o papel deste na supervisão e controle da legalidade da execução penal. 
DAS FALTAS DISCIPLINARES NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
Conforme estabelecido pelo Art. 49 da Lei de Execução Penal (LEP), as faltas disciplinares são classificadas 
em leves, médias e graves. A especificação das faltas leves e médias, assim como as sanções 
correspondentes, são determinadas pela legislação local. Importante destacar que mesmo as tentativas de 
cometer faltas são punidas com a mesma severidade das faltas consumadas, conforme o parágrafo único 
deste artigo. 
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as 
leves e médias, bem assim as respectivas sanções. 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 
 
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Faltas Graves Segundo o Art. 50 da LEP 
O Artigo 50 da Lei de Execução Penal (LEP) especifica as condutas que são consideradas faltas graves por 
condenados à pena privativa de liberdade. Essas faltas têm implicações significativas no regime de 
cumprimento da pena e na administração da disciplina dentro das instituições penais. A compreensão 
detalhada dessas faltas é crucial para o funcionamento eficaz do sistema penitenciário e para a garantia da 
segurança e da ordem. 
I - Incitação ou Participação em Movimentos de Subversão 
Condenados que incitam ou participam de qualquer movimento que vise subverter a ordem ou a disciplina 
dentro da instituição cometem uma falta grave. Essas ações podem desestabilizar a segurança do 
estabelecimento penal e colocar em risco tanto os funcionários quanto os próprios internos. 
II - Fuga 
A tentativa de fuga ou a fuga consumada é considerada uma das faltas mais sérias, pois representa um 
desafio direto à autoridade do sistema penal e ao princípio de cumprimento da pena. 
III - Posse Indevida de Instrumentos Ofensivos 
O porte de qualquer instrumento que possa ofender a integridade física de outrem, seja ele um objeto 
improvisado ou um utensílio proibido, é também classificado como falta grave. 
IV - Provocação de Acidente de Trabalho 
Provocar intencionalmente um acidente de trabalho não só compromete a segurança do local como 
também a integridade física dos envolvidos, constituindo uma falta grave. 
V - Descumprimento das Condições no Regime Aberto 
No regime aberto, certas condições são impostas para garantir que o condenado reintegre-se à sociedade 
de forma controlada e responsável. O descumprimento dessas condições é visto como uma falha grave na 
confiança depositada pelo sistema judicial. 
VI - Inobservância dos Deveres Específicos 
A falha em cumprir os deveres estabelecidos nos incisos II (obediência e respeito) e V (execução do 
trabalho e das tarefas recebidas) do Artigo 39 também constitui falta grave. 
VII - Posse ou Uso de Aparelhos de Comunicação 
Desde 2007, a posse, uso ou fornecimento de aparelhos que permitam comunicação com outros presos ou 
com o exterior, como celulares ou rádios, é considerada falta grave. Isso inclui a posse de componentes 
como chips e baterias. 
VIII - Recusa em Submeter-se ao Procedimento de Identificação Genética 
 
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Incluído na legislação em 2019, a recusa em participar do procedimento de coleta de dados para 
identificação do perfil genético é uma falta grave, dado o papel crítico dessa informação para a segurança e 
investigações criminais. 
Aplicabilidade aos Presos Provisórios 
O parágrafo único deste artigo estabelece que, no que couber, as disposições sobre faltas graves também 
se aplicam aos presos provisórios, reforçando a uniformidade das normas disciplinares dentro do sistema 
penal. 
 
O Art. 50 da LEP enumera condutas que são consideradas faltas graves para aqueles condenados à pena 
privativa de liberdade, incluindo: 
1. Incitação ou participação em movimento para subverter a ordem ou disciplina. 
2. Fuga: Diversas teses do STJ tratam especificamente das questões relacionadas à fuga, 
considerando-as como faltas graves: 
• (Cad. Teses 146, STJ): A inobservância do perímetro estabelecido para o monitoramento 
por tornozeleira eletrônica é uma falta grave, nos termos do art. 50, VI, e do art. 39, V, da 
LEP. 
• (Cad. Teses 146, STJ): A fuga é considerada uma falta grave de natureza permanente, pois o 
ato de indisciplina se prolonga no tempo até a recaptura do apenado. 
• (Cad. Teses 146, STJ): O marco inicial da prescrição para apuração da falta grave em caso de 
fuga é o dia da recaptura do foragido. 
3. Posse indevida de instrumentos capazes de ofender a integridade física de outrem: 
• Jurisprudência em Teses – STJ (Caderno 144 – 20/03/2020): O reconhecimento de falta 
grave prevista no art. 50, III, da Lei n. 7.210/1984 dispensa a realização de perícia no objeto 
apreendido para verificação da potencialidade lesiva, devido à falta de previsão legal para 
tal exigência. 
Implicações das Faltas Graves 
A configuração de uma falta grave pode ter várias implicações significativas para o regime de cumprimento 
da pena do condenado, incluindo a possibilidade de regressão de regime, perda de benefícios 
anteriormente concedidos, e a interrupção do prazo para obtenção de futuras concessões como a 
progressão de regime. 
Artigo 51 da Lei de Execução Penal: Faltas Graves em Penas Restritivas de Direitos 
O Artigo 51 da Lei de Execução Penal (LEP) estabelece as condições sob as quais um condenado à pena 
restritiva de direitos pode cometer falta grave. Essas faltas são especificamente relacionadas ao não 
 
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cumprimento das obrigações impostas pela pena restritiva, diferenciando-se das penas privativas de 
liberdade pelas suas particularidades e consequências. Este artigo é essencial para entender como a 
legislação penal trata as violações das condições impostas a condenações que não envolvem 
encarceramento, mas sim restrições de direitos. 
Incisos do Artigo 51 
1. Descumprimento Injustificado da Restrição Imposta (Inciso I) 
• Este inciso se refere a situações onde o condenado falha, sem justificativa válida, em aderir 
às restrições específicas impostas pela pena. Por exemplo, isso pode incluir a falha em não 
frequentar ou abandonar um programa de reabilitação, desobedecer a uma ordem de 
restrição de contato com certas pessoas ou desrespeitar limites de áreas geográficas que 
não devem ser visitadas. 
2. Retardo Injustificado no Cumprimento da Obrigação Imposta (Inciso II) 
• Aqui, a falta grave é configurada pelo atraso sem causa justificável no cumprimento de 
obrigações determinadas pela sentença, como o pagamento de uma multa, a prestação de 
serviços à comunidade, ou outras obrigações que devem ser realizadas em um tempo 
estipulado pelo juiz. 
3. Inobservância dos Deveres Específicos (Inciso III) 
• Este inciso aplica aos condenados a penas restritivas de direitos os mesmos padrões de 
deveres descritos no Artigo 39, incisos II e V, que incluem a obediência e o respeito aos 
servidores e a execução de tarefas atribuídas. Embora estes deveres sejam mais 
frequentemente aplicados em contextos de encarceramento,eles também são relevantes 
em contextos de penas restritivas de direitos, adaptando-se ao tipo de sanção imposta. 
Consequências do Cometimento de Faltas Graves 
Cometer uma falta grave enquanto está sob uma pena restritiva de direitos pode levar a várias 
consequências legais significativas, incluindo a possibilidade de conversão da pena restritiva de direitos em 
privativa de liberdade. Isto significa que o não cumprimento das condições pode resultar no 
encarceramento do indivíduo, dependendo da gravidade da infração e da decisão judicial. 
Além disso, essas faltas podem impactar negativamente a avaliação do comportamento do condenado, 
influenciando decisões futuras relacionadas a outros benefícios penais ou ajustes na execução da pena. 
Faltas e Sanções Disciplinares na Lei de Execução Penal: Impactos na Progressão de Regime e Outros 
Benefícios 
A Lei de Execução Penal (LEP) do Brasil estabelece um sistema estruturado para a classificação de faltas 
disciplinares cometidas por indivíduos sob custódia penal, detalhando suas consequências, incluindo 
impactos na progressão de regime e outros benefícios penais. 
 
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Classificação das Faltas Disciplinares 
As faltas disciplinares são categorizadas em três níveis conforme a LEP: 
➔ Faltas Leves: Incluem violações menores das normas do estabelecimento penal. As sanções para 
essas faltas geralmente são menos severas, como advertências ou repreensões verbais. 
➔ Faltas Médias: São mais sérias que as faltas leves, mas não chegam ao nível de gravidade das 
faltas graves. Podem resultar em sanções que incluem restrições de alguns direitos como redução 
de tempo de visitação ou suspensão de atividades recreativas. 
➔ Faltas Graves: Incluem atos como fugas, agressões físicas, incitação à rebelião, e outras violações 
significativas da ordem e segurança do estabelecimento penal. As consequências dessas faltas 
são mais rigorosas e têm impactos substanciais na situação penal do indivíduo, incluindo a 
regressão de regime e a suspensão ou perda de benefícios como a progressão de regime. 
Impacto nas Progressões de Regime e Outros Benefícios 
A prática de faltas graves tem implicações diretas e significativas na execução penal do condenado: 
1. Regressão de Regime: Condenados que cometem faltas graves podem ser regredidos para um 
regime mais restritivo. Por exemplo, um condenado no regime semiaberto pode ser regredido para 
o regime fechado se cometer uma falta grave. 
2. Suspensão da Contagem de Prazo para Progressão: O tempo de cumprimento de pena necessário 
para solicitar progressão para um regime menos rigoroso é interrompido quando o condenado 
comete uma falta grave. Isso significa que o relógio para atingir o tempo necessário para 
progressão de regime é resetado, retardando qualquer avanço no cumprimento da pena. 
3. Perda de Benefícios: Benefícios como saídas temporárias ou remições de pena por trabalho ou 
estudo podem ser suspensos ou cancelados como resultado de faltas graves. 
4. Efeitos na Liberdade Condicional e Outras Concessões: Faltas graves podem influenciar 
negativamente as avaliações para concessões como liberdade condicional, pois demonstram falta 
de adaptação do condenado ao regime penal e às normas de conduta. 
Procedimento Disciplinar 
A aplicação de sanções disciplinares segue um procedimento formal que assegura o direito de defesa do 
acusado. Uma vez que uma falta é alegada, um procedimento disciplinar é instaurado, permitindo ao 
acusado apresentar sua defesa. As sanções são aplicadas com base na gravidade da falta e nas 
circunstâncias individuais do condenado. 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
 
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III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento 
coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
RECOMPENSAS POR BOM COMPORTAMENTO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO: ENTENDENDO O 
ARTIGO 56 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
No contexto do sistema penitenciário brasileiro, o Artigo 56 da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210) 
estabelece as recompensas para presos que demonstram bom comportamento, 
colaboram com a disciplina e dedicam-se ao trabalho. Essas recompensas são parte fundamental da gestão 
penitenciária, visando incentivar comportamentos positivos e a reabilitação dos detentos. As recompensas 
previstas pelo Artigo 56 são: 
• Elogio: Esta recompensa reconhece formalmente o comportamento positivo do detento. O elogio 
pode ser um poderoso motivador, contribuindo para a autoestima do preso e encorajando-o a 
manter condutas positivas. 
• Concessão de Regalias: Além do elogio, a lei também prevê a possibilidade de concessão de 
regalias. Estas podem variar e são estabelecidas de acordo com a legislação local e regulamentos 
específicos. As regalias podem incluir, por exemplo, maior tempo de visita, acesso a atividades 
recreativas ou educacionais, entre outras. 
É importante notar que o Parágrafo Único do Artigo 56 determina que a natureza e a forma de concessão 
dessas regalias sejam estabelecidas pela legislação local e pelos regulamentos pertinentes. Isso indica uma 
certa flexibilidade e adaptação às especificidades de cada unidade prisional e contexto regional. 
A aplicação dessas recompensas é crucial para criar um ambiente prisional mais humanizado e propício à 
reinserção social dos detentos. Além disso, reconhecer e recompensar o bom comportamento é uma 
forma de reforçar positivamente as atitudes desejáveis, contribuindo para a segurança e a ordem dentro 
das unidades prisionais. 
CLASSIFICAÇÃO E GESTÃO DE FALTAS DISCIPLINARES NO SISTEMA PENITENCIÁRIO 
BRASILEIRO: ANÁLISE DO ARTIGO 49 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
O Artigo 49 da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210) desempenha um papel crucial na regulamentação do 
comportamento dos detentos no sistema penitenciário brasileiro. Este artigo classifica as faltas 
disciplinares em três categorias: leves, médias e graves, estabelecendo um marco legal para a 
administração da disciplina nas instituições penitenciárias. 
1. Classificação das Faltas Disciplinares: 
• Faltas Leves e Médias: O Artigo 49 especifica que as faltas leves e médias, assim como as suas 
respectivas sanções, serão determinadas pela legislação local. Isso permite que cada estado ou 
 
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unidade da federação adeque as normas disciplinares às suas realidades e necessidades específicas, 
garantindo uma abordagem mais personalizada e eficaz no gerenciamento da disciplina. 
• Faltas Graves: Embora o Artigo 49 não especifique quais são as faltas graves, ele estabelece que 
estas devem ser tratadas de maneira mais severa. Normalmente, faltas graves incluem atos que 
ameaçam a segurança e a ordem dentro das instituições penitenciárias, como violência contra 
outros detentos ou funcionários, tentativas de fuga, entre outros. 
2. Gestão e Consequências das Faltas: 
• Legislação Local: A delegação de poderes para a legislação local permite que cada unidade prisional 
adapte suas regras e sanções de acordo com as circunstâncias particulares e necessidades. Isso é 
essencial para a gestão eficiente e apropriada do comportamento dos detentos. 
• Sanções Correspondentes: O artigo também menciona que a tentativa de cometer uma falta é 
punida com a mesma sanção da falta consumada. Isso significa que mesmo os atos não concluídos, 
mas que visavam infringir as regras, serão tratados com seriedade. 
3. Importância da Classificação: 
• Prevenção e Controle: A classificação das faltas disciplinares ajuda na prevenção e no controle de 
comportamentos indesejáveis, mantendo a ordem e a segurança dentro das instituições. 
• Reabilitação: Esta abordagem também é fundamental para os processos de reabilitação, onde os 
detentos são encorajados a manterum bom comportamento e a cumprir as regras, contribuindo 
para sua reintegração na sociedade. 
O Artigo 49, portanto, estabelece uma estrutura clara para a classificação e gestão de faltas disciplinares 
no sistema penitenciário, enfatizando a importância de um sistema disciplinar justo e adaptável às 
diferentes realidades das unidades prisionais brasileiras. 
Resumo: 
• as faltas disciplinares são classificadas em leves, médias e graves, e a legislação local 
especificará as médias e leves, bem como as respectivas sanções, como estabelecido no Artigo 
49. 
ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL. (COSTUMA CAIR) 
No sistema de execução penal brasileiro, diversos órgãos trabalham de forma integrada para assegurar que 
a justiça seja realizada de maneira eficaz e humanizada. Estes órgãos, estabelecidos no Art. 61 da Lei de 
Execução Penal (LEP), têm funções específicas e complementares, fundamentais para a administração da 
justiça penal e o processo de reintegração social dos condenados. 
 
 
 
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1. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA (CNPCP): 
• Função: O CNPCP atua na formulação de diretrizes para as políticas de execução penal, buscando 
melhorar o sistema penitenciário nacional. 
• Analogia: Pode ser comparado ao "planejador urbano" que define as diretrizes para o 
desenvolvimento e organização de uma cidade. 
2. JUÍZO DA EXECUÇÃO: 
• Função: É o órgão do Poder Judiciário responsável por supervisionar e fiscalizar a execução das 
penas, garantindo que as sanções sejam aplicadas conforme a lei. 
• Metáfora: Atua como um "árbitro" que assegura que as regras do jogo penal sejam seguidas. 
3. MINISTÉRIO PÚBLICO: 
• Função: Fiscaliza a execução das penas, defendendo a ordem jurídica e o regime democrático, e 
zela pelo respeito aos direitos dos presos. 
• Papel: É o "guardião" dos direitos sociais e individuais dentro do contexto penal. 
4. CONSELHO PENITENCIÁRIO: 
• Função: Consiste em um órgão consultivo e fiscalizador da execução penal, oferecendo pareceres e 
inspecionando os estabelecimentos penais. 
• Exemplo: Funciona como um "inspetor de qualidade" que avalia e reporta as condições dos 
estabelecimentos penais. 
5. DEPARTAMENTOS PENITENCIÁRIOS: 
• Função: Administram o sistema penitenciário, executando diretamente as disposições da LEP e 
gerenciando os recursos humanos e materiais. 
• Analogia: São os "gestores operacionais" do sistema, cuidando da infraestrutura e do dia a dia dos 
estabelecimentos penais. 
6. PATRONATO: 
• Função: Presta assistência aos egressos, ou seja, aqueles que foram liberados do sistema prisional, 
ajudando em sua reintegração à sociedade. 
• Simbolismo: Atua como um "guia" que auxilia o ex-detento a se reencontrar na sociedade. 
7. CONSELHO DA COMUNIDADE: 
• Função: Composto por cidadãos, representa a comunidade no acompanhamento da execução 
penal, promovendo a ligação entre sociedade e o sistema penitenciário. 
 
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• Papel: É a "voz da comunidade" dentro do sistema de execução penal. 
8. DEFENSORIA PÚBLICA: 
• Função: Garante assistência jurídica integral e gratuita aos que não têm recursos para contratar um 
advogado, assegurando o acesso à justiça. 
• Metáfora: É o "defensor" dos direitos dos presos, atuando como advogado para aqueles que não 
podem pagar por um. 
ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL 
• Artigo(s): Art. 61, I a VIII 
• Conceito: A Lei define órgãos responsáveis pela execução penal, incluindo Conselho da 
Comunidade, Ministério Público, entre outros, mas não inclui os Agentes 
Penitenciários como um órgão da execução penal. 
A Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984) define claramente os órgãos responsáveis 
pela execução penal no Brasil, conforme o Artigo 61: 
1. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária: Responsável por propor diretrizes da 
política criminal, administrar a justiça criminal e a execução das penas e medidas de segurança. 
2. Juízo da Execução: Órgão do Poder Judiciário encarregado de supervisionar e fiscalizar a execução 
das penas. 
3. Ministério Público: Atua como fiscal da lei, zelando pelo correto cumprimento das disposições 
legais e constitucionais no processo de execução penal. 
4. Conselho Penitenciário: Conselho composto por membros nomeados que desempenham um papel 
consultivo e fiscalizador dentro do sistema penitenciário. 
5. Departamentos Penitenciários: Órgãos estaduais ou federais responsáveis pela administração do 
sistema penitenciário. 
6. Patronato: Instituição voltada para a assistência de egressos do sistema penitenciário, auxiliando 
na reintegração social. 
7. Conselho da Comunidade: Órgão composto por cidadãos da comunidade, que atua junto ao 
sistema penitenciário e judiciário, visando a melhoria das condições de execução penal. 
8. Defensoria Pública: Incluída pela Lei nº 12.313 de 2010, a Defensoria Pública tem a função de 
garantir assistência jurídica aos condenados e internados, especialmente àqueles sem recursos para 
contratar advogado próprio. 
 
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• Artigo 80, não é atribuição do Conselho da Comunidade orientar os condenados à 
pena restritiva de direitos, mas sim realizar outras atividades como inspeção dos 
estabelecimentos penais e auxílio na reintegração social dos egressos. 
O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), conforme estipulado no Artigo 63 da Lei 
nº 7.210, é um órgão composto por 13 membros. Esses membros são designados por meio 
de um ato do Ministério da Justiça. A seleção dos integrantes do Conselho abrange um espectro 
diversificado de profissionais e representantes, incluindo professores e profissionais das áreas de Direito 
Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas. Além disso, também inclui representantes da 
comunidade e dos Ministérios da área social. 
O mandato de cada membro do Conselho tem a duração de dois anos. Para assegurar a continuidade e 
Disciplinaa renovação das ideias dentro do Conselho, um terço dos membros é renovado anualmente. 
Essa estrutura tem como objetivo garantir que o CNPCP, que está subordinado ao Ministério da Justiça e 
tem sua sede na Capital da República, possa cumprir eficientemente suas funções dentro do sistema de 
política criminal e penitenciária do país. 
 
EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE. 
 
A execução das penas em espécie é um processo complexo e multifacetado que envolve várias etapas e 
órgãos do sistema judiciário. A Lei de Execução Penal (LEP) detalha procedimentos específicos para a 
execução de diferentes tipos de penas, desde a restritiva de direitos até a privativa de liberdade. Vou 
explorar esses processos detalhadamente, utilizando várias técnicas textuais para facilitar o entendimento. 
Execução de Penas Restritivas de Direitos - Arts. 147 a 149 da LEP: Estas penas são alternativas à prisão e 
podem incluir serviços comunitários ou limitações de fim de semana. Após a sentença, o juiz pode alterar a 
forma de cumprimento dessas penas para se adaptar às circunstâncias individuais do condenado. Por 
exemplo, se um condenado tem um emprego durante a semana, o serviço comunitário pode ser 
programado para os fins de semana. Imagine isso como ajustar o cronograma de um estudante para 
acomodar outras responsabilidades. 
Limitação de Fim de Semana - Art. 151 da LEP: A limitação de fim de semana é uma forma de penalidade 
onde o condenado deve se apresentar em uma instituição para cumprir atividades durante o fim de 
semana. Isso pode incluir assistir a cursos ou palestras, um pouco como aulas de recuperação escolar. 
Interdição Temporária de Direitos - Art. 154 da LEP: Em casos onde certos direitos são interditados, como 
a proibição de exercer uma profissão, o juiz comunica a autoridade competente para que as medidas 
necessárias sejam tomadas. Isso é semelhante a um aluno suspenso que não pode frequentar aulas até 
que a suspensão seja levantada. 
Suspensão Condicional da Pena -Arts. 156 a 158 da LEP: A suspensão condicional é uma espécie de 
"teste" onde o cumprimento da pena pode ser suspenso sob certas condições, como a prestação de 
 
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serviços à comunidade ou não cometer mais crimes. É um pouco como um período probatório em um 
novo emprego. 
Conversão de Penas - Art. 180 da LEP: Penas privativas de liberdade podem ser convertidas em restritivas 
de direitos. Isso depende de fatores como o regime em que o condenado está (por exemplo, regime 
aberto) e o cumprimento de parte da pena. Imagine isso como mudar de um trabalho em tempo integral 
para um em meio período com diferentes responsabilidades. 
Anistia e Indulto - Arts. 187 a 190 da LEP: Anistia e indulto são formas de perdão das penas. A anistia é 
declarada pelo juiz e resulta na extinção da punibilidade, enquanto o indulto pode ser solicitado e, se 
concedido, também resulta na extinção ou comutação da pena. Isso pode ser comparado a ter todas as 
faltas perdoadas por um professor devido a circunstâncias excepcionais. 
 
PRISÃO DOMICILIAR NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP) 
Artigo: Art. 117 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) 
Conceito e Aplicabilidade 
A prisão domiciliar, como regulamentada pelo Art. 117 da Lei de Execução Penal (LEP), constitui uma 
modalidade alternativa de cumprimento de pena. Esta modalidade permite que o condenado cumpra sua 
pena em casa, em vez de em uma instituição prisional, sob determinadas condições. 
Um ponto crucial a destacar é que a concessão de prisão domiciliar não é automática com base na idade 
do condenado. A LEP não prevê essa concessão baseada apenas nesse critério. Em vez disso, a lei exige 
uma análise detalhada de outros fatores relevantes, especialmente as condições de saúde do condenado e 
a adequação desse regime ao seu caso específico. 
Fatores Considerados para Concessão 
• Condições de Saúde: A saúde do condenado é um fator primordial. Doenças graves ou condições 
que exigem cuidados especiais podem ser motivos para a concessão de prisão domiciliar. 
• Idade: Embora a idade por si só não seja um fator determinante, ela pode ser considerada em 
conjunto com questões de saúde e vulnerabilidade. 
• Outros Critérios: Aspectos como a gravidade do crime cometido, o comportamento do 
condenado durante a execução da pena e a necessidade de cuidados especiais que não podem 
ser prestados no estabelecimento prisional também são avaliados. 
ATENÇÃO: 
a Lei de Execução Penal não prevê a concessão automática de prisão domiciliar com base apenas na 
idade do condenado. Outros fatores, como condições de saúde, são considerados para a concessão 
desse benefício. 
 
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Importância da Prisão Domiciliar 
A prisão domiciliar é uma ferramenta importante no sistema de justiça penal, pois permite: 
• Melhor gestão do sistema prisional, evitando superlotação. 
• Proporcionar cuidados adequados a condenados com necessidades especiais de saúde. 
• Permitir uma reintegração mais eficaz do condenado à sociedade, especialmente em casos de 
enfermidades graves., 
Observações Finais 
A análise para a concessão de prisão domiciliar deve ser minuciosa e individualizada, levando em 
consideração o bem-estar do condenado, as condições do sistema prisional e os interesses da justiça. 
Portanto, profissionais e estudantes da área jurídica devem estar cientes de que a idade, isoladamente, 
não é um critério suficiente para a obtenção deste benefício. 
 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE. 
 
As penas privativas de liberdade, como o próprio nome indica, são aquelas em que o condenado perde o 
direito de ir e vir, sendo a reclusão e a detenção as mais comuns. No entanto, o Código Penal brasileiro e a 
Lei de Execução Penal (LEP) preveem possibilidades de suspensão ou mesmo conversão dessas penas em 
determinadas circunstâncias, o que reflete um sistema que busca a reabilitação do indivíduo além da mera 
punição. Vamos explorar esses aspectos com detalhes, usando várias técnicas textuais para uma 
compreensão ampla e didática. 
Suspensão Condicional da Pena (Sursis) - Arts. 156 a 163 da LEP: A suspensão condicional da pena, 
conhecida como "sursis", é uma medida que suspende a execução da pena de prisão por um período de 
tempo, que pode variar de 2 a 4 anos, desde que o condenado cumpra certas condições impostas pelo juiz. 
Esta suspensão é aplicável a penas privativas de liberdade que não ultrapassem dois anos e depende de 
uma série de fatores, como a natureza do crime, antecedentes do réu e outras circunstâncias que o juiz 
considerar relevantes. 
A ideia é similar a um "teste": o condenado recebe uma oportunidade de demonstrar que pode seguir as 
normas da sociedade sem a necessidade de estar recluso. Durante o período de suspensão, ele deve 
obedecer a condições como não cometer novos crimes e comparecer periodicamente perante a 
autoridade ou entidade designada para confirmar o cumprimento das condições estabelecidas. Se ele 
falhar em cumprir estas condições, a suspensão pode ser revogada e a pena original de prisão será então 
executada. 
Conversão de Penas Privativas de Liberdade em Restritivas de Direitos - Art. 180 da LEP: Em alguns casos, 
a pena de prisão pode ser convertida em penas restritivas de direitos, que são alternativas à reclusão e 
podem incluir medidas como prestação de serviços à comunidade ou limitação de fim de semana. Para que 
 
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a conversão seja possível, o condenado deve estar cumprindo a pena em regime aberto e ter cumprido 
pelo menos um quarto da pena original. Além disso, a personalidade e os antecedentes do condenado 
devem indicar que ele é um bom candidato para essa substituição de penas. 
Esta conversão é um pouco como mudar a estratégia durante um jogo: em vez de continuar no caminho 
que parece não estar funcionando (a prisão), opta-se por uma abordagem que pode ser mais benéfica para 
o condenado e para a sociedade, permitindo que ele permaneça em liberdade enquanto contribui 
positivamente para a comunidade. 
ASPECTOS IMPORTANTES DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP) 
A Lei de Execução Penal (Lei n° 7.210/84) estabelece normas fundamentais para o sistema penal brasileiro. 
Quatro artigos dessa lei abordam aspectos distintos da execução penal e merecem atenção especial: 
ART. 108 - INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO: 
• Conceito: Determina que, se um condenado desenvolver doença mental durante o 
cumprimento da pena, ele será internado em um Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico. 
• Importância: Esta medida visa garantir o tratamento adequado ao condenado, respeitando 
suas necessidades de saúde mental e a segurança pública. 
ART. 107 - NECESSIDADE DE GUIA PARA RECOLHIMENTO: 
• Conceito: Estabelece que ninguém será recolhido para cumprimento de pena privativa de 
liberdade sem uma guia expedida pela autoridade judiciária. 
• Finalidade: Assegura que o encarceramento se dê com base em decisão judicial formal, 
evitando arbitrariedades e erros administrativos. 
ART. 106, § 2° - RETIFICAÇÃO DA GUIA DE RECOLHIMENTO: 
• Conceito: Determina que a guia de recolhimento deve ser retificada sempre que houver 
alterações relativas ao início da execução ou à duração da pena. 
• Relevância: Garante que as mudanças na execução da pena, como reduções por bom 
comportamento ou extensões por infrações, sejam formalmente registradas. 
ART. 109 - LIBERAÇÃO APÓS CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO DA PENA: 
• Conceito: Prevê que o condenado será posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, após 
cumprida ou extinta a pena, a menos que esteja preso por outro motivo. 
• Significado: Reforça o princípio de que ninguém pode ser mantido em prisão além do tempo 
determinado pela Justiça, assegurando o cumprimento justo da pena. 
 
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• a lei estabelece que, após o cumprimento ou extinção da pena, o condenado deve ser posto em 
liberdade, mas isso ocorre mediante alvará do JuizREGIMES. 
 
A abordagem dos regimes de cumprimento de pena é de fato um tema frequentemente abordado em 
concursos públicos, especialmente na área de Direito Penal e Execução Penal. A Lei de Execuções Penais 
(LEP) e o Código Penal brasileiro são as principais fontes legislativas que regem esta matéria. Vamos 
explorar em detalhes os aspectos mais relevantes: 
REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA NO CÓDIGO PENAL 
REGIME FECHADO: 
• Aplicado para penas superiores a 8 anos. 
• O condenado permanece em estabelecimento de segurança máxima ou média. 
REGIME SEMIABERTO: 
• Para condenados não reincidentes, com penas superiores a 4 anos e que não excedam 8 
anos. 
• Permite ao condenado o trabalho e estudo fora do estabelecimento penal, mas exige 
retorno ao presídio durante a noite e nos dias de folga. 
REGIME ABERTO: 
• Destinado a condenados não reincidentes, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos. 
• O cumprimento da pena ocorre em casa de albergado ou estabelecimento similar. 
 
SOMA DAS PENAS CONFORME A LEI DE EXECUÇÕES PENAIS (LEP) 
• Art. 111 da LEP: Estabelece que, no caso de múltiplas condenações em processos distintos, o 
regime de cumprimento será determinado pela soma das penas. 
• Regressão de Regime: Se houver nova condenação durante o cumprimento de uma pena, a nova 
pena é somada ao restante da pena em curso. Isso pode resultar na regressão do regime, ou seja, a 
passagem para um regime mais rigoroso. 
EXEMPLOS PRÁTICOS 
 
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• Caso 1: Regime Semiaberto para Pena de 6 Anos: Um indivíduo condenado por um crime, sem 
reincidência, a uma pena de 6 anos deve iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto. 
• Caso 2: Regressão de Regime por Nova Condenação: Um apenado em regime semiaberto que 
recebe uma nova condenação de 3 anos, tendo ainda 2 anos da pena original a cumprir, terá uma 
soma total de 5 anos, o que pode resultar na regressão para o regime fechado. 
QUESTÕES DE REVISÃO 
1. Qual é o regime aplicável a uma pena de 10 anos para um condenado não reincidente? 
2. Como a soma das penas afeta o regime de cumprimento em casos de múltiplas condenações? 
DICAS DE ESTUDO 
• Memorização: Associe cada faixa de pena a seu respectivo regime. Visualize uma escala crescente 
de gravidade das penas e seus regimes correspondentes. 
• Exercícios Práticos: Tente criar cenários hipotéticos e determine o regime de cumprimento 
baseado nas regras do CP e da LEP. 
 
Critério Regime 
Inicial 
Condenações 
Múltiplas 
Nova Condenação 
Durante 
Cumprimento 
Possibilidade de 
Regressão 
Pena > 8 
anos 
Fechado Soma das penas Soma da nova pena 
com a restante 
Sim, se a soma o 
justificar 
4 anosA declaração de extinção da punibilidade implica que o condenado não 
está mais sujeito às consequências legais de sua condenação anterior. Isso pode incluir a remoção 
de registros criminais, a restauração de direitos e a cessação de penalidades em andamento. 
• Inclusão de Diversos Atores: O fato de que a anistia pode ser iniciada por várias partes, incluindo o 
próprio condenado, o Ministério Público e o Conselho Penitenciário, demonstra um sistema de 
justiça penal que permite a participação de diversos atores no processo de execução penal. 
Em resumo, o Artigo 187 da LEP fornece um mecanismo pelo qual indivíduos condenados podem ter sua 
punibilidade extinta através do processo de anistia. Essa disposição reflete a capacidade do sistema 
jurídico de adaptar-se e responder a contextos políticos e sociais em mudança, ao mesmo tempo em que 
oferece um caminho para a redenção e a reintegração de indivíduos ao tecido social. 
Texto Didático: Anistia e Indulto em Concursos Públicos 
Introdução 
Este texto visa esclarecer os conceitos de anistia e indulto, conforme descritos no Capítulo III de uma 
legislação hipotética, para candidatos a concursos públicos. O objetivo é apresentar uma explicação clara e 
concisa dos artigos 187 a 193, facilitando a compreensão desses temas importantes no âmbito do Direito 
Penal. 
Artigo 187: Anistia e Extinção da Punibilidade 
A anistia é uma medida que resulta na extinção da punibilidade. Isso significa que, uma vez concedida a 
anistia, o juiz é obrigado a declarar que a pessoa não é mais passível de punição pelo delito cometido. Essa 
declaração pode ser iniciada pelo próprio juiz, pelo interessado, pelo Ministério Público, pela autoridade 
administrativa ou pelo Conselho Penitenciário. 
 
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Artigo 188: Indulto Individual 
O indulto individual é um perdão concedido a um condenado. Diferente da anistia, que é geral e abrange 
um grupo de pessoas, o indulto é específico para um indivíduo. Ele pode ser solicitado pelo próprio 
condenado, pelo Ministério Público, pelo Conselho Penitenciário ou pela autoridade administrativa. 
Artigo 189: Processo de Petição do Indulto 
A petição para o indulto deve ser acompanhada dos documentos necessários e entregue ao Conselho 
Penitenciário. Este órgão é responsável por elaborar um parecer sobre o pedido e encaminhá-lo ao 
Ministério da Justiça. 
Artigo 190: Avaliação do Conselho Penitenciário 
O Conselho Penitenciário analisa o processo e o histórico do condenado. Ele realiza as investigações 
necessárias, relatando o crime, a sentença e o comportamento do condenado após a prisão. Com base 
nisso, emite um parecer sobre o pedido de indulto. 
Artigo 191: Decisão Presidencial sobre o Indulto 
Após o processo no Ministério da Justiça, incluindo os documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, 
a petição do indulto é submetida ao Presidente da República. Este tem a autoridade para decidir sobre o 
indulto. 
Artigo 192: Efeitos do Indulto Concedido 
Quando o indulto é concedido, o juiz tem o dever de declarar extinta a pena ou ajustar a execução da pena 
conforme o decreto de indulto, especialmente em casos de comutação de pena. 
Artigo 193: Indulto Coletivo 
Similar à anistia, o indulto coletivo beneficia um grupo de condenados. Nesse caso, o juiz deve providenciar 
a extinção da pena ou ajuste da execução, seguindo o processo similar ao descrito para o indulto 
individual. 
 
 
Conclusão 
Entender os conceitos de anistia e indulto é crucial para candidatos a concursos públicos, especialmente na 
área jurídica. Estes artigos descrevem o processo pelo qual essas medidas são solicitadas e concedidas, 
enfatizando a importância do sistema judiciário no processo de revisão e concessão de anistia e indulto. 
Compreender estes processos ajuda a formar uma base sólida de conhecimento legal, essencial para 
qualquer profissional do Direito. 
 
 
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A GRAÇA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O CRIME HEDIONDO 
Introdução 
Este texto é direcionado a candidatos de concursos públicos e tem como objetivo explicar a concepção de 
"graça" no contexto da Constituição Federal brasileira, especialmente em relação ao seu inciso XLIII do 
artigo 5º. A compreensão deste conceito é essencial para quem se prepara para concursos na área jurídica 
ou afins. 
Entendendo a Graça na Legislação Brasileira 
A "graça" é um termo jurídico que se refere ao perdão de uma pena imposta a um condenado. Diferente 
do indulto, que é coletivo, a graça é individual. Ela representa uma das formas de clemência que o Estado 
pode conceder, manifestando uma espécie de misericórdia jurídica. 
A Graça na Atual Constituição Federal 
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, observou-se um período de esquecimento em 
relação à aplicação da graça. Contudo, o inciso XLIII do artigo 5º buscou ressuscitar esse conceito, 
trazendo-o de volta ao cenário jurídico. Esse movimento demonstra um reconhecimento da importância da 
graça como instrumento de justiça e humanidade. 
 
Limitação da Graça: Crime Hediondo 
No entanto, a Constituição impõe uma limitação significativa ao uso da graça: ela não pode ser aplicada 
aos autores de crime hediondo. Crimes hediondos são considerados de extrema gravidade e incluem 
delitos como homicídio qualificado, latrocínio, estupro, entre outros. A proibição da concessão de graça a 
esses criminosos reflete uma postura mais rígida do Estado frente a crimes de alta repugnância social. 
Conclusão 
A compreensão da dinâmica da graça na legislação brasileira, especialmente no que tange a sua relação 
com crimes hediondos, é crucial para candidatos a concursos públicos. Ela demonstra não apenas o caráter 
jurídico dessa clemência, mas também revela aspectos da política criminal e dos valores sociais vigentes. 
Entender esse equilíbrio entre misericórdia e justiça é fundamental para qualquer profissional que atue ou 
aspire atuar no sistema jurídico brasileiro. 
 
 
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Como é cobrado: 
Questão 11 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, é INCORRETO afirmar que: 
Alternativas 
A) O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da medida 
de segurança. 
B) A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
C) A Lei de Execuções Penais não aplicar-se-á ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
D) Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela 
lei. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 
 
Questão 12 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, os condenados serão 
classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da 
execução penal. A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o 
programa individualizador da pena privativa de liberdade. Esta Comissão deverá ser composta, no 
mínimo, por dois chefes de serviço e: 
Alternativas 
A) Um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social. 
B) Um psicólogo, um assistente social e um enfermeiro. 
C) Um psiquiatra, um assistente social e um enfermeiro. 
D) Um assistente social, um farmacêutico e um psicólogo. 
 
 
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Questão 13 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
No ano de 2012 a Lei de Execução Penal teve incluído um artigo que determina que os determinados 
condenados serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração 
de DNA – ácido desoxirribonucleico.Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. A técnica utilizada deve ser adequada e indolor. 
II. Serão submetidos ao procedimento exclusivamente os condenados por crimes sexuais. 
III. A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito 
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. 
IV. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II e III. 
B) I, III e IV. 
C) I, II e IV. 
D) II, III e IV. 
 
Questão 14 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei de Execução Penal, a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando 
prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Sobre o tema, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
Alternativas 
A) A assistência estende-se ao egresso. 
B) A assistência será material, à saúde, jurídica, sexual, educacional e religiosa. 
C) A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
D) O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades 
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela 
Administração. 
 
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Questão 15 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Nos termos da Lei de Execução Penal, a assistência à saúde do preso e do internado terá caráter 
Alternativas 
A) preventivo e compreenderá atendimento médico e farmacêutico. 
B) curativo e compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
C) curativo e retributivo e compreenderá atendimento médico, odontológico e psicológico. 
D) preventivo e curativo e compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
 
Questão 16 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Estabelece a Lei de Execução Penal que a assistência social tem por finalidade amparar o preso e o 
internado e prepará-los para o retorno à liberdade. NÃO incumbe ao serviço de assistência social: 
Alternativas 
A) Conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames. 
B) Apurar a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo. 
C) Promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação. 
D) Acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias. 
 
 
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Questão 17 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Assinale a alternativa que contenha a descrição condenado que NÃO seria egresso para os efeitos da Lei 
de Execução Penal: 
Alternativas 
A) Fulano de Tal, em suspensão condicional da pena. 
B) Fulano de Tal, liberado condicional, durante o período de prova. 
C) Fulano de Tal, liberado condicional, que teve prorrogado o seu período de prova. 
D) Fulano de Tal, liberado definitivo, tendo saído do estabelecimento prisional há seis meses. 
 
Questão 18 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Sobre as Disposições Gerais que a Lei de Execução Penal estabelece quanto ao Trabalho do condenado, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa 
e produtiva. 
II. Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. 
III. O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. 
IV. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
Estão corretas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
 
 
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Questão 19 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Questão anulada 
Sobre o tratamento que a Lei de Execução Penal dá ao Trabalho Externo, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
Alternativas 
A) A prestação de trabalho à entidade privada independe do consentimento expresso do preso. 
B) A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de 
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de um sexto da pena. 
C) Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, 
for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
D) O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que 
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 
Questão 20 
Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário 
Segundo a Lei de Execução Penal, cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu 
estado, submeter-se às normas de execução da pena. Sobre os deveres dos presos, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. Urbanidade e respeito no trato com os demais condenados. 
II. Indenização à vítima ou aos seus sucessores. 
III. Conservação dos objetos de uso pessoal. 
IV. Indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante 
desconto proporcional da remuneração do trabalho. 
Estão corretas as afirmativas 
Alternativas 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) III e IV, apenas. 
D) I, II e III, apenas. 
 
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Respostas 11: C 12: A 13: B 14: B 15: D 16: B 17: A 18: A 19: A 20: A 
 
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