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FLOW: CRIATIVIDADE E ALTA PERFORMANCE APRESENTAÇÃO DE APOIO Docente permanente do programa de pós-graduação stricto sensu em Psicologia da PUC-Campinas, pesquisadora da linha de Instrumentos e processos em avaliação psicológica. Visiting scholar na University of California - Berkeley (dez/2019 a dez/2020, bolsista Fapesp). Pós Doutorado na Universidade São Francisco (2009, bolsista Fapesp). Mestrado em Psicologia Escolar (2003, Puc-Campinas, bolsista CNPq) e Doutorado em Psicologia pela PUC-Campinas (2006, bolsista CNpq). Pesquisadora produtividade nível 2 CNPq. Presidente passado da Associação Brasileira de Criatividade e Inovação (Criabrasilis, 2014-2017), membro colaborador do Conselho Brasileiro para Superdotação (Conbrasd, 2018-atual) e membro do grupo de trabalho Psicologia Positiva e Criatividade na Anpepp. Editora associada da Revista Estudos de Psicologia e Revista Iberoamericana de Criatividade e Inovação. Atua principalmente na área de Avaliação Psicológica, Criatividade, Altas Habilidades /Superdotação, Inteligência, Competências Socioemocionais e Psicologia Positiva. TATIANA DE CÁSSIA NAKANO PRIMI Professora Convidada LUÍS HUMBERTO VILLWOCK Professor PUCRS Engenheiro Agrônomo, Graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS - 1989), especialista em Comércio Exterior pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS/FGV/RJ - 1990), Mestre em Economia Rural (UFRGS - 1993), Doutor em Administração (UFRGS 2002). Atualmente é coordenador do CriaLab - Tecnopuc. Também é Professor Adjunto TI 40 da Escola de Negócios da PUCRS e sócio- fundador da Villwock Consultores Associados Ltda, desde 1997. Foi Gestor de Relacionamento do Tecnopuc/PUCRS. Coordenador da Rede Inovapucrs. Coordenador do Núcleo Empreendedor da FACE/PUCRS. Professores Experiências de pico, experiências culminantes e outros tipos de experiências ótimas. Definição da excelência humana. Funcionamento psicológico ótimo. Flow e experiências de foco e imersão. Altas habilidades e experiências ótimas. O potencial criativo e inovador. As bases da criatividade enquanto traço psicológico. Métodos de inovação. Criatividade, inovação e empreendedorismo. Criatividade e desenvolvimento humano. Times de inovação em organizações. Estratégias educativas para a criatividade e inovação. Ementa da disciplina CRIATIVIDADE Profa. Dra. Tatiana de Cassia Nakano PONTOS PRINCIPAIS IMPORTÂNCIA DA CRIATIVIDADE COMPREENSÕES SOBRE O CONCEITO NÍVEIS DE CRIATIVIDADE CRIATIVIDADE AO LONGO DA VIDA MODELOS TEÓRICOS CRIATIVIDADE NO CONTEXTO EDUCACIONAL CRIATIVIDADE NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL AVALIAÇÃO DA CRIATIVIDADE MALEABILIDADE / ESTIMULAÇÃO EXERCÍCIOS DE ESTIMULAÇÃO DA CRIATIVIDADE A criatividade é reconhecida como uma das habilidades do século XXI, juntamente com pensamento crítico, colaboração e comunicação (4C’s). BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) Essas características propõem o desenvolvimento do aluno enquanto um cidadão completo, emocionalmente preparado para ter sucesso tanto nas relações pessoais quanto nas habilidades profissionais. Criatividade e Psicologia Positiva • a criatividade é considerada um dos atributos que compõem o movimento da Psicologia Positiva, dado seu caráter voltado ao desenvolvimento positivo e sadio das potencialidades de cada sujeito, dentro de uma perspectiva de realização pessoal Criatividade na mídia Na Psicologia Positiva considerada uma das 24 forças de caráter (Oliveira, Nunes, Legal, & Noronha, 2016) Eestudada como construto separado Se apresenta dentro do conceito de flow Altas habilidades/superdotação • A criatividade também faz parte do fenômeno da superdotação • Ela representa um tipo específico de superdotação, quando há a presença de um nível elevado de criatividade Superdotação produtivo-criativa Presença de alta criatividade, capacidade de resolução de problemas e originalidade COMPREENSÕES SOBRE O CONCEITO Diferentes compreensões históricas sobre criatividade DOM (PERTENCENTE A POUCAS PESSOAS, QUE TERIAM ESSA HABILIDADE MAIS DESENVOLVIDA QUE OS DEMAIS) LOUCURA (O INDIVIDUO CRIATIVO ERA CONSIDERADO DIFERENTE DOS DEMAIS E, POR ISSO, PERCEBIDO COMO UMA AMEAÇA, SENDO ISOLADO DA SOCIEDADE) RELACIONADA SOMENTE A ARTES E GRANDES GÊNIOS CARACTERÍSTICA QUE TEM UM FUNDO GENÉTICO (Wechsler, 2008) Consequentemente... indivíduos nunca foram preparados para acreditar que qualquer pessoa poderia ter algum tipo de criatividade é comum ouvir, até hoje, frases do tipo: “Não nasci criativo” “Não tenho criatividade porque na minha família não tem ninguém criativo”. Como é... DEDICAÇÃO ESFORÇO ENVOLVIMENTO TRABALHO PROLONGADO PERSISTÊNCIA 98% DE TRANSPIRAÇÃO E 2% DE INSPIRAÇÃO (THOMAS EDISON) Compreensões científicas sobre criatividade potencial que se manifesta em condições e clima apropriado, possibilitando, a cada indivíduo, a manifestação de sua expressão criativa (De la Torre, 2014). capacidade relacionada à resolução de problemas (Sternberg & Lubart, 1996) processo cognitivo que permite identificar as dificuldades, gerar múltiplas possibilidades de resolução de um problema, testar hipóteses e comunicar os resultados (Torrance, 1966) criação de um produto que seja novo e útil, definido dentro de um contexto social (Plucker, Beghetto, & Daw, 2004). Importante Não se pode falar em “criatividade”, no singular. Devemos falar em “criatividades”, as quais podem se manifestar nos mais diferentes domínios, tais como verbal, corporal, motora, musical, científica, nos desenhos, dentre inúmeras outras possibilidades. Não é uma característica do tipo tudo ou nada Existe em diversos graus e sob diversas formas Pode, inclusive, ser modificada por meio de programas de desenvolvimento e estimulação Todo ser humano é dotado de potencial criativo, que se desenvolve e se manisfesta de acordo com a presença de estímulos sociais e pessoais Distribuição na população desenvolvimento da criatividade na vida de uma pessoa, permitindo a classificação dos vários níveis de expressão criativa e apontando os caminhos para seu desenvolvimento. Figura 6. Modelo dos 4C’s. De acordo com os autores do modelo (Kaufman & Beghetto, 2009), a criatividade do tipo Little-C se encontraria presente em todas as pessoas, sendo aquele tipo de criatividade que permite resolver problemas rotineiros, no dia a dia, os quais exigem soluções criativas. Pode ser manifestada, por exemplo, quando você inventa uma nova receita de comida usando os ingredientes que tem disponíveis em sua casa, combinando-os de forma a criar um novo prato. Ou ainda procurando um caminho diferente para ir ao trabalho, inventando uma música de autoria própria no violão. O reconhecimento da existência desse tipo de criatividade tem se mostrado muito útil ao permitir que a ideia de que somente algumas poucas pessoas podem ser criativas seja desfeita, além de atuar no sentido de reconhecer o importante papel que a criatividade desempenha na vida cotidiana e da necessidade de seu incentivo em Big-C Criatividade eminente (apresentada por pessoas que alcançaram reconhecimento nacional ou mundial) Pro-C Criatividade manifesta em nível profissional mas que ainda não atingiram status eminente Little-C Criatividade cotidiana, envolvida em atividades e experiências diárias Mini-C Envolve a novidade e interpretações envolvidas no aprendizado e experiência Little c se encontraria presente em todas as pessoas tipo de criatividade que permite resolver problemas do dia a dia o valor das ideias relaciona-se diretamente com sua capacidade de resolver aquele problema se mostram satisfatórias para o próprio sujeito desfazer a ideia de que somente poucas pessoas seriam criativas incentivo nos diferentes ambientes Mini c quando a pessoa decide ser criativa e começa a procurar formas para incentivar a expressãoda criatividade busca por novos conhecimentos e desenvolvimento de habilidades especializadas em alguma área de interesse o foco centra-se muito mais no processo de aquisição do que no julgamento e/ou reconhecimento externo quanto mais experiência e aprendizado o individuo conseguir, mais ele irá caminhar em direção ao desenvolvimento da sua criatividade em níveis mais elevados Pró c alcançado pelos indivíduos que são bem-sucedidos como criadores profissionais nível profissional de conhecimento de seu campo, mas que ainda não alcançaram um nível de destaque a pessoa pode começar a ter algum ganho financeiro com suas atividades criativas representa as ideias criativas que as pessoas têm e que, mais tarde, podem se manifestar sob a forma de criações reconhecidas Big C nível em que a pessoa consegue fazer uma contribuição criativa importante para uma área específica e passa a ser reconhecida geralmente exige tempo e experiência presente em um número reduzido de indivíduos, os quais obtêm destaque e reconhecimento na sua área de atuação mais comumente, o BIG-C é mensurado de maneira póstuma, tornando-se uma medida menos útil na avaliação atual do talento criativo O processo alguns irão permanecer, a vida toda, no nível do Little-C, usando sua criatividade somente nos problemas diários desenvolver interesse por alguma área específica, buscando aprendizado e conhecimentos (Mini-C). podem avançar, buscando experiência e formação, atingindo o nível profissional (Pro-C). depois de anos de prática, ele pode atingir o nível BIG-C, fazendo uma contribuição importante para uma área Criatividade ao longo do processo de desenvolvimento • diversos estudos têm sugerido a presença de fases de estabilidade e de queda temporária na criatividade ao longo do desenvolvimento • certas realizações criativas são mais comuns entre jovens, enquanto outras ocorrem com maior frequência entre indivíduos mais velhos • matemático, por exemplo, geralmente alcança sua melhor fase criativa entre os 20 e 30 anos • o físico, entre os 30 e 40 anos • grandes obras filosóficas realizam-se, normalmente, em um momento posterior da vida • nos primeiros anos da vida adulta, a criatividade seria mais intensa, marcada pela espontaneidade. Os criadores com mais de 40 anos, já produzem obras mais reflexivas, baseadas na experiência subjetiva, sob um ponto de vista introspectivo e nas experiências anteriores (Candeias, 2008) Períodos de declínio Os vários declínios são explicados como reação a novas tensões encontradas em cada novo estágio de desenvolvimento, ou ainda na transição dos níveis educacionais. Usualmente ocorrem por ocasião: • do ingresso no jardim de infância • transição do ensino fundamental I para ensino fundamental II • entre o ensino fundamental e o ensino médio • entre infância e adolescência Fases de queda criativa • devido a fatores ambientais, usualmente a entrada da criança na escola • passa a ser confrontada com um mundo estruturado, com numerosas regras que guiam a aprendizagem • fase de adaptação às normas e rotina escolares em detrimento da sua criatividade • Pressão exercida pelos pares estimulam a criança a se conformar com as regras sociais, reprimindo sua originaliidade 5 a 6 anos • passagem do Ensino Fundamental I para o Ensino Fundamental II • salas de aula com maior número de alunos, maior número de disciplinas escolares, maior número de professores especialistas • ampliação da capacidade de raciocínio lógico, ao invés das capacidades criativas • passagem dos “mais velhos” para os “mais novos”, diminuição da afetividade da professora 9 e 10 anos Fases de queda criativa • período que corresponde à finalização do Ensino Fundamental e preparação para o Ensino Médio • adolescência (necessidade de uma nova adaptação, sendo tal período marcado pela pressão dos pares, novos papéis, conformismo social e do desenvolvimento de sua identidade) • mudanças fisiológicas da puberdade 13 anos • aumenta rapidamente com a idade até atingir o auge, situado, em média, ao redor dos 40 anos • depois a produtividade decai lentamente, aproximando-se no fim da vida de um valor correspondente, em média, à metade do nível alcançado anteriormente • não se pode esquecer de obras importantes que foram criadas no fim da vida de seus criadores, que se mostraram muito produtivos nesse período Adulto Modelo dos 4P’s PESSOA CRIATIVA PROCESSO CRIATIVO PRODUTO CRIATIVO AMBIENTE CRIATIVO Pessoa criativa (Lubart, 2007; Morais, 2001; Romo, 2008). inclui estudos referentes às habilidades cognitivas, traços de personalidade, motivação, estilos de aprendizagem e estilos de criatividade preocupação em compreender como se combinam características cognitivas, motivacionais e de personalidade em pessoas eminentemente criativas conhecimento pode ser usado na elaboração de programas que objetivam o desenvolvimento dessas habilidades, permitindo ainda a descoberta de barreiras que impedem a sua expressão, de forma a aumentar as possibilidades da manifestação criativa em todos os indivíduos Curiosidade Abertura a experiência Originalidade Intuição Autonomia Imaginação Persistência Motivação Autoconfiança Introversão Insegurança Oscilação de humor Ansiedade Algumas características comuns Processo criativo procura descrever e explicar como ocorre a criatividade, seja em termos qualitativos como quantitativos, toma etapas e processos, sobretudo cognitivos engloba “estudos a respeito de operações e estratégias que a pessoa utiliza para gerar e analisar ideias, resolver problemas, tomar decisões e gerenciar seu pensamento durante o processo criativo” (Alencar, Bruno-Faria, & Fleith, 2010 ; David, Nakano, Morais, & Primi, 2011) Produto criativo estudos que consideram a especificação das características do produto criativo, por quem e como este deve ser avaliado decorrente de influências cognitivas, motivacionais, de personalidade, históricas/ecológicas, desenvolvimentais, biológicas/químicas e também do acaso e da sorte (Alencar et al., 2010 ; David, et al., 2011) Ambiente criativo situações externas ao indivíduo e que, de algum modo, promovem ou inibem a manifestação criativa apoio familiar, escolar e social têm demonstrado como imprescindíveis ao seu suporte e mesmo estimulação (Ferreira & Candeias, 2007; Nogueira & Bahia, 2007) Modelos Teóricos • Guilford • Torrance • Amabile • Csikszentmihalyi J.P. Guilford Estrutura do intelecto “Pai” da pesquisa em criatividade • Guilford inaugurou a pesquisa na área da criatividade ao tomar posse como presidente da American Psychological Association em 1950. • Na ocasião, desafiou os pesquisadores a investigar a criatividade, apontando para a importância desse tema para o desenvolvimento social e a falta de conhecimento a seu respeito. • Esse discurso impactou psicólogos e educadores, gerando uma explosão de pesquisas na temática nas décadas de 1059 e 1960. • Propôs a diferenciação entre criatividade e inteligência Inteligência Pensamento convergente uma única resposta correta Criatividade Pensamento divergente busca por diferentes soluções • Em seu modelo, propôs a possibilidade de mensurar, quantitativamente, aspectos relacionados ao pensamento divergente sendo, por isso, considerado o fundador da pesquisa moderna em criatividade. Fluência (habilidade de gerar um grande número de ideias) Flexibilidade (visualização de diferentes pontos de vista) Elaboração (detalhamento das ideias) Originalidade (respostas incomuns, que vão além do óbvio) Criatividade E. P. Torrance • Seu modelo complementa o modelo proposto por Guilford, reconhecendo, além do pensamento divergente (aspectos cognitivos), propondo a adição de componentes emocionais. • Seus testes têm sido os mais pesquisados e utilizados para avaliação do potencial criativo, tendo sido traduzidos e adaptados para mais de 30 línguas. CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS Fluência Flexibilidade ElaboraçãoOriginalidade Combinações Títulos Expressivos Riqueza de Imagens Humor Colorido de Imagens Resistência ao fechamento CARACTERÍSTICAS EMOCIONAIS Expressão de Emoção Fantasia Movimento Perspectiva Incomum Perspectiva Interna Uso de Contexto (Wechsler & Nakano, 2020) Criatividade segundo Torrance • A criatividade pode ser definida como um processo que abrange diferentes etapas: percepção de lacunas em algum tipo de informação, a identificação de soluções para essas lacunas e a quebra de barreiras. Tais aspectos serviriam de estímulo para experimentar novas hipóteses, quebrar os padrões e promover mudanças. • A criatividade é vista como um processo e não como algo estático. Esse tipo de compreensão implica que ela pode ser modificada ou desenvolvida durante a vida, nos mais diferentes ambientes. • Ele defendia a ideia de que todos os indivíduos possuem potencial criativo, reconhecendo suas diferentes formas de expressão (verbal, figural, musical, corporal, dentre outras). • Também reconhecia a importância de estratégias criativas serem incentivadas nas escolas, independente do nível educacional, a fim de que essa habilidade possa ser desenvolvida desde os anos escolares iniciais. (Wechsler & Nakano, 2020) T. Amabile Modelo Componencial da Criatividade • Seus estudos sobre criatividade tiveram início na década de 1970 e buscaram explicar como fatores cognitivos, motivacionais, sociais e de personalidade influenciam o processo criativo. • Nesse sentido, compreender a criatividade sob uma perspectiva social e não apenas individual foi seu foco. • Seu modelo envolve três componentes que interagem entre si: Habilidades de domínio Motivação Processos criativos relevantes nível de conhecimento em uma determinada área, o qual pode ser adquirido por meio de educação formal e informal, bem como experiência habilidade de se concentrar por longos períodos de tempo, dedicação ao trabalho, alto nível de energia, persistência perante dificuldades o elemento mais importante visto que nada pode compensar a falta de motivação M. Csikszentmihalyi Modelo sistêmico de criatividade • Define a criatividade como um fenômeno sistêmico, resultado da interação entre indivíduo, audiência e contexto social. • Não há dúvidas de que o sujeito é o agente, mas o produto criativo sofre interferências externas, como a sociedade e cultura. • O contexto assume papel essencial visto que a produção criativa do sujeito será avaliada pelos pares. Ele depende dos outros para ter seu trabalho reconhecido como criativo. (Neves-Pereira & Fleith, 2020) Domínio CampoPessoa 1. Campo • O campo representa os pares, em geral ou especialistas em algum domínio que selecionam e julgam o que é produzido pelos sujeitos. • Inicialmente é composto pela família, parentes e amigos, instituições educacionais e, posteriormente, colegas de trabalho, líderes, formadores de opinião. • O campo formado por especialistas é uma instância social que define o que é criativo ou não em uma determinada área. • Há momentos, no entanto, que o campo cometeu enganos notórios. Um exemplo clássico é a história de Van Gogh, que teve sua obra ignorada durante a vida devido a dificuldades dos especialistas em compreendê- la em seu período histórico. (Neves-Pereira & Fleith, 2020) 2. Pessoa • É a pessoa que vai trazer para o campo as influências recebidas no domínio, sob a forma de produtos novos. • Esse potencial criador é favorecido quando: há acesso a muitas fontes de informação, interesse e curiosidade são incentivados, um ambiente que encoraje e promova oportunidades. • Altas expectativas podem influenciar positivamente o desempenho do indivíduo, mas expectativas irrealistas podem prejudicar o envolvimento da pessoa em uma tarefa. • A exposição precoce e oportunidades também são fatores importantes para o desenvolvimento da criatividade. (Neves-Pereira & Fleith, 2020) 3. Domínio • É composto pelo contexto sociocultural que vivemos. • O domínio cria, preserva, inspira e garante a transmissão de conhecimento de geração para geração. • Para que o ato criativo ocorra, uma série de práticas, crenças e valores devem ser transmitidos do domínio para ele. • Por meio dessas informações, o indivíduo pode produzir algo novo. (Neves-Pereira & Fleith, 2020) Aplicações Contexto educacional Contexto do trabalho Criatividade no contexto educacional • Muitas das práticas vigentes tendem a reduzir a criatividade dos alunos, para um nível abaixo do seu real potencial, levando-o a se perceber como pouco criativo, a cultivar bloqueios que geram insegurança e diminuem a autoconfiança • Como resultado, desperdício de talentos e de potencial • Relações positivas entre professor e estudante e o encorajamento de múltiplas perspectivas e pontos de vista compõem o cenário de uma sala de aula que sustenta o desenvolvimento criativo dos estudantes. Principais Dificuldades • Ênfase na reprodução do conhecimento e memorização, dicotomia certo-errado, uma única resposta correta, erro como sinônimo de fracasso • Dentre as características criativas, destacam- se algumas indesejadas e punidas pelos professores (questionamento, divergência do tradicional, tendência a correr riscos). Valorização do estudante obediente, padrão, conformista e sociável) • Deve ser estimulada em outros contextos educacionais não formais (entidades assistenciais, ONGs, brinquedotecas, centros comunitários, dentre outros) Principais dificuldades segundo os professores • Alunos com dificuldades de aprendizagem em sala de aula • Timidez e cansaço dos alunos, especialmente os do período noturno • Desmotivação e desinteresse do aluno pelo conteúdo ministrado • Elevado número de alunos em sala de aula • Dificuldade de manter a atenção dos alunos • Resistência à mudança • Programas de disciplinas rígidos e pouco adequados para trabalhar a criatividade do aluno • Dificuldades relacionadas à lacunas na sua formação Exemplos PROFESSOR FACILITADOR DA CRIATIVIDADE • “O professor que mais ofereceu condição para o desenvolvimento e expressão de minha criatividade é uma pessoa muito educada e que se preocupa com os alunos; ele procura fazer com que os alunos se interessem mais pela aula, está sempre sorrindo” • “O professor se expressou com clareza, me fez interessar pela matéria e aprender” PROFESSOR INIBIDOR DA CRIATIVIDADE • “No meu entendimento, esse professor, ainda que muito inteligente, era muito arrogante. Sempre tive ‘medo’ de fazer uma pergunta” • “O professor ficou preso às transparências, não ofereceu nenhuma atividade complementar” • “Apesar de profundo conhecedor na sua área, não estimulava questões e debates” (Santeiro, Santeiro, & Andrade, 2004) E como fazer isso na prática? • Elaboração de atividades que envolvam diferentes interesses e que atenda aos diversos estilos de aprender Tema: Globalização Elaboração de uma carta aos dirigentes Abordagem do tema por meio de uma encenação Busca por notícias atuais Apontar pontos positivos e negativos Busca por músicas que abordem a temática De forma interdisciplinar Te m a: g lo b al iz aç ão Matemática: calcular o impacto na economia Português: principais notícias veiculadas na mídia nacional e internacional Artes: dramatização, elaboração de maquetes Biologia: impacto no meio ambiente Física: impacto nas condições climáticas Criatividade no contexto organizacional e do trabalho • A cada ano, apenas nos EUA, mais de 40.000 executivos participam de programas de criatividade. • Um estudo realizado com mais de 2 mil empresas norte-americanas mostrou que 48% delas ofereciam treinamento de média duração em criatividade. Tal realidade se repete nos países europeus. relacionada à geração de novas ideias diversificação de produtos atendimento de demandas recrutamento e seleção de bons funcionários preditora da produtividade no trabalho superação da resistência a novas ideias conscientização acerca de potenciais Para queisso ocorra é necessário que a empresa esteja consciente do potencial criativo de seus funcionários e que este seja devidamente reconhecido e aproveitado no ambiente de trabalho A demanda por profissionais criativos, que dominem estratégias eficientes para identificar oportunidades, abordar e resolver problemas imprevisíveis, tem sido uma exigência de muitas organizações. Nas organizações.... Gestão de pessoas Recursos humanos Marketing Possibilidade de atuar como processo que pode gerar ganhos tanto para a empresa quanto para os funcionários Níveis individual, grupal e organizacional Principais demandas Principais benefícios Diversificar produtos Antecipar demandas Recrutar e reter bons empregados Melhorar a qualidade de produtos e serviços Sobreviver no mercado competitivo Geração de novos produtos e serviços Novas estratégias de ação Diminuição de custos Procedimentos de trabalho mais eficazes Eficácia na difusão, acesso e utilização da informação Modificação da estrutura organizacional Formas inovadores de marketing; aumento das vendas Diminuição de tempo na realização de processos produtivos Bem-estar dos trabalhadores Fatores incentivadores • cultura que reconhece as habilidades e esforços dos funcionários • valores pautados na diversidade, aceitação da novidade e do erro • estrutura flexível e pouco hierarquizada, com integração de funcionários de diferentes setores • presença de expectativas apropriadas do que se espera dos funcionários • encorajamento à geração de ideias, iniciativa e independência • capacitação de profissionais visando o desenvolvimento máximo de seus potenciais e reconhecimento de suas habilidades • manutenção de clima desafiador e estimulante (Alencar & Formiga Sobrinho, 2017; Nakano, 2019) Fatores inibidores • relações de desconfiança e competitividade entre os colaboradores • excesso de controle, vigia e monitoramento dos funcionários • normas rígidas, formalidade sistema de comunicação precário • descompasso entre o desejo de possuir profissionais criativos e as reais condições oferecidas aos funcionários • incentivo ao desempenho de tarefas de forma repetitiva, rígida, padronizada, sem desafios e com excesso de rotinas • ambiente hostil, marcado por reduzido estímulo a novas ideias (Alencar & Formiga Sobrinho, 2017; Nakano, 2019) Bloqueios à criatividade • Com frequência professores se perguntam: Por que alunos manifestam altos índices de criatividade em alguns momentos e, em outros momentos, param de ter ideias criativas e originais, entrando em períodos marcados pela falta de criatividade? Bloqueios cognitivos Bloqueios emocionais Bloqueios atitudinais Bloqueios ambientais Bloqueios cognitivos • Dificuldades para isolar um problema: algumas vezes se foca tanto em um aspecto concreto do problema que não consegue ver todo o conjunto • Limitação do problema: quando presta pouca atenção ao contexto que cerca o problema, limitando as possibilidades de solução • Dificuldade para perceber relações remotas: incapacidade de perceber conexões entre diferentes elementos de um problema • Achar que sabe tudo: se faz necessário que os alunos questionem o conhecido para conhecer novos enfoques • Rigidez perceptiva: bloqueia a busca de soluções diferentes quando se centra somente em uma linha de pensamento Bloqueios emocionais • Insegurança: a pessoa criativa não tem medo do desconhecido e assume o risco de lidar com situações inseguras • Medo de estar errado ou ser ridicularizado: os que temem demais podem limitar suas ideias criativas com medo do fracasso • Apegar-se às primeiras ideias: aceitar a primeira ideia sem compará-la com outras possibilidades • Desejo de vencer rapidamente: a criatividade precisa de paciência e persistência • Alterações emocionais como medo, angústia, desconfiança podem bloquear a criatividade, impedindo a espontaneidade • Falta de motivação Bloqueios atitudinais • Excesso de certeza: ausência de questionamento sobre as próprias ideias, rigidez nas respostas durante o processo de resolução de problemas • Evitar frustrações: desistir quando surgem obstáculos • Rigidez perante o desconhecido: ênfase em formas tradicionais de fazer as coisas • Ausência de fantasia: valorizar em excesso o “mundo real” • Medo do desconhecido • Necessidade de equilíbrio: não tolerar desordem, confusão ou ambiguidade • Falta de firmeza para defender suas próprias ideias Bloqueios ambientais • Supervalorização da inteligência: valorização da lógica e objetividade na sociedade e escola • Regras de conduta: pressão para que todos sigam as normas de comportamento e as aceitem • Altas expectativas: valoriza o acerto como única meta escolar, minimizando a importância da flexibilidade e abertura mental que são importantes para a criatividade • Autoritarismo: favorecem a rigidez e impedem a criatividade Avaliação da criatividade • O período de maior interesse na avaliação da criatividade se dá nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos • Na Espanha, essa preocupação se introduz com um atraso de vinte anos, ocorrendo por volta da década de 1980 • No Brasil, o primeiro teste publicado específico para avaliação da criatividade foi a adaptação brasileira dos testes de Torrance, feita por Wechsler em 2004 Vantagens da avaliação da criatividade • ajudar no reconhecimento e desenvolvimento de talentos individuais; • ampliar o conhecimento sobre a natureza e o desenvolvimento da criatividade; • oferecer informações que podem ser utilizadas no planejamento de professores interessados em programas para estímulo da criatividade; • possibilitar pesquisas que comparem o efeito de técnicas criativas em situações de pré e pós-participação em programa de treinamento; (Puccio & Murdock, 1999; Treffinger, 1995). • favorecer que a criatividade saia do nível do mistério e superstição; • oferecer conhecimentos que facilitem o avanço da teoria e da pesquisa em criatividade • compreender e predizer a produtividade de pessoas no trabalho • descobrir diferentes maneiras com que as pessoas demonstram os seus talentos • Conhecer os elementos ambientais que facilitam ou impedem o desenvolvimento de potenciais criativos Avaliação Formal • utilizam instrumentos padronizados, geralmente testes, escalas de avaliação ou questionário, aplicados individualmente ou de forma coletiva • As respostas dos sujeitos são avaliadas e dão origem a um resultado que é interpretado e comunicado ao individuo Informal • podem ser realizados a qualquer tempo e em qualquer lugar onde a observação dos comportamentos do sujeito sejam possíveis de serem realizadas • procedimento mais livre que pode ocorrer, por exemplo, no ambiente escolar, durante as atividades em sala de aula, nas observações durante os períodos livres (tais como intervalos, horário de almoço) Avaliação Qualitativa • análise de biografias de pessoas que tiveram grande destaque social e que de alguma forma contribuíram para alguma área, recebendo reconhecimento público pelo seu feito • observações, entrevistas livres, situações problemas, modelos de resolução de problemas e análise da produção Quantitativa • realizada por meio do uso de instrumentos validados e precisos • critério padronizado de avaliação que usualmente envolve a comparação do indivíduo com outros Mais utilizados Fornece dados para modificações no currículo, implementação de técnicas para melhorar as habilidades criativas relevantes nesse contexto Atividades envolvendo resposta aberta e produção divergente de respostas. Usualmente recorrem a critérios de avaliação como fluência, flexibilidade, originalidade e elaboração TESTE DE PENSAMENTO DIVERGENTE Avalia a criatividade por meio da capacidade de gerar diferentes respostas possíveis para questões pouco estruturadas. Julgamento de produtos Comumente realizado por professores e juízes, familiarizados com a tarefa, que avaliam oproduto criativo Situação de classificação, admissão ou identificação (por exemplo, de superdotados) Utilizadas para capturar aspectos da personalidade relacionados à criatividade, investigação de estilos criativos (como as pessoas usam sua criatividade), autoeficácia criativa (crença sobre sua própria criatividade) e comportamentos criativos O sujeito deve expressar seu grau de concordância ou discordância com o conteúdo dos itens Neste tipo de avaliação são apresentados ao sujeito itens muito diversificados. Frases como gosto de inventar coisas, tenho sentido de humor, sonho acordado com problemas difíceis ou gostaria de ser artista INVENTÁRIO DE ATITUDES E INTERESSES Pode ser usado para o desenvolvimento e orientação dos alunos INVENTÁRIOS DE PERSONALIDADE Na maioria dos casos dos inventários, itens envolvendo características como a autoconfiança, originalidade, persistência ou individualismo são apresentados ao sujeito para este se identificar face a cada um deles. INVENTÁRIOS BIOGRÁFICOS Com estes inventários pretende- se identificar acontecimentos passados, acontecimentos esses supostamente determinantes da criatividade atual do indivíduo. AVALIAÇÃO POR PROFESSORES, PARES E SUPERVISORES Este tipo de avaliação valoriza o conhecimento que pessoas próximas ao sujeito a avaliar têm acerca deste. AUTO-AVALIAÇÃO DE REALIZAÇÕES CRIATIVAS indicação de atividades criativas que o mesmo realizou ou a autopercepção de criatividade, com domínios artísticos ou científicos e, geralmente, implicam o seu reconhecimento público analisando-se o número de prêmios, publicações, exposições. tem a vantagem de tentar medir manifestações criativas e não só potencialidades, mas com a desvantagem de uma veracidade questionável Es tu d o d e in d iv íd u o s em in en te s estudos biográficos de figuras históricas procedimento de avaliação apenas dirigido a sujeitos altamente criativos tenta encontrar características hipoteticamente determinantes da sua criatividade Instrumentos disponíveis no Brasil OBJETIVO Avaliar a criatividade figural em crianças. PÚBLICO-ALVO Estudantes do 2º ao 9º ano do Ensino fundamental DESCRIÇÃO Instrumento composto por três atividades que devem ser respondidas sob a forma de desenhos, a partir de estímulos pouco definidos. Permite a avaliação da criatividade figural, por meio da pontuação de 12 características criativas, permitindo uma avaliação global da criatividade e avaliações de características mais e menos desenvolvidas no indivíduo. INTERPRETAÇÃO Fator emocional, Fator enriquecimento de ideias, Fator cognitivo, Fator preparação criativa Alguns exemplos de respostas mais comuns Respostas criativas Respostas excepcionais OBJETIVO Avaliar as maneiras preferenciais de pensar e criar DESCRIÇÃO 100 frases para serem respondidas dentro de uma escala likert de 5 pontos (concordo a discordo) CLASSIFICAÇÃO Cauteloso-refllexivo Emocional-intuitivo Inconformista-transformador Logico-objetivo Relacional-divergente DESCRIÇÃO Composto por 3 atividades para serem respondidas sob a forma de desenhos PÚBLICO-ALVO Adolescentes e adultos a partir de 15 anos INTERPRETAÇÃO Índice Criativo Figural 1 (aspectos cognitivos) e Índice Criativo Figural 2 (aspectos cognitivos + emocionais) DESCRIÇÃO Composto por 6 atividades para serem respondidas sob a forma de frases PÚBLICO-ALVO Adolescentes e adultos a partir de 15 anos INTERPRETAÇÃO Índice Criativo Verbal 1 (aspectos cognitivos) e Índice Criativo Verbal 2 (aspectos cognitivos + emocionais) Avaliação da criatividade no contexto educacional Alunos Avaliação Qualitativa percepção sobre sua criatividade, quais áreas apresentam mais interesse e facilidade, o que gostariam de desenvolver Alunos Avaliação Quantitativa conhecer o nível de criatividade do sujeito, tipo de criatividade que ele apresenta, tomar decisões sobre as necessidades educacionais Professores conhecimento sobre compreensão que eles têm do fenômeno, motivação para o desenvolvimento da criatividade (métodos, técnicas e exercícios) base para a inserção da criatividade no currículo escolar Avaliação da criatividade no contexto organizacional Envolve a geração de novas ideias, diversificação de produtos, atendimento de demandas A produção de novas deias é valorizada pelas organizações como forma de obter um valor diferencial no mercado Descompasso entre o desejo de possuir profissionais criativos e as reais condições oferecidas (ambiente que tende a reprimir o potencial criativo, resistente à mudança) Considerada um diferencial (valorizada nos processos seletivos) Ponto crucial para a inovação (criatividade = geração de novas ideias; inovação = colocação dessas ideias em prática) Forma de responder às exigências do mercado (possibilidade de ganhos tanto para o funcionário quanto para a empresa) Programas de desenvolvimento da criatividade • É possível desenvolver a criatividade? Como?. • Buscando responder a essa questão, pesquisadores de diversos países têm criado e aplicado programas de treinamento criativo, visualizados como um conjunto de métodos, técnicas, exercícios e estratégias • Objetivo seria desenvolver as aptidões, por meio da estimulação de atitudes criativas, realizados em grupos ou individualmente (De La Torre, 2008) • Tais programas baseiam-se na crença de que a criatividade representa um conjunto de aptidões que podem ser aprendidas ou desenvolvidas, por meio do ensino e da prática • Tais programas trazem como objetivos: o despertar das habilidades e do potencial criativo, a apresentação de recursos para seu aproveitamento, incluindo técnicas de resolução criativa de problemas e tomada de consciência sobre os fatores inibidores da criatividade. • Partem do princípio de que a variação do potencial criador dependerá das oportunidades que os indivíduos terão em expressá-lo, de maneira que os programas de treinamento podem ser visualizados como um incremento dessas oportunidades. • Buscam, de modo geral, o aumento na quantidade e qualidade das ideias, bem como na habilidade de avaliação delas. • No entanto, se o ambiente não se mostrar propício, ser receptivo a novas ideias e se os pares não estiverem dispostos a implementá- las, os impactos do treinamento se perderão a médio e longo prazo. Características dos programas Diversidade de métodos e programas Diferenças importantes em relação aos participantes, técnicas empregadas e duração dos programas Inexistência de um consenso acerca do “modelo ideal” Importante atentar que o programa deve considerar as particularidades do público atendido e seus objetivos Métodos e técnicas mais comumente utilizadas Técnicas de resolução criativa de problemas Tomada de consciência sobre os fatores inibidores da criatividade Sessões criativas voltadas à capacitação dos professores Visitas a diferentes locais artísticos Atividades de estimulação criativa em finais de semana e acampamento de férias Brainstorming Workshops de criatividade Incentivo ao uso de materiais não usuais Incremento de técnicas de resolução de problemas Ensino problematizado Simulações e dinâmicas de grupo Uso de jogos e inovações Contato com especialistas Principais resultados Mudanças relacionadas ao comportamento de professores, alunos e profissionais de outras áreas após participação em programa de estimulação criativa Despertar de habilidades e do potencial criativo Conhecimento de recursos para aproveitamento desse potencial (incluindo técnicas de resolução criativa de problemas e tomada de consciência sobre os fatores que podem inibir a criatividade) Aumento da quantidade e qualidade de ideias criativas Maior motivação Melhora do rendimento acadêmico e laboral Capacidade de generalização das habilidades para diferentes contextose propósitos Exemplos de atividades para o desenvolvimento da criatividade • Que títulos criativos você daria para a figura? BRAINSTORMING.... Escreva o maior número de usos possíveis para palitos de fósforo Contando uma história.... Imagine que você e sua família se encontram viajando em outro país e não falam absolutamente nada da língua local. Vocês se dirigem a um caixa eletrônico mas não conseguem tirar dinheiro porque a máquina engoliu seu cartão. Como você faria para se comunicar com o segurança da agência e explicar o que aconteceu? Imagine que você foi contratado para vender um produto que normalmente as pessoas não pensam em vender ou que seria difícil de convencer as pessoas a comprarem: um relógio quebrado e sem conserto. Como você poderia convencer seus clientes e motivá-los a comprar seu produto? Exercícios criativos Quando você estacionava seu carro, a sua bolsa, com todos os seus documentos e celular caiu no bueiro da rua. Pense em todas as maneiras que você poderia tentar para retirá-la de lá. (Wechsler, 2008) Técnicas para usar com crianças e adolescentes Técnicas para usar em geral “Todos nós possuímos potencial criativo basta apenas desenvolvê-lo” (Torrance, 1965) Indicações de leitura nacionais Indicações de leitura internacionais Referências Alencar, E.M.L.S. & Formiga Sobrinho, A.B. (2017). A gestão da criatividade: cultivando a criatividade nas organizações. Curitiba: Prismas. Alencar, E. M. L. S., Fleith, D. S., & Bruno-Faria, M. F. (2010). A medida da criatividade: possibilidades e desafios. In E. M. L. S. Alencar, M. F. Bruno-Faria & D. S. Fleith (Orgs.), Medidas de criatividade: teoria e prática (pp.11-34). Porto Alegre: Artmed. Candeias, A. A. (2008). Criatividade: perspectiva integrativa sobre o conceito e a sua avaliação. In M.F. Morais & S. Bahia (Orgs.), Criatividade: conceito, necessidades e intervenção (pp. 41-64). Braga, Portugal: Psiquilíbrios. David, A.P.M., Nakano, T.C., Morais, M.F. & Primi, R. (2011). Competências criativas no ensino superior. 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Slide 16: Compreensões científicas sobre criatividade Slide 17: Importante Slide 18: Distribuição na população Slide 19: Little c Slide 20: Mini c Slide 21: Pró c Slide 22: Big C Slide 23: O processo Slide 24: Criatividade ao longo do processo de desenvolvimento Slide 25: Períodos de declínio Slide 26 Slide 27 Slide 28: Modelo dos 4P’s Slide 29 Slide 30: Algumas características comuns Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34: Modelos Teóricos Slide 35: J.P. Guilford Slide 36: “Pai” da pesquisa em criatividade Slide 37 Slide 38 Slide 39: E. P. Torrance Slide 40 Slide 41: Criatividade segundo Torrance Slide 42: T. Amabile Slide 43 Slide 44: M. Csikszentmihalyi Slide 45 Slide 46: 1. Campo Slide 47: 2. Pessoa Slide 48: 3. Domínio Slide 49: Aplicações Slide 50: Criatividade no contexto educacional Slide 51: Principais Dificuldades Slide 52: Principais dificuldades segundo os professores Slide 53: Exemplos Slide 54: E como fazer isso na prática? Slide 55: De forma interdisciplinar Slide 56: Criatividade no contexto organizacional e do trabalhoSlide 57 Slide 58: Nas organizações.... Slide 59: Principais demandas Principais benefícios Slide 60: Fatores incentivadores Slide 61: Fatores inibidores Slide 62: Bloqueios à criatividade Slide 63: Bloqueios cognitivos Slide 64: Bloqueios emocionais Slide 65: Bloqueios atitudinais Slide 66: Bloqueios ambientais Slide 67: Avaliação da criatividade Slide 68: Vantagens da avaliação da criatividade Slide 69: Avaliação Slide 70: Avaliação Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79: Instrumentos disponíveis no Brasil Slide 80 Slide 81: Alguns exemplos de respostas mais comuns Slide 82: Respostas criativas Slide 83: Respostas excepcionais Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87: Avaliação da criatividade no contexto educacional Slide 88: Avaliação da criatividade no contexto organizacional Slide 89: Programas de desenvolvimento da criatividade Slide 90 Slide 91: Características dos programas Slide 92: Métodos e técnicas mais comumente utilizadas Slide 93: Principais resultados Slide 94: Exemplos de atividades para o desenvolvimento da criatividade Slide 95 Slide 96: BRAINSTORMING.... Slide 97: Contando uma história.... Slide 98: Imagine que você e sua família se encontram viajando em outro país e não falam absolutamente nada da língua local. Vocês se dirigem a um caixa eletrônico mas não conseguem tirar dinheiro porque a máquina engoliu seu cartão. Como você Slide 99: Imagine que você foi contratado para vender um produto que normalmente as pessoas não pensam em vender ou que seria difícil de convencer as pessoas a comprarem: um relógio quebrado e sem conserto. Como você poderia convencer seus clientes e Slide 100: Exercícios criativos Slide 101: Técnicas para usar com crianças e adolescentes Slide 102: Técnicas para usar em geral Slide 103: “Todos nós possuímos potencial criativo basta apenas desenvolvê-lo” (Torrance, 1965) Slide 104: Indicações de leitura nacionais Slide 105: Indicações de leitura internacionais Slide 106: Referências Slide 107 Slide 108 Slide 109 Template de capa PPT - 16-9 Slide 4