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BIOMEDICINA ESTETICA

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BIOMEDICINA ESTÉTICA
PROFA. MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
REITORIA: 
Dr. Roberto Cezar de Oliveira
PRÓ-REITORIA:
Profa. Ma. Gisele Colombari Gomes
DIRETORIA DE ENSINO:
Profa. Dra. Gisele Caroline Novakowski
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS:
Diagramação
Revisão textual
Produção audiovisual
Gestão
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U N I D A D E
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PELE: ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO ESTÉTICA ........................................6
1.1 A PELE: CONCEITOS ANATÔMICOS ......................................................................................................................6
1.1.1 EPIDERME ............................................................................................................................................................. 7
1.1.2 DERME ..................................................................................................................................................................8
1.1.3 TELA SUBCUTÂNEA (HIPODERME) ...................................................................................................................8
1.2 A PELE: CONCEITOS FISIOLÓGICOS ....................................................................................................................9
1.2.1 CAPACIDADE ELÁSTICA .....................................................................................................................................9
1.2.2 RENOVAÇÃO CELULAR........................................................................................................................................9
1.2.3 PIGMENTAÇÃO DA PELE ....................................................................................................................................9
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PELE: ANATOMIA, 
FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO ESTÉTICA 
 PROFA. MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
BIOMEDICINA ESTÉTICA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.2.4 CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK .................................................................................................................... 10
1.3 BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA .............................................................................................................. 11
1.4 ANAMNESE ........................................................................................................................................................... 12
1.5 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ...................................................................... 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................... 15
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INTRODUÇÃO
Caro aluno, seja bem-vindo à Unidade 1 da disciplina de Biomedicina Estética. Vamos 
iniciar esta unidade fazendo uma reflexão sobre a atuação do Biomédico na área da estética básica 
e avançada. Antes de mais nada, o profissional Biomédico é responsável pela promoção da saúde 
e prevenção de doenças, aliás, trata-se de um profissional da área da saúde. 
Uma das áreas de atuação mais promissoras no momento é a Biomedicina Estética. O 
mercado da beleza compõe um dos maiores pilares da economia em todo o mundo. O Brasil 
está entre os países que mais consomem procedimentos estéticos, portanto, a qualificação de 
profissionais da saúde na área estética tem aumentado a cada dia. De modo geral, proporcionar 
bem-estar físico, autoestima e beleza são os principais objetivos da estética e, quando se trata 
de Biomédicos Estetas, podemos ressaltar aqui a excelência desses profissionais quanto ao 
conhecimento anatômico, biológico e fisiopatológico do corpo humano.
Embora a biomedicina estética seja uma das mais recentes áreas de atuação do 
biomédico(a), é vista como uma promessa de carreira e oportunidade de empreendedorismo. 
Em clínica, por meio de comprovações científicas e padronização de protocolos, o biomédico 
esteta desenvolve e aplica procedimentos para tratar disfunções estéticas direcionadas ao 
envelhecimento, flacidez, gordura localizada, lipodistrofia ginoide, queixas da pele, entre outras.
Veremos adiante os principais procedimentos e técnicas realizadas que competem à 
Biomedicina Estética, desde o básico ao minimamente invasivo. 
Desejo a todos uma excelente leitura!
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1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PELE: ANATOMIA, FISIOLOGIA E 
AVALIAÇÃO ESTÉTICA
A parte externa do corpo humano é chamada de tegumento comum, integrando a 
pele, os seus anexos e a camada mais profunda, a tela subcutânea (hipoderme). Anatômica e 
histologicamente, a pele é a camada mais superficial, sendo constituída por duas camadas 
sobrepostas: epiderme e derme.
A seguir, veremos detalhadamente a organização anatômica dessas camadas e a função de 
cada uma delas. Também veremos a importância dessa classificação durante a avaliação estética.
1.1 A Pele: Conceitos Anatômicos
A pele é considerada a primeira barreira de defesa do corpo humano e é constituída por 
duas camadas sobrepostas: a epiderme e a derme.
Figura 1 - Camadas da pele: epiderme, derme e hipoderme (tela subcutânea). Fonte: Aula de Anatomia (2001).
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1.1.1 Epiderme
A epiderme é formada por camadas celulares, sendo as mais profundas denominadas 
células basais. Elas dividem-se de maneira ascendente, de tal forma que as demais células são 
carreadas para as regiões mais superficiais. Em seguida, passam por um processo de queratinização, 
perdem seu metabolismo e são consideradas células mortas. A remoção de células mortas ocorre 
por meio de atrito ou remoção mecânica. A queratina é responsável pela impermeabilidade e pela 
proteção da pele contra microrganismos e substâncias nocivas.
A epiderme avascularizada não possui vasos sanguíneos e linfáticos, sua nutrição provém 
do tecido conjuntivo e da derme, e seu tecido é organizado por meio de três tipos de células:
• Células epiteliais: são as mais abundantes e formam o epitélio pavimentoso e queratinizado;
• Melanócitos: células produtoras de melanina;
• Células imune: células dendríticas.
Histologicamente, a epiderme é constituída por cinco camadas ou estratos:
• Estrato córneo: constituído por células queratinizadas. Suas células são achatadas e em 
constante descamação; 
• Estrato lúcido: encontra-se abaixo do córneo. Suas células são anucleadas;
• Estrato granuloso: composto por células granulosas precursoras da queratina;
• Estrato espinhoso: as células dessa camada são unidas devido às projeções citoplasmáticas 
e aos desmossomos; 
• Estrato basal ou germinativo: camada mais interna da epiderme, onde ocorrem a divisão 
celular e a renovação da epiderme. 
Figura 2 - Estruturas de epiderme debaixo para cima: basal,espinhoso, granuloso, lúcido e estrato córneo.
Fonte: Biologia Net (2021).
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1.1.2 Derme
A derme é considerada a camada mais espessa da pele. Localizada abaixo da epiderme, 
é composta basicamente por tecido conjuntivo. Sua função está relacionada com sua capacidade 
de distensão devido à presença de fibras colágenas e elásticas. Ao contrário da epiderme, é 
vascularizada e possui terminações nervosas. É importante ressaltar que sua vascularização e a 
presença de glândulas confere à derme a importante função de termorregulação.
A organização histológica da derme é composta por duas camadas:
• Papilar: formada por tecido conjuntivo frouxo e responsável pelos receptores do tato nasdos produtos injetáveis por meio da microcirculação.
Uma das vantagens da intradermoterapia se dá pela aplicação do medicamento na 
região mais próxima do órgão-alvo. Outro ponto positivo, é que a retenção a nível cutâneo e 
subcutâneo, promovida pela técnica, permite ao medicamento permanecer concentrado sob a 
zona de aplicação. Esse efeito produz reações locais e mantém difusão periférica limitada, de 
modo a não atingir ação sistêmica e, portanto, reduzindo os efeitos secundários. O principal 
objetivo da intradermoterapia é lentificar o tempo de absorção e prolongar o efeito do ativo ou 
do medicamento.
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A intradermoterapia é indicada para o tratamento estético:
• Facial (revitalização, hipercromias, flacidez, rejuvenescimento);
• Capilar (alopécia);
• Corporal (gordura localizada, celulite, estrias, flacidez);
• Papada.
É contraindicada para as gestantes, os hipertensos, os alérgicos aos ativos e pessoas com 
doenças crônicas e câncer.
Para realização da técnica é de extrema importância que a aplicação injetável seja no 
ângulo correto de penetração:
• Subcutâneo 90º: Gordura localizada;
• Subcutâneo 45º: Celulite;
• Intradérmico (superficial): Estrias, flacidez, corporal.
Figura 4 - Ângulo das aplicações injetáveis. Fonte: Blog Maconequi (2020).
Os acidentes com perfurocortantes infelizmente são comuns em hospitais e 
clínicas, e acontecem, geralmente, durante o manuseio ou descarte inadequado 
desses materiais. Para evitar esse tipo de acidente, é preciso estar de acordo 
com as boas práticas de biossegurança, assim como a implementação de 
Procedimentos Operacionais Padrão (POP), que são manuais sequenciais de 
conduta clínica, hospitalar ou laboratorial. Além disso, caso ocorra um acidente 
com perfurocortantes, a primeira medida a ser tomada é comunicar o gestor mais 
próximo, se possível, identificar a origem do material e dirigir-se ao Centro de 
Testagem e Aconselhamento (CTA).
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1.3.1 Intradermoterapia corporal
Gordura localizada
As regiões indicadas para o tratamento de gordura localizada são: papada, abdome 
inferior e superior, flancos, culotes, interno de coxa e joelho, dorso inferior e superior, sub-glútea 
e posterior de braço.
Para gordura localizada, usa-se princípios ativos com atividade lipolítica. Essa reação 
promove a dissociação do triglicerídeo armazenado no adipócito em glicerol e ácido graxo, 
aumentando o metabolismo local e facilitando a ligação dos hormônios adrenérgicos aos 
receptores do adipócito. Importante ressaltar aqui que a quebra da gordura é dependente do 
mecanismo de ação dos ativos lipolíticos, enquanto a queima depende da prática de exercícios 
físicos.
Os principais ativos para gordura localizada são:
• Desoxicolato: Promove a quebra das células adiposas. Desencadeia reação inflamatória 
local, dessa forma, sua administração é um pouco dolorosa;
• L-Carnitina: Atua como um agente carreador, que transporta ácido graxo para o interior 
da mitocôndria e auxilia na produção de ATP.
• Cafeína: Ação lipolítica e vasodilatadora (potencialização dos efeitos da adrenalina).
Figura 5 - Ampolas e frasco utilizados na intradermoterapia. Fonte: PHD do Brasil (2021).
O método de aplicação para gordura localizada consiste na assepsia da área com álcool 
70%, delimitação da área de aplicação e infiltração subcutânea (agulha 30G curta - 13X0,3mm) 
do produto ponto a ponto sob angulação de 90º. Recomenda-se o volume de 0,2 mL a 0,4 mL por 
ponto com distância de 2 cm entre as aplicações. 
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Figura 6 - Aplicação da técnica de intradermoterapia para gordura localizada. Fonte: Slim Laser (2021).
Além do tratamento para gordura localizada, a intradermoterapia também pode ser 
realizada para tratar queixas estéticas como alopécias, flacidez, celulite e estrias. Para cada uma 
delas, existem medicamentos específicos e protocolos diferenciados. O tempo e a frequência do 
tratamento é relativo e depende da evolução de cada paciente.
1.3.2 Intradermoterapia facial
Rejuvenescimento
Um dos primeiros sinais de envelhecimento cutâneo é o surgimento de rugas. Esse efeito 
ocorre devido modificações estruturais na:
• Epiderme: Diminuição da espessura;
• Derme: Atrofia, diminuição dos fibroblastos, fibras colágenas e elastina;
• Camada Subcutânea: Diminuição da espessura e da sustentação devido a diminuição da 
produção de colágeno.
Para os protocolos de rejuvenescimento, o principal objetivo da intradermoterapia é 
promover uma intensa hidratação com reconstrução de fibras colágenas por meio da indução 
mecânica (subcisão) associada a ativos e medicamentos. Utiliza-se agulha 30G e a aplicação é 
intradérmica.
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Figura 7 - Código de cores e calibre das agulhas. Fonte: APJR (2020).
Os principais ativos utilizados para os protocolos e rejuvenescimento facial são:
• Ácido hialurônico: Principal glicosaminoglicanas da derme, controla o nível de hidratação 
e promove viscoelasticidade;
• Elastina: Melhora a elasticidade;
• Silício orgânico: Reestruturador das fibras colágenas.
Melasma
Considerado uma hiperpigmentação adquirida, acomete especialmente a região de testa, 
têmporas, mento e, mais raramente, no nariz e nas pálpebras.
Figura 8 - Melasma. Fonte: Instituto Dermatológico (2020).
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A síntese de melanina está envolvida com a enzima tirosinase presente no aparelho 
de Golgi dos melanócitos (encontrados na camada basal da epiderme). Nos melanossomas, a 
tirosinase controla a melanogênese e converte a tirosina em eumelamina (coloração escura) ou 
feomelamina (coloração amarelada). Para os protocolos aplicados ao tratamento de melasma, 
utilizam-se ativos que tenham ação em uma das etapas do desenvolvimento das manchas:
• Ácido kógico: Inibe a ação da tirosinase;
• Ácido tranexâmico: Inibe a síntese de melanina nos melanócitos;
• Vitamina C: Supressão da síntese de melanina pelos melanócitos e inibe a atividade da 
tirosinase.
A aplicação é intradérmica de 0,05 ml em cada cm² na área do melasma, uma vez por 
semana, durante 10 a 12 semanas. Importante orientar o paciente a fazer o uso de filtro solar 
diariamente.
1.3.1 Intradermoterapia capilar
Antes de iniciar qualquer protocolo capilar, é necessário conhecer o ciclo de vida do 
cabelo. O desenvolvimento celular do folículo não é algo contínuo - segue um padrão cíclico com 
alternância entre fases de crescimento e repouso:
• Fase anágena (fase de crescimento) - 85% dos fios estão nessa fase: caracteriza-se pela 
formação de novas fibras. Geralmente, essa fase permanece de dois a seis anos.
• Fase catágena (fase de transição): diminuição da atividade celular. Dura em média 3 
semanas.
• Fase telógena (fase de repouso): Queda do fio. Dura cerca de 2 a 4 meses e 15% dos fios 
estão nessa fase.
Figura 9 - Fases de crescimento dos fios. Fonte: Capellux (2020).
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É importante ter o conhecimento do desenvolvimento cíclico dos fios para fazer o 
diagnóstico correto e o melhor tratamento.
A alopécia androgenética é a causa de queda capilar mais comum em ambos os sexos. É 
caracterizada por uma alteração no ciclo capilar por influência hormonal (androgênicos), levando 
a uma miniaturização folicular progressiva. A testosterona é convertida em hidrotestosterona 
(DHT) pela enzima 5 alfa redutase. A DHT é responsável pela miniaturização dos folículos e 
desenvolvimento da alopécia androgenética. A finasterida é um inibidor da 5 alfa redutase, e 
pode ser utilizada no tratamento de alopécia em homens.
Os ativos utilizadosna intradermoterapia capilar são:
• D-pantenol: auxilia no crescimento;
• Crisina: antioxidante e atividade fitoestrogênica;
• Biotina: atua na microcirculação e na atrofia folicular;
• Minoxidil: prolonga a fase anágena estimula a microcirculação;
• Cooper Peptídeo: inibidor da enzima 5 alfa redutase.
O tempo de tratamento varia conforme a evolução do paciente, no entanto, preconiza-se:
• Fase inicial: 10 a 12 sessões semanais;
• Intermediário: a cada 3 meses (4 sessões);
• Manuntenção semestral.
O volume máximo aplicado é 10 ml por via intradérmica, ponto a ponto, 0,2 mL por 
aplicação. 
De modo geral, a intradermoterapia é uma excelente ferramenta da estética invasiva. 
Muitos protocolos associam a técnica com outras tecnologias, como o uso do ultrassom estético 
juntamente com a intradermoterapia corporal para tratamento de gordura localizada. Ou ainda 
a associação de peelings químicos com a intradermoterapia facial para melasma. As associações 
são estratégias de otimizar e potencializar os resultados. Para isso, é importante realizar uma boa 
anamnese, conhecer a fisiologia do tecido alvo e acompanhar a evolução do paciente frente ao 
tratamento estético de escolha.
“Como amenizar a queda do cabelo pós COVID-19?”. Lucas 
Fustinoni é um pesquisador em tricologia e esclarece, durante um 
vídeo disponível do YouTube, a relação da infecção por Covid-19 e a 
queda capilar. É muito comum ocorrer o Eflúvio Telógeno pós covid, 
que é uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda 
diária dos fios. No vídeo, o especialista em tricologia explica essa 
relação e os possíveis tratamentos.
O vídeo está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XaTs-kPXuRw.
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1.4 Toxina Botulínica
A Toxina Botulínica foi descrita pela primeira vez em 1817 por Justinus Kerner, que 
associou mortes resultantes de intoxicação alimentar ao botulismo (botulus, do latim, significa 
salsicha). Somente em 1897 que um agente bacteriano foi associado a toxicidade do botulismo 
pelo professor Emile Van Ermengen.
A toxina botulínica é uma potente toxina, é um produto da fermentação do Clostridium 
Botulinum (bactéria anaeróbia Gram-positiva esporulada). Oito sorotipos já são descritos e 
destes, sete são considerados neurotoxinas (A, B, C1, D, E, F e G).
Comercialmente, as toxinas dos tipos A e B são obtidas laboratorialmente, sendo 
substâncias cristalinas, liofilizadas, associadas à albumina humana e utilizadas após diluição em 
solução de NaCl a 0,9%.
A toxina botulínica é composta por duas cadeias proteicas ligadas entre si por uma ponte 
de sulfeto. Enquanto a cadeia pesada é responsável pela internalização da toxina nos terminais 
colinérgicos pré-sinápticos, a cadeia leve é considerada zinco-endopeptidase, responsável pelos 
efeitos tóxicos. 
Considerada uma neurotoxina, a toxina botulínica possui afinidade pelas sinapses 
colinérgicas, promovendo um bloqueio na liberação da acetilcolina desses terminais nervosos. 
A inibição da liberação de acetilcolina ocorre por meio da ligação da toxina aos receptores de 
membrana pré-sinaptica, responsáveis pela endocitose da neurotoxina para o terminal nervoso 
motor. Após a interiorização da molécula, ela é separada em duas cadeias polipeptídicas. Essa 
clivagem promove a formação das cadeias e induz a ligação da cadeia leve a um complexo 
proteico altamente específico, prevenindo a ancoragem da vesícula sináptica na superfície interna 
da membrana celular. Esse efeito resulta no bloqueio da fusão vesicular e impede a liberação da 
acetilcolina, induzindo a paralisia nas fibras musculares.
A aplicação intramuscular de Toxina Botulínica promove a paralisia reversível do músculo 
esquelético e, por consequência, a diminuição do tônus muscular e a suavização das linhas de 
expressão. Importante ressaltar que o enfraquecimento da musculatura facial pode melhorar 
significamente as rugas dinâmicas, ou seja, as da mímica facial, no entanto, não possui a mesma 
efetividade nas rugas estáticas. Por isso, se fala muito em “Toxina Botulínica preventiva” que é 
indicada conforme a necessidade do paciente e o surgimento das linhas dinâmicas.
A aplicação da toxina é intramuscular, ou seja, a 45º ou 90º. Sua reconstituição é feita em 
solução de cloreto de sódio a 0,9% e, após reconstituída, deve ser armazenada sob refrigeração 
entre 2º e 8ºC.
Figura 10 - Diferentes marcas de Toxina Botulínica. Fonte: Camila Torre (2020).
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1.4.1 Musculatura facial e toxina botulínica
Os músculos da face têm uma função extremamente importante na expressão facial, sendo 
por meio da contração ou do relaxamento muscular. A junção desses fatores pode determinar 
e caracterizar a personalidade do indivíduo. Desse modo, o tratamento com a toxina botulínica 
deve ser adequado conforme as características de cada pessoa.
Cinéticos: Apresentam movimentação natural e movimentos não exagerados;
Hipercinéticos: Apresentam movimentação excessiva de determinado grupo muscular, 
por exemplo, a contração constante da região glabelar ou músculo frontal dá a impressão de 
“bravo”;
Hipocinéticos: Baixa expressividade. Apresentam lenta movimentação de determinado 
grupo muscular.
Figura 11- Antes e depois da ação da Toxina Botulínica para tratamento de linhas de expressão.
Fonte: Fit Body Estética (2016).
Para execução correta da aplicação da toxina botulínica é necessário ter o conhecimento 
da anatomia e musculatura facial. De modo geral, na região face, aplica-se a toxina nos músculos:
• M. Occptofrontal;
• M. Prócero;
• M. Corrugador do supercílio;
• M. Orbicular do olho;
• M. Nasal (Bunny Lines);
• M. Levantador do lábio superior;
• M. Depressor do septo nasal
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Figura 12 - Músculos da face e pontos de aplicação da toxina botulínica. Fonte: Acessa (2005).
A aplicação da toxina botulínica é realizada com seringa de insulina, preferencialmente 
de 1 mL, na qual cada marca de graduação da seringa corresponde 1U. 
Figura 13 - Seringa de 1mL para a aplicação de toxina botulínica. Fonte: Biohospitalar (2019).
Tabela 1- Dosagem média de toxina botulínica por músculos, profundidade e angulação 
da agulha:
MÚSCULO AGULHA ÂNGULO UNIDADE OBSERVAÇÃO
M. Frontal 8mm ½ agulha 45º ou 90º 1U - 2 U
M. Prócero 8mm ½ agulha 45ºou 90º 4U
M.Corrugador 
do supercílio 8mm ½ agulha 45º 5U
M.Orbicular do 
olho 8mm ½ agulha 20º 1U - 2U
Aplicar com a agulha 
voltada para o região 
auricular
M. Nasal 8mm ½ agulha 45º 1U - 5U
M. Levantador 
do lábio 
superior
8mm ½ agulha 45º 1U
M. Depressor 
do septo nasal 8mm ½ agulha 45º 1U
Fonte: Perfect Details
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Alguns cuidados devem ser tomados pós procedimento, como não massagear a região 
tratada para que não haja migração do produto para outras regiões da face, evitar exercícios 
físicos por 48 horas e não deitar ou abaixar a cabeça nas primeiras quatro horas.
Figura 14 - Ptose palpebral pós aplicação de toxina botulínica. Fonte: SBCPO (2011).
Além disso, é válido ressaltar que existem contraindicações como:
• Gestação;
• Lesões cutâneas;
• Acne ativa;
• Uso de toxina em período menor que 3 meses.
1.4.2 Preenchedores faciais
Com o avanço do mercado estético e a busca por novos procedimentos voltados ao 
rejuvenescimento, os preenchedores faciais surgiram com a proposta de volumizar e sustentar 
regiões acometidas pelo envelhecimento. Os preenchedores são classificados em autólogos, isto 
é, utilizando o próprio tecido do paciente (gordura, por exemplo) e não autólogos (xenoenxertos, 
alogênicos e materiais sintéticos).
Os preenchedores não autólogos podem ser classificados como permanentes ou 
semipermanentes. Os preenchedoresdérmicos semipermanentes e não autólogos incluem o 
colágeno, o ácido hialurônico, a hidroxilapatita de cálcio e o ácido polilático.
Embora existam diferentes tipos de materiais de preenchimento, veremos aqui a 
aplicação estética do ácido hialurônico (AH), que é o mais utilizado atualmente. O AH atua como 
volumizador; é hidrofílico e age como uma esponja, absorvendo água do tecido circundante.
O AH é um polissacarídeo glicosaminoglicano presente na matriz extracelular e no tecido 
conjuntivo. Aproximadamente 56% do AH fazem parte da matriz extracelular, onde ficam as 
fibras colágenas e a elastina, conferindo hidratação e preenchendo o espaço entre as células.
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Durante produção do preenchedor dérmico à base de AH, são acrescentadas substâncias 
que promovem a reticulação (cross-linking) entre as cadeias longas (políssacarídeos) e cadeias 
leves (oligossacarídeos). O processo de estabilizar o polímero de AH confere consistência do gel 
e resistência à degradação de enzimas pelos radicais livres.
A falta de volume e perda de tecido na face conferem o aspecto de envelhecimento, dessa 
forma, o AH hialurînico é indicado para preencher regiões como lábios, nariz, malar, mento, 
linhas periorais, concavidade periorbital, linha nasolabial, têmporas e mandíbula. 
Figura 15 - Seringa de preenchedor dérmico. Fonte: Claudio Lemos (2020).
Apesar de ser um procedimento seguro, existem algumas contraindicações como:
• Alergia à substância preenchedora;
• Flacidez cutânea;
• Excesso de pele;
• Quelóide;
• Doenças autoimunes e processos infecciosos;
• Gravidez.
A técnica é realizada com agulha ou cânula por meio da técnica de:
- Bolus: aplicação perpendicular ao plano no periósteo sem movimentar a agulha;
- Retroinjeção: aplicação com agulha ou cânula - injeção do AH em todo o percurso do 
plano;
- Leque: aplicação com agulha ou cânula - injeção do AH em todo o percurso do plano, 
sem remover totalmente formando um “leque”.
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Figura 16 - Cânula e agulha. Fonte: Dental Shop (2019).
Para alcançar um bom resultado com o preenchedor de AH, é necessário injetar o produto 
na profundidade correta; derme profunda ou tecido subcutâneo.
As intercorrências podem ser evitadas por meio da aplicação das noções básicas de 
biossegurança e conhecimento dos planos anatômicos. O uso de cânulas podem minimizar o risco 
de obstrução dos vasos e necrose do tecido local. No entanto, cabe ao profissional acompanhar os 
primeiros sinais de complicações nas primeiras 24 horas para a tomada de decisão correta.
Figura 17 - Antes e depois da Harmonização facial utilizando preenchimento com ácido hialurônico na
região do malar, mento e mandíbula. Fonte: Revista Quem (2021).
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1.4.3 Bioestimuladores de colágeno e fios de sustentação
Atualmente no mercado da Harmonização facial, existem diversos bioestimuladores, 
sendo os mais conhecidos a hidroxiapatita de cálcio e o ácido poliláctico. Considerados 
estimuladores de colágeno biodegradável, essas substâncias estimulam a pele a sintetizar novas 
fibras colágenas. Além disso, os bioestimuladores também restauram o volume perdido durante 
o processo de envelhecimento.
Os bioestimuladores de colágeno devem ser injetados na derme profunda ou tecido 
subcutâneo através de agulhas ou cânulas. Importante realizar a aspiração injetável antes de 
aplicar o bioestimulador para minimizar o risco de aplicação intravascular.
A duração da ação dos bioestimuladores podem chegar até 12 meses. Os efeitos adversos 
são reações agudas como eritema, edema ou hematomas, e as contraindicações são, de modo 
geral, as mesmas para os demais procedimentos estéticos invasivos.
Outra alternativa estética de combate ao envelhecimento e flacidez da pele é a utilização 
de fios facias. O fios podem ser:
• Permanentes ou não absorvíveis;
• Temporários ou absorvíveis.
Figura 18 - Colocação de Fios para sustentação de face. Fonte: Farmácia Estética (2020).
Dentre os permanentes, ou seja, aqueles que sofrem degradação de seus componentes 
estão o polipropileno, polietileno, poliamida, etc. Em contrapartida, os fios absorvíveis podem 
sofrer degradação contínua de seu material, sendo assim, seu efeito é temporário. 
Na Biomedicina Estética, utiliza-se os fios absorvíveis de polidioxanona (PDO), ácido 
polilático e policaprolactona. Os fios podem ser lisos ou com garras. 
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Figura 19 - Fio espiculado. Fonte: Luciana Pepino (2020).
Eles promovem a bioestimulação, lifting imediato e suavização das rugas. Podem ser 
inseridos na região de rugas infraorbitais, sulco nasolabial, código de barra, nariz, linhas de 
expressão de modo geral e tracionamento de tecidos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A estética invasiva é uma das áreas mais promissoras da Biomedicina Estética. A crescente 
busca pelos procedimentos injetáveis está relacionado com o aumento da sobrevida da população 
mundial. As pessoas querem envelhecer com qualidade e boa forma.
O aumento no número de procedimentos estéticos não cirúrgicos, como as injeções de 
toxina botulínica e preenchedores dérmicos, deve-se às vantagens proporcionadas pela natureza; 
pouco tempo de recuperação e menor risco de infecção quando comparado à cirurgias.
Dos procedimentos minimamente invasivos, a harmonização facial está entre as preferidas 
do mercado estético. Apesar do avanço tecnológico e aprimoramento das técnicas, a harmonização 
facial deve ser realizada sob indicação clínica e de maneira correta. As intercorrências decorrentes 
das técnicas minimamente invasivas podem ser minimizadas com conhecimento dos planos 
anatômicos, noções de biossegurança, manejo correto da técnica e aplicação da ficha de avaliação.
A Biomedicina Estética lida com sonhos e expectativas, portanto, é nossa responsabilidade 
assegurar o bem-estar físico de nossos pacientes e traçar um limite entre a expectativa e o resultado 
possível de se alcançar.
O mais importante é termos a consciência que somos profissionais da saúde e não 
podemos contribuir para um padrão de beleza tóxico. A Biomedicina Estética é responsável por 
tratar patologias estéticas e desenvolver nos pacientes autoestima, autocuidado e autoaceitação. É 
realçar aquilo que nosso paciente tem de melhor e camuflar aquilo que o incomoda.
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ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
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Guanabara Koogan, 2006.
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Lasers in Surgery and Medicine, v. 41, n. 703, 2009. 
BAUMANN, L. Dermatologia Cosmética: princípios e práticas. Rio de Janeiro:
Revinter, 2004. 
BORGES, F. Dermato-Funcional – Modalidades Terapêuticas nas disfunções
Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
BORGES, F. et. al. Análise da Eficácia da Carboxiterapia na Redução do Fibro Edema Gelóide: 
Estudo Piloto. Revista Fisioterapia, v. 3(2), n. 213, 2008.
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CUNHA, M. B. Peeling químico: preparações farmacêuticas para renovação
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DRAELOS, Z. D.; MARENUS, K. D. Cellulite: Etiology and purported treatment.
Dermatol Surg, v. 23, n. 1177, 1997.
EGRAND, J.; BARTOLETTI, C.; PINTO, R. Manual Prático de Medicina Estética.
Buenos Aires: Camaronês, 2009.
FERNANDES, D. Minimally invasive percutaneous collagen induction. Oral
Maxillofac Surg Clin North Am, v. 17(1), n. 51, 2006.
FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.;CORREA, M. A. Protetores solares. Quim. Nova, v.
30(1), n 153, 2007.
 
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermatofuncional. 2. ed. São
Paulo: Manole, 2002.
HARDY, E.; BENTO, S.F.; OSIS, M. J. D. Consentimento informado normatizado
pela resolução 196/96: Conhecimento e opinião de pesquisadores brasileiros. RBGO, v. 24, n. 1, 
2002.
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cotidiano feminino. In: SALLES, A. A. Bioética: reflexões interdisciplinares. Belo Horizonte: 
Mazza Edições, 2010.
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ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
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KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu,
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corporal, tratamento de celulite e flacidez cutânea. C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória 
da Conquista, v. 6, n. 1, 2013. 
SANDOVAL, M. Toxina Botulínica na Dermatologia: Guia prático de técnicas e produtos. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SECAF J.; SENEDIN M.; DAROS A.; Perfect Details: Harmonização Orofacial. Nova Odessa: 
Napoleão, 2021.
SHIRATORI, A. Y. et al. Escleroterapia - Truques e Dicas. São Paulo: Martinari, 2016.
TOREZAN, L. A. R.; OSÓRIO, N. E. G. S. Laser em Dermatologia: princípios físicos, tipos e 
indicações. An bras Dermatol, v. 74(1), n.13, 1999.papilas dérmicas;
• Reticular: formada por fibras colágenas, elásticas e reticulares.
Na derme, encontram-se as glândulas sudoríparas e sebáceas, o folículo piloso e os 
músculos eretores do pelo. Enquanto as glândulas sebáceas são estruturas associadas aos folículos 
pilosos e responsáveis pela produção do sebo, as sudoríparas atuam na termorregulação por meio 
da produção do suor.
Além do mais, a superfície mais profunda da derme fixa-se aos músculos, aos ossos e ao 
tecido conjuntivo da tela subcutânea.
1.1.3 Tela subcutânea (hipoderme)
Também conhecida como hipoderme, a tela subcutânea é formada por tecido conjuntivo 
frouxo, tecido adiposo e fibras elásticas. É responsável por unir a derme aos órgãos adjacentes.
A tela subcutânea é considerada uma importante reserva de nutrientes e armazenamento 
temporário de alguns hormônios e medicamentos lipossolúveis. Seu tecido conjuntivo é 
vascularizado e possui terminações nervosas. Sua espessura pode variar conforme o estado 
nutricional, idade e sexo. Geralmente, a gordura armazenada é usada em situações de desnutrição 
ou privação alimentar. No corpo feminino, a camada adiposa é mais espessa, principalmente na 
região abdominal e nos quadris.
Sua organização tecidual se apresenta em duas camadas:
• Areolar: composta por adipócitos globulares e volumosos, em disposição vertical. 
• Lamelar: onde ocorre o aumento de volume dos adipócitos, causando aumento de peso.
 
O domínio da Anatomia e Fisiologia da pele é um dos princípios básicos para um 
bom desempenho na estética facial e corporal. Sendo assim, é indicada a leitura 
do livro “Anatomia orientada para a clínica”. Uma obra completa sobre o corpo 
humano.
MOORE, K.L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Guanabara 
Koogan: Rio de Janeiro, 2014. 
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1.2 A Pele: Conceitos Fisiológicos
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, representa aproximadamente 16% 
do peso corporal de um adulto. Considerada a primeira barreira de defesa do corpo, a pele reveste 
externamente a superfície do corpo e o protege contra a desidratação e os agentes nocivos.
Sua espessura varia conforme cada região do corpo (entre 0,5 a 4 mm), sendo mais 
espessa nas superfícies dorsais e mais delicada em áreas como os lábios e as pálpebras.
1.2.1 Capacidade elástica 
A pele possui a capacidade de adaptar-se às irregularidades do corpo, pois se prende 
frouxamente às estruturas próximas. No entanto, essa mobilidade é limitada por estruturas 
de tecido conjuntivo presas à tela subcutânea, formando assim os pontos de fixação. Esses 
pontos direcionam os feixes de fibras colágenas sendo responsáveis pelas impressões digitais 
e a caracterização individual das pessoas. A alteração fisiológica do envelhecimento gera, 
gradativamente, a perda da capacidade de elasticidade, em decorrência da queda da quantidade 
de fibras elásticas, gerando flacidez e rugas.
1.2.2 Renovação celular
A renovação celular da pele é dependente do ritmo circadiano. Por essa razão, a cosmetologia 
utiliza o conhecimento em cronobiologia para otimizar os efeitos dos dermocosméticos, por 
exemplo, o uso de creme facial nutritivo e regenerador durante a noite.
1.2.3 Pigmentação da pele
A melanina é um tipo de proteína responsável por pigmentar a pele e os pelos, além de 
proteger o DNA das células contra a radiação ultravioleta do Sol. Sabe-se que os melanócitos 
são responsáveis pela produção de melanina e são geneticamente pré-determinados, sabe-se, 
também, que o número de melanócitos é quase o mesmo em todas as raças. Os melanócitos 
possuem organelas chamadas melanossomos. Nessas estruturas em que a melanina é produzida, 
quanto mais melanossomos os melanócitos apresentam, mais pigmentada é a pele de uma pessoa.
Vale ressaltar que existem dois tipos de melanina: a melanina construtiva (fator genético) 
e a melanina facultativa. O bronzeamento da pele devido à exposição ao Sol ocorre pela liberação 
do hormônio estimulante de melanócitos (MSH), produzido pela glândula hipófise, ativando a 
síntese da melanina facultativa.
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1.2.4 Classificação de Fitzpatrick
A escala Fitzpatrick foi criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. 
Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, com o objetivo de medir a tolerância 
da pele em relação à exposição solar. Relaciona-se com a atividade do melanócito e é classificada 
em:
FOTOTIPO I: Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao Sol;
FOTOTIPO II: Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao Sol;
FOTOTIPO III :Pele morena clara – queima moderadamente – bronzeia moderadamente 
– sensibilidade normal ao Sol;
FOTOTIPO IV: Pele morena moderada – queima pouco – sempre bronzeia – sensibilidade 
normal ao Sol;
FOTOTIPO V: Pele morena escura – queima raramente – sempre bronzeia – pouco 
sensível ao Sol;
FOTOTIPO VI: Pele negra – nunca queima – totalmente pigmentada – insensível ao Sol.
Figura 3 - Diversidade de cor. Fonte: 123rf (2021).
O melasma é uma patologia estética que acomete regiões da face. É caracterizado 
por manchas de tom escuro, normalmente delimitadas às maçãs do rosto, ao 
nariz e à testa. É resultante da hiperatividade dos melanócitos e do aumento na 
produção de melanina. Essas células encontram-se na junção da derme com a 
epiderme. Tratamentos clareadores em pacientes com propensão ao melasma 
devem ser analisados previamente para alcançar um bom resultado e prevenir 
o efeito “rebote”, que nada mais é que uma melhora significativa no aspecto das 
manchas, seguido por uma piora e escurecimento.
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A classificação do fototipo da pele é importante para o profissional da área estética para 
estabelecer o melhor protocolo e o mais seguro. O objetivo é minimizar o risco do surgimento de 
hiperpigmentação pós procedimentos. 
1.3 Bioética na Biomedicina Estética
Termo comumente usado na área da saúde, a Bioética refere-se aos princípios éticos que 
regem a vida quando essa é colocada em risco pela medicina e áreas afins. Uma das estratégias 
aplicadas ao profissional da saúde para adotar uma conduta ética é fazer uma análise crítica sobre:
- Sua ação beneficia o paciente;
- Sua ação envolve a quebra de uma regra moral do paciente;
- Seus atos não possuem o consentimento do paciente.
Vistos os princípios que regem a Bioética, o profissional Biomédico(a) que utiliza seus 
conhecimentos técnicos e científicos, adquiridos em curso de formação superior reconhecido 
pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), está apto a atuar na melhoria da qualidade de 
vida de seus pacientes, através da saúde estética. 
De acordo com o Código de ética do Biomédico, a formação desse profissional possui 
perfil generalista e humanista, o que autoriza atuar mesmo de forma parcial em todos os níveis 
de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção 
e recuperação da mesma. 
“Como surgiram as cores da pele?” Um vídeo em que o Médico 
Drauzio Varella explica a origem da cor da pele e a diversidade 
humana. Afinal, teremos a mesma origem? O link para acesso é: 
https://www.youtube.com/watch?v=4WUNYe0lSMw.
Durante os primeiros anos da graduação, aprendemos sobre as normativas 
e boas condutas referentes à biossegurança e o uso de equipamentos de 
proteção individual (EPI). Na Biomedicina Estética, além dos procedimentos não 
avançados, trabalhamos com técnicas minimamente invasivas e perfurocortantes. 
Para assegurar a segurança do profissional e do paciente, o uso de EPI’s deve 
ser implementado e utilizado de forma adequada. A proteção contra doenças 
infecciosas e acidentes é a primeira medida a ser tomada por profissionais 
estetas com o uso de luvas, touca, óculosde proteção, jaleco, máscara, calçados 
fechados e sem uso de adornos. Além disso, são de extrema importância o 
manejo e o descarte correto de utensílios perfurocortantes, regidos pelo Plano de 
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
https://www.youtube.com/watch?v=4WUNYe0lSMw
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1.4 Anamnese
A palavra anamnese é originária do grego, em que ana significa volta e mnsese refere-se 
à memória. Pode-se definir anamnese como sendo uma entrevista realizada por profissionais da 
saúde, visando resgatar as informações de uma determinada patologia ou condição fisiológica. 
Na Biomedicina Estética, o objetivo da anamnese é diagnosticar alguma condição de saúde que 
impossibilite a realização de determinado procedimento ou coloque em risco a vida do paciente.
Uma boa anamnese é aquela que possui contato e comunicação verbal entre o profissional 
de saúde e o paciente. É durante a anamnese que a relação entre o biomédico(a) esteta e o paciente 
se inicia. A aplicação da ficha de avaliação é uma das estratégias para melhor investigar o paciente. 
Inicialmente, deve ser composta pelos dados pessoais, questionamentos acerca das condições de 
saúde e hábitos de vida do paciente.
Figura 4 - Parte I de uma ficha de avaliação estética. Fonte: SlideShare (2021).
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Figura 5 - Parte II de uma ficha de avaliação estética. Fonte: SlideShare (2021).
As figuras anteriores são exemplos de uma anamnese facial, no entanto, o biomédico 
esteta pode elaborar outros tipos de perguntas de acordo com a sua experiência e necessidade. 
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1.5 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 
De acordo com as normativas da resolução n° 196/1996, o TCLE é um documento elaborado 
pelo biomédico(a) esteta (ou qualquer profissional da área da saúde ou pesquisa) e precisa ter a 
assinatura ou impressão digital do paciente e/ou responsável legal e visto do profissional.
Recentemente, o Código de Ética do Profissional Biomédico permitiu a divulgação de 
imagens dos procedimentos estéticos por meio de propagandas, de anúncios ou nas redes sociais. 
Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para preservar a exposição do paciente e a 
conduta do biomédico.
Uma das medidas apresentadas no documento é a aplicação do TCLE e podem ser 
consultadas na Resolução do Ministério da Saúde nº 466/2012, no item II.23.
A divulgação de imagens de resultados finais dos procedimentos, além do TCLE, deverá 
seguir a descrição: “Esta imagem não representa, em hipótese alguma, garantia de resultado. 
Cada ser humano tem características anatômicas e fisiológicas únicas”.
Importante ressaltar que o profissional biomédico deve estar atento às atividades passíveis 
de autorização e, obrigatoriamente, encaminhar ao Conselho Regional de Biomedicina respectivo 
à região. Para quem realizar publicidade ou anúncio em desacordo com o novo Código de Ética, a 
pena será multa de até 5 (cinco) anuidades e/ou suspensão de até 12 (doze) meses. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos até aqui os princípios básicos da Estética Básica e Invasiva como a anatomia e 
fisiologia da pele, bem como as normativas que regem a atuação do Biomédico Esteta. 
A importância de conhecer as estruturas da pele e seu funcionamento se justifica durante 
a realização dos procedimentos estéticos, sejam eles invasivos ou não. Isso minimiza os riscos de 
intercorrências, assegura o profissional e entrega bons resultados ao paciente.
A pele é a primeira barreira de defesa do corpo humano e seu envelhecimento representa 
uma das principais queixas estéticas. Os procedimentos estéticos prometem estimular os fatores 
de rejuvenescimento e proporcionar saúde à pele. Para isso, é necessário o conhecimento da 
fisiologia da pele para implementar o melhor protocolo de acordo com a necessidade do paciente. 
A mesma regra deve ser aplicada às demais queixas estéticas. 
Profissionais da área estética (invasiva ou não) são responsáveis pela integridade física 
e bem-estar de seus pacientes. Além disso, os biomédicos estetas são profissionais da área da 
saúde e, portanto, devem seguir todas as normativas do conselho de classe vigente, assim como as 
normativas de boa conduta e biossegurança, prevenindo doenças e promovendo saúde.
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U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 17
1. INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA .......................................................................................................................... 18
1.1 FOTOPROTEÇÃO ..................................................................................................................................................... 19
1.2 PROTETOR SOLAR .................................................................................................................................................20
1.3 ENVELHECIMENTO ............................................................................................................................................... 21
1.4 ACNE .......................................................................................................................................................................22
1.5 PEELING QUÍMICO E MECÂNICO ..................................................................................................... 23
1.5.1 TIPOS DE ÁCIDOS UTILIZADOS EM PEELING QUÍMICO ...............................................................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................28
COSMETOLOGIA E PEELINGS
 PROFA. MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
BIOMEDICINA ESTÉTICA
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INTRODUÇÃO
Caro aluno, seja bem-vindo a mais uma unidade da disciplina de Biomedicina Estética. 
Iniciaremos esta unidade abordando os principais conceitos da cosmetologia atual. Sabemos que 
o uso de dermocosmético, de maneira geral, tem sido utilizado como um dos principais aliados 
na revitalização da pele, no tratamento anti-idade e no clareamento de manchas.
Além disso, o uso de peelings na Biomedicina Estética se tornou a principal ferramenta 
quando se trata em saúde da pele. Como vimos na unidade anterior, a pele é formada por três 
camadas: epiderme, derme e tela subcutânea. A camada mais superficial, a epiderme, é formada 
por queratinócitos (95%) e melanócitos. E é justamente nessa camada que o efeito de abrasão dos 
peelings exerce sua função de esfoliação, permitindo a renovação da pele. Esse efeito pode auxiliar 
no clareamento de manchas e cicatrizes e no tratamento de rugas e linhas de expressão.
Apesar de se tratar de protocolos não invasivos, o conhecimento sobre a farmacologia 
aplicada aos cosméticos e à fisiologia da pele devem ser imprescindíveis para entrega de um 
resultado seguro e satisfatório ao paciente. 
Dessa forma, veremos a seguir a definição da cosmetologia, as principais queixas estéticas, 
as indicações de uso dos cosméticos, a classificação e, por fim, os principais mecanismos dos 
peelings.
Boa leitura!
 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA
A cosmetologia é a ciência que estuda os cosméticos, desde a concepção de matérias-
primas até a comercialização e a aplicação dos produtos elaborados. É uma área multidisciplinar, 
que envolve conhecimentode química, biologia, física e fisiologia humana.
Os cosméticos são substâncias ou formulações de aplicação local, fundamentados em 
evidências científicas e assegurados por Órgãos e Entidades, como a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária - ANVISA e a RDC nº 215, de 25 de julho de 2005, que compreende a lista 
das substâncias que podem conter nos cosméticos, desde que obedeçam a concentração limite e 
condições impostas.
De acordo com a RDC nº 79, de 28 de agosto de 2000, os produtos cosméticos são 
classificados conforme seu grau de risco, sendo:
GRAU I (risco mínimo): produtos de higiene pessoal e cosméticos que se caracterizam 
por possuírem propriedades básicas e poucas restrições de uso;
GRAU II (risco potencial): produtos de higiene pessoal e cosméticos cuja formulação 
possui indicações específicas exijam comprovação de segurança e algumas restrições de uso.
Além disso, os cosméticos podem ser classificados de acordo com sua composição básica 
em:
• Tensoativos: Promovem equilíbrio Hifrofílico-Lipofílico, efeito emulsificador, solventes, 
detergentes e antissépticos;
• Adjuvantes: Reforçam a ação de outro ativo presente na formulação. São os surfactantes, 
umectantes, emulsificantes, aditivos e antioxidantes;
• Quelantes: Têm a propriedade de sequestrar íons metálicos polivalentes. Esse tipo de 
substância é importante nas formulações de shampoo na produção de espuma;
• Excipientes: Permitem a estabilidade do princípio ativo e a ação farmacológica das 
formulações. Podem ser aglutinantes, bases ou diluentes;
• Veículo: Visam modular e distribuir de maneira uniforme os princípios ativos dos 
cosméticos às células-alvo. São os cremes, pomadas, gel, emulsão, soluções, lipossomas, 
etc;
• Princípio ativo: Substância de ação definida, podem ser de origem vegetal, animal ou 
biotecnológico.
Sabe-se que a eficácia dos tratamentos cosméticos e avançados, voltados à estética da 
pele, depende de uma rotina de cuidados anteriores. São etapas contínuas e complementares que 
permitem a saúde e a boa aparência da pele. Sendo elas:
1. Higienização (limpeza): Remove células mortas, impurezas e controle da secreção 
sebácea;
2. Tonificação: Reduz o tamanho dos poros e ação adstringente;
3. Hidratação: Evita a perda da umidade e imunidade da pele;
4. Nutrição: Repõe nutrientes e substâncias recuperadoras;
5. Fotoproteção: Previne o fotoenvelhecimento.
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Sempre é recomendável ao paciente que busca uma melhora da qualidade da pele, 
implementar à sua rotina os cuidados básicos. Isso garante um resultado prolongado e potencializa 
a eficácia dos procedimentos estéticos.
Todas as etapas de uma rotina de cuidados são importantes e se complementam. No 
entanto, quando se trata de envelhecimento extrínseco não podemos deixar de mencionar a ação 
fotoprotetora dos filtros solares. Por isso, veremos a seguir o mecanismo de ação dos protetores e 
sua importância na saúde estética.
1.1 Fotoproteção
A exposição solar por períodos prolongados e sem proteção expõe a pele às radiações 
solares. Além dos riscos de câncer de pele, a radiação também é responsável pelo envelhecimento 
extrínseco da pele, denominado fotoenvelhecimento.
Sabe-se que o efeito a curto prazo do fotoenvelhecimento da pele é a inflamação das 
estruturas subdérmicas, eritema, hiperpigmentação e alterações vasculares. Já os efeitos a longo 
prazo estão relacionados às alterações do DNA e estruturas da matriz extracelular e ao surgimento 
de telangectasias, rugas, flacidez e tumores. Outra característica envolvida pós exposição solar é o 
espessamento da camada córnea e lesões pré-cancerosas. 
Importante ressaltar que as radiações solares possuem características físico-químicas e 
são caracterizadas em: ultravioleta, luz invísivel e infravermellha.
A limpeza de pele é um procedimento relativamente simples e realizado com 
frequência nas clínicas e centros estéticos. Uma das razões de ser um dos 
procedimentos básicos mais recomendados deve-se a natureza da técnica; 
remoção sujidades e comedões. Uma pele livre de impurezas tende a responder 
melhor aos demais tratamentos estéticos faciais e aos cosméticos de uso diário. A 
limpeza de pele consiste em quatro etapas iniciais; remoção da sujidade superficial 
com sabonete neutro, tonificação, esfoliação, emoliência e extração. A finalização 
é realizada de acordo com a necessidade de cada pele, mas, normalmente, é feita 
com agentes calmantes e hidratantes. A limpeza é indicada periodicamente e de 
preferência antes da realização dos procedimentos.
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Figura 1 - Espectro solar. Fonte: Engenharia dos Cosméticos (2020).
Enquanto a radiação infravermelha está envolvida na elevação da temperatura corporal, 
a radiação envolvida no fotoenvelhecimento e câncer de pele é a luz ultravioleta num limite de 
comprimento de onda entre 290 e 400 nm. 
A radiação ultravioleta classifica-se em: 
1. UVA: Responsável pelo bronzeamento e pelo fotoenvelhecimento. Penetra até a derme; 
2. UVB: Causa câncer de pele. Penetra apenas na epiderme;
3. UVC: Filtrada pela camada de ozônio da atmosfera. Altamente prejudicial.
1.2 Protetor Solar
Embora a pele possua mecanismos de proteção, não são suficientes para sua defesa 
diante dos efeitos danosos da radiação solar. Dessa maneira, é necessário o uso de protetores 
solares. Considerado um cosmético, o filtro solar tem o objetivo de proteger a pele das agressões 
recorrentes à radiação, evitando o fotoenvelhecimento e as lesões cancerígenas.
Os filtros solares são classificados de acordo com seu mecanismo de ação em:
 ➢ Físicos: Conhecidos como bloqueadores, têm origem mineral. Formam uma barreira 
sobre a pele. Normalmente, deixam uma camada esbranquiçada sobre a pele, e, sobre o 
ponto de vista estético, é um ponto negativo; 
O uso frequente do filtro solar, além de prevenir os danos causados pela radiação 
solar, também é um fator de proteção contra o câncer de pele. De acordo com 
Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano surgem cerca de 185 mil novos 
casos de câncer de pele. Profissionais estetas da área da saúde devem recomendar 
aos seus pacientes o uso frequente de filtro solar.
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 ➢ Químicos: Possuem na sua estrutura química um anel benzênico, responsável por 
interagir com a radiação UV. Promovem a conversão da sua radiação absorvida na pele 
- de comprimentos de onda curta para comprimentos de onda longa (menos danoso).
Vale ressaltar que o Fator de Proteção Solar (FPS) é uma classificação atribuída pelo FDA 
(Food and Drug Administration), referente ao grau de proteção dos protetores solares em relação 
à radiação solar. Esse fator é um indicativo correspondente ao tempo de exposição e proteção 
solar.
Figura 2- Processo de envelhecimento da pele. Fonte: 123rf (2021).
O FPS é baseado no tempo de exposição ao sol, capaz de gerar eritema na pele desprotegida. 
Por exemplo, uma exposição de 5 minutos, o uso de filtro FPS 20 corresponde ao tempo vinte 
vezes maior, dessa maneira, o indivíduo poderá permanecer exposto à radiação solar por até 100 
minutos sem sofrer danos.
Figura 3 - A razão entre a Dose Mínima de Eritema (DME) pele protegida e desprotegida, fornece o Fator de Proteção 
Solar (FPS), para uma substância protetora. Fonte: Autor.
1.3 Envelhecimento
A fisiologia do envelhecimento da pele é um dos maiores desafios na clínica estética, 
pois vivemos num cenário onde a expectativa de vida aumentou e a corrida por protocolos 
rejuvenescedores podem se mostrar limitadas diante da falta de conhecimento sobre os fatores 
fisiológicos do envelhecimento.
É preciso entender que no processo de envelhecimento existe um complexo de fatores 
genéticos, bioquímicos e ambientais, sendo assim, nosso foco aqui será retratar como esse 
complexoage na pele. Os principais hormônios que estão relacionados com o envelhecimento da 
pele são a testosterona e a progesterona, cuja função estética é manter a espessura da pele.
Enquanto a testosterona tem associação com a vitalidade, espessura e hidratação da pele, 
a progesterona é responsável por inibir a colagenase, ou seja, manter a capacidade elástica da pele. 
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O envelhecimento da pele pode ser causado por fatores extrínsecos, como exposição 
solar, tabaco, álcool e restrição do sono. No entanto, também sabemos da influência cronológica 
do processo de envelhecimento. A pele torna-se mais fina e seca. Ocorre também a perda da 
elasticidade e estruturas de sustentação, como elastina e fibroblastos, e, por consequência, 
o surgimento de rugas e linhas de expressão. De forma geral, ocorre atrofia geral da matriz 
extracelular. Importante ressaltar que todo esse processo de envelhecimento é gradativo e de 
influência multifatorial.
Bioquímicamente, o envelhecimento causa prejuízo mitocondrial (déficit energético), 
encurtamento dos telômeros, aumento do estresse oxidativo e acúmulo de AGEs (produto final 
da glicação avançada).
Na estética invasiva, além dos protocolos injetáveis, é possível associá-los com o uso de 
nutracêuticos, na tentativa de retardar o envelhecimento:
 ➢ VITAMINA A: Antioxidante e aumenta a expressão pró-colágeno;
 ➢ VITAMINA B3 - NIACINAMIDA: Previne a imunossupressão UV-induzida;
 ➢ VITAMINA C: Antioxidante e cofator da produção de colágeno;
 ➢ BIOTINA: Renovação celular dérmica;
 ➢ COLÁGENO HIDROLISADO: Suplementação proteica e qualidade da pele.
Adiante, nas próximas unidades veremos os principais procedimentos estéticos envolvidos 
no tratamento de sinais decorrentes do processo de envelhecimento.
1.4 Acne
A acne é considerada uma dermatose causada por uma alteração no tecido estratificado 
pavimento queratinizado. Tem como principal fator a infecção causada pela bactéria 
Propionibacterium acnes, que utiliza como fonte as secreções produzidas pelas glândulas sebáceas. 
Diário de uma paixão (2004). O filme é uma drama romântico, 
baseado no livro de Nicholas Sparks, que retrata o romance 
de Duke e Allie. Os dois vivem em uma clínica de geriatrica.
O drama aborda questões como o processo de envelhecimento 
e a doença de Alzheirmer. A história gira em torno da história 
de amor desse casal desde 1940.
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Por essa razão, é comum o surgimento de um processo inflamatório causado pela 
obstrução dos poros. Além disso, fatores hormonais, a hipersecreção das glândulas sebáceas e 
a liberação de mediadores químicos de inflamação podem influenciar no surgimento das acnes. 
A incidência é a maior entre os adolescentes por fatores hormonais, no entanto podem persistir 
até a vida adulta. O processo inflamatório causado pela acne pode ocasionar cicatrizes, sendo 
classificadas em distróficas e hipertróficas. 
As distróficas são cicatrizes que apresentam forma irregular e atrófica, e as hipertróficas 
apresentam uma grande quantidade de queloides e pápulas.
Figura 4 - Acne na região inferior da face. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (2019).
1.5 Peeling Químico e Mecânico 
A palavra peeling vem do inglês e significa descamar. Nesse processo são utilizados 
agentes escarificadores e abrasivos para acelerar a esfoliação da pele resultando numa injúria 
tecidual controlada nas porções da epiderme e derme com posterior regeneração do tecido. 
Os agentes indutores da descamação da pele são classificados em:
• Mecânicos: cremes abrasivos com microesferas, aparelhos de microdermoabrasão. 
Exemplos: Peeling de Cristal, Peeling de Diamante, Peeling Ultrassônico e esfoliantes;
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Figura 5 - Peeling Ultrassônico. Fonte: Ibramed (2020).
• Químicos: substâncias químicas isoladas ou combinadas específicas para cada indicação 
(grau de esfoliação e fototipo de pele). Quanto ao potencial de ação são classificados em:
- Muito superficial: Promove esfoliação, afina ou remove o estrato córneo. Promove uma 
pele mais luminosa;
- Superficial: Tem ação epidérmica. Age na camada córnea até a basal. Promove 
luminosidade e uniformidade;
- Médio: Age na derme papilar. Promove necrose até a derme papilar e promove a 
produção de colágeno e elastina;
- Profundo: Age na derme reticular. Promove necrose até a derme reticular. É responsável 
por causar intensa inflamação, fatores de crescimento e produção de fibras.
Figura 6 - Descamação da pele pós peeling químico. Fonte: Antiagingya (2020)
Os pellings possuem diversas indicações e algumas contraindicações. Veremos a seguir 
algumas delas. No entanto, é de extrema importância o conhecimento da classificação dos tipos 
de pele e a indicação para cada uma delas.
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Indicações:
• Afinamento do extrato córneo;
• Discromias (efélides, melasma, melanose);
• Hiperpigmentação pós inflamatória;
• Estimulação e produção de colágeno;
• Revitalização;
• Controle da oleosidade da pele;
• Hiperqueratose;
• Acne;
• Cicatrizes;
• Rugas.
Contraindicações:
• Exposição solar e fontes de calor;
• Herpes;
• Gestantes;
• Imunodeprimidos;
• Pele não integra;
• Doenças metabólicas descompensadas;
• Mucosas;
• Durante tratamento com laser, pós-depilação e pós operatório.
Os pellings químicos requerem mais cuidados. Dessa maneira deve-se considerar algumas 
condições durante a avaliação como:
• FOTOTIPO: Escala de Fitzpatrick (visto na Unidade I).
• NÍVEL DE ENVELHECIMENTO: Escala de Glogau:
Tipo 1: Ausência de rugas (20-30 anos);
Tipo 2: Rugas dinâmicas (30-40 anos);
Tipo 3: Rugas estáticas (acima de 40 anos);
Tipo 4: Somente rugas (acima de 60 anos). 
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Figura 7 - Classificação de Glogau. Fonte:Contox (2019).
• SECREÇÃO SEBÁCEA:
Pele normal: Macia, lisa, sem poros visíveis;
Pele seca: Fina, áspera, poros não visíveis;
Pele mista: Áreas oleosas e áreas secas. Normalmente, a oleosidade surge na zona T;
Pele oleosa: Espessa, com poros dilatados. Brilho excessivo. Normalmente apresenta acne 
e comedões;
Pele sensível: Irrita facilmente. Pode haver zonas de vermelhidão.
Além disso, é importante considerar o equilíbrio ácido-básico da pele, em que numa 
condição normal, o pH deve ser manter ácido pois atua como uma barreira contra microrganismos.
pH:
0 ____________ 7 _____________ 14
 Oleosa e Ácida Seca e Alcalina
A resposta do peeling vai depender de uma série de fatores e variáveis, que devem ser 
observados para se obter um resultado final de sucesso. Para cada queixa estética, um protocolo 
específico deverá ser aplicado. Veremos a seguir alguns exemplos de aplicação de peeling químico 
e as principais indicações. Lembrando que cada paciente tem suas particularidades e nem todo 
protocolo deve ser reproduzido sem uma avaliação minuciosa das condições da pele.
1.5.1 Tipos de ácidos utilizados em peeling químico 
ALFAHIDROXIÁCIDOS (AHA):
Os AHA reduzem a coesão dos queratinócitos, aumentam o espessamento das fibras 
colágenas resultante do processo inflamatório e aumento da microcirculação.
Ácido glicólico: Despigmentante e hidratante. Indicado para tratar hipercromias, sequelas 
de acne e rejuvenescimento;
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Ácido mandélico: Hipercromia, acne inflamatória e rejuvenescimento;
Ácido láctico: Hidratante e clareador;
Ácido tioglicólico: Hipercromias;
Ácido tranexâmico: Hipercromias e melasma;
Ácido kójico: Despigmentante;
PROTOCOLO GERAL:
• Pré-peeling: 10-20 dias antes. Aumenta a penetração do produto e diminui o risco de 
intercorrências;• Limpeza com sabonete neutro de ureia, ácido glicólico 10% ou mandélico 10%;
• Aplicação com pincel.
Independente da queixa estética e do protocolo escolhido, os peelings não têm efeito 
imediato, sendo:
• Primeira etapa: 10-20 dias antes do tratamento (pré-peeling);
• Peeling: pós peeling (0-3 dias). Efeito descamativo;
• Pós-peeling: efeito final (tardio). Ocorre entre 4-10 dias.
“Cosmetologia aplicada à estética” é uma obra ilustrada que aborda temas da 
Cosmetologia e suas aplicações aos tratamentos estéticos. O livro é organizado 
por professores renomados da área. É indicado para os profissionais que trabalham 
ou pretendem trabalhar com cosméticos e associações cosméticas. Vale a pena 
o estudo da obra!
BIGHETTI, E. A. COSMETOLOGIA APLICADA À ESTÉTICA. [s. l.]: Editora 
Farmacêutica, 2019. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa unidade vimos conceitos importantes, como o fotoenvelhecimento e sua relação 
com o envelhecimento aparente da pele. Os cuidados estéticos devem ir além da beleza. Eles 
podem auxiliar a saúde da pele e contribuir para a prevenção do envelhecimento cutâneo. Sendo 
assim, cabe ao profissional da área da estética identificar os tipos de pele e suas limitações antes 
de iniciar qualquer protocolo estético.
Dentre os procedimentos estéticos não invasivos realizados para revitalização da pele 
e tratamento de hipercromias, os peelings químicos estão entre os mais feitos em clínicas. No 
entanto, para realização de protocolos com peelings, é necessário ter conhecimento da cosmetologia 
aplicada aos ácidos. Sabemos que são importantes aliados no tratamento das patologias estéticas, 
porém, são seletivos e não devem ser utilizados sem uma avaliação prévia.
Antes de protocolos minimamente invasivos, a saúde da pele deve estar em dia. Por isso, 
os procedimentos estéticos não invasivos devem caminhar juntamente com os injetáveis., pois 
não faz sentido, por exemplo, um rosto preenchido, mas com danos do fotoenvelhecimento. A 
associação da estética básica e avançada são importantes aliadas para um resultado satisfatório.
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................30
1. RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À ESTÉTICA ....................................................................................... 31
1.1 RECURSOS TECNOLÓGICOS .................................................................................................................................33
1.1.1 ELETROLIPÓLISE .................................................................................................................................................33
1.1.2 ULTRASSOM ........................................................................................................................................................34
1.1.3 CARBOXITERAPIA ...............................................................................................................................................35
1.1.4 RADIOFREQUÊNCIA............................................................................................................................................36
1.1.5 CRIOLIPÓLISE .....................................................................................................................................................37
1.1.6 LASERTERAPIA ...................................................................................................................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................40
RECURSOS TECNOLÓGICOS 
APLICADOS À ESTÉTICA
 PROFA. MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
BIOMEDICINA ESTÉTICA
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INTRODUÇÃO
Caro aluno, seja bem-vindo a Unidade 3 da disciplina de Biomedicina Estética.
Nessa unidade veremos as estratégias tecnológicas utilizadas nos tratamentos estéticos. 
Os recursos físicos (não apenas elétricos) podem ser utilizados como uma única forma de 
tratamento ou como complementares na estética invasiva.
Quando o Biomédico Esteta recebe pela primeira vez um paciente, existem várias etapas 
a serem seguidas, desde a anamnese, diagnóstico e, por último, a elaboração de um programa 
de tratamento personalizado. Para isso, é preciso conhecer as opções tecnológicas e as possíveis 
associações.
Embora as tecnologias estéticas sejam seguras e eficientes, assim como qualquer outro 
procedimento, devem ser realizadas com domínio da técnica e conhecimento das contraindicações.
Os objetivos do uso de equipamentos nos tratamentos estéticos são diminuir o tempo de 
resposta nos tratamentos, qualidade do resultado e aumento da rentabilidade.
Desejo todos uma excelente leitura!
 
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1. RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À ESTÉTICA
 
Antes de conhecermos os principais recursos tecnológicos aplicados à estética básica e 
avançada, é preciso conhecer as principais queixas estéticas. Nessa unidade vamos abordar as 
queixas estéticas corporais e os principais protocolos indicados.
 
Lipodistrofia Ginoide
 
Também conhecida popularmente como “celulite”, a lipodistrofia ginoide, é uma 
modificação que ocorre no tecido adiposo e na microcirculação causando fibroesclerose no 
tecido. Pode ser ocasionada por uma série de fatores que abrangem a epiderme, a derme e o 
tecido subcutâneo. A lipodistrofia ginoide pode estar associada à obesidade, à gordura localizada, 
à flacidez cutânea, à hereditariedade, ao uso de contraceptivos, ao estilo de vida sedentário e ao 
tabagismo.
As celulites são caracterizadas por irregularidades na superfície da pele (depressões), 
dando a aparência de “casca de laranja” na pele. As mulheres são as mais afetadas, e as principais 
regiões do corpo afetadas são as coxas, os culotes, as nádegas e o abdômen.
Figura 1 - Celulite. Fonte: Jordans Saúde (2017).
Flacidez 
A flacidez normalmente ocorre devido à desnutrição e à redução das fibras colágenas e 
elásticas que sustentam os tecidos, ocasionado o “afrouxamento” da pele. Esse processo é gradual 
e contínuo e ocorre por diversos fatores, entre eles, distúrbios hormonais, gravidez, predisposição 
genética e emagrecimento.
A flacidez pode ser classificada em cutânea e muscular e pode ser tratada com procedimentos 
estéticos que estimulam a neocolagênase por meio de estímulos elétricos, térmicos e químicos, 
além de hábitos saudáveis como alimentação balanceada e prática de exercícios físicos.
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Figura 2 - Flacidez na região abdominal. Fonte: Tua saúde (2020).
 
Gordura localizada
A gordura localizada é caracterizada como sendo uma hiperdistrofia dos adipócitos. Essas 
células encontram-se acumuladas principalmente na região dos flancos, das coxas, do abdômen 
e das nádegas.
De acordo com a literatura, o acúmulo de gordura na região central do corpo aumenta 
os riscos de desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes mellitus e hiperlipidemia.
O acúmulo de gordura localizada na região abdominal é comum ao perfil androide, 
característico em mulheres climatéricas (que estão na transição do período reprodutivo para o 
não reprodutivo). Também é comum esse tipo de distribuição de gordura em mulheres pós-
menopáusicas.
Já o tipo ginóide, conhecido como “formato de pera”, é predominante em mulheres que 
estão no período reprodutivo. Quando comparada à gordura androide, os riscos de distúrbios e 
complicações metabólicas são menores.
Figura 3 - Perfil Ginóide e Andróide.Fonte: Blog Buonavita (2015).
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1.1 Recursos tecnológicos
 
1.1.1 Eletrolipólise
A eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento de adiposidades. Consiste na 
aplicação de microcorrentes de baixa frequência que atuam diretamente nas células de gordura. 
Os principais efeitos fisiológicos são promovidos pelo:
 
Efeito Joule: Ocorre quando a corrente elétrica gera aumento da temperatura local, 
promovendo vasodilatação local. Dessa maneira, ocorre o estímulo do metabolismo celular;
 
Efeito Eletrolítico: O campo elétrico gerado promove modificações da membrana celular;
 
Estímulo circulatório: O aumento da temperatura local (efeito joule) ativa a 
microcirculação;
 
Efeito neuro-hormonal: O tecido adiposo é responsável pela reserva energética. Os 
adipócitos possuem alta atividade metabólica; armazenam triglicerídeos e promovem lipólise. 
A lipólise é o fenômeno físico que promove a quebra da célula de gordura e ocorre por meio de 
uma enzima hormônio dependente, chamada triglicerídeo lipase. Essa enzima desintegra os 
triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol. A lipase pode ser ativada por influência hormonal pela 
epinefrina e pelo cortisol, e esse estímulo neuro-hormonal ocorre pela ativação do sistema nervoso 
simpático e declínio da estimulação parassimpática. O sistema simpático atua na mediação de 
catecolominas (adrenalina e norafrenalina), aumentando a hidrólise dos triglicerídeos. Quando 
se utiliza uma corrente de baixa frequência durante a eletrolipólise, ocorre a estimulação do 
sistema simpático e consequentemente a liberação de catecolominas.
As principais indicações da eletrolipólise são para Celulite e Lipodistrofia localizada.
De acordo com Organização Mundial da Saúde, a obesidade é o excesso de gordura 
corporal em quantidade que determina prejuízos à saúde. A obesidade é um dos 
principais fatores de risco para várias doenças crônicas como diabetes tipo 2, 
doenças cardiovasculares, hipertensão e acidente vascular cerebral. Um indivíduo 
é considerado obeso quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual 
a 30 kg/m2. O tratamento para obesidade inclui alimentação saudável, prática de 
exercício físico e em casos mais graves pode ser indicado tratamento cirúrgico 
e medicamentos. Os procedimentos estéticos não são considerados tratamento 
para obesidade. Eles apenas auxiliam na redução de medidas. 
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1.1.2 Ultrassom
Ultrassom é uma tecnologia que consiste em vibrações de alta frequência. As frequências 
das ondas ultrassônicas podem variar de 1MHz (US fisioterápico), 3MHz e 5 MHz (US estético). 
Para uso estético, a frequência utilizada é a de 3MHz. Quanto maior for a frequência, menor sua 
profundidade de ação e vice e versa. 
Figura 4 - Ultrassom Estético. Fonte: Estética com você (2019).
O ultrassom promove um efeito chamado cavitação, que é a formação de cavidades ou 
“bolhas” no meio líquido. A cavitação pode ser:
• Estável: Pouco agressiva e associada à vibração das bolhas que oscilam de forma não 
linear;
• Não estável: Mais agressiva. Essa reação ocorre por conta de ondas estacionárias e pode 
causar colapso das bolhas e liberação de radicais livres. Para evitar essa reação, recomenda-
se a movimentação contínua do cabeçote transdutor durante a aplicação.
Figura 5 - Mecanismo de ação das ondas do ultrassom estético sobre os adipócitos.
Fonte: JC Macedo Consultoria (2020).
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Além disso, o ultrassom promove efeitos:
• Químico: Aumento da concentração de substâncias vasodilatadoras e aumento da 
concentração de cálcio (Ca), provocando ativação de fibroblastos e de fibras elásticas;
• Térmico: A energia propagada é absorvida e transformada em calor, aumentando 
a temperatura do tecido e promovendo a vasodilatação. O efeito térmico estimula o 
metabolismo celular.
• Mecânico: A vibração produz distanciamento intercelular, aumentando a permeabilidade 
e facilitando a permeação de princípios ativos.
O ultrassom estético é indicado para fibroedemageloide, lipodistrofia, aderências, fibroses 
e pós-operatório. Embora seja um recurso estético seguro, existem algumas contraindicações que 
merecem atenção, como:
• Gravidez;
• Câncer;
• Área cardíaca;
• Coluna vertebral;
• Implantes metálicos;
• Áreas dos olhos e da cabeça.
1.1.3 Carboxiterapia
A técnica da carboxiterapia é uma técnica usada na estética para tratar lipodistrofias 
localizadas, fibroedemageloide, estrias, flacidez, olheiras, alopecias, entre outros. Consiste na 
aplicação de gás carbônico de forma injetável com o auxílio de um equipamento apropriado. 
A injeção do CO₂ promove um aumento da vascularização e angiogênese, além da 
potencialização do efeito Bohr (hiper oxigenação tecidual, lipólise e aumento da produção de 
colágeno). A aplicação do CO₂ pode ser realizada em três planos anatômicos:
• Plano profundo: indicado para tratamento na diminuição do tecido gorduroso;
• Plano intermediário: indicado para descolamento de fibras para o tratamento de celulites;
Embora as tecnologias sejam uma excelente alternativa no tratamento das 
patologias estéticas, não são indicados para todos os pacientes. Existem 
contraindicações que precisam de atenção. Cabe ao profissional esteta, durante a 
aplicação da anamnese, investigar as condições de saúde do seu paciente e definir 
qual a melhor estratégia e melhor protocolo. Para isso ser possível,é necessário 
conhecer o mecanismo de ação dos equipamentos e a fisiologia envolvida.
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• Plano superficial: promove estimulação de colágeno e ativação da circulação local. É 
indicado para tratamento de flacidez, estrias, olheiras e rejuvenescimento.
Importante ressaltar os cuidados e contraindicações da carboxiterapia: 
• Comprometimento imunológico;
• Doenças infecciosas;
• Gravidez;
• Cardiopatias e doenças pulmonares;
• Herpes;
• Processos neoplásicos.
Figura 6 - Aplicação da técnica de carboxiterapia. Fonte: A revista da Mulher (2020).
1.1.4 Radiofrequência
A radiofrequência (RF) é um equipamento de alta frequência que promove aumento da 
temperatura no interior do tecido cutâneo, desencadeando uma série de reações fisiológicas, entre 
elas, a contração das fibras de colágeno e elastina e a estimulação de novas fibras. A temperatura 
pode atingir 40ºC na superfície da pele ou até 60ºC em camadas mais profundas. Importante 
destacar que a temperatura do equipamento deve ser monitorada constantemente por um 
termômetro. 
O aquecimento promovido pela RF induz a desnaturação do colágeno, desencadeando a 
proliferação dos fibroblastos e promovendo a neocolagênese. Além do mais, induz a vasodilatação 
e maior aporte de O2 e nutrientes. 
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Figura 7 - Aplicação da técnica de radiofrequência monitorada por termômetro.
Fonte: Varginha digital (2018).
A radiofrequência é muito utilizada para tratamento de flacidez, no entanto, possui outras 
indicações, como:
• Rugas e linhas de expressão;
• Celulite;
• Cicatriz;
• Pós-lipoaspiração;
• Lipoma;
• Estrias.
Como qualquer outra tecnologia estética, existem algumas contraindicações:
• Gravidez;
• Aparelhos auditivos, marca-passos e cardiopatas;
• Implantes metálicos;
• Neoplasias;
• Infecções;
• Neuropatias e hepatologias;
• Doenças vasculares.
1.1.5 Criolipólise
A palavra Crio é derivada do grego Kryos e significa gelo. Na estética, a criolipólise é 
uma técnica não invasiva indicada para protocolos de redução de gordura localizada, por meio 
do resfriamento controlado e localizado, o qual promoverá uma inflamação do tecido adiposo, 
promovendo a apoptose das células de gordura.O processo de apoptose dos adipócitos resulta na destruição das células e ocorre quando 
são resfriadas à temperaturas de 0 ºC. Estudos indicam que após a aplicação, em 24 horas, surgem 
as primeiras reações identificadas por marcadores histológicos, estendendo-se até 30 dias após.
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A criolipólise é capaz de reduzir o percentual de gordura subcutânea em cerca de 20% 
a 25%, levando em consideração a região tratada e a resposta inflamatória local. Os principais 
efeitos colaterais são edema, eritema, equimose e hematoma. 
Figura 8 - Aplicação da técnica de criolipólise. Fonte: Onodera (2021).
O tempo de aplicação pode variar conforme a recomendação do fabricante, a área a ser 
tratada e a espessura da prega de gordura. No entanto, de maneira geral, recomenda-se:
Tabela 1 - Variantes do tempo de aplicação.
CAMADA DE GORDURA TEMPERATURA TEMPO
Até 2 cm 0ºC 60 min
2 à 3 cm -5ºC 45 min
Acima de 5 cm -10ºC 40 min
Fonte: Carpanez (2015).
1.1.6 Laserterapia
Antes de iniciarmos os conceitos que definem a Laserterapia, é importante conhecer o 
mecanismo de óptica da pele. A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. De maneira 
geral, os efeitos nos tecidos ocorrem quando a luz é absorvida.
“Moldando o corpo: Pele, Gordura e Celulite” é uma obra atualizada e objetiva 
para os profissionais da área estética. O livro aborda as principais técnicas de 
remodelação corporal como laser, ultrassom, alta frequência, criolipólise, entre 
outros. 
ORRIGER, J. MOLDANDO O CORPO: PELE, GORDURA E CELULITE. [s. l.]: Editora 
Guanabara Koogan, 2016. 
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Os três cromóforos primários na pele são água, hemoglobina e melanina. Eles exibem 
faixas de absorção em determinados comprimentos de onda. Esse fato permite o reconhecimento 
de alvos específicos para a atividade do laser. Existem diversas aplicações do Laser para tratamentos 
estéticos. Veremos a seguir algumas delas.
Remoção de tatuagens e lesões pigmentadas: A melanina tem absorção da luz e, por 
consequência ocorre, a ruptura da molécula nos comprimentos de onda entre 400 nm e 600 nm. 
No entanto, as tatuagens têm uma resposta específica para cada cor. 
Redução de pelos: O cromóforo absorvente é a melanina da haste do pelo, e, por essa, 
razão pelos brancos e claros são mais resistentes ao tratamento.
Lesões vasculares: A hemoglobina responde à absorção da luz nos comprimentos de onda 
entre 400 nm e 600 nm, resultando numa lesão vascular com menor risco de hipocromia.
Rugas, fotoenvelhecimento, cicatrizes e acne: Para protocolos de sinais da pele 
rejuvenescimento, os lasers CO2 são os mais indicados por terem um comprimento de onda alto 
com atração não seletiva por cromóforos. A aplicação do laser CO2 promove um efeito térmico 
controlado e estimula a produção de colágeno.
De maneira geral, o mecanismo de ação do laser inicia-se pela produção de calor. A ligeira 
elevação da temperatura produz bioestimulação, enquanto elevações entre 60°C e 85°C provocam 
a coagulação. Temperaturas superiores à 85°C promovem a carbonização e temperaturas próximas 
à 100°C provocam a vaporização.
A vaporização ocorre por meio do aquecimento muito rápido da água, ocasionando 
a remoção tecidual. Essa reação exotérmica é responsável pela desnaturação do colágeno, 
fenômeno que contribui para a contração do tecido e melhora significativa de rugas e flacidez. 
Resumidamente, o Laser de CO2 promove o rejuvenescimento da pele por meio da ablação 
(remoção da pele fotolesada no processo de vaporização), da contração de colágeno e da 
neocolagênese (formação de novas fibras colágenas).
Contraindicações:
• Acne;
• Infecções; 
• Vitiligo;
• Radioterapia;
• Queimaduras;
• Quelóide e cicatriz hipertrófica.
Além do Laser CO2, o mercado também disponibiliza outros tipos de laser como: KPT 
(Potássio/Tritanil/Fosfato), Luz Intensa Pulsada, Vapor de Cobre, Laser Nd: YAG (Infravermelho), 
entre outros.
“Operação Autoestima” é uma série disponível na Netflix que aborda histórias, 
traumas e acontecimentos nas vidas de pessoas que buscam uma solução 
estética. A série é apresentada pela cirurgiã plástica Sheila Nazarian e a enfermeira 
especialista em estética Jamie Sherrill. As duas profissionais trabalham juntas 
e utilizam os recursos estéticos mais modernos do mercado para devolver a 
autoestima e o amor próprio de seus pacientes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os recursos tecnológicos na estética estão no mercado para tratamentos faciais e corporais. 
Oferecem excelentes resultados e são uma alternativa para protocolos não invasivos. Podem 
ser utilizados como única estratégia de tratamento ou em associação com recursos manuais e 
injetáveis.
Apesar dos aparelhos tecnológicos serem seguros e disponibilizarem diversos protocolos, 
não são indicados a todos. Existem contraindicações que devem ser respeitadas e, por isso, uma 
boa anamnese deve ser aplicada antes de iniciar qualquer tratamento com uso de aparelhos.
A tecnologia na área da estética é algo crescente, tanto economicamente quanto na 
preferência entre as clínicas de estética. Normalmente, necessita-se de um investimento inicial e 
o custo ao longo dos atendimentos é mínimo. Por isso, em relação ao custo-benefício é a melhor 
estratégia rentável de alcançar bons resultados.
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................43
1. PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS E MINIMAMENTE INVASIVOS .........................................................................44
1.1 MICROAGULHAMENTO .........................................................................................................................................44
1.2 PROCEDIMENTO ESTÉTICO INVASIVO PARA MICROVASOS (PEIM) .............................................................45
1.3 INTRADERMOTERAPIA .........................................................................................................................................47
1.3.1 INTRADERMOTERAPIA CORPORAL..................................................................................................................49
1.3.2 INTRADERMOTERAPIA FACIAL ........................................................................................................................50
1.3.1 INTRADERMOTERAPIA CAPILAR ......................................................................................................................52
1.4 TOXINA BOTULÍNICA ............................................................................................................................................54
1.4.1 MUSCULATURA FACIAL E TOXINA BOTULÍNICA ............................................................................................55
PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS 
E MINIMAMENTE INVASIVOS
 PROFA. MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
BIOMEDICINA ESTÉTICA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.4.2 PREENCHEDORES FACIAIS ...............................................................................................................................57
1.4.3 BIOESTIMULADORES DE COLÁGENO E FIOS DE SUSTENTAÇÃO .................................................................60
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................62
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INTRODUÇÃO
Caro aluno, seja bem-vindo a última unidade desse livro. Começaremos, a partir de agora, 
a desbravar a estética minimamente invasiva. O Brasil está entre os paísesque mais consomem 
procedimentos estéticos injetáveis, e a razão é bem clara. Cada vez mais as pessoas procuram 
por procedimentos seguros, mais acessíveis e não permanentes. Isso possibilitou a Biomedicina 
aderir mais uma área de atuação! Sendo assim, a Biomedicina Estética atua não somente na 
estética básica, mas também na estética avançada e minimamente invasiva. Uma das áreas mais 
promissoras na estética invasiva é a harmonização facial. A expectativa de vida da população 
geral aumentou e, com isso, a busca por procedimentos estéticos de rejuvenescimento cresceu 
na mesma proporção. E nessa demanda, os injetáveis tem a função neuromuscular contra rugas 
e linhas de expressão (como é o caso da toxina botulínica, preenchedor, bioestimulador, entre 
outros.).
Nessa unidade, veremos diferentes abordagens e técnicas minimamente invasivas 
aplicadas à Biomedicina Estética. 
Boa leitura.
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1. PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS E MINIMAMENTE INVASIVOS
Os tratamentos estéticos direcionados ao rejuvenescimento facial ganharam espaço na 
Estética. Cada vez mais homens e mulheres procuram alternativas para envelhecer com saúde 
e sem as marcas da idade. Durante o processo de envelhecimento, os primeiros sinais evidentes 
surgem na pele. Dessa maneira, qualquer profissional da estética invasiva deve entender sobre a 
anatomia e fisiologia da pele para alcançar bons resultados. Como visto nas unidades anteriores, 
a pele consiste de três camadas: epiderme, derme e tecido subcutâneo. Durante o processo de 
envelhecimento, a derme apresenta uma redução da síntese de colágeno e elastina. Esse processo 
ocorre devido a diminuição da capacidade proliferativa dos fibroblastos, resultando na flacidez 
dos tecidos moles.
Alguns tratamentos estéticos podem auxiliar na reestruturação do tecido, como a Terapia 
de Indução Percutânea de Colágeno, também conhecida por Microagulhamento.
1.1 Microagulhamento
O microagulhamento tornou-se destaque nos protocolos de rejuvenescimento facial pela 
sua capacidade de induzir fibroblastos e outras células, além de estimular a produção de colágeno, 
elastina e fatores de crescimento.
A técnica do microagulhamento consiste na produção de micropunturas na pele, 
utilizando dispositivo provido de microagulhas denominado dermapen, que assemelha-se à 
uma caneta, no qual é utiliza-se cartuchos descartáveis, em que a medida da profundidade das 
microagulhas é ajustada conforme a necessidade do paciente. Além disso, o mercado estético 
também disponibiliza o roller, um aparelho cilíndrico e descartável. Ambos tem o objetivo de 
induzir a produção de colágeno e fazer a entrega de ativos diretamente da derme (drug delivery).
Figura 1 - Aparelhos para microagulhamento (dermapen e dermoroller). Fonte: Dermaloja (2019).
Os instrumentos utilizados na realização do microagulhamento são constituídos por 
agulhas (aço inoxidável e estéril), que podem variar de 0,25 mm a 3,0 mm de acordo com o tipo 
de instrumento e conforme a indicação estética.
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A vantagem de se trabalhar com essa técnica é o seu baixo custo e a rápida execução. É 
indicado para o tratamento de marcas de acne, estrias, manchas, rugas e linha de expressão. No 
entanto, existem alguns cuidados especiais e contraindicações em pacientes com:
• Problemas de coagulação sanguínea;
• Herpes ativo e acne;
• Diabetes;
• Câncer;
• Lesões de pele, psoríase, verrugas (HPV);
• Grávidas.
O protocolo de execução varia conforme a necessidade de cada paciente, mas sempre 
respeitando o intervalo de 15 dias.
1.2 Procedimento Estético Invasivo para Microvasos (PEIM)
O PEIM é um procedimento minimamente invasivo realizado para o tratamento de 
microvarizes/telangiectasias (vênulas ou capilares intradérmicos dilatados). As telangectasias são 
veias pequenas, com espessura de um fio de cabelo, podendo ser azuladas ou avermelhadas. São 
classificadas em:
• A - Simples;
• B - Arborizadas;
• C- Aracniformes;
• D- Pápulas.
O livro Perfect Details aborda os segredos para o 
sucesso na harmonização facial. Traz temáticas como 
visagismo, marketing, análise facial, anatomia, técnicas 
avançadas em estética facial e intercorrências. É uma 
obra completa com leitura dinâmica e ilustrada.
DAROS, A.; SENEDIN, M.; SECAF, J. PERFECT DETAILS: 
HARMONIZAÇÃO OROFACIAL. [s. l.]: Editora Napoleão, 
2021. 
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Figura 2 - Microvarizes no membro inferior. Fonte: Varizes Porto Alegre (2011).
As causas podem variar, mas já se sabe que o desenvolvimento de microvarizes tem 
influência da pré-disposição familiar, insuficiência venosa e obesidade.
O tratamento para microvasos é feito com Laser Nd-YAG 1064 ou com solução 
esclerosante. Na Biomedicina Estética, utiliza-se o escleroterapia com Glicose 50% ou 75%. A 
glicose hipertônica possui concentração de soluto suficiente para desintegrar as células da parede 
do vaso. Sua ação é lenta e o resultado final pode ocorrer no final de 30 dias. Dessa forma, o 
tratamento é realizado por sessões conforme a necessidade clínica do paciente, com intervalo 
de 15 dias. O volume da glicose pode variar entre 3 a 5 mL, nunca ultrapassando 10mL. O pós 
procedimento necessita de repouso e restrição de Sol. É indicado o uso de pomadas (sulfato 
de neomicina 5mg/g + bacitracina ou dexametasona) durante 15 dias em todas as lesões. As 
contraindicações referem-se às pacientes grávidas, doenças autoimunes, diabetes, câncer, doenças 
reumatológicas e tromboflebites.
A execução correta da técnica depende do conhecimento da anatomia e da fisiologia 
vascular e dos princípios básicos de biossegurança:
• Higienização local com clorexidina 4%;
• Higienização local com álcool 70%;
• Introdução da agulha no ângulo de 15º a 45º;
• Iniciar a infusão;
• Comprimir as punções com bandagem adesiva ou micropore.
O PEIM é um tratamento destinado às telangiectasias, popularmente chamados 
de vasinhos (são varizes de menor calibre). Eles ficam na parte mais superficial 
da pele, enquanto as varizes, propriamente ditas, são veias maiores e localizam-se 
mais profundamente na pele. É muito importante diferenciá-las clinicamente, pois 
para cada tipo há um tratamento diferente. Cabe ao iomédico Esteta tratar apenas 
as telangiectasias. 
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Importante ressaltar que o PEIM trata-se de um procedimento injetável, no entanto, 
como os outros procedimentos estéticos abordados até agora, necessita da aplicação da ficha de 
avaliação e termo de consentimento.
Figura 3 - Aplicação da técnica do PEIM. Fonte: Pro Vascular (2020).
1.3 Intradermoterapia
A Intradermoterapia (ou mesoterapia) é uma técnica muito utilizada na Estética Invasiva. 
Uma das razões que levam os profissionais da área utilizarem a técnica deve-se aos resultados 
obtidos, que são satisfatórios, e sua aplicação é relativamente simples. 
A Intradermoterapia é uma técnica minimamente invasiva, que consiste em injeções 
intradérmicas ou subcutâneas de medicamentos, vitaminas e outras substâncias bioativas, que 
são aplicadas, em pequenas quantidades, por meio de punturas dérmicas. A técnica não se resume 
apenas com um tratamento estético em específico, mas sim, descreve um método de aplicação 
de medicamentos e ativos. Além disso, o termo “mesoterapia” é proveniente da mesoderme - 
camadas germinativa do embrião, que origina o tecido conjuntivo, muscular, circulatório, entre 
outros.
A ação medicamentosa da intradermoterapia pode desencadear um processo de reparo, 
seja na flacidez, produzindo colágeno e elastina ou pela vasodilatação, aumentando o processo 
lipolítico no local. A função barreira atribuída à pele aumenta sua permeabilidade, favorecendo 
os receptores dérmicos e a infusão

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