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Respostas Thomas Kuhn

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Perguntas e respostas sobre o livro: 
A Estrutura das Revoluções Científicas - 
Thomas Kuhn 
Por Marcus Malta 
 
Atenção: Esse material foi tem o intuito de servir como um auxílio no 
estudo, e estritamente isso. 
 Na prova é importante destrinchar ao máximo a questão, usar todos os 
termos que você conhece, sempre usando como auxilio o modelo 
epistemológico de Kuhn. Nem todas as respostas dessa lista foram feitas 
dessa maneira para não ficarem muito extensas. 
 O símbolo “ ! ” no início da questão mostra que aquela é uma questão 
mais completa ou com conteúdo essencial para entender Thomas Kuhn. 
 Leia o resumo antes ler as respostas, pois elas exigem um conhecimento 
prévio. 
 Os parênteses em algumas questões direcionam melhor o raciocínio para 
as respostas desejadas. 
1- Por que as Revoluções Científicas não podem ser tratadas como um processo de 
desenvolvimento acumulativo e quais as consequências deste fato? 
Quando acontece uma revolução cientifica o paradigma antigo é completamente 
substituído pelo novo, não se acrescenta nada do antigo ao novo, pois eles são 
incomensuráveis e portanto incompatíveis. Como consequência toda vez que 
acontecer uma revolução cientifica o paradigma anterior vai ser jogado fora, o 
que significa que o processo de troca entre paradigmas não é racional ou logico, 
são motivos contingentes, é um processo de persuasão de pessoas, também 
como consequência temos cientistas novos no novo paradigma pois os do antigo 
vão morrer com ele. 
2- Por que Kuhn diz que o trabalho da ciência normal é parecido com a resolução de 
quebra-cabeças? 
Vamos pensar o que é um quebra-cabeça, um quebra-cabeça é uma atividade 
que tem solução possível e prevista, aonde o montador sabe exatamente aonde 
quer chegar e tem todas as peças para chegar lá, cabe a ele saber ordenar as 
peças de maneira lógica seguindo as regras que essa atividade impõe. O 
trabalho do cientista na ciência normal segue o mesmo raciocínio, o paradigma 
prevê um resultado e oferece todas as ferramentas, sejam elas matemáticas, 
teóricas ou laboratoriais, para que o cientista chegue lá, cabe ao engenho do 
cientista descobrir como chegar, mas o método é certo, ele deve fazer o encaixe 
daquilo que é previsto pelo paradigma com aquilo que é observado no mundo. 
3- Qual a relação entre operação de limpeza e resolução de quebra-cabeças? Explique. 
Os termos operação de limpeza e resolução de quebra-cabeças se referem ao 
trabalho do cientista dentro da ciência normal que é o lapidamento do paradigma, 
ou seja, fazer o encaixe do que o paradigma prevê com aquilo que é observado 
no mundo de fato, tudo isso para aumentar o alcance e a precisão do paradigma, 
isso se faz necessário porque o paradigma nasce muito por fazer, muito 
inacabado, tanto que é comparado a um diamante bruto, é mais uma promessa 
de sucesso do que uma realização. 
4- Qual a relação entre regras da ciência normal e o paradigma? Explique. 
A ciência normal funciona perfeitamente sem que as regras sejam explicitadas, 
elas são aprendidas de maneira tácita, ou seja, elas são aprendidas na prática, 
e só são explicitadas se houver uma discordância entre conclusões de cientistas 
diferentes de um mesmo paradigma. 
5- Qual a diferença entre anomalia e quebra-cabeça? Explique. 
Anomalia e quebra-cabeças são duas definições opostas, quebra-cabeça é uma 
questão respondível dentro do paradigma, é o tipo de questão que o cientista 
trabalha todos os dias, enquanto anomalia é uma questão não respondível 
dentro do paradigma e se o cientista focar nessa anomalia esta pode gerar uma 
crise que pode culminar em uma revolução científica. 
6- O que é, para Kuhn, uma descoberta científica (A anômala)? Como ela se dá? 
Para Kuhn existem dois tipos de descobertas, as descobertas paradigmáticas e 
as anômalas, a paradigmática é uma descoberta esperada, é achar uma coisa 
que já existia e não se sabia da sua existência, enquanto a descoberta anômala 
não é esperada dentro daquele paradigma, ou seja, é uma anomalia. Uma 
descoberta paradigmática se dá quando um cientista vai buscas novas espécies 
de borboletas e encontra novas espécies, esse era um resultado esperado, mas 
se esse mesmo cientista acha fadas, esta é uma descoberta anômala, pois o 
paradigma da biologia atual não explica a existência de fadas, então se este 
cientista quiser estudar fadas ele terá que criar um novo paradigma que explica 
as fadas e criar novas instituições como órgãos de fomento e universidades com 
o propósito de estudar as fadas, lembrando que isso faz parte do processo de 
uma revolução cientifica onde este cientista achou uma anomalia, a ciência 
entrou em crise e houve a criação de um novo paradigma que vai competir por 
adeptos com o antigo e poderá então substituí-lo por completo caracterizando 
assim a revolução científica. 
 
7- Como se dá a transição entre ciência normal e ciência extraordinária? Explique. 
A transição da ciência normal para a ciência extraordinária se dá com o 
surgimento de uma anomalia, de uma questão que não pode ser respondida 
dentro do paradigma, mas mesmo assim o cientista vai tratá-la como um quebra-
cabeça e quando ele vê que ele não consegue resolver o problema os grandes 
cientistas vão ser atraídos, vão aplicar as regras da ciência normal com mais 
vigor e se mesmo assim não conseguirem resolver eles vão começar a flexibilizar 
as regras da ciência normal e então eles vão estar na ciência extraordinária 
onde a ciência é feita de um modo diferente, no entanto ele só foca nesse 
problema se a anomalia for central no paradigma, quando é socialmente 
relevante, ou quando se está resolvendo os últimos detalhes do paradigma. 
8- Quais as semelhanças entre ciência pré-paradigmática e ciência extraordinária? 
Explique. 
Nos dois tipos de ciência os cientistas discutem conceitos básicos do assunto 
estudado e discutem as regras para que aquilo seja considerado ciência, 
também acontece a divisão do grande grupo inicial em vários pequenos grupos 
com teorias diferentes onde cada grupo tenta convencer outras pessoas de que 
seu modo de fazer ciência é o melhor e assim conseguir que aquele grupo seja 
o grupo da teoria dominante. 
9- Por que as Revoluções Científicas são invisíveis para os cientistas? 
Um cientista entra em um Paradigma pelos manuais e as revoluções cientificas 
não aparecem nos manuais, eles são reescritos conforme cada paradigma muda 
de modo a rever a história da ciência de modo a parecer que foi um processo 
continuo e lento até chegar no paradigma senso descrito e também porque eles 
são sistematicamente enganadores por um motivo pedagógico, para convencer 
as pessoas de que aquele ali é o próprio mundo, e não uma simples teoria em 
relação ao mundo que mostra apenas uma das visões de mundo acerca daquele 
assunto. 
10- Sendo a Ciência Normal um processo de limpeza do paradigma e de resolução de 
Quebra-Cabeças, como se explica a menor estabilidade do paradigma científico em 
comparação ao senso comum? 
O trabalho do cientista dentro da ciência normal é fazer a limpeza do paradigma 
e durante esse trabalho de encaixe do que o paradigma prevê com o que se 
observa no mundo o cientista aumenta o alcance e a precisão do paradigma e 
por isso aumenta a probabilidade de se achar uma anomalia e por consequência 
haver a completa troca desse paradigma por um outro durante uma revolução 
cientifica, o que caracteriza uma instabilidade, enquanto o senso comum não 
tem precisão, ou seja, mesmo que exista uma anomalia o senso comum não vai 
enxergá-la, e por isso ele é mais estável, perdura por mais tempo, pois mesmo 
após uma afirmação ser derrubada, como a que manga com leite faz mal as 
pessoas continuam a usá-la, se isso acontecesse dentro de um paradigma ele 
seria substituído. 
 
11- ! Na mudança de paradigma os próprios dados mudam. Explique esta afirmação e 
comente sobre a sua importância paraa compreensão da evolução (mudança) da 
ciência. 
O paradigma é anterior aos próprios dados e ao próprio mundo então quando 
muda o paradigma muda o mundo, o que significa que um novo paradigma deve 
trazer novos dados e significa também que os dados do antigo paradigma não 
servem para o novo. Se quando muda o paradigma mudam os dados, isso 
significa que não se pode basear nos dados para a escolha de um paradigma, 
pois os paradigmas são incomensuráveis, de modo que a mudança da ciência 
deve ser revolucionaria para haver a substituição completa de um paradigma 
pelo outro. 
12- Dado que a ciência normal não busca novidade, e quando bem sucedida não as 
encontra, explique como é possível que ela seja substituída por outro período de 
ciência normal? 
A ciência normal nunca vai procurar novidades que violam o paradigma, ou seja, 
descobertas anômalas, no entanto ela é capaz de encontrar estas novidades 
visto que durante o trabalho de limpeza do paradigma este fica cada vez mais 
preciso e cada vez se sabe com mais detalhes aonde se deseja chegar e por 
isso aumenta a possibilidade de encontrar algo que não seja esperado, uma 
anomalia. Se o cientista focar nessa anomalia, ela pode gerar um período de 
ciência extraordinária no qual um novo paradigma pode surgir na cabeça de um 
cientista e um novo paradigma significa um novo período de ciência normal. 
13- Cientistas diferentes viam mundos diferentes usando os mesmos instrumentos. 
Explique esta afirmação e comente sobre a sua importância para a história da 
ciência. 
Cientistas diferentes veem mundos diferentes porque estão em paradigmas 
diferentes e paradigmas diferentes determinam mundos diferentes e determinam 
também o que o cientista deve ver no mundo, em mesmo que os cientistas 
utilizem os mesmos instrumentos eles tendem a ver coisas diferentes porque 
eles vão ver o que o paradigma prevê, como quando o paradigma dizia para ver 
flogisto e o cientista via flogisto mas em outro paradigma um outro cientista 
observou a mesma coisa mas viu oxigênio pois o paradigma determinou assim. 
A sua importância para a história da ciência é que se prova não podemos nos 
basear no mundo para escolher entre paradigmas, pois o paradigma é anterior 
ao mundo. 
 
 
14- ! O que é a pesquisa pré-paradigmática? Cite algumas características deste estágio. 
A pesquisa da ciência pré-paradigmática é o primeiro estágio de 
desenvolvimento de uma ciência, nesse estágio pesquisa-se coisas ao acaso e 
obtém-se respostas ao acaso e alguma hora um resultado obtido anteriormente 
irá mudar e irão se formar pequenos grupos com opiniões diferentes de como 
isso aconteceu, eles vão escrever livros exotéricos explicando os conceitos mais 
fundamentais daquele assunto e também explicitam algumas regras para que 
aquilo seja considerado uma ciência esses livros são destinados a persuadir as 
pessoas fora do grupo de que aquele é o melhor modo de fazer ciência pois 
assim eles ganham adeptos e se forma uma comunidade científica com uma 
teoria dominante, para dar início à ciência normal. 
15- O que é ciência normal? Quais são os 3 tipos ou focos de atividades que ela 
desenvolve? 
Nunca caiu essa pergunta, ele não gosta de fazê-la. 
Ciência normal é o trabalho do cotidiano de um cientista, esse termo foi criado 
por Kuhn para melhor entender a ciência extraordinária. A ciência normal é o 
trabalho do cientista de encaixe do que o paradigma prevê com o que se observa 
de fato no mundo, isso é o que Kuhn chama de operação de limpeza, feito com 
o objetivo de aumentar o alcance e a precisão do paradigma, é importante 
ressaltar que ao contrário da revolução científica a ciência normal e um processo 
de desenvolvimento acumulativo. Os três focos que ela desenvolve são a 
determinação do fato significativo, a harmonização dos fatos com a teoria, e a 
articulação da teoria. 
16- O que é a Revolução Científica? 
Revolução cientifica é nome dado ao processo de substituição de paradigmas e 
tem esse nome porque a troca de um paradigma por outro deve ser completa, 
revolucionaria, pois dois paradigmas são incomensuráveis e o processo da 
revolução cientifica não é acumulativo como a ciência normal. 
17- ! Como a Revolução Científica se dá? 
A revolução cientifica se dá com o surgimento de uma anomalia na ciência 
normal, se o cientista focar na anomalia porque ele é uma questão central no 
paradigma ou porque é uma questão socialmente relevante ou ainda porque o 
cientista está resolvendo as últimas questões no paradigma, esta anomalia pode 
gerar uma crise. Dentro da crise os grandes cientistas são atraídos pelo 
problema e quando as regras aplicadas com mais vigor não resolvem o problema 
eles entram na ciência extraordinária onde começam a flexibilizar e explicitar as 
regras, discutir os conceitos básicos do assunto, e mostrar seu 
descontentamento com o andamento da ciência e então uma ideia de um novo 
paradigma aparece em uma pessoa que seja nova no paradigma, esteja tratando 
diretamente com o assunto e esteja em uma hora de distração. Esse novo 
paradigma vai competir por adeptos e a escolha dos adeptos vão ser por motivos 
contingentes, ou seja, que podem ou não podem acontecer, quando um 
paradigma estiver um mais adeptos que o outro ele vai substituir completamente 
o antigo e assim ocorre a revolução cientifica. 
18- Por que a ciência normal é tão bem sucedida e por que ela progride rapidamente? 
A ciência normal é tão bem sucedida porque o paradigma oferece ao cientista 
todas as ferramentas para que ele chegue em um resultado que ele também 
fornece e então cabe ao cientista apenas usar seu engenho para chegar até 
esse resultado esperado. E a sua progressão é rápida porque ela faz com que 
os cientistas foquem estritamente na solução de determinado paradigma, 
naquelas questões que são respondíveis dentro do paradigma. Os cientistas 
simplesmente seguem as regras impostas pelo paradigma sem questioná-lo, o 
único objetivo ali e resolver os quebra cabeças. 
19- A ciência normal encoraja a descoberta de novidades? Justifique. 
A ciência normal não encoraja a descoberta de novidades anômalas, que violam 
o paradigma, e quando bem sucedida não as encontra, a ciência normal só 
encoraja a descoberta paradigmática, que já é prevista no paradigma, isso 
porque o cientista não critica o paradigma, então não faz sentido ele procurar 
uma coisa que viola o paradigma. 
20- Qual é o papel do paradigma na ciência normal? Para que ele serve e como é 
utilizado? 
O paradigma dá um norte no funcionamento da ciência normal, ele determina o 
que o cientista deve ver para encaixar isso com o que é observado no mundo de 
fato, o que é chamado de resolução de quebra-cabeça. 
21- ! Explique a relação entre paradigmas, regras da ciência normal e conhecimento 
tácito. 
As regras do paradigma são aprendidas sem que estas estejam explicitadas, ou 
seja, estas regras são aprendidas de maneira tácita, as regras só serão 
explicitadas se dentro de um mesmo paradigma cientistas diferentes chegarem 
a conclusões diferentes acerca de uma mesma questão. 
22- O que é uma anomalia? Qual o seu papel no modelo epistemológico de Thomas 
Kuhn? 
Anomalia é uma questão que não pode ser respondida dentro do paradigma 
vigente, se o cientista focar nesta anomalia, (por ser um questão central, ou por 
pressão popular, ou por estar no final do lapidamento do paradigma), esta pode 
gerar uma crise, que pode gerar a ciência extraordinária, o que pode dar origem 
a outro paradigma e quando houver a troca do velho pelo novo paradigma temos 
a revolução cientifica, ou seja, se a anomalia não for ignorada, ela desencadeia 
uma série de acontecimentos que podem culminar na mudança da visão de 
mundo, este é o seu papel no sistema epistemológico de Thomas Kuhn. 
23- Como a ciência normal produz naturalmente anomalias? 
O trabalho da ciência normal é um trabalho de limpeza, ou de lapidamento, queaumenta a precisão do paradigma, e por consequência ele se torna mais 
sensível à aquilo que se espera encontrar, ou seja, sabe-se com cada vez mais 
detalhes o que se busca, então se existir uma anomalia aumenta as chances de 
encontrá-la. No entanto isso acontece quando o paradigma é mais desenvolvido. 
É como montar um quebra-cabeça com uma peça errada, se você a pega no 
início da montagem você não suspeita que aquela é uma peça anômala, pois ela 
ainda pode se encaixar em vários espaços, vai se descobrir a incompatibilidade 
somente no final da montagem. 
24- ! Por que a ciência normal naturalmente nos leva para a Revolução científica? 
O trabalho da ciência normal é fazer o encaixe do que é previsto pelo paradigma 
naquilo que é observado no mundo, e a isto damos o nome de processo de 
limpeza do paradigma, ou ainda lapidação do paradigma, e durante esse 
processo o cientista aumenta o alcance e a capacidade de previsão do 
paradigma, isso aumenta a possibilidade de achar alguma anomalia, e se esta 
anomalia for central no paradigma ou for socialmente relevante ou ainda se o 
cientista estiver aparando as últimas arestas do paradigma, então esta anomalia 
pode gerar uma crise e no meio dessa crise pode nascer um novo paradigma 
que se for aceito por uma maioria e for trocado pelo antigo acontecerá uma 
revolução científica. 
25- Por que Revoluções Científicas precisam da prévia existência de um paradigma 
para ocorrer? 
Nunca caiu na prova antes. 
Uma revolução cientifica só vai ocorrer quando houver a completa substituição 
de um paradigma por outro, então só vai ocorrer a revolução se houver dois 
paradigmas competindo por adeptos para que o velho seja substituído pelo novo, 
deve portanto ter a existência de um paradigma para que esse entre em crise e 
surja dali um novo paradigma, do contrário seria só o surgimento de um novo 
paradigma. 
26- O que é uma crise ou ciência extraordinária? Cite algumas características deste 
estágio. 
O Cientista pode encontrar uma anomalia ao resolver um quebra-cabeça, se ele 
resolver focar na anomalia por algum daqueles três motivos então a ciência pode 
entrar em crise e nessa fase o cientista vai conduzir as pesquisas de forma 
extraordinária, ou seja, diferente da usual, nesse estágio um grupo de cientistas 
vai começar a discutir, explicitar e flexibilizar as regras da ciência normal para 
tentar resolver o problema, e também começam a discutir conceitos 
fundamentais daquela ciência demostrando seu descontentamento com o modo 
com que a ciência está progredindo. 
27- ! Como a descoberta de uma anomalia pode causar uma revolução científica? 
Durante o trabalho do cientista de encaixe do que o paradigma prevê com o que 
ele observa no mundo de fato, chamado de operação de limpeza, ele aumenta 
o alcance e a precisão do paradigma o que aumenta a chance de encontrar uma 
anomalia. Se essa anomalia for encontrada, o cientista pode engavetá-la, criar 
uma solução ad hoc, ou então focar nela, se a última opção ocorrer então uma 
das seguintes coisas motivou isso, ou era uma questão central no paradigma, ou 
era uma questão socialmente relevante, ou então era uma das últimas questões 
pendentes do paradigma. Nesta fase, chamada de ciência extraordinária, o 
cientista flexibiliza as regras, discutem, flexibilizam e explicitam as regras da 
ciência normal e discutem os conceitos básicos do tema, tudo isso para tentar 
resolver a crise, mas no meio disso uma ideia pode surgir na cabeça de uma 
pessoa que seja jovem no paradigma, esteja lidando diretamente com a crise, 
mas que esteja em um momento de distração, longe do laboratório, essa nova 
ideia pode vir a se tornar um novo paradigma e então o velho e o novo paradigma 
vão competir por adeptos, as pessoas do meio científico vão escolher entre um 
paradigma e outro por motivos contingentes, que podem ou não acontecer, se o 
novo paradigma se tornar dominante então haverá uma completa substituição 
do velho pelo novo paradigma e a isso se dá o nome de revolução cientifica. 
28- Caso a anomalia não cause uma revolução científica, Como a ciência normalmente 
reage às anomalias? Justifique 
Diante de uma anomalia o cientista pode, além de causar uma revolução 
cientifica, responder a anomalia de maneira ad hoc, desta maneira ele oferece 
uma sobrevida para o paradigma, é realmente uma espécie de remendo feito 
para que não haja uma revolução cientifica e todo o tempo que foi investido 
naquele paradigma não seja jogado fora. Se isso não acontecer o cientista pode 
engavetar o problema, ou seja, deixá-lo de lado para que uma geração futura o 
resolva, esperando que esta geração tenha ferramentas mais sofisticadas ou 
que esta seja mais apta a responder aquela questão, ou então o cientista pode 
flexibilizar e estender as regras para que haja o perfeito encaixe do paradigma 
no mundo, assim como fez Newton para explicar as forças de atração. 
29- ! O que significa dizer que dois paradigmas são incomensuráveis? 
Dizer que dois paradigmas são incomensuráveis significa dizer que eles não 
podem ser comparados de maneira alguma, porque paradigmas diferentes 
fazem perguntas diferentes, dão respostas diferentes e tratam de mundos 
diferentes que apresentam dados diferentes a partir de regras diferentes. 
30- ! Por que a descoberta de novos fatos (novidades não esperadas) quase sempre 
implicam em mudança de paradigmas? 
Há dois sentidos do termo novidade, a novidade paradigmática, que é uma 
novidade esperada, e a novidade anômala, que é a novidade não esperada 
dentro do paradigma, aqui a questão trata da novidade não esperada, que pelo 
fato de o paradigma vigente não a prever ela é uma anomalia, e uma anomalia 
só pode passar a existir quando um novo paradigma conter aquele dado, e para 
esse dado existir um novo paradigma deve explicar esse dado e se tornar 
dominante e para isso deve haver uma revolução cientifica, na qual há uma 
completa mudança, substituição, de um paradigma por outro. 
31- Como a mudança de paradigma implica na mudança da nossa maneira de ver o 
mundo? 
O paradigma determina o mundo, e ele diz ao cientista o que ele deve esperar 
ver no mundo, então se houver uma mudança de paradigma, ou seja, uma 
revolução, o mundo vai mudar completamente e o novo paradigma vai prever 
coisas diferentes no nosso mundo. 
32- Qual a relação entre mundo e paradigma? Quem vem primeiro? 
Questão bem aberta dá para explorar mais que isso. 
O paradigma determina o mundo e os dados desse mundo, e ele vem primeiro 
que o próprio mundo e os próprios dados. E os cientistas vão ver no mundo 
somente aquilo que o paradigma determina e prevê. E as observações que 
cientistas diferentes fazem em paradigmas diferentes são observações de 
mundos diferentes, então mesmo que eles usem as mesmas ferramentas irão 
observar coisas diferentes até porque o que o paradigma de cada um prevê é 
diferente do que é observado em seus respectivos mundos. 
33- Para Kuhn, qual é a importância da História e suas contingências para a ciência? 
Contingente é aquilo que não é necessário, é aquilo que pode ou não acontecer, 
e Kuhn vai contar que durante a construção da história da ciência as questões 
contingentes são determinantes na escolha de um paradigma, o fato de alguém 
ter escrito um artigo em uma língua e não em outra é um exemplo, então o 
porquê da escolha de um paradigma é contingente e acaba por definir qual será 
o paradigma com mais adeptos e portanto o paradigma dominante. 
34- O que é ciência normal? 
A ciência normal é o trabalho cotidiano do cientista, onde este executa o 
processo de lapidação do paradigma, ou ainda a limpeza do paradigma, através 
da resolução de quebra-cabeças, que nada mais é que o encaixe do que o 
paradigma prevê com aquilo que se observa de fato no mundo, isto é feito com 
o objetivo de aumentar o alcance e a precisão dele. 
35- O que o experimento das cartas nos mostra? Qual sua relevânciapara a teoria 
de Kuhn? 
O experimento das cartas nos mostra que só vemos aquilo que esperamos ver, 
e o que dita o que esperamos ver é o paradigma, por isso o cientista nunca o 
critica. Este experimento se mostra relevante pois podemos observar que 
mesmo que algo esteja errado o cientista não é capaz de perceber já que o 
paradigma diz para ele ver de outro modo. 
36- Qual a relação entre revoluções científicas e revoluções políticas? 
As duas revoluções se dão de maneira bastante parecida por isso Kuhn utiliza 
essa comparação, as duas se dão primeiramente com um sentimento de 
descontentamento por parte de um pequeno grupo que cria um sistema para 
tentar substituir o sistema antigo, pois não é possível usar as instituições do 
sistema antigo, então ele cria novas instituições para convencer as pessoas de 
que o melhor sistema é o novo, se este sistema persuadir mais pessoas há uma 
revolução cientifica ou política. 
37- Por que é tão difícil e raro abandonar um paradigma? 
É tão difícil abandonar um paradigma porque o cientista não o critica, seria como 
abandonar tudo o que se conhece sobre aquele assunto, pois abandonar um 
paradigma significa abandonar todo um mundo, toda uma visão de mundo, então 
por isso o cientista julga que se há um desencaixe entre paradigma e mundo o 
erro é dele 
38- ! Como se dá o processo de abandono dos paradigmas? Por que este processo 
não pode ser lógico ou racional? 
Um novo paradigma vai convencer mais pessoas de que aquele modo de fazer 
ciência é o certo, e quem costuma entrar no novo paradigma são os jovens, 
simplesmente pelo seu ímpeto juvenil, enquanto isso o velho vai morrendo a 
medida que seus adeptos vão morrendo. Este é um processo contingente, por 
isso não pode ser lógico ou racional, um processo contingente é aquele que pode 
ou não acontecer devido a infinitas variáveis, isso se relaciona com o processo 
de abandono de paradigmas porque a escolha de um novo paradigma que vai 
substituir o anterior é feita de maneira contingente, as pessoas escolhem novos 
paradigmas por motivos políticos, econômicos, religiosos dentre outros. 
39- Por que Kuhn diz que a disputa entre paradigmas é um diálogo de surdos? Qual 
a importância disso para a teoria de Kuhn? 
A disputa entre dois paradigmas é um diálogo de surdos porque dois paradigmas 
são incomensuráveis, ou seja, não há critério para decidir qual é o melhor, cada 
um vai escolher um critério dentro do seu paradigma para dizer que aquele é o 
melhor. Como eles são incomensuráveis não pode haver um processo 
acumulativo de paradigmas, deve haver uma substituição completa de um pelo 
outro. 
40- Explique a relação entre livros, manuais e artigos especializados na passagem da 
era pré-paradigmática. 
Os livros surgem na pesquisa pré-paradigmática de um certo grupo para 
convencer outras pessoas que não conhecem o paradigma de que aquele modo 
de fazer ciência é o melhor modelo, esses livros são chamados exotéricos, 
quando esse paradigma conseguir um número grande de adeptos, o livro se 
torna um manual que agora é esotérico, destinado somente a pessoas que já 
tem um conhecimento prévio sobre o paradigma, e agora só será possível entrar 
nesse paradigma através desse manual que será lapidado através da ciência 
normal, que produzirá artigos esotéricos, também chamados de periódicos, para 
serem acrescentados ao manual inicial, desde esses artigos sigam as regras 
propostas nesse manual. 
41- O que significa dizer que paradigmas são apenas promessas de sucesso? Qual a 
importância disso para a ciência normal? 
Os paradigmas são promessas de sucesso porque eles nascem muito por fazer, 
como diamantes brutos, sujos e por lapidar, ele só indica um caminho. A 
importância desse fato para a ciência normal é que o seu trabalho é justamente 
realizar essa lapidação de limpeza, ou seja, trabalhar no encaixe do paradigma 
com o mundo para fazer da promessa um sucesso. 
42- ! Como se dá a articulação entre o paradigma e o mundo? 
A articulação entre paradigma e o mundo é o processo de encaixe entre o que o 
paradigma prevê e o que se observa no mundo de fato, como as previsões e as 
observações nunca se encaixam muito bem o trabalho do cientista é fazer essa 
articulação, isso se dá através da resolução de quebra cabeças, que são 
questões respondíveis dentro do paradigma vigente que dá as ferramentas e o 
ponto onde ele deve chegar, o único elemento que o cientista deve pensar é 
como chegar nesse resultado esperado, quando ele alcançar esse objetivo ele 
terá feito a articulação desejada 
43- Por que o fracasso científico cai sobre o cientista e não sobre o paradigma? Qual a 
importância disso para a ciência normal? 
O cientista nunca culpa o paradigma se houver uma coisa que ele “não consiga 
responder”, ele assume que o erro é dele, porque o paradigma fornece as 
ferramentas e o resultado que o cientista deve achar cabendo a ele só descobrir 
um meio de chegar a essa resposta, para se ter uma ideia, mesmo que haja 
uma anomalia o cientista não a percebe e continua tratando aquilo como um 
quebra-cabeça porque uma anomalia é uma questão não respondível dentro do 
paradigma vigente, o que significa que o paradigma não cobre aquela questão, 
e para o cientista o paradigma é o próprio mundo então ele não acredita que há 
uma questão que o paradigma não consiga responder. Isso é importante porque 
o cientista acredita que aquilo que o paradigma diz é o próprio um do e não 
apenas uma teoria em relação ao mundo, e isso permite ele execute a ciência 
normal de maneira apropriada, sem ficar questionando toda vez que ele 
encontrar um desencaixe do paradigma. 
44- O que significa dizer que as respostas e até mesmo as próprias questões dependem 
dos paradigmas? Qual a importância disso para o processo de Revolução 
Científica? 
Paradigmas diferentes vão fazer tipos de perguntas diferentes, e vão dar tipos 
de respostas diferentes, ou seja, uma resposta que é considerada válida dentro 
de um paradigma pode não ser considerada nem uma resposta cientifica em 
outro paradigma, vai ser considerada um jogo de palavras. Isso é importante no 
processo da revolução cientifica porque não se pode basear nas respostas para 
escolher entre paradigmas, pois paradigmas diferentes não fazem as mesmas 
perguntas nem dão mesmas respostas, o que significa que os paradigmas são 
incomensuráveis e que a troca de um pelo outro deve ser revolucionária. 
45- ! Por que podemos dizer que, para Kuhn, a diferença entre descoberta e invenção é 
artificial? 
Para Kuhn, existem dois tipos de descoberta e invenção, elas podem ser 
anômalas ou paradigmáticas, para o caso delas serem paradigmáticas a 
descoberta é achar uma coisa que já existia mas não se sabia da sua existência 
e inventar é fazer existir uma coisa que não existia antes, quando elas são 
anômalas não há diferença entre descoberta e invenção, visto que uma 
descoberta anômala viola o paradigma pois descobre uma coisa que não está 
prevista dentro do paradigma, por isso é uma diferença artificial. 
46- Se só experimentamos o que é previsto e habitual, como é possível descobrir uma 
anomalia? 
O trabalho que o cientista executa na ciência normal é o encaixe do que o 
paradigma prevê com aquilo que é observado de fato no mundo, a isso Kuhn dá 
o nome de operação de limpeza e durante esse processo o cientista aumenta o 
alcance e a precisão do paradigma e dessa forma se houver uma anomalia 
aumenta a chance de encontrá-la. 
47- ! Quais as diferenças e semelhanças entre anomalia e quebra-cabeça? 
Anomalia e quebra-cabeça são dois termos que se referem a questões que estão 
tentando ser encaixadas no mundo, no entanto o quebra cabeça é uma questão 
que pode ser respondida dentro do paradigma e a anomalia é uma questão que 
não pode ser respondida dentro do paradigma, mas o cientista não acha que seu 
paradigma tem anomalias, ele trata todas as questões como sendo quebra-cabeças, pois ele não questiona o paradigma, se houver algum erro este erro é 
do cientista, ele nunca culpa o paradigma. 
48- Qual a relevância das teorias ad hoc? Com que propósito elas são utilizadas na 
ciência? 
As teorias ad hoc tentam dar uma solução a uma anomalia justamente para evitar 
que aquela ciência entre em crise e aconteça uma revolução cientifica, pois se 
isso acontecer todo o trabalho dos cientistas vai ser jogado fora no processo de 
abandono do antigo paradigma, elas são importantes pois dão uma sobrevida ao 
paradigma e permitem que o paradigma se desenvolva mais. 
49- Explique os 3 casos em que uma anomalia pode gerar uma crise. 
Uma anomalia pode gerar pode gerar uma crise quando este é um problema 
central dentro do paradigma e não pode ser engavetado pois uma incoerência 
em um ponto central do paradigma põe todo o resto em xeque, pode acontecer 
também de a anomalia ser socialmente relevante e não poder ser engavetado 
porque a população em geral está envolvida nessa questão de certo modo e 
pressionam os cientistas a dar respostas, e por último pode acontecer de o 
paradigma estar tão desenvolvido que só resta resolver os últimos detalhes do 
paradigma e então não faz sentido engavetar um problema quando o paradigma 
está prestes a se encaixar perfeitamente no mundo. 
50- Uma vez em crise, como é o funcionamento da ciência? 
Quando a ciência está em crise isso significa que o cientista encontrou uma 
anomalia, ou seja, uma questão que não conseguiu ser explicada dentro do 
paradigma, dessa forma a ciência passa a funcionar de maneira diferente da 
usual, é o que Kuhn chama de ciência extraordinária, essa ciência funciona 
flexibilizando as regras da ciência normal, discutindo e explicitando essas regras 
e discutindo os conceitos fundamentais da ciência em questão, tudo isso para 
tentar resolver a crise sem que haja uma revolução. 
51- Qual a relação entre ciência, paradigma e comunidade científica? 
Para um grupo ser considerado uma comunidade cientifica eles devem ter o 
próprio manual, isso significa dizer que eles devem ter um paradigma que seja 
dominante e que esteja sendo resolvido por um trabalho de ciência normal. E 
além disso cada termo precisa dos outros dois para serem explicados, de modo 
que ciência é aquilo que uma comunidade cientifica faz para explicar um 
paradigma, paradigma é como uma determinada comunidade cientifica faz 
ciência e comunidade cientifica é o grupo de cientistas que faz uma determinada 
ciência a partir de um determinado paradigma. 
 
52- Como é possível que “durante as revoluções cientistas veem coisas novas quando 
utilizando instrumentos familiares”? Dê exemplos para ilustrar sua explicação. 
Porque o paradigma determina o mundo e determina também aquilo que o 
cientista deve observar, então mesmo usando o mesmo instrumento quando o 
novo paradigma prevê uma coisa diferente o cientista irá observar uma cosia 
diferente, é o caso da astronomia oriental que observou o surgimento e o 
desaparecimento de várias estrelas, inclusive a supernova, enquanto a 
astronomia do mundo ocidental não observou nada disso mesmo usando 
instrumentos parecidos porque seu paradigma dizia que o mundo supralunar era 
imutável. 
53- Por que a mudança de paradigma não pode ser vista como uma mudança de 
interpretação de mundo? 
Porque paradigmas diferentes não são interpretações diferentes de um mesmo 
mundo, paradigmas diferentes são interpretações diferentes de mundos 
diferentes. 
54- Por que Kuhn não explica como surgem os novos paradigmas? Como, então, ele é 
capaz de nos dizer onde eles normalmente surgem? 
Kuhn não consegue explicar como surge um novo paradigma porque ele não 
consegue explicar como uma nova ideia surge na cabeça de uma pessoa, no 
entanto ele é capaz de nos disser em quais circunstâncias normalmente surgem 
os novos paradigmas. Normalmente acontece com pessoas que são novas no 
paradigma, com pessoas que estão trabalhando diretamente com a anomalia e 
geralmente essa ideia surge em um momento de distração, quando a pessoa 
não está pensando em como resolver a crise. 
55- Um novo paradigma pode nos dizer que dados antigos estão errados mesmo que 
não tenha novos dados para substituí-los. Como isso é possível e qual as 
consequências disso? 
Paradigmas diferentes determinam dados diferentes, então quando um novo 
paradigma surge ele vai contra os dados do paradigma anterior mesmo que não 
haja novos dados para substituí-los, e isso é possível justamente porque o 
paradigma é anterior aos próprios dados e então se ele disser para o cientista 
que tal dado está errado o cientista vai confiar plenamente no que o paradigma 
diz, porque ele não contraria o paradigma, se algo estiver errado a culpa é dele 
mesmo. Haja vista que o paradigma é anterior aos dados não se pode basear 
nos dados para a escolha entre paradigmas diferentes, o que significa que dois 
paradigmas são incomensuráveis o que significa que a mudança entre 
paradigmas deve ser revolucionária. (O paradigma antigo tem vários dados, o 
paradigma novo tem poucos dados e mesmo assim diz que os dados do velho 
estão errados sem ter como substituir todos.)

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