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Tema 2 Atendimento de Urgência e Emergência

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Atendimento de Urgência e
Emergência
A organização dos serviços de urgência e emergência no SUS e as diretrizes clínicas para atendimento à
vítima de trauma.
Prof.ª Maria Isabel Santos Prof. Angelo da Silva Ribeiro
1. Itens iniciais
Propósito
Os conceitos de urgências e emergências são essenciais para o desenvolvimento de habilidades e
competências dos profissionais de saúde no que se refere ao atendimento extra e intra-hospitalar.
Objetivos
Definir a organização da rede para atendimentos de urgência e emergência.
Reconhecer a avalição da cena e a cinemática do trauma.
Analisar a abordagem inicial da vítima no atendimento pré-hospitalar.
Introdução
O modelo que conhecemos hoje dos serviços de urgência (com ou sem risco potencial à vida) e emergência
(sofrimento intenso ou risco iminente de morte) foi construído ao longo dos séculos, e sua estrutura se baseia
em demandas sociais e conjunto de leis. Essas demandas sociais são analisadas, geram os dados
epidemiológicos que são traduzidos em ações preventivas à saúde da população e leis. Por isso, iremos
apresentar aqui as legislações que constroem a rede de atenção à urgência e emergência, contextualizando
as organizações dos serviços pré-hospitalar fixo, pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar e pós-
hospitalar.
Após conhecermos a construção da rede de urgências e emergências, trilharemos pela cinemática do trauma
(avaliação da cena de acidentes para determinar a origem das lesões) e pelo atendimento às vítimas de
acidentes. Ao concluir este estudo, você dominará a construção da rede de atendimento e distinguirá os tipos
de traumas.
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• 
1. Rede de atenção
Organização da rede de atenção às urgências e
emergências
O modelo de atenção à saúde no Brasil é baseado na Constituição Brasileira. A partir desse marco, a saúde
obteve um caráter de importância primordial. Nesse contexto, o Estado, por meio da adoção de políticas
públicas, sociais e econômicas nas diversas esferas federativas, tornou-se responsável por oferecer a todos
igual tratamento, promovendo o acesso universal, no qual todos possuem direito aos serviços de saúde.
Conheça os princípios da rede de atenção integral em saúde:
Universalidade
Determina que todos têm direito aos serviços de saúde, sem qualquer
discriminação.
Equidade
Considera proporcionar mais a quem tem menos.
Integralidade
Considera que o indivíduo deve ser atendido na sua totalidade, de forma
preventiva e curativa, e entende que é preciso olhar o indivíduo de forma
integral.
Participação popular
Envolve a participação dos usuários nos serviços de saúde, por meio de
conferências e conselhos de saúde. 
A mudança no conceito de cuidar se consolidou a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS),
pela Lei nº 8.080/1990. Nessa lei se estabelecem os princípios organizacionais respeitando a regionalização e 
hierarquização e considerando os crescentes de níveis de complexidade de determinada área geográfica,
planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definições e formas de conhecimento populacionais. 
Estão incluídos no SUS equipes de: 
Saúde da Família
Unidades Básicas de Saúde (UBS)
Hospitais públicos municipais, estaduais e federais — incluindo os universitários
Fundações e institutos de pesquisa
Laboratórios
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Hemocentros (bancos de sangue)
Serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Ambiental
Hospitais e serviços privados de saúde contratados ou conveniados pelo Poder Público
Agora, falaremos sobre a evolução do SUS.
Com o passar dos anos, o SUS foi ampliado e modificado
para atender às demandas sociais e epidemiológicas,
originando novas políticas e aprimorando serviços.
Destacaremos os Serviços de urgências e emergências, que
historicamente sempre foram oferecidos para população,
porém, com o aumento de óbitos por acidentes e traumas,
foi necessário padronizar o atendimento no âmbito nacional.
Essa normatização aconteceu por meio da Portaria nº 1863/
GM, de 29 de setembro de 2003 – Política Nacional de
Atenção às Urgências (PNAU), também conhecida como
uma abordagem às urgências e emergências a ser
implantada em todas as unidades federadas, respeitando as competências das três esferas de gestão.
A PNAU tem como base quatro estratégias: 
Organização de redes assistenciais
Humanização no atendimento dos pacientes
Qualificação e educação permanente dos profissionais de saúde
Implantação e operação de central de regulação médica de urgências
A seguir, entenderemos outras questões relacionadas ao assunto.
Funcionamento de serviços de urgência e emergência
Logo na introdução vimos a diferença entre urgência e emergência. Você se lembra qual é? Esse
questionamento faz toda diferença no atendimento, portanto, fique atento.
A Portaria nº 354, de 10 de março de 2014, que publica a proposta de Projeto de Resolução “Boas Práticas
para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência”, traz as seguintes definições:
Com base nesses conceitos, podemos afirmar que atendimento de urgência é uma situação que requer
agilidade e rapidez no atendimento, porém, o risco não é grave; já o atendimento de emergência requer
atenção imediata com risco de morte. O reflexo desse entendimento é crucial e reflete na vida do paciente
que vai ser atendido, pois condutas atrasadas e não assertivas podem gerar sequelas irreparáveis. 
Serviços da Rede de Assistência às Urgências e Emergências
Na Rede encontram-se os seguintes serviços:
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• 
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Emergência 
Constatação médica de condições de agravo
à saúde que impliquem sofrimento intenso
ou risco iminente de morte, exigindo,
portanto, tratamento médico imediato.
Urgência 
Ocorrência imprevista de agravo à
saúde com ou sem risco potencial à
vida, cujo portador necessite de
assistência médica imediata.
Serviço pré-hospitalar fixo
São compostos por Unidades Básicas de Saúde, assim como pela Estratégia
de Saúde da Família, por ambulatórios especializados, Unidade de Pronto
Atendimento 24h (UPA 24H), além dos serviços de apoio, diagnóstico e
tratamento.
Pré-hospitalar móvel
Serviço de atendimento móvel de urgência, também conhecido como SAMU,
trata-se de um serviço de resgate e ambulâncias da iniciativa privada, entre
outros.
Rede hospitalar
Serviço de atendimento móvel de urgência, também conhecido como SAMU,
trata-se de um serviço de resgate e ambulâncias da iniciativa privada, entre
outros.
Pós-hospitalar
Refere-se ao sistema de assistência de reabilitação, além dos serviços de
atenção domiciliar.
Esses componentes são controlados em relação às vagas de internação, por meio do serviço de regulação
médica de urgências, cuja finalidade é garantir o acesso equânime aos serviços de urgência e emergência. A
regulação é realizada de acordo com os critérios de gravidade clínica do cliente e busca oferecer ao usuário
do SUS maior possibilidade de obter um atendimento correspondente a sua necessidade, de acordo com o
recurso disponível na rede.
Objetivos da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE)
A Portaria nº 1.600/2011 trata da Reformulação da Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede
de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS); além disso, elabora componentes para a rede de
atenção às urgências e define como principais metas os cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e
traumatológicas. A seguir, destacaremos os objetivos de cada componente dessa portaria:
Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde
Estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a
vigilância e a prevenção de agravos, violências e dos acidentes.
Atenção Básica
Ampliar o acesso, o fortalecimento do vínculo, a responsabilização e o primeiro atendimento às
urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento dos pacientes
a outros pontos de atenção, quando necessário.
Serviço de Atendimento Móvel às Urgências
Ordenar o fluxo assistencial e disponibilizar(> 8 mm)
	Pupila fixa unilateral
	Fotorreação bilateral
	Fotorreação unilateral
	Fotorreação ausente
	Leve
	Moderado
	Grave
	Exposição e controle do ambiente
	Atenção
	Avaliação secundária
	Quais as diretrizes clínicas para atendimento a vítimas de trauma?
	Conteúdo interativo
	Vem que eu te explico!
	Qual a conduta em uma contenção hemorrágica externa?
	Conteúdo interativo
	Avaliação neurológica: Escala de Glasgow
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referênciasatendimento precoce e transporte adequado, rápido e
resolutivo às vítimas acometidas por agravos à saúde de natureza clínica, cirúrgica, gineco-obstétrica,
traumática e psiquiátricas. Essa unidades móveis podem ser: viatura para Unidade de Suporte Básico
de vida terrestre (USB), viatura para Unidade de Suporte Avançado de vida terrestre (USA), equipe de
aeromédico, equipe de embarcação, motocicleta classificada como motolância e Veículo de
Intervenção Rápida (VIR).
Sala de Estabilização
Funcionar nas 24 horas do dia e nos 7 dias da semana para aplicação, com apoio de equipe
multidisciplinar, de protocolos clínicos, acolhimento, classificação de risco e procedimentos
administrativos estabelecidos pelo gestor responsável.
Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24
horas
Atender prontamente 24h nos 7 dias da semana.
Componente da Atenção Hospitalar
Organizar a atenção às urgências nos hospitais, de modo que atendam à demanda espontânea e/ou
referenciada e que funcionem como retaguarda para os outros pontos de atenção às urgências de
menor complexidade; garantir retaguarda de atendimentos de média e alta complexidade,
procedimentos diagnósticos e leitos clínicos, cirúrgicos, de cuidados prolongados e de terapia
intensiva para a Rede de Atenção às Urgências; e garantir a atenção hospitalar nas linhas de cuidado
prioritárias em articulação com os demais pontos de atenção.
Atenção Domiciliar (AD)
Estruturar e organizar o cuidado no domicílio a partir de 3 modalidades (AD1, AD2, AD3), de acordo
com condição clínica e uso de equipamentos e, ainda, visitas domiciliares. 
Acolhimento e classificação de risco
A criação da Política Nacional de humanização
(PNH) a partir do SUS, com o objetivo de
aperfeiçoar a qualidade do atendimento nos
serviços pré-hospitalares e hospitalares de
urgência, possibilitou a formulação e a
implantação da organização do atendimento
com acolhimento orientado para a escuta ativa.
Essa escuta permite entender queixas e
necessidades, bem como ordenar a 
classificação de risco, um processo para
identificar os pacientes que necessitam de
tratamento imediato, conforme o potencial de
risco, os agravos à saúde ou o grau de
sofrimento, seguindo os protocolos definidos 
pelo Ministério da Saúde. 
A Portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde, em seu capítulo VI, propõe a implantação do acolhimento e da 
triagem classificatória de risco nas unidades de atendimento de urgências. De acordo com a referida Portaria,
o processo de triagem:
[...] deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e
utilização de protocolos preestabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos
pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento. 
(PORTARIA Nº 2.048/2002)
O sistema de classificação de risco seguirá, como princípio, as seguintes divisões de prioridade de
atendimento:
Classificação de Manchester
Uma alternativa ao modelo estabelecido pelo Ministério da saúde é a classificação de Manchester,
atualmente, a mais usada. Ela tem como objetivo obter o risco do quadro em questão, colocando uma pulseira
no indivíduo que indica a gravidade do seu caso e a priorização do seu atendimento. Fundamenta-se em
prioridades clínicas, para garantir um atendimento adequado e equânime. Foi, inicialmente, direcionada para
serviços de pronto-socorro, mas é possível adotá-la nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da
Família de forma singularizada. 
A seguir, veremos sobre acidentes com múltiplas vítimas.
Sistema de triagem START
Em casos de acidentes com múltiplas vítimas, podemos optar pelo sistema de triagem START (Simple Triage
and Rapid Treatment, traduzido como “Triagem Simples e Tratamento Rápido”). O método considera quatro
cores — vermelho, amarelo, verde e preto —, cada uma significando um nível distinto de prioridade. Observe!
O enfermeiro nos serviços de urgência e emergência
Devido às transformações que emanam do
aspecto epidemiológico local, o serviço de
urgência e emergência na Enfermagem teve de
se ajustar às novas demandas dos
estabelecimentos de saúde.
 
Os profissionais que atuam na rede de atenção
às urgências e emergências integram diferentes
categorias profissionais: enfermeiros, médicos,
nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos,
farmacêuticos, técnicos de laboratório, equipe
de limpeza.
Os principais destaques de atuação da(o)
enfermeira(o) serão apresentados a seguir, levando em consideração os procedimentos e competências legais
na área de urgência e emergência:
 
É privativa ao enfermeiro, na esfera da equipe de enfermagem, a realização da classificação de risco,
que irá estabelecer os critérios iniciais de abordagem ao paciente, conforme descritos na Resolução
Cofen nº 423/2012.
A realização da montagem, a conferência e a reposição de materiais do carro de emergência deverão
ser realizadas pela equipe de enfermagem, sob a supervisão do enfermeiro (Parecer nº 37/2013/SP).
Cabe ao enfermeiro a prescrição de oximetria contínua (Parecer nº 016/2010/DF).
A execução das punções arterial e venosa (jugular externa) é atribuição privativa do enfermeiro, na
equipe de enfermagem, ressaltando que deve possuir conhecimento técnico-científico para realização
do procedimento, conforme definido na Resolução Cofen nº 390/2011.
A inserção da máscara laríngea e combitubo esofagotraqueal, a desfibrilação com o uso do DEA e da
manobra vagal, e a punção intraóssea são procedimentos complexos relacionados ao contexto das
arritmias e da reanimação cardiopulmonar mais voltadas para a atuação dos enfermeiros especialistas
(Parecer 022/2011/DF; Decisão nº 128/2009/RS; Parecer 040/2012/ MS; Parecer 056/2012/ MS;
Parecer 26/2 013/SP; Parecer 33/2 010/SP; Parecer 01/2009/SP).
Além dessas considerações, há outra possibilidade de atuação do enfermeiro:
Em situações de risco iminente de morte e na impossibilidade de o procedimento ser realizado pelo
médico, cabe ao enfermeiro certas condutas, em urgência/emergência.
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Portanto, o enfermeiro pode seguir as seguintes condutas, conforme dispositivos legais:
 
Execução da sondagem nasogástrica em usuário que fez uso de substância tóxica sem prescrição
médica (Parecer nº 04/2002/DF).
Administração de oxigênio medicinal sem prescrição médica (Parecer nº 14/2 012/SP).
Sutura efetuada por profissional de enfermagem (Resolução Cofen nº 278/2003; de acordo com o
Parecer nº 39/2013/SP), nesse caso, deverá ser elaborado relatório descrevendo detalhadamente a
situação que gerou tal conduta; além disso, esse procedimento é liberado ao profissional enfermeiro,
em casos de episiorrafia.
A utilização de Dispositivos Extraglóticos (DEG) e outros procedimentos para acesso à via aérea, nas
situações de urgência e emergência, nos ambientes intra e pré-hospitalares (Resolução Cofen nº
641/2020).
A seguir, temos outra informação importante a se considerar com relação a esse contexto:
Saiba mais
Exclusivamente as resoluções, os pareceres e as decisões do Conselho Federal de Enfermagem
possuem abrangência nacional. 
No vídeo a seguir entenderemos outras questões. 
Rede de atenção às Urgências e Emergências
Neste vídeo, descrevemos a seguir a construção histórica dos serviços de urgência e emergência na história
até os dias atuais.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Urgência x emergência
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
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Como entender os componentes da Rede de assistência às
urgências e emergências?
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Atuação do enfermeiro nos serviços de urgência e emergências
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Entendendo o acolhimento e classificação de risco
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistirao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A Portaria MS/ GM nº 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede
de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), visa articular e integrar todos os equipamentos
de saúde, ampliando e qualificando o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e
emergência nos serviços de saúde. Nesse sentido, assinale a alternativa que cita os componentes da rede de
assistência às urgências.
A
Rede SAMU 192; estratégia de saúde da família (ESF); ambulatórios especializados; unidade de pronto
atendimento (UPA); serviços de apoio, diagnóstico e tratamento.
B
Unidades básicas de saúde (UBSs); sistema de resgate e ambulâncias da iniciativa privada.
C
Rede intra-hospitalar de serviço de centrais de transplantes; central de leitos estadual e sistema de
verificação de óbito.
D
Rede hospitalar: clínicas de média e alta complexidade.
E
Promoção, prevenção e vigilância em saúde; atenção básica; SAMU 192; sala de estabilização; UPA 24h;
unidades hospitalares e atenção domiciliar.
A alternativa E está correta.
A Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) tem como objetivo organizar a assistência, definindo
os fluxos e as referências adequadas no sistema. Essa rede é constituída pelos seguintes componentes:
promoção, prevenção e vigilância em saúde; atenção básica; SAMU 192; sala de estabilização; UPA 24h;
unidades hospitalares e atenção domiciliar.
Questão 2
De acordo com a Resolução COFEN nº 423/2012, que normatiza, no âmbito do Sistema COFEN/Conselhos
Regionais de Enfermagem, a participação do enfermeiro na classificação de riscos, pode-se afirmar que
A
a classificação de risco e a priorização da assistência em serviços de urgência são de responsabilidade da
equipe de enfermagem e podem ser executadas pelo técnico de enfermagem.
B
a classificação de risco e a priorização da assistência em serviços de urgência são atividades privativas da
equipe médica, sendo o médico emergencista o principal executor.
C
a classificação de risco e a priorização da assistência em serviços de urgência são realizadas na porta de
entrada do pronto-socorro, de modo que o paciente é avaliado pela recepção do pronto-socorro ao fazer a
ficha de internação.
D
a classificação de risco e a priorização da assistência em serviços de urgência são realizadas no decorrer do
atendimento por qualquer componente da equipe.
E
a classificação de risco e a priorização da assistência em serviços de urgência são atividades privativas do
enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.
A alternativa E está correta.
Na equipe de enfermagem, é atividade privativa do enfermeiro a realização da classificação de risco.
2. Cena e Cinemática do Trauma
Cinemática do trauma
O termo “trauma” é de origem grega e significa “ferida”. Podemos encontrar essa terminologia ligada a
situações de lesões físicas causadas por ações externas lesivas ou violentas, assim como pela ação de
substâncias tóxicas no organismo, gerando, muitas vezes, danos psicológicos ou emocionais.
A cinemática do trauma, por sua vez, é um processo de
avaliação da cena do acidente por meio de sinais
biomecânicos específicos, a partir dos quais é possível
prever as prováveis lesões que a vítima pode apresentar.
Constitui uma ferramenta importante de triagem na cena do
acidente, pois determina os ferimentos resultantes das
forças e dos movimentos envolvidos, bem como estima a
gravidade da lesão e estuda a transferência de energia de
uma fonte externa para o corpo da vítima.
A avaliação da cena de um acidente é fundamental para
traçar a conduta do atendimento de urgência e emergência,
auxiliando o diagnóstico das lesões sofridas pela vítima,
além de preservar a segurança da equipe assistencial na
cena do acidente. A equipe primeiramente deve avaliar a cena e garantir que não há riscos no local ao prestar
a assistência.
Recomendação
A ambulância deve ser estacionada no local mais próximo e, caso necessário, devem ser acionados
outros recursos para o local, como policiamento. Caso o local do socorro ofereça riscos que não possam
ser neutralizados, deve-se remover a vítima rapidamente para um local seguro, mas sempre que possível
realizar a avaliação e estabilização da vítima. 
A equipe assistencial deverá utilizar as precauções-padrão para impedir o contato direto com as substâncias
corpóreas dos pacientes (sangue, saliva, vômito). Os itens de precaução incluem luvas, aventais, máscaras e
óculos. Para evitar acidentes, além das precauções-padrão, os profissionais devem estar atentos ao utilizarem
os equipamentos perfurocortantes.
Deve-se analisar a situação questionando, por exemplo:
 
O que realmente aconteceu?
Por que a ajuda foi solicitada?
Qual o mecanismo de trauma e quais as forças e energias provocaram as lesões nas vítimas?
O fator que levou ao trauma pode ter sido um problema clínico?
Quantas pessoas estão envolvidas e quais as idades das vítimas?
Quantas ambulâncias são necessárias para prestar uma assistência correta?
Será necessário acionar outros sistemas públicos (policiamento, companhia elétrica, bombeiros,
transporte aéreo)?
Fases da avaliação da cinemática do trauma
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No PHTLS (Prehospital Trauma Life Support, traduzido como Suporte pré-hospitalar de vida no trauma), são
propostas três fases para as condições de avaliação da cinemática do trauma: pré-evento, evento e pós-
evento (NAEMT, 2018):
Fase pré-evento
Inclui todos os eventos que precedem o incidente, como ingestão de
álcool ou drogas. Condições prévias ao incidente também fazem parte
dessa fase. Nesse caso, o objetivo é prioritariamente prevenir a
ocorrência de lesões. Como ainda não ocorreu o acidente, essa fase
caracteriza-se por abordagens educativas para prevenir o fato. Por
exemplo, a lei seca.
Fase do evento
Tem início no momento do impacto entre o objeto em movimento e um
segundo objeto, ou seja, é exatamente o momento do trauma. O objetivo
dessa fase é minimizar os danos provenientes do trauma. 
Fase pós-evento
Fase do atendimento propriamente dito, nessa fase o profissional terá o
contato com o resultado do evento. Para atender à vítima de forma
correta, deve-se agrupar as informações colhidas durante as fases de
pré-evento e evento.
O que você sabe sobre energia?
Para que o profissional que atenderá a vítima compreenda os efeitos das forças que produzem as lesões
corporais é essencial entender sobre energia.
Podemos analisar a energia pelos fundamentos da Física. Veja!
A lei da conservação da energia afirma que a energia não pode ser criada nem destruída, mas sua
forma pode ser modificada, podendo assumir a forma de energia mecânica, elétrica ou química.
 
A primeira lei de Newton descreve que um corpo em movimento ou em repouso permanece nesse
estado até que uma força externa atue sobre ele.
 
A segunda lei de Newton nos apresenta que força é igual à massa (peso) do objeto multiplicada por sua
aceleração.
 
Energia cinética é a energia do movimento. Ela é igual à medida da massa multiplicada pela velocidade
elevada ao quadrado.
 
Na troca de energia, há energia de corpos em velocidades divergentes que, ao se colidirem, entram em
equilíbrio.
 
Quanto maior a densidade do tecido, maior a troca de energia.
 
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Cavitação é transferência de energia. Por exemplo, quando um objeto em movimento colide com o
corpo ou quando este é lançado contra um objeto parado, há transferência de energia e, assim, os
tecidos são deslocados, criando uma cavidade (podendo ser temporária ou definitiva).
Traumas
Em geral, o trauma pode ser classificado quanto ao impacto como contuso ou penetrante. A transferência de
energia e a lesão produzida são semelhantes, porém, diferenciam-se em relação à penetração da pele. A
seguir, veremos as características de cada um deles.
Trauma contuso
Duas forças estão envolvidas no impacto contuso: 
Cisalhamento
Diz respeito ao resultado da mudança brusca
de velocidadede um órgão ou estrutura.
Compressão
É o resultado de um órgão ou estrutura sendo
comprimida diretamente entre outros órgãos ou
estruturas.
Os traumas contusos por acidentes automobilísticos, por exemplo, podem ser subdivididos em cinco tipos de
impactos conforme tabela.
Não podemos esquecer de que existem os sistemas de contenção dos ocupantes que ajudam a conter os
impactos durante as colisões no interior do carro e impedem a ejeção do automóvel. Os sistemas de
contenção conhecidos são:
 
Cinto de segurança (cinto abdominal ou cinto de fixação)
Air bags
As leis da Física envolvidas nas colisões de motocicletas são as mesmas que atuam na colisão de automóvel,
e os tipos de impactos envolvidos são: 
Frontal
Angular
Ejeção
A velocidade do veículo e o tipo de impacto vão definir as lesões (cabeça, tórax, pelve, entre outros) e as
queimaduras, assim como o cenário do acidente pode também interferir nos tipos de lesões na vítima. Como
dispositivos de proteção temos as vestes de proteção, as botas e o capacete.
Os casos de atropelamentos envolvem as mesmas leis da Física já citadas, e os tipos de impactos envolvidos
são:
Frontal
Angular
Projeção
Quanto às lesões produzidas, tendem a ser mais graves, pois os pedestres estão menos protegidos do que o
ocupante de um veículo, pois a carroceria do veículo absorve parte da energia cinética da colisão.
Normalmente, os mecanismos de lesão são acionados quando o para-choque atinge o corpo ou quando o
corpo acelerado pela transferência de energia atinge o chão ou outro objeto. As lesões variam de acordo com
o tamanho da vítima; os adultos, geralmente, apresentam fraturas bilaterais nos membros inferiores, e as
crianças, lesões na pelve ou no tronco.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/04652/docs/tabela_01.pdf
Nas quedas, a vítima também pode sofrer lesões causadas por impactos múltiplos. Por isso, o profissional que
irá atendê-la deve estimar a altura da queda, avaliar a superfície na qual a vítima caiu e determinar qual parte
do corpo bateu primeiro. Esta última informação ajuda o profissional que está prestando assistência a prever o
possível tipo de lesão. 
Quanto às forças de cisalhamento e compressão, devemos levar em consideração cada região do corpo
durante o impacto e o tipo de acidente. Observe! 
Parte externa
Composta por pele, ossos, partes moles, vasos e nervos.
Parte interna
Formada pelos órgãos.
Lesões
Produzidas como resultado das forças de cisalhamento e compressão.
Veja, a seguir, outras questões sobre este assunto. 
Trauma penetrante
Ferimentos penetrantes são cavidades permanentes produzidas pela passagem de um objeto através do
corpo. Na maioria dos casos, são ferimentos provocados por arma de fogo, quando um projétil é impulsionado
ao longo do cano de uma arma e causa dano à vítima. O dano vai depender do tamanho do projétil.
As feridas por arma de fogo possuem três componentes: orifício de entrada, orifício de saída e lesão interna.
Traumas crainioencefálico e de face
Cranioencefálico
Traumas cranioencefálicos são as principais causas de óbito de vítimas de acidentes envolvendo automóveis
e motocicletas. Os traumatismos de cabeça podem envolver, isoladamente ou em qualquer combinação, o
couro cabeludo, o crânio e o encéfalo. Mesmo que não cause morte, esse tipo de trauma pode ocasionar
sequelas graves. Podemos classificá-los em traumatismo cranioencefálico leve, moderado e grave.
Quanto à anatomia do crânio e do encéfalo, a cabeça (excluindo a face) inclui as seguintes estruturas:
Couro cabeludo
Crânio e meninges
Líquido cérebro espinhal
Vasos sanguíneos
Meninges
Membranas fibrosas que recobrem o cérebro.
Dessa estrutura, destaca-se o encéfalo, que possui capacidade de autorregular o fluxo de sangue que recebe
quando se encontra sob estresse fisiológico. Apesar disso, quando a pressão arterial média (PAM) baixa para
menos de 60 mmHg, esse fluxo começa a cair.
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A lesão cerebral traumática (LCT) pode ser:
LCT primária
Representa danos graves às células nervosas (neurônios) como resultado direto de uma agressão
inicial, independentemente do mecanismo de lesão; Nesse caso, se o doente sobreviver ao trauma,
pode ocorrer lesão neurológica permanente.
LTC secundária
Refere-se a um déficit neurológico permanente e mais extenso, decorrente da lesão cerebral primária.
Esse tipo de lesão pode ser classificado em lesão sistêmica e lesão intracraniana.
Fatores sistêmicos que podem levar à lesão cerebral secundária podem ser tratados no ambiente pré-
hospitalar. Esses fatores incluem hipóxia, hipocapnia, anemia, hipotensão, hiperglicemia e
hipoglicemia.
A seguir, faremos considerações em relação aos traumas na face.
Face
As causas diversas do trauma de face são
relacionadas, principalmente, a acidentes de
trânsito, acidentes esportivos, queda, violência
interpessoal, ataque de animais, ferimentos por
arma branca ou de fogo, acidentes de trabalho
ou domiciliares. Trauma na face pode ocasionar
lesões com diferentes graus de extensão e
profundidade, desde contusão, abrasão,
laceração, lesão cortante ou penetrante, com
ou sem perda de substância.
As lesões em diversas estruturas podem
resultar em obstrução de vias respiratórias, por
presença de corpo estranho, hemorragia,
massa de coágulo ou ptose da língua, devido à
fratura dos ossos da face e à lesão de estruturas nervosas.
O trauma de face é didaticamente dividido em fraturas e em lesões dos tecidos moles, que muitas vezes
ocorrem simultaneamente. A abordagem ao trauma da face é feita em três fases:
Urgência
Precoce
Definitiva
A maioria dos pacientes é atendida na fase precoce, pois não apresentam urgência.
As fraturas também podem ser classificadas de acordo com a sua localização na face, a partir da avaliação do
quadro clínico e dos exames complementares específicos para cada região. São classificadas em:
a) Fratura nasal
Tipo I – Fratura da região anterior da pirâmide e septo nasal.
Tipo II – Deslocamento septal e fratura cominutiva da pirâmide nasal.
Tipo III – Envolvimento do processo frontal da maxila uni/bilateralmente, fratura nasoetmoidal.
 
O tratamento de fraturas nasais pode ser do tipo conservador ou cirúrgico.
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b) Fratura da órbita
Da margem orbital (orbitozigomática, maxilo-orbital, fronto-orbital, nasoetmoidal).
Isolada das paredes da órbita (superior, lateral, inferior e medial).
Ápice orbital.
O tratamento de fratura de órbita pode ser do tipo conservador ou cirúrgico.
c) Fratura da maxila
Le Fort I – Fratura horizontal da maxila.
Le Fort II – Fratura piramidal envolvendo o terço médio da face.
Le Fort III – Fratura que promove uma disjunção craniofacial.
 
A forma de tratamento é cirúrgica.
d) Fratura de mandíbula
Ângulo (30%)
Côndilo (23%)
Sínfise (22%)
Corpo (18%)
Ramo (2%)
Processo coronoide (1%)
Em termos percentuais, as áreas mais comumente fraturadas são:
Tratamento de forma fechada (tratadas apenas com fixação intermaxilar ou maxilomandibular) ou aberta
(procedimento cirúrgico).
Traumas torácicos
Os traumas torácicos podem ser classificados em contusões (traumas fechados) e ferimentos (traumas
abertos). Essa classificação é importante, pois a fisiopatologia, a evolução e o prognóstico são diferentes. Os
traumas contusos, em geral, são resolvidos com tratamento conservador ou com uma simples drenagem, e os
traumas penetrantes são potencialmente mais complicados e requerem mais investigação e procedimentos
mais invasivos com maior frequência.
Traumas fechados (contusão torácica)
Os principais agentes causadores de contusão torácica grave são os acidentes automobilísticos, além das
ocorrências domésticas, como a síndrome do tanque solto. Além desses fatores, o contato interpessoal com
obstáculos pode levar a traumas torácicos fechados.
A contusão torácica pode resultar em fraturas simples e múltiplas de costelas, fratura do esterno, hemotórax,
pneumotórax, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), rupturatraumática de aorta e
tamponamento cardíaco. Veja a seguir: 
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Fratura de costela simples
Entre as lesões torácicas, esta é a que ocorre em maior incidência quando a região afetada é a
estrutura óssea da parede torácica. Em algumas situações, esse trauma pode ocorrer de forma
isolada ou associado a um pneumotórax ou um hemotórax. Enquanto as lesões dos primeiros arcos
costais podem provocar lesões vasculares, as fraturas dos últimos arcos costais são capazes de
produzir lesões hepáticas (fígado) ou esplênicas (baço).
Fraturas múltiplas de costelas
Conhecidas também como afundamento torácico ou tórax flácido, estão associadas aos traumas mais
graves do tórax e, frequentemente, de outros órgãos. São definidas como fraturas múltiplas as
fraturas de dois ou mais arcos costais em mais de um local, o que determina perda da rigidez de parte
ou de todo o envoltório ósseo torácico, desencadeando no segmento um comportamento de
expansibilidade diferente do normal, o qual denominamos de movimento paradoxal.
Fratura do esterno
Lesão resultante de compressão anteroposterior do tórax, podendo estar associada à contusão
cardíaca. O principal mecanismo de origem é a batida do tórax sobre o volante do automóvel, no caso
de acidentes automobilísticos. O uso do cinto de segurança diminui significativamente o risco dessa
fratura.
Hemotórax
Neste trauma, a vítima apresenta acúmulo de sangue na cavidade pleural. Esse conteúdo é
proveniente de lesões do parênquima pulmonar, assim como da estrutura vascular da parede torácica
ou de grandes vasos, como aorta, artéria subclávia, artéria pulmonar ou do coração. Todavia cabe
destacar que em muitas vítimas a simples presença do hemotórax nem sempre caracteriza uma lesão
extremamente grave. Por outro lado, vítimas com traumas torácicos com presença de derrame pleural
(DP) supostamente hemorrágico devem receber uma atenção por parte da equipe de atendimento,
pois podem ser pacientes potencialmente de risco. Esse acompanhamento deve ser mantido até o
total esclarecimento da lesão e da resolução do volume de sangue retido na cavidade pleural.
Pneumotórax simples
Caracteriza-se pelo acúmulo de ar na cavidade pleural. Essa ação acaba, muitas vezes, por gerar uma
compressão do parênquima pulmonar, o que pode provocar um quadro de insuficiência respiratória
aguda. Nos casos de contusões torácicas, podemos encontrar dois tipos de mecanismo responsáveis
pela lesão pulmonar e pelo consequente extravasamento de ar do pulmão para o seguimento pleural,
sendo eles: laceração do pulmão pela compressão aguda do tórax ou pela espícula óssea de uma
costela fraturada perfurando o pulmão.
Pneumotórax hipertensivo
Ocorre quando uma fístula de parênquima pulmonar apresenta um mecanismo valvulado. Nessa
situação, o pneumotórax pode se tornar hipertensivo, apresentando as seguintes características:
presença de desvio do mediastino para o lado contralateral ao pneumotórax, torção das veias cavas e
choque. Essa situação é uma condição crítica, quando não revertida rapidamente, pode ocasionar o
óbito da vítima.
Ruptura traumática da aorta
Trata-se de uma lesão de alta incidência em situações de acidentes automobilísticos em alta
velocidade ou devido a quedas de grandes alturas, em consequência de uma cinemática de
desaceleração súbita. Nessas situações, há evolução para óbito na maioria dos casos. A maior
incidência de rupturas ocorre na região do istmo aórtico, ocasionando hemotórax de grande porte e
evolução rápida.
Tamponamento cardíaco
Geralmente, é resultado de ferimentos penetrantes. O trauma contuso, entretanto, pode também
causar um derrame pericárdico de sangue proveniente do coração, dos grandes vasos ou dos vasos
pericárdicos. A vítima manifesta a clássica tríade de Beck, que consiste em elevação da pressão
venosa (turgência jugular), diminuição da pressão arterial e abafamentos de bulhas cardíacas. Pode
também ser observado o pulso paradoxal, que é uma redução fisiológica da pressão sistólica que
ocorre durante a inspiração espontânea. Quando essa diminuição é exagerada e excede a 10 mmHg,
ela constitui outro sinal de tamponamento cardíaco. Por último, também podemos observar que o
sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração durante a respiração espontânea)
reflete um comportamento paradoxal da pressão venosa efetivamente associado ao tamponamento.
Ainda temos mais uma observação importante:
A contusão pulmonar tem como manifestação mais temida a Síndrome do Desconforto Respiratório
Agudo (SDRA) e, muitas vezes, está associada à contusão torácica grave do tipo afundamento
torácico. As alterações dependem principalmente do edema intersticial inflamatório pós-traumático,
de modo que os sintomas clínicos podem não se manifestar inicialmente ou, em alguns casos,
manifestam-se entre 12 e 24 horas depois.
A seguir, falaremos sobre outro tipo de trauma. 
Traumas abertos (ferimentos torácicos)
Os ferimentos torácicos têm sua origem mais frequente na agressividade da espécie humana, sendo seus
principais agentes as:
Primeiro 
Armas brancas
Segundo 
Armas de fogo
Diversos órgãos intratorácicos podem ser atingidos nos ferimentos. Na maioria das vezes, são resolvidos com
uma drenagem pleural sob selo d’água, mas, em alguns casos, o diagnóstico topográfico e a abordagem da
lesão são necessários, indicando uma toracotomia exploradora de urgência, ou mesmo em condições de
emergência.
As feridas cardíacas e as da aorta ou do hilo pulmonar são as mais graves, em virtude de seu potencial
hemorrágico agudo. Ferimentos aparentemente inofensivos, como os periféricos de pulmão, quando
acompanhados de pneumotórax hipertensivo, também podem ser fatais.
Na presença de ferimento torácico, três diagnósticos sindrômicos devem ser imediatamente propostos e
confirmados ou descartados:
Pneumotórax
Hemotórax
Tamponamento cardíaco
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Nessas situações, o diagnóstico e a conduta são semelhantes aos descritos para traumas fechados.
Na imagem a seguir veremos os tipos de pneumotórax: 
Traumas abdominal, pélvico e ortopédico
Trauma abdominal
O trauma abdominal faz parte da rotina de profissionais que atuam na área de emergências. O diagnóstico
precoce de lesões traumáticas intra-abdominais tem como objetivo evitar óbitos e sequelas indesejáveis.
Os mecanismos de lesão dividem-se em:
Traumatismos fechados ou contusos
No trauma fechado, as lesões ocorrem por impacto direto ou pela
desaceleração. Os impactos diretos determinam lesão tecidual
diretamente proporcional à quantidade de energia transferida e podem
ser ainda maiores se houver compressão contra estruturas mais rígidas,
como o arcabouço ósseo.
Traumatismos abertos ou penetrantes
Ferimentos penetrantes são aqueles provocados por armas brancas
(facas, estiletes, lanças), projéteis de armas de fogo ou estilhaços de
explosões.
Quanto às estruturas anatômicas, devemos lembrar que o abdome tem dois grandes compartimentos, o 
peritoneal e o retroperitoneal. As lesões podem atingir um deles ou ambos e ser classificadas como anteriores,
laterais, posteriores e transfixantes. Os limites anatômicos da região abdominal são os seguintes:
Anterior
Região entre o quarto espaço intercostal e a sínfise púbica, tendo como limite lateral a linha axilar
anterior.
Laterais
Região entre o sexto espaço intercostal e as cristas ilíacas, entre as linhas axilares anterior e
posterior.
Posterior
Região entre a ponta da escápula, superiormente, e as cristas ilíacas, inferiormente, com limites
laterais nas linhas axilares posteriores.
Em pacientes com traumatismos abdominais, a sequência é a mesma utilizada para todos os pacientes vítimas
de trauma, conforme a avaliação XABCDE, um dos principais protocolos utilizados. O Prehospital Trauma Life
Support (PHTLS) é uma metodologia rápida para abordagem primária da vítima de trauma, seguindo o
mnemônico XABCDE, como descrito a seguir:
 
X. (Stop Exsanguinating hemorrhage) Contenção de hemorragias externas.
A. (Airway) Abertura dasvias aéreas com restrição da mobilidade da coluna cervical.
B. (Breathing) Ventilação e suporte respiratório.
C. (Circulation) Circulação e suporte volêmico.
D. (Disability) Avaliação neurológica.
E. (Exposure and Environment) Exposição e controle do ambiente.
Durante o atendimento inicial ou no exame secundário, o médico que assiste o paciente vítima de trauma
abdominal precisa estar atento aos sinais e sintomas. A dor abdominal, seja localizada ou difusa, é o sintoma
predominante e auxilia na identificação da região afetada ou na presunção de acometimento de toda a
cavidade. As lesões traumáticas abdominais acarretam acúmulo de sangue que podem produzir como
consequência hipovolemia ou contaminação da cavidade por secreções gastrintestinais ou urinárias.
Trauma pélvico
O trauma pélvico é geralmente associado ao
trauma contuso e pode ter uma apresentação
clínica extremamente variável, desde uma
fratura óssea sem manifestações significantes
ou até mesmo lesões complexas que podem
comprometer a estabilidade hemodinâmica e,
se não diagnosticadas e tratadas corretamente
em tempo hábil, podem levar a vítima a óbito.
 
As lesões traumáticas mais graves da pelve,
geralmente, resultam de traumas que envolvem
a liberação de grande quantidade de energia
cinética, como acidentes automobilísticos ou
quedas de grandes alturas.
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O anel pélvico é constituído pelos dois ossos do quadril ou coxais que se unem ao sacro/cóccix
posteriormente e se encontram ao nível da sínfise púbica anterior. Os ligamentos anteriores, incluindo a sínfise
púbica, são responsáveis por cerca de 40% da estabilidade do anel pélvico. No entanto, os ligamentos
posteriores sacrotuberosos, sacroespinhosos, sacroilíacos e interósseos têm papel mais importante para
manter a integridade e a estabilidade do anel pélvico.
A cavidade pélvica é contida pelos ossos da pelve e compreende a parte inferior do abdome, tanto intra-
abdominal quanto retroperitoneal. Nela, estão presentes a bexiga, o reto, os vasos ilíacos e, nas mulheres, os
órgãos ginecológicos (útero, ovários, tubas uterinas e vagina).
Atenção
Na abordagem do paciente politraumatizado, deve-se ter alto índice de suspeita para o trauma pélvico.
Geralmente, o diagnóstico se faz pela história clínica devido à cinemática do trauma, associado a um
exame físico minucioso e, muitas vezes, em série. 
Na suspeita de fratura, preconiza-se a realização da manobra para avaliar se há instabilidade do anel pélvico.
Ela é realizada pela palpação da crista ilíaca anterior associada a um suave movimento em direção à linha
média, assim como um movimento anteroposterior rotacional. Essa manobra deve ser realizada por um
cirurgião experiente e uma única vez durante a avaliação inicial, devido à possibilidade de agravamento das
lesões com complicações potencialmente catastróficas.
Mesmo sendo solicitada rotineiramente no atendimento ao politraumatizado, a radiografia de bacia pode não
determinar o diagnóstico de fratura pélvica.
Trauma ortopédico
Fratura exposta é aquela em que ocorre uma
comunicação entre o foco fraturário e o meio
externo, devido à lesão dos tecidos moles no
local da fratura ou próxima a ela. A exposição
óssea pode ser direta, através da pele, ou por
um ferimento puntiforme próximo ao local da
fratura, havendo relação entre o ferimento e o
foco de fratura, comunicando-o com o
ambiente externo.
As fraturas expostas podem ser causadas por:
Trauma direto de alta energia
Refere-se a colisões automobilísticas ou quedas de altura.
Trauma indireto de baixa energia
Diz respeito ao mecanismo de torção que gera fragmentos ósseos e que penetra nos tecidos moles,
perfurando a pele e promovendo a comunicação com o meio externo. Projéteis de armas de fogo,
além de ferir gravemente os tecidos moles, podem atingir o tecido ósseo, sendo também
responsáveis por promover fraturas expostas. 
Pacientes com esse tipo de trauma apresentam quadro de dor e sangramento da exposição no local ou
próximo ao foco de fratura. Também pode ser observada deformidade no local fraturado, o que ocorre, por
exemplo, nos casos de fratura dos ossos longos dos membros superiores ou inferiores.
As classificações das fraturas expostas avaliam a lesão óssea e a lesão de partes moles. Em alguns casos,
permite entender em que ambiente ocorreu, possibilitando ao cirurgião o planejamento terapêutico em relação
ao grau de infecção.
A importância da cinemática do trauma
Neste vídeo, descreveremos a importância do profissional na cinemática do trauma para detecção das lesões
das vítimas.
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Vem que eu te explico!
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Como avaliar a cena do trauma?
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Trauma contuso e penetrante
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Identificando uma suspeita de trauma torácico
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Verificando o aprendizado
Questão 1
O enfermeiro precisa estar atento à cinemática do trauma, bem como aos sinais e sintomas apresentados pela
vítima. Isso permite ao profissional suspeitar de diferentes traumas. Considerando o atendimento de um
trauma pélvico, marque a resposta correta:
A
O trauma pélvico não deve ser associado ao trauma contuso. Esse tipo de trauma manifesta uma clínica não
variável e pode associar lesões em ossos e demais órgãos.
B
O trauma pélvico é comumente relacionado ao trauma contuso e pode ter uma apresentação clínica variável,
apresentando uma fratura óssea sem manifestações significantes ou até mesmo lesões complexas, desde
uma fratura óssea sem manifestações significantes até lesões complexas.
C
O trauma pélvico é geralmente associado ao trauma raquimedular e pode ter uma apresentação clínica
variável, desde uma fratura óssea sem manifestações significantes ou até mesmo lesões complexas.
D
O trauma pélvico é semelhante ao trauma abdominal; é geralmente associado ao trauma contuso e pode ter
uma apresentação clínica extremamente variável, desde uma fratura óssea sem manifestações significantes
ou até mesmo lesões complexas.
E
O trauma pélvico é geralmente associado ao trauma e pode ter uma apresentação clínica extremamente
variável, desde uma fratura óssea sem manifestações significantes até lesões complexas.
A alternativa B está correta.
O trauma pélvico é comumente associado ao trauma contuso e pode ter uma apresentação clínica bastante
variável e, ainda, pode apresentar desde uma fratura óssea sem manifestações significantes até lesões
bastante complexas, o que pode comprometer a estabilidade dinâmica do paciente. Assim, caso o trauma
não seja identificado de forma rápida e com a conduta assertiva, a vítima poderá ir a óbito.
Questão 2
O trauma abdominal é uma realidade da prática diária dos enfermeiros atuantes em urgência e emergência.
Por isso, precisam desenvolver habilidades e competências para uma atuação assertiva. Quando observamos
um paciente que apresenta palpação com rigidez e percussão maciça nesse segmento corporal, podemos
suspeitar de lesões internas.
Marque a opção que apresenta o principal fator de risco de morte nessa situação:
A
Hipovolemia
B
Sepse abdominal
C
Empalamento
D
Dissecção abdominal
E
Lesão pleural
A alternativa A está correta.
Ao observarmos uma vítima de trauma abdominal, é muito importante realizar o exame físico direcionado.
Na ocorrência de abdome distendido, rígido, com percussão maciça, podemos suspeitar de lesões internas
e, consequentemente, da existência de pontos hemorrágicos, que ocasionarão risco de morte por
hipovolemia.
3. Abordagem inicial da vítima
Diretrizes clínicas para avaliação primária à vítima de
trauma
O atendimento da vítima de trauma tem início
no ambiente pré-hospitalar, ou seja, ainda no
local do evento traumático, cabendo aos
órgãos competentes estabelecerem os
procedimentos necessários.No Brasil, o
atendimento a essas vítimas ocorre
frequentemente pelo Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) e pelo Corpo de
Bombeiros, os quais, muitas vezes, atuam de
forma conjunta, para que o cuidado tenha o
máximo de cobertura e qualidade possível.
Dentro do contexto de atendimento de
emergência ao paciente vítima de trauma,
temos níveis de suporte diferentes:
Suporte básico de vida (SBV)
Envolve manobras não invasivas para a manutenção da vida e a prevenção de lesões irreparáveis.
Suporte intermediário de vida (SIV)
Envolve o atendimento dos pacientes críticos na ausência do SAV, com a realização de práticas
avançadas e medicações.
Suporte avançado de vida (SAV)
Envolve manobras invasivas específicas e mais complexas para o tratamento de agravos à saúde.
Nesse tipo de atendimento, destacam-se a garantia da segurança da cena, a triagem e a descontaminação do
paciente, se for necessário.
No que tange o atendimento à vítima na abordagem inicial, um dos principais protocolos utilizados é o
protocolo PHTLS. Como vimos, essa metodologia segue o mnemônico XABCDE (contenção de hemorragias
externas, abertura de vias aéreas e estabilização da coluna vertebral, ventilação, circulação, grau de
incapacidade neurológica e avaliação pupilar e exposição do paciente com proteção contra hipotermia).
Contenção de hemorragias externas
No início do processo de atendimento à vítima de trauma, a contenção de hemorragia externa grave passa a
ser prioritária, pois é o fator de maior índice de mortes no atendimento pré-hospitalar. Nesse contexto, são
considerados os ferimentos que causam danos estruturais em vasos calibrosos, como femoral, braquial e
axilar.
Recomendação
Cabe ao profissional da saúde realizar uma compressão direta da área, ou a utilização de torniquetes, em
hemorragias nas quais não é possível a compressão direta em periferias. 
A seguir, entenderemos mais sobre as formas dessa contenção.
Vias aéreas com controle cervical
No atendimento do paciente vítima de trauma
deve ser avaliado a permeabilidade das vias
aéreas, mantendo a precaução com a
mobilidade da coluna cervical. Deve-se
procurar por causas de obstrução das vias
aéreas, por exemplo, presença de corpos
estranhos, fraturas de mandíbula e face, assim
como fraturas de laringe. Também é importante
que secreções coletadas na cavidade oral
sejam aspiradas para evitar obstrução.
Cabe ao profissional de saúde ficar atento aos
sinais de obstrução de vias aéreas, que em
caso de inconsciência, normalmente se
relacionam à queda de língua. Com a finalidade
de manter a via aérea desimpedida, podemos utilizar duas técnicas diferentes:
Manobra de elevação do mento (queixo)
Baseia-se no posicionamento dos dedos de
uma das mãos do profissional sob o queixo do
paciente, produzindo uma suave tração para
cima e para frente, enquanto o polegar da
mesma mão deprime o lábio inferior, gerando a
abertura da boca; a mão oposta do profissional
é posicionada na região frontal para fixar a
cabeça da vítima.
Manobra de tração de mandíbula
Deve ser utilizada em vítimas sob suspeita de
lesões raquimedulares. Consiste na utilização
das mãos do profissional, posicionando os
dedos médios e indicadores no ângulo da
mandíbula, produzindo uma projeção para
frente, enquanto os polegares rebaixam o lábio
inferior, produzindo uma abertura da cavidade
oral, propiciando acesso às vias aéreas da
vítima.
Nesse cenário, o colar cervical pode ser utilizado como dispositivo para realização de restrição de mobilidade
cervical.
É importante destacar que o colar cervical, quando adotado, deve ser mantido na vítima até que seja
excluída uma lesão da coluna cervical. A exclusão da suspeita de lesões de coluna só será
confirmada após a realização de radiografias ou tomografia computadorizada da coluna cervical.
Nos casos em que exista necessidade de intubação endotraqueal ou cricotireoidostomia, o profissional deve
manter o colar cervical aberto e um segundo operador deve realizar a estabilização manual da coluna cervical.
Ventilação e oxigenação
Durante a abordagem inicial ao politraumatizado, é importante que, após o controle dos focos hemorrágicos
externos, possamos abordar a via aérea da vítima, levando em consideração que as vias aéreas superiores
(VAS) devem estar pérvias; no entanto, apenas mantê-las livres não significa que a troca gasosa esteja
ocorrendo de forma satisfatória.
Dica
É importante que os profissionais saibam também identificar situações clínicas que possam
comprometer a hematose. Essa identificação pode ser obtida por meio de observação do padrão
respiratório, palpação, percussão e ausculta pulmonar. Deve-se avaliar o padrão e a frequência
respiratória, como também a simetria torácica e os níveis de saturação de oxigênio. 
Nos traumas complexos de face, muitas vezes, a primeira alternativa para se obter uma via aérea definitiva é a
realização de cricotireoidostomia em pacientes adultos, e por punção em crianças abaixo de 12 anos.
Os dispositivos extraglóticos, como máscaras e tubos laríngeos, são adjuntos no manejo das vias aéreas e
devem sempre estar à disposição durante o atendimento de um politraumatizado grave. Tais dispositivos são
uma importante alternativa, pois, em caso de vias aéreas de difícil manipulação, aumentam a possibilidade de
sucesso na obtenção de maior via para oxigenação.
Vítimas de trauma podem apresentar três situações que comprometem criticamente a ventilação/oxigenação
(ENGEL, 2015):
Pneumotórax hipertensivo
Quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua, e um mecanismo valvular o impede de
sair; ou seja, o ar tem fluxo unidirecional.
Pneumotórax aberto
Conhecido também como ferida aspirativa.
Tórax instável
Surge quando o paciente apresenta fratura em pelo menos dois ou mais arcos costais consecutivos,
sendo que cada arco se encontra fraturado em dois pontos. Essa separação dos arcos costais do
esterno (disfunção costocondal) também é causa de instabilidade torácica.
A prioridade quanto ao aspecto respiratório é que se consiga manter uma oxigenação de pelo menos 95%.
Isso é possível com a utilização de oxigênio suplementar com fluxo de 10L/minuto por meio de máscara com
reservatório. A avaliação da eficiência ventilatória pode ser rapidamente obtida por meio da oximetria de
pulso.
A intubação orotraqueal é uma indicação nas situações em que vítimas apresentem alterações
graves de nível de consciência, sinais de hipoxemia e hipóxia, proteção de vias aéreas pérvias, como
em situações de vítimas de queimaduras de VAS, acidose respiratória persistente e parada
cardiorrespiratória.
Cuidados emergenciais à vítima de trauma
Circulação
Estudos mostram que o sangramento é o grande responsável pelos óbitos ocorridos nas primeiras 24 horas
após o trauma.
O choque é definido como a presença de perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequada. O primeiro
passo na abordagem do choque em paciente traumatizado é reconhecer sua presença, baseado na avaliação
clínica, já que nenhum teste faz o diagnóstico inicial de choque.
O diagnóstico de choque é baseado em três variáveis:
 
Má perfusão periférica.
Achados clínicos de hipoperfusão periférica, os quais incluem: extremidades frias; muitas vezes
cianose; oligúria (diuresea causa mais comum de morte na abordagem primária da vítima. 
No choque hipovolêmico de origem hemorrágica, a pressão de pulso encontra-se convergente, pois, com a
perda volêmica, há uma redução da pressão arterial sistólica e uma elevação da pressão arterial diastólica, em
virtude da ativação do sistema nervoso simpático e da liberação de catecolaminas pela medula suprarrenal.
Cabe ao profissional de enfermagem ficar atento aos sinais precoces de choque hipovolêmico e intervir de
forma a evitar a sua ocorrência ou o seu agravamento, uma dessas ações visam à obtenção de pelo menos
dois acessos venosos calibrosos (cateter sobre agulha 16 ou 14) e à infusão de soluções cristaloides.
Quando há reversão de choque hipovolêmico em situações de atendimento pré-hospitalar podem
ser utilizadas substâncias cristaloides: ringer simples ou com lactato ou soro fisiológico. Já no
ambiente intra-hospitalar, podem ser utilizados hemoderivados, como o concentrado de hemácias.
A seguir, falaremos sobre a função neurológica. 
Estado neurológico
• 
• 
• 
Ao iniciarmos atendimento ao paciente grave, é
importante ter em mente a importância da
avaliação do nível de consciência, já que
situações de inconsciência ou coma são sinais
de complicações neurológicas na vítima,
principalmente, em casos de traumatismos
cranioencefálicos.
 
As alterações da consciência são comuns na
prática clínica e possuem alta morbidade e
mortalidade, o que justifica a necessidade de
rapidez no diagnóstico e no tratamento
apropriado.
Em um momento primário, podemos utilizar a avaliação AVDI (Alerta, Verbal, Doloroso e Inconsciente), que
pode ser aplicada a partir de algumas técnicas, como:
Avaliação de despertar
Refere-se ao estímulo verbal, com perguntas
simples, ao chamado, como: "Senhor(a) pode
me ouvir?", ou, caso saiba o nome, chamar pelo
nome.
Avaliação de resposta
Diz respeito ao estímulo doloroso, em pontos
específicos, como: exercer pressão sobre o
leito ungueal, em região de trapézio ou na
região de incisura supraorbital.
Durante a avaliação neurológica, é importante também verificar as pupilas do paciente quanto à simetria e ao
diâmetro e se a pupila é fotorreagente, já que alterações pupilares podem sugerir a causa etiológica da
alteração do nível de consciência. Veja a seguir:
1
Pupilas puntiformes ou mióticas ( 8 mm)
Intoxicação por anfetaminas ou cocaína ou comprometimento do nervo oculomotor.
4
Pupila fixa unilateral
Lesão do terceiro nervo craniano (oculomotor).
Após a avaliação rápida da vítima, podemos utilizar a escala de coma de Glasgow (ECG), que determinará de
forma mais específica o nível de consciência da vítima a partir de um somatório de pontos, de acordo com a
resposta clínica obtida durante a avaliação do paciente. Veja o esquema a seguir: 
Em conjunto com a avaliação de Glasgow, deve ser verificada a fotorreagência:
Fotorreação bilateral
Pontuação 0.
Fotorreação unilateral
Pontuação 1.
Fotorreação ausente
Pontuação 2.
Após essa verificação, aplica-se a seguinte fórmula:
Ao avaliarmos essa fórmula, podemos constatar que: 
Essa fórmula serve para classificar qual é o mais grave caso tenha pontuação similar na tabela de
Glasgow. A pontuação varia de 01 a 15, sendo 15 a pontuação para pacientes lúcidos e orientados, e
01 a pontuação para pacientes com suspeita de morte encefálica. As variações indicam o nível de
comprometimento neurológico que o paciente apresenta.
As variações podem ser consideradas:
Leve
Entre 13 e 15 pontos; é responsável por cerca da maioria dos traumas, tem bom prognóstico; a
mortalidade neste grupo é bem pequena.
Pontuação de Glasgow – Pontuação de reação pupilar = VALOR FINAL DA AVALIAÇÃO DO
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Moderado
Entre 9 e 12 pontos; pode apresentar um bom prognóstico; requer avaliação clínica constante para
verificar a evolução do paciente e as possíveis complicações.
Grave
Entre 1 e 8 pontos, representa 10 a 20% das internações por traumatismo cranioencefálico (TCE);
pode evoluir para óbito em até 30% dos casos de TCE de forma geral; porém, quando analisados
somente os casos graves, este percentual pode evoluir para óbito em até 50%.
Durante a avaliação motora, o profissional de saúde deve estar atento aos sinais de déficits motores focais,
que normalmente apresentam padrões assimétricos. Essas situações podem sugerir patologias estruturais,
com raras exceções. Pode-se avaliar a resposta motora com:
 
Observação da movimentação espontânea do paciente.
Pesquisa de reflexos com atenção à sua presença, simetria e se existem sinais patológicos como o
sinal de Babinski.
Pesquisa do tônus muscular pela movimentação passiva, com atenção a hipertonia, hipotonia e
paratonia.
Observação dos movimentos apresentados pelo paciente à estimulação dolorosa (leito ungueal, região
supraorbitária e esterno). Durante essa estimulação, pode haver alterações importantes, como:
hemiparesia com comprometimento facial do mesmo lado, o que sugere lesão acima da ponte
contralateral; decorticação, que sugere lesão ou disfunção supratentorial extensa; descerebração, que
sugere lesão ou disfunção de tronco cerebral ou até do diencéfalo; ausência de resposta motora, que
sugere lesão periférica, pontina ou bulbar.
A seguir, conheceremos sobre a última etapa da avaliação primária.
Exposição e controle do ambiente
Como etapa final da avaliação primária, o profissional realizará a exposição completa da vítima, para uma
correta inspeção corporal fazendo a procura por sinais de trauma, como escoriações, hematomas,
queimaduras, fistulas, abrasões etc.
Atenção
Durante esta etapa, deve-se manter o controle térmico da vítima, com o uso de mantas térmicas, devido
ao risco de hipotermia. 
Ao final da avaliação primária, deve-se considerar a necessidade de transferência da vítima para uma unidade
hospitalar, que será indicada pelo sistema de regulação de vagas, de acordo com a complexidade e
especialidade que o paciente necessita. Durante todo o trajeto, deve ser realizada a reavaliação contínua do
paciente, atentando-se aos sinais que caracterizam lesões neurológicas ou alterações hemodinâmicas da
vítima.
Avaliação secundária
• 
• 
• 
• 
Não entraremos na avaliação secundária, pois o
foco deste estudo é a abordagem pré-
hospitalar. Deixaremos, no entanto, algumas
considerações referentes à avaliação
secundária. A avaliação secundária tem início
depois de terminado o atendimento primário,
durante o transporte do paciente para o
ambiente intra-hospitalar. Nessa etapa,
buscam-se lesões que não ameaçam
imediatamente a vida, porém, se não
detectadas e tratadas, podem gerar sequelas,
desconforto ou deteriorização do estado
clínico.
Sinais vitais, monitorização e responsividade
devem ser checados constantemente durante o exame. Havendo deteriorização no quadro clínico em
qualquer momento, deve-se prontamente refazer a avaliação primária. Inicia-se pela história e prossegue-se
com o exame físico detalhado. O exame físico neste momento deve se concentrar em não deixar nenhuma
lesão passar desapercebida.
Como vimos, em geral, o atendimento a um paciente vítima de trauma se inicia ainda no ambiente pré-
hospitalar, e a abordagem inicial da vítima bem executada garante um bom prognóstico.
Quais as diretrizes clínicas para atendimento a vítimas de trauma?
Neste vídeo, explicaremos as diretrizes clínicas do atendimento às vítimas de trauma.
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Qual a conduta em uma contenção hemorrágica externa?
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Avaliação neurológica: Escala de Glasgow
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Verificando o aprendizado
Questão 1
O paciente traumatizadodeve ser avaliado rapidamente e de forma eficiente, baseando-se em uma sequência
lógica de atendimento e prioridades. Essas prioridades consistem no ABCDE do trauma. A letra A significa que
a prioridade de atendimento deve ser
A
circulação.
B
respiração.
C
via aérea com controle da coluna cervical.
D
avaliação do estado neurológico.
E
exposição da vítima.
A alternativa C está correta.
A permeabilidade da via aérea deve ser assegurada, por isso, deve-se fazer uma avaliação para identificar
os sinais de obstrução da via aérea por corpos estranhos, fraturas faciais, fraturas mandibulares, trauma de
laringe e traqueia, lesões por inalação e rebaixamento do nível de consciência, entre outras causas. Outra
técnica que permite a permeabilidade da via aérea é o controle da coluna cervical (colar cervical ou
imobilização manual).
Questão 2
Uma vítima de acidente automobilístico deu entrada no setor de emergência, com suspeita de traumatismo
cranioencefálico (TCE). Constatou-se escala de coma de Glasgow abaixo de 7 (sete). Esse parâmetro
quantitativo significa
A
rebaixamento do estado de consciência.
B
consciência preservada com déficit motor.
C
funções somáticas preservadas com déficit motor.
D
atividade cerebral deprimida, mas com preservação de movimentos.
E
funções somáticas ligeiramente deprimidas e preservação motora.
A alternativa A está correta.
Um escore na escala de Glasgow (GSC) igual ou inferior a 8 se tornou uma definição aceita de coma ou
trauma cranioencefálico grave com rebaixamento do nível de consciência.
4. Conclusão
Considerações finais
Traçamos aqui os objetivos de reconhecer os conceitos de urgência e emergência de trauma, a importância
da avaliação das cenas de acidentes e suas respectivas lesões, assim como o protocolo de atendimento à
vítima de trauma.
As habilidades e competências do enfermeiro abarcam o conhecimento técnico-científico-assistencial; e, no
campo da urgência e emergência, esse profissional pode assumir o gerenciamento de casos,
responsabilizando-se pela ordenação, pelo direcionamento e pela integração de todos os pontos das redes de
atenção, com destaque, ainda, para os aspectos da humanização na prática do acolhimento e da triagem
como pontos importantes na rede de urgência e emergência.
Agora que você conhece diferentes conceitos, legislações e diretrizes, você será capaz de estabelecer um
pensamento crítico, reflexivo e assertivo no atendimento de urgência e emergência.
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Legislações de urgências e emergências no SUS e as interfaces na prática profissional.
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Assista no YouTube ao vídeo da 1º Reunião Científica 2021: Cinemática do Trauma, ministrada por Dr. Carlos
Alberto Fagundes do grupo LAITE UFES.
 
Leia o material Rede de Atenção às Urgências e Emergências: Avaliação da Implantação e do Desempenho das
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), publicado pelo CONASS em 2015.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Manual
instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília:
Ministério da Saúde, 2013.
 
BRASIL. Rede de Atenção às Urgências e Emergências: Avaliação da Implantação e do Desempenho das
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Brasília: CONASS, 2015.
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar às
Urgências, Coordenação Geral da Força Nacional do SUS. Protocolo de Suporte Avançado de Vida – Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Consultado na internet
em: 16 mar. de 2022.
 
ENGEL, C. L. (Ed). Medgrupo - Ciclo 1: Medcurso 2015. Rio de Janeiro: MEDYIN, 2015. p. 11-56.
 
GUEDES, H. et al. Classificação de risco: retrato de população atendida num serviço de urgência brasileiro.
Rev. Enferm. Ref., v. 4, n. 1, p. 37-44, 2014.
 
MACKWAY-JONES, K. et al. Grupo brasileiro de classificação de risco. Sistema Manchester de Classificação de
Risco. Belo Horizonte, 2021.
 
NAEMT. National Association Of Emergency Medical Technicians. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado
- PHTLS. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2018.
 
VELASCO, I. T. et al. Medicina de emergência: abordagem prática. 13. ed., rev., atual. e ampl. Barueri, SP:
Manole, 2019.
 
RASSLAN, Z. et al. Medicina de urgência. Barueri, SP: Manole, 2016.
 
TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e emergências em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017.
	Atendimento de Urgência e Emergência
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	1. Rede de atenção
	Organização da rede de atenção às urgências e emergências
	Universalidade
	Equidade
	Integralidade
	Participação popular
	Funcionamento de serviços de urgência e emergência
	Serviços da Rede de Assistência às Urgências e Emergências
	Serviço pré-hospitalar fixo
	Pré-hospitalar móvel
	Rede hospitalar
	Pós-hospitalar
	Objetivos da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE)
	Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde
	Atenção Básica
	Serviço de Atendimento Móvel às Urgências
	Sala de Estabilização
	Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas
	Componente da Atenção Hospitalar
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	Classificação de Manchester
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	Verificando o aprendizado
	2. Cena e Cinemática do Trauma
	Cinemática do trauma
	Recomendação
	Fases da avaliação da cinemática do trauma
	Fase pré-evento
	Fase do evento
	Fase pós-evento
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	Traumas
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	Cranioencefálico
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	LTC secundária
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	b) Fratura da órbita
	c) Fratura da maxila
	d) Fratura de mandíbula
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	Fraturas múltiplas de costelas
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	3. Abordagem inicial da vítima
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