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ENSINO FUNDAMENTAL Material para professor(a) e para estudante SABERES DO TRÂNSITO Educação para o trânsito, educação para a vida Saberes do Trânsito Educação para o trânsito, educação para a vida 8° ano – Ensino Fundamental Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET) Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) LabTrans Florianópolis, 2021 Saberes do Trânsito Educação para o trânsito, educação para a vida 8° ano – Ensino Fundamental Flavio De Mori e Jorge Luiz Silva Hermenegildo (organizadores) Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Universitário - UFSC - Trindade - Caixa Postal 5005 CEP 88040-970 - Florianópolis - Santa Catarina contato@labtrans.ufsc.br - www.labtrans.ufsc.br Supervisão Flavio De Mori Capa João Luiz Martins Edição Eletrônica João Luiz Martins Ilustrações Paulo Roberto Xavier Revisão Bárbara Farias da Silva Bianca Franchini da Silva Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica elaborada por Guilherme Goulart Righetto – CRB 14/1622 Nota: a presente obra foi produzida a partir dos produtos desenvolvidos durante a execução do Objeto 3 – Educação para o Trânsito do Termo de Execução Descentralizada (TED) 448/2017 firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Saberes do trânsito : educação para o trânsito, educação para a vida : 8º ano : ensino fundamental / Flavio De Mori, Jorge Luiz Silva Hermenegildo (orgs.). – 1. ed. – Florianópolis : LabTrans/UFSC, 2021. 216 p. : il. Inclui Bibliografia ISBN 978-65-00-31476-2 1. Educação para o trânsito. 2. Ensino Fundamental. 3. LabTrans/UFSC. I. Título. CDU: 37:656.05 S115 Essa obra é licenciada por uma Licença Pública Creative Commons do tipo: Você tem o direito de: • Compartilhar – Copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. • Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material. De acordo com os seguintes termos e condições: Atribuição – Você deve dar crédito apropriado aos autores originais da forma especificada pelos autores ou licenciantes. Uso não comercial – Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais. Compartilhamento pela mesma licença – Se você alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta, você somente poderá distribuir a obra resultante sob uma licença idêntica a esta. Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita. Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro, para outros, os termos da licença desta obra — Licença Jurídica (licença integral): https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/. Termo de Execução Descentralizada (TED) 448/2017, processo 50600.029289/2017-12, assinado em 06 de julho de 2017, publicado no DOU Nº 132, quarta-feira, 12 de julho de 2017. Estudos, pesquisas, ferramentas e programas de capacitação para prover suporte à gestão de competências da CGPERT vinculadas às áreas de segurança viária, infrações e operações rodoviárias DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT Antônio Leite dos Santos Filho Diretor-Geral Euclides Bandeira de Souza Neto Diretor Executivo Lucas Alberto Vissotto Júnior Diretor de Infraestrutura Rodoviária - Substituto Bráulio Fernando Lucena Borba Junior Coordenador-Geral de Operações Rodoviárias Davi Costa Melo Coordenador de Operações Julio Cesar Donelli Pelizzon Coordenação de Multas e Educação para o Trânsito UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC Ubaldo Cesar Balthazar Reitor Edson Roberto De Pieri Diretor do Centro Tecnológico Wellington Longuini Repette Chefe do Departamento de Engenharia Civil LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS Amir Mattar Valente Coordenador-Geral Valter Zanela Tani Coordenador de Projetos As atividades pedagógicas transversais de Educação para o Trânsito disponibilizadas nesta publicação foram desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET) no âmbito do TED.448/2017 Coordenação Flavio De Mori Jorge Luiz Silva Hermenegildo Elaboração das atividades pedagógicas Aline Martins de Souza Cristiane Guimarães Daiane Eckardt Derlam Daniel Godinho Berger Flavio De Mori Francieli Triches Irene Rios da Silva Jorge Luiz Silva Hermenegildo Jussara Brigo Leandro Costa Luciana Paula Bonetti Silva Maeli Faé Maria Flavia Barbosa Xavier Marlise Medeiros Nunes Samara Laís Zimermann Sidneya Magaly Gaya Tatiana de Oliveira Santana Apoio técnico e operacional Camila Costa da Cunha Deucélia Eva Pedroso Guilherme Goulart Righetto Léia Mayer Eyng Luiza Estefano Mariana Roncale Martins Projeto gráfico Flavio De Mori João Luiz Martins Paulo Roberto Xavier Diagramação João Luiz Martins Ilustrações Paulo Roberto Xavier Revisão Bárbara Farias da Silva Bianca Franchini da Silva (Coordenação) Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra. Anísio Teixeira Prefácio Ao falarmos em Educação para o Trânsito no contexto do Programa Conexão DNIT, estamos nos referindo a um processo de mudança com a inserção de temas contemporâneos transversais de urgência e de emergência social nas escolas. Em Saberes do trânsito – Educação para o trânsito, educação para a vida, é possível perceber um inovador e diferenciado caminho para trabalhar a transversalidade das temáticas do trânsito, de modo integrado, interdisciplinar e transdisciplinar. Por meio de processos intensivos em conhecimento, o Programa Conexão DNIT foi concebido e desenvolvido, sendo resultado da união de esforços do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), através do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET), do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans). Como conjunto inicial, as 143 atividades pedagógicas formuladas pelo Programa, que integram essa coleção de livros para os nove anos do Ensino Fundamental, podem promover uma viagem emocionante! Através do diálogo com a realidade de cada escola e de cada educador e, ainda, da condução, para os estudantes, de uma oportunidade singular de desenvolver a Educação para o Trânsito no cotidiano, as atividades foram construídas para a prática integrada com as áreas de conhecimento do Ensino Básico e para o trabalho de forma efetiva, dinâmica e lúdica. Esta publicação oportuniza o contato com um conjunto de atividade pedagógicas, alinhadas com estratégias de aprendizagem integradas e conectadas a diversos conceitos que buscam sensibilizar e mobilizar o coração das pessoas para um olhar diferenciado para o ato de transitar, sendo eles: • Conexão com o útil – atividades criativas, simples, educativas, direcionadas para as práticas pedagógicas e, ao mesmo tempo, livres para cocriação. • Conexão com o dialógico – atividades que são completas, estruturadas e leves, e que promovem movimentos com flexibilidade. • Conexão com o sustentável – atividades que propiciam a análise dos valores e das responsabilidades sociais, coletivas e participativas. • Conexão com o humano – atividades que são significativas, funcionais, bonitas e surpreendentes, e que impactam as pessoas para a busca de atitudes conscientes e seguras ao transitar. Em cada atividade pedagógica, abrem-se possibilidades de inserção dos temas do trânsito nas práticas pedagógicas cotidianas, de modo a despertar o interesse dos estudantes para a percepção dos riscos do trânsito e para a necessidade da adoção de comportamentos seguros, visando garantir a integridade física, emocional e mental de todas as pessoas que ocupam o espaço do trânsito, seja na condição de pedestres, de passageiras, de ciclistas, de motociclistas, sejaainda, que as mensagens sejam registradas no quadro, de forma sintética, para que possam ser utilizadas como referência na execução do exercício seguinte. 2) Junte-se a um colega, e escolham uma das situações apresentadas nos balões do exercício anterior. A partir dela, a ideia é que vocês criem uma tirinha (com três quadros), que contenha uma mensagem sobre o respeito no trânsito, para que este seja um ambiente seguro e pacífico. Tá combinado? No cotidiano do trânsito, há diversos usuários, e cada um deles precisa exercer os seus direitos e deveres para manter um trânsito mais seguro para todos! 438º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação Sugere-se conversar com os estudantes para que, antes de produzirem a tirinha, eles planejem e organizem a produção dela, lembrando-os de: pensar na ideia; criar personagens; imaginar o local onde acontecerá a situação; e fazer um esboço da história, delineando o início, o meio e o final dela, sempre norteada pela mensagem de conscientização que desejam transmitir sobre o respeito no trânsito. 3) Depois da produção da tirinha, que tal mostrá-la para a turma? Apresentem, para os colegas, a história criada e, em seguida, dialoguem sobre a importância do respeito aos diferentes usuários do trânsito. Mediação Em uma roda de conversa de fechamento da atividade, a discussão sobre as tirinhas criadas, pelos estudantes, de respeito no trânsito é fundamental. Para isso, sugere-se, ainda, que outros elementos sejam acrescidos ao debate para enriquecer a conversa. É importante enfatizar as atitudes de respeito no trânsito, valorizando aquelas que já são praticadas pelos estudantes e criando, também, um compromisso com a turma para que novas posturas que contribuam com um trânsito mais pacífico e mais seguro sejam adotadas. As tirinhas produzidas podem ser expostas na escola, na forma de uma mostra, para chamar a atenção da comunidade escolar e para sensibilizá-la quanto à adoção de atitudes respeitosas no trânsito. 44 RESPEITO À DIVERSIDADE E ÀS DIFERENÇAS NO TRÂNSITO Avaliação A avaliação pode ser realizada de forma processual, considerando-se: a participação e a interpretação dos estudantes no exercício de preenchimento das mensagens nos balões; o planejamento que as duplas fizeram antes de produzirem as tirinhas; as mensagens que os estudantes intentaram transmitir nas tirinhas; e a participação na apresentação da tirinha aos colegas e no diálogo final. É importante verificar se, em todos esses pontos, os estudantes mostraram compreender a importância do respeito à diversidade no trânsito, adotando atitudes respeitosas, para que este seja um ambiente pacífico e seguro. Outras conexões Visando à ampliação desta atividade, pode-se promover a interdisciplinaridade com a disciplina de Língua Portuguesa: reunindo ou estendendo as tirinhas para que formem uma publicação sobre o tema “Respeito no trânsito”; ou, ainda, digitalizando as tirinhas e compartilhando-as nas redes sociais da escola. Esses são alguns exemplos de formas que podem ser utilizadas para que os demais colegas da escola possam ler as histórias e possam compartilhar, com a comunidade escolar, as mensagens de respeito no trânsito. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Trad. Ivone Castilho Benedetti. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 24 mar. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 22 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 10.741, de 1° de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 22 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 23 jul. 2020. Compartilhe! Como foi a realização desta atividade com os estudantes? Houve alguma complementação? Conte-nos e não se esqueça de nos enviar fotos e/ou vídeos que ilustrem a dinâmica feita! Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 458º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Respeito à diversidade e às diferenças no trânsito O trânsito é um espaço público composto de vias, de pessoas, de animais e de veículos, tendo regras e normas para garantir a segurança de todos os usuários (condutores, passageiros, pedestres e ciclistas). Mas, para que a dinâmica do trânsito seja de paz e de segurança, é necessário que todos esses usuários adotem atitudes cidadãs, dentre elas: o respeito, a cooperação, a ética e a integridade. 1) Observe a imagem que contém algumas atitudes de respeito no trânsito. Procure se lembrar de situações de respeito no trânsito que você vivenciou ou que você compreende que sejam importantes e preencha os balões vazios com as suas mensagens. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ A Lei n° 10.741, mais conhecida como o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), prevê, em seu Artigo 41, que deve ser respeitada a garantia de 5% das vagas de estacionamentos públicos e privados aos condutores idosos. Por sua vez, o Artigo 42 assinala o respeito à prioridade dos idosos para embarque no transporte coletivo e para desembarque deste. Estudante 46 RESPEITO À DIVERSIDADE E ÀS DIFERENÇAS NO TRÂNSITO 2) Junte-se a um colega, e escolham uma das situações apresentadas nos balões do exercício anterior. A partir dela, a ideia é que vocês criem uma tirinha (com três quadros), que contenha uma mensagem sobre o respeito no trânsito, para que este seja um ambiente seguro e pacífico. 3) Depois da produção da tirinha, que tal mostrá-la para a turma? Apresentem, para os colegas, a história criada e, em seguida, dialoguem sobre a importância do respeito aos diferentes usuários do trânsito. No cotidiano do trânsito, há diversos usuários, e cada um deles precisa exercer os seus direitos e deveres para manter um trânsito mais seguro para todos! 478º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO As mudanças climáticas e o atropelamento de animais nas vias Conhecimento e atenção previnem acidentes com animais nas vias Articulação didática Esta atividade propõe, aos estudantes, a criação de uma campanha visando à exposição, à comunidade escolar, de atitudes seguras a serem adotadas em relação à existência de riscos com a presença de animais soltos nas vias e de dicas de segurança, a partir do estudo das mudanças do clima e seus efeitos nos ecossistemas. Objeto de conhecimento Clima – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Animais soltos nas vias. Competência Entender os riscos de animais soltos vias. Habilidade Citar as formas de prevenção de acidentes ao encontrar animais soltos nas vias. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, revistas, jornais e materiais para colorir. A presença de animais soltos nas vias é uma situação comum que pode resultar em riscos aos usuários. O texto Animais nas vias apresenta informações e dados sobre o atropelamento de animais em rodovias brasileiras e discute o problema de segurança viária que decorre da presença e do abandono de animais nas vias públicas. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a)48 AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS VIAS Animais nas vias Animais estão nas ruas e nas rodovias por vários motivos. Alguns estão assim por razões naturais, relacionadas aos ecossistemas. Outros vão parar nas rodovias por questões sociais. Há aqueles que são acompanhados por guia, como indica o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997), mas não é raro encontrar os que fugiram de suas habitações domésticas e que circulam livremente entre bairros e vias. Infelizmente, ainda há aqueles que assim se encontram pela ação criminosa de abandono. Fernando Cymbaluk publicou, em 2018, no site do UOL, uma reportagem sobre o tema, na qual o jornalista compartilha números sobre a morte de animais nas vias e, também, lista algumas iniciativas que colaboram para minimizar o problema. Segundo a reportagem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que cuida da manutenção da malha rodoviária brasileira, “[...] diz que a quantidade de animais atropelados varia muito de acordo com o bioma e as características geográficas das diferentes regiões do país” (CYMBALUK, 2018). A reportagem (CYMBALUK, 2018) também revela dados sobre os acidentes no Brasil. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2017, a região Nordeste ficou em primeiro lugar nos números brasileiros de acidentes envolvendo animais na pista, contando 1.086 registros. Por sua vez, na região Sul, foram registrados 513 casos, no Sudeste, 494 casos, no Centro-Oeste, 370 casos, e, na região Norte, 149 acidentes. Apesar de representarem apenas 2,2% dos acidentes de trânsito em geral e 1,3% dos acidentes com mortes nas estradas federais (a lista é liderada por falta de atenção e alta velocidade), as colisões e capotamentos envolvendo bichos superam os relacionados a defeitos nas vias, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) (CYMBALUK, 2018). Em relação aos animais abandonados, as pesquisas e os números são difíceis de se precisar, uma vez que a falta de fiscalização em relação a esse problema ainda é comum em muitos países. Sobre as responsabilidades diante dos acidentes envolvendo animais domésticos, segundo Mendes (2017), [...] é consenso no Direito brasileiro que o dono ou detentor do animal responderá pelos danos causados por este, pois é sua obrigação cuidar do animal de modo que ele não possa causar nenhum tipo de problema a terceiros. Todavia, quando se trata de animais abandonados, como o cachorro, nem sempre é possível fiscalizar e responsabilizar o proprietário, e, muitas vezes, os danos materiais recaem ao Estado e aos setores privados ligados à manutenção das vias. Por se tratar de um animal tão próximo ao círculo humano, as tensões e os acidentes decorrentes geram não apenas essas consequências materiais, mas, em muitos casos, implicam, também, em consequências emocionais. É a relação afetiva das pessoas com animais domésticos e, também, com animais não domésticos uma aposta para que a problematização da questão suscite debates sobre a importância de manterem-se os animais seguros nas residências e nas áreas rurais. Informações sobre quais as atitudes e os comportamentos que os motoristas devem ter para evitar acidentes envolvendo animais nas vias possibilitarão a realização de trocas de experiências e a promoção de mais consciência sobre os valores humanos e ambientais presentes no trânsito. Acesse! A reportagem Animais na pista, de Fernando Cymbaluk, publicada no site do UOL, pode ser acessada em: http://bit. ly/2Pzc50h. 498º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Estratégias didáticas Propõe-se iniciar a atividade com a realização de uma roda de conversa para reavivar os conhecimentos e as experiências prévias dos estudantes sobre o tema. Dando continuidade, faz-se a leitura e a interpretação de um texto que discute a relação entre as mudanças climáticas e os acidentes com animais nas vias. Para finalizar a atividade, propõem-se a criação e a divulgação, para a comunidade escolar, de uma campanha de sensibilização e de conscientização das pessoas quanto aos cuidados e às atitudes seguras diante dos riscos existentes com a presença de animais soltos nas vias. Atividade com gabarito As mudanças climáticas e o atropelamento de animais nas vias As mudanças climáticas alteram cenários, comprometem biomas e provocam uma série de consequência para flora e para fauna. Quando somadas, a intervenção humana e a construção de infraestrutura de transporte expõem o problema da presença de animais nas vias públicas e o risco potencial, dessa presença, de causar acidentes. Todavia, buscam-se respostas para o questionamento: quais estratégias a serem utilizadas para minimizar ou para combater esse problema? Leia mais sobre o assunto no texto a seguir. Mediação É recomendável, antes da leitura, promover uma roda de conversa com os estudantes para que os conhecimentos e as experiências prévias deles sobre o tema sejam explorados de início. Para isso, sugere-se convidá-los a compartilhar suas vivências sobre essa problemática verificadas nos bairros em que cada um reside. Cuidado, animais na via! As mudanças climáticas são alterações das condições do clima que afetam a média de temperatura e os ecossistemas de diversas regiões. São capazes de alterar cenários, provocando empobrecimento do solo e, até mesmo, a extinção de espécies de plantas. Esses fatores, consequentemente, impactam na vida dos animais. Os animais herbívoros, por exemplo, sofrem com a redução do número ou, ainda, com a extinção de espécies de plantas e de árvores. Em busca da sobrevivência, são obrigados a percorrer maiores distâncias em busca de comida e de melhores condições de vida. Isso impacta nos animais carnívoros, que são seus predadores, que, também, são obrigados a migrar atrás de suas presas. A necessidade de migração provoca duas situações conflituosas. A primeira é a dos animais que não migram e que acabam se enfraquecendo e ficando mais expostos aos seus predadores, podendo ser mortos e podendo ter sua espécie reduzida significantemente. A segunda é a dos animais que migram e se expõem aos perigos da não adaptação, encontrando outros predadores. Construindo os caminhos da atividade 50 AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS VIAS Esses animais podem, ainda, acabar oferecendo risco à população humana quando se deslocam para áreas urbanas ou quando, para seguirem seu caminho, têm que atravessar as estradas e as rodovias que cortam florestas. Nesse segundo ponto, o atropelamento de animais silvestres é algo comum e, infelizmente, deixa muitos mutilados ou mortos nesses acidentes. Quando se trata da presença de animais selvagens ou de rebanhos comuns nas vias de determinadas regiões, as placas de sinalização ajudam a chamar a atenção dos motoristas e podem colaborar para a minimização das diversas consequências que são decorrentes desses encontros inesperados. Além das placas, especialistas de trânsito advertem sobre a presença de animais nas vias listando cuidados que ajudam no comportamento do motorista diante da situação: • Não jogar alimentos nas vias, pois podem atrair os animais. • Se houver placas de sinalização informando a possível presença de animais nas vias, manter a atenção redobrada. • Na presença de animais nas vias, reduzir a velocidade de modo seguro e ligar o pisca-alerta, com atenção aos outros veículos. • Na presença de animais nas vias, não buzinar e não ligar farol alto. • Ultrapassar lentamente, contornando o animal por trás, para reduzir a velocidade de reação dele. • Em casos de presença de animais de grande porte nas vias, assim que possível, parar o carro e comunicar a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo número 191, ou a Polícia Militar (PM), pelo número 190. • Após ultrapassar o animal, dar sinal de luz para aqueles que trafegam na pista contrária. Algumas soluções já foram encontradas para amenizar o impactodo trânsito nos ecossistemas. As passagens de fauna são um exemplo dessas soluções, pois são grandes túneis que ficam debaixo das rodovias ou são compridas pontes que passam por cima das rodovias, conectando áreas de mata que não poderiam ser acessadas, em segurança, pelos animais. A sinalização com placas, as telas de contenção, os redutores de velocidade, o monitoramento e as campanhas de sensibilização são outras ações que podem tornar o trânsito mais seguro para as pessoas e para os bichos. Diante de tudo isso exposto, há dois aspectos importantes que precisam ser observados: a sensibilização de pessoas quanto ao abandono de animais; e a conscientização para que os proprietários de animais os protejam, mantendo-os longe das vias e das rodovias. Nesses aspectos, vale o registro de que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que a responsabilidade civil em caso de acidente causado por animal é de seu proprietário. Mediação É importante promover, com os estudantes, a discussão dos pontos presentes no texto, percebendo quais informações são desconhecidas por eles. Para auxiliar nessa conversa, são sugeridas as seguintes questões: Como as mudanças climáticas podem influenciar na migração de animais e na presença deles nas rodovias?; O que fazer ao encontrar animais na pista?; Quais as ações já são usadas para proteger animais e pessoas de acidentes em rodovias?; O que diz a lei a respeito de animais na pista?. 1) Com base no texto, cite medidas que podem ser adotadas para que haja a diminuição de acidentes com animais nas vias. Resposta escrita, esperando-se que os estudantes mencionem as medidas para redução dos acidentes expostas no texto, como, por exemplo: a instalação de sinalização adequada; o respeito à sinalização por parte dos condutores; a instalação de redutores de velocidade; a construção de passagens subterrâneas para a fauna; a promoção de Papo sério! Quando há placas que indicam possibilidade de circulação de animais domésticos ou selvagens, a atenção do motorista deve ser redobrada. Animais Animais selvagens 518º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO campanhas de sensibilização e de conscientização das pessoas para coibir o abandono de animais; e a manutenção e o monitoramento da sinalização e dos equipamentos destinados à redução de velocidade em rodovias que cortam áreas com deslocamento e com migração de animais. 2) Em equipes, elaborem uma campanha de sensibilização e de conscientização sobre os perigos e os cuidados com animais soltos nas vias. Para planejar e para estruturar a campanha, não se esqueçam de: • Criar um título. • Definir o objetivo e a justificativa da campanha. • Pensar nas diversas formas e nos variados formatos da campanha, podendo ser a criação de cartazes com frases de alertas ou de estímulo, com ilustrações, com colagens, com fôlderes, com histórias em quadrinhos ou com depoimentos, por exemplo. Enfim, existe um mundo que a criatividade pode explorar. • Definir o público e a forma de divulgação da campanha. • Fazer uma revisão final e compartilhar a campanha. Mediação Cada equipe pode produzir uma campanha específica a partir de uma troca de informações com os estudantes, considerando as contribuições para redução do número de acidentes nas vias, apresentadas individualmente no exercício anterior ou pode ser definido, pela turma, um único objetivo da campanha para a produção de peças publicitárias pelas equipes. Sugere-se disponibilizar revistas, jornais, papéis A4 ou outros tipos de materiais de suporte que possam estar disponíveis na escola. Ressalta-se, ainda, a necessidade de revisar os textos antes de a campanha ser compartilhada com a comunidade escolar. Avaliação Todo processo de interação faz parte da avaliação. Por isso, é importante observar os níveis de interação e de participação dos estudantes nas rodas de conversas e na produção da campanha de conscientização, bem como se a atividade desenvolvida contribuiu para o aumento de conscientização deles sobre os riscos envolvidos e sobre a adoção de atitudes para redução dos acidentes com animais. Outras conexões Pode-se ampliar a campanha verificando-se se há, nas proximidades da escola, problemas recorrentes de animais mortos nas vias (sejam animais domésticos, sejam animais silvestres), possibilitando-se a realização de rodas de conversa para a promoção da reflexão sobre a realidade da região. Para isso, podem ser convidados pesquisadores locais ou, até mesmo, autoridades de trânsito que abordem, com aprofundamentos, sobre as causas e sobre os modos de prevenção de acidentes envolvendo animais. Se for viável, pode-se, ainda, levar a campanha construída em sala para além dos muros da escola, como, por exemplo, para pontos de ônibus, para mercados, para murais comunitários. Com isso, chama-se a atenção das pessoas para a importância de cuidar dos animais domésticos que podem causar acidentes e de dirigir sempre com atenção redobrada aos pontos das rodovias em que há possibilidade de animais silvestres aparecerem. Fique ligado! A presença de animais na pista é um risco, tanto para os seres humanos quanto para os bichos! Compartilhe! Não se esqueça de nos enviar fotos das campanhas elaboradas pelos estudantes nesta atividade! Sua contribuição faz parte da construção do Programa Conexão DNIT. Aprimorando práticas e ampliando conexões 52 AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS VIAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 02 mar. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 02 mar. 2020. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente - MMA. Projeto Corredores Ecológicos - PCE. [20--]. Disponível em: https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/programas-e- projetos/projeto-corredores-ecologicos. Acesso em: 18 set. 2019. CYMBALUK, Fernando. Animais na Pista. 2018. Disponível em: https://www.uol/ noticias/especiais/animais-na-pista.htm#animais-na-pista. Acesso em: 18 set. 2019. MENDES, Gleydson. Acidentes de trânsito provocados por animais soltos na via. 2017. Disponível em: https://www.autoescolaonline.net/acidentes-de-transito- provocados-por-animais-soltos-na-via/. Acesso em: 02 mar. 2020. Referências 538º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO As mudanças climáticas e o atropelamento de animais nas vias As mudanças climáticas alteram cenários, comprometem biomas e provocam uma série de consequência para flora e para fauna. Quando somadas, a intervenção humana e a construção de infraestrutura de transporte expõem o problema da presença de animais nas vias públicas e o risco potencial, dessa presença, de causar acidentes. Todavia, buscam-se respostas para o questionamento: quais estratégias a serem utilizadas para minimizar ou para combater esse problema? Leia mais sobre o assunto no texto a seguir. Cuidado, animais na via! As mudanças climáticas são alterações das condições do clima que afetam a média de temperatura e os ecossistemas de diversas regiões. São capazes de alterar cenários, provocando empobrecimento do solo e, até mesmo, a extinção de espécies de plantas. Esses fatores, consequentemente, impactam na vida dos animais. Os animais herbívoros, por exemplo, sofrem com a redução do número ou, ainda, com a extinção de espécies de plantas e de árvores. Em busca da sobrevivência, são obrigados a percorrer maiores distâncias em busca de comida e de melhores condições de vida. Isso impacta nos animais carnívoros, que são seus predadores, que, também, são obrigados a migrar atrás de suas presas. A necessidade de migração provoca duas situações conflituosas. A primeira é a dos animais que não migram e que acabamse enfraquecendo e ficando mais expostos aos seus predadores, podendo ser mortos e podendo ter sua espécie reduzida significantemente. A segunda é a dos animais que migram e se expõem aos perigos da não adaptação, encontrando outros predadores. Esses animais podem, ainda, acabar oferecendo risco à população humana quando se deslocam para áreas urbanas ou quando, para seguirem seu caminho, têm que atravessar as estradas e as rodovias que cortam florestas. Nesse segundo ponto, o atropelamento de animais silvestres é algo comum e, infelizmente, deixa muitos mutilados ou mortos nesses acidentes. Quando se trata da presença de animais selvagens ou de rebanhos comuns nas vias de determinadas regiões, as placas de sinalização ajudam a chamar a atenção dos motoristas e podem colaborar para a minimização das diversas consequências que são decorrentes desses encontros inesperados. Além das placas, especialistas de trânsito advertem sobre a presença de animais nas vias listando cuidados que ajudam no comportamento do motorista diante da situação: • Não jogar alimentos nas vias, pois podem atrair os animais. • Se houver placas de sinalização informando a possível presença de animais nas vias, manter a atenção redobrada. • Na presença de animais nas vias, reduzir a velocidade de modo seguro e ligar o pisca-alerta, com atenção aos outros veículos. • Na presença de animais nas vias, não buzinar e não ligar farol alto. • Ultrapassar lentamente, contornando o animal por trás, para reduzir a velocidade de reação dele. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 54 AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS VIAS • Em casos de presença de animais de grande porte nas vias, assim que possível, parar o carro e comunicar a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo número 191, ou a Polícia Militar (PM), pelo número 190. • Após ultrapassar o animal, dar sinal de luz para aqueles que trafegam na pista contrária. Algumas soluções já foram encontradas para amenizar o impacto do trânsito nos ecossistemas. As passagens de fauna são um exemplo dessas soluções, pois são grandes túneis que ficam debaixo das rodovias ou são compridas pontes que passam por cima das rodovias, conectando áreas de mata que não poderiam ser acessadas, em segurança, pelos animais. A sinalização com placas, as telas de contenção, os redutores de velocidade, o monitoramento e as campanhas de sensibilização são outras ações que podem tornar o trânsito mais seguro para as pessoas e para os bichos. Diante de tudo isso exposto, há dois aspectos importantes que precisam ser observados: a sensibilização de pessoas quanto ao abandono de animais; e a conscientização para que os proprietários de animais os protejam, mantendo-os longe das vias e das rodovias. Nesses aspectos, vale o registro de que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que a responsabilidade civil em caso de acidente causado por animal é de seu proprietário. 1) Com base no texto, cite medidas que podem ser adotadas para que haja a diminuição de acidentes com animais nas vias. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2) Em equipes, elaborem uma campanha de sensibilização e de conscientização sobre os perigos e os cuidados com animais soltos nas vias. Para planejar e para estruturar a campanha, não se esqueçam de: • Criar um título. • Definir o objetivo e a justificativa da campanha. • Pensar nas diversas formas e nos variados formatos da campanha, podendo ser a criação de cartazes com frases de alertas ou de estímulo, com ilustrações, com colagens, com fôlderes, com histórias em quadrinhos ou com depoimentos, por exemplo. Enfim, existe um mundo que a criatividade pode explorar. • Definir o público e a forma de divulgação da campanha. • Fazer uma revisão final e compartilhar a campanha. A presença de animais na pista é um risco, tanto para os seres humanos quanto para os bichos! Quando há placas que indicam possibilidade de circulação de animais domésticos ou selvagens, a atenção do motorista deve ser redobrada. Animais Animais selvagens 558º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO O trânsito e os impactos ambientais O trânsito, as fontes de energia e os efeitos de ambos ao meio ambiente Articulação didática Esta atividade intenta abordar ações individuais e coletivas para reduzir a emissão e, consequentemente, os efeitos dos poluentes, liberados pelos veículos no meio ambiente, por meio do conteúdo de ciências sobre fontes de energia (renováveis e não renováveis). Além disso, discute formas alternativas de transitar que podem minimizar o problema, a partir de atitudes sustentáveis a serem adotadas pelos usuários do trânsito ao se locomoverem. Objeto de conhecimento Fontes e tipos de energia – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito O meio ambiente e o trânsito. Competência Reconhecer formas alternativas de transitar (individuais e coletivas), que possam diminuir os impactos ambientais. Habilidade Indicar ações que possam ser aplicadas no cotidiano, visando à diminuição dos impactos ambientais ao transitar. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, caixa de papelão, papéis A4 e lápis. O número cada vez maior de veículos automotores transitando nas vias associado ao uso de combustíveis poluentes ocasionam impactos negativos ao meio ambiente, que podem ser amenizados com o desenvolvimento de novas tecnologias e com a adoção de atitudes conscientes por parte dos usuários do trânsito. O texto Os combustíveis e as formas sustentáveis de transitar versa sobre as consequências do uso de combustíveis fósseis para as pessoas e para o meio ambiente e sobre formas alternativas de transportes visando promover a sustentabilidade ambiental. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 56 O TRÂNSITO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS Os combustíveis e as formas sustentáveis de transitar O século XX foi marcado por muitas transformações culturais e econômicas. Dentre elas, o advento dos transportes possibilitou uma maior circulação de pessoas e de produtos, interligando bairros, cidades, estados, países. Para isso, foi necessária a exploração de diversas fontes de energia da natureza, denominadas combustíveis. Os combustíveis são substâncias químicas que, ao reagirem com o oxigênio (O2), sofrem um fenômeno químico denominado combustão, liberando certa quantidade de energia na forma de calor. Existem combustíveis em estado sólidos, líquidos e gasosos e com diversas origens, sendo classificados em renováveis e não renováveis. Além disso, são usados para a geração de energia elétrica, na indústria e em diferentes veículos de transportes de cargas e de passageiros. A gasolina e o óleo diesel são exemplos de combustíveis não renováveis, derivados dopetróleo e utilizados nos motores a combustão presentes em: caminhões, ônibus, motocicletas e veículos de passeio. Esse tipo de combustível gera, durante os processos de combustão, poluentes que são lançados na atmosfera e que podem causar doenças respiratórias nos seres vivos e produzir efeitos nas camadas de gases que protegem a vida na terra. Ao longo dos últimos anos, as pesquisas científicas têm buscado formas de minimizar a geração dos poluentes com combustíveis alternativos, mas a quantidade cada vez maior de veículos nas vias é um grande desafio das cidades, em termos de mobilidade urbana, de impactos ambientais e de qualidade de vida. No Brasil, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a frota de veículos quase dobrou nos últimos 10 anos, passando de 59.361.642 veículos, em 2009, para 104.784.374 veículos, em 2019 (BRASIL, 2020). Mais da metade desse quantitativo são automóveis, totalizando 56.652.190, em 2019, os quais, muitas vezes, transportam apenas uma pessoa (BRASIL, 2020). É preciso, por isso, buscar formas de diminuir a circulação excessiva de automóveis nas ruas e de educar as futuras gerações para formas diferentes de se relacionar com o espaço e com o próprio corpo. Andar a pé e usar a bicicleta são exemplos de meios de locomoção que fazem bem para a saúde das pessoas e são formas mais sustentáveis de transitar. Outra alternativa é priorizar o uso de transportes coletivos, como ônibus, trens e metrôs. Em algumas cidades litorâneas ou ribeirinhas, existem, ainda, meios de transporte coletivos aquáticos como balsas, ferryboats e catamarãs. Existem diversos motivos para priorizar o uso desses transportes alternativos, e o impacto econômico é um deles, em razão de serem mais baratos ou até gratuitos, no caso de andar a pé e de bicicleta. Há, além disso, a postura cidadã, uma vez que, ao usar esses transportes, agride-se menos o meio ambiente, sendo uma forma de reduzir a poluição do ar causada pelos veículos. Há, ainda, fontes de energia renováveis, como: a energia eólica, produzida a partir da força dos ventos; a energia solar, proveniente da luz e do calor do sol; os biocombustíveis, produzidos a partir de biomassa, que produzem energia de forma mais limpa. Enquanto o uso dessas fontes de energia renováveis ainda está se tornando mais acessível, é possível realizar escolhas cotidianas que colaboram com cidades e trânsitos mais humanos e sustentáveis. Estratégias didáticas Nesta atividade, sugere-se, inicialmente, a leitura do texto As fontes de energia e o trânsito e, em seguida, a realização de uma roda de conversa com os estudantes, para que possam dialogar sobre a relação entre o trânsito e os problemas Construindo os caminhos da atividade 578º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO ambientais, a partir do uso de fontes de energias renováveis e fósseis. Na sequência, propõe-se, aos estudantes, a realização de exercícios que, a partir de códigos secretos e de sequências numéricas, decifrem as palavras relacionadas ao uso de combustíveis e a atitudes sustentáveis. Sugere-se, por fim, que cada um da turma escreva suas próprias frases, em códigos, e, em seguida, decifre, leia e discuta as mensagens escritas por outro colega, pontuando atitudes cotidianas que auxiliam em um trânsito seguro, visando diminuir os impactos ambientais. Atividade com gabarito O trânsito e os impactos ambientais O uso de veículos movidos a combustíveis fósseis e biocombustíveis provocam impactos no meio ambiente, que podem ser minimizados se o uso destes for feito racionalmente ou se houver mudanças de hábitos dos usuários do trânsito. As fontes de energia e o trânsito Os meios de transporte contribuem para o desenvolvimento humano e para o desenvolvimento econômico, transportando pessoas e mercadorias de várias naturezas. A maioria desses meios de transportes utilizam combustíveis extraídos de fontes de energia externas. Existem vários tipos de fontes de energia externas, podendo ser não renováveis ou renováveis. O petróleo é um tipo de combustível fóssil de onde são extraídos a gasolina e o diesel, que são utilizados nos veículos e, também, na produção de eletricidade em estações termoelétricas. Além do petróleo, há outras fontes de energias não renováveis, como, por exemplo: o carvão mineral; o gás natural; e o xisto betuminoso. Mas, há, também, fontes de energia renováveis, como: a energia eólica, obtida por meio do vento por aero geradores; e a energia solar, obtida por células fotovoltaicas, a partir da incidência dos raios solares. Há, ainda, os biocombustíveis que são produzidos a partir de biomassa, como, por exemplo: o etanol, que é obtido da cana de açúcar; ou o biodiesel, obtido do processamento da soja, do girassol, do milho e das gorduras animais. Os combustíveis são necessários para movimentar as frotas de veículos, garantindo a circulação de pessoas e de mercadorias, mas o desafio é encontrar formas de diminuir os impactos ambientais decorrentes do uso de veículos movidos a combustíveis líquidos ou gasosos. Mediação Para iniciar a atividade, sugere-se a leitura compartilhada do texto As fontes de energia e o trânsito. Com ela, é possível iniciar uma conversa, com os estudantes, sobre a relação entre o trânsito e os problemas ambientais, a partir do uso de fontes de energias renováveis e fósseis e as práticas alternativas que podem ser adotadas para minimizar os impactos ambientais. É possível mobilizar o debate com algumas questões, como: Quais atitudes vocês podem ter ao transitar para contribuir com a preservação do planeta?; De que forma a atitude individual pode influenciar nas mudanças coletivas?. 58 O TRÂNSITO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS 1) Na imagem que contém uma plataforma de extração de petróleo, observe, na parte lateral dela, um conjunto de números que compõem um código secreto. Na imagem que mostra uma plantação de cana de açúcar, observe que, abaixo dela, há a presença de várias sequências numéricas. Substitua os números pelo código secreto e descubra quais são as palavras. Não se esqueça de colocar acentos ( ,́ ^), cedilhas (ç) e til (~) quando necessário, além de dar espaçamento entre as palavras! 1-a 10-j 3-c 22-v 19-s 13-m 15-o 11-k 26-z 8-h 20-t 6-f 23-w 25-y 18-r 12-l 9-i 4-d 14-n 21-u 16-p 5-e 2-b 24-x 17-q 7-g 10-j Créditos: AdobeStock 3,1,18,15,14,1 19,15,12,9,4,1,18,9,1 Carona solidária 13,15,20,15,18,9,19,20,1 Motorista 2,9,3,9,3,12,5,20,1 Bicicleta 1,12,3,15,15,12 Álcool 13,1,14,21,20,5,14,3,1,15 Manutenção 7,1,19,15,12,9,14,1 5 4,9,5,19,5,12 Gasolina e diesel 19,11,1,20,5 5 16,1,20,9,14,5,20,5 Skate e patinete 20,18,1,14,19,16,15,18,20,5,19 3,15,12,5,20,9,22,15,19 Transportes coletivos 2,9,3,9,3,12,5,20,1 5 3,1,18,18,15, 5,12,5,20,18,9,3,15 Bicicleta e carro elétrico 16,14,5,21 Pneu Im ag em d e Ka th ry n Bo w m an (n ee Se lfe ) p or P ix ab ay – 2 02 0. 598º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) Agora que você identificou as palavras, responda às questões abaixo: a) É um meio de transporte alternativo, de duas rodas, que pode ser utilizado para atividades de lazer, para prática de atividade física e para deslocamentos diários. Bicicleta. b) Você sabia que já existem meios de transporte que utilizam baterias para substituir o combustível convencional? Se sim, quais são? Bicicleta e carro elétrico. c) O que o proprietário de um automóvel ou de uma motocicleta precisa fazer, periodicamente, em seu veículo, para manter o controle correto do consumo do combustível? Manutenção. d) Quais são os meios usados por adolescentes e jovens para se locomover de um lugar para o outro, sem o uso de combustível e ainda não reconhecidos como veículos pela legislação? Skate e patinete. e) Que combustíveis fósseis, derivados do petróleo, são mais usados em veículos automotores? Gasolina e diesel. f) Esses veículos são usados para transportarmuitas pessoas ao mesmo tempo. Dessa forma, contribuem para diminuição do fluxo do trânsito e, consequentemente, para a diminuição da emissão de poluentes liberados no ar. Transportes coletivos. g) Para ir a uma festa, 4 amigas resolveram utilizar um único veículo para se locomoverem, sendo que, uma será a motorista da rodada. Portanto, além de não consumir nada de bebida alcoólica por estar dirigindo, ela passará na casa de cada uma delas para irem juntas. Como se chama essa ação? Carona solidária. h) O etanol é produzido a partir da cana de açúcar, ou seja, é uma fonte de energia renovável. Qual é o nome popular desse tipo de combustível? Álcool. i) Ao acelerar o veículo sem necessidade ou frear bruscamente, produzindo atrito dos pneus com solo, quem está contribuindo para a emissão de poluentes na atmosfera? Motorista. j) O asfalto é construído com componentes derivados do petróleo. O atrito de uma determinada parte dos veículos entra em contato com o asfalto, causando desgastes de ambos e, por consequência, poluição. De que parte do veículo está se falando? Pneu. 3) Que tal escrever uma mensagem sobre a preservação do meio ambiente e o trânsito utilizando o código secreto e pedir para um colega seu decifrar? Para isso, siga as instruções: a) Em uma folha de papel, escreva o seu nome e escreva uma mensagem utilizando o código secreto. 60 O TRÂNSITO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS b) Assim que terminar de escrever a mensagem, coloque-a em um lugar combinado com a turma. c) Pegue uma mensagem, que não seja a sua e decifre-a, substituindo os números pelo código secreto. d) Após decifrar a mensagem, leia-a para os colegas, e, juntos, conversem sobre a mensagem com a turma. Mediação É importante orientar os estudantes sobre o teor das mensagens que devem enfatizar o cuidado com o meio ambiente, através de atitudes mais sustentáveis no trânsito. Após todos terem elaborado suas mensagens, utilizando o código secreto, propõe-se que as criações sejam trocadas entre todos para que sejam decodificadas. Com isso feito, pode-se haver o compartilhamento com a turma, de modo a propiciar uma conversa sobre as práticas propostas nas mensagens e sobre a necessidade de serem adotadas atitudes e formas sustentáveis de transitar, as quais podem minimizar os impactos ambientais causados pelo excesso de veículos. Avaliação Sugere-se que a avaliação, nesta atividade, seja feita processualmente, considerando: se houve interação entre os estudantes no decorrer dos exercícios; se os estudantes demonstraram entender como se dá a relação entre o trânsito e os problemas ambientais, a partir do uso de fontes de energias renováveis e fósseis; e se demonstraram compreender a importância de serem adotadas atitudes cotidianas de escolha nas formas de transitar que podem ajudar a minimizar os impactos ambientais do consumo de energias não renováveis e da poluição produzido pelo excesso de veículos nas ruas. Outras conexões Para dar continuidade a esta atividade, pode-se organizar uma atividade de pesquisa, sobre as questões econômicas que envolvem a produção e o uso de combustíveis fósseis e de biocombustíveis e as tendências tecnológicas para reduzir os impactos no meio ambiente, promovendo, posteriormente, o compartilhamento dos resultados obtidos. Outro desdobramento possível seria a ilustração, com desenhos, com recortes ou com colagens, das mensagens decodificadas pelos estudantes e, após isso, poderiam ser compartilhadas essas produções com a comunidade escolar em um mural e/ou nas mídias sociais. Tá combinado? Valorize as fontes de energia do planeta! Realizar tarefas caminhando ou pedalando e transitar utilizando o transporte público coletivo são atitudes sustentáveis. Compartilhe! Como foi realizar esta atividade com os estudantes? Envie-nos fotos das decodificações feitas, para ilustrar sua descrição! Aprimorando práticas e ampliando conexões 618º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 16 set. 2020. BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN. Estatísticas - Frota de Veículos – DENATRAN. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/ pt-br/assuntos/transito/conteudo-denatran/estatisticas-frota-de-veiculos-denatran. Acesso em: 16 dez. 2020. DIAS, Diogo Lopes. Combustíveis. Mundo Educação. c2020. Disponível em: https:// mundoeducacao.uol.com.br/quimica/combustiveis.htm. Acesso em: 16 dez. 2020. RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. Agentes Poluidores do Ar. Brasil Escola. c2020. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/agentes- poluidores-do-ar.htm. Acesso em: 16 dez. 2020. Referências 638º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO O trânsito e os impactos ambientais O uso de veículos movidos a combustíveis fósseis e biocombustíveis provocam impactos no meio ambiente, que podem ser minimizados se o uso destes for feito racionalmente ou se houver mudanças de hábitos dos usuários do trânsito. As fontes de energia e o trânsito Os meios de transporte contribuem para o desenvolvimento humano e para o desenvolvimento econômico, transportando pessoas e mercadorias de várias naturezas. A maioria desses meios de transportes utilizam combustíveis extraídos de fontes de energia externas. Existem vários tipos de fontes de energia externas, podendo ser não renováveis ou renováveis. O petróleo é um tipo de combustível fóssil de onde são extraídos a gasolina e o diesel, que são utilizados nos veículos e, também, na produção de eletricidade em estações termoelétricas. Além do petróleo, há outras fontes de energias não renováveis, como, por exemplo: o carvão mineral; o gás natural; e o xisto betuminoso. Mas, há, também, fontes de energia renováveis, como: a energia eólica, obtida por meio do vento por aero geradores; e a energia solar, obtida por células fotovoltaicas, a partir da incidência dos raios solares. Há, ainda, os biocombustíveis que são produzidos a partir de biomassa, como, por exemplo: o etanol, que é obtido da cana de açúcar; ou o biodiesel, obtido do processamento da soja, do girassol, do milho e das gorduras animais. Os combustíveis são necessários para movimentar as frotas de veículos, garantindo a circulação de pessoas e de mercadorias, mas o desafio é encontrar formas de diminuir os impactos ambientais decorrentes do uso de veículos movidos a combustíveis líquidos ou gasosos. 1) Na imagem que contém uma plataforma de extração de petróleo, observe, na parte lateral dela, um conjunto de números que compõem um código secreto. Na imagem que mostra uma plantação de cana de açúcar, observe que, abaixo dela, há a presença de várias sequências numéricas. Substitua os números pelo código secreto e descubra quais são as palavras. Não se esqueça de colocar acentos ( ,́ ^), cedilhas (ç) e til (~) quando necessário, além de dar espaçamento entre as palavras! 1-a 10-j 3-c 22-v 19-s 13-m 15-o 11-k 26-z 8-h 20-t 6-f 23-w 25-y 18-r 12-l 9-i 4-d 14-n 21-u 16-p 5-e 2-b 24-x 17-q 7-g 10-j Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Créditos: AdobeStock Estudante 64 O TRÂNSITO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS 3,1,18,15,14,1 19,15,12,9,4,1,18,9,1 13,15,20,15,18,9,19,20,1 2,9,3,9,3,12,5,20,1 1,12,3,15,15,12 13,1,14,21,20,5,14,3,1,157,1,19,15,12,9,14,1 5 4,9,5,19,5,12 19,11,1,20,5 5 16,1,20,9,14,5,20,5 20,18,1,14,19,16,15,18,20,5,19 3,15,12,5,20,9,22,15,19 2,9,3,9,3,12,5,20,1 5 3,1,18,18,15, 5,12,5,20,18,9,3,15 16,14,5,21 Im ag em d e Ka th ry n Bo w m an (n ee Se lfe ) p or P ix ab ay – 2 02 0. 658º ANO | CIÊNCIAS | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) Agora que você identificou as palavras, responda às questões abaixo: a) É um meio de transporte alternativo, de duas rodas, que pode ser utilizado para atividades de lazer, para prática de atividade física e para deslocamentos diários. _______________________________________________________________________________________ b) Você sabia que já existem meios de transporte que utilizam baterias para substituir o combustível convencional? Se sim, quais são? _______________________________________________________________________________________ c) O que o proprietário de um automóvel ou de uma motocicleta precisa fazer, periodicamente, em seu veículo, para manter o controle correto do consumo do combustível? _______________________________________________________________________________________ d) Quais são os meios usados por adolescentes e jovens para se locomover de um lugar para o outro, sem o uso de combustível e ainda não reconhecidos como veículos pela legislação? _______________________________________________________________________________________ e) Que combustíveis fósseis, derivados do petróleo, são mais usados em veículos automotores? _______________________________________________________________________________________ f) Esses veículos são usados para transportar muitas pessoas ao mesmo tempo. Dessa forma, contribuem para diminuição do fluxo do trânsito e, consequentemente, para a diminuição da emissão de poluentes liberados no ar. _______________________________________________________________________________________ . g) Para ir a uma festa, 4 amigas resolveram utilizar um único veículo para se locomoverem, sendo que, uma será a motorista da rodada. Portanto, além de não consumir nada de bebida alcoólica por estar dirigindo, ela passará na casa de cada uma delas para irem juntas. Como se chama essa ação? _______________________________________________________________________________________ h) O etanol é produzido a partir da cana de açúcar, ou seja, é uma fonte de energia renovável. Qual é o nome popular desse tipo de combustível? _______________________________________________________________________________________ i) Ao acelerar o veículo sem necessidade ou frear bruscamente, produzindo atrito dos pneus com solo, quem está contribuindo para a emissão de poluentes na atmosfera? _______________________________________________________________________________________ 66 O TRÂNSITO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS j) O asfalto é construído com componentes derivados do petróleo. O atrito de uma determinada parte dos veículos entra em contato com o asfalto, causando desgastes de ambos e, por consequência, poluição. De que parte do veículo está se falando? _______________________________________________________________________________________ 3) Que tal escrever uma mensagem sobre a preservação do meio ambiente e o trânsito utilizando o código secreto e pedir para um colega seu decifrar? Para isso, siga as instruções: a) Em uma folha de papel, escreva o seu nome e escreva uma mensagem utilizando o código secreto. b) Assim que terminar de escrever a mensagem, coloque-a em um lugar combinado com a turma. c) Pegue uma mensagem, que não seja a sua e decifre-a, substituindo os números pelo código secreto. d) Após decifrar a mensagem, leia-a para os colegas, e, juntos, conversem sobre a mensagem com a turma. Valorize as fontes de energia do planeta! Realizar tarefas caminhando ou pedalando e transitar utilizando o transporte público coletivo são atitudes sustentáveis. 678º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Estações sinalizadas Aprenda sobre as placas de sinalização jogando Estações sinalizadas! Articulação didática Esta atividade propõe a realização de um circuito de ginástica, no qual o estudante, ao se posicionar em uma determinada estação, precisará executar um exercício de ginástica específico e, para avançar para a próxima etapa, deverá respeitar as placas de sinalização. O objetivo da atividade, assim, é que o estudante assimile o significado da sinalização vertical de regulamentação de trânsito e que compreenda a importância dela para a segurança no trânsito. Objeto de conhecimento Ginástica de condicionamento físico – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Placas de sinalização vertical de regulamentação de trânsito. Competência Aprender sobre a funcionalidade e a importância das placas de sinalização vertical de regulamentação para a segurança no trânsito. Habilidade Indicar o significado das placas de sinalização vertical de regulamentação e suas importâncias na segurança do trânsito. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, giz, cartolinas brancas e vermelhas, materiais para colorir e apito. Para promover a segurança no trânsito, existem vários tipos de regras e de formas de comunicação. As placas são um exemplo de comunicação do trânsito. Assim, é importante que todos os usuários do sistema trânsito tenham conhecimento do significado das placas e dos demais tipos de sinalização de trânsito que objetivam regulamentar as obrigações, as limitações, as proibições ou as restrições que governam o uso das vias. O texto Sinalização vertical de regulamentação apresenta as funções e as características desse tipo de sinalização. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 68 ESTAÇÕES SINALIZADAS Sinalização vertical de regulamentação As placas de trânsito fazem parte da chamada sinalização vertical, esta que engloba toda sinalização fixada na posição vertical, ao lado da pista ou suspensa sobre esta. A finalidade dessas placas é de fornecer, aos usuários, informações que lhes permitam transitar de forma adequada, de modo a aumentar a segurança, a ordenar os fluxos de tráfego e, ainda, a prestar-lhes informações de orientação e de localização. As placas possuem funções, formas e cores diferenciadas. Quando o usuário não respeita a sinalização, pode colocar sua vida e de outras pessoas em risco. No caso da sinalização de regulamentação, o desrespeito pode ainda gerar penalidades, conforme prescrito nas normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997). O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de regulamentação – volume I (BRASIL, 2007, p. 21) define os tipos de sinalizações verticais, conforme suas funções, que se encontram descritas a seguir. • Regulamentação - tem a função de “[...] regulamentar as obrigações, limitações, proibições ou restrições que governam o uso da via”. • Advertência - tem a função de “[...] advertir os condutores sobre condições com potencial risco existentes na via ou nas suas proximidades, tais como escolas e passagens de pedestres”. • Indicação - objetiva “[...] indicar direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento”. As sinalizações verticais têm formas padronizadas, associadas às suas funções. No caso da sinalização verticalde regulamentação, a forma padrão é a circular (com exceção das placas “Parada obrigatória”, que possui a forma octogonal, e “Dê a preferência”, que possui a forma triangular). Em relação às suas características, grande parte das placas circulares possui fundo branco e contorno vermelho. Quando essas sinalizações são desrespeitadas, os usuários das vias estão cometendo infrações previstas no Capítulo XV do CTB (BRASIL, 1997). A sinalização vertical de regulamentação é classificada em oito categorias e alguns subgrupos, conforme natureza, função, característica e aspecto (BRASIL, 2007, p. 24). Os grupos e subgrupos são: 1. Preferência de passagem 2. Velocidade 3. Sentido de Circulação 4. Movimentos de circulação 4.1. proibidos 4.2. obrigatórios 5. Normas especiais de circulação 5.1. controle de faixas de tráfego 5.2. restrições de trânsito por espécie e categoria de veículo 5.3. modos de operação 6. Controle das características dos veículos que transitam na via 7. Estacionamento 8. Trânsito de pedestres e ciclistas. 698º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Veja alguns exemplos de placas de regulamentação dos oito grupos e seus subgrupos. (1) Parada obrigatória (2) Velocidade máxima permitida (3) Duplo sentido de circulação (4.1) Sentido proibido (4.2) Vire à esquerda (5.1) Conserve-se à direita (5.2) Proibido trânsito de bicicletas (5.3) Proibido acionar buzina ou sinal sonoro (6) Altura máxima permitida (7) Proibido parar e estacionar (8) Pedestre, ande pela direita Quando essas sinalizações são desrespeitadas, os usuários das vias estão cometendo infrações previstas no Capítulo XV, do CTB (BRASIL, 1997). As placas de regulamentação ajudam na segurança de todos os usuários e precisam ser expressamente seguidas. Caso um motorista, por exemplo, desrespeite a velocidade máxima permitida ou faça uma conversão em sentido proibido, ele se expõe a um prejuízo muito maior que o de uma multa, ele coloca sua vida e de outras pessoas em risco. Estratégias didáticas Propõe-se que a atividade seja iniciada apresentando, aos estudantes, as placas de sinalização vertical de regulamentação, que serão usadas no jogo Estações sinalizadas, e que seja feita uma conversa sobre a função delas no trânsito. Uma vez reconhecida a sinalização e organizado o espaço, pode-se fazer o jogo com a turma, o qual prevê a realização de exercícios de ginástica, guiados pela troca de estações, respeitando as orientações das placas de sinalização de regulamentação colocadas em cada uma das estações. Ao final, propõe-se a realização de uma roda de conversa sobre a relação do respeito às regras do jogo com o respeito às regras da sinalização vertical que promove a segurança no trânsito. Acesse! Na página do Ministério da Infraestrutura, é possível acessar o Manual de Sinalização de Regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), com informações sobre as placas de sinalização de trânsito, o qual pode ser acessado em: https://bit. ly/39vHZBz. Construindo os caminhos da atividade 70 ESTAÇÕES SINALIZADAS Atividade com gabarito Estações sinalizadas Ao passar por ruas, avenidas e rodovias é comum que se encontrem placas de sinalização de variados tipos, cores e tamanhos. Cada uma delas tem uma função. As placas que comunicam as regras de circulação no trânsito são as placas de sinalização vertical de regulamentação. Elas podem alertar os usuários para condições, proibições, obrigações e, até mesmo, restrições nas vias urbanas e rurais. Essas placas são facilmente reconhecidas pelos seus contornos com a cor vermelha e pelo fundo branco. Desobedecê-las pode gerar multas, entre outras penalidades. No jogo Estações sinalizadas, a dica é respeitar as placas de sinalização. É hora de jogar! Boa sorte! Antes de iniciar o jogo, organize-se e tenha à disposição: • Quadra esportiva ou espaço compatível. • Placas de regulamentação. • Giz. • Cronômetro ou relógio. Mediação Antes de jogar, propõe-se a realização de uma conversa inicial com os estudantes para comentar as funções das placas verticais de regulamentação utilizadas no trânsito e para apresentar o conjunto de placas de regulamentação que serão utilizadas no jogo Estações sinalizadas. As placas que serão utilizadas podem ser confeccionadas pelos estudantes, e, nesse caso, recomenda-se que sejam reproduzidas com fidedignidade ou, também, podem ser impressas a partir do modelo disponibilizado ao final desta atividade. Antes de iniciar o jogo Estações sinalizadas, é necessário organizar o espaço, montar os times e definir as funções. Para isso, siga as seguintes instruções: • Monte um circuito com oito estações. Coloque uma placa de sinalização vertical de regulamentação e defina um exercício de ginástica para cada estação. • Divida a turma em três equipes, sendo que: uma delas com oito participantes (fiscais); e as outras duas com os demais estudantes divididos em número homogêneo de participantes (Equipe A e Equipe B). • Caso a turma tenha um número ímpar de estudantes, um deles fará a função de guia, ou seja, de Agente de trânsito. Caso o número de participantes seja par, o professor pode assumir esse papel. • Cada fiscal será responsável pelo controle de uma estação. O fiscal será o guardião da placa de sinalização e deverá informar, ao participante da equipe, o exercício de ginástica a ser realizado naquela estação. 718º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação A imagem indica as placas e os exercícios de ginástica sugeridos para cada uma das oito estações. As placas e suas posições devem ser mantidas, no entanto, os exercícios podem ser adaptados e modificados. Depois de organizar o espaço e de separar as equipes, é a hora de realizar o jogo. A seguir, são apresentadas as orientações para o desenvolvimento do jogo. • A cada rodada, participam 8 estudantes, sendo que: 4 integrantes da Equipe A e 4 integrantes da Equipe B; e cada um dos participantes deverá se posicionar em uma estação. • Ao primeiro sinal de apito do guia (Agente de trânsito), os participantes deverão realizar o exercício, informado pelo fiscal da estação, por um período de 30 segundos, até o segundo sinal de apito do guia, quando deverão trocar de estação. • Na hora da troca de estação, não há um sentido pré-definido, ou seja, cada participante poderá ocupar qualquer outra estação desocupada, desde: que, durante o seu deslocamento não desrespeite a placa de sinalização da estação onde se encontra; e que não repita a estação. • Cabe ao fiscal indicar se a placa da sua estação foi respeitada durante a troca de estação. O participante que não respeitar a sinalização deverá sair do jogo. • A rodada acabará quando todos os participantes das Equipes A e B tiverem percorrido as oito estações. • Deverão ser realizadas quantas rodadas forem necessárias para que todos os participantes das Equipes A e B participem do jogo. • Ao final da brincadeira, a equipe que tiver menos participantes eliminados será declarada a “Melhor equipe de segurança viária”. • Sugere-se que o jogo seja repetido de maneira que a equipe de fiscalizadores também realize os exercícios como participantes das Equipes A e B. 72 ESTAÇÕES SINALIZADAS Depois de jogar, responda às perguntas a seguir, em uma roda de conversa com a sua turma. 1) As placas de trânsito, como visto no jogo, têm funções diferentes. Qual a importância de entendê-las e de respeitá-las? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes tracem um paralelo da dinâmica do jogo Estações sinalizadas com o trânsito, evidenciando que o desrespeito à sinalização no jogo causava a punição de ser eliminado e que, na vida real, o desrespeito à sinalização de trânsito aumenta a probabilidade de causar acidentes e coloca em risco a vidas dos usuários do trânsito. Por isso, é importante entender o significado das placas e respeitá-las. 2) O que podeocorrer se a sinalização de regulamentação for desrespeitada? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes mencionem que, quando essas sinalizações são desrespeitadas, os usuários das vias estão cometendo infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). As placas de regulamentação ajudam na segurança de todos os usuários e precisam ser seguidas, e o desrespeito delas expõe os usuários não somente ao prejuízo material (como com uma multa ou com danos ao veículo), mas sim aos riscos físicos (como com sequelas e com perda de vida) a si mesmos e a outros usuários. 3) As placas de regulamentação são importantes para você, em sua condição de pedestre? Por quê? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes identifiquem que é possível verificar, por meio das sinalizações verticais de regulamentação de trânsito, os locais permitidos e os locais proibidos para circulação de pedestre, como, por exemplo, em um cruzamento, em qual direção os veículos estão seguindo, além de outras situações em que conhecer a sinalização ajuda o pedestre a adotar atitudes mais seguras. Mediação Para o fechamento da atividade, sugere-se a realização de uma roda de conversa com os estudantes para a troca de informações sobre a importância da sinalização de regulamentação para a segurança no trânsito, a partir das respostas das três perguntas. Nessa conversa, é importante realçar, aos estudantes, os riscos envolvidos ao não respeitar as regras e a sinalização de trânsito e a necessidade de adoção de atitudes seguras ao transitar para garantir o bom funcionamento do trânsito e a segurança dos usuários. Avaliação A avaliação pode ser realizada na dinâmica do jogo, observando-se se os estudantes compreenderam a sistemática, o significado e a funcionalidade das placas de sinalização vertical de regulamentação, bem como se fizeram o reconhecimento delas para a segurança no trânsito. Além disso, a realização da roda de conversa, ao final, possibilita perceber como os estudantes se expressam e como compreenderam o jogo e a importância da sinalização. Outras conexões Partindo do jogo proposto nesta atividade, pode-se pedir, aos estudantes, que criem uma nova brincadeira ou um novo jogo, utilizando as placas de sinalização vertical de regulamentação de trânsito. Um exemplo de brincadeira que pode ser adaptada é: Caça ao tesouro (a partir da orientação das placas). Compartilhe! Conte-nos como foi a recepção desta atividade pelos estudantes: envie-nos fotos e/ou vídeos da atividade! Você e os estudantes são os protagonistas do Programa Conexão DNIT. Aprimorando práticas e ampliando conexões 738º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 17 fev. 2020. BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de regulamentação – volume I. Brasília, DF: CONTRAN, 2007. Disponível em: https://infraestrutura.gov.br/images/Educacao/ Publicacoes/Manual_VOL_I_2.pdf. Acesso em: 29 fev. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 02 abr. 2020. Referências 758º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO FL EX ÃO D E BR AÇ O V IR E À E SQ U ER DA C O RR ER N O M ES M O LU G A R PR O IB ID O R ET O N A R À E SQ U ER DA 778º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO A BD O M IN A L C A N IV ET E PR O IB ID O V IR A R À E SQ U ER DA PR A N C H A PR O IB ID O V IR A R À D IR EI TA 798º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO BU RP EE V IR E À D IR EI TA PO LI C H IN EL O SI G A E M F RE N TE 818º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO C A N G U RU D U PL O S EN TI D O D E C IR C U LA Ç ÃO A BD O M IN A L R EM A D O R SE N TI D O P RO IB ID O 838º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Estações sinalizadas Ao passar por ruas, avenidas e rodovias é comum que se encontrem placas de sinalização de variados tipos, cores e tamanhos. Cada uma delas tem uma função. As placas que comunicam as regras de circulação no trânsito são as placas de sinalização vertical de regulamentação. Elas podem alertar os usuários para condições, proibições, obrigações e, até mesmo, restrições nas vias urbanas e rurais. Essas placas são facilmente reconhecidas pelos seus contornos com a cor vermelha e pelo fundo branco. Desobedecê-las pode gerar multas, entre outras penalidades. No jogo Estações sinalizadas, a dica é respeitar as placas de sinalização. É hora de jogar! Boa sorte! Antes de iniciar o jogo, organize-se e tenha à disposição: • Quadra esportiva ou espaço compatível. • Placas de regulamentação. • Giz. • Cronômetro ou relógio. Antes de iniciar o jogo Estações sinalizadas, é necessário organizar o espaço, montar os times e definir as funções. Para isso, siga as seguintes instruções: • Monte um circuito com oito estações. Coloque uma placa de sinalização vertical de regulamentação e defina um exercício de ginástica para cada estação. • Divida a turma em três equipes, sendo que: uma delas com oito participantes (fiscais); e as outras duas com os demais estudantes divididos em número homogêneo de participantes (Equipe A e Equipe B). • Caso a turma tenha um número ímpar de estudantes, um deles fará a função de guia, ou seja, de Agente de trânsito. Caso o número de participantes seja par, o professor pode assumir esse papel. • Cada fiscal será responsável pelo controle de uma estação. O fiscal será o guardião da placa de sinalização e deverá informar, ao participante da equipe, o exercício de ginástica a ser realizado naquela estação. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 84 ESTAÇÕES SINALIZADAS Depois de organizar o espaço e de separar as equipes, é a hora de realizar o jogo. A seguir, são apresentadas as orientações para o desenvolvimento do jogo. • A cada rodada, participam 8 estudantes, sendo que: 4 integrantes da Equipe A e 4 integrantes da Equipe B; e cada um dos participantes deverá se posicionar em uma estação. • Ao primeiro sinal de apito do guia (Agente de trânsito), os participantes deverão realizar o exercício, informado pelo fiscal da estação, por um período de 30 segundos, até o segundo sinal de apito do guia, quando deverão trocar de estação. • Na hora da troca de estação, não há um sentido pré-definido, ou seja, cada participante poderá ocupar qualquer outra estação desocupada, desde: que, durante o seu deslocamento não desrespeite a placa de sinalização da estação onde se encontra; e que não repita a estação. • Cabe ao fiscal indicar se a placa da sua estação foi respeitada durante a troca de estação. O participante que não respeitar a sinalização deverá sair do jogo. • A rodada acabará quando todos os participantes das Equipes A e B tiverem percorrido as oito estações. • Deverão ser realizadas quantas rodadas forem necessárias para que todos os participantes das Equipes A e B participem do jogo. • Ao final da brincadeira, a equipe que tiver menos participantes eliminados será declarada a “Melhor equipe de segurança viária”. • Sugere-se que o jogo seja repetido de maneira que a equipe de fiscalizadores também realize os exercícios como participantes das Equipes A e B. Depois de jogar, responda às perguntas a seguir, em uma roda de conversa com a sua turma. 1) As placas de trânsito,como visto no jogo, têm funções diferentes. Qual a importância de entendê-las e de respeitá-las? 2) O que pode ocorrer se a sinalização de regulamentação for desrespeitada? 3) As placas de regulamentação são importantes para você, em sua condição de pedestre? Por quê? 858º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Sinalizações de advertência O respeito às sinalizações fará do trânsito um ambiente mais seguro para todos os seus usuários Articulação didática Esta atividade aborda a importância e os significados das placas de sinalização vertical de advertência para a segurança dos usuários do trânsito. Nela, propõe-se a realização, com os estudantes, de um jogo, com práticas de arremesso do basquete, em que a combinação entre a cesta feita e o acerto do nome/significado de uma placa de trânsito acumulam pontos para a equipe. A atividade está relacionada com a disciplina de Educação Física em esportes de invasão, usando-se habilidades técnico-táticas básicas. Objeto de conhecimento Esportes de invasão – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Placas de sinalização vertical de advertência de trânsito. Competência Compreender a importância das placas de advertência para a segurança viária. Habilidade Apontar o significado e a importância das placas de advertência para a segurança nas vias. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, figuras de placas de trânsito, quadra esportiva com tabela de basquete, bola de basquete e cronômetro. Para promover a segurança no trânsito, existem vários tipos de regras e de formas de comunicação. A sinalização vertical de advertência é um exemplo de comunicação visual do trânsito. No texto Sinalização vertical de advertência, são apresentadas a função e as características desse tipo de sinalização. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 86 SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA Sinalização vertical de advertência As placas de trânsito fazem parte da chamada sinalização vertical, esta que engloba toda sinalização fixada na posição vertical, ao lado das vias ou suspensa sobre estas. A finalidade dessas placas é de fornecer, aos usuários, informações que lhes permitam transitar de forma adequada, de modo a aumentar a segurança, a ordenar os fluxos de tráfego e, ainda, a prestar-lhes informações de orientação e de localização. As placas possuem funções, formas e cores diferenciadas. Quando um usuário do trânsito não respeita a sinalização, ele pode colocar a própria vida e de outras pessoas em risco. A sinalização vertical pode ser de regulamentação, de advertência e de indicação. Neste texto, será caracterizada a sinalização de advertência que tem a finalidade de alertar os usuários das condições potencialmente perigosas, dos obstáculos ou das restrições existentes na via ou em locais próximos. Os sinais dessas placas indicam a natureza das situações adversas à frente, sejam permanentes, sejam eventuais (BRASIL, 2007, p. 11). Quadrada é a forma padrão destinada às placas de advertência, sendo que uma das suas diagonais deve ficar na posição vertical. As placas de advertência possuem fundo amarelo, com contorno preto. Essas placas exigem, geralmente, do condutor, uma redução de velocidade com o objetivo de propiciar maior segurança no trânsito. O Volume II do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: Sinalização Vertical de Advertência (BRASIL, 2007) apresenta 69 sinais de advertência subdivididos em grupos e em subgrupos, conforme a natureza, a função, a característica e o aspecto do trânsito que advertem. Essa divisão tem o objetivo de facilitar o entendimento dessas sinalizações. Os grupos e os subgrupos são os seguintes: 1. Curvas Horizontais 1.1. Curvas isoladas 1.2. Sequência de curvas 2. Interseções 3. Controle de Tráfego 4. Interferência de Transporte 5. Condições da Superfície da Pista 6. Perfil Longitudinal 7. Traçado da Pista 8. Obras 9. Sentido de Circulação 10. Situações de Risco Eventual 11. Pedestres e Ciclistas 12. Restrições de Dimensões e Peso de Veículos (BRASIL, 2007, p.14) No quadro a seguir, há alguns exemplos de sinais vertical de advertência, com seus nomes e seus respectivos significados. 878º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Sinal Nome e significado Curva acentuada à esquerda Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de uma curva acentuada à esquerda. Curva à direita Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de uma curva à direita. Cruzamento de vias Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de um cruzamento de duas vias em nível. Semáforo à frente Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de uma sinalização semafórica de regulamentação. Parada obrigatória à frente Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de um sinal de “Parada obrigatória”. Saliência ou lombada Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de saliência, de lombada ou de ondulação transversal sobre a superfície de rolamento. Obras Adverte o usuário da via de interferência devido à existência de obras adiante. Sentido único Adverte o condutor do veículo quanto ao sentido de circulação da via. 88 SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA Sinal Nome e significado Trânsito de ciclistas Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de trecho de pista ao longo do qual ciclistas circulam pela via ou cruzam a pista. Trânsito compartilhado por ciclistas e pedestres Adverte o ciclista e o pedestre da existência, adiante, de trecho de via com trânsito compartilhado. Animais Adverte o condutor do veículo da possibilidade de presença, adiante, de animais na via. Trânsito de pedestres Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de trecho de via com trânsito de pedestres. Passagem sinalizada de pedestres Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de local sinalizado com faixa de travessia de pedestres. Área escolar Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de trecho de via com trânsito de escolares. Passagem sinalizada de escolares Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de local sinalizado com faixa de travessia de pedestres com predominância de escolares. Crianças Adverte o condutor da existência, adiante, de área adjacente utilizada para o lazer de crianças. 898º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Sinal Nome e significado Passagem de nível sem barreira Adverte o condutor do veículo da existência, adiante, de um cruzamento com linha férrea em nível e sem barreira. Rua sem saída Adverte o condutor do veículo da existência de via sem continuidade. Adaptado de BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de advertência – volume II. Brasília, DF: CONTRAN, 2007. https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos- denatran/educacao/publicacoes/manual_vol_ii_-2.pdf. Acesso em: 18 jan. 2021. Estratégias didáticas Sugere-se que esta atividade seja iniciada com uma conversa com os estudantes, na qual sejam apresentados o sinal de algumas das placas de sinalização vertical de advertência, o nome e o significado de cada uma delas, promovendo-se, assim, um debate sobre a importância e a função dessas placas no trânsito. Na sequência, propõe-se que os estudantes, divididos em 2 equipes, realizem o jogo Sinalizações de advertência. Nele, cada equipe precisará acertar, dentro do tempo estipulado, o máximo da seguinte combinação: acertos de cestas; e acertos do nome/significado das placas de sinalização vertical de advertência. Ao final, propõe-se a realização de uma roda de conversa com a turma para que os estudantes possam discutir sobre a importância de respeitar as placas de sinalização vertical de advertência,na condição de condutoras de diferentes tipos de veículos automotores. Inspirar, sensibilizar e mobilizar os educadores para inserção da Educação para o Trânsito no dia a dia das escolas, buscando preservar vidas, têm sido as principais motivações para a criação e o desenvolvimento das atividades pedagógicas do Programa Conexão DNIT. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET) LabTrans/UFSC Apresentação Situações ou realidades que colocam as pessoas em risco são, costumeiramente, associadas a crimes organizados em grandes cidades, a catástrofes naturais e a doenças, por exemplo. Independentemente da percepção de risco que se tenha, os sinistros de trânsito ocuparam, em 2018, o 8º lugar na relação de maiores causadores de morte no planeta, segundo pesquisa publicada no Relatório Global do Estado da Segurança Viária 20181. Esse mesmo relatório, da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que o trânsito é o maior causador de mortes em todo o mundo quando se olha apenas para as causas evitáveis, ou seja, aquelas que são possíveis de serem prevenidas com atitudes humanas. De modo a destacar essa urgência, alguns dos pontos mencionados no relatório, além dos aspectos de má conservação da infraestrutura das estradas, foram: as principais causas de mortes de jovens (de 15 a 29 anos) e de crianças (de 5 a 14 anos) são as lesões ocasionadas no trânsito; metade das mortes registradas no trânsito no mundo são de pedestres, de ciclistas e de motociclistas, considerados os usuários mais vulneráveis desse sistema; e o excesso de velocidade é uma das três principais causas de acidentes de trânsito. Dentre tantos fatores que potencializam esses dados, há de se pôr em evidência que os comportamentos inadequados e a falta de responsabilidade e de clareza dos usuários no que concerne ao respeito às normas de trânsito são uma emergência a ser reparada. Para mudar esse comportamento, é preciso que sejam feitos exercícios de autoanálise, de observação sobre as próprias atitudes em relação ao trânsito. Além disso, é importante estar ciente da dimensão dessa problemática na sociedade, sendo impensável promover uma mudança tão significativa sem despertar transformações em seu sistema de ensino. Toda escola, considerando-se até mesmo a inserção dela em quaisquer um dos diversos contextos regionais do país, representa, para sua comunidade, um espaço de trocas e de vivências com o potencial de gerar transformações e movimentos. Por isso que é tão importante que a Educação para o Trânsito seja abordada em todos níveis de ensino. Nesse contexto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), através do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET), do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), concebeu um programa de Educação para o Trânsito voltado para a promoção da cultura de paz e de segurança no trânsito: o Programa Conexão DNIT. As atividades educacionais foram pensadas para que os professores levem o conteúdo de educação para o trânsito para as salas de aula, ao longo de todo o ano letivo, integrando as temáticas de trânsito aos conteúdos do currículo formal. A característica fundamental do material paradidático é o enfoque do trânsito como tema transversal, local e de urgência social. A transversalidade propõe a integração desse tema com os conteúdos disciplinares de maneira que complemente o currículo e que seja trabalhado de forma efetiva, dinâmica e lúdica. O trânsito, portanto, é um tema social para ser trabalhado na escola, escolhido em função das urgências que a sociedade apresenta, e que representam aspectos relevantes da realidade. 1 World Health Organization – WHO. Global status report on road safety 2018. France: World Health Organization, c2018. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/ item/9789241565684#:~:text=The%20Global%20status%20report%20on,people%20aged%20 5%2D29%20years. Acesso em: 11 dez. 2020. Se, de um lado, as legislações de trânsito citam que esse tema deva compor os conteúdos de sala de aula, por outro lado, as diretrizes pedagógicas mencionam o trânsito como uma temática a ser transversalizada. Ou seja, a Educação para o Trânsito está prevista na legislação brasileira, a partir do Artigo 76, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O item I do parágrafo único, do referido artigo, ressalta: “[...] a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trânsito”2. Além disso, a abordagem do trânsito como tema transversal está indicada nas Diretrizes Nacionais de Educação para o Trânsito, do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), desde 20093. Por sua vez, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)4 citam o trânsito como um tema local; e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)5 define o trânsito como tema transversal. No documento Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Contexto Histórico e Pressupostos Pedagógicos6, está exibido que a Educação para o Trânsito compõe o grupo de 15 Temas Contemporâneos Transversais (TCTs), voltados para as questões sociais e para a cidadania, fazendo a associação dos conteúdos escolares com a realidade vivida dos estudantes. Sustentado por esses preceitos, o Programa Conexão DNIT foi concebido como uma iniciativa estruturada em rede e direcionada para as escolas de Ensino Fundamental e se destaca por oferecer uma proposta de metodologia inovadora, sustentável e colaborativa de Educação para o Trânsito. Através de seu portal web7 e do aplicativo móvel8, o Programa disponibiliza um banco de atividades que articulam conteúdos de trânsito com os conteúdos de todas as disciplinas, a partir dos objetos de conhecimento previstos pela BNCC para os anos escolares de 1º a 9º, na área “Atividades”. Essa área apresenta, aos usuários, a busca, a recuperação e o download das atividades de Educação para o Trânsito desenvolvidas, bem como suas orientações de uso. 2 BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 02 set. 2021. 3 Id. Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN. Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental. Brasília, DF: Ministério da Infraestrutura, 2009. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-denatran/portarias/2009/ PORTARIA_DENATRAN_147_09_ANEXO_II_DIRETRIZES_EF.pdf. Acesso em: 02 set. 2021. 4 Id. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais. Brasília, DF: MEC, 1998. 5 Id. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 02 set. 2021. 6 Id. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Contexto Histórico e Pressupostos Pedagógicos. Brasília, DF: MEC, 2019. 7 Disponível em: https://servicos.dnit.gov.br/conexao/#/. 8 Aplicativo disponível para Android e para iOS. SUMÁRIO 19 23 27 24 29 39 47 55 67 85 Introdução Educação para o Trânsito como tema transversal Transversalidade Atividades pedagógicas transversais de Educação para o Trânsito Gentileza no transporte público Respeito à diversidade e às diferenças no trânsito As mudanças climáticas e o atropelamento de animais nas vias O trânsito e os impactos ambientais Estações sinalizadas Sinalizações de advertência Os pedestres e os cruzamentos entre vias Em segurança, na garupa de motocicletas! O primeiro metrô da história Os veículos e os impactos que causam ao meio ambiente Beware with traffic distractions! Traffic telephone game “Carro-dependente” Por onde caminha a sua atenção? Frota de veículos no Brasil A sinalização vertical do trânsito e a cidadania 139 149fazendo-se um paralelo entre as situações vivenciadas no jogo realizado e o trânsito cotidiano. Atividade com gabarito Sinalizações de advertência As placas de sinalizações de advertência no trânsito são de cor amarela e têm a finalidade de alertar os usuários das condições com potenciais riscos, obstáculos ou restrições existentes na via ou nas proximidades dela. Essas placas exigem, geralmente, do condutor, uma redução de velocidade com o objetivo de propiciar maior segurança no trânsito. Você já viu placas de advertência onde mora? Observe as placas de advertência presentes nesta atividade e preste bem atenção, pois você vai precisar saber o significado delas na hora de jogar! Construindo os caminhos da atividade 90 SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA Mediação Sugere-se que uma roda de conversa inicial seja feita com a turma, para apresentar as placas de trânsito que serão utilizadas no jogo e para que possam conversar sobre o significado e a importância de cada uma das placas de sinalização vertical de advertência no trânsito. Pode-se questionar, aos estudantes, se eles já conhecem ou se já viram alguma dessas placas onde moram e se entendiam o significado delas, refletindo-se, assim, sobre a importância das placas de advertência para a segurança no trânsito. Mesmo sendo placas direcionadas aos condutores, em sua maioria, é importante os estudantes refletirem sobre a presença das placas no cotidiano deles, porque elas os ajudam: a construir a consciência sobre o comportamento dos condutores; a antecipar riscos; e a tomar atitudes seguras. Caso não seja possível realizar a impressão colorida das imagens, sugere-se que seja feita a impressão em preto e branco, lembrando os estudantes de que elas são da cor amarela. Para participar do jogo Sinalizações de advertência, você precisará se lembrar do significado de cada uma dessas placas apresentadas para ajudar sua equipe a pontuar. É hora de jogar! Boa sorte! Antes de iniciar o jogo, organize-se e tenha à disposição: • Quadra esportiva (ou espaço compatível) com cesta de basquete. • Figuras das placas de sinalização vertical de advertência. • Caixa para colocar as figuras das placas. • Bola de basquete. • Cronômetro. Ainda nessa etapa inicial, é necessário organizar o espaço, montar os grupos e definir a ordem de início. Para isso, siga as seguintes instruções: • Divida a turma em 2 equipes e escolha, em comum acordo, qual equipe fará os arremessos primeiro. • Coloque as figuras das placas em uma caixa, para que possam ser escolhidas, pelos jogadores, aleatoriamente. • Faça 3 diferentes marcações na quadra. A distância mais perto da cesta valerá 1 ponto, a do meio, 2 pontos, e a mais longe, 3 pontos. • Organize, em fila e a partir do centro da quadra, os jogadores da equipe que irão fazer os arremessos. • Defina um tempo limite para que cada equipe execute os arremessos. 918º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação É importante que o tempo definido para cada equipe permita que todos seus integrantes tenham a oportunidade de arremessar a bola na cesta, pelo menos, uma vez. Para isso, antes de iniciar o jogo, pode ser feita uma rodada de teste, calculando-se, assim, um tempo necessário para a atividade ser executada por todos os jogadores, considerando-se o tempo para realizar os arremessos e o tempo para responder o significado e a função das placas. Depois de organizar o espaço e de separar as equipes, é hora de realizar o jogo. A seguir, são apresentadas as orientações para o desenvolvimento do jogo: • Com a primeira equipe escolhida, o primeiro jogador dela, com a bola em mãos, aguardará o sinal do professor e escolherá uma das posições marcadas na quadra para fazer o arremesso. • Cada jogador terá 3 tentativas para acertar a cesta, sempre do lugar que ele escolheu inicialmente. • Se conseguir fazer a cesta, o jogador se dirigirá até a caixa, pegará uma imagem de placa de sinalização de advertência, entregará ao professor e se dirigirá ao final da fila. • O professor mostrará a imagem da placa para a equipe, sem que a equipe adversária possa ver. O jogador que estiver no início da fila deverá dizer o significado da placa. Caso não acerte, o segundo e o terceiro jogador, respectivamente, terão, cada um, uma chance de responder. • Caso a equipe acerte, será somado, ao placar, o número de pontos correspondente à posição que o jogador da equipe fez o arremesso. Se a equipe errar, não serão somados pontos ao placar, mesmo que o jogador tenha acertado o arremesso à cesta. • Caso o jogador erre os arremessos, ele se dirigirá ao final da fila, e o próximo da fila continuará o jogo, seguindo as mesmas orientações. • O objetivo é conseguir fazer o maior número de pontos dentro do tempo estipulado. • Quando o tempo estabelecido chegar ao final, a próxima equipe iniciará o jogo, seguindo as mesmas orientações. • Ao final do jogo, a vencedora não é, necessariamente, quem fez mais cestas, mas sim a equipe que conseguiu somar mais acertos ao dizer o significado das placas. Essa equipe será nomeada a “Melhor equipe de segurança viária”. Caso dê empate, a turma será considerada “Turma em prol da segurança viária”. Mediação Para que a segunda equipe não saiba o nome de cada placa dito pela primeira equipe, sugere-se que a equipe adversária não veja as placas, que somente escute as respostas. Além disso, propõe-se que, para que seja considerado acerto, os estudantes podem tanto dizer o nome da placa quanto explicar o significado dela, sendo que não é necessário que seja dito o nome exato da placa. Após terminar o jogo, sugere-se que, ao declarar uma das equipes como a “Melhor equipe de segurança viária”, seja frisado, com a turma, que o trânsito é um ambiente coletivo e que não existe um único vencedor. Todos ganham quando os usuários (condutores, passageiros, ciclistas e pedestres) adotam atitudes seguras ao transitar e todos perdem quando são desrespeitadas as regras e as sinalizações do trânsito, aumentando-se o risco de acidentes e de fatalidades. 92 SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA Depois de jogar, reflita sobre a seguinte questão, em uma roda de conversa com seus colegas. 1) Qual a importância de saber o nome e o significado das placas verticais de sinalização de advertência e de respeitá-las? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes apresentem reflexões acerca da importância das placas de advertência, principalmente, para as condições que têm no trânsito (condutores, pedestres, ciclistas e passageiros) e que digam que respeitá-las faz do trânsito um local mais harmonioso e seguro. Mediação Para o fechamento da atividade, sugere-se a realização de uma roda de conversa com os estudantes, guiada pela questão colocada, em que possam refletir sobre a importância de os usuários do trânsito saberem o significado de cada uma das placas de advertência e de respeitá-las. É importante reiterar que a maioria das placas de advertência são destinadas aos condutores. Entre as placas usadas na atividade apenas uma destina-se aos ciclistas e aos pedestres. Mesmo assim, conhecer as sinalizações ajuda os pedestres e os ciclistas a se localizarem melhor no trânsito e a compreenderem o fluxo deste e o comportamento esperado dos condutores e a perceberem os riscos desse espaço. Neste último ponto, é possível fazer um paralelo com o jogo, conversando com os estudantes que, quando eles escolheram, no jogo, a distância maior para ganhar mais pontos, ficaram mais expostos ao risco. Isso também acontece no trânsito: quando se fazem escolhas e se adotam atitudes inseguras, há maior exposição ao risco, aumentando-se as chances de acontecerem acidentes. Avaliação Nesta atividade, a avaliação pode ser feita considerando-se a participação e a colaboração dos estudantes no jogo. Pode-se avaliar se eles conseguiram, coletivamente, cumprir o objetivo proposto, reconhecendo o significado e a função das placas de sinalizaçãovertical de advertência apresentadas e, principalmente, percebendo a importância dessas sinalizações para a segurança dos usuários do trânsito. Outras conexões Agora que os estudantes já conhecem a função e o significado de algumas sinalizações verticais de advertência, é possível conhecer as demais sinalizações a partir de uma nova brincadeira. Nela, os estudantes podem desenhar o sinal da placa a partir da leitura do significado dela. Outra possibilidade de continuidade desta atividade é solicitar, aos estudantes, que observem, no entorno escolar e na região próxima à residência deles, a presença das placas de advertência e se elas são respeitadas, para, posteriormente, em uma roda de conversa, fazer o reconhecimento do nome e do significado daquelas que influenciam na segurança dos pedestres e dos ciclistas. A partir da observação proposta, também é possível avaliar as carências ou os problemas de sinalização perto da escola e conversar (sob a mediação da gestão da escola) com os órgãos locais de trânsito para buscar melhorias nas sinalizações. Tá combinado? Conheça melhor a sinalização de trânsito, pois isso contribui para que você: compreenda as ações dos condutores, tome cuidado com os riscos ao seu redor e tenha atitudes defensivas! Compartilhe! Conte-nos como foi realizar esta atividade com os estudantes! Para descrever esse momento, não se esqueça de nos enviar fotos e/ou vídeos da dinâmica feita. Você e os estudantes fazem parte do Programa Conexão DNIT! Aprimorando práticas e ampliando conexões 938º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 03 set. 2020. BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de advertência – volume II. Brasília, DF: CONTRAN, 2007. https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-denatran/ educacao/publicacoes/manual_vol_ii_-2.pdf. Acesso em: 18 jan. 2021. Referências 958º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 978º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 998º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 1018º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Sinalizações de advertência As placas de sinalizações de advertência no trânsito são de cor amarela e têm a finalidade de alertar os usuários das condições com potenciais riscos, obstáculos ou restrições existentes na via ou nas proximidades dela. Essas placas exigem, geralmente, do condutor, uma redução de velocidade com o objetivo de propiciar maior segurança no trânsito. Você já viu placas de advertência onde mora? Observe as placas de advertência presentes nesta atividade e preste bem atenção, pois você vai precisar saber o significado delas na hora de jogar! Para participar do jogo Sinalizações de advertência, você precisará se lembrar do significado de cada uma dessas placas apresentadas para ajudar sua equipe a pontuar. É hora de jogar! Boa sorte! Antes de iniciar o jogo, organize-se e tenha à disposição: • Quadra esportiva (ou espaço compatível) com cesta de basquete. • Figuras das placas de sinalização vertical de advertência. • Caixa para colocar as figuras das placas. • Bola de basquete. • Cronômetro. Ainda nessa etapa inicial, é necessário organizar o espaço, montar os grupos e definir a ordem de início. Para isso, siga as seguintes instruções: • Divida a turma em 2 equipes e escolha, em comum acordo, qual equipe fará os arremessos primeiro. • Coloque as figuras das placas em uma caixa, para que possam ser escolhidas, pelos jogadores, aleatoriamente. • Faça 3 diferentes marcações na quadra. A distância mais perto da cesta valerá 1 ponto, a do meio, 2 pontos, e a mais longe, 3 pontos. • Organize, em fila e a partir do centro da quadra, os jogadores da equipe que irão fazer os arremessos. • Defina um tempo limite para que cada equipe execute os arremessos. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 102 SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA Depois de organizar o espaço e de separar as equipes, é hora de realizar o jogo. A seguir, são apresentadas as orientações para o desenvolvimento do jogo: • Com a primeira equipe escolhida, o primeiro jogador dela, com a bola em mãos, aguardará o sinal do professor e escolherá uma das posições marcadas na quadra para fazer o arremesso. • Cada jogador terá 3 tentativas para acertar a cesta, sempre do lugar que ele escolheu inicialmente. • Se conseguir fazer a cesta, o jogador se dirigirá até a caixa, pegará uma imagem de placa de sinalização de advertência, entregará ao professor e se dirigirá ao final da fila. • O professor mostrará a imagem da placa para a equipe, sem que a equipe adversária possa ver. O jogador que estiver no início da fila deverá dizer o significado da placa. Caso não acerte, o segundo e o terceiro jogador, respectivamente, terão, cada um, uma chance de responder. • Caso a equipe acerte, será somado, ao placar, o número de pontos correspondente à posição que o jogador da equipe fez o arremesso. Se a equipe errar, não serão somados pontos ao placar, mesmo que o jogador tenha acertado o arremesso à cesta. • Caso o jogador erre os arremessos, ele se dirigirá ao final da fila, e o próximo da fila continuará o jogo, seguindo as mesmas orientações. • O objetivo é conseguir fazer o maior número de pontos dentro do tempo estipulado. • Quando o tempo estabelecido chegar ao final, a próxima equipe iniciará o jogo, seguindo as mesmas orientações. • Ao final do jogo, a vencedora não é, necessariamente, quem fez mais cestas, mas sim a equipe que conseguiu somar mais acertos ao dizer o significado das placas. Essa equipe será nomeada a “Melhor equipe de segurança viária”. Caso dê empate, a turma será considerada “Turma em prol da segurança viária”. 1038º ANO | EDUCAÇÃO FÍSICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 1) Qual a importância de saber o nome e o significado das placas verticais de sinalização de advertência e de respeitá-las? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Conheça melhor a sinalização de trânsito, pois isso contribui para que você: compreenda as ações dos condutores, tome cuidado com os riscos ao seu redor e tenha atitudes defensivas! 1058º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Os pedestres e os cruzamentos entre vias Fazendo travessias de mãos dadas com a segurança! Articulação didática A atividade promove uma reflexão sobre as escolhas e as ações responsáveis do pedestre no trânsito, por meio da leitura, da interpretação de croquis e do mapeamento de elementos de segurança nos cruzamentos entre vias. Objeto de conhecimento Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Pedestres e cruzamentos entre vias. Competência Compreender as medidas de segurança adequadas ao trânsito de pedestres em diferentes tipos de cruzamentos. Habilidades Reconhecer os diferentes tipos de cruzamento e as opções adequadas de segurança para a travessia de pedestres nessesespaços. Discutir sobre as condições de segurança em cruzamentos presentes no espaço de vivência e propor melhorias para o trânsito. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia. Para a adoção de ações responsáveis no trânsito, é importante compreender em que medida as ações dos pedestres podem ser planejadas conhecendo as orientações estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997) para os deslocamentos realizados por eles. O Texto Também no trânsito, a vida é feita de escolhas refere-se à importância das escolhas que são realizadas pelos pedestres e seus reflexos na segurança ao transitar. Apresentando o percurso pedagógico Conectando saberes do trânsito Professor(a) 106 OS PEDESTRES E OS CRUZAMENTOS ENTRE VIAS Também no trânsito, a vida é feita de escolhas Diariamente, as pessoas vivenciam situações em que é necessário realizar escolhas. A vida é feita de escolhas, e uma decisão equivocada, impensada ou inconsequente pode provocar infortúnios, às vezes, de forma irrecuperável. Por outro lado, há sempre a possibilidade de planejar ações e de prever os riscos envolvidos nas escolhas a serem feitas, de forma a minimizar os potenciais problemas que poderão surgir, para alcançar os objetivos decorrentes das escolhas feitas. No trânsito, não é diferente! Perceber e ter consciência dos riscos ao transitar é essencial para sustentar a adoção de decisões e a realização de escolhas responsáveis, as quais devem estar comprometidas com a segurança pessoal e com a dos demais usuários do sistema trânsito, seja na condição de pedestre, de ciclista, de passageiro, de motociclista, seja na condição de motorista. Como pedestres, para se seguir por diferentes caminhos, precisa-se escolher alternativas e adotar decisões, como: qual rota a ser seguida; quando parar; onde parar; para onde olhar; e, ainda, quando avançar. Cada situação vivenciada oferece riscos, os quais necessitam ser percebidos e avaliados para, com isso, poder fazer escolhas seguras, com os objetivos de evitar acidentes e de salvar vidas. Ao atravessar uma rua ou uma avenida, por exemplo, o pedestre pode contar com a segurança das faixas de pedestres e, também, dos semáforos. Em relação às rodovias, às avenidas ou aos outros tipos de vias de trânsito rápido, o pedestre pode desfrutar da segurança das passarelas ou das passagens subterrâneas. No que diz respeito aos cruzamentos, é fundamental que o pedestre compreenda que os veículos e as pessoas transitam em um mesmo espaço e que podem fazer escolhas conflituosas. Reconhecer os elementos de segurança, as diversas informações e as situações encontradas é fundamental para apoiar a adoção de decisão para realizar uma travessia segura. A educação para o trânsito pode contribuir, em um primeiro momento, para o reconhecimento de diferentes imagens do cotidiano do trânsito e os seus riscos intrínsecos e, em um segundo momento, para despertar a consciência dos estudantes e para promover a mudança de comportamento deles, estimulando-os a adotarem decisões que vão ao encontro do aumento da segurança dos usuários do sistema trânsito. Aprender a ter uma visão ampliada e abrangente das imagens cotidianas do trânsito permite a antecipação de situações a serem vivenciadas e, consequentemente, a previsão de riscos envolvidos. Para garantir a segurança do pedestre, um dos usuários mais vulneráveis do trânsito, é extremamente importante que ele tenha consciência do tipo de via em que está transitando, quais os perigos envolvidos e quais as condições de segurança necessárias nesses espaços. Sobretudo, é necessário que tenha atitudes seguras. Estratégias didáticas A atividade pode ser iniciada com a leitura de um texto que dialoga sobre os cruzamentos, destacando as características desses espaços e os cuidados que precisam ser adotados neles. Em seguida, orienta-se que os estudantes façam a leitura de um croqui e que pensem sobre os procedimentos de segurança que devem ser considerados ao atravessar um cruzamento. Na sequência, solicita- se, a eles, que elaborem um croqui relacionado a um cruzamento conhecido, indicando, no próprio desenho, melhorias que podem ser feitas nas condições de segurança dos pedestres. Acesse! O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu Artigo 69, dispõe sobre orientações a serem observadas para a travessia de vias pelos pedestres e pode ser acessado em: http://bit. ly/33D8TVQ. Construindo os caminhos da atividade 1078º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Atividade com gabarito Os pedestres e os cruzamentos entre vias Os cruzamentos são espaços compartilhados por veículos, por motocicletas, por bicicletas e por pedestres, o que, por vezes, tornam-nos conflituosos. Reconhecer os elementos de segurança, as diversas informações existentes e as situações encontradas é fundamental para apoiar a tomada de decisão com o objetivo de realizar uma travessia segura. O texto Realizando travessias próximas a cruzamentos apresenta algumas orientações e algumas normas adotadas para esses locais de travessia. Mediação Antes de iniciar a atividade, é importante conversar com os estudantes sobre o que sabem sobre cruzamentos e se estes existem nas proximidades da escola ou de suas casas. Para estimular a troca de informações entre os estudantes da turma, pode ser solicitado que detalhem como são esses cruzamentos, que descrevam de que forma costumam atravessá-los e, ainda, se sentem-se seguros ao atravessá-los. Realizando travessias próximas a cruzamentos Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os cruzamentos são interseções de duas vias de mesmo nível. Isso significa que um cruzamento é sinônimo de quando uma via “corta” a outra, sendo que essas vias podem ser duas ruas, duas avenidas, duas rodovias, entre outras. Assim como as vias se cruzam, o pedestre também cruza as vias, quando atravessa, de um lado para o outro, próximo a essas interseções. O Artigo 69 do CTB dispõe sobre orientações a serem observadas, pelos pedestres de uma forma geral, para a travessia de vias, recomendando a eles que, ao fazer a travessia, é importante considerar as condições de visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, sempre utilizando as faixas de pedestres ou as passagens subterrâneas e as passarelas. Especificamente, ao realizar a travessia em um cruzamento ou próximo a ele, o pedestre deve ter atenção redobrada, pois os veículos podem entrar na via a partir de diferentes direções. Nas situações em que os cruzamentos tiverem semáforos para o pedestre, a travessia deve ser feita quando for indicada por eles. No entanto, é importante estar sempre atento ao movimento dos veículos, mesmo quando o sinal indicar passagem livre para o pedestre. Onde não houver semáforo de pedestres, é necessário aguardar que o semáforo de veículos fique vermelho e certificar-se de que os veículos estejam parados para que o pedestre possa atravessar. 108 OS PEDESTRES E OS CRUZAMENTOS ENTRE VIAS É necessário observar, ainda, nos cruzamentos, a indicação do agente de trânsito, caso ele se faça presente, independentemente da existência de semáforos. Outras orientações, como nos exemplos pontuados a seguir, devem ser observadas para a travessia de vias, seja nos cruzamentos, seja em outros pontos da via. • O pedestre deve realizar a travessia na continuação da calçada, não devendo colocar o pé para fora desta, até que possa atravessar a via sem interromper o trânsito de veículos. • Ao iniciar a travessia, o pedestre deve seguir até o outro lado da via, sem prolongar o percurso, sem demorar e sem parar, desnecessariamente, no meio da via. • É importante que o pedestre tenha atenção redobrada às motocicletas, como também ao uso de sinais de direção das motocicletas e dos veículos, pois estes são uma das formas de comunicação entre os condutores e os pedestres. Além disso, são feitos por meio de gestos oupor meio da seta luminosa que indica se o condutor irá fazer, ou não, a conversão à direita ou à esquerda. • A adoção de atitudes seguras ao atravessar as vias (seja nos cruzamentos, seja fora deles) é um comportamento que deve fazer parte do cotidiano dos pedestres, os quais precisam manter o contato visual com os condutores. Ou seja, é importante ver e ser visto para que a realização da travessia seja segura. Após a leitura do texto, observe o croqui e responda às perguntas subsequentes. 1) Destaque os elementos de segurança, presentes no croqui, que devem ser respeitados pelos pedestres quando atravessam as vias. Resposta escrita, esperando-se que os estudantes identifiquem: as quatro faixas de pedestres, sendo duas delas faixas elevadas; e a seta do automóvel, que é um elemento de segurança a ser observado e que indica que os carros irão fazer (ou não) a conversão. 2) Veja, no croqui, que há quatro pedestres atravessando a via no cruzamento, oriundos de diferentes direções. Cite os procedimentos de segurança necessários para a realização da travessia de cada pedestre. Pedestre 1 Este pedestre precisa olhar para sua esquerda, para verificar se não há nenhum veículo indo em sua direção. Para atravessar, precisa se certificar de que os veículos estejam parados. Pedestre 2 Este pedestre precisa olhar para sua esquerda e, também, para os carros que podem surgir da outra rua, pois, neste local em que ele se encontra, os veículos podem fazer conversão. Para isso, é importante que ele observe, também, a sinalização indicativa dos carros (a seta), indicando que irão fazer conversão. Para atravessar, precisa se certificar de que os veículos estejam parados. Pedestre 3 Este pedestre precisa olhar para sua esquerda, para verificar se não há nenhum veículo indo em sua direção. Para atravessar, precisa se certificar de que os veículos estejam parados. Pedestre 4 Este pedestre precisa observar os carros transitando à sua esquerda e, também, aqueles que podem fazer conversão ali. Para atravessar, precisa se certificar de que os veículos estejam parados. 1098º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação Ao dialogar com os estudantes sobre os elementos de segurança existentes no croqui apresentado e nas atitudes necessárias que os quatro pedestres precisam adotar para atravessar em segurança o cruzamento, é importante traçar um paralelo com o comportamento dos estudantes quando estes atravessam as vias, reforçando as necessidades de ver e de ser visto e de adotar atitudes seguras. 3) Elabore um croqui de um cruzamento onde você sempre atravessa. Para isso, não se esqueça de representar os elementos de segurança destinados aos pedestres. Em seguida, acrescente, no mesmo desenho, algumas melhorias que podem ser realizadas neste espaço para torná-lo mais seguro para a travessia de pedestres. É importante que você deixe essas melhorias em destaque no seu croqui. Mediação Pode-se solicitar que, de preferência, os estudantes (individualmente ou em duplas) façam os croquis de cruzamentos próximos à escola, os quais são utilizados com frequência. Assim, será possível comparar as diversas percepções de um mesmo espaço e identificar os elementos de segurança adicionais elencados pelos estudantes em seus croquis, sendo que esses elementos podem ser reivindicados aos órgãos competentes, em atividades futuras. Avaliação A avaliação poderá acompanhar todos os momentos de realização da atividade, desde a primeira conversa. É importante considerar a compreensão dos estudantes sobre o que são os cruzamentos e os procedimentos que devem ser adotados pelos pedestres na realização de uma travessia com segurança. Tá combinado? Para atravessar uma via que não tenha faixa de pedestres, verifique, antes, se em ambos os lados não há veículos transitando em sua direção. Atravesse em lugares onde você pode ver os condutores e ser visto por eles. Além disso, faça a travessia sempre na perpendicular e não pare no meio da via. Aprimorando práticas e ampliando conexões 110 OS PEDESTRES E OS CRUZAMENTOS ENTRE VIAS Outras conexões Para aprofundar os estudos realizados nesta atividade, os estudantes podem confeccionar maquetes representando cruzamentos importantes da cidade ou próximos à escola, e, a partir da análise desse material produzido, pode ser elaborada uma campanha para chamar a atenção da comunidade escolar sobre as atitudes seguras que os pedestres devem adotar para que tenham segurança. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 03 fev. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 11 nov. 2019. Compartilhe! Conte-nos: como foi a experiência de realizar esta atividade com os estudantes? Há fotos que possam ilustrar sua descrição desse momento? Envie-nos e contribua para o Programa Conexão DNIT! Referências 1118º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Os pedestres e os cruzamentos entre vias Os cruzamentos são espaços compartilhados por veículos, por motocicletas, por bicicletas e por pedestres, o que, por vezes, tornam-nos conflituosos. Reconhecer os elementos de segurança, as diversas informações existentes e as situações encontradas é fundamental para apoiar a tomada de decisão com o objetivo de realizar uma travessia segura. O texto Realizando travessias próximas a cruzamentos apresenta algumas orientações e algumas normas adotadas para esses locais de travessia. Realizando travessias próximas a cruzamentos Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os cruzamentos são interseções de duas vias de mesmo nível. Isso significa que um cruzamento é sinônimo de quando uma via “corta” a outra, sendo que essas vias podem ser duas ruas, duas avenidas, duas rodovias, entre outras. Assim como as vias se cruzam, o pedestre também cruza as vias, quando atravessa, de um lado para o outro, próximo a essas interseções. O Artigo 69 do CTB dispõe sobre orientações a serem observadas, pelos pedestres de uma forma geral, para a travessia de vias, recomendando a eles que, ao fazer a travessia, é importante considerar as condições de visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, sempre utilizando as faixas de pedestres ou as passagens subterrâneas e as passarelas. Especificamente, ao realizar a travessia em um cruzamento ou próximo a ele, o pedestre deve ter atenção redobrada, pois os veículos podem entrar na via a partir de diferentes direções. Nas situações em que os cruzamentos tiverem semáforos para o pedestre, a travessia deve ser feita quando for indicada por eles. No entanto, é importante estar sempre atento ao movimento dos veículos, mesmo quando o sinal indicar passagem livre para o pedestre. Onde não houver semáforo de pedestres, é necessário aguardar que o semáforo de veículos fique vermelho e certificar-se de que os veículos estejam parados para que o pedestre possa atravessar. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 112 OS PEDESTRES E OS CRUZAMENTOS ENTRE VIAS É necessário observar, ainda, nos cruzamentos, a indicação do agente de trânsito, caso ele se faça presente, independentemente da existência de semáforos. Outras orientações, como nos exemplos pontuados a seguir, devem ser observadas para a travessia de vias, seja nos cruzamentos, seja em outros pontos da via. • O pedestre deve realizar a travessia na continuação da calçada, não devendo colocar o pé para fora desta, até que possa atravessar a via sem interromper o trânsito de veículos. • Ao iniciar a travessia, o pedestre deveseguir até o outro lado da via, sem prolongar o percurso, sem demorar e sem parar, desnecessariamente, no meio da via. • É importante que o pedestre tenha atenção redobrada às motocicletas, como também ao uso de sinais de direção das motocicletas e dos veículos, pois estes são uma das formas de comunicação entre os condutores e os pedestres. Além disso, são feitos por meio de gestos ou por meio da seta luminosa que indica se o condutor irá fazer, ou não, a conversão à direita ou à esquerda. • A adoção de atitudes seguras ao atravessar as vias (seja nos cruzamentos, seja fora deles) é um comportamento que deve fazer parte do cotidiano dos pedestres, os quais precisam manter o contato visual com os condutores. Ou seja, é importante ver e ser visto para que a realização da travessia seja segura. Após a leitura do texto, observe o croqui e responda às perguntas subsequentes. 1) Destaque os elementos de segurança, presentes no croqui, que devem ser respeitados pelos pedestres quando atravessam as vias. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 1138º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) Veja, no croqui, que há quatro pedestres atravessando a via no cruzamento, oriundos de diferentes direções. Cite os procedimentos de segurança necessários para a realização da travessia de cada pedestre. Pedestre 1 Pedestre 2 Pedestre 3 Pedestre 4 3) Elabore um croqui de um cruzamento onde você sempre atravessa. Para isso, não se esqueça de representar os elementos de segurança destinados aos pedestres. Em seguida, acrescente, no mesmo desenho, algumas melhorias que podem ser realizadas neste espaço para torná-lo mais seguro para a travessia de pedestres. É importante que você deixe essas melhorias em destaque no seu croqui. Para atravessar uma via que não tenha faixa de pedestres, verifique, antes, se em ambos os lados não há veículos transitando em sua direção. Atravesse em lugares onde você pode ver os condutores e ser visto por eles. Além disso, faça a travessia sempre na perpendicular e não pare no meio da via. 1158º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Em segurança, na garupa de motocicletas! Equipamentos de segurança salvam vidas e atenuam os efeitos dos acidentes Articulação didática Nesta atividade, trabalhando-se com o contexto das transformações na sociedade urbano-industrial, intenta-se promover a reflexão dos estudantes a respeito da ocupação, cada vez mais acentuada, dos motociclistas no espaço do trânsito. À medida que são propostos, nesta atividade, exercícios que salientam os riscos associados ao trânsito de motocicletas, são apresentados, aos estudantes, os equipamentos de segurança, destacando-se a importância da utilização deles tanto pelos condutores quanto pelos passageiros das motocicletas. Objeto de conhecimento Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Equipamentos de segurança de motocicletas. Competência Conhecer os equipamentos de segurança indicados para os usuários de motocicletas. Habilidade Caracterizar os equipamentos de segurança recomendados para os usuários de motocicletas. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, papéis A4, revistas e jornais. As motocicletas, em números cada dia maiores, fazem parte do trânsito das áreas urbanas e rurais das cidades brasileiras. O texto Os motociclistas e a segurança no trânsito apresenta um panorama do aumento tanto do número de motocicletas quanto do número de acidentes de trânsito concernentes a esses veículos e expõe a necessidade de serem promovidas ações educativas para uma direção mais consciente e para o uso de equipamentos básicos de segurança, visando à melhoria das condições de segurança dos motociclistas e de seus passageiros. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 116 EM SEGURANÇA, NA GARUPA DE MOTOCICLETAS! Os motociclistas e a segurança no trânsito Com o crescimento das cidades e o aumento, também, das demandas de movimento das pessoas em busca de trabalho, de educação e de outras necessidades básicas, nas últimas décadas, a circulação de veículos se intensificou nas vias públicas, causando problemas de mobilidade, principalmente nas médias e grandes cidades. A motocicleta passou a ser uma opção mais ágil para os deslocamentos, além de se tornar uma fonte de trabalho e de renda para muitas pessoas, especialmente por oferecer um baixo consumo de combustível em relação aos carros e, inclusive, em razão de muitas cidades não possuírem oferta de transporte público coletivo eficiente que garanta mobilidade cotidiana de qualidade. No Brasil, a frota de motocicletas tem aumentado consideravelmente, nos últimos anos. Conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em dezembro de 2009, no Brasil, havia 12.415.764 motocicletas, e, em dezembro de 2019, esse número passou para 23.165.586 motocicletas (BRASIL, 2020). Há muitos motociclistas circulando nas vias e há, também, muitos acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, causando mortes e lesões graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças e os jovens estão entre aqueles que mais morrem em decorrência das lesões ocorridas em acidentes de trânsito, e, em muitos casos, há o envolvimento de motociclistas, os quais são os usuários que, ao lado de pedestres e de ciclistas, são os mais vulneráveis no trânsito (WHO, 2018). Além das consequências físicas e emocionais para os familiares e os amigos, os acidentes com motocicleta também causam impactos consideráveis no sistema de saúde pública com a ocupação de um número expressivo de leitos nos hospitais. Um parâmetro que pode ser utilizado para expressar esse problema são as indenizações da Seguradora Líder-DPVAT, que passaram de 145 mil, em 2009, para mais de 250 mil indenizações, em 2018, envolvendo motocicletas (SEGURADORA LÍDER-DPVAT, 2019).Cabe destacar que as indenizações por invalidez permanente, decorrentes de acidentes com motocicletas, cresceram 72% no mesmo período. Os motociclistas e os passageiros que se locomovem de motocicleta precisam ter percepção dos riscos que existem nessa forma de locomoção e o quanto esses riscos aumentam quando as regras de trânsito não são respeitadas, havendo comportamentos que põem em risco não apenas os condutores, mas também os passageiros e outros usuários do trânsito. Um estudo realizado pela Asociación Nacional de Empresas del Sector de Dos Ruedas (ANER), da Espanha, indicou que parte dos acidentes são decorrentes do despreparo dos motociclistas e apontou os erros mais comuns cometidos por estes: velocidade excessiva; erros na realização de curvas; erros na hora de frear a motocicleta; manutenção inadequada do veículo; e, ainda, falta de respeito às regras do trânsito (CZERWONKA, 2019). Com isso, é possível verificar que os acidentes, em grande parte, envolvendo motocicletas, estão relacionados a fatores humanos e, nesse sentido, alguns cuidados, direcionados aos motociclistas, podem ajudar a preveni-los e a amenizar as consequências: conduzir a motocicleta com cuidado e com atenção; ter consciência do espaço e das condições físicas das vias por onde trafegam; redobrar os cuidados em condições adversas (como em dias chuvosos ou com neblina); respeitar as sinalizações e os elementos de segurança das vias (como os semáforos e as faixas de pedestres); ter atenção nas ultrapassagens e cautela nas curvas; não realizar manobras bruscas próximas aos outros veículos, aos pedestres e aos ciclistas. O passageiro da motocicleta também precisa ter cuidado, e não conversar e distrair o condutor é uma regra básica. Além disso, precisa estar atento às manobras realizadas pelo condutor. 1178º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Segundo a OPAS/OMS (2019), “[...] o uso correto de capacetes pode reduzir em 42% o risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves”. No Brasil, o Artigo 54, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997), obriga, aos condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores, o uso de capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores, segurar o guidom com a duas mãos e usar o vestuário de proteção indicado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Aliás, tanto na condição de condutor quanto na condição de passageiro da motocicleta, o uso do capacete é obrigatório. Apesar de os tipos de vestimentas não estarem, devida e legalmente, regulamentados, existem alguns itens básicos que podem fazer a diferença para atenuar os acidentes: as roupas, especialmente as de couro e de jeans, ajudam a cobrir as pernas e os braços desses usuários; as luvas, especialmente de couro, favorecem a firmeza no guidom e a proteção das mãos desses usuários; as botas são importantes para proteger os pés, e é importante que os motociclistas tenham cuidado com os cadarços, para que não fiquem soltos. É preciso educar as crianças e os jovens para um novo olhar sobre o uso das motocicletas: um olhar sensível que os ajude a formar uma percepção objetiva dos riscos que esse tipo de transporte envolve e das atitudes conscientes e defensivas que podem salvar vidas. Entre estas, por sinal, está o uso correto dos equipamentos de segurança, que são capazes de amenizar as consequências dos acidentes (quando estes ocorrem). Estratégias didáticas Para iniciar a atividade, propõe-se a realização de uma roda de conversa, com os estudantes, visando ao compartilhamento de informações e de experiências (dos familiares ou de conhecidos) com o uso de motocicletas. Na continuidade, é proposta a leitura do texto Fatores e consequências do crescimento da frota de motocicletas, para que seja feita uma reflexão, com a turma, sobre os impactos do crescente uso de motocicletas no trânsito, a partir de um conjunto de exercícios propostos sobre esse tema e sobre os equipamentos de segurança para condutores e passageiros de motocicletas. Por fim, indica-se, aos estudantes, a criação de uma campanha de sensibilização e de conscientização sobre a importância do uso dos equipamentos de segurança para os usuários de motocicletas. Atividade com gabarito Em segurança, na garupa de motocicletas! A frota de motocicletas tem crescido a cada ano nos países da América Latina. No Brasil, especificamente, há cidades em que o número de motocicletas supera o número de automóveis. Para que as vantagens relacionadas à mobilidade e aos custos envolvidos sejam efetivas, é necessário minimizar os riscos à vida do condutor e do passageiro a partir da adoção de atitudes seguras. Construindo os caminhos da atividade 118 EM SEGURANÇA, NA GARUPA DE MOTOCICLETAS! Mediação A mobilização dos estudantes para a realização desta atividade pode se dar a partir da realização de uma conversa inicial, em que se poderá discutir a respeito da presença de motocicletas no cotidiano dos familiares e de conhecidos dos estudantes e dos usos desses veículos, dando destaque à segurança dos passageiros que trafegam na garupa das motocicletas. É importante, nesse momento, investigar se os estudantes viajam como passageiros nas motocicletas e em que condições de segurança isso ocorre. Fatores e consequências do crescimento da frota de motocicletas Estudos apontam que, entre os fatores que podem explicar o crescimento do número de motocicletas nas ruas das grandes cidades, pode estar a baixa qualidade do sistema público coletivo de transporte, envolvendo o valor das tarifas, a disponibilidade de horários e, ainda, as condições de segurança e de conforto desses veículos. Em decorrência da baixa qualidade (ou da falta dela) dos transportes públicos, muitos usuários do trânsito optam pelo uso de automóveis próprios. Entretanto, mais veículos nas vias causam problemas de mobilidade, o que prolonga o tempo que as pessoas desperdiçam no trânsito. Além da redução da mobilidade urbana, a opção do uso de automóveis gera gastos com a aquisição dos veículos, com a manutenção deles e com os combustíveis. Outra alternativa para reduzir o tempo e os custos relacionados aos deslocamentos é o uso de motocicletas, e, nesse sentido, observa-se o aumento significativo de motocicletas circulando no trânsito. Motocicletas são veículos que apresentam algumas vantagens de mobilidade e de custos em relação aos automóveis, mas necessitam de cuidados diferenciados quanto à sua condução e ao seu uso, pois são vulneráveis a todo tipo de agente externo, colocando em risco o condutor e o passageiro. O crescimento da frota de motocicletas, decorrente dos fatores já apontados, potencializa o aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas, o que gera danos à qualidade de vida das pessoas envolvidas e acarreta em custos sociais altíssimos. Para se ter uma ideia do impacto causado pelos acidentes com motocicletas e com ciclomotores, segundo o Relatório da Seguradora Líder-DPVAT (2019), no período entre o ano de 2009 e o ano de 2018, foram pagas mais de 3,2 milhões de indenizações decorrentes desses acidentes. Nesse mesmo período de 10 anos, 2.530.763 milhões de pessoas, usuárias de motocicletas, tiveram invalidez permanente. Esse enorme número de acidentes provoca, ainda, sérios reflexos na capacidade de atendimento dos hospitais: aumentando os gastos com o sistema público de saúde; fazendo com que haja um número elevado de leitos destinados às vítimas de acidentes de trânsito; e não permitindo, por exemplo, que pessoas que aguardam na fila para realizar cirurgias eletivas possam ser atendidas. Referência SEGURADORA LÍDER-DPVAT. Relatório Motocicletas e Ciclomotores 10 anos. [2019]. Disponível em: https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-estatistico/ Relatorio-Estatistico-Motocicletas.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020. 1198º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação Após a leitura do texto, que pode ser realizada deforma compartilhada, é importante que os estudantes sejam mobilizados a refletir acerca dos fatores que podem explicar o crescimento da frota de motocicletas e os impactos na segurança viária com foco na realidade local. Algumas questões podem ajudar a guiar a conversa, como, por exemplo: Como é a frota de motocicletas na cidade em que moram?; A forma como os motociclistas conduzem as motocicletas compromete a segurança viária?; Os condutores e os passageiros de motociclistas fazem uso correto dos equipamentos de segurança?; Como você avalia o convívio dos motociclistas com pedestres, com ciclistas e com motoristas? 1) Equipamentos de segurança para condutores e para passageiros de motocicletas (como o capacete, por exemplo) podem salvar vidas e podem reduzir as consequências em caso de acidentes. Você conhece as características de outros equipamentos de segurança dos usuários de motocicletas? Relacione os equipamentos de segurança, presentes na Coluna A, com as características que são próprias deles, presentes na Coluna B. Botas Deve ser aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e ficar firme na cabeça. Deve ser substituído sempre que passar da validade, ou apresentar rachaduras, revestimento interno solto ou correias desfiadas. Luvas Devem ser altas o suficiente para proteger os tornozelos. A sola deve ser de material duro e resistente, e o salto não pode ser alto ou saliente. Viseira e óculos Oferece proteção em caso de queda, protege das intempéries e, também, do risco de queimar a perna nas partes quentes da motocicleta. Capacete O seu uso protege as mãos tanto das condições climáticas quanto em caso de quedas, além de aumentar a firmeza no momento da pegada das manoplas. O material mais indicado para elas é o couro. Vestimenta Protegem os olhos de serem atingidos por detritos jogados ou levantados por outros veículos. Fique ligado! Ser transportado na garupa da motocicleta também requer de você a utilização do capacete. Suba na motocicleta e, depois que ela estiver ligada, mantenha os pés firmes na pedaleira e as pernas longe do escapamento, da corrente e de outras partes móveis e não atrapalhe o condutor. 120 EM SEGURANÇA, NA GARUPA DE MOTOCICLETAS! Mediação Caso, nesse exercício, haja relatos de falta de uso de equipamentos ou, mesmo, de uso incorreto deles, é importante positivar uma discussão para que haja a compreensão da função de cada um desses equipamentos e de como estes podem minimizar as consequências graves dos acidentes. 2) Em equipes, elaborem uma campanha de sensibilização e de conscientização sobre a importância do uso dos equipamentos de segurança para os usuários de motocicletas (condutores e passageiros). Use a criatividade e lembre-se de que a mensagem criada pode evitar acidentes e salvar vidas. Para planejar e para estruturar a campanha, não se esqueçam de: • Criar um título para a campanha. • Definir o objetivo e a justificativa da campanha. • Pensar nas diversas formas e nos variados formatos para a realização da campanha, podendo ser a partir da criação de cartazes com frases de alertas ou de estímulo, com ilustrações, com colagens, com fôlderes, com Histórias em Quadrinhos (HQs) ou com depoimentos, por exemplo. Enfim, existe um mundo que a criatividade pode explorar. • Definir o público e a forma de divulgação da campanha. • Fazer uma revisão final e compartilhar a campanha. Mediação Cada equipe pode produzir uma campanha específica sobre a importância do uso dos equipamentos de segurança pelos usuários das motocicletas (condutores e passageiros), expondo as contribuições para redução do número de acidentes nas vias, a partir da troca de informações com os estudantes. É importante considerar os principais problemas locais do uso das motocicletas e na relação dos condutores desses veículos com os demais usuários das vias (como pedestres, ciclistas e demais motoristas). Sugere-se disponibilizar, aos estudantes, revistas, jornais, papéis A4 ou outros tipos de materiais de suporte, para enriquecer a realização do exercício. Ressalta-se, ainda, a necessidade de revisar os textos antes de as campanhas serem compartilhadas com a comunidade escolar. Avaliação É importante que a avaliação processual considere a compreensão dos estudantes quanto: aos fatores do aumento do uso das motocicletas e aos impactos na segurança viária; e à importância dos equipamentos de segurança como recurso de preservação da vida. É importante observar, também, se houve interação e participação dos estudantes nas rodas de conversas e na produção das campanhas de conscientização. Papo sério! A segurança em uma viagem de motocicleta depende, também, do comportamento do passageiro. É indicado evitar movimentos desnecessários e acompanhar a inclinação do veículo. Tenha atenção nas arrancadas e nas freadas e segure-se com firmeza. Aprimorando práticas e ampliando conexões 1218º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Outras conexões Como desdobramento desta atividade, pode ser formulada uma sondagem a ser realizada pelos estudantes junto aos amigos, familiares ou trabalhadores que são motociclistas, com o objetivo de investigar em que medida esses condutores compreendem a importância dos equipamentos de segurança. A sistematização dos dados coletados poderá subsidiar uma ampliação do debate e uma mobilização para a ampliação das campanhas, construídas nesta atividade, para a comunidade local envolvendo o público investigado. Os estudantes podem investigar, também, locais apropriados para compartilharem as campanhas produzidas, sempre se lembrando de ter como foco o público-alvo: condutores e passageiros de motocicletas. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 24 mar. 2020. BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN. Estatísticas - Frota de Veículos – DENATRAN. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/ pt-br/assuntos/transito/conteudo-denatran/frota-de-veiculos-2020. Acesso em: 19 jan. 2021. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Avaliação Civil – MTPA. Secretaria de Políticas e Integração. Anuário Estatístico de Segurança Rodoviária - 2010- 2017. Brasília, DF: MTPA, [2018]. Disponível em: https://www.infraestrutura.gov. br/images/BIT_TESTE/Publica%C3%A7oes/Anuario_Estatistico_de_Seguranca_ Rodoviaria.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 24 jul. 2020. CZERWONKA, Mariana. Dia do motociclista: estudo aponta erros comuns que podem acabar em acidentes. Portal do Trânsito, 2019. Disponível em: https://www. portaldotransito.com.br/noticias/moto/dia-do-motociclista-estudo-aponta-erros- comuns-que-podem-acabar-em-acidentes/. Acesso em: 27 jul. 2020. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS/OMS. Folha Informativa - Acidentes de trânsito. Brasília, DF: OPAS/OMS Brasil, 2019. Disponível em: https:// www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5147:acidentes- de-transito-folha-informativa&Itemid=779#:~:text=O%20uso%20correto%20de%20 capacetes,dos%20bancos%20traseiros%20em%2025%25. Acesso em: 24 jul. 2020. SEGURADORA LÍDER-DPVAT. Relatório Motocicletas e Ciclomotores 10 anos. [2019]. Disponível em: https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim- estatistico/Relatorio-Estatistico-Motocicletas.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020. World Health Organization – WHO. Global status report on road safety 2018. 2018. Disponível em: https://www.who.int/violence_injury_prevention/road_safety_ status/2018/en/. Acesso em: 24 jul. 2020. Compartilhe! Como foi a realização desta atividade com os estudantes? Dê-nos o seu depoimento. Para ilustrá-lo, envie-nosfotos e/ou vídeos das campanhas criadas! Referências 1238º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Em segurança, na garupa de motocicletas! A frota de motocicletas tem crescido a cada ano nos países da América Latina. No Brasil, especificamente, há cidades em que o número de motocicletas supera o número de automóveis. Para que as vantagens relacionadas à mobilidade e aos custos envolvidos sejam efetivas, é necessário minimizar os riscos à vida do condutor e do passageiro a partir da adoção de atitudes seguras. Fatores e consequências do crescimento da frota de motocicletas Estudos apontam que, entre os fatores que podem explicar o crescimento do número de motocicletas nas ruas das grandes cidades, pode estar a baixa qualidade do sistema público coletivo de transporte, envolvendo o valor das tarifas, a disponibilidade de horários e, ainda, as condições de segurança e de conforto desses veículos. Em decorrência da baixa qualidade (ou da falta dela) dos transportes públicos, muitos usuários do trânsito optam pelo uso de automóveis próprios. Entretanto, mais veículos nas vias causam problemas de mobilidade, o que prolonga o tempo que as pessoas desperdiçam no trânsito. Além da redução da mobilidade urbana, a opção do uso de automóveis gera gastos com a aquisição dos veículos, com a manutenção deles e com os combustíveis. Outra alternativa para reduzir o tempo e os custos relacionados aos deslocamentos é o uso de motocicletas, e, nesse sentido, observa-se o aumento significativo de motocicletas circulando no trânsito. Motocicletas são veículos que apresentam algumas vantagens de mobilidade e de custos em relação aos automóveis, mas necessitam de cuidados diferenciados quanto à sua condução e ao seu uso, pois são vulneráveis a todo tipo de agente externo, colocando em risco o condutor e o passageiro. O crescimento da frota de motocicletas, decorrente dos fatores já apontados, potencializa o aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas, o que gera danos à qualidade de vida das pessoas envolvidas e acarreta em custos sociais altíssimos. Para se ter uma ideia do impacto causado pelos acidentes com motocicletas e com ciclomotores, segundo o Relatório da Seguradora Líder-DPVAT (2019), no período entre o ano de 2009 e o ano de 2018, foram pagas mais de 3,2 milhões de indenizações decorrentes desses acidentes. Nesse mesmo período de 10 anos, 2.530.763 milhões de pessoas, usuárias de motocicletas, tiveram invalidez permanente. Esse enorme número de acidentes provoca, ainda, sérios reflexos na capacidade de atendimento dos hospitais: aumentando os gastos com o sistema público de saúde; fazendo com que haja um número elevado de leitos destinados às vítimas de acidentes de trânsito; e não permitindo, por exemplo, que pessoas que aguardam na fila para realizar cirurgias eletivas possam ser atendidas. Referência SEGURADORA LÍDER-DPVAT. Relatório Motocicletas e Ciclomotores 10 anos. [2019]. Disponível em: https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-estatistico/ Relatorio-Estatistico-Motocicletas.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Ser transportado na garupa da motocicleta também requer de você a utilização do capacete. Suba na motocicleta e, depois que ela estiver ligada, mantenha os pés firmes na pedaleira e as pernas longe do escapamento, da corrente e de outras partes móveis e não atrapalhe o condutor. Estudante 124 EM SEGURANÇA, NA GARUPA DE MOTOCICLETAS! 1) Equipamentos de segurança para condutores e para passageiros de motocicletas (como o capacete, por exemplo) podem salvar vidas e podem reduzir as consequências em caso de acidentes. Você conhece as características de outros equipamentos de segurança dos usuários de motocicletas? Relacione os equipamentos de segurança, presentes na Coluna A, com as características que são próprias deles, presentes na Coluna B. Botas Deve ser aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e ficar firme na cabeça. Deve ser substituído sempre que passar da validade, ou apresentar rachaduras, revestimento interno solto ou correias desfiadas. Luvas Devem ser altas o suficiente para proteger os tornozelos. A sola deve ser de material duro e resistente, e o salto não pode ser alto ou saliente. Viseira e óculos Oferece proteção em caso de queda, protege das intempéries e, também, do risco de queimar a perna nas partes quentes da motocicleta. Capacete O seu uso protege as mãos tanto das condições climáticas quanto em caso de quedas, além de aumentar a firmeza no momento da pegada das manoplas. O material mais indicado para elas é o couro. Vestimenta Protegem os olhos de serem atingidos por detritos jogados ou levantados por outros veículos. 1258º ANO | GEOGRAFIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) Em equipes, elaborem uma campanha de sensibilização e de conscientização sobre a importância do uso dos equipamentos de segurança para os usuários de motocicletas (condutores e passageiros). Use a criatividade e lembre-se de que a mensagem criada pode evitar acidentes e salvar vidas. Para planejar e para estruturar a campanha, não se esqueçam de: • Criar um título para a campanha. • Definir o objetivo e a justificativa da campanha. • Pensar nas diversas formas e nos variados formatos para a realização da campanha, podendo ser a partir da criação de cartazes com frases de alertas ou de estímulo, com ilustrações, com colagens, com fôlderes, com Histórias em Quadrinhos (HQs) ou com depoimentos, por exemplo. Enfim, existe um mundo que a criatividade pode explorar. • Definir o público e a forma de divulgação da campanha. • Fazer uma revisão final e compartilhar a campanha. A segurança em uma viagem de motocicleta depende, também, do comportamento do passageiro. É indicado evitar movimentos desnecessários e acompanhar a inclinação do veículo. Tenha atenção nas arrancadas e nas freadas e segure-se com firmeza. 1278º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO O primeiro metrô da história Para reduzir os congestionamentos, o transporte coletivo é um santo remédio Articulação didática A atividade permite abordar a questão do transporte coletivo em diferentes momentos históricos, nos séculos XIX e XXI. Ao relacionar a criação do primeiro metrô em Londres, com a Revolução Industrial, os estudantes são instigados a reconhecer os impactos dessa criação no processo de urbanização e em decorrência dos congestionamentos. Esta atividade permite, ainda, a reflexão acerca das melhorias que já ocorreram no transporte coletivo ao longo do tempo e das que ainda necessitam ser feitas. Objeto de conhecimento Revolução Industrial e seus impactos na produção e circulação de povos, produtos e culturas – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Transporte coletivo e congestionamentos. Competência Perceber os benefícios do uso do transporte coletivo para a preservação do meio ambiente e para a fluidez do trânsito. Habilidade Formular hipóteses sobre o uso do transporte coletivo. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia. O impacto do transporte público na melhoria do trânsito e da segurança é, muitas vezes, subestimado. No Texto 1 Uma questão de espaço, aborda-se a diferença entre o espaço ocupado por diferentes tipos de veículos. Por sua vez, no Texto 2 Conhecendo os tipos de transporte coletivo, são apresentados diferentes exemplos de transporte coletivo. Por fim, o Texto 3 Por que utilizar transporte coletivo e outras alternativas de transporte? salienta as vantagens de se utilizarem meios de transporte coletivo. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógicoProfessor(a) 128 O PRIMEIRO METRÔ DA HISTÓRIA Texto 1 Uma questão de espaço As imagens a seguir se referem a uma campanha do Departamento de Trânsito de Munique, de 2001. Ela representa, de maneira inconteste, a diferença entre o espaço ocupado na infraestrutura por diferentes meios de transporte. Na imagem à direita, observa-se o espaço ocupado por 60 ciclistas ao transitar. Na imagem central, verifica-se o espaço ocupado pelas mesmas 60 pessoas quando utilizam um ônibus para se locomoverem. Por sua vez, na imagem à esquerda, testemunha- se o expressivo volume ocupado por 60 usuários utilizando carros para suas locomoções. É possível perceber a diferença de uso de recursos da infraestrutura viária e, por consequência, é possível imaginar o impacto das escolhas do tipo de veículo utilizado para o deslocamento no trânsito na mobilidade urbana. Texto 2 Conhecendo os tipos de transporte coletivo A busca pela implantação de sistemas de transporte coletivo é uma forma de racionalizar o uso da infraestrutura urbana e dos recursos disponíveis, tanto materiais quanto ambientais. O metrô é um deles, mas existem diversos tipos de transporte coletivo. Os diferentes tipos são implantados em função das características e dos perfis das demandas das cidades atendidas. Cidades mais populosas, por exemplo, demandam maiores investimentos para a criação de sistemas de alta capacidade, como o metrô. Mas sistemas como o de Bus Rapid Transit (BRT) e o de Veículo Leve sob Trilhos (VLT) são alternativas de implantação mais fáceis e são mais viáveis para cidades de médio porte. Existem, ainda, algumas condições geográficas que exigem adaptações, como no caso dos teleféricos que atendem à população que reside em locais mais íngremes; e as barcas que se adequam a regiões com potencial para o transporte hídrico. A partir da pesquisa de Caldeira (2014) e do Guia Transporte Público Coletivo do Ministério das Cidades (2018?), são apresentadas informações sobre alguns tipos de transporte coletivo. Ônibus O ônibus é o transporte coletivo urbano que primeiro se costuma implantar em uma cidade. No Brasil, esse transporte foi implementado em 1908, no Rio de Janeiro. Fatores como baixo custo de implantação, facilidade de operação e possibilidade de adaptação de itinerários e de frequência são alguns dos atrativos ESPAÇO QUE 60 PESSOAS OCUPAM NO TRÂNSITO CARRO ÔNIBUS BICICLETA Ad ap ta do d e D ep ar ta m en to d e Tr ân si to d e M un iq ue (2 00 1) 1298º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO desse modo de transporte. Em um ônibus comum, de até 13 m de comprimento, pode-se transportar entre 60 e 105 passageiros. Os veículos articulados e biarticulados chegam a levar entre 180 e 240 pessoas, respectivamente. Como o ônibus trafega nas mesmas vias dos veículos privados, a sua velocidade média pode variar em função do volume de veículos que utilizam as vias, gerando impactos na eficiência operacional. Há estudos que apontam, ainda, que o aumento da renda da população leva à aquisição de automóveis, gerando desestímulo ao transporte coletivo e, em consequência, o aumento dos congestionamentos. Para racionalizar o uso dos recursos da infraestrutura urbana, faz-se necessário implementar políticas públicas que priorizem o transporte coletivo. BRT – Bus Rapid Transit Também denominado Linha de Ônibus Rápida, o BRT é um sistema de ônibus que percorre seu caminho em vias segregadas e é composto por veículos de maior capacidade - articulados ou biarticulados. Esses dois fatores impactam, significativamente, a qualidade e a eficiência deste serviço. Poucas linhas de alta frequência e plataformas de pré-bilhetagem são outros fatores para que, em muitos casos, o BRT atinja capacidade de passageiros (por hora e por sentido) próxima ao de um metrô. Bondes e VLTs O bonde foi o primeiro veículo motorizado utilizado para o transporte coletivo. No Brasil, assim como os ônibus, também foi implantado em 1908, na cidade de Aracajú, Sergipe. São veículos que trafegam sobre trilhos que se harmonizam ao entorno, sem necessitar de vias segregadas. Podem ter, em média, de 13 a 14 m de comprimento e transportar de 70 a 250 pessoas por composição. Com o avanço tecnológico, foi desenvolvido o popularmente conhecido como Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que pode ser visto como um veículo intermediário entre o bonde e o metrô. O VLT diferencia-se dos bondes por aspectos técnicos de sua mecânica e sua estrutura. Sua capacidade é maior que a dos bondes, por atuar com comboios de até quatro unidades, podendo transportar de 150 a 250 passageiros. É movido a eletricidade ou a diesel. Metrô O metrô é um sistema de alta capacidade, como, por exemplo, os metrôs do Rio de Janeiro e de São Paulo que têm comboios de até seis unidades, podendo levar de 1600 a 2000 pessoas. Seus custos e prazos de implantação fazem com que o sistema seja pertinente para zonas mais populosas, como grandes centros urbanos e metrópoles. É um sistema sob trilhos, com tração elétrica, completamente segregado e, comumente, instalado a nível do subsolo. A segregação total aumenta os níveis de confiabilidade e de segurança do modal. Teleférico Normalmente, utilizado como atração turística, o teleférico tem sido usado, também, como um meio de transporte que possibilita a inclusão de comunidades periféricas. Um exemplo exitoso é o metrocable, de Medellín, Colômbia. Inaugurado em 2004, o metrocable tem 10,7 km de extensão. No Brasil, um exemplo em funcionamento é o teleférico do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, que foi inaugurado em 2011, com 3,5 km de extensão, e que atende a uma demanda diária de cerca de 10 mil passageiros. Barcas Os sistemas de transporte fluvial por barcas, muitas vezes, são os únicos viáveis para interligar determinadas áreas, como diversas localidades do Norte do Brasil. Mas as barcas, também, podem ser utilizadas em meios urbanos. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, há um sistema composto por quatro serviços que operam na região metropolitana, chegando a transportar cerca de 80 mil passageiros por dia. Acesse! A reportagem Como nasceu o primeiro sistema de transporte coletivo do mundo, da BBC Brasil, pode ser uma maneira de complementar a leitura e pode ser uma forma de suscitar atividades de interpretação de texto, entre outras. Esse texto pode ser acessado em: https://bbc. in/2sM156X. 130 O PRIMEIRO METRÔ DA HISTÓRIA Texto 3 Por que utilizar o transporte coletivo e outras alternativas de transporte? Algumas medidas ajudam a transformar a realidade dos engarrafamentos. Por parte do Governo, é importante que seja feito o investimento em transporte público, porque, para se tornar atrativo, esse tipo de transporte precisa oferecer qualidade e baixo custo para o usuário. Entre os benefícios do transporte público estão o menor risco de acidentes, o menor custo financeiro, o menor uso do espaço urbano e, por fim, a melhora da conservação das cidades. Outro tipo de transporte que colabora para um trânsito mais fluido (além de seguro e de favorável à preservação do meio ambiente) é o uso de bicicletas. Mesmo com o uso de veículos privados, contudo, é possível ser mais consciente. A carona solidária entre vizinhos que estudam ou que trabalham em locais próximos é um exemplo e uma ideia interessante para todas as partes e para a cidade como um todo, por diminuir, potencialmente, a frota veicular. O rodízio de placas de veículos é outra iniciativa que visa amenizar os congestionamentos e a poluição. Estratégias didáticas Para iniciar a atividade, sugere-se fazer um levantamento de quantos estudantes (somados aos seus familiares) utilizam o transporte coletivo, e quais formas de transporte coletivo fazem parte de suas rotinas. A partir desse levantamento, pode- se inserir o texto da reportagem do site alemão Deutsch Welle sobre a criação do primeiro metrô do mundo, em Londres, no ano de 1863. Depois da leitura, propõe-seque a turma responda aos exercícios apresentados e, para finalizar, sugere-se a realização de uma roda de conversa para tratar da evolução do transporte coletivo e das propostas para melhorias do sistema de transporte coletivo local. Atividade com gabarito O primeiro metrô da história Entre os séculos XVIII e XIX, a Revolução Industrial impactou o mundo. O urbanismo e a arquitetura das cidades foram modificados devido ao aumento da população e, consequentemente, da busca por emprego nas fábricas. O desenvolvimento tecnológico permitiu, às sociedades, o avanço na criação de novos meios de transporte, como o automóvel. A necessidade de serem feitos deslocamentos diários por trabalhadores para as indústrias deu origem ao transporte coletivo. Leia mais sobre esse tema na reportagem abaixo. Gravura da estação subterrânea da rua Farringdon, linha metropolitana de Londres, no jornal Illustrated London News Construindo os caminhos da atividade B /W P RI N T (1 86 5) 1318º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo No dia 10 de janeiro de 1863, começaram a circular regularmente os metrôs em Londres. Um exemplo logo seguido por várias outras metrópoles, que também canalizaram o transporte público para debaixo do solo. O primeiro metrô do mundo foi criado por pura necessidade. No começo do século 19, as ruas da capital britânica estavam completamente entupidas de carroças, carruagens e ônibus de dois andares puxados a cavalos. O criador do trem subterrâneo em Londres, Charles Pearson, disse certa vez que a única solução para os constantes engarrafamentos era transferir o transporte coletivo para cima de viadutos ou para debaixo da terra. A administração pública decidiu-se pela segunda opção. O trem passaria por um túnel cavado entre os fundamentos de uma fileira de prédios. O engenheiro "sir" John Fowler chefiou as obras. Sob suas ordens, 3.500 operários começaram a arrancar casebres e barracos, deixando sem teto 12 mil pessoas, justamente da camada mais pobre da população. O sistema de dutos só se tornou possível graças à grossa camada de argila, que permitia escavações durante certo período de tempo sem que o túnel desabasse. Movidos a vapor Outro desafio era a forma de tração. Como ainda não havia sido inventada a energia elétrica, os trens subterrâneos de Londres começaram sendo movidos a vapor. Os gases eram recolhidos num vagão especial e só liberados fora do túnel. O sistema, entretanto, não era ideal, conforme noticiou o jornal Observer de 12 de janeiro de 1863: "Apesar da excelente ventilação, os funcionários já começaram a sentir os efeitos negativos. Dois homens intoxicaram-se com o ar contaminado e tiveram que ser hospitalizados. (...) Infelizmente, é preciso reconhecer que o sistema de ventilação ainda não está apurado o suficiente. (...) Os passageiros terão que calcular com grandes desconfortos." Por esse motivo, o primeiro traçado do metrô de Londres não era totalmente subterrâneo. Em alguns locais, os trilhos estavam abaixo do nível do solo, mas a céu aberto. Só a partir de 1890, com o advento da eletricidade, o traçado passou a ser todo debaixo da terra, pois não havia mais problemas de ventilação. Não demorou para que o metrô (ou "tubo", como era chamado) se tornasse a "menina dos olhos" dos londrinos. Intervalos regulares Logo foi desenvolvido um horário regular para os trens. O trecho principal, entre Paddington e o centro, tinha 6,5 quilômetros. Entre as 6 e 8 horas da manhã, havia um metrô a cada meia hora. Depois, a cada 15 minutos. Na primeira classe, a passagem custava 6 pence, na segunda, quatro, e, na terceira, três pence. O sistema de Pearson e Fowler, inaugurado a 10 de janeiro de 1863, demonstrou tanta eficiência que, dois anos mais tarde, a passagem para pedestres por debaixo do Rio Tâmisa começou a ser usada pelo metrô. A partir daí, não demorou para que a rede fosse ampliada dentro de Londres e área metropolitana. Outras metrópoles seguiram o exemplo. Budapeste, Paris e Berlim aplicaram os conhecimentos dos pioneiros britânicos no transporte subterrâneo. GERICKE, Gerda. 1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo. c2020. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/1863-londres-inaugura-o-primeiro-metr%C3%B4-do- mundo/a-297312. Acesso em: 27 jun. 2019. Mediação Para ampliar os conhecimentos dos estudantes, é importante trocar informações, através de uma conversa, sobre os diferentes tipos de transportes coletivos existentes, seus usos e suas adequações em função das especificidades locais. 132 O PRIMEIRO METRÔ DA HISTÓRIA A partir da leitura da reportagem, é possível refletir sobre as condições do transporte coletivo no século XIX em comparação com os dias atuais, respondendo aos exercícios a seguir. 1) A construção do metrô na cidade de Londres foi uma solução proposta diante de um problema no transporte de pessoas. Qual era esse problema? E, no lugar onde você mora, existem problemas relacionados ao transporte de pessoas? Responda às questões e as exemplifique. Resposta escrita. Para a primeira pergunta, têm-se, como resposta, os congestionamentos. Para a continuação do exercício, a resposta da segunda pergunta está relacionada à realidade de cada localidade e de como o estudante a enxerga. 2) Qual o maior impacto ambiental negativo do primeiro metrô inglês e qual foi a solução encontrada? E, no lugar onde você mora, quais são os impactos ambientais causados pelos carros, pelas motocicletas, pelos ônibus e pelos caminhões que circulam nas vias? Resposta escrita. Para a primeira pergunta, tem-se, como resposta, que a poluição do ar decorrente do tipo de motor utilizado para mover os vagões foi amenizada com a invenção dos motores elétricos nas décadas seguintes. Para a continuação do exercício, a resposta da segunda pergunta está relacionada com a realidade de cada localidade e de como o estudante a enxerga. 3) O texto expôs informações sobre o transporte coletivo em Londres. E, na sua cidade, que tipos de transporte coletivo você conhece e quais você utiliza? Resposta escrita e pessoal. Mediação Ao realizar uma conversa para compartilhar as respostas dos estudantes, é importante abordar o tema da pergunta, fazendo um paralelo entre as duas realidades, dando ênfase à compreensão da realidade local relacionada ao transporte de pessoas. Com isso, sugere-se trabalhar o estímulo de se posicionarem sobre a realidade vivenciada, sobre os possíveis problemas existentes e sobre suas consequências. É importante registrar os apontamentos dos estudantes no quadro, servindo de apoio para a realização do exercício seguinte. 4) Formem grupos e, a partir de suas experiências, considerando as respostas das perguntas anteriores, apresentem propostas de melhorias a serem implementadas no sistema de transportes do local onde moram, não se esquecendo de garantir a fluidez do trânsito e de preservar o meio ambiente. Resposta escrita e pessoal. Mediação É importante que as propostas discutidas e sugeridas pelos grupos sejam apresentadas e compartilhadas com a turma. Pode-se anotar as contribuições dos grupos no quadro ou em um papel kraft, de forma a compor um coletivo de contribuições da turma. 1338º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Avaliação A atividade permite verificar como os estudantes fazem a leitura da realidade do transporte local, como fazem a comparação entre os transportes coletivos em diferentes locais e contextos históricos e, ainda, como eles se engajam na realização de proposições de melhorias para esse transporte local. Outras conexões Outra possibilidade para ampliar a discussão sobre os sistemas de transportes e seus reflexos no cotidiano das pessoas é a estruturação e a realização, por parte da turma, de uma pesquisa, com os alunos da escola. Nela, serão coletados apontamentos e sugestões de melhorias nos sistemas de transportes, os quais, somados aos apontamentos feitos159 169 179 189 201 127 105 115 19 Introdução Haja vista a relevância do tema para a formação de cidadãos conscientes sobre suas atitudes no sistema trânsito, o Programa Nacional de Educação para o Trânsito, intitulado Programa Conexão DNIT, buscou desenvolver um material paradidático que trabalhasse a Educação para o Trânsito de forma transversal, articulada às disciplinas da grade curricular das escolas, a partir de atividades direcionadas aos estudantes do Ensino Fundamental. A presente publicação contém 16 atividades pedagógicas de Educação para o Trânsito do 8º ano do Ensino Fundamental, elaboradas pelo Programa. No que se refere à organização desta publicação, serão expostas, na seguinte sequência, atividades das disciplinas curriculares de Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Matemática, a partir dos objetos de conhecimento previstos pela BNCC. Para cada atividade, haverá a disponibilização da versão dos professores, seguida pela versão dos estudantes. De modo a descrever a formulação das atividades, é interessante mencionar que a versão dos professores é iniciada pelo cabeçalho, que especifica a que ano escolar, disciplina e subtema a atividade se refere. Logo abaixo, encontram-se o título e o subtítulo da atividade, e, na sequência, esta é composta por blocos, os quais estão descritos a seguir. Apresentando o percurso pedagógico, que objetiva apresentar as informações básicas que sustentam a atividade, sendo composto: pela articulação didática, que é o caminho didático entre os conceitos e o conteúdo de trânsito e os conhecimentos disciplinares; pelas competências e pelas habilidades do trânsito contempladas, escolhidas de acordo com a Tabela de Conceitos e Conteúdos de Trânsito – Programa Conexão DNIT; pelo tempo estimado da atividade; e pelos recursos necessários para sua aplicação, considerados como materiais e digitais. Conectando os saberes do trânsito, que contém textos e informações sobre trânsito vinculados à atividade. Nesse bloco, os objetivos principais são de explicitar a problemática da atividade e, ainda, de relacioná-la aos fatores de risco, à reeducação, à consciência e às mudanças atitudinais, através do entrelaçamento dos conceitos, dos conteúdos, das competências e das habilidades de trânsito. Fazem parte desse bloco: os textos de especialistas, os dados estatísticos, as reportagens, os aspectos legais, as imagens, os gráficos e os mapas, isto é, todos os documentos de caráter formativo direcionados aos professores, os quais aparecem enumerados, para melhor organização visual da proposta. Construindo os caminhos da atividade, que tem o objetivo de indicar, aos professores, caminhos para o desenvolvimento da atividade, através da proposição de estratégias didáticas. Esse bloco apresenta orientações e, também, a atividade completa, com gabarito, acrescida de conversas com os professores, organizadas em boxes com o nome Mediação, os quais têm a intenção de ajudar os professores a tecerem relações de sentidos que enriqueçam as interações em sala de aula. 20 Aprimorando práticas e ampliando conexões, que objetiva fazer o fechamento da atividade com reflexões sobre a avaliação. À medida que o olhar dialógico constitui os princípios fundantes (a importância do processo de interação, a construção colaborativa, a valorização e a socialização de saberes), as atividades buscam ajudar os professores a aprimorar e a reorganizar os objetivos de aprendizagem, especialmente os saberes e as atitudes relacionados ao trânsito. Nesse sentido, o boxe Outras conexões apresenta possibilidades e desdobramentos para a atividade, como socializações com a comunidade escolar, através de varais literários, campanhas de conscientização, compartilhamento de textos, de imagens e de fotografias em mídias comunitárias, rodas de conversa com especialistas de trânsito, sugestões de atividades integradas com outras áreas de conhecimento, solicitações de intervenções na infraestrutura local a órgãos competentes etc. Ainda nesse bloco, são listadas as referências que subsidiaram a produção da atividade, organizadas conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Por sua vez, a versão das atividades destinada para os estudantes é composta por um cabeçalho (informando dados básicos, como: ano escolar, a disciplina e o subtema correspondente ao ano escolar ao qual a atividade se destina). Logo em seguida, há três campos para serem preenchidos pelos estudantes: nome; turma; e data. Adiante, há apenas um bloco, que contém textos, questões e propostas. Tanto a versão dos professores quanto a versão dos estudantes abrigam diferentes elementos gráficos de interação, que contribuem para a dialogicidade na comunicação com os estudantes, assim como possibilitam interlocuções entre os conhecimentos. O uso dos elementos de interação pode variar de atividade para atividade, a depender do conteúdo e das intenções pretendidas, sendo eles: Mediação, como já brevemente comentado, remete-se ao conceito homônimo e tem o propósito de construir um espaço significativo de interação com os professores, estimulando a reflexão e as relações entre os professores, os objetos de aprendizagem e os estudantes. Esse elemento é apresentado nas colunas principais, em forma de um boxe textual. É de Lei é apresentado tanto no material dos professores quanto no material dos estudantes, especialmente a partir do 6º ano, e objetiva oferecer, à atividade, informações legais que são publicadas em gêneros discursivos específicos ou que são oriundas dessa esfera de atividade humana. A longo prazo, o elemento propicia uma formação contínua dos professores no que diz respeito aos aspectos legais que organizam a convivência no trânsito brasileiro, ampliando o repertório de leituras que dizem respeito à vida cidadã dos envolvidos no Programa. Acesse! pode fornecer endereços eletrônicos que complementem as informações que fazem parte da construção teórica, conceitual e procedimental das atividades, uma vez que as atividades promovem interações entre textos, imagens e diferentes gêneros discursivos, sempre abordando uma relação entre a problemática e os temas prioritários e emergentes na educação para o trânsito. Ou seja, são interações que apresentam links relacionados ao trânsito, aos conceitos, às competências e às habilidades contempladas, e, ainda, sugestões que ajudam nos processos de mediação da problemática, em formatos de áudios (canções, contos, podcasts), audiovisuais (curtas-metragens, clipes musicais, adaptações, notícias ou reportagens), que ampliam a recepção de sentidos em diferentes linguagens, além dos textos verbais, favorecendo a inclusão de diferentes habilidades cognitivas e de diversos níveis de aprendizado. 21 Trânsito em números objetiva compartilhar dados estatísticos relevantes para a composição da atividade e pode ser apresentado no material dos professores ou durante a atividade dos estudantes. Esse elemento colabora, também, para dar mais legitimidade às problemáticas abordadas e, a longo prazo, é um elemento formativo que amplia o repertório específico do trânsito dos professores participantes do Programa Conexão DNIT e exibe informações imprescindíveis aos estudantes. Compartilhe! busca estimular os professores a relatarem os processos de recepção e de desenvolvimento das atividades no cotidiano escolar. Além disso, é um elemento que favorece o diálogo e que nutre a produção de atividades a partir de fotos, de relatos sobre as dificuldades apresentadas e de possibilidades de aperfeiçoamento. Papo sério! busca chamar a atenção dos estudantes para uma informação ou para uma realidade do trânsito que carece de conscientização e de novos comportamentos. Contém pequenos textos informativos, complementares à atividade e que dialogam com o cerne da questão apresentada. Vocabulário objetiva esclarecer conceitos novos apresentadospela turma no desenvolvimento desta atividade, irão gerar subsídios para elaboração de uma correspondência direcionada aos órgãos competentes (federais, estaduais ou municipais). Essa correspondência conterá o relato das sugestões de adequações necessárias e terá a solicitação da implantação de melhorias do sistema de transporte. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 03 fev. 2020. BRASIL. Ministério das Cidades. O Guia Transporte Público Coletivo - TPC. Brasília, DF: Ministério das Cidades, [2018]. Disponível em: https://www.guiatpc.com.br/. Acesso em: 22 jan. 2020. B/W PRINT. Copy of a wood engraving from the Illustrated London News depicting Farringdon Street (now Farringdon) Underground station. Farringdon, Islington: Photographs, 1865, il. Disponível em: https://www.ltmuseum.co.uk/ collections/collections-online/photographs/item/1999-29032. Acesso em: 28 jun. 2019. CALDEIRA, Victor Marques. Análise do transporte coletivo urbano do município de Florianópolis - SC com base nos dados de bilhetagem eletrônica. 2014. 120 f. TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/ xmlui/bitstream/handle/123456789/127332/Victor%20Marques%20Caldeira_TCC. pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 27 jun. 2019. GERICKE, Gerda. 1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo. c2020. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/1863-londres-inaugura-o-primeiro- metr%C3%B4-do-mundo/a-297312. Acesso em: 27 jun. 2019. LOPES, Marcus. Como nasceu o primeiro sistema de transporte coletivo do mundo. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-45587611. Acesso em: 28 jun. 2019. Compartilhe! Como foi a execução da atividade com os estudantes? Conte-nos sua experiência e envie-nos fotos e/ou vídeos para ilustrar sua descrição. Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 1358º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO O primeiro metrô da história Entre os séculos XVIII e XIX, a Revolução Industrial impactou o mundo. O urbanismo e a arquitetura das cidades foram modificados devido ao aumento da população e, consequentemente, da busca por emprego nas fábricas. O desenvolvimento tecnológico permitiu, às sociedades, o avanço na criação de novos meios de transporte, como o automóvel. A necessidade de serem feitos deslocamentos diários por trabalhadores para as indústrias deu origem ao transporte coletivo. Leia mais sobre esse tema na reportagem abaixo. Gravura da estação subterrânea da rua Farringdon, linha metropolitana de Londres, no jornal Illustrated London News 1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo No dia 10 de janeiro de 1863, começaram a circular regularmente os metrôs em Londres. Um exemplo logo seguido por várias outras metrópoles, que também canalizaram o transporte público para debaixo do solo. O primeiro metrô do mundo foi criado por pura necessidade. No começo do século 19, as ruas da capital britânica estavam completamente entupidas de carroças, carruagens e ônibus de dois andares puxados a cavalos. O criador do trem subterrâneo em Londres, Charles Pearson, disse certa vez que a única solução para os constantes engarrafamentos era transferir o transporte coletivo para cima de viadutos ou para debaixo da terra. A administração pública decidiu-se pela segunda opção. O trem passaria por um túnel cavado entre os fundamentos de uma fileira de prédios. O engenheiro "sir" John Fowler chefiou as obras. Sob suas ordens, 3.500 operários começaram a arrancar casebres e barracos, deixando sem teto 12 mil pessoas, justamente da camada mais pobre da população. O sistema de dutos só se tornou possível graças à grossa camada de argila, que permitia escavações durante certo período de tempo sem que o túnel desabasse. Movidos a vapor Outro desafio era a forma de tração. Como ainda não havia sido inventada a energia elétrica, os trens subterrâneos de Londres começaram sendo movidos a vapor. Os gases eram recolhidos num vagão especial e só liberados fora do túnel. O sistema, entretanto, não era ideal, conforme noticiou o jornal Observer de 12 de janeiro de 1863: B /W P RI N T (1 86 5) Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 136 O PRIMEIRO METRÔ DA HISTÓRIA "Apesar da excelente ventilação, os funcionários já começaram a sentir os efeitos negativos. Dois homens intoxicaram-se com o ar contaminado e tiveram que ser hospitalizados. (...) Infelizmente, é preciso reconhecer que o sistema de ventilação ainda não está apurado o suficiente. (...) Os passageiros terão que calcular com grandes desconfortos." Por esse motivo, o primeiro traçado do metrô de Londres não era totalmente subterrâneo. Em alguns locais, os trilhos estavam abaixo do nível do solo, mas a céu aberto. Só a partir de 1890, com o advento da eletricidade, o traçado passou a ser todo debaixo da terra, pois não havia mais problemas de ventilação. Não demorou para que o metrô (ou "tubo", como era chamado) se tornasse a "menina dos olhos" dos londrinos. Intervalos regulares Logo foi desenvolvido um horário regular para os trens. O trecho principal, entre Paddington e o centro, tinha 6,5 quilômetros. Entre as 6 e 8 horas da manhã, havia um metrô a cada meia hora. Depois, a cada 15 minutos. Na primeira classe, a passagem custava 6 pence, na segunda, quatro, e, na terceira, três pence. O sistema de Pearson e Fowler, inaugurado a 10 de janeiro de 1863, demonstrou tanta eficiência que, dois anos mais tarde, a passagem para pedestres por debaixo do Rio Tâmisa começou a ser usada pelo metrô. A partir daí, não demorou para que a rede fosse ampliada dentro de Londres e área metropolitana. Outras metrópoles seguiram o exemplo. Budapeste, Paris e Berlim aplicaram os conhecimentos dos pioneiros britânicos no transporte subterrâneo. GERICKE, Gerda. 1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo. c2020. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/1863-londres-inaugura-o-primeiro-metr%C3%B4-do- mundo/a-297312. Acesso em: 27 jun. 2019. A partir da leitura da reportagem, é possível refletir sobre as condições do transporte coletivo no século XIX em comparação com os dias atuais, respondendo aos exercícios a seguir. 1) A construção do metrô na cidade de Londres foi uma solução proposta diante de um problema no transporte de pessoas. Qual era esse problema? E, no lugar onde você mora, existem problemas relacionados ao transporte de pessoas? Responda às questões e as exemplifique. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2) Qual o maior impacto ambiental negativo do primeiro metrô inglês e qual foi a solução encontrada? E, no lugar onde você mora, quais são os impactos ambientais causados pelos carros, pelas motocicletas, pelos ônibus e pelos caminhões que circulam nas vias? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 1378º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 3) O texto expôs informações sobre o transporte coletivo em Londres.E, na sua cidade, que tipos de transporte coletivo você conhece e quais você utiliza? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4) Formem grupos e, a partir de suas experiências, considerando as respostas das perguntas anteriores, apresentem propostas de melhorias a serem implementadas no sistema de transportes do local onde moram, não se esquecendo de garantir a fluidez do trânsito e de preservar o meio ambiente. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 1398º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Os veículos e os impactos que causam ao meio ambiente O uso consciente dos meios de transporte promove a preservação ambiental e a segurança Articulação didática Esta atividade intenta expor, aos estudantes, um breve comparativo entre os meios e as tecnologias de transporte terrestres antes e depois do Iluminismo. Através de uma linha do tempo, os estudantes podem ver que o avanço tecnológico e científico dos últimos dois séculos também tem efeitos negativos, como a poluição do ar agravada pelas emissões veiculares. Para isso, esta atividade contém exercícios que propõem a reflexão dos estudantes a respeito de como amenizar o impacto ambiental do trânsito, fazendo o uso racional e seguro dos meios de transporte. Objeto de conhecimento A questão do iluminismo e da ilustração – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito O meio ambiente e o trânsito. Competência Entender a dinâmica do trânsito e as consequências que causa ao meio ambiente. Habilidade Argumentar sobre os cuidados necessários para o estímulo à conservação dos recursos naturais tendo em vista a dinâmica do trânsito. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e papéis A4. O sistema trânsito é fundamental para o transporte de pessoas e de mercadorias no mundo inteiro. Contudo, os veículos são responsáveis por uma parcela significativa da poluição ambiental. No texto Transporte sustentável e seguro, salienta-se a relação entre o uso do automóvel e a poluição do ar e, ainda, aborda- se a importância de os meios de transporte mais sustentáveis serem escolhidos para os deslocamentos no dia a dia. Além disso, algumas regras de segurança voltadas para passageiros do transporte coletivo, para ciclistas e para pedestres também são enfatizadas. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 140 OS VEÍCULOS E OS IMPACTOS QUE CAUSAM AO MEIO AMBIENTE Transporte sustentável e seguro O impacto ambiental dos poluentes liberados, diariamente, por veículos em todo o planeta é inegável e demanda, da população mundial e de seus governantes, uma mudança de atitude. Nesse sentido, há mais de 30 anos, o Brasil vem adotando medidas de controle e de redução das taxas de emissões veiculares. Desde 1986, a partir da implementação do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), a cada ano, os veículos que saem das montadoras nacionais dispõem de tecnologias menos poluentes. Visando ao incremento desse tipo de política, em 2003, uma ação similar, o Programa de Redução de Emissões para Motocicletas (PROMOT), foi criado para também regular as emissões de poluentes das motocicletas, estas que estão cada vez mais presentes no trânsito, especialmente nos grandes centros urbanos. Segundo um estudo (XIMENES et al., 2008) publicado em 2008, na Revista Ciências do Ambiente On-Line, a diferença entre a quantidade de poluentes produzidos por um veículo automotor de 20 anos chega a ser, aproximadamente, 34 vezes maior que a de um veículo recém-saído das linhas de produção. Isso evidencia a importância do avanço tecnológico para a redução da poluição atmosférica. No entanto, apenas o avanço tecnológico não vem sendo suficiente., Os autores (XIMENES et al., 2008) do referido estudo apontam ainda que, devido à lenta renovação das frotas, ou seja, a permanência de carros antigos e mais poluentes em circulação, os índices de emissões veiculares ainda não foram mitigados a uma taxa considerada ideal. Dessa forma, eles recomendam que sejam adotadas políticas de substituição da frota veicular por modelos mais recentes. Mas a troca de veículos antigos por modelos atuais não é a única ação ao alcance dos cidadãos para a promoção de um trânsito menos poluente. A mudança de atitude, evitando o uso de automóveis para transitar, priorizando o uso do transporte coletivo, das bicicletas e da caminhada, proporciona a redução da frota em circulação e promove uma maior fluidez do tráfego e a redução da poluição, através da diminuição da queima de combustíveis fósseis. A redução da poluição atmosférica melhora a qualidade de vida, e a adoção de atitudes seguras ao transitar aumenta a segurança e diminui os riscos à vida. Contudo, ao escolher um meio de transporte mais sustentável, é preciso que atitudes seguras não deixem de ser adotadas. Por exemplo, os passageiros de meios de transporte coletivo devem usar o cinto de segurança, sempre que houver esse dispositivo disponível. É importante, ainda, que se mantenham atentos aos movimentos – de frenagem e de aceleração – do veículo, principalmente se viajarem em pé. Ao posicionarem-se no corredor, devem, também, guardar uma distância segura das portas de entrada e de saída. Para o desembarque, é preciso que aguardem a completa parada do veículo. Não distrair o motorista com conversas é, também, importante, uma vez que esse profissional trabalha no ambiente estressante do trânsito e sob a grande responsabilidade de transportar pessoas em segurança. Por sua vez, aqueles que optarem por trocar o automóvel pela bicicleta precisam, para que tenham maior segurança, primeiramente, buscar itinerários seguros, priorizando ciclovias, ciclofaixas e, também, ruas menos movimentadas. Onde não houver ciclovias ou ciclofaixas, os ciclistas devem sempre circular, na via, na mesma direção dos veículos, tendo preferência de circulação em relação a estes. Nas rodovias, recomenda-se que estas só sejam utilizadas para pedalada quando não houver quaisquer outras opções, transitando-se somente pelo acostamento. Além de manterem a bicicleta sempre em bom estado, os ciclistas precisam sempre fazer uso dos itens obrigatórios de segurança – espelho retrovisor esquerdo, sinalização refletora noturna e campainha. Durante a travessia de vias, se fizerem uso das faixas de pedestres, os ciclistas devem assumir a condição de pedestres, fazendo a travessia desembarcados da bicicleta. 1418º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Os usuários do trânsito que optarem pela caminhada como meio de transporte mais sustentável devem, também, se atentar ao uso das calçadas. Em locais onde não há calçadas, por sua vez, os pedestres devem andar pela beira da rua ou da avenida, no sentido contrário ao dos veículos. Para realizar a travessia, sempre que possível, é preciso que a façam utilizando as faixas de pedestres ou as passarelas. Na ausência destas, os pedestres devem atravessar pelo meio do quarteirão, em linha reta, evitando-se os cruzamentos. Outra dica importante para o momento da travessiaé que fiquem sempre atentos aos semáforos e às setas dos veículos. Por fim, a atenção é outro elemento vital para a segurança de ciclistas e de pedestres, sobretudo nos locais onde a infraestrutura não é adequada. Por isso, o uso de aparelhos celulares e de fones de ouvido precisa ser evitado. Além de promoverem dispersão, esses dispositivos diminuem a capacidade de escutar os ruídos do trânsito e comprometem a resposta rápida a situações de risco. Adotando-se essas atitudes e fazendo escolhas mais conscientes na hora de optar por um meio de transporte, é possível construir um trânsito mais seguro e menos poluente, o que colabora, ainda, para o desenvolvimento e a promoção da cidadania. Estratégias didáticas Propõe-se que a atividade seja iniciada com a leitura do texto O avanço das tecnologias de transporte e a poluição, que aborda sobre a relação entre o Iluminismo, o desenvolvimento das tecnologias modernas de transporte terrestre e o impacto ambiental das emissões veiculares. Na sequência, são propostos dois exercícios para que os estudantes reflitam sobre os meios de transportes utilizados nos deslocamentos cotidianos e sobre as possibilidades da utilização de transportes mais racionais e de menor impacto ao meio ambiente. Para finalizar a atividade, sugere-se que os estudantes elenquem quais as atitudes seguras a serem adotadas para que as alternativas de transporte apontadas sejam, além de menos poluentes, mais seguras. Atividade com gabarito Os veículos e os impactos que causam ao meio ambiente Normalmente, as pessoas relacionam o desenvolvimento de tecnologias com a melhora da qualidade de vida. A evolução tecnológica tem seus benefícios, mas, também, tem seus efeitos colaterais, caso não utilizada de forma racional. No texto O avanço das tecnologias de transporte e a poluição, aborda-se como o Iluminismo influenciou e acelerou o desenvolvimento tecnológico e qual o impacto disso nos meios de transporte e no meio ambiente com o passar dos anos. O avanço das tecnologias de transporte e a poluição A ciência de hoje foi, profundamente, influenciada pelos iluministas, pensadores que, em meados dos séculos XVII e XVIII, defenderam o emprego da razão para a explicação dos fenômenos do Universo. Partindo-se desse princípio, o desenvolvimento de tecnologias diversas foi acelerado nos séculos seguintes. A linha do tempo, em forma de infográfico, demonstra um pouco como era o transporte terrestre antes do Iluminismo e como foi se adaptando depois dele. Construindo os caminhos da atividade 142 OS VEÍCULOS E OS IMPACTOS QUE CAUSAM AO MEIO AMBIENTE 1438º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Conforme pode-se perceber, o desenvolvimento acelerado de tecnologias de transporte e o seu uso intensivo provocou implicações na qualidade do ar, principalmente nas grandes cidades. Assim, além da busca por tecnologias menos poluentes, para minimizar os impactos no meio ambiente, é necessário empregar a razão fazendo um melhor uso das já existentes. Por exemplo, caso seja utilizado um veículo motorizado, deve-se considerar se o número de passageiros está compatível com a capacidade máxima que tem, fazendo o melhor uso desse transporte. Outra forma de colaborar com o meio ambiente é o uso preferencial do transporte coletivo, das bicicletas e da caminhada sempre que possível. Por fim, é importante, ainda, agir racionalmente adotando-se sempre medidas de segurança, seja qual for o meio escolhido. Atitudes seguras no trânsito salvam vidas! 1) Em grupos de três ou quatro colegas, conversem sobre as suas rotinas no trânsito. Troquem informações sobre os lugares que costumam frequentar semanalmente e que meios de transporte usam para essas locomoções. A partir da conversa, produzam um pequeno texto descritivo, mencionando os deslocamentos e os meios de transporte utilizados frequentemente pelo grupo. Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes deem detalhes sobre as atividades que fazem em suas rotinas, mencionando aquelas que têm a necessidade de se locomoverem de um local a outro. Assim, podem citar quais meios de transporte utilizam, como e por quê. Mediação Sugere-se que os grupos sejam compostos por até cinco integrantes, para permitir a troca de informações entre todos os participantes e para facilitar a produção do texto, do tipo textual dissertativo, solicitado no exercício. É importante que o texto exponha informações sobre os deslocamentos de rotina, os meios de transportes mais utilizados e a frequência de uso. 2) Uma vez realizada a descrição, troque o texto produzido com outro grupo. Depois, leiam o texto recebido e produzam uma nova versão deste, propondo, aos colegas, alternativas para que os deslocamentos descritos sejam feitos de uma forma mais racional e menos poluente. Para isso, considerem as alternativas de transportes existentes no local de vivência. Em seguida, com isso pronto, compartilhem com a turma as proposições feitas. Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes, juntos, pensem em maneiras de o outro grupo se locomover de forma a colaborar para a preservação do meio ambiente, citando meios de transportes alternativos. Mediação A dinâmica proposta de troca dos textos entre os grupos para que apresentem alternativas de tipos de transportes mais racionais e menos poluentes para a realização dos deslocamentos cotidianos promove um processo de reflexão , a partir das experiências vivenciadas pelos outros colegas. As interações na turma são importantes para socializar as formas de locomoção dos estudantes e as possíveis alternativas. Por isso, sugere-se que os relatos iniciais e as sugestões dos grupos sejam compartilhadas em uma roda de conversa com a turma e que sejam sistematizadas no quadro, destacando-se as sugestões recorrentes apresentadas para o uso mais consciente dos meios de transportes, com vistas à redução da emissão de poluentes atmosféricos. 144 OS VEÍCULOS E OS IMPACTOS QUE CAUSAM AO MEIO AMBIENTE 3) Após o registro, indiquem cuidados necessários para que as alternativas de transporte apontadas sejam, além de menos poluentes, mais seguras. Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes apresentem cuidados necessários para os diferentes tipos de transportes, como, por exemplo: se a alternativa envolver caminhada, podem apontar o uso das calçadas, a travessia pela faixa de pedestres, a atenção aos veículos e às condições das vias; se for indicado o uso da bicicleta, podem mencionar que é preciso considerar os equipamentos de segurança, o uso das ciclovias ou de ciclofaixas e a realização da travessia pela faixa de pedestres, desembarcando-se da bicicleta; e se a alternativa for o uso de transporte coletivo, entre outras questões, podem mencionar que é preciso esperar a completa parada do veículo para que seja feita a entrada nele ou a saída dele e que é necessário utilizar uso de cinto de segurança sempre que os veículos dispuserem desse dispositivo. Mediação Neste exercício, os estudantes são instigados a apontar medidas de segurança necessárias nos meios de transporte menos poluentes, registrados no exercício anterior, seja como pedestres, seja como ciclistas, seja, ainda, como passageiros. Sugere-se que as respostas dos grupos sejam compartilhadas em uma roda de conversa, de forma que a exposição das respostas promova a troca de dicas de segurança, as quais ainda podem ser complementadas, se necessário. Avaliação A avaliação, nesta atividade, pode ser feita de modo processual, considerando-se: se os estudantes participaram dos momentos de interações orais e escritas, seja na exposição para a turma, seja na produção em grupos; se os estudantes demonstraram entender a dinâmica do trânsito, desde o Iluminismo, e o impacto que os veículos causam ao meio ambiente; e se conseguiram, nos exercícios, por um lado, destacar atitudes que visam à conservação dos recursos naturais, tendo em vista o uso detransportes alternativos, e, por outro lado, mencionar atitudes seguras para cada meio de transporte sugerido. Outras conexões O mesmo levantamento realizado pelos estudantes sobre os meios de transporte utilizados em seus cotidianos pode ser feito junto às famílias ou, ainda, com os funcionários da escola, através de um questionário, com foco na preservação do meio ambiente e na adoção de atitudes de segurança. Dessa forma, seria possível organizar um pequeno panorama de boas práticas e de desafios da comunidade local quanto ao uso consciente dos meios de transporte. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 04 dez. 2020. XIMENES, Augusto Ronchini. et al. O impacto ambiental devido a política de crescimento da frota de veículos. Revista Ciências do Ambiente On-Line, Campinas, v. 4, n. 2, p. 1-7, ago. 2008. Disponível em: http://sistemas.ib.unicamp.br/ be310/nova/index.php/be310/article/view/157/113. Acesso em: 04 dez. 2020. Compartilhe! Como foi realizar esta atividade com os estudantes? Houve interesse? Conte-nos, enviando fotos e/ ou vídeos, que ilustrem sua descrição! Você e os estudantes fazem parte do Programa Conexão DNIT! Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 1458º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Os veículos e os impactos que causam ao meio ambiente Normalmente, as pessoas relacionam o desenvolvimento de tecnologias com a melhora da qualidade de vida. A evolução tecnológica tem seus benefícios, mas, também, tem seus efeitos colaterais, caso não utilizada de forma racional. No texto O avanço das tecnologias de transporte e a poluição, aborda- se como o Iluminismo influenciou e acelerou o desenvolvimento tecnológico e qual o impacto disso nos meios de transporte e no meio ambiente com o passar dos anos. O avanço das tecnologias de transporte e a poluição A ciência de hoje foi, profundamente, influenciada pelos iluministas, pensadores que, em meados dos séculos XVII e XVIII, defenderam o emprego da razão para a explicação dos fenômenos do Universo. Partindo-se desse princípio, o desenvolvimento de tecnologias diversas foi acelerado nos séculos seguintes. A linha do tempo, em forma de infográfico, demonstra um pouco como era o transporte terrestre antes do Iluminismo e como foi se adaptando depois dele. Conforme pode-se perceber, o desenvolvimento acelerado de tecnologias de transporte e o seu uso intensivo provocou implicações na qualidade do ar, principalmente nas grandes cidades. Assim, além da busca por tecnologias menos poluentes, para minimizar os impactos no meio ambiente, é necessário empregar a razão fazendo um melhor uso das já existentes. Por exemplo, caso seja utilizado um veículo motorizado, deve-se considerar se o número de passageiros está compatível com a capacidade máxima que tem, fazendo o melhor uso desse transporte. Outra forma de colaborar com o meio ambiente é o uso preferencial do transporte coletivo, das bicicletas e da caminhada sempre que possível. Por fim, é importante, ainda, agir racionalmente adotando-se sempre medidas de segurança, seja qual for o meio escolhido. Atitudes seguras no trânsito salvam vidas! Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 146 OS VEÍCULOS E OS IMPACTOS QUE CAUSAM AO MEIO AMBIENTE 1478º ANO | HISTÓRIA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 1) Em grupos de três ou quatro colegas, conversem sobre as suas rotinas no trânsito. Troquem informações sobre os lugares que costumam frequentar semanalmente e que meios de transporte usam para essas locomoções. A partir da conversa, produzam um pequeno texto descritivo, mencionando os deslocamentos e os meios de transporte utilizados frequentemente pelo grupo. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2) Uma vez realizada a descrição, troque o texto produzido com outro grupo. Depois, leiam o texto recebido e produzam uma nova versão deste, propondo, aos colegas, alternativas para que os deslocamentos descritos sejam feitos de uma forma mais racional e menos poluente. Para isso, considerem as alternativas de transportes existentes no local de vivência. Em seguida, com isso pronto, compartilhem com a turma as proposições feitas. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3) Após o registro, indiquem cuidados necessários para que as alternativas de transporte apontadas sejam, além de menos poluentes, mais seguras. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 1498° ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Beware with traffic distractions! The attention is very important in traffic! Articulação didática Esta atividade desenvolve a reflexão sobre a importância da atenção ao transitar, ressaltando os perigos do uso do celular no trânsito, a partir da produção de frases em Língua Inglesa. Os exercícios abordam frases em inglês sobre os perigos da falta de atenção no trânsito e estimulam a produção de outras frases sobre o tema como forma de promover a percepção e a consciência, dos estudantes, em relação aos riscos existentes e à adoção de atitudes seguras ao transitar. Objeto de conhecimento Produção de textos escritos com mediação do professor/colegas – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Celular no trânsito. Competência Compreender os riscos do uso do celular no trânsito, pelos motoristas e pelos pedestres. Habilidade Indicar os riscos do uso do celular pelos pedestres e pelos motoristas. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e papel A4. A atividade versa sobre os riscos que a falta de atenção gera no trânsito. Não apenas os motoristas, como também os pedestres, precisam ser educados para um uso racional e cuidadoso do celular e de outros dispositivos que tiram o foco e que desviam a atenção no trânsito. O Texto 1 A sociedade virtual e a atenção no trânsito expõe questões importantes sobre o tema. Por sua vez, o Texto 2 Celular no trânsito apresentauma reflexão sobre essa problemática e uma tabela com as principais causas de acidentes em rodovias federais. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 150 BEWARE WITH TRAFFIC DISTRACTIONS! Texto 1 A sociedade virtual e a atenção no trânsito Vive-se em uma época em que a atenção é dividida entre espaços e tempos diversos. No mesmo momento em que uma pessoa (enquanto pedestre) faz um deslocamento, o telefone toca, o carro do som passa divulgando uma propaganda, outro carro buzina. Tudo acontece de maneira simultânea, e os sentidos das pessoas as ajudam a processar e a selecionar as informações. Com a chegada dos dispositivos móveis e das demais tecnologias de informação, a atenção se dispersou ainda mais. Mesmo sem uso direto dos celulares, é comum que as virtualidades desse tempo habitem os pensamentos e as emoções das pessoas. Ao acessar as redes sociais, no trânsito, os usuários colocam em risco não só suas próprias vidas, mas as de outros sujeitos, principalmente pedestres que são, de acordo com a OPAS/OMS (2019), um dos usuários mais vulneráveis quando transitam. Ainda, segundo dados dessa organização, as “[...] lesões ocorridas no trânsito são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos” (OPAS/OMS, 2019). De acordo com o informativo da organização: Os condutores que usam celulares enquanto dirigem têm cerca de 4 vezes mais chances de estarem envolvidos em um acidente. O uso de um telefone ao dirigir diminui os tempos de reação (principalmente o tempo de reação da frenagem, mas também a reação aos sinais de trânsito) e dificulta que o condutor mantenha o carro na pista correta e guarde as distâncias de segurança (OPAS/OMS, 2019). No entanto, esses dispositivos não representam perigo apenas nas mãos dos motoristas, eles também afetam a atenção dos pedestres. O uso do fone de ouvido ao caminhar, por exemplo, pode ser perigoso, pois desconecta o pedestre dos ruídos do ambiente, como freadas bruscas, buzinas de alerta e demais sons do ambiente que o ajudam a perceber os riscos e a adotar atitudes conscientes e seguras. Por isso, para a segurança dos pedestres, além dos fones de ouvido, não falar ao telefone e não enviar mensagem enquanto caminha são atitudes essenciais. Outras dicas importantes ao caminhar são: sempre olhar para todos os lados de onde circulam veículos, antes de realizar cruzamentos e travessias; se possível, em cruzamentos ou esquinas, fazer contato visual com motoristas, antes de atravessar; observar a seta dos veículos; observar atentamente o semáforo; e atravessar sempre na faixa de pedestres. A falta de atenção, devido ao uso de celulares, é um problema sério. Mas, é possível educar as crianças para novos modos de se relacionarem com as tecnologias frisando-lhes a importância da atenção no trânsito. Reeducar os jovens e os adultos também é importante para reverter a triste realidade da insegurança no trânsito. Texto 2 Celular no trânsito Estar atento aos acontecimentos do sistema trânsito é um dos grandes desafios para quem o vivencia no dia a dia. A correria das cidades associada à virtualização da vida, provocada pelas mídias digitais (veiculadas pelos celulares), afeta muito a atenção das pessoas. Apesar de ser proibido por lei, é comum que, enquanto dirigem, os motoristas manuseiem o celular para ver e mandar mensagens, tirar fotos, fazer ligações ou acessar aplicativos, o que provoca o desvio de foco e de atenção em relação ao trânsito. De acordo com Vilela (2018), segundo dados do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (RENAINF), mantido pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), nos primeiros sete meses de 2018, as multas por uso de celular no volante superaram, em 33%, todas as multas aplicadas em 2017 no Brasil. O estudo feito pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI), publicado pela revista AutoEsporte, indicou que o desvio de atenção provocado pelo manuseio do celular 1518° ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO ao dirigir equivale a dirigir de olhos fechados, aumentando os riscos de acidentes nas vias. A pesquisa da CESVI revelou, ainda, que desviar o olhar para responder uma mensagem no WhatsApp, dirigindo a uma velocidade de 80 km/h, é comparável a “[...] dirigir a extensão de um campo de futebol inteiro com os olhos fechados” (DIAS; FERREIRA, 2018). O problema da falta de atenção provocada pelo uso do celular no trânsito não está relacionado apenas aos motoristas; os pedestres também precisam ficar atentos no trânsito, pois o uso de fones de ouvido, por exemplo, para conversar, para ouvir músicas e podcasts, ou mesmo para falar em meio a caminhada, desvia o foco e a atenção nessa atividade. Ademais, sabe-se que há determinadas ocasiões, como a travessia de ruas, por exemplo, em que pequenos vacilos podem ter consequências graves, aumentando-se, significativamente, os riscos de os pedestres se envolverem em acidentes. Com a democratização do uso do celular e com a crescente virtualização das atividades diárias, nos últimos anos, as redes sociais se tornaram, de fato, as grandes vilãs quando se trata da atenção das pessoas ao transitarem. A pergunta é: o que há de tão urgente para cuidar nas redes sociais que supera a importância do cuidado com a própria vida, com as vidas daqueles que se queira bem e, de modo geral, as vidas daqueles que trafegam pelas vias? O impacto do uso do celular como sendo uma das causas de acidentes no trânsito não pode ser subestimado. Na tabela a seguir, são apresentadas as principais causas de acidentes e de mortes em rodovias federais brasileiras, reportadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2017 (BRASIL, 2017). A “falta de atenção à condução” foi a maior responsável por ocorrências de acidentes e de mortes nas rodovias federais. Levando-se em consideração que entre as causas da falta de atenção está o uso de aparelhos celulares, é preciso que esse tema seja destacado em ações de Educação para o Trânsito. Causas Acidentes Mortos Falta de atenção à condução 34.439 1.842 Velocidade incompatível 10.426 1.007 Ingestão de álcool 6.445 455 Não guardar distância de segurança 5.822 107 Desobediência à sinalização 5.204 399 Pista escorregadia 4.241 153 Adormecimento ao volante 3.797 371 Animais na pista 2.612 103 Falta de atenção do pedestre 2.383 712 Ultrapassagem indevida 2.055 425 Estratégias didáticas A atividade pode ser iniciada com uma roda de conversa sobre os perigos da falta de atenção e da distração no trânsito, a partir de frases de campanhas internacionais que chamem atenção para esse tema. Após a conversa, na qual se trabalha a compreensão das frases e a sua relação com os cotidianos dos estudantes, a proposta é discutir e completar um caça-palavras com palavras importantes para a segurança ao transitar nas vias. Por fim, os estudantes poderão criar, com seus colegas, frases de alerta sobre o tema. É de Lei! O Artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro: é considerada infração gravíssima o condutor estar manuseando telefone celular enquanto dirige (BRASIL, 1997). Construindo os caminhos da atividade 152 BEWARE WITH TRAFFIC DISTRACTIONS! Atividade com gabarito Be careful with distractions Using cell phone in traffic is a serious problem! Let ś read advertising phrases about distraction in traffic around the world. Mediação É importante que, durante a leitura das frases, seja propiciada uma roda de conversa para que os estudantes conversem sobre os perigos da falta de atenção e da distração no trânsito, troquem experiências sobre o tema e relacionem o conteúdo das sentenças com seus cotidianos. 1) Do you think the distraction with cell phones is just a driver’s problem? An about risks for pedestrians? Discuss with your partner. Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes apontem riscos do uso de celulares por pedestres, como: desatenção; incapacidade de escutar(ao usar fones de ouvido) carros se aproximando; entre outros. Mediação É importante que, durante este exercício, os estudantes leiam, compreendam, troquem ideias e experiências vividas no trânsito. As frases do exercício anterior estão direcionadas mais para os motoristas, mas a proposta é que, além de alertar sobre a má conduta deles, haja a conscientização também dos riscos do uso do celular pelos pedestres. Os dispositivos móveis fazem parte da vida dos jovens, assim, é importante, neste momento, também chamar atenção para o uso dos fones de ouvido. Os fones de ouvido não permitem a atenção devida aos sons do trânsito, distraindo as pessoas que os utilizam enquanto caminham pelas cidades. Papo sério! Celular e trânsito não combinam. Valorize sua vida! 1538° ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) What kind of care we need in city traffic? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes destaquem algumas dicas de segurança, como, por exemplo: não falar ao telefone ou enviar mensagem enquanto caminha; sempre olhar para todos as direções nas travessias em cruzamentos; fazer contato visual com os motoristas antes de atravessar em frente aos carros; observar a seta dos veículos; não usar fone enquanto caminha ou pedala; observar, atentamente, o semáforo; e atravessar sempre na faixa de pedestres. Mediação É importante enfatizar atitudes positivas para evitar motoristas e pedestres distraídos. As atitudes listadas nas respostas deste exercício vão ajudar na construção de frases de alerta no exercício 4. 3) Read the sentences, complete with appropriate words and search them in the word search. There are important elements and attitudes for pedestrians in traffic. • Pay attention is the act to don’t be distracted. This is very important in the citie’s traffic. • Traffic lights are lights used to control the movement of traffic. • Crosswalk is a marked walkway across a road or a street. • In traffic, is very important to listen the ambient sounds. Be careful! • When you are crossing a street is very important to wait and to look around with attention. T R A F F I C L I G H T S P S Z T G F E Y C Z H S O E U D G T B G T U T G J D C W A A S E N T O L O O K T R Q D J I N M U W L L J K Z O R D D R T D I A O I T E G S T Z J L I F O I P S W J V S D D R K O A P T D T T K B W V U Y U N W Q J F E U L B A X K I T O R W Y A N F C N L Y L F W C A R E F U L M M K T P 154 BEWARE WITH TRAFFIC DISTRACTIONS! 4) In pairs, write sentences using the previous words to share with the school some cares with drivers and pedestrian distraction. Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes escrevam algumas frases, como, por exemplo: Use the Crosswalk!; Don’t use the cell phone when you are walking!. Mediação A proposta é que os estudantes criem frases usando as palavras do exercício anterior. É importante estimulá-los a construírem frases que enfatizem atitudes positivas para transitar em segurança. Avaliação A interação e a troca de experiências são fundamentais na realização desta atividade. Por isso, é importante observar os diálogos entre os estudantes e a compreensão deles em relação aos vocábulos expressos nas frases criadas sobre os cuidados com a distração no trânsito e os riscos do uso do celular pelos pedestres e pelos motoristas. Outras conexões Para dar continuidade a esta atividade e para valorizar as reflexões geradas, as frases criadas podem ser transformadas em uma campanha, na comunidade escolar, sobre a importância da atenção no trânsito. Aliás, pode ser uma atividade articulada com a disciplina de Arte. É importante incentivar os estudantes a estruturarem uma campanha que tenha um atrativo visual e que contenha mensagens que chamem a atenção e que promovam a reflexão da comunidade escolar para o problema da falta de atenção ao transitar. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 27 fev. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 27 fev. 2020. BRASIL. Ministério dos Transportes Portos e Aviação Civil – MTPA. Anuário Estatístico de Segurança Rodoviária: 2010-2017. [2017]. Disponível em: https:// www.infraestrutura.gov.br/images/BIT_TESTE/Publica%C3%A7oes/Anuario_ Estatistico_de_Seguranca_Rodoviaria.pdf. Acesso em: 27 fev. 2020. BRASIL. Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS/OMS. Folha Informativa: Acidentes de trânsito. Brasília, DF: OPAS/OMS, 2019. Disponível em: https://www. paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5147:acidentes-de- transito-folha-informativa&Itemid=779. Acesso em: 29 jan. 2020. Tá combinado? Cuidado ao caminhar! Muitas pessoas perdem suas vidas no trânsito, devido à falta de atenção. De acordo com dados de 2017, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a falta de atenção é a primeira causa de acidentes nas rodovias federais brasileiras. Como pedestre, fique sempre atento aos motoristas ao seu redor. No trânsito, a atenção salva vidas! Compartilhe! Como foi esta experiência? Mande-nos fotos e/ou vídeos para ilustrá-la. Lembre-se de compartilhar conosco as dicas e as sugestões expostas pelos estudantes. Vocês são os protagonistas do Programa Conexão DNIT! Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 1558° ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO DIAS, Maria Clara; FERREIRA, Michelle. Uso de celular ao volante é a terceira maior causa de mortes no Brasil. 2018. Disponível em: https://revistaautoesporte. globo.com/Noticias/noticia/2018/05/uso-de-celular-ao-volante-e-terceira-maior- causa-de-mortes-no-transito-no-brasil.html. Acesso em: 11 fev. 2020. VILELA, Pedro Rafael. Multas por uso de celular ao volante crescem 33% em 2018. 2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-09/multas- por-uso-de-celular-ao-volante-crescem-33-em-2018. Acesso em: 03 dez. 2019. 1578° ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Be careful with distractions Using cell phone in traffic is a serious problem! Let ś read advertising phrases about distraction in traffic around the world. 1) Do you think the distraction with cell phones is just a driver’s problem? An about risks for pedestrians? Discuss with your partner. 2) What kind of care we need in city traffic? 3) Read the sentences, complete with appropriate words and search them in the word search. There are important elements and attitudes for pedestrians in traffic. • Pay is the act to don’t be distracted. This is very important in the citie’s traffic. • are lights used to control the movement of traffic. • is a marked walkway across a road or a street. • In traffic, is very important the ambient sounds. Be ! • When you are crossing a street is very important and around with attention. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Celular e trânsito não combinam. Valorize sua vida! Estudante 158 BEWARE WITH TRAFFIC DISTRACTIONS! T R A F F I C L I G H T S P S Z T G F E Y C Z H S O E U D G T B G E U X G J D C W A A S E N U T U T J I T R Q D J I N M T O L O O K Z O R D D R T D I W O L T E G S T Z J L I F O A P I W J V S D D R K O A P I D T T K B W V U Y U N W Q T F E U L B A X K I T O R W Y A N F C N L Y L F W C A R E F U L M M K T P 4) Inpairs, write sentences using the previous words to share with the school some cares with drivers and pedestrian distraction. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Cuidado ao caminhar! Muitas pessoas perdem suas vidas no trânsito, devido à falta de atenção. De acordo com dados de 2017, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a falta de atenção é a primeira causa de acidentes nas rodovias federais brasileiras. Como pedestre, fique sempre atento aos motoristas ao seu redor. No trânsito, a atenção salva vidas! 1598º ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Traffic telephone game Pay attention about your attitudes in traffic Articulação didática Através de interações orais e de uma brincadeira de mímica, esta atividade intenta possibilitar que os estudantes reflitam sobre a importância das posturas éticas, seguras e responsáveis no trânsito. A partir de algumas sentenças em inglês, propõe-se a realização de uma brincadeira de telefone sem fio, objetivando observar a ética nas atitudes que os estudantes praticam no cotidiano e que podem contribuir para o exercício da cidadania no trânsito. Objeto de conhecimento Usos de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Posturas e atitudes éticas no trânsito. Competência Compreender o valor das escolhas e das posturas éticas no trânsito. Habilidade Dissertar sobre o significado de posturas éticas no trânsito. Tempo estimado 1 hora/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e papel A4. As posturas éticas constituem a cidadania e contribuem para a convivência social e segura nas vias. O texto A ética e a segurança no trânsito discute como as atitudes seguras manifestam posturas que afetam não apenas os indivíduos que as praticam, mas as diferentes coletividades das quais eles fazem parte. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 160 TRAFFIC TELEPHONE GAME A ética e a segurança no trânsito A vida em sociedade é regida por vários dispositivos. Dentre eles, as leis, historicamente construídas, ajudam a definir regras que contribuem para a garantia do bom convívio e da segurança dos indivíduos. Entre os documentos legais, destaca-se, no Brasil, a Constituição Federal (BRASIL, 1988), que garante aos brasileiros e aos residentes no país o direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade. Em relação ao trânsito, há o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997), que apresenta os direitos e os deveres dos cidadãos em relação ao espaço social comum do trânsito, no qual diversos indivíduos circulam de diferentes formas e precisam conhecer as regras do trânsito e respeitá-las para que haja um bom funcionamento desse espaço e um movimento seguro nas vias. No entanto, não são apenas as leis que organizam a vida social. Há, também, os valores culturalmente construídos que afetam o comportamento dos indivíduos em diferentes sociedades e tempos. As posturas dos indivíduos, por sua vez, não afetam apenas as vidas daqueles que as praticam, mas se estendem aos outros, às coletividades das quais fazem parte, logo, à grande coletividade do trânsito. A ética, então, manifesta-se nas atitudes cotidianas, como as posturas que fazem o trânsito funcionar melhor e com mais segurança. As atitudes éticas são as posturas seguras adotadas nas variadas situações vivenciadas. O respeito, a atenção, o autocuidado e o cuidado com o outro são atitudes éticas que fazem os cidadãos mais presentes no espaço que circulam, como também mais conscientes de seus atos e de suas consequências. No cotidiano do trânsito, vários indivíduos, em diversas formas de locomoção, interagem. Ao longo do dia e das demandas de deslocamento, as pessoas assumem diversas posições no trânsito como usuários diferentes e que precisam de posturas também diferentes. Na fase escolar, os estudantes estão ampliando, ano após ano, suas vivências e formas de se locomover e, também, suas posições como usuários mais autônomos. Novas vivências proporcionam, aliás, diferentes responsabilidades. Como pedestres, por exemplo, é muito importante: estar atento ao seu entorno durante as caminhadas e caminhar sempre na calçada; atravessar sempre na faixa de pedestre e nas passarelas, quando houver; fazer contato visual com motoristas antes de atravessar as ruas; estar atento às setas dos veículos e às saídas de carros das garagens; não usar celular ou outros dispositivos que interfiram na atenção, na escuta e no contato com o ambiente e com os riscos que há nele. Como ciclistas, o deslocamento também exige atenção, por isso, é preciso: escolher locais apropriados, como ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, quando houver, ou espaços menos movimentados; não realizar manobras bruscas e arriscadas e usar, sempre que possível, acessórios de segurança. É importante, além disso, realizar, periodicamente, a manutenção da bicicleta. Enquanto ciclista, não é permitido e nem seguro pedalar em calçadas e faixas de pedestres. Por sua vez, como passageiro, é necessário sempre: usar cinto de segurança, quando houver; ter cuidado ao descer do ônibus e subir nele; ser respeitoso, nos transportes coletivos, com assentos preferenciais e, sempre que necessário, ser gentil e educado com pessoas que precisam de ajuda, como idosos, pessoas com deficiência, gestantes e pessoas com bebês de colo. Ao pegar caronas, avaliar sempre se a conduta do motorista é adequada e segura. Com isso dito, a educação para o trânsito faz parte da formação de cidadãos. As atitudes são as respostas éticas que colaboram para uma cidade mais humana e colaborativa. Estar atento aos riscos e ter consciência de que as ações individuais afetam os outros no trânsito são gestos de cidadania e de respeito à vida. 1618º ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Estratégias didáticas A atividade pode ser iniciada com a realização de uma roda de conversa para que sejam dialogadas questões de ética no trânsito, a partir de uma situação apresentada e de situações vivenciadas pelos estudantes. Após a interação inicial, a proposta é que se faça uma discussão sobre algumas sentenças em inglês que relatam algumas situações encontradas no trânsito e que, em seguida, seja construído, coletivamente, o significado dessas frases. Com isso feito, essas frases serão a base para a realização da brincadeira de telefone sem fio. Ao final da brincadeira, sugere-se que a situação descrita na frase seja apresentada na forma de mímica, sendo que os demais colegas vão tentar compreender o que a mímica significa. Para fazer o fechamento de cada rodada, sugere-se debater, também, na língua materna, o porquê de aquela atitude ser considerada ética e se a frase manifesta uma ação comum no cotidiano dos estudantes. Atividade com gabarito Traffic telephone gameThe traffic consists of people, communications, materialities and, mainly, attitudes. Do you consider your attitudes ethical? Think about the following situation. Another day... going to school You are on the bus going to school. The bus is almost full, and you find an open seat for you. During the trip, an elderly woman gets on the bus and all the preferred seats are occupied. What would be your attitude? Construindo os caminhos da atividade 162 TRAFFIC TELEPHONE GAME Mediação A situação inicial apresentada é sugerida como disparadora de uma conversa sobre a ética e de como ela se manifesta no cotidiano do trânsito, para, com isso, poder problematizar o tema para instigar a reflexão dos estudantes. As atitudes éticas garantem, ao trânsito, a harmonia possível entre os usuários, as comunicações e as estruturas físicas existentes nas vias. Ao longo da interação inicial, outras situações podem ser levantadas pelos estudantes, para que, juntos, possam associá-las a atitudes éticas que podem fazer diferença, não apenas na segurança de si mesmos, mas na segurança de outras pessoas. In a circle, let ś read the sentence in English and play the traffic telephone game. It's important to listen and understand the meaning of each sentence. 1) I respect priority seats in the bus. Eu respeito os assentos prioritários. 2) I offer help to an elderly to cross the street. Eu ofereço ajuda para uma pessoa idosa atravessar a rua. 3) I look both ways before crossing any street. Eu olho para todos os lados para atravessar qualquer rua. 4) I look at drivers when I want to cross in crosswalk. Eu olho para os motoristas quando eu quero atravessar na faixa de pedestre. 5) I use safety accessories when I ride a bike. Eu uso acessórios de segurança quando ando de bicicleta. 6) I do maintenance on my bicycle periodically. Eu faço manutenção na minha bicicleta periodicamente. 7) I don't text when I am walking or riding a bike. Eu não mando mensagens no celular quando eu estou caminhando ou andando de bicicleta. 8) I don't take rides with drunk drivers. Eu não pego carona com motoristas embriagados. 9) I don't ride a bike in the sidewalk or crosswalk. Eu não pedalo na calçada e na faixa de pedestre. 10) I respect the traffic signs. Eu respeito as sinalizações de trânsito. Mediação As frases podem ser anotadas em papéis para a brincadeira. É possível adaptar ou criar outras frases para se aproximar à realidade local ou para contemplar os principais problemas e riscos que os estudantes vivem. O exercício consiste em discutir as atitudes éticas a partir das sentenças em inglês. Por isso, é importante ler as frases com os estudantes e construir um significado compartilhado na língua materna que seja compreensível a todos. Depois de ler todas as sentenças e de atribuir, coletivamente, um significado a elas, as frases serão misturadas para iniciar a brincadeira do telefone sem fio. Tá combinado? Ter ética no trânsito é se atentar às atitudes e a como elas podem causar consequências para si e como elas podem afetar os demais ao seu redor. Cada atitude individual tem uma consequência coletiva. O trânsito funciona melhor quando há cooperação! 1638º ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Choose a phrase and whisper it for the colleague next to you. In the end, the last person should mimic what they understood, and the class needs to find out what ethical attitude is represented. Then the first student may tell or read the original sentence and the class must discuss why this attitude is ethical and if it is a part of their daily lives. Mediação Acrescenta-se, à brincadeira do telefone sem fio, o exercício de mímica ao final de cada rodada. Para que a brincadeira seja feita, sugere-se que seja definido um grupo (de até cinco estudantes) para participar de cada rodada. É importante orientar os estudantes para que, ao repassarem a mensagem, falem com calma, e, especialmente, com clareza, os elementos do trânsito que indicam uma atitude ética na sentença. No exercício da mímica, os estudantes podem requerer ajuda dos colegas da roda, para que a ação seja mais compreensível. É importante que, mesmo não entendendo a frase toda antes da mímica, os estudantes possam se valer das palavras que mais entenderam, relacionando-as com uma atitude segura. Ao final, o estudante que iniciou a rodada do telefone sem fio compartilhará, então, a frase original da brincadeira, na língua materna, promovendo o debate sobre as ações que foram representadas, abordando-se o significado de cada frase e como ela se relaciona com a vida e as práticas do dia a dia dos estudantes. Após a conclusão do exercício, é importante destacar, com os estudantes, em quais situações do cotidiano eles percebem as ações, como as percebem e se elas são praticadas por eles. Caso não sejam praticadas, é interessante problematizar isso, expondo exemplos e discutindo consequências e evidenciando, ainda, que a ética é uma escolha individual, mas que tem consequências para todo o coletivo, na vida e no trânsito. Algumas observações podem ser apresentadas, como aquelas citadas no texto A ética e a segurança no trânsito, presente no Conectando saberes do trânsito, em relação às atitudes de cada tipo de usuário. Avaliação A avaliação desta atividade pode ser feita de forma processual, observando-se se os estudantes: interagiram nas rodas de conversa, expondo, oralmente, suas vivências; demonstraram (através das conversas, do exercício de compreensão das frases e da brincadeira de mímica) compreender que as atitudes éticas são importantes para que se mantenha a segurança de todos os usuários do trânsito. É importante salientar que a expressão oral das sentenças manifesta não apenas a compreensão da língua, mas também a prática social a qual ela está ligada e às formas que a ética se manifesta nas escolhas que cada um faz no dia a dia do trânsito. Outras conexões Para dar continuidade a esta atividade, visando à ampliação da compreensão das atitudes éticas e da construção da cidadania, as frases que manifestam atitudes éticas podem ser compartilhadas em formato de Histórias em Quadrinhos (HQs), de RAP, de campanhas de conscientização ou, ainda, de outros gêneros textuais. Os estudantes podem criar, também, micronarrativas escritas ou encenadas, em parceria com as aulas de Língua Portuguesa ou de teatro, que expressem de que modo as atitudes éticas podem tornar o trânsito mais seguro e pacífico. Compartilhe! Como foi a experiência de realizar esta atividade com os estudantes? Envie-nos fotos e/ou vídeos para ilustrar a sua descrição! Você e os estudantes fazem parte do Programa Conexão DNIT! Aprimorando práticas e ampliando conexões 164 TRAFFIC TELEPHONE GAME BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 20 nov. 2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Emendas Constitucionais. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 nov. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 20 nov. 2020. Referências 1658º ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 1) I respect priority seats in the bus. 3) I look both ways before crossing any street. 4) I look at drivers when I want to cross in crosswalk. 5) I use safety accessories when I ride a bike. 6) I do maintenance on my bicycle periodically. 7) I don’t text when I am walking or riding a bike. 8) I don’t take rides with drunk drivers. 9) I don’t ride a bike in the sidewalk or crosswalk. 10) I respect the traffic signs. 2) I offer help to an elderlyto cross the street. 1678º ANO | LÍNGUA INGLESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Traffic telephone game The traffic consists of people, communications, materialities and, mainly, attitudes. Do you consider your attitudes ethical? Think about the following situation. Another day... going to school You are on the bus going to school. The bus is almost full, and you find an open seat for you. During the trip, an elderly woman gets on the bus and all the preferred seats are occupied. What would be your attitude? In a circle, let ś read the sentence in English and play the traffic telephone game. It's important to listen and understand the meaning of each sentence. 1) I respect priority seats in the bus. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Ter ética no trânsito é se atentar às atitudes e a como elas podem causar consequências para si e como elas podem afetar os demais ao seu redor. Cada atitude individual tem uma consequência coletiva. O trânsito funciona melhor quando há cooperação! Estudante 168 TRAFFIC TELEPHONE GAME 2) I offer help to an elderly to cross the street. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3) I look both ways before crossing any street. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4) I look at drivers when I want to cross in crosswalk. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5) I use safety accessories when I ride a bike. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 6) I do maintenance on my bicycle periodically. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 7) I don't text when I am walking or riding a bike. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 8) I don't take rides with drunk drivers. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 9) I don't ride a bike in the sidewalk or crosswalk. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 10) I respect the traffic signs. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Choose a phrase and whisper it for the colleague next to you. In the end, the last person should mimic what they understood, and the class needs to find out what ethical attitude is represented. Then the first student may tell or read the original sentence and the class must discuss why this attitude is ethical and if it is a part of their daily lives. 1698º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO “Carro-dependente” Diminuir o uso de carros é a solução para os congestionamentos Articulação didática A atividade fundamenta-se em uma crônica que discute sobre o problema dos “carro-dependentes” e as consequências do excesso de carros nas cidades. Este conteúdo de trânsito se articula com a disciplina de Língua Portuguesa a partir da realização de exercícios de compreensão, de interpretação e de escrita textual. Objeto de conhecimento Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Causas e consequências dos congestionamentos. Competência Tomar conhecimento sobre as causas e as consequências do congestionamento. Habilidades Listar as causas e as consequências dos congestionamentos. Apontar alternativas para a diminuição do uso do automóvel, como transporte individual. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, lápis, borracha, papel kraft e materiais para colorir. Nas últimas décadas, as cidades mudaram, aumentando-se o número de pessoas, de postos de trabalho e de moradias. Deslocar-se para o trabalho, para a escola, para o posto de saúde ou para locais de lazer é uma necessidade básica da população. Mas o meio de transporte escolhido nesses deslocamentos nem sempre é o mais eficiente. O texto Brasil já tem 1 carro a cada 4 habitantes, diz Denatran aborda como o número de carros está aumentando no país, e o impacto disso para a mobilidade urbana. Conectando os saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 170 “CARRO-DEPENDENTE” Brasil já tem 1 carro a cada 4 habitantes, diz Denatran O número de carros não para de crescer no país. Com o aumento da frota, o Brasil já tem um automóvel para cada 4,4 habitantes. São 45,4 milhões de veículos do tipo. Há dez anos, a proporção era de 7,4 habitantes por carro. No último ano, só 19 das 5.570 cidades do país registraram uma diminuição na frota de automóveis. [...] Para o economista Ladislau Dowbor, do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP, o problema não é a quantidade de carros no país, e sim o modelo criado nas cidades para favorecer o transporte individual. “Há muitíssimos países com uma densidade de automóveis por habitante maior, mas onde se circula normalmente. O problema no Brasil é que, por pressão política das empreiteiras e montadoras, se fez todas as infraestruturas para o automóvel, e não para o transporte coletivo.” “O carro usado para a compra no supermercado, para o lazer à noite, não causa grande prejuízo. O absurdo é ter, numa cidade como São Paulo, 6,5 milhões de pessoas indo para o trabalho todo dia, para os mesmos destinos, de carro e na mesma hora”, afirma. Dowbor diz que é preciso mudar a matriz de transporte brasileira. “Precisa tirar o combustível poluente, generalizar o uso da bicicleta, especialmente a elétrica, implantar mais ciclovias, reduzir drasticamente as emissões e os custos para as pessoas. É possível se deslocar em pouco tempo, de maneira barata, com uma opção de transporte ditada pela racionalidade e pela necessidade da população”, pontua. [...] A facilidade de compra e o baixo valor fazem com que a frota de motos seja maior que a de carros em 44% das cidades do país atualmente. Para Dowbor, o aumento do número de motos preocupa, principalmente nas grandes metrópoles. “É desastroso. Em São Paulo, há uma morte e meia por dia. É um massacre. Isso sem contar os feridos e os custos para a saúde. Em Xangai (China), não há uma moto que circule nos espaços de carro. Há sistemas elétricos, que andam a 30 km/h, o que é razoável, permite se deslocar rapidamente e sem poluição sonora.” Dados do Datasus, banco estatístico do Ministério da Saúde, mostram que a cada ano cerca de mil pessoas a mais morrem vítimas do trânsito no Brasil. São mais de 40 mil óbitos anuais hoje. Fragmento extraído de BRASIL. Associação Nacional dos DETRANS - AND. Brasil já tem 1 carro a cada 4 habitantes, diz Denatran. [2019]. Disponível em: http://www.and.org.br/ brasil-ja-tem-1-carro-a-cada-4-habitantes-diz-denatran/.Acesso em: 08 jul. 2019. Estratégias didáticas O problema da falta de mobilidade urbana é evidente em muitas cidades brasileiras e no mundo. Existem consequências graves e uma das causas é a cultura do consumo, que institui o carro como um item de desejo e sinônimo de status social, quando nem sempre seu uso é necessário. Desse modo, esta atividade pode ser iniciada a partir de uma crônica que discute sobre o problema dos “carro- dependentes” e as consequências do excesso de carros nas cidades. Sugere-se, Construindo os caminhos da atividade 1718º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO antes de iniciar a leitura do texto, fazer um debate com a turma sobre o título da atividade, Carro-dependente, com o propósito de introduzir a discussão sobre o carro como objeto de desejo e de consumo. Assim, a partir do texto, sugere-se que os estudantes façam suas leituras e interpretações e, em seguida, respondam às questões que objetivam a reflexão sobre novas atitudes com relação ao uso de carros e de demais meios transportes. Propõe-se, ao final, a criação de uma charge ou de uma História em Quadrinhos (HQ) que ilustre a reflexão desenvolvida. Atividade com gabarito “Carro-dependente” As crônicas são gêneros discursivos em que os sentidos mais objetivos e jornalísticos e os sentidos mais subjetivos e literários se cruzam. A voz assumida pelo autor pode ser mais crítica ou poética, mais humorística ou irônica. Muitas crônicas expressam visões sobre aspectos cotidianos do mundo, e, no caso da crônica a seguir, há uma reflexão sobre o trânsito. O texto Dependentes aborda como a sociedade criou um problema ao assumir o carro como um sonho de consumo, sem refletir sobre as consequências de seu uso nas cidades. Após fazer a leitura, converse com seus colegas sobre o tema abordado e responda aos exercícios propostos. Dependentes Cada vez mais as cidades do mundo, falo das urbanizadas, obviamente, restringem o acesso dos carros nas suas áreas centrais. Várias metrópoles optam por privilegiar o trânsito de pedestres e veículos pequenos, mais individualizados, como a bicicleta, o skate, o patinete, o patins e até as motinhos, vespas e afins, feitas para, no máximo, duas pessoas ocuparem. E em contrapartida, estão a impedir que os tentáculos do trânsito mais pesado espalhem-se sobre os espaços públicos como se fossem os únicos, ou os mais importantes componentes de uma cidade. Assim, torna-se mais comum pensar, planejar e implantar meios de transportes alternativos e de veículos coletivos e públicos, tão fundamentais para o fluxo das coisas. Queiram ou não, os carros, os tais veículos de passeio, hoje são objetos obsoletos. Projetados idealmente para o uso comum de quatro a seis passageiros, mas a grande maioria carrega apenas um, o próprio motorista. Duvida? Faça um passeio mais atento por sua cidade, seu bairro e conte, num curto espaço, pode ser apenas cinco minutos, ou alguns metros, quantos veículos, feitos para mais ocupantes, passam com apenas uma pessoa nele. Fiz isto, a título de pesquisa não científica, na segunda-feira, às sete e meia da noite, na rua geral do Córrego Grande e fiquei impressionada, pois numa sequência de apenas um minuto, os 15 carros que passaram no sentido contrário, tinham somente o condutor como ocupante. Haja desperdício! O jornalista Gilberto Dimenstein utiliza uma expressão muito boa para definir o apego e o uso excessivo dos carros nos espaços urbanos. Segundo ele, vivemos em cidades “carro-dependentes”. Título justo e merecido, já que é bem mais comum do que possa supor qualquer filosofia ver o cidadão fazer uso do seu carro para se deslocar até a academia de ginástica mais próxima, a fim correr na esteira, ou para ir até a padaria da esquina, a locadora e por aí afora. Somos uma sociedade de viciados em carros, ao ponto de crer que a vida será melhor, mais feliz, com mais amigos e namoradas, dependendo do modelo que o nosso dinheiro possa bancar, ou não. Chegamos ao estágio de confundir veículo motorizado com ego. Mas agora, que vivemos a insustentabilidade, o que realmente importa é saber como vamos sair dela. Alguns locais mais civilizados passaram a adotar a proibição de carros e outros veículos, em detrimento do pedestre e dos ciclistas. Exemplos 172 “CARRO-DEPENDENTE” como Nova York, que em cinco anos criou 450 quilômetros de ciclovias e fechou várias praças aos carros, entre elas a famosa Times Square e, apesar das críticas fervorosas, o comércio cresceu e a cidade toda comemora, inclusive os turistas brasileiros ávidos pelas andanças atrás dos melhores preços e produtos à venda. Lá, o transporte público também melhorou com a ampliação dos corredores de ônibus. Mais perto, aqui na América do Sul, a Colômbia chegou na frente. Bogotá, antes conhecida como a capital mundial do narcotráfico, hoje é exemplo em desenvolvimento social e mobilidade urbana. O caminho foi longo, mas a cidade melhorou quando priorizou os espaços públicos com a ampliação de calçadas, ciclovias e parques. As áreas de estacionamentos da cidade foram reduzidas, apesar das reclamações dos donos dos carros. [...] Fragmento extraído de LAGO, Fernanda. Dependentes. 2012. Disponível em: https:// bicicletanarua.wordpress.com/2012/12/06/fernanda-lago-florianopolis-tem-que-deixar-de- ser-carro-dependente/. Acesso em: 08 jul. 2019. Mediação Propõe-se que a leitura da crônica Dependentes seja feita pela turma e que, logo após, seja realizada uma roda de conversa para abordar a temática da “carro-dependência” a partir das realidades mencionadas e da realidade local, ampliando-se a reflexão. Algumas questões podem balizar a mediação, como, por exemplo: Porque as pessoas sonham em adquirir um carro?; A cidade tem infraestrutura adequada para suportar o crescente aumento do número de veículos de passeio?; Existem formas mais sustentáveis de se locomover?; Quais políticas públicas poderiam ser implementadas para reduzir a “carro-dependência”?. 1) Qual é a opinião da narradora sobre o uso de carros nas cidades? Você concorda com ela? Explique. Resposta escrita. A opinião da narradora é de que as cidades têm muitos carros que causam problemas, como congestionamentos, acidentes, entre outros. Muitos dos carros em circulação transportam apenas um usuário, sendo uma forma ineficiente e custosa de realizar deslocamentos diários. A segunda questão é de resposta pessoal, mas espera-se que os estudantes se posicionem e citem argumentos para sustentar suas opiniões. 2) Observe a imagem e responda: Tá combinado? Que tal realizar o teste feito pela autora? No caminho de casa e em segurança, observe, durante alguns minutos, quantos carros com apenas uma pessoa você vê. Anote qual foi o tempo de observação e o número de carros observados para compartilhar com os colegas da sala. 1738º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO a) Qual mensagem é expressa na imagem? Resposta escrita. Espera-se que os estudantes abordem, em suas respostas, a diferença de ocupação das vias públicas pelos diferentes meios de transportes para transportar o mesmo número de pessoas; que os carros, que, normalmente levam apenas uma pessoa, ocupam muito mais espaço nas vias públicas das cidades; e que o transporte coletivo é muito mais efetivo como meio de transporte, diminuindo-se, por exemplo, o congestionamento e a emissão de gases poluentes. b) Como você pode fazer sua parte para diminuir a “carro-dependência”? Resposta oral e pessoal, mas espera-se que os estudantes falem sobre a necessidade de repensar as atitudes, para que os meios de transportes sejam utilizados de forma racional, priorizando-se o uso do transporte coletivo e o uso de transportes alternativos, como a bicicleta e os deslocamentos a pé, por exemplo. Mediação É importante oportunizar o compartilhamento das percepções dos estudantes relativas às contribuições individuais para reduzir a dependência do uso do automóvel.na atividade, auxiliando na compreensão e na apropriação dos leitores a respeito dos sentidos do texto. Trata-se de um elemento fundamental no processo de leitura, principalmente para os estudantes, pois se relaciona com a ampliação do léxico dos leitores. Você sabia? objetiva compartilhar curiosidades sobre a problemática abordada, como números impactantes, curiosidades regionais e locais, relações comparativas com outras realidades mundiais etc. Tá combinado? tem o propósito de firmar um compromisso com os estudantes. À medida que o Programa Conexão DNIT objetiva educar os estudantes para a percepção, a tomada de consciência e a mudança de atitudes deles enquanto usuários do trânsito, esse elemento de interação é escrito em linguagem informal, mais próxima do público jovem, propiciando a aproximação entre a problemática, a atividade e os estudantes, seus modos de existir e de se expressar na sociedade, buscando firmar um acordo de conduta mediante os aprendizados construídos. Fique ligado! apresenta um enunciado performativo que busca dar ênfase à percepção de riscos, a um olhar para aspectos do cotidiano que se relacionem com a problemática abordada. Esse item funciona como um aviso educativo, uma forma de sinalização, que conecta os saberes construídos e compartilhados na atividade e na vida cotidiana. A praticidade visada na proposta do Programa Conexão DNIT está na confluência e no diálogo entre os conteúdos de trânsito e os objetos de conhecimento previstos pela BNCC, proporcionando, assim, que os professores contem com esse auxílio para desenvolver atividades com os estudantes, sem deixar de atender aos objetivos de aprendizagem de seus planos de ensino. 23 Educação para o Trânsito como tema transversal O trânsito é uma temática que está presente na vida de todas as pessoas, independentemente da posição ou da condição que elas ocupam nesse espaço, seja como pedestres, passageiras, ciclistas, seja como condutoras. O trânsito é um espaço coletivo, com regras bem estabelecidas que precisam ser seguidas para a segurança de todos. Para além de respeitar as regras de circulação, é importante que as pessoas estejam cientes dos direitos que elas têm no trânsito, para que, se necessário, também possam reivindicá-los, atuando ativamente para a garantia de melhores condições de fluidez e de segurança para quem transita nas vias. Para que sejam desenvolvidos todos esses aprendizados nas pessoas, desde a necessidade de conhecer e de respeitar as regras até o de saber reivindicar seus direitos enquanto usuárias do trânsito, faz-se importante investir na Educação para o Trânsito sustentada no desenvolvimento da percepção dos riscos no trânsito, no despertar da consciência sobre os riscos nesse espaço e na adoção de atitudes seguras ao transitar. Idealmente, a Educação para o Trânsito deve começar desde cedo, abordando-se as temáticas do trânsito de maneira articulada aos conteúdos do currículo escolar, ou seja, a partir de uma abordagem transversal. A institucionalização desse tema, enquanto parte do currículo nacional da Educação Básica, teve uma trajetória longa, marcada pela publicação de diversos dispositivos legais ao longo do tempo. Desde a década de 1990, entende-se que o trânsito é um tema pertinente para ser trabalhado durante o Ensino Fundamental, orientado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)9. Além de apresentarem diretrizes para o ensino das diversas áreas do saber, com o objetivo de respaldar os processos avaliativos e pedagógicos, os PCNs abordam, ainda, uma série de temas transversais, estes que, devido à sua natureza, não constituem uma disciplina à parte, podendo ser trabalhados em todas elas. Muitos são os temas pertinentes à vida dos estudantes e à formação de cidadãos mais conscientes, sendo a Educação para o Trânsito um desses temas. O próprio Código de Trânsito Brasileiro (CTB)10, publicado em 1997, enfatiza a necessidade de se trabalhar a Educação para o Trânsito em todos os níveis de Ensino, como consta no seu Artigo 76: A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. Outro marco importante que reforça a necessidade e a relevância de abordar a temática do trânsito no Ensino Fundamental foi a definição de diretrizes para a Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental, estabelecidas em 2009, pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), através do Anexo II da Portaria 14711. 9 BRASIL, 1998. 10 Id., 1997. 11 Id., 2009. 24 Por sua vez, a BNCC define a Educação para o Trânsito como um dos “[...] temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global e que devem ser abordados, preferencialmente de forma transversal e integradora, nos currículos e práticas pedagógicas de todo o Ensino Básico”12, devendo ser, necessariamente, incorporados ao contexto pedagógico da escola. A Educação para o Trânsito, então, apresenta seu viés transversal, como temática de urgência social, ligada às diferentes realidades locais, regionais e nacionais e com foco na educação para exercício da cidadania. Nessa perspectiva, o Programa Conexão DNIT oferece um material paradidático em consonância com os normativos legais e disponibiliza, aos educadores, um banco de atividades, as quais articulam os conteúdos de trânsito com os objetos de conhecimento das diversas disciplinas, visando apoiá-los a cumprirem seus objetivos de ensino-aprendizagem e, ainda, auxiliá-los na promoção de um trânsito seguro. Transversalidade Os temas transversais são oriundos das problemáticas diárias e de urgência social e que, devido à amplitude de sua natureza, necessitam ser trabalhados com os saberes escolares, transpassando os diferentes campos do conhecimento. Esses temas se distinguem das áreas convencionais do Ensino Básico, sendo relacionados a processos que emergem das necessidades cotidianas dos espaços e das cidades, que se mostram como importantes desafios a serem solucionados pela sociedade. Dessa forma, expressam conceitos e valores fundamentais à democracia e à promoção da cidadania. Nesse sentido, a transversalidade pode ser definida como um recurso pedagógico cujo intuito é ajudar os estudantes a adquirirem uma perspectiva mais compreensiva e crítica da realidade social, assim como sua inserção e participação nessa realidade. Esse recurso contrapõe-se à visão alienada e individualista do conhecimento e relaciona os conteúdos com o contexto que os cerca e ignora, ainda mais, as barreiras disciplinares13. Na promoção de uma educação transversal, os educadores não precisam interromper o planejamento de ensino de suas áreas para trabalharem os temas transversais, uma vez que a intenção é que esses temas possam ser incorporados ao planejamento e trabalhados a partir da afinidade que cada educador tem com a disciplina em questão. Caberá, aos professores, mobilizar esses conteúdos em torno de temáticas escolhidas, de forma que as diversas áreas não representem continentes isolados, mas digam respeito aos diversos aspectos que compõem o exercício da cidadania14. Assim, os temas transversais estarão presentes em todas as áreas do conhecimento, o que proporciona, aos estudantes, olhares globais e integradores sobre a realidade social. Como se pode notar, a transversalidade oferece, aos professores, uma oportunidade de trabalhar os mesmos conteúdos a partir de outras perspectivas, agregando novas abordagens. E, por conter temas de urgência social, por excelência, a perspectiva transversal tende a agregar dinamicidade e atratividade ao currículo das escolas. 12 BRASIL, 2018. 13 MORAES, S. E. Interdisciplinaridade e transversalidade mediante projetos temáticos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (RBEP),Pode-se anotar as contribuições individuais no quadro ou em um papel kraft de forma a compor um coletivo de contribuições da turma. 3) Use sua criatividade para elaborar uma charge ou uma História em Quadrinhos (HQ) que caracterize a expressão “carro-dependente”. Você pode criar personagens, caracterizar o espaço que eles ocupam no trânsito e elaborar balões com diálogos. Mediação É importante estimular a turma a compor charges ou HQs como forma de chamar a atenção para a “carro-dependência” e de sensibilizar a comunidade escolar para promover uma mudança de hábitos e de atitudes. As charges e HQs produzidas podem ser expostas nos murais da escola como forma de ampliar o processo de reflexão e de conscientização sobre o problema de excesso de carros e, ainda, de estimular a mudança de atitudes para melhorar a mobilidade urbana. Fique ligado! O uso excessivo de carros é comumente percebido. Quem nunca ouviu falar de alguém que foi de carro para a academia, próxima de casa, fazer exercícios físicos? Estimule seus familiares e amigos a se locomoverem priorizando o uso do transporte coletivo, o uso de transportes alternativos e os deslocamentos a pé. 174 “CARRO-DEPENDENTE” Avaliação O exercício de leitura e a discussão dela favorecem a interação da turma. Por sua vez, as questões de interpretação de texto e a criação da charge ou da HQ são uma forma de fixar o aprendizado sobre o tema. É importante, durante o desenvolvimento da atividade, observar a leitura, o debate das questões, a construção da charge ou da HQ e, principalmente, ponderar se houve reflexão sobre os problemas vinculados à “carro-dependência”, suas causas e consequências, e sobre as atitudes que podem minimizar essa situação. Outras conexões Uma iniciativa interessante para aprofundar o tema da “carro-dependência” é convidar as autoridades da cidade ou da comunidade para um uma palestra ou para um debate sobre mobilidade urbana e as iniciativas que cada bairro pode propor para melhorar a fluidez do trânsito. Uma outra possibilidade é promover saídas de campo no entorno da escola e na cidade com professores de outras disciplinas, como, por exemplo, Geografia, para analisar os principais problemas de mobilidade urbana e apontar soluções. Por fim, o teste comentado pela autora é uma dica interessante para realizar em frente à escola ou em bairros mais movimentados. BRASIL. Associação Nacional dos DETRANS - AND. Brasil já tem 1 carro a cada 4 habitantes, diz Denatran. [2019]. Disponível em: http://www.and.org.br/brasil-ja- tem-1-carro-a-cada-4-habitantes-diz-denatran/. Acesso em: 08 jul. 2019. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 05 fev. 2020. LAGO, Fernanda. Dependentes. 2012. Disponível em: https://bicicletanarua. wordpress.com/2012/12/06/fernanda-lago-florianopolis-tem-que-deixar-de-ser- carro-dependente/. Acesso em: 08 jul. 2019. Compartilhe! Conte-nos como foi a atividade com os estudantes: envie-nos fotos das charges ou das HQs criadas. Você e os estudantes são os protagonistas do Programa Conexão DNIT! Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 1758º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO “Carro-dependente” As crônicas são gêneros discursivos em que os sentidos mais objetivos e jornalísticos e os sentidos mais subjetivos e literários se cruzam. A voz assumida pelo autor pode ser mais crítica ou poética, mais humorística ou irônica. Muitas crônicas expressam visões sobre aspectos cotidianos do mundo, e, no caso da crônica a seguir, há uma reflexão sobre o trânsito. O texto Dependentes aborda como a sociedade criou um problema ao assumir o carro como um sonho de consumo, sem refletir sobre as consequências de seu uso nas cidades. Após fazer a leitura, converse com seus colegas sobre o tema abordado e responda aos exercícios propostos. Dependentes Cada vez mais as cidades do mundo, falo das urbanizadas, obviamente, restringem o acesso dos carros nas suas áreas centrais. Várias metrópoles optam por privilegiar o trânsito de pedestres e veículos pequenos, mais individualizados, como a bicicleta, o skate, o patinete, o patins e até as motinhos, vespas e afins, feitas para, no máximo, duas pessoas ocuparem. E em contrapartida, estão a impedir que os tentáculos do trânsito mais pesado espalhem-se sobre os espaços públicos como se fossem os únicos, ou os mais importantes componentes de uma cidade. Assim, torna-se mais comum pensar, planejar e implantar meios de transportes alternativos e de veículos coletivos e públicos, tão fundamentais para o fluxo das coisas. Queiram ou não, os carros, os tais veículos de passeio, hoje são objetos obsoletos. Projetados idealmente para o uso comum de quatro a seis passageiros, mas a grande maioria carrega apenas um, o próprio motorista. Duvida? Faça um passeio mais atento por sua cidade, seu bairro e conte, num curto espaço, pode ser apenas cinco minutos, ou alguns metros, quantos veículos, feitos para mais ocupantes, passam com apenas uma pessoa nele. Fiz isto, a título de pesquisa não científica, na segunda-feira, às sete e meia da noite, na rua geral do Córrego Grande e fiquei impressionada, pois numa sequência de apenas um minuto, os 15 carros que passaram no sentido contrário, tinham somente o condutor como ocupante. Haja desperdício! O jornalista Gilberto Dimenstein utiliza uma expressão muito boa para definir o apego e o uso excessivo dos carros nos espaços urbanos. Segundo ele, vivemos em cidades “carro-dependentes”. Título justo e merecido, já que é bem mais comum do que possa supor qualquer filosofia ver o cidadão fazer uso do seu carro para se deslocar até a academia de ginástica mais próxima, a fim correr na esteira, ou para ir até a padaria da esquina, a locadora e por aí afora. Somos uma sociedade de viciados em carros, ao ponto de crer que a vida será melhor, mais feliz, com mais amigos e namoradas, dependendo do modelo que o nosso dinheiro possa bancar, ou não. Chegamos ao estágio de confundir veículo motorizado com ego. Mas agora, que vivemos a insustentabilidade, o que realmente importa é saber como vamos sair dela. Alguns locais mais civilizados passaram a adotar a proibição de carros e outros veículos, em detrimento do pedestre e dos ciclistas. Exemplos como Nova York, que em cinco anos criou 450 quilômetros de ciclovias e fechou várias praças aos carros, entre elas a famosa Times Square e, apesar das críticas fervorosas, o comércio cresceu e a cidade toda comemora, inclusive os turistas brasileiros ávidos pelas andanças atrás dos melhores preços e produtos à venda. Lá, o transporte público também melhorou com a ampliação dos corredores de ônibus. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 176 “CARRO-DEPENDENTE” Mais perto, aqui na América do Sul, a Colômbia chegou na frente. Bogotá, antes conhecida como a capital mundial do narcotráfico, hoje é exemplo em desenvolvimento social e mobilidade urbana. O caminho foi longo, mas a cidade melhorou quando priorizou os espaços públicos com a ampliação de calçadas, ciclovias e parques. As áreas de estacionamentos da cidade foram reduzidas, apesar das reclamações dos donos dos carros. [...] Fragmento extraído de LAGO, Fernanda. Dependentes. 2012. Disponível em: https:// bicicletanarua.wordpress.com/2012/12/06/fernanda-lago-florianopolis-tem-que-deixar-de- ser-carro-dependente/. Acesso em: 08 jul. 2019. 1) Qual é a opinião da narradora sobre o uso de carros nas cidades? Você concorda com ela? Explique. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2) Observe a imagem e responda: Que tal realizar o teste feito pela autora? No caminho de casa e em segurança, observe, durante alguns minutos, quantos carros com apenas uma pessoa você vê. Anote qual foi o tempo de observação e o número de carros observados para compartilhar com os colegas da sala. 1778º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO a) Qual mensagem é expressa na imagem? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) Como você pode fazer sua parte para diminuir a “carro-dependência”? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3) Use sua criatividade para elaborar uma charge ou uma História em Quadrinhos (HQ) que caracterize a expressão “carro-dependente”. Você pode criar personagens, caracterizar o espaço que eles ocupam no trânsito e elaborar balões com diálogos. O uso excessivo de carros é comumente percebido. Quem nunca ouviu falar de alguém que foi de carro para a academia, próxima de casa, fazer exercícios físicos? Estimule seus familiares e amigos a se locomoverem priorizando o uso do transporte coletivo, o uso de transportes alternativos e os deslocamentos a pé. 1798º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Por onde caminha a sua atenção? Os celulares estão desviando a atenção das pessoas: onde está a sua? Articulação didática Esta atividade objetiva desenvolver a reflexão dos estudantes sobre a importância da atenção ao transitar, sublinhando os perigos do uso do celular no trânsito, a partir tanto da análise de uma ilustração e da leitura de um miniconto quanto da recriação desse miniconto com narrativas que primam pela segurança ao transitar, fazendo correlações com os espaços de vivência dos estudantes. Objeto de conhecimento Construção da textualidade – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Celular no trânsito. Competência Compreender os riscos do uso do celular no trânsito, pelos motoristas e pelos pedestres. Habilidade Indicar os riscos do uso do celular pelos pedestres e pelos motoristas. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e materiais para colorir. Não apenas os motoristas, como também os pedestres, precisam ser educados para o uso racional e cuidadoso do celular e de outros dispositivos que tiram o foco e que desviam a atenção no trânsito. O Texto 1 A sociedade virtual e a atenção no trânsito expõe a relação entre o celular e os perigos que eles representam. Por sua vez, o Texto 2 Celular no trânsito apresenta uma reflexão sobre essa problemática e uma tabela com as principais causas de acidentes em rodovias federais. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 180 POR ONDE CAMINHA A SUA ATENÇÃO? Texto 1 A sociedade virtual e a atenção no trânsito Vive-se em uma época em que a atenção é dividida entre espaços e tempos diversos. No mesmo momento em que uma pessoa (enquanto pedestre) faz um deslocamento, o telefone toca, o carro de som passa divulgando uma propaganda, outro carro buzina. Tudo acontece de maneira simultânea, e os sentidos das pessoas as ajudam a processar e a selecionar as informações. Com a chegada dos dispositivos móveis e das demais tecnologias de informação, a atenção se dispersou ainda mais. Mesmo sem uso direto dos celulares, é comum que as virtualidades desse tempo habitem os pensamentos e as emoções das pessoas. Ao acessarem as redes sociais, no trânsito, os usuários colocam em risco não somente a própria vida, mas a de outros sujeitos, principalmente pedestres que são, de acordo com a OPAS/OMS (2019), um dos usuários mais vulneráveis quando transitam. Ainda, segundo dados dessa organização, as “[...] lesões ocorridas no trânsito são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos” (OPAS/OMS, 2019). De acordo com o informativo da organização: Os condutores que usam celulares enquanto dirigem têm cerca de 4 vezes mais chances de estarem envolvidos em um acidente. O uso de um telefone ao dirigir diminui os tempos de reação (principalmente o tempo de reação da frenagem, mas também a reação aos sinais de trânsito) e dificulta que o condutor mantenha o carro na pista correta e guarde as distâncias de segurança (OPAS/OMS, 2019). No entanto, esses dispositivos não representam perigo apenas nas mãos dos motoristas, eles também afetam a atenção dos pedestres. O uso do fone de ouvido ao caminhar, por exemplo, pode ser perigoso, pois desconecta o pedestre dos ruídos do ambiente, como freadas bruscas, buzinas de alerta e demais sons do ambiente que o ajudam a perceber os riscos e a adotar atitudes conscientes e seguras. Por isso, para a segurança dos pedestres, além dos fones de ouvido, não falar ao telefone e não enviar mensagem enquanto caminha são atitudes essenciais. Outras dicas importantes ao caminhar são: sempre olhar para todos os lados por onde circulam veículos, antes de realizar cruzamentos e travessias; se possível, em cruzamentos ou esquinas, fazer contato visual com motoristas, antes de atravessar; observar a seta dos veículos; observar atentamente o semáforo; e atravessar sempre na faixa de pedestres. A falta de atenção, devido ao uso de celulares, é um problema sério. Mas é possível educar as crianças para novos modos de se relacionarem com as tecnologias frisando-lhes a importância da atenção no trânsito. Reeducar os jovens e os adultos também é importante para reverter a triste realidade da insegurança no trânsito. Texto 2 Celular no trânsito Estar atento aos acontecimentos do sistema trânsito é um dos grandes desafios para quem o vivencia no dia a dia. A correria das cidades associada à virtualização da vida, provocada pelas mídias digitais (veiculadas pelos celulares), afetam muito a atenção das pessoas. Apesar de ser proibido por lei, é comum que, enquanto dirigem, os motoristas manuseiem o celular para ver e mandar mensagens, tirar fotos, fazer ligações ou acessar aplicativos, o que provoca o desvio de foco e de atenção em relação ao trânsito. De acordo com Vilela (2018), segundo dados do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (RENAINF), mantido pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), nos primeiros sete meses de 2018, as multas por uso de celular no volante superaram, em 33%, todas as multas aplicadas em 2017 no Brasil. O estudo feito pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI), publicado pela revista AutoEsporte, indicou que o desvio de atenção provocado pelo manuseio do celular ao dirigir equivale a dirigir de olhos fechados, aumentando os riscos de acidentes nas vias. A pesquisa da CESVI revelou, ainda, que desviar o olhar para responder uma mensagem no WhatsApp, dirigindo a uma velocidade de 80 km/h, é comparável a “[...] dirigir a extensão de um campo de futebol inteiro com os olhos fechados” (DIAS; FERREIRA,2018). 1818º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO O problema da falta de atenção provocada pelo uso do celular no trânsito não está relacionado apenas aos motoristas; os pedestres também precisam ficar atentos no trânsito, pois o uso de fones de ouvido, por exemplo, para conversar, para ouvir músicas e podcasts, ou mesmo para falar em meio à caminhada, desvia o foco e a atenção nessa atividade. Ademais, sabe-se que há determinadas ocasiões, como a travessia de ruas, por exemplo, em que pequenos vacilos podem ter consequências graves, aumentando- se, significativamente, os riscos de os pedestres se envolverem em acidentes. Com a democratização do uso do celular e com a crescente virtualização das atividades diárias, nos últimos anos, as redes sociais se tornaram, de fato, as grandes vilãs quando se trata da atenção das pessoas ao transitarem. A pergunta é: o que há de tão urgente para cuidar nas redes sociais que supera a importância do cuidado com a própria vida, com a vida daqueles que se queira bem e, de modo geral, a vida daqueles que trafegam pelas vias? O impacto do uso do celular como sendo uma das causas de acidentes no trânsito não pode ser subestimado. Na tabela a seguir, são apresentadas as principais causas de acidentes e de mortes em rodovias federais brasileiras, reportadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2019 (BRASIL, c2020). A “falta de atenção à condução” foi a maior responsável por ocorrências de acidentes e de mortes nas rodovias federais. Levando-se em consideração que entre as causas da falta de atenção está o uso de aparelhos celulares, é preciso que esse tema seja destacado em ações de Educação para o Trânsito. Causas Acidentes Feridos Mortos Falta de atenção à condução 24.992 29.560 1.264 Desobediência às normas de trânsito pelo condutor 8.098 10.337 844 Velocidade incompatível 6.028 7.534 701 Ingestão de álcool 5.419 5.372 324 Não guardar distância de segurança 4.214 4.724 105 Defeito mecânico no veículo 3.732 3.512 116 Condutor dormindo 2.483 3.255 311 Pista escorregadia 2.186 2.759 105 Falta de atenção do pedestre 1.971 1.819 588 Animais na pista 1.528 1.630 90 Ultrapassagem indevida 1.173 1.962 328 Outras causas 5.623 6.609 557 Estratégias didáticas A atividade pode ser iniciada com a realização de uma roda de conversa com os estudantes, para que seja discutida a situação apresentada na ilustração, enfatizando-se os riscos que a falta de atenção e que a distração no trânsito, provocadas pelo uso indevido dos dispositivos móveis, podem oferecer ao trânsito. Em seguida, tendo por referência o miniconto apresentado (Uma vida atropelada), propõe-se fazer uma reflexão, com os estudantes, sobre o uso de celulares ao transitar nos ambientes de vivência deles. A proposta para finalização da atividade é a produção de uma narrativa, no formato de miniconto, na qual o personagem consiga mudar o desenvolvimento e o conflito da história com atitudes mais conscientes e que essas ações resultem em consequências mais humanas e mais seguras para os envolvidos. É de Lei O Artigo 252, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é claro: é considerada infração gravíssima o condutor estar manuseando telefone celular enquanto dirige (BRASIL, 1997). Construindo os caminhos da atividade 182 POR ONDE CAMINHA A SUA ATENÇÃO? Atividade com gabarito Por onde caminha a sua atenção? Hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais conectadas por meio das tecnologias existentes no mundo, e, dentre estas, os smartphones têm muitos adeptos. Porém, você sabia que o celular pode representar um perigo no trânsito não só para quem está dirigindo, mas, inclusive, para os pedestres e para os ciclistas? Você já observou pessoas caminhando e usando celulares? Ou mesmo motoristas teclando enquanto dirigem? Observe a imagem. Mediação A imagem apresentada e as perguntas iniciais (Você já observou pessoas caminhando e usando celulares? Ou mesmo motoristas teclando enquanto dirigem?) são provocações e podem ser utilizadas para abrir o debate e para reavivar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a problemática. É importante chamar a atenção deles para os riscos que a falta de atenção e a distração no trânsito (provocadas pelo uso indevido dos dispositivos móveis) podem oferecer ao trânsito. A humanidade vive na era das mídias e da hiperconectividade. Muitos jovens usam celulares hoje em dia. Há, nos dispositivos, um mundo de possibilidades e de interações. Mas as interações, quase sempre, podem esperar. Todavia, a falta de atenção dos condutores de veículos e dos pedestres está entre as principais causas de acidentes e de mortes no trânsito. Atitudes inconsequentes podem se desdobrar em consequências irreversíveis não só para motoristas, mas também para os ciclistas e para os pedestres, colocando a vida deles em risco. A história de Marcelo, apresentada no miniconto Uma vida atropelada, mostra o que pode acontecer se os pedestres não tiverem foco e atenção ao transitar. Uma vida atropelada Marcelo adorava ir à faculdade caminhando e escutando música com seu fone de ouvido. Vez ou outra, adorava espiar as mensagens trocadas com os amigos nas redes sociais. Você sabia? A falta de atenção dos motoristas e dos pedestres mata muitas pessoas no trânsito. Somados a ela, a desobediência às normas de trânsito pelo condutor e a velocidade incompatível são as três principais causas de acidentes fatais. Falta de atenção à condução Desobediência às normas de trânsito pelo condutor Velocidade incompatível Falta de atenção do pedestre 1838º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Até que um dia, Marcelo, apressado, estava conectado demais com seus amigos para não olhar para todos os lados antes de atravessar o cruzamento movimentado perto da universidade. Primeiro a buzina. Depois a freada. Então, a vida de Marcelo foi atropelada pela pressa e pela falta de atenção. De perna e costelas quebradas, recuperou-se em casa após alguns meses. Respondam, você e seu colega, às questões abaixo, as quais relacionam a história de Marcelo com o cotidiano onde vocês vivem, e, depois, compartilhem suas respostas, em uma conversa, com a turma. 1) A cena narrada no miniconto é comum entre os adolescentes e os jovens que você conhece? Se sim, quais riscos existem nessas situações? Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes façam um paralelo entre a cena e o cotidiano deles, narrando situações que vivenciaram ou que observaram em locais que frequentam, no caminho de casa à escola e em outros espaços de socialização e que apontem os riscos relacionados ao uso do celular ao transitar, nas variadas condições: como pedestre, como ciclista ou como motorista. 2) Quais comportamentos e atitudes podem gerar mais segurança em relação ao uso dos celulares e que poderiam mudar a história de Marcelo? Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes reflitam sobre a urgência ou não de usar os celulares em algumas situações, como, por exemplo: atender ao telefone de preferência sem caminhar; evitar usar fones de ouvidos, já que podem tirar a conexão com os ruídos dos ambientes; e não escrever nem ler mensagens enquanto caminha. Mediação Propõe-se que seja feita a leitura do miniconto e que, após as duplas terem discutido suas opiniões, sejam compartilhadas, em uma roda de conversa, as respostas dos estudantes das duas perguntas relacionadas com o texto. É importante, nesse último momento, estimular a participação dos estudantes, de forma que eles possam manifestar suas impressões sobre as observações e as vivências envolvendo o uso indevido do celular. No quadro, é possível, também, listar os riscos e as atitudes que podem ser diferentes no que se refere ao uso dos celulares no trânsito, tanto por parte de motoristas quanto (e especialmente) por parte dos pedestres. A atividade pode gerar uma discussão muito rica sobre comosão utilizados os dispositivos móveis no cotidiano: o quanto as pessoas são dependentes de informações e vivem conectadas com outros espaços e tempos e desatentas ao aqui e agora. Não se trata de negar as novas tecnologias, mas de saber usá-las. Segundo a pesquisa citada no Texto 1 do Conectando saberes do trânsito, os motoristas podem ficar distraídos por um trajeto percorrido equivalente à extensão de um campo de futebol. Então, é importante reforçar atitudes que poderiam mudar a história de Marcelo: evitar usar fones de ouvido, falar ao telefone e enviar mensagem enquanto caminha; sempre olhar para todos os lados e, se possível, fazer contato visual com motoristas antes de realizar travessias; 3) Após conversarem com a turma, você e seu colega poderão reescrever o miniconto de Marcelo, contemplando, nessa nova narrativa, as atitudes que mudariam o conflito e o desfecho da história. Vocês podem variar a voz do narrador, colocando-se no lugar do personagem principal ou, ainda, colocando-se no lugar dos amigos ou dos familiares dele. Não se esqueçam de evidenciar o conflito que gera a história: de onde a personagem partiu, para onde estava indo e de que modo a falta de atenção ao caminhar mudou o destino de Marcelo. Outra dica é: os minicontos têm parágrafos e Tá combinado? O que é mais importante: a rede social ou a própria vida? Tome cuidado com motoristas desatentos e use o celular somente em locais apropriados. No trânsito, a atenção salva vidas! 184 POR ONDE CAMINHA A SUA ATENÇÃO? frases curtas. Mas o desafio mais importante é imaginar e detalhar atitudes que podem fazer a história ter um final diferente: com mais segurança, cuidado e respeito no cotidiano do trânsito. Mediação Após a escrita dos minicontos, é importante que os estudantes compartilhem suas histórias com a turma e que possam promover um debate para qualificar as diferentes atitudes apresentadas nas narrativas, verificando se são positivas para transformar velhos hábitos em comportamentos mais conscientes e respeitosos no trânsito. É importante reforçar, ainda, a necessidade de serem percebidos os riscos do uso do celular no trânsito e de serem adotadas atitudes seguras ao transitar, pois são essas atitudes que podem salvar vidas. Avaliação A reflexão dos estudantes poderá ser observada tanto nas discussões coletivas quanto nas composições dos minicontos propostas, pois, nelas, os estudantes irão imaginar situações nas quais a atenção foi roubada por um dispositivo móvel e como atitudes positivas e conscientes podem conduzir a um sentido inesperado e mais humanizado para a história. É importante direcionar os estudantes à compreensão de que pequenas atitudes e que alguns cuidados podem mudar histórias. Outras conexões Uma possibilidade para aprofundar a temática abordada nessa atividade seria a produção de uma campanha, na escola, pelo uso mais consciente dos dispositivos móveis, tendo como público-alvo os estudantes, professores e outros funcionários da escola. Para isso, os estudantes poderiam fazer um teste e observar por um tempo e em um espaço específico, na escola e no cotidiano próximo, o uso de celulares e de demais dispositivos, entre motoristas e pedestres, e registrar essas experiências para evidenciar na campanha. A atividade pode culminar na produção de folhetos explicativos, pequenos cartazes, e, se a turma se engajar com as narrativas, pode reescrever e gravar uma lista de podcast sobre “Por onde caminha sua atenção?”. Além dos minicontos, a atividade pode ser flexibilizada na criação de narrativas mais longas ou RAPs. Compartilhar fragmentos das narrativas na forma de fanzines, na comunidade escolar, também pode ser uma maneira de compartilhar a campanha por mais atenção e cuidado com uso de celulares ao transitar. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 27 fev. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 27 fev. 2020. Compartilhe! Compartilhe conosco as narrativas dos estudantes! Elas podem inspirar outros estudantes e professores a refletirem sobre o tema nas escolas do Programa Conexão DNIT. Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 1858º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO BRASIL. Polícia Rodoviária Federal – PRF. Dados Abertos - Acidentes. c2020. Disponível em: https://portal.prf.gov.br/dados-abertos-acidentes. Acesso em: 28 abr. 2020. DIAS, Maria Clara; FERREIRA, Michelle. Uso de celular ao volante é a terceira maior causa de mortes no Brasil. 2018. Disponível em: https://revistaautoesporte. globo.com/Noticias/noticia/2018/05/uso-de-celular-ao-volante-e-terceira-maior- causa-de-mortes-no-transito-no-brasil.html. Acesso em: 11 fev. 2020. Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS; Organização Mundial da Saúde - OMS. Folha Informativa: Acidentes de trânsito. Brasília, DF: OPAS/OMS, 2019. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=a rticle&id=5147:acidentes-de-transito-folha-informativa&Itemid=779. Acesso em: 29 jan. 2020. VILELA, Pedro Rafael. Multas por uso de celular ao volante crescem 33% em 2018. 2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-09/multas- por-uso-de-celular-ao-volante-crescem-33-em-2018. Acesso em: 03 dez. 2019. 1878º ANO | LÍNGUA PORTUGUESA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Por onde caminha a sua atenção? Hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais conectadas por meio das tecnologias existentes no mundo, e, dentre estas, os smartphones têm muitos adeptos. Porém, você sabia que o celular pode representar um perigo no trânsito não só para quem está dirigindo, mas, inclusive, para os pedestres e para os ciclistas? Você já observou pessoas caminhando e usando celulares? Ou mesmo motoristas teclando enquanto dirigem? Observe a imagem. A humanidade vive na era das mídias e da hiperconectividade. Muitos jovens usam celulares hoje em dia. Há, nos dispositivos, um mundo de possibilidades e de interações. Mas as interações, quase sempre, podem esperar. Todavia, a falta de atenção dos condutores de veículos e dos pedestres está entre as principais causas de acidentes e de mortes no trânsito. Atitudes inconsequentes podem se desdobrar em consequências irreversíveis não só para motoristas, mas também para os ciclistas e para os pedestres, colocando a vida deles em risco. A história de Marcelo, apresentada no miniconto Uma vida atropelada, mostra o que pode acontecer se os pedestres não tiverem foco e atenção ao transitar. Uma vida atropelada Marcelo adorava ir à faculdade caminhando e escutando música com seu fone de ouvido. Vez ou outra, adorava espiar as mensagens trocadas com os amigos nas redes sociais. Até que um dia, Marcelo, apressado, estava conectado demais com seus amigos para não olhar para todos os lados antes de atravessar o cruzamento movimentado perto da universidade. Primeiro a buzina. Depois a freada. Então, a vida de Marcelo foi atropelada pela pressa e pela falta de atenção. De perna e costelas quebradas, recuperou-se em casa após alguns meses. Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ A falta de atenção dos motoristas e dos pedestres mata muitas pessoas no trânsito. Somados a ela, a desobediência às normas de trânsito pelo condutor e a velocidade incompatível são as três principais causas de acidentes fatais. Falta de atenção à condução Desobediência às normas de trânsito pelo condutor Velocidade incompatível Falta de atenção do pedestre Estudante 188 POR ONDE CAMINHA A SUAATENÇÃO? Respondam, você e seu colega, às questões abaixo, as quais relacionam a história de Marcelo com o cotidiano onde vocês vivem, e, depois, compartilhem suas respostas, em uma conversa, com a turma. 1) A cena narrada no miniconto é comum entre os adolescentes e os jovens que você conhece? Se sim, quais riscos existem nessas situações? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2) Quais comportamentos e atitudes podem gerar mais segurança em relação ao uso dos celulares e que poderiam mudar a história de Marcelo? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3) Após conversarem com a turma, você e seu colega poderão reescrever o miniconto de Marcelo, contemplando, nessa nova narrativa, as atitudes que mudariam o conflito e o desfecho da história. Vocês podem variar a voz do narrador, colocando-se no lugar do personagem principal ou, ainda, colocando-se no lugar dos amigos ou dos familiares dele. Não se esqueçam de evidenciar o conflito que gera a história: de onde a personagem partiu, para onde estava indo e de que modo a falta de atenção ao caminhar mudou o destino de Marcelo. Outra dica é: os minicontos têm parágrafos e frases curtas. Mas o desafio mais importante é imaginar e detalhar atitudes que podem fazer a história ter um final diferente: com mais segurança, cuidado e respeito no cotidiano do trânsito. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ O que é mais importante: a rede social ou a própria vida? Tome cuidado com motoristas desatentos e use o celular somente em locais apropriados. No trânsito, a atenção salva vidas! 1898° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Frota de veículos no Brasil O aumento da frota de veículos tem gerado problemas que estão longe de serem resolvidos! Articulação didática A atividade é iniciada a partir de dados da realidade sobre frotas de veículos. Por meio da Matemática, propõe-se uma reflexão sobre dados estatísticos das frotas em relação à população de cada estado do Brasil, para discutir sobre temas como: as causas e as consequências dos congestionamentos; e as alternativas para melhorar a mobilidade urbana. Objeto de conhecimento Porcentagens – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Causas e consequências dos congestionamentos. Competência Analisar aspectos de mobilidade tendo em vista a frota de veículos nas vias. Habilidades Formular hipóteses sobre as causas e as consequências dos congestionamentos. Comparar a quantidade de habitantes, de automóveis e de motocicletas entre as regiões brasileiras. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e lápis. Quando a frota de veículos em uma cidade cresce, também crescem os desafios para a mobilidade urbana. O Texto 1 O custo do caos evidencia uma série de consequências e de medidas a serem adotadas referentes ao crescimento da frota de veículos no Brasil. Por sua vez, o Texto 2 Os transportes alternativos mostra dados sobre esse tipo de transporte no país. Apresentando o percurso pedagógico Conectando saberes do trânsito Professor(a) 190 FROTA DE VEÍCULOS NO BRASIL Texto 1 O custo do caos O crescimento horizontal das cidades e a descentralização de moradias traz como consequência a dificuldade de mobilidade urbana e o aumento do uso de veículo individual. Um consumo que o planeta não aguentará por muito tempo [...] O crescimento desordenado da frota de veículos no país provocou também o aumento do número de acidentes de trânsito. Com base em estudo do Ipea, o Ministério da Saúde informa que, em 2006, o impacto econômico dos acidentes de trânsito foi de R$ 24,6 bilhões. Os custos oneram toda a sociedade, que sustenta, com o pagamento de impostos e contribuições, o sistema de saúde pública, responsável por grande parte do socorro às vítimas de acidentes e da poluição atmosférica provocada pelos carros. Essa situação é fruto de vários fatores, mas um dos principais é o crescimento acelerado e desordenado nos centros urbanos, sem o devido acompanhamento e adaptação dos meios de transportes, vias e políticas públicas. O trânsito tem se tornado um grande vilão, para o homem, para o planeta e para a economia. Em abril de 2009, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), circulavam pelo Brasil 55,9 milhões de veículos, o dobro da frota existente em 1999 (27,1 milhões). Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), quantificou as perdas advindas do congestionamento. Segundo o estudo, as condições desfavoráveis no trânsito levam às seguintes deseconomias: o tempo de percurso dos usuários de automóvel e de transporte público coletivo nas vias principais e suas transversais; o consumo excessivo de combustível; aumento da emissão de CO2 pelos automóveis. A pesquisa alerta que o tempo de consumo de combustível é um custo associado a quem viaja, enquanto o custo da poluição é de todos, viajantes ou não. Outro fator coletivo é o efeito psicológico que esse tempo perdido acarreta no indivíduo e o que isso influencia na saúde e na qualidade de vida da população. [...] Rafael Henrique Moraes Pereira, [...] técnico do Instituto, segue a mesma linha de pensamento: “É necessário qualificar o transporte público para desestimular o transporte individual”. E lembra que devem ser pensadas soluções específicas para cada tipo de cidade. [...] Reurbanização - Além da implantação de sistemas de transporte público de qualidade, competitivo com o uso do automóvel individual, outras alternativas para a diminuição dos custos do congestionamento são a reurbanização de áreas centrais e o planejamento integrado da política de transportes, uso do solo e habitação. "É necessário adensar os centros. Quanto mais espraiada a cidade mais difícil de promover serviços públicos de qualidade. Quando se promove a ocupação de centros degradados, aproveita-se uma infraestrutura que já existe, como redes de esgoto, iluminação, transporte, entre outras coisas. É preciso ter uma visão integrada de cidade", defende a coordenadora de Estudos Setoriais Urbanos do Ipea, Maria da Piedade Morais. [...] Outra forma de repensar o congestionamento urbano é rever a forma como a própria cidade e o trabalho se organizam. "Por que a cidade tem que funcionar como uma fábrica? Por que todo mundo tem que entrarno trabalho na mesma hora, estudar na mesma hora? Almoçar na mesma hora? Isso gera picos de engarrafamento. Estamos na sociedade do serviço, a produção da riqueza é imaterial, está ligada ao conhecimento, o trabalho não está confinado no escritório apenas”, argumenta o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Fragmento extraído de EUZÉBIO, Rachel Mortarie Gilson Luiz. O custo do caos. Revista Desafios do Desenvolvimento, Brasília, IPEA, ano 6, n. 53, 3 ago. 2009. Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br/ index.php?option=com_content&view=article&id=1252:catid=28. Acesso em: 14 jan. 2020. 1918° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Texto 2 Os transportes alternativos Uma das soluções para os congestionamentos no trânsito são os transportes alternativos. Quando se denomina um meio de transporte como “alternativo”, comumente está se referindo a uma maneira de se locomover usando um meio de transporte diferente das formas convencionais. O uso dos transportes alternativos contribui para a preservação do meio ambiente. A bicicleta é um dos exemplos mais populares e sustentáveis de transporte alternativo. Além dela, alguns exemplos desse tipo de transporte são: monotrilhos; vans; balsas; ferryboat; catamarã; elevadores públicos; teleféricos; bondes; patinetes elétricos; etc. As pessoas utilizam os transportes alternativos por diversos motivos. Alguns por questão econômica, em razão desses transportes serem mais baratos ou até gratuitos, no caso de andar a pé e de bicicleta. Há, ainda, quem os utilize em defesa do meio ambiente, uma vez que, diminuindo o número de veículos nas ruas, agride- se menos o meio ambiente com a poluição. Estratégias didáticas Esta atividade aborda a problemática da frota de veículos e como ela pode influenciar na ocorrência de congestionamentos. Inicialmente, a partir de alguns dados fornecidos, solicita-se que os estudantes calculem o percentual de carros por habitantes em cada uma das regiões do Brasil. Após isso, há algumas questões acerca da relação entre frota de veículos e congestionamentos e de ações a serem adotadas visando à melhoria da mobilidade urbana e da qualidade de vida das pessoas. Atividade com gabarito Frota de veículos no Brasil O Brasil tem cerca de 208,5 milhões de habitantes, segundo dados de 2018, revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (BRASIL, 2018a). Nesse mesmo ano, a frota brasileira de automóveis foi de 54,7 milhões, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) (BRASIL, 2018b). Isso equivale a 1 automóvel para cada 3,8 habitantes. Outro veículo muito utilizado pelos brasileiros é a motocicleta que perfaz um total de 26,5 milhões de unidades quando somada às motonetas, de acordo com o DENATRAN (BRASIL, 2018b). Assim, há, em circulação, 1 motocicleta para cada 7,8 habitantes. Os infográficos a seguir mostram estimativas da população por região (BRASIL, 2018a) como também exibem o volume de automóveis e de motocicletas por região (BRASIL, 2018b). Construindo os caminhos da atividade 192 FROTA DE VEÍCULOS NO BRASIL Número de habitantes por região 16.085.885 Número de automóveis por região 4.585.363 Número de motocicletas* por região 2.692.742 Centro-Oeste Número de habitantes por região 29.754.036 Número de automóveis por região 11.672.751 Número de motocicletas* por região 3.878.832 Sul Número de habitantes por região 56.760.780 Número de automóveis por região 6.857.999 Número de motocicletas* por região 7.533.827 Nordeste Número de habitantes por região 18.182.253 Número de automóveis por região 1.729.150 Número de motocicletas* por região 2.546.000 Norte Número de habitantes por região 87.711.946 Número de automóveis por região 29.870.225 Número de motocicletas* por região 10.026.935 Sudeste Dados de dezembro de 2018 *Quantidade referente à soma de motocicletas e de motonetas Fontes:� Habitantes – BRASIL (2018a) Automóveis e motocicletas – BRASIL (2018b) BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Estimativas da População: Tabelas. 2018a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103- estimativas-de-populacao.html?edicao=22367&t=resultados. Acesso em: 17 jan. 2020. BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Frota de veículos: Frota Nacional (Dezembro 2018). Brasília, DF: DENATRAN, 2018b. Disponível em: https://infraestrutura.gov.br/component/ content/article/115-portal-denatran/8558-frota-de-veiculos-2018.html. Acesso em: 17 jan. 2020. 1938° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Mediação As consequências do excesso de veículos nas cidades podem ser discutidas com os estudantes durante a leitura dos infográficos, apontando-se as diferenças existentes entre as regiões brasileiras. 1) A partir dos dados sobre os números de automóveis e de motocicletas e do número de habitantes por região, responda às seguintes perguntas, assumindo que cada veículo tenha um único dono e que ninguém tenha mais de um veículo: a) Que proporção da população de cada região possui automóvel? Expresse o resultado em forma de porcentagem. Região % de habitantes que possuem automóveis Norte 9,5% Nordeste 12,1% Centro-Oeste 28,5% Sudeste 34,1% Sul 39,2% b) Que proporção da população de cada região possui motocicletas? Expresse o resultado em forma de porcentagem. Região % de habitantes que possuem motocicletas Norte 14,0% Nordeste 13,3% Centro-Oeste 16,7% Sudeste 11,4% Sul 13,0% Região Norte. % de habitantes que possuem automóveis = (número de automóveis/número de habitantes) x 100 % de habitantes que possuem automóveis = (1.729.150/18.182.253) x 100 % de habitantes que possuem automóveis = 9,5% Região Norte. % de habitantes que possuem motocicletas = (número de motocicletas/número de habitantes) x 100 % de habitantes que possuem motocicletas = (2.546.000/18.182.253) x 100 % de habitantes que possuem motocicletas = 14,0% 194 FROTA DE VEÍCULOS NO BRASIL 2) Ao comparar a quantidade de automóveis e de motocicletas de cada região, em quais regiões há mais motocicletas que automóveis? Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, há mais motocicletas que automóveis. Mediação É importante fazer uma reflexão, com os estudantes, sobre dados que apontam que o Norte e o Nordeste possuem maior número de motocicletas do que de automóveis. Observa-se que essas regiões possuem uma relação de automóveis por habitantes muito menor que as outras regiões do país, o que pode estar ligado ao menor poder aquisitivo médio da população dessas regiões quando comparadas às rendas per capita das outras regiões. Aliadas a isso, a deficiência do transporte público e a substituição dos animais (que, outrora, eram utilizados para locomoção, como cavalos, jumentos e burros), além dos incentivos e da facilidade de crédito para aquisição, estimularam a maior utilização de motocicletas nessas regiões. 3) Uma das causas para os congestionamentos nas cidades é o grande número de veículos circulando nas vias. Além da quantidade de veículos, que outros fatores interferem na fluidez do trânsito? Resposta pessoal, mas espera-se que os estudantes escrevam alguns apontamentos, como, por exemplo: a deficiência do transporte coletivo; os acidentes causados pela imprudência dos motoristas; as más condições das vias; a falta de planejamento urbano; o crescimento rápido e desordenado das cidades; entre outros. Mediação O elevado número de veículos em uma cidade corrobora para o aumento dos congestionamentos, mas há outros fatores que contribuem para isso. Para mediar a conversa com os estudantes sobre o tema, pode-se abordar algumas questões, como: os acidentes de trânsito decorrentes de atitudes e de comportamentos inseguros e arriscados dos usuários do sistema trânsito; a carência de infraestrutura (como, por exemplo, a falta de sinalização e as más condições das vias); o papel do Poder Público no planejamento urbano diante do rápido crescimentoem algumas cidades; a deficiência no sistema de transporte coletivo; e entre outras questões que podem provocar congestionamentos. 4) O que pode ser feito para reduzir os congestionamentos e para melhorar a mobilidade nas cidades? Converse com seus colegas. Resposta pessoal, mas espera-se que os estudantes escrevam alguns apontamentos, como, por exemplo: a ação do Poder Público; a prudência das pessoas respeitando as leis; a atenção e o cuidado no trânsito; a utilização de transportes alternativos; a reivindicação da qualidade das vias e do transporte público; entre outros. Avaliação A avaliação pode ser feita a partir da compreensão dos estudantes sobre a relação entre os dados estatísticos evidenciados no exercício e as questões sociais. É importante verificar, ainda, se os estudantes tiveram entendimento de que a frota de veículos tem reflexos na mobilidade urbana, na desigualdade social, no crescimento das cidades e em outros fatores. Aprimorando práticas e ampliando conexões 1958° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Outras conexões Junto ao professor de Língua Portuguesa, pode ser solicitada, aos estudantes, a escrita de um texto no gênero discursivo artigo de opinião acerca da temática O que revela o número de automóveis de uma cidade?, evidenciando-se as informações levantadas nesta atividade, para ser exposto em um mural da escola ou em uma mídia digital. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 04 fev. 2020. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Estimativas da População: Tabelas. 2018a. Disponível em: https://www.ibge.gov. br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao. html?edicao=22367&t=resultados. Acesso em: 17 jan. 2020. BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Frota de veículos: Frota Nacional (Dezembro 2018). Brasília, DF: DENATRAN, 2018b. Disponível em: https://infraestrutura.gov.br/ component/content/article/115-portal-denatran/8558-frota-de-veiculos-2018.html. Acesso em: 17 jan. 2020. BIDERMAN, Iara. Congestionamentos podem causar estresse, varizes, dor na coluna e problemas respiratórios. 2008. Disponível em: https://www1.folha.uol. com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u381422.shtml. Acesso em: 09 ago. 2019. EUZÉBIO, Rachel Mortarie Gilson Luiz. O custo do caos. Revista Desafios do Desenvolvimento, Brasília, IPEA, ano 6, n. 53, 3 ago. 2009. Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=1252:catid=28. Acesso em: 14 jan. 2020. Compartilhe! Conte-nos como foi a recepção da proposta por parte dos estudantes: envie-nos fotos e/ou vídeos da atividade! Você e os estudantes são os protagonistas do Programa Conexão DNIT! Referências 1978° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Frota de veículos no Brasil O Brasil tem cerca de 208,5 milhões de habitantes, segundo dados de 2018, revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (BRASIL, 2018a). Nesse mesmo ano, a frota brasileira de automóveis foi de 54,7 milhões, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) (BRASIL, 2018b). Isso equivale a 1 automóvel para cada 3,8 habitantes. Outro veículo muito utilizado pelos brasileiros é a motocicleta que perfaz um total de 26,5 milhões de unidades quando somada às motonetas, de acordo com o DENATRAN (BRASIL, 2018b). Assim, há, em circulação, 1 motocicleta para cada 7,8 habitantes. Os infográficos abaixo mostram estimativas da população por região (BRASIL, 2018a) como também exibem o volume de automóveis e de motocicletas por região (BRASIL, 2018b). Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Número de habitantes por região 16.085.885 Número de automóveis por região 4.585.363 Número de motocicletas* por região 2.692.742 Centro-Oeste Número de habitantes por região 29.754.036 Número de automóveis por região 11.672.751 Número de motocicletas* por região 3.878.832 Sul Número de habitantes por região 56.760.780 Número de automóveis por região 6.857.999 Número de motocicletas* por região 7.533.827 Nordeste Número de habitantes por região 18.182.253 Número de automóveis por região 1.729.150 Número de motocicletas* por região 2.546.000 Norte Número de habitantes por região 87.711.946 Número de automóveis por região 29.870.225 Número de motocicletas* por região 10.026.935 Sudeste Dados de dezembro de 2018 *Quantidade referente à soma de motocicletas e de motonetas Fontes:� Habitantes – BRASIL (2018a) Automóveis e motocicletas – BRASIL (2018b) BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Estimativas da População: Tabelas. 2018a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103- estimativas-de-populacao.html?edicao=22367&t=resultados. Acesso em: 17 jan. 2020. BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Frota de veículos: Frota Nacional (Dezembro 2018). Brasília, DF: DENATRAN, 2018b. Disponível em: https://infraestrutura.gov.br/component/ content/article/115-portal-denatran/8558-frota-de-veiculos-2018.html. Acesso em: 17 jan. 2020. Estudante 198 FROTA DE VEÍCULOS NO BRASIL 1) A partir dos dados sobre os números de automóveis e de motocicletas e do número de habitantes por região, responda às seguintes perguntas, assumindo que cada veículo tenha um único dono e que ninguém tenha mais de um veículo: a) Que proporção da população de cada região possui automóvel? Expresse o resultado em forma de porcentagem. Região % de habitantes que possuem automóveis Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul b) Que proporção da população de cada região possui motocicletas? Expresse o resultado em forma de porcentagem. Região % de habitantes que possuem motocicletas Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 1998° ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) Ao comparar a quantidade de automóveis e de motocicletas de cada região, em quais regiões há mais motocicletas que automóveis? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3) Uma das causas para os congestionamentos nas cidades é o grande número de veículos circulando nas vias. Além da quantidade de veículos, que outros fatores interferem na fluidez do trânsito? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4) O que pode ser feito para reduzir os congestionamentos e para melhorar a mobilidade nas cidades? Converse com seus colegas. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2018º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO A sinalização vertical do trânsito e a cidadania Respeitar as placas de trânsito é um exercício de cidadania Articulação didática Esta atividade intenta promover a reflexão dos estudantes sobre as características e as funções dasplacas de sinalização vertical de trânsito e, sobretudo, do respeito a essas placas. Assim, exercita-se a cidadania, pois as placas, em seus diferentes tipos, organizam a experiência coletiva, resguardam a segurança e o respeito solidário entre os usuários das vias. Os exercícios propostos mobilizam os saberes prévios dos estudantes, evidenciam a importância da sinalização vertical e promovem a discussão sobre a importância de atitudes seguras ao transitar. Para isso, esta atividade articula o conceito de cidadania no trânsito por meio do estudo sobre a sinalização vertical com o exercício de construções geométricas. Objeto de conhecimento Construções geométricas: ângulos de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Placas de sinalização vertical em áreas escolares. Competência Conhecer a funcionalidade das placas de sinalização vertical próximas ao entorno escolar. Habilidade Relatar sobre atitudes de atenção e de respeito às placas de sinalização vertical. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, régua, compasso e lápis. Para promover a segurança no trânsito, existem vários tipos de regras e de formas de comunicação. As placas são um exemplo de comunicação do trânsito, as quais fazem parte de um grupo de sinalizações que podem ser de regulamentação, de orientação e de advertência. No texto Sinalização vertical, são apresentadas características das sinalizações verticais de regulamentação, de advertência e de indicação que governam o uso da via. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 202 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA Sinalização vertical de trânsito As placas de trânsito fazem parte da chamada sinalização vertical, esta que engloba toda sinalização fixada na posição vertical, ao lado da pista ou suspensa sobre esta. A finalidade dessas placas é de fornecer, aos usuários, informações que lhes permitam transitar de forma adequada, de modo a aumentar a segurança, a ordenar os fluxos de tráfego e, ainda, a prestar-lhes informações de orientação e de localização. As placas possuem funções, formas e cores diferenciadas. Quando o usuário não respeita a sinalização, pode colocar sua vida e das outras pessoas em risco. No caso da sinalização de regulamentação, o desrespeito pode, ainda, gerar penalidades, conforme prescrito nas normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 1997). O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito define, em seus volumes I, II e III, os tipos de sinalizações verticais, conforme suas funções, que se encontram descritas a seguir. Sinalização vertical de regulamentação Tem por finalidade comunicar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. Desta forma, o desrespeito aos sinais de regulamentação constitui infrações, previstas no capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 2007b, p. 23). A sinalização vertical de regulamentação pode ser facilmente identificada pelas suas características. A forma padrão é a circular (com exceção das placas “Parada obrigatória”, que possui a forma octogonal, e “Dê a preferência”, que possui a forma triangular). Em relação às suas cores, grande parte das placas circulares possui fundo branco e contorno vermelho. A sinalização vertical de regulamentação é classificada em oito categorias e alguns subgrupos, conforme natureza, função, característica e aspecto (BRASIL, 2007b, p. 24). Os grupos e subgrupos são: Preferência de passagem; Velocidade; Sentido de Circulação; Movimentos de circulação – proibidos e obrigatórios; Normas especiais de circulação – controle de faixas de tráfego, restrições de trânsito por espécie e categoria de veículo e modos de operação; Controle das características dos veículos que transitam na via; Estacionamento; Trânsito de pedestres e ciclistas. Veja alguns exemplos de placas de regulamentação. Dê a preferência Pedestre, ande pela direita Parada obrigatória Quando essas sinalizações são desrespeitadas, os usuários das vias estão cometendo infrações previstas no Capítulo XV, do CTB (BRASIL, 1997). As placas de regulamentação ajudam na segurança de todos os usuários e precisam ser expressamente seguidas. Caso um motorista, por exemplo, desrespeite a velocidade máxima permitida ou faça uma conversão em sentido proibido, ele se expõe a um prejuízo muito maior que o de uma multa, ele coloca sua vida e de outras pessoas em risco. 2038º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Sinalização vertical de advertência Tem por finalidade alertar os usuários das condições potencialmente perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou vias próximas a ela. Os sinais destas placas indicam a natureza das situações adversas à frente, quer sejam permanentes ou eventuais (BRASIL, 2007a, p. 11). Quadrada é a forma destinada às placas de advertência, sendo que uma das suas diagonais deve ficar na posição vertical. As placas de advertência possuem fundo amarelo, com contorno preto. Essas placas exigem, geralmente, do condutor, uma redução de velocidade com o objetivo de propiciar maior segurança no trânsito. Há 69 sinais de advertência subdivididos em grupos e subgrupos, conforme sua natureza, função, característica e aspecto do trânsito que advertem. Essa divisão tem o objetivo de facilitar o entendimento destas sinalizações. Os grupos e subgrupos são os seguintes: Curvas Horizontais – curvas isoladas e sequência de curvas; Interseções; Controle de Tráfego; Interferência de Transporte; Condições da Superfície da Pista; Perfil Longitudinal; Traçado da Pista; Obras; Sentido de Circulação; Situações de Risco Eventual; Pedestres e Ciclistas; Restrições de Dimensões e Peso de Veículos (BRASIL, 2007a, p.14). No quadro a seguir, constam alguns exemplos de sinalização vertical de advertência. Área escolar Semáforo à frente Interseção em círculo Sinalização vertical de indicação Tem como finalidade comunicar a identificação das vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos e pedestres quanto aos percursos, destinos, acessos, distâncias, serviços auxiliares e atrativos turísticos, podendo também ter como função a educação do usuário (BRASIL, 2014, p. 26). Retangular é a forma usada nas placas de indicação em geral, podendo variar o tamanho, tanto horizontalmente quanto verticalmente, conforme o tipo de indicação. As cores de fundo variam entre verde, azul, marrom e branca, também conforme o tipo de indicação. O Volume III do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (BRASIL, 2014) divide a sinalização indicativa em seis grupos: de identificação; de orientação de destino; de postos de fiscalização; de placas educativas; de serviços auxiliares; e de atrativos turísticos. Abaixo, encontram-se exemplos de placas de cada um desses grupos. 204 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA Placa de identificação Placa de orientação de destino Placa de postos de fiscalização Placa educativa Placa de serviços auxiliares Placa de atrativos turísticos Estratégias didáticas A atividade pode ser iniciada com a realização de uma roda de conversa, na qual os estudantes possam expor o que conhecem sobre a sinalização que orienta os usuários das vias e sobre os cuidados que são importantes de serem adotados ao transitar. Na sequência, propõe-se que os estudantes realizem um exercício de associação entre placas de trânsito e o tipo de sinalização vertical a que elas pertencem e, ainda, a identificação das placas de sinalização vertical de trânsito que existem nas proximidades da escola. Nos exercícios seguintes, os estudantes serão convidados: a refletir sobre o respeito às sinalizações por parte dos usuários do trânsito e as consequências disso; e a avaliar a necessidade de implantação de sinalização verticalno entorno da escola. Posteriormente, a proposta é que os estudantes produzam um cartaz, contendo a representação de uma placa (construída com uso de compasso e de transferidor) e uma mensagem de sensibilização, evidenciando a importância de atitudes seguras no trânsito. Pode- se, então, finalizar a atividade com uma conversa para apresentação dos cartazes criados pela turma, visando reforçar, aos usuários das vias, a necessidade da atenção e dos cuidados ao transitar. Atividade com gabarito A sinalização vertical do trânsito e a cidadania No vai e vem do trânsito, a sinalização tem um papel fundamental na preservação da vida. Entre as várias formas de sinalização, as placas têm um papel muito importante: elas advertem, regulamentam e indicam os caminhos do trânsito. Veja, no quadro abaixo, os tipos de sinalizações verticais e a função que têm. Acesse! Na página do Ministério da Infraestrutura, há os manuais do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), com informações sobre as sinalizações de trânsito, os quais podem ser acessados em: https://bit. ly/341Pwbb. Construindo os caminhos da atividade 2058º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Quem conhece e respeita as placas de sinalização pode antecipar atitudes e evitar riscos desnecessários! Sinalização vertical de regulamentação Tem a finalidade de transmitir, aos usuários, as condições, as proibições, as obrigações e, ainda, as restrições no uso das vias urbanas. Sinalização vertical de advertência Tem a finalidade de alertar, aos usuários, as condições potencialmente perigosas, os obstáculos ou as restrições existentes na via ou adjacentes a ela (indicando a natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes, quer sejam eventuais). Sinalização vertical de indicação Tem a finalidade de indicar, aos usuários, direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento. Mediação A atividade pode ser iniciada com a realização de uma conversa para mobilizar os conhecimentos prévios dos estudantes acerca da sinalização vertical. É importante instigá-los a falar sobre os conteúdos, as formas e os objetivos das placas. Essas características podem ser anotadas no quadro. Para fechamento dessa conversa inicial, sugere-se evidenciar os 3 tipos de placas de sinalização vertical existentes (Regulamentação, Advertência e Indicação) e a função que têm, conforme aborda o texto Sinalização vertical, presente no Conectando saberes do trânsito. Para melhor a compreensão da diversidade de formas e de funções, é importante se valer das placas que fazem parte do cotidiano dos estudantes. 1) Conhecer as placas de trânsito é muito importante. Quem entende o significado de cada uma delas e obedece ao que está sendo advertido, regulamentado ou indicado, pode se prevenir de acidentes, pode evitar a aplicação de penalidades e pode, ainda, chegar ao local desejado em segurança. Observe as imagens a seguir e tente identificar cada uma das placas abaixo com o tipo correspondente. Ao lado de cada imagem, na coluna “Tipo de placa”, coloque: a letra A para indicar as placas que sejam de advertência; a letra R para indicar as placas que sejam de regulamentação; e a letra I para indicar as placas que sejam de indicação. Em seguida, circule aquelas que existem próximas à sua escola. Proibido trânsito de pedestres Área escolar Placa indicativa de distância Tá combinado? Respeite as placas de sinalização, pois elas regulamentam, orientam e indicam ações para garantir a segurança do trânsito! 206 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA Exemplos de placas de advertência, de regulamentação e de indicação Tipo de placa Placa Significado A Comunica, aos condutores de veículos, a possível existência de escolares circulando adiante, em trechos da via ou nas proximidades. Portanto, os condutores devem ficar atentos para a travessia desses usuários. R Estabelece a velocidade máxima de segurança nas imediações da escola, em que os veículos podem circular na via, válido a partir do ponto em que o sinal é colocado. A Avisa, aos condutores de veículos, a existência, adiante, de faixa de travessia de pedestres – tipo zebrada – destinada a escolares. I Comunica, aos condutores, a distância de diferentes destinos. A Chama a atenção dos condutores quanto à existência de semáforo adiante. R Indica que os condutores devem dar a preferência a veículos que circulam pela via, em que vão entrar ou cruzar, devendo, para tanto, reduzir a velocidade ou parar o veículo, se necessário. I Têm a função de educar os usuários da via quanto ao comportamento adequado e seguro no trânsito, através de mensagens que reforçam as normas gerais de circulação e de conduta. 2078º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Exemplos de placas de advertência, de regulamentação e de indicação Tipo de placa Placa Significado R O propósito desta placa de trânsito é orientar os condutores a pararem o veículo antes de entrar ou de cruzar a via, e a avançarem apenas quando não houver pedestres, ciclistas ou outros veículos. I Aponta o sentido para se chegar a um destino. Mediação Durante a realização do exercício, é importante que os estudantes sejam instigados a pensar em que medida cada uma das placas adverte, regulamenta ou indica, de acordo com os significados trazidos. É interessante que não se esqueçam de circular aquelas que estão presentes próximas à escola que estudam! No momento de socialização das respostas, os estudantes podem relatar experiências vividas acerca das placas sinalizadas, até mesmo dúvidas que podem ser discutidas. 2) Placas são importantes, mas elas só funcionam se as pessoas que circulam no trânsito (pedestre, ciclista ou condutor de veículos) prestarem atenção às atitudes que devem ter em resposta a esse tipo de sinalização. a) Na sua opinião, no local onde você mora, as pessoas respeitam as placas de sinalização? Há algum lugar em especial onde seja perceptível o desrespeito? Quais as consequências dessas atitudes? Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes, caso mencionem locais em que percebam o desrespeito dos usuários do trânsito, façam uma reflexão sobre o comportamento das pessoas em relação à sinalização e as consequências que isso têm para cada uma delas. Por exemplo, caso mencionem o excesso de velocidade em locais e, que os condutores devam circular em velocidade reduzida, podem citar que isso tem chance de provocar acidentes, já que o trânsito de pedestres é maior na região. b) Há algum ponto, nos arredores da escola, no qual você considera como sendo importante a colocação de uma placa? Resposta escrita e pessoal, mas espera-se que os estudantes consigam identificar, no espaço de vivência, situações que justificam a instalação de uma placa de sinalização. 3) Para contribuir com a conscientização da comunidade escolar, elabore um cartaz contendo a imagem da placa “Dê a preferência” mantendo as proporções especificadas pelo órgão de trânsito. Ao lado do desenho, crie uma frase de sensibilização que indique uma atitude adequada no trânsito. Para a formulação da frase, considere sempre a expressão “Dê a preferência”, como no exemplo: “No trânsito, dê preferência à vida, atravesse na faixa de pedestres, sempre que houver! ” Fique ligado! A placa “PARE” regulamenta a necessidade de o motorista parar em uma interseção, mas isso não torna o local automaticamente seguro para a travessia de pedestres. Para fazer a travessia, certifique-se de que o veículo esteja parado e, quando houver, utilize a faixa de pedestres ou a passarela. 208 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA Sinal de forma triangular ― R-2 Lado mínimo Orla mínima (a) 750 mm 100 mm Mediação Para a elaboração do desenho da placa, que pode ser feito em duplas, sugere-sea adoção de uma escala para que seja garantida a proporcionalidade entre o desenho e as medidas originais, de acordo com as normas do CONTRAN (BRASIL, 2007b, p. 164). A interação na construção das frases de sensibilização favorece a compreensão e a troca de informações acerca de situações cotidianas vividas, dos caminhos e dos riscos que percebem. É importante considerar, nas escolhas e nas discussões para criação das frases, as problemáticas mais visíveis em relação aos riscos no trânsito e como a mudança das atitudes das pessoas pode ajudar a prevenir acidentes. Após a criação das placas e das frases, é importante que haja a socialização, para que os estudantes possam mostrar as atitudes enfatizadas que pretendem compartilhar com os colegas e com a comunidade escolar e possam justificar suas escolhas em relação à mensagem. Avaliação A avaliação, nesta atividade, pode ser feita de maneira processual, considerando-se: a participação dos estudantes nas rodas de conversa, nos exercícios e na produção dos desenhos em duplas; a compreensão deles quanto à importância da sinalização vertical e, em especial, as placas de regulamentação, de indicação e de advertência na organização da convivência no trânsito com segurança; e, também, a demonstração de que compreenderam a importância das atitudes de respeito à sinalização de trânsito e a proteção à vida. Outras conexões Uma possibilidade de desdobramento desta atividade é utilizar os cartazes produzidos pelos estudantes para a criação de uma campanha de sensibilização, buscando locais para serem compartilhadas, como em espaços comuns da escola Aprimorando práticas e ampliando conexões 2098º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO ou em espaços comerciais no entorno da escola e, ainda, nas diferentes redes sociais, segmentando a produção para direcionar a públicos específicos de acordo com o sentido e as atitudes que a mensagem aborda. Outro desdobramento possível é realizar um mapeamento das sinalizações presentes no entorno escolar. Os dados podem gerar uma maquete com a identificação das sinalizações presentes, os conflitos existentes por conta do desrespeito às placas e a demanda para a colocação de outras placas. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 04 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, 1997. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 04 ago. 2020. BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de advertência – volume II. Brasília, DF: CONTRAN, 2007a. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-denatran/ educacao/publicacoes/manual_vol_ii_-2.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020. BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de indicação – volume III. Brasília, DF: CONTRAN, 2014. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/ transito/arquivos-denatran/educacao/publicacoes/manual_vol_iii_2.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020. BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: sinalização vertical de regulamentação – volume I. Brasília, DF: CONTRAN, 2007b. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/ assuntos/transito/arquivos-denatran/educacao/publicacoes/manual_vol_i_2.pdf. Acesso em 10 dez. 2020. Compartilhe! Envie-nos fotos das placas criadas pelos estudantes! Elas podem inspirar outros estudantes e educadores do trânsito!Referências 2118º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO A sinalização vertical do trânsito e a cidadania No vai e vem do trânsito, a sinalização tem um papel fundamental na preservação da vida. Entre as várias formas de sinalização, as placas têm um papel muito importante: elas advertem, regulamentam e indicam os caminhos do trânsito. Veja, no quadro abaixo, os tipos de sinalizações verticais e a função que têm. Quem conhece e respeita as placas de sinalização pode antecipar atitudes e evitar riscos desnecessários! Sinalização vertical de regulamentação Tem a finalidade de transmitir, aos usuários, as condições, as proibições, as obrigações e, ainda, as restrições no uso das vias urbanas. Sinalização vertical de advertência Tem a finalidade de alertar, aos usuários, as condições potencialmente perigosas, os obstáculos ou as restrições existentes na via ou adjacentes a ela (indicando a natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes, quer sejam eventuais). Sinalização vertical de indicação Tem a finalidade de indicar, aos usuários, direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento. 1) Conhecer as placas de trânsito é muito importante. Quem entende o significado de cada uma delas e obedece ao que está sendo advertido, regulamentado ou indicado, pode se prevenir de acidentes, pode evitar a aplicação de penalidades e pode, ainda, chegar ao local desejado em segurança. Observe as imagens a seguir e tente identificar cada uma das placas abaixo com o tipo correspondente. Ao lado de cada imagem, na coluna “Tipo de placa”, coloque: a letra A para indicar as placas que sejam de advertência; a letra R para indicar as placas que sejam de regulamentação; e a letra I para indicar as placas que sejam de indicação. Em seguida, circule aquelas que existem próximas à sua escola. Proibido trânsito de pedestres Área escolar Placa indicativa de distância Respeite as placas de sinalização, pois elas regulamentam, orientam e indicam ações para garantir a segurança do trânsito! Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 212 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA Exemplos de placas de advertência, de regulamentação e de indicação Tipo de placa Placa Significado Comunica, aos condutores de veículos, a possível existência de escolares circulando adiante, em trechos da via ou nas proximidades. Portanto, os condutores devem ficar atentos para a travessia desses usuários. Estabelece a velocidade máxima de segurança nas imediações da escola, em que os veículos podem circular na via, válido a partir do ponto em que o sinal é colocado. Avisa, aos condutores de veículos, a existência, adiante, de faixa de travessia de pedestres – tipo zebrada – destinada a escolares. Comunica, aos condutores, a distância de diferentes destinos. Chama a atenção dos condutores quanto à existência de semáforo adiante. Indica que os condutores devem dar a preferência a veículos que circulam pela via, em que vão entrar ou cruzar, devendo, para tanto, reduzir a velocidade ou parar o veículo, se necessário. Têm a função de educar os usuários da via quanto ao comportamento adequado e seguro no trânsito, através de mensagens que reforçam as normas gerais de circulação e de conduta. 2138º ANO | MATEMÁTICA | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Exemplos de placas de advertência, de regulamentação e de indicação Tipo de placa Placa Significado O propósito desta placa de trânsito é orientar os condutores a pararem o veículo antes de entrar ou de cruzar a via, e a avançarem apenas quando não houver pedestres, ciclistas ou outros veículos. Aponta o sentido para se chegar a um destino. 2) Placas são importantes, mas elas só funcionam se as pessoas que circulam no trânsito (pedestre, ciclista ou condutor de veículos) prestarem atenção às atitudes que devem ter em resposta a esse tipo de sinalização. a) Na suaBrasília, v. 86, n. 213/214, p. 38-54, 2005. Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/article/view/1402/1141. Acesso em: 24 jun. 2020. p. 39. 14 BRASIL, 1998. 25 Contudo, para que a transversalidade proporcione, para a escola, maneiras de refletir e de agir em prol de uma educação respaldada por valores e por atitudes – em todas as áreas –, é preciso que haja uma ruptura em termos de prática pedagógica, ampliando a responsabilidade dos educadores com a formação dos estudantes e implicando, nesse processo, na relação com diferentes membros da comunidade escolar. Devido à sua natureza, os temas transversais demandam não atividades pontuais, mas um trabalho sistemático e contínuo no decorrer da vida escolar, o que possibilita um tratamento mais profundo das questões eleitas e um aprendizado mais significativo. Esse trabalho é intenso e exige, dos educadores, uma mudança de perspectiva. Esse esforço se justifica diante da importância dos temas transversais na formação dos estudantes e da urgência que esses temas representam para a sociedade. Para que a aprendizagem seja significativa e proporcione uma formação cidadã, é fundamental que diferentes temas sociais sejam estudados e debatidos na escola, já que o espaço escolar é parte constituinte importante da sociedade e que o seu currículo não pode ignorar os assuntos que são mais urgentes na sociedade. Dentre os temas transversais, o trânsito, por exemplo, apresenta um impacto local e específico para cada comunidade. Nas ruas onde se situam as escolas, nota-se que o trânsito é diretamente impactado pelo aumento do fluxo de veículos e de pedestres nos horários de entrada e de saída. A mudança de atitude, se promovida pela escola, terá um impacto direto no aumento da segurança no trânsito daquela comunidade. Em outra dimensão, o trabalho de conscientização, realizado sistematicamente em todas as escolas, é capaz de oportunizar mudanças em maior escala na redução do número de acidentes, por exemplo, impactando diretamente na área da saúde. Outra mudança de atitude em relação ao trânsito se dá pela consciência do bom uso dos meios de locomoção, aderindo-se aos meios de transporte coletivo, que, em grande escala, promoveria a redução da emissão de poluentes que afetam o meio ambiente. É interessante pensar, ainda, na gentileza no trânsito que, enquanto postura ética e cidadã, pode colaborar não apenas para a promoção de um trânsito mais seguro, mas também pode fomentar a gentileza nos mais diversos momentos da vida social. A finalidade basilar da transversalidade é promover a superação da fragmentação e da linearidade, ao trabalhar com a totalidade do conhecimento. A transversalidade proporciona uma experiência não linear de aprendizagem e, ainda, articula saberes múltiplos, sem buscar integrá-los, mas suscitando infinitas interconexões. Ao abordar os desafios sociais contemporâneos, em todas as disciplinas e anos escolares, o aprendizado científico favorece a criatividade, o aperfeiçoamento de atitudes e de valores e o senso de coletividade. 27 Atividades pedagógicas transversais de Educação para o Trânsito Nesta publicação, está disponibilizado o conjunto inicial de atividades pedagógicas do material paradidático de Educação para o Trânsito do Programa Nacional de Educação para o Trânsito – Conexão DNIT, as quais, aliás, também se encontram em formato digital e podem ser acessadas através do portal web15 ou do aplicativo móvel16 do Programa. Para a produção dessas atividades, inicialmente, para que esse material fosse significativo, instigante e capaz de mobilizar experiências e saberes acerca do trânsito, através de propostas flexíveis, atraentes e dialógicas de modo a engajar professores e estudantes em diferentes cotidianos escolares, foi definido um conjunto de características denominado: DNA. A dialogicidade, a utilidade, a sustentabilidade e a humanidade compõem esse DNA, e são esses elementos os balizadores do processo de criação, de revisão e de cocriação dos materiais pedagógicos do Programa Conexão DNIT. Os conceitos e os valores do Programa também foram considerados na elaboração das atividades, estruturando-as para que se adequem aos cotidianos escolares e para que atendam às especificidades do trânsito, com o propósito de desenvolver, nos estudantes, a percepção de riscos, de ativar a consciência sobre os riscos e de promover a mudança de comportamento e a adoção de atitudes seguras ao transitar. As atividades pedagógicas contemplam as especificidades e as demandas dos nove anos do Ensino Fundamental a partir de três grandes temas: O trânsito no contexto do letramento (1º e 2º ano); O trânsito no lugar de vivência (3º, 4º e 5º ano); e O trânsito no espaço social (6º, 7º, 8º e 9º ano). Além deles, as atividades abrangem os seguintes subtemas: Os sentidos do trânsito (1º ano); Explorando o trânsito no entorno da escola (2º ano); Percepções e cuidados no trânsito (3º ano); Descobrindo as diferentes paisagens (4º ano); Circulando com responsabilidade (5º ano); As comunicações do trânsito (6º ano); Um olhar sensível para o trânsito (7º ano); Escolhas e ações responsáveis no trânsito (8º ano); e Trânsito como um ambiente democrático (9º ano). No que se refere aos parâmetros e aos aspectos formais e de conteúdo considerados para a consolidação do material paradidático, é importante mencionar os seguintes detalhamentos: • Atividades do 1º e do 2º ano do Ensino Fundamental – linguagem simples, com grafias em caixa-alta nos textos, nos títulos e nas ilustrações, e os textos são curtos, com até dez linhas. As atividades, de modo geral, são ricas em imagens e em ilustrações, de forma a atender à especificidade dos estudantes desses anos escolares, os quais estão em período de alfabetização e em processo inicial de letramento. Dessa maneira, as propostas são elaboradas de forma mais lúdica e prática, envolvendo passatempos e brincadeiras, por exemplo, conforme consta na BNCC. • Atividades do 3º ao 5º ano – a grafia passa a ser script nos textos, nos títulos e nas ilustrações, e os textos são em tamanho médio (até 20 linhas). As atividades, de modo geral, também contam com imagens e com ilustrações direcionadas ao nível escolar dos estudantes, e as propostas continuam a explorar a ludicidade e os sentidos humanos. Além disso, o entorno da escola passa a ser introduzido nas atividades, exibindo-se os cuidados e os riscos no trânsito. 15 Disponível em: https://servicos.dnit.gov.br/conexao/#/. 16 Aplicativo disponível para Android e para iOS. 28 • Atividades do 6º ao 9º ano – são mais complexas em relação aos anos anteriores, desenvolvidas com o intuito de ampliar o nível de compreensão, dos estudantes, a respeito das problemáticas do trânsito e das relações destas com o mundo. A partir das propostas das atividades, os professores podem inserir diferentes mídias na execução dos exercícios, de acordo com a realidade do ambiente escolar. O conjunto inicial de atividades pedagógicas de Educação para o Trânsito dos nove anos do Ensino Fundamental é composto por 143 atividades, abrangendo as disciplinas de Arte, de Ciências, de Educação Física, de Geografia, de História, de Língua Inglesa, de Língua Portuguesa e de Matemática. A coleção de livros Saberes do trânsito – Educação para o trânsito, educação para a vida disponibiliza essas atividades em nove livros, organizados por ano escolar. 298º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Gentileza no transporte público A gentileza deixa as viagens de ônibus mais agradáveis e melhora o dia a dia da cidade Articulação didática Esta atividade objetiva convidar os estudantes a construírem um painel sobre o tema “gentileza gera gentileza no transporte público”. Inspirada na narrativa visual da obra do Profeta Gentileza, a atividade trabalha a ética e a cidadania no trânsito a partir do conteúdo “Gentileza no trânsito”. Objeto de conhecimento Processos de criação – BNCC (BRASIL,opinião, no local onde você mora, as pessoas respeitam as placas de sinalização? Há algum lugar em especial onde seja perceptível o desrespeito? Quais as consequências dessas atitudes? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) Há algum ponto, nos arredores da escola, no qual você considera como sendo importante a colocação de uma placa? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ A placa “PARE” regulamenta a necessidade de o motorista parar em uma interseção, mas isso não torna o local automaticamente seguro para a travessia de pedestres. Para fazer a travessia, certifique-se de que o veículo esteja parado e, quando houver, utilize a faixa de pedestres ou a passarela. 214 A SINALIZAÇÃO VERTICAL DO TRÂNSITO E A CIDADANIA 3) Para contribuir com a conscientização da comunidade escolar, elabore um cartaz contendo a imagem da placa “Dê a preferência” mantendo as proporções especificadas pelo órgão de trânsito. Ao lado do desenho, crie uma frase de sensibilização que indique uma atitude adequada no trânsito. Para a formulação da frase, considere sempre a expressão “Dê a preferência”, como no exemplo: “No trânsito, dê preferência à vida, atravesse na faixa de pedestres, sempre que houver! ” Sinal de forma triangular ― R-2 Lado mínimo Orla mínima (a) 750 mm 100 mm O trânsito é um direito de todas as pessoas e compreende aspectos como segurança, mobilidade humana, qualidade de vida e relações sociais no espaço público. Por ser um espaço coletivo, o trânsito deman- da, de seus usuários, um conjunto de valores e de comportamentos que prezem pela empatia, pela equidade, pela cooperação e pelo respeito à vida de todos, os quais precisam ser desenvolvidos e consolidados atra- vés de um processo permanente de Educação para o Trânsito. A Educação para o Trânsito é uma atribuição legal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e os nossos projetos e programas fazem parte de diversos esforços que vêm sendo desenvol- vidos no Brasil para a redução de mortes no trânsito, a partir da imple- mentação das ações do Programa Nacional de Redução de Acidentes (PNATRANS). Nosso maior desafio é levar a Educação para o Trânsito para todas as escolas da Educação Básica através do Programa Nacional de Educação para Trânsito, o Conexão DNIT, que está sendo desenvolvido em parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para o Trânsito (NEPET), do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esperamos que o conjunto de ações e de esforços do DNIT, para levar materiais pedagógicos de Educação para o Trânsito para as escolas do Ensino Fundamental, possa, de fato, auxiliar os professores e as pro- fessoras a desenvolverem, de forma transversal e integrada ao currí- culo de suas disciplinas, atividades de Educação para o Trânsito de forma continuada. Fica, aqui, um convite para que os professores e as professoras se integrem ao esforço do DNIT para promoverem um trânsito seguro, permitindo que as nossas crianças, o quanto antes, possam perceber e compreender os riscos do trânsito e, com isso, possam impulsionar uma mudança de comportamento na sociedade, ajudando, assim, a preservar e a salvar vidas. Julio Cesar Donelli Pellizzon Coordenador de Multas e Educação para o Trânsito (CMET– DNIT) MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Gentileza no trânsito. Competência Analisar os efeitos da gentileza no trânsito. Habilidade Apontar ações de gentileza nos transportes públicos. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia, papel A4 ou cartolinas e materiais para colorir. A gentileza no dia a dia está ao alcance de todos. O trânsito é um espaço coletivo onde os comportamentos dos seus usuários se afetam mutuamente. Atenção, cuidados, boa vontade, empatia demonstram a gentileza de um para com o outro. O texto Vale a pena ser gentil? aborda algumas situações que implicam gentilezas a serem adotadas no transporte público e no trânsito em geral. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 30 GENTILEZA NO TRANSPORTE PÚBLICO Vale a pena ser gentil? Gentileza é a qualidade de quem é gentil, de quem é amável. Gentileza é uma amabilidade, uma delicadeza praticada por algumas pessoas, uma forma de atenção, de cuidado, que torna os relacionamentos mais humanos e com menos rispidez. Quem pratica a gentileza não tem má vontade, não é indiferente, mas sim, é cuidadoso, é distinto e é delicado. No trânsito, contudo, isso precisa ser repensado, pois, ele está repleto de pessoas que não sabem o significado da palavra gentileza. Um motorista que molha os pedestres ao passar em poça d’água ou que não respeita a faixa de pedestre, que xinga no trânsito, que não dá passagem para outros motoristas, que buzina sem necessidade, por exemplo, é um usuário do trânsito que age sem gentileza. A falta de gentileza também se mostra presente, muitas vezes, entre os usuários de transporte público coletivo. Como exemplos, têm-se aquelas posturas já conhecidas: o empurra-empurra entre as pessoas na hora de embarcar; o desrespeito aos lugares prioritários, sentando-se nos espaços destinados a passageiros preferenciais; a utilização de mochilas nas costas atrapalhando a passagem dos demais pelo corredor; ou, ainda, a música alta de um dos passageiros. Há muitas oportunidades de ser gentil no cotidiano, como, por exemplo: agradecer alguém por ter lhe feito algum favor; cumprimentar os demais com “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”; ou, também, elogiar, sempre que possível, as pessoas com quem você convive. No trânsito, assim como nos diversos espaços de convivência, praticar a gentileza e o cuidado também é possível, adotando, por exemplo, essas posturas positivas do convívio no transporte público coletivo: • Respeitar os lugares prioritários. • Ceder seu assento a idosos e a gestantes. • Utilizar fones de ouvido para ouvir músicas ou suas mensagens. • Colocar sua mochila em frente ao seu corpo, ao se locomover, ou acomodá-la entre as pernas quando estiver em pé. • Não se posicionar nas escadas ou próximo às portas, de forma que atrapalhe a entrada ou a saída de outros passageiros. • Ajudar as pessoas que viajam em pé, carregando sacolas e outros objetos delas. • Abrir as janelas do transporte público, para permitir a circulação do ar e para prevenir, por exemplo, a proliferação de vírus (como de gripes). • Nos dias de chuva, colocar o guarda-chuva dentro de um saco plástico, antes de entrar no transporte público. • Sentar-se com as pernas fechadas para não ocupar o espaço do passageiro sentado ao seu lado. • Ao se deslocar dentro do transporte público, pedir licença aos passageiros. As gentilezas melhoram o convívio entre as pessoas e propiciam, aos envolvidos, sentimentos ligados ao bem-estar. Isso favorece a convivência na sociedade, promovendo um trânsito menos estressante e, consequentemente, mais seguro. Estratégias didáticas Esta atividade está organizada para que seja feita, inicialmente, uma conversa com os estudantes sobre ações de gentileza no trânsito e no transporte público. Em seguida, propõe-se a realização da leitura de um texto sobre o Profeta Gentileza Construindo os caminhos da atividade 318º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO e a prática de um exercício que promove a reflexão sobre ações de gentileza em situações que ocorrem no transporte público. Propõe-se, como encerramento da atividade, a construção de um painel com frases sobre o tema: “gentileza gera gentileza no transporte público”. Atividade com gabarito Gentileza no transporte público Você acredita que as pessoas são gentis no ônibus, nas ruas, na escola? Você se lembra de alguma experiência de agir com gentileza ou de receber uma gentileza no transporte público? Mediação Para ativar conhecimentos prévios, antes de iniciar a leitura do texto O Profeta Gentileza, sugere-se questionar os estudantes sobre a expressão “Gentileza gera gentileza”, perguntando-lhes a quais situações no trânsito e no cotidiano das pessoas que eles atribuiriam essa expressão. A gentileza deve ser praticada sempre e em qualquer lugar: no trânsito, na escola, em casa e no trabalho, por exemplo. O texto O Profeta Gentileza expõe sobre a obra de um artista que ressalta o valor da gentileza. O Profeta Gentileza Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, deixaria tudo em prol da sua missão. Nascido em Cafelândia-SP, no dia 11 de abril de 1917, teve onze irmãos e uma infância de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. [...] Tornou-se um empresário de transportes no Rio de Janeiro. No início da década de 60, um circo pegou fogo em Niterói vitimando centenas de pessoas dois dias antes do Natal. Gentileza, naquele dia, disse ter ouvido vozes mandando largar todo o apego material do capitalismo. O futuro Profeta então pega um dos seus 32 GENTILEZA NO TRANSPORTE PÚBLICO caminhões e parte rumo a Niterói e durante anos fez das cinzas e das marcas do incêndio no chão uma plantação de flores. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras agradecido e gentileza. Após deixar o local da tragédia, que foi denominado Paraíso Gentileza, o Profeta deu início a sua jornada como personagem, artista e andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade do Rio de Janeiro e algumas cidades do Brasil. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre o Rio e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação, levando flores, palavras de amor, bondade e respeito a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: “Sou maluco para te amar e louco para te salvar”. [...] A metáfora do circo como solo profético de Gentileza prepara a sua missão no mundo. Como profeta, denuncia uma crise nas relações humanas e lança em sua criação e composição artística uma alternativa: o princípio da gentileza, expresso em sua máxima universal – GENTILEZA―GERA―GENTILEZA. [...] A partir dos anos 80, Gentileza faz uma grande intervenção na paisagem urbana do Rio de Janeiro. O suporte escolhido foram as pilastras do viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. O que o levou a escolher este local, foi exatamente o reconhecimento da rodoviária como o portal de entrada para a Cidade Maravilhosa, além de possuir grande fluxo de pessoas que transitam pela cidade. Este cenário é considerado o maior mural espontâneo do Rio de Janeiro, constitui-se num livro aberto, sem camuflagens e ao alcance de todos. [...] Fragmento extraído de OLIVEIRA, Naiara Gomes de. Os fluxos imagéticos do profeta gentileza no contexto educativo. Ecossistemas Estéticos. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 22, 2013, Belém. Anais [...]. Belém, Universidade Estadual de Feira de Santana, 2013, p. 3338-3352. Disponível em: http://www.anpap.org. br/anais/2013/ANAIS/simposios/07/Naiara%20Gomes%20de%20Oliveira.pdf. Acesso em: 18 fev. 2020 O Profeta Gentileza foi uma pessoa que buscavarespeito ao próximo e atitudes gentis entre as pessoas, com mensagens deixadas em várias intervenções, em diferentes paisagens. Suas obras fazem parte do patrimônio cultural material. Com essa leitura, é possível perceber que as palavras de gentileza são sempre bem- vindas no dia a dia das pessoas. Responda às questões a seguir e reflita acerca da gentileza no transporte público. 1) Você já foi gentil no transporte público? Conte sua história para a turma. Resposta oral e pessoal. Mediação Em uma roda de conversa, estimule os estudantes a relatarem histórias em que praticaram gentilezas no transporte público ou no trânsito. Tá combinado? Quando utilizar o transporte público e estiver sentado, ofereça-se para segurar a sacola ou a mochila de quem estiver em pé. Lembre-se de que, mesmo que não esteja sentado em um assento preferencial, se uma pessoa idosa ou uma grávida estiverem de pé, ofereça-lhes seu banco. 338º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO 2) No transporte público, há muitas situações que são oportunas para se praticar a gentileza. Observe as situações abaixo e escreva sugestões de como agir com gentileza. Situações que ocorrem no transporte público Comportamento gentil a ser adotado Idoso em pé. Respeitar os lugares prioritários. Caso estejam ocupados, ceder seu assento. Grávida em pé. Respeitar os lugares prioritários. Caso estejam ocupados, ceder seu assento. Ouvir música. Utilizar fones de ouvidos dentro do transporte público. Uso de mochila. Colocar a mochila em frente ao seu corpo, ou acomodá-la entre as pernas, para não atrapalhar a passagem das demais pessoas. Saídas e entradas do veículo obstruídas por passageiros, mesmo tendo outros espaços vagos. Solicitar, educadamente, que as pessoas se posicionem nos espaços que não atrapalhem a entrada ou a saída de outros passageiros. Pessoa, em pé, segurando sacolas ou outros objetos. Ajudar as pessoas que se encontram de pé, carregando suas sacolas, suas mochilas ou outros objetos. Pessoas gripadas e janelas fechadas. Para prevenir a proliferação de gripes e de resfriados, abrir as janelas do transporte público, permitindo a circulação do ar. Guarda-chuva molhado. Nos dias de chuva, colocar o guarda-chuva dentro de um saco plástico, antes de entrar no transporte público. Compartilhando um assento duplo. Sentar-se com as pernas fechadas para ocupar apenas o seu assento e não incomodar o passageiro ao lado. Deslocamento dentro de um ônibus cheio. Ao se deslocar dentro do transporte público, pedir licença aos passageiros, sem os empurrar. Obra do Profeta Gentileza 3) A arte do Profeta Gentileza utiliza elementos gráficos que variam desde letras maiúsculas, desenhadas em pautas verde e amarelo, até a repetição de algumas consoantes, como, por exemplo: “amorrr”, “viverrr”, “jesusss”. Usando essa obra como inspiração, você e seu colega poderão criar obras contendo frases da temática: “gentileza gera gentileza no transporte público”. Depois, vocês poderão construir, juntamente com a turma, um painel com todas as frases criadas, para compartilhar com a comunidade escolar. B an co d e im ag en s Fl ic kr 34 GENTILEZA NO TRANSPORTE PÚBLICO Mediação Propõe-se que a construção das frases que incentivem a gentileza no transporte público, utilizando-se o estilo do Profeta Gentileza, sejam feitas em duplas tendo, como referências, as respostas colocadas no exercício anterior. As duplas podem ser orientadas a escolherem temas diferentes para a produção das obras com as frases. O resultado do trabalho pode ser apresentado aos demais estudantes da turma e, em seguida, pode ser exposto, com a montagem de um painel, na escola, para sensibilizar a comunidade escolar e para chamar a atenção dela para a importância do hábito de ser gentil. Avaliação A avaliação pode ser realizada a partir da participação dos estudantes nos debates e nos questionamentos realizados em sala de aula. Pode-se, ainda, analisar as frases elaboradas e o painel construído pelos estudantes, verificando se eles indicaram comportamentos gentis para melhorar o dia a dia do transporte público, compreendendo a produção artística do Profeta Gentileza. Outras conexões Os trabalhos realizados, nesta atividade, sobre o tema “gentileza gera gentileza no transporte público” podem ser compartilhados com a comunidade do entorno da escola e, até mesmo, dos diversos bairros da cidade, na forma de uma campanha. A sugestão é que sejam criadas placas com as mensagens elaboradas pelos estudantes para afixar nos pontos de ônibus e nos terminais de transporte urbano, com a prévia autorização da prefeitura. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 17 fev. 2020. OLIVEIRA, Naiara Gomes de. Os fluxos imagéticos do profeta gentileza no contexto educativo. Ecossistemas Estéticos. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 22, 2013, Belém. Anais [...]. Belém, Universidade Estadual de Feira de Santana, 2013, p. 3338-3352. Disponível em: http://www.anpap.org.br/ anais/2013/ANAIS/simposios/07/Naiara%20Gomes%20de%20Oliveira.pdf. Acesso em: 18 fev. 2020 Compartilhe! Compartilhe conosco o resultado desta atividade, enviando-nos fotos das obras criadas pelos estudantes sobre a gentileza no trânsito. Você e os estudantes fazem parte do Programa Conexão DNIT! Referências Aprimorando práticas e ampliando conexões 358º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Gentileza no transporte público Você acredita que as pessoas são gentis no ônibus, nas ruas, na escola? Você se lembra de alguma experiência de agir com gentileza ou de receber uma gentileza no transporte público? A gentileza deve ser praticada sempre e em qualquer lugar: no trânsito, na escola, em casa e no trabalho, por exemplo. O texto O Profeta Gentileza expõe sobre a obra de um artista que ressalta o valor da gentileza. O Profeta Gentileza Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, deixaria tudo em prol da sua missão. Nascido em Cafelândia-SP, no dia 11 de abril de 1917, teve onze irmãos e uma infância de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. [...] Tornou-se um empresário de transportes no Rio de Janeiro. No início da década de 60, um circo pegou fogo em Niterói vitimando centenas de pessoas dois dias antes do Natal. Gentileza, naquele dia, disse ter ouvido vozes mandando largar todo o apego material do capitalismo. O futuro Profeta então pega um dos seus caminhões e parte rumo a Niterói e durante anos fez das cinzas e das marcas do incêndio no chão uma plantação de flores. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras agradecido e gentileza. Após deixar o local da tragédia, que foi denominado Paraíso Gentileza, o Profeta deu início a sua jornada como personagem, artista e andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade do Rio de Janeiro e algumas cidades do Brasil. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre o Rio e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação, levando flores, palavras de amor, bondade e respeito a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: “Sou maluco para te amar e louco para te salvar”. [...] Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ______________________________________ Data: ________________________________________ Estudante 36 GENTILEZA NO TRANSPORTE PÚBLICO A metáfora do circo como solo profético de Gentileza prepara a sua missão no mundo. Como profeta, denuncia uma crise nas relações humanas e lança em sua criação e composição artística uma alternativa: o princípio da gentileza, expresso emsua máxima universal – GENTILEZA―GERA―GENTILEZA. [...] A partir dos anos 80, Gentileza faz uma grande intervenção na paisagem urbana do Rio de Janeiro. O suporte escolhido foram as pilastras do viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. O que o levou a escolher este local, foi exatamente o reconhecimento da rodoviária como o portal de entrada para a Cidade Maravilhosa, além de possuir grande fluxo de pessoas que transitam pela cidade. Este cenário é considerado o maior mural espontâneo do Rio de Janeiro, constitui-se num livro aberto, sem camuflagens e ao alcance de todos. [...] Fragmento extraído de OLIVEIRA, Naiara Gomes de. Os fluxos imagéticos do profeta gentileza no contexto educativo. Ecossistemas Estéticos. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 22, 2013, Belém. Anais [...]. Belém, Universidade Estadual de Feira de Santana, 2013, p. 3338-3352. Disponível em: http://www.anpap.org.br/anais/2013/ANAIS/ simposios/07/Naiara%20Gomes%20de%20Oliveira.pdf. Acesso em: 18 fev. 2020 O Profeta Gentileza foi uma pessoa que buscava respeito ao próximo e atitudes gentis entre as pessoas, com mensagens deixadas em várias intervenções, em diferentes paisagens. Suas obras fazem parte do patrimônio cultural material. Com essa leitura, é possível perceber que as palavras de gentileza são sempre bem-vindas no dia a dia das pessoas. Responda às questões a seguir e reflita acerca da gentileza no transporte público. 1) Você já foi gentil no transporte público? Conte sua história para a turma. 2) No transporte público, há muitas situações que são oportunas para se praticar a gentileza. Observe as situações abaixo e escreva sugestões de como agir com gentileza. Situações que ocorrem no transporte público Comportamento gentil a ser adotado Idoso em pé. Grávida em pé. Ouvir música. Uso de mochila. Quando utilizar o transporte público e estiver sentado, ofereça-se para segurar a sacola ou a mochila de quem estiver em pé. Lembre-se de que, mesmo que não esteja sentado em um assento preferencial, se uma pessoa idosa ou uma grávida estiverem de pé, ofereça-lhes seu banco. 378º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Saídas e entradas do veículo obstruídas por passageiros, mesmo tendo outros espaços vagos. Pessoa, em pé, segurando sacolas ou outros objetos. Pessoas gripadas e janelas fechadas. Guarda-chuva molhado. Compartilhando um assento duplo. Deslocamento dentro de um ônibus cheio. Obra do Profeta Gentileza 3) A arte do Profeta Gentileza utiliza elementos gráficos que variam desde letras maiúsculas, desenhadas em pautas verde e amarelo, até a repetição de algumas consoantes, como, por exemplo: “amorrr”, “viverrr”, “jesusss”. Usando essa obra como inspiração, você e seu colega poderão criar obras contendo frases da temática: “gentileza gera gentileza no transporte público”. Depois, vocês poderão construir, juntamente com a turma, um painel com todas as frases criadas, para compartilhar com a comunidade escolar. B an co d e im ag en s Fl ic kr 398º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Respeito à diversidade e às diferenças no trânsito Ter respeito no trânsito é ter cuidado com a vida! Articulação didática Esta atividade intenta promover, através da identificação de atitudes cotidianas de respeito no trânsito, a reflexão, dos estudantes, sobre a diversidade e a pluralidade de usuários existentes nos espaços desse sistema e sobre como manter esses espaços em harmonia e em segurança. Para isso, associada ao conteúdo de Arte, a técnica de criação de uma tirinha será utilizada para chamar a atenção dos leitores sobre a necessidade de favorecer a paz e a segurança no trânsito, a partir da adoção de atitudes de atenção, de cuidado e de respeito pelos usuários desse sistema. Objeto de conhecimento Materialidades – BNCC (BRASIL, 2018). Conceito de trânsito Cidadania no trânsito. Conteúdo de trânsito Respeito no trânsito. Competência Perceber a diversidade de pessoas e de veículos presentes nas vias. Habilidade Indicar atitudes de respeito às pessoas que transitam nas vias. Tempo estimado 2 horas/aula. Recursos Atividade impressa para o estudante e/ou projetor multimídia e materiais para colorir. O respeito à vida, às diferenças entre os usuários, às normas e às regras do trânsito colabora, sobremaneira, para que se tenha um trânsito pacífico e seguro. No texto Respeito e segurança viária, aborda-se o conceito de respeito aplicado à realidade do trânsito e destacam-se atitudes de respeito que devem ser observadas pelos vários usuários desse espaço. Conectando saberes do trânsito Apresentando o percurso pedagógico Professor(a) 40 RESPEITO À DIVERSIDADE E ÀS DIFERENÇAS NO TRÂNSITO Respeito e segurança viária O respeito é um conceito complexo que foi abordado por diversos pensadores a partir da observação e da análise das relações humanas e da vida em sociedade. Para Platão, o respeito era um dos princípios ordenadores das cidades, a partir da criação de vínculos de benevolência entre os cidadãos. Partindo-se desse entendimento, o respeito é um dos principais ingredientes da arte política, tida como a técnica da vida em comunidade (ABBAGNANO, 2007). O respeito à vida e às pessoas é um princípio ético em que o trânsito deve se pautar. O trânsito é um espaço coletivo de interações entre diferentes usuários (pedestres, ciclistas, condutores e passageiros), entre os quais há níveis de vulnerabilidade distintos.Nesse cenário, as atitudes de cada um podem salvar ou podem pôr em risco a própria vida e a vida dos demais. Para a garantia da segurança no trânsito, então, não basta que o Estado estabeleça leis, fiscalize o trânsito e aplique sanções aos infratores. A paz no trânsito depende de que cada cidadão desenvolva o princípio ético de respeito à vida e ao espaço comum. O usuário do trânsito, ao adotar atitudes cidadãs ao percorrer um caminho (seja a pé, dirigindo, pedalando, seja na condição de passageiro), está agindo com base no princípio do respeito à segurança e ao espaço do outro no trânsito. Cada usuário do trânsito, respeitando as diferenças, deve exercer os seus direitos e deveres para tornar o trânsito mais seguro para todos. Pedestres Os pedestres devem transitar com atenção pela calçada, buscando, por exemplo, não obstruir o caminho dos demais pedestres e respeitando o piso tátil. Quando não houver uma calçada disponível, ao compartilhar o espaço com os veículos, devem caminhar pelo canto da via, próximos à margem desta. As travessias de vias devem sempre ser feitas por esses usuários na faixa de pedestres, nas passarelas ou nas passagens subterrâneas. Quando não houver nenhuma dessas opções, devem atravessar em um local de maior visibilidade e em linha reta, mantendo distância dos cruzamentos. Mais uma atitude que os pedestres precisam adotar é o respeito à sinalização semafórica, pois esta foi planejada para que a vida dos usuários no trânsito seja preservada. Tanto os semáforos para pedestres quanto os semáforos para veículos auxiliam na orientação da travessia dos pedestres. Ciclistas Os ciclistas precisam utilizar as ciclovias e as ciclofaixas, sempre que possível. Em caso de não dispor desses espaços, devem utilizar as bordas das vias destinadas a veículos motorizados, não utilizando as calçadas, que são os espaços destinados aos pedestres. Ao compartilhar a via com os veículos motorizados, os ciclistas devem seguir no mesmo sentido de fluxo da pista, nunca na contramão. Ao realizar travessias utilizando a faixa de pedestres, devem atravessar caminhando, conduzindo a bicicleta ao lado do corpo. Ou seja, nessa situação, os ciclistas se colocam na posição de pedestres e, portanto, devem seguir as mesmas regras que estes. Além disso, precisam instalar os equipamentos de segurança na bicicleta, como o espelho retrovisor esquerdo, a sinalização refletora e a campainha, uma vez que são equipamentos de segurança obrigatórios. Condutores Os condutores de veículos precisam respeitar a sinalização de trânsito (como as placas, os semáforos e as faixas de pedestres), adotando atitudes defensivas diante de situações adversas (como chuvas, neblina, direção noturna, entre outras). Devem obedecer, sobretudo, aos limites de velocidade das vias e a não ingestão de bebida alcoólica, pois, caso contrário, essas ações se configuram como grandes fatores de risco. Além disso, o respeito à vida perpassa, ainda, atitudes como: usar o cinto de segurança, ou o capacete, no caso de motociclistas; não fazer uso de celular e de dispositivos eletrônicos que dificultam a atenção; e não conduzir o veículo sob estresse ou cansaço. Os condutores devem respeitar, ainda, o direito ao silêncio, não trafegando com música alta. 418º ANO | ARTE | ESCOLHAS E AÇÕES RESPONSÁVEIS NO TRÂNSITO Passageiros Os passageiros também precisam respeitar os demais usuários do trânsito. Não distrair os condutores, por exemplo, é uma atitude que eles têm que adotar, para que a direção do veículo seja feita em segurança. Precisam, ainda, fazer uso dos aparatos de segurança (como o cinto, o capacete e os dispositivos de segurança para crianças). Em veículos de transporte coletivo, os passageiros devem: respeitar os espaços dos demais usuários do veículo; manter as passagens livres (não obstruindo portas e corredores); e deixar vagos os assentos reservados aos idosos, às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, às gestantes e às pessoas com crianças de colo. Quando os assentos reservados estiverem ocupados, é uma atitude respeitosa que passageiros cedam o lugar às pessoas com prioridades. É importante lembrar, ainda, que respeitem as prioridades de embarque no transporte coletivo e de desembarque deste. Alguns gestos simples, como se oferecer para carregar os pertences de quem viaja em pé e não escutar música sem fones de ouvido, também fazem diferença, visando à gentileza e ao respeito. É importante educar para que haja a cooperação de todos os usuários para um trânsito mais empático. Educar para que haja a cooperação e o respeito no trânsito requer a promoção de ações que possibilitem a reflexão sobre a diversidade de pessoas nas cidades e sobre as diversas condições necessárias ao acesso de cada uma delas à cidadania. Estratégias didáticas Para iniciar a atividade, propõe-se que os estudantes criem mensagens de respeito para situações cotidianas vivenciadas no trânsito por diferentes usuários. Em seguida, é sugerida a realização de uma roda de conversa com a turma para que todos possam dialogar sobre as mensagens criadas e sobre os comportamentos respeitosos e seguros no trânsito. Posteriormente, os estudantes são convidados a criarem, em duplas, a partir das mensagens iniciais, uma tirinha que promova a conscientização dos leitores sobre o respeito no trânsito, para que esse ambiente seja seguro e pacífico. Por fim, indica-se a apresentação, para os demais colegas, das tirinhas criadas, dialogando sobre a necessidade de adotar novas condutas de atenção, de cuidado e de respeito no trânsito. Atividade com gabarito Respeito à diversidade e às diferenças no trânsito O trânsito é um espaço público composto de vias, de pessoas, de animais e de veículos, tendo regras e normas para garantir a segurança de todos os usuários (condutores, passageiros, pedestres e ciclistas). Mas, para que a dinâmica do trânsito seja de paz e de segurança, é necessário que todos esses usuários adotem atitudes cidadãs, dentre elas: o respeito, a cooperação, a ética e a integridade. 1) Observe a imagem que contém algumas atitudes de respeito no trânsito. Procure se lembrar de situações de respeito no trânsito que você vivenciou ou que você compreende que sejam importantes e preencha os balões vazios com as suas mensagens. Acesse! O respeito às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida no trânsito também é fundamental. Para saber mais sobre o tema, a Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, pode ser acessada em: https://bit. ly/3hw7jvk. É de Lei A Lei n° 10.741, mais conhecida como o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), prevê, em seu Artigo 41, que deve ser respeitada a garantia de 5% das vagas de estacionamentos públicos e privados aos condutores idosos. Por sua vez, o Artigo 42 assinala o respeito à prioridade dos idosos para embarque no transporte coletivo e para desembarque deste. Construindo os caminhos da atividade 42 RESPEITO À DIVERSIDADE E ÀS DIFERENÇAS NO TRÂNSITO Mediação Sugere-se que, nesse exercício, sejam considerados os valores construídos socialmente e culturalmente, e que os estudantes sejam estimulados a se recordarem de situações que tenham vivenciado ou que tenham escutado de outras pessoas. Os estudantes podem, também, mencionar atitudes que compreendam como sendo importantes e desejáveis para um trânsito mais seguro e pacífico. É importante ressaltar que cada usuário das vias precisa adotar atitudes específicas para cada condição, as quais ajudam a manter o trânsito organizado e harmônico, como abordado no texto de apoio Respeito e segurança viária. Após o preenchimento dos balões, sugere-se que uma roda de conversa seja feita com os estudantes, para que eles possam compartilhar as mensagens criadas e debater sobre quais os comportamentos que cada um deles pode adotar para que haja segurança e harmonia no trânsito. Sugere-se,