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Projetos de circuitos eletropneumáticos Prof. Raphael de Souza dos Santos Descrição Conceitos fundamentais aplicados aos projetos de circuitos eletropneumáticos, dimensionamento dos componentes de circuitos elétricos necessários ao acionamento dos sistemas eletropneumáticos, projetos dos componentes pneumáticos responsáveis pela ação mecânica dos sistemas eletropneumáticos. Propósito Os sistemas eletropneumáticos apresentam grande aplicação nos processos industriais. A velocidade e versatilidade tornam os sistemas eletropneumáticos aplicáveis em diversas áreas, tais como: alinhamento, montagem, armazenamento, corte, transporte, pintura, entre outros. A integração entre as estruturas pneumáticas e os circuitos elétricos tornam os sistemas eletropneumáticos facilmente implementáveis e passíveis de serem adaptados para funcionamento automatizado e remoto. Objetivos Módulo 1 Componentes que formam um circuito eletropneumático Calcular os principais componentes que formam um circuito eletropneumático. Módulo 2 Circuito eletropneumático básico Esquematizar um circuito eletropneumático básico. Módulo 3 Estudo de caso de um circuito eletropneumático Descrever um estudo de caso de um circuito eletropneumático básico. A integração entre circuitos elétricos e sistemas pneumáticos. Introdução 1 - Componentes que formam um circuito eletropneumático Ao �nal deste módulo, você será capaz de calcular os principais componentes que formam um circuito eletropneumático. Orientação sobre unidade de medida Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. Vamos começar O projeto de um sistema eletropneumático Grandezas elétricas Os sistemas eletropneumáticos e as grandezas elétricas Os sistemas eletropneumáticos são aqueles que relacionam os sistemas pneumáticos com os circuitos elétricos. De maneira simplificada, nos sistemas eletropneumáticos, as válvulas direcionais —responsáveis pelo direcionamento do ar que comanda os atuadores — são comandadas por válvulas solenoides sendo, por esse motivo, do tipo comando indireto com acionamento elétrico ou híbrido. Válvula eletropneumática. As válvulas solenoides são dispositivos eletromecânicos. Elas precisam ser energizados para serem capazes de comandar as válvulas pneumáticas direcionais. Como em qualquer equipamento eletroeletrônico, as válvulas solenoides precisam ser energizadas para realizar sua função. Por serem dispositivos eletromecânicos, as válvulas recebem alimentação de uma fonte de energia elétrica e atuam mecanicamente em um dispositivo, permitindo que este execute determinado trabalho. Observe a ilustração de uma válvula eletropneumática e seu mecanismo de atuação em uma válvula bidirecional. Ilustração de uma válvula eletropneumática. Quando uma fonte de alimentação é conectada à válvula, ela aciona mecanicamente o êmbolo da válvula e modifica a direção do fluxo de ar. Na imagem a seguir, é possível observar uma válvula de acionamento elétrico híbrida. Nela, a energização da solenoide permite a passagem de um pequeno fluxo de ar que realiza o acionamento da válvula solenoide e a modificação na direção do fluxo de ar. Ilustração de uma válvula eletropneumática híbrida Embora apresentem mecanismos de funcionamento diferentes, as duas válvulas possuem especificações semelhantes. Ambas têm características elétricas e mecânicas (pneumáticas) específicas para seu correto funcionamento. Tensão elétrica Quando se discute a energização de dispositivos eletroeletrônicos, um dos principais parâmetros é a tensão elétrica. A tensão elétrica consiste na diferença de potencial (ddp) entre dois pontos, sendo basicamente a força que promove a movimentação das cargas (corrente elétrica) em um circuito. As tensões elétricas podem ter natureza contínua ou alternada. As tensões alternadas (Vac) são aquelas que mudam de polaridade ao longo do tempo e se repetem periodicamente. Veja! Tensão alternada. A rede elétrica residencial (tomadas elétricas nas casas) apresenta tensões elétricas alternadas onde os equipamentos são ligadas para funcionarem. Os sinais alternados, para uma representação e identificação adequada, precisam apresentar: Seus valores máximos O valor máximo positivo e valor máximo negativo, que podem ser diferentes, caso o sinal não seja simétrico. A frequência do sinal No caso do sistema elétrico brasileiro, a frequência da rede elétrica é 60Hz A função que de�ne seu comportamento Para nossa rede elétrica o sinal tem um comportamento do tipo senoidal. Já as tensões de natureza contínua (Vdc) são aquelas que não variam com o tempo, permanecendo constantes durante a vida útil do dispositivo que as fornece. Geralmente, são fornecidas através de pilhas ou baterias. Para a sua adequada representação, são necessárias a sua intensidade e polaridade. Em ambos os casos, os parâmetros dos sinais precisam ser observados quando da energização das válvulas por um circuito elétrico. Atenção! A unidade da tensão elétrica é o volt (V). Polaridade As solenoides alimentadas por fontes contínuas possuem polaridade, ou seja, apresentam 1 terminal positivo e 1 terminal negativo (além do aterramento) e que precisam ser corretamente conectados à fonte. A inversão dessa polaridade poderá ocasionar dano físico ao equipamento. Nas aplicações industriais, as tensões mais comuns para as válvulas solenoides são: Tensão contínua 12V e 24V. Tensão alternada 110V e 220V. Corrente elétrica A corrente elétrica consiste no transporte efetivo das cargas em um meio condutor. Ela corresponde ao fluxo dos elétrons quando submetidos a uma diferença de potencial por meio de uma fonte. De maneira similar à tensão, a corrente elétrica também pode ser contínua ou alternada, apresentando as mesmas características. Em relação à corrente, deve-se respeitar os limites de cada componente de acordo com as especificações do fabricante. Atenção! A unidade da corrente elétrica é o ampère (A). Potência elétrica A potência elétrica está relacionada à quantidade de energia elétrica que foi efetivamente consumida ou fornecida a determinado equipamento. Dessa maneira, quando uma eletroválvula é acionada, ou seja, recebe uma tensão elétrica em seus terminais e é atravessada por uma corrente elétrica, ela consome uma potência para executar o seu trabalho. Atenção! A unidade da potência elétrica é o watt (W). A potência elétrica é relacionada à tensão e à corrente através da equação: Dimensionamento dos circuitos elétricos Circuitos elétricos P = V ⋅ I No processo de energização das válvulas solenoides em circuitos eletropneumáticos, por vezes, os valores de tensão são inadequados para os solenoides especificados. Fonte chaveada Quando a válvula necessita de uma tensão contínua em sua alimentação e a fonte de energia disponível é do tipo alternada, a solução mais comum consiste no uso de uma fonte chaveada. As fontes chaveadas consistem em dispositivos capazes de converter a tensão e a corrente alternadas em contínuas. Desse modo, elas conseguem fornecer tensões elétricas com boa capacidade de corrente. Observe agora a imagem de 2 fontes chaveadas de dimensões diferentes. Exemplos de fontes chaveadas. O tamanho de uma fonte varia de acordo com as suas especificações: número de saídas (circuitos que ela é capaz de alimentar), nível máximo de corrente, entre outros. Resistências limitadoras Em outros casos, a tensão contínua está disponível para energização da válvula. Contudo, ela apresenta uma intensidade acima da especificada pela eletroválvula. Nesses casos, pode-se utilizar uma resistência limitadora, cujo objetivo é limitar os níveisde tensão e de corrente que chegarão na eletroválvula. A relação entre a resistência elétrica e as tensões e correntes de um circuito são definidas pela Primeira Lei de Ohm: Associações de resistores As resistências elétricas podem ser associadas entre si para proverem ao circuito determinada característica. Por exemplo, ao realizar a ligação em série entre 2 ou mais resistências, obtém-se um valor equivalente igual ao somatório das resistências ligadas, ou seja, a resistência o resultado é de todas as resistências individuais. Veja na imagem a seguir um exemplo de associação em série. Associação em série de resistores. O resultado da associação em série entre resistores leva à uma resistência equivalente de acordo com a equação: Por outro lado, os resistores podem ser conectados de maneira a compartilharem entre si seus 2 terminais. Dessa forma, diz-se que estes estão ligados em paralelo, como pode ser visto na imagem a seguir. V = R ⋅ I Requivalente = R1 + R2 + R3 Associação em paralelo de resistores. Nessa configuração, o inverso da resistência equivalente será definido como o somatório do inverso das resistências. Observe a equação. A associação entre resistores apresenta um papel fundamental quando há resistência necessária para que determinada válvula eletropneumática seja energizada de maneira adequada. Essa adequação pode ser indispensável nos casos em que a fonte de alimentação disponível apresente uma tensão de saída superior à tensão necessária pela eletroválvula em seu funcionamento. Dimensionamento de sistemas pneumáticos Sistemas pneumáticos O dimensionamento dos sistemas pneumáticos envolve a seleção dos elementos que compõe o circuito. Essa seleção é feita levando em 1 Requivalente = 1 R1 + 1 R2 + 1 R3 consideração suas especificações quanto ao diâmetro da tubulação ou das mangueiras e conectores utilizados (¹⁄�", ¹⁄�", 2", 3", entre outras), ao tipo de roscas das conexões (NPT, BSP, Flange etc.), ao material utilizado na construção (corpo) dos dispositivos (alumínio, latão, Inox, PVC, Teflon etc.) e quanto à pressão de operação do sistema (10bar, 14Psi, entre outras). Escolha dos compressores Entre os equipamentos escolhidos para o processo e que precisam ser cuidadosamente especificados para que o processo pneumático funcione de maneira adequada está o compressor. A seleção do tipo de compressor e a sua capacidade são fundamentais para que seja possível garantir um suprimento e vazão de ar suficientes para que o sistema funcione de maneira ininterrupta durante todo o ciclo de trabalho. Veja! Imagem de um compressor de ar. Alguns compressores apresentam embutidas as etapas de condicionamento do ar (filtragem, secagem etc.). Entre as características essenciais para a seleção de um compressor adequado a um processo industrial podem ser citadas: Volume de ar Define a quantidade de ar fornecida pelo compressor. Pressão de regime Indica a pressão fornecida pelo compressor nos pontos de consumo. Pressão de trabalho É a pressão efetiva para a qual os elementos do sistema pneumático são dimensionados. Seleção dos atuadores Outra etapa fundamental para o correto dimensionamento dos sistemas pneumáticos consiste na escolha do atuador adequado para o processo industrial, tendo em vista que este será a parte do circuito responsável pela interação com o processo produtivo no qual o sistema será implementado. Os tipos de atuadores variam dos lineares aos rotativos. Entre os atuadores lineares, podem ser utilizados os atuadores do tipo: Imagem de um atuador pneumático linear. Cilindro de ação simples Uma das posições (avanço ou recuo) é definida pela pressão de operação do sistema e a posição oposta é definida por uma mola. Cilindro de ação dupla As duas posições são definidas pelas pressões de operação do sistema. Outros tipos de cilindros Temos: haste passante, duplex contínuo, duplex geminado, impacto, tração por cabos e êmbolo magnético sem haste. Entre os atuadores rotativos podem ser utilizados os do tipo: Imagem de um atuador pneumático rotativo. Cilindro giratório Possui duas entradas de ar comprimido que possibilitam o movimento giratório do atuador. Cilindro rotativo do tipo aleta É realizada a rotação pela pressão do ar injetado no cilindro rotativo. Cilindro rotativo do tipo cremalheira É produzido o movimento de rotação através de uma cremalheira. Especi�cação das válvulas direcionais A especificação das válvulas direcionais é realizada através da escolha do número de vias, do número de posições e dos comandos utilizados para a operação da válvula direcional. É necessária uma análise criteriosa do processo industrial e dos equipamentos de atuação que serão comandados pelas válvulas direcionais. Como exemplo, pode-se considerar um processo no qual seja necessário operar um cilindro de ação simples. Nesse caso específico, é preciso considerar que uma das posições deverá ser responsável pelo avanço ou recuo do cilindro promovido pela injeção de ar de instrumentação, enquanto a outra posição deverá permitir o seu recuo ou avanço, comandado por uma mola, através do alívio do ar comprimido no seu interior. Sendo assim, esse tipo de válvula deverá conter 2 posições (avanço ou recuo) e 3 vias (1 para a entrada do ar, 1 de trabalho e 1 de descarte). Observe! Representação diagramática de uma válvula bidirecional 3/2. O acionamento das válvulas eletropneumáticas é elétrico ou híbrido, podendo ser combinado com um acionamento do tipo mecânico (retorno por mola, por exemplo). Outro ponto necessário para ser definido em relação às válvulas direcionais é o tipo de escape (dreno): conectado, não conectado, com silenciador, entre outros. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Uma válvula direcional apresenta, de acordo com o manual do fabricante, as seguintes especificações: 24Vdc e 6W. Considerando- se que uma fonte chaveada será especificada exclusivamente para a alimentação dessa válvula, é possível afirmar que a corrente que essa fonte deverá fornecer é igual a Parabéns! A alternativa D está correta. A equação que relaciona as grandezas elétricas potência, corrente e tensão é definida por: A 4mA. B 144mA. C 500mA. D 250mA. E 125mA. Questão 2 No dimensionamento dos sistemas pneumáticos, a escolha dos compressores demanda uma atenção particular tendo em vista que os compressores são responsáveis Parabéns! A alternativa A está correta. Os compressores são partes fundamentais dos sistemas pneumáticos, sendo responsáveis pelo volume de ar fornecido pela pressão de regime e pela pressão de trabalho. P = V ⋅ I I = P V I = 6 24 = 0, 25 = 250 mA A pelo suprimento de ar comprimido para o sistema pneumático. B pela atuação direta no processo produtivo. C pela mudança de posição dos atuadores. D pelo descarte do ar comprimido aliviado dos cilindros. E pelo acionamento das válvulas direcionais. 2 - Circuito eletropneumático básico Ao �nal deste módulo, você será capaz de esquematizar um circuito eletropneumático básico. Vamos começar O comissionamento em processos industriais Método intuitivo de construção de circuitos eletropneumáticos Exempli�cando o método intuitivo O método intuitivo segue a lógica do raciocínio humano na busca por uma resposta para uma situação-problema que seja apresentada. Sendo assim, é possível obter diferentes soluções para um mesmo problema em questão, o que é característico desse método. Suponha um sistema no qual o acionamento de 1 botão seja responsável pela atuação de um cilindro de ação simples. Dessa maneira, a haste do cilindro deverá avançar com o acionamento do botão e, ao soltá-lo, o cilindro deverá retornar à sua posição inicial. É importante destacar que o botão precisará permanecer acionado para que a haste continue na situação de avanço. Desenvolvimento do sistema pneumático Determinação do cilindro no sistema pneumático As característicasdo sistema pneumático precisam ser observadas cuidadosamente, para que os níveis de pressão de trabalho e pressão de regime, vazão, torque, força, entre outros, sejam sempre respeitados no projeto. Para implementar esse sistema, o circuito pneumático poderá apresentar um cilindro de ação simples com retorno por mola. Dessa forma, o próprio cilindro contribuirá para o retorno à posição inicial, como pode ser visto na imagem. Cilindro de ação simples. Especi�cação da válvula eletropneumática Para acionamento desse cilindro, que apresenta apenas 1 via para entrada de ar, é necessária uma válvula capaz de direcionar o suprimento de ar para esse cilindro. Essa válvula deverá apresentar 2 funcionalidades (2 operações distintas). Vamos conferir! Permitir que o ar no interior do cilindro seja descartado através de um dreno. Fornecer ao cilindro o ar oriundo do sistema de suprimento (tanque ou compressor). Dessa forma, uma válvula com 2 posições e 3 vias seria uma boa recomendação, tendo em vista o atendimento às necessidades expostas, já que apresenta as posições de trabalho demandadas e o quantitativo de vias necessário para o funcionamento do projeto (1 via de suprimento, 1 via de trabalho e 1 via de dreno). Confira! Válvula direcional de 3/2 vias normalmente fechada. Cabe destacar que, como na condição de repouso foi definido que o cilindro deverá regressar à posição inicial, essa válvula deve apresentar uma configuração normalmente fechada, ou seja, a posição de descarte do ar de dentro do cilindro para o dreno deverá ser acionada pela mola. O descarte por sua vez, poderá ser realizado na atmosfera ou canalizado para um ponto de despejo adequado. Por se tratar de um sistema eletropneumático, é importante que o acionamento da válvula seja realizado por intermédio de uma válvula solenoide, ou seja, o sistema pneumático deverá ser acionado eletricamente. Válvula eletropneumática direcional de 3/2 vias normalmente fechada. Lembrando que, pela simbologia, essa válvula apresenta também um acionamento muscular genérico. Essa é uma medida importante partindo-se do princípio que pode haver a necessidade de recuo do cilindro mesmo na ausência de um comando elétrico (perda de energização etc.) ou na perda do ar de instrumentação, em uma situação na qual a válvula esteja avançada. Esse botão visa permitir a mudança de posição da válvula (alívio do ar do cilindro para o descarte) mesmo nessas situações. Saiba mais A esses comandos alternativos, que visam permitir que determinada ação seja tomada mesmo em uma situação adversa, denomina-se redundância. Desenvolvimento do sistema elétrico Sistema elétrico Para energização do sistema é fundamental que se observe as especificações dos componentes utilizados. Suas tensões, potências e correntes de operação precisam ser consideradas para que o sistema opere de forma eficiente e segura. Fonte de alimentação A fonte de alimentação utilizada no projeto deverá ser capaz de alimentar todos os componentes disponíveis. As tensões de operação devem ser condizentes com os dispositivos conectados e a corrente da fonte deverá apresentar uma margem grande o suficiente para que os dispositivos de proteção não sejam desarmados ou não acusem sobrecarga. Acionamento O sistema elétrico, por sua vez, necessita de uma entrada de comando capaz de permitir a energização da solenoide que acionará a válvula eletropneumática. Como, de acordo com o projeto, o sistema somente permanecerá energizado enquanto o comando estiver acionado, escolhe-se um botão que não apresente a possibilidade de retenção, ou seja, um botão que ligue quando pressionado e, quando não pressionado, desligue. Veja a seguir um exemplo de botão com retorno por mola (push button). Imagem de dois botões com retorno por mola. Conexão da válvula eletropneumática Considerando que a válvula seja do tipo corrente contínua, isto é, necessite de alimentação de uma fonte contínua de tensão e de corrente, o terminal positivo da válvula eletropneumática deve ser conectado na saída do botão. De maneira similar, o terminal negativo deve ser ligado ao polo negativo da fonte de alimentação. É importante destacar que os botões não possuem polaridade. Indicador luminoso É uma boa prática a instalação de um indicador luminoso em paralelo com os sistemas a serem energizados. Assim, ao ligar-se aos dispositivos, por intermédio do botão de energização, haverá uma indicação luminosa de que o dispositivo se encontra energizado. Confira! Indicador luminoso Também chamado de lâmpada piloto. Imagem de indicadores luminosos ou lâmpadas piloto. Integração eletropneumática Comissionamento pneumático O comissionamento do sistema eletropneumático é fundamental para assegurar que os sistemas estão de acordo com as características construtivas especificadas no projeto. Essa etapa envolve os ensaios necessários para teste e operação das partes que compõe o sistema. O comissionamento pneumático consiste na conexão do ar de instrumentação para a válvula direcional. Na imagem a seguir, a linha azul escura representa a chegada do ar de instrumentação vindo de uma fonte externa (tomada de trabalho) para alimentação da válvula direcional. Válvula direcional Abertura da tomada de ar vinda do reservatório ou compressor. Comissionamento do sistema pneumático - liberação do ar. A conexão azul clara representa a ligação existente entre a válvula direcional e o cilindro de ação simples. Contudo, nesse momento, não existe ar nessa ligação. Como o primeiro ensaio se restringe ao funcionamento adequado do sistema pneumático, a válvula direcional é acionada por intermédio do botão muscular, permitindo a verificação da adequação da conexão entre a válvula e o cilindro. Observe a imagem! Comissionamento do sistema pneumático - acionamento muscular da válvula. Por fim, libera-se o comando manual para que se possa verificar se a válvula e o cilindro retornarão à condição inicial. Comissionamento elétrico O comissionamento elétrico envolve o teste de energização da válvula e do indicador luminoso. Nesse ensaio, fecha-se a entrada de ar, pois o teste busca a visualização da correta instalação elétrica do sistema e não seu funcionamento completo. Com o ar bloqueado, liga-se a fonte de alimentação e pressiona-se o botão, para permitir a verificação da energização da válvula e do indicador luminoso, como pode ser visto na imagem a seguir. Comissionamento do sistema elétrico - acionamento do comando: (A) sistema desligado e (B) sistema ligado. É possível notar na parte (B) da imagem que o indicador luminoso se acende e há indicações de que a válvula solenoide foi energizada. Nota- se também que o indicador se apaga e a válvula fecha quando o botão é desligado. Integração entre os sistemas elétrico e pneumático Por fim, faz-se a integração entre os sistemas. O ar de instrumentação é liberado para a válvula antes que o botão seja pressionado. Veja! Comissionamento dos sistemas integrados - etapa inicial. Por fim, é feito o acionamento do botão e verifica-se o funcionamento do sistema completo, como pode ser visto na imagem a seguir. Comissionamento dos sistemas integrados - etapa final. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Observe o circuito eletropneumático da figura abaixo. Sobre o seu funcionamento, é possível concluir que ao pressionar o botão do circuito elétrico Parabéns! A alternativa A está correta. Ao acionar o botão do circuito elétrico, é possível observar que a válvula solenoide K1 será acionada. O acionamento da válvula permitirá que o ar da alimentação seja injetado na via dianteira do cilindro, promovendo seu recuo, tendo em vista se tratar de um cilindro normalmente avançado. Questão 2 Ainda no circuito da questão anterior, nota-se uma limitação no sistema eletropneumático que impedirá seu funcionamento de maneira adequada. Ao fazer a interpretação diagramáticado circuito, como podemos concluir essa limitação? A o cilindro recuará ao receber ar através da válvula direcional. B o cilindro avançará ao receber o ar através da válvula direcional. C o cilindro recuará ao aliviar ar através da válvula direcional. D o cilindro avançará ao aliviar o ar através da válvula direcional. E o cilindro permanecerá imóvel, pois não há ligação entre o circuito elétrico e o circuito pneumático. A O cilindro não conseguirá avançar, pois em nenhuma posição receberá ar da alimentação. Parabéns! A alternativa B está correta. Analisando o diagrama, é possível observar que o cilindro (normalmente avançado) recuará com a alimentação de ar fornecida pelo acionamento do botão. Entretanto, mesmo após o botão ser solto, o cilindro não conseguirá retornar à posição inicial, pois não há via de dreno para alívio do ar e, consequentemente, alívio da pressão no interior do cilindro. B Após seu recuo, o cilindro não conseguirá avançar novamente, pois não há via de dreno para alívio do ar de dentro do cilindro. C Após o avanço o cilindro não conseguirá recuar novamente, pois não há via para injeção do ar. D Após o recuo, o cilindro avançará novamente, mesmo com o botão pressionado, pois a mola empurrará o pistão. E Independente do acionamento do botão, o cilindro permanecerá avançando e recuando de maneira descontrolada, pois a mola não permitirá que o ar seja interrompido. 3 - Estudo de caso de um circuito eletropneumático Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever um estudo de caso de um circuito eletropneumático básico. Vamos começar! A importância dos sistemas eletropneumáticos na indústria Sistemas pneumáticos Apresentação de um estudo de caso Os sistemas pneumáticos industriais são bastante versáteis, podendo ser aplicados no transporte de mercadorias, como furadeiras, britadeiras, entre outras atividades. Os ramos industriais que utilizam a pneumática em seu processo produtivo estão nos mais diversos níveis, tais como: alimentos; bebidas; automotiva; petróleo e gás; médico-hospitalar; entre outros. As atividades nas quais a pneumática é aplicada também são diversas, dependendo do tipo de máquinas e de processos produtivo: embalagem de produtos; produção de papel; produção de plástico; processamento; abrir e fechar válvulas; transporte e movimentação de materiais. Entre as vantagens dos sistemas pneumáticos podem ser destacadas: É considerado desta forma não apenas pelo suprimento de ar (infinito), mas também pela facilidade de armazenamento. É considerado desta forma pois os sistemas pneumáticos são consideravelmente duráveis. É considerado desta forma pois o ar comprimido é menos afetado por alta temperatura, poeira, ambiente corrosivo etc. É considerado desta forma pois os sistemas pneumáticos são mais seguros do que os elétricos para trabalhar em ambiente inflamáveis, por exemplo, sem risco de incêndio ou explosão. Além disso, a sobrecarga no sistema pneumático só leva ao deslizamento ou à interrupção da operação e, dificilmente, ao dano no equipamento e/ou instalação. É considerado desta forma pois a pressão, a velocidade e o volume do ar comprimido podem ser facilmente ajustados por um regulador de pressão. Alta eficácia Alta durabilidade e confiabilidade Alta adaptabilidade a ambientes hostis Maior segurança Fácil seleção de velocidade e pressão É considerado desta forma pois a operação de sistemas pneumáticos não produz poluentes. É considerado desta forma pois os componentes dos sistemas pneumáticos apresentam um custo menor quando comparados aos sistemas elétricos. Além disso, por apresentarem uma durabilidade elevada, o custo de manutenção pode ser significativamente inferior ao de outros sistemas. Sistemas eletropneumático de sucção e transporte O transporte de mercadorias no meio industrial é extensamente utilizado, tendo em vista que as indústrias apresentam em seus processos produtivos diferentes etapas que auxiliam e complementam as etapas da produção. Os transportes tem como finalidade o deslocamento de peças, materiais, ferramentas e até mesmo do produto finalizado, sem que haja a necessidade de um operador dedicado para tal função. Dessa maneira, o processo pode ser mais seguro e rápido e, em alguns casos, mais eficiente. Em sistema industrial, o transporte pode ser feito de diversas maneiras: correias, pallets, esteiras e sistemas pneumáticos. Cada meio apresenta suas vantagens e desvantagens, podendo ser aplicado mais de um sistema de transporte em um mesmo processo industrial. Saiba mais Uma maneira segura, simples e eficiente de realizar o transporte de peças frágeis e de grande tamanho consiste no transporte pneumático Sustentabilidade Econômico realizado por sucção. Nesse tipo de transporte, um ou mais cilindros pneumáticos são equipados com ventosas (geralmente capazes de produzirem vácuo para melhor fixação). Os cilindros se prendem à peça a ser transportada e o deslocamento pode ser feito de maneira automática ou manual. Observe na imagem! Exemplo de sistema de transporte pneumático. Um sistema desse tipo pode ser bastante versátil e apresentar aplicações diversas. Suponha um manipulador do tipo manual, isto é, onde embora a fixação da peça ou ferramenta a ser movida seja feita através de um sistema pneumático, a movimentação seja realizada de maneira manual, similar à imagem a seguir. Exemplo de manipulador manual. Em muitos processo, um gancho não seria adequado para manipulação da mercadoria, seja pela fragilidade ou pelo tamanho e até mesmo pela falta de uma estrutura para fixação do gancho na mercadoria. Portanto, pode-se propor a modificação do manipulador de maneira que o gancho seja substituído por um sistema pneumático com ventosas em sua extremidade. Veja! Sistema de manipulação com ventosas. Assim, propõe-se o seguinte caso: Um manipulador manual com múltiplos cilindros equipados com ventosas para movimentação de cargas em um processo industrial. Desenvolvimento do sistema pneumático Sistema pneumático Nesse sistema, embora o posicionamento do atuador seja realizado de forma manual, o contato das ventosas com a mercadoria é realizado através do avanço dos cilindros (acionados por intermédio de um comando elétrico). Uma vez em contato com a superfície da mercadoria que se deseje transportar, a adesão das ventosas é feita por vácuo (suponha que a produção de vácuo seja realizada por um comando independente). Determinação do cilindro Nesse tipo de aplicação, cilindros de ação simples (com retorno por mola) ou cilindros de ação dupla podem ser utilizados. Para simplificação do projeto, suponha a utilização de cilindros de ação simples normalmente recuados. Assim, o manipulador será posicionado próximo da mercadoria de maneira manual. O acionamento de 1 botão (B1) fará a aproximação dos cilindros da superfície da mercadoria e um segundo botão (B2) será responsável pela produção do vácuo nas ventosas. Confira! Sistema de cilindros com ventosas do manipulador. Uma vez fixado o manipulador na superfície da mercadoria, o manipulador será movimentado de forma manual, de tal maneira que o transporte da mercadoria seja feito com um esforço reduzido por parte do operador. Especi�cação da válvula eletropneumática A atuação dos cilindros pode ser realizado por uma válvula direcional com 3 vias e 2 posições. Cada via terá uma aplicação específica: Alimentação da válvula Via de trabalho para fornecimento do ar da alimentação para o cilindro Via de dreno ou escape Dessa forma, uma das posições será responsável por permitir o recuo do cilindro, através do alívio do ar contido no interior do cilindro. De maneira complementar, a outra posição será responsável por permitir que o ar de instrumentação seja injetado no interior do cilindro, comandando seu avanço. É importante destacar que, na prática, a utilização de 2 válvulas direcionais seria recomendada.Assim, seria possível garantir a independência entre o avanço do cilindro e a produção do vácuo necessário para aderência do cilindro à superfície da mercadoria. O exemplo de uma possível estrutura para o sistema pneumático a ser utilizado no manipulador pode ser vista na imagem seguinte. Diagrama da estrutura pneumática do sistema de movimentação de cargas. Os cilindros e as ventosas são conectados à saída de ar das válvulas eletropneumáticas por derivações. Veja a seguir na ilustração. Derivações Conexões que permitem a distribuição do ar entre diversas partes pneumáticas do sistema. União em T para sistemas pneumáticos. Desenvolvimento do sistema elétrico Sistema elétrico Como pode ser observado no diagrama do sistema pneumático, as válvulas direcionais são comandadas por solenoides (K1 e K2), ou seja, comandos elétricos são responsáveis pela mudança de posição das válvulas. Determinação do tipo de circuito para acionamento Suponha, em um primeiro momento, a utilização de um circuito elétrico simples para atuação nos cilindros e nas ventosas, como pode ser visto abaixo. Circuito elétrico para acionamento dos cilindros e ventosas do sistema pneumático. Esse sistema seria capaz de realizar a movimentação dos cilindros (através do botão B1) e da produção de vácuo nas ventosas (pelo botão B2). Entretanto, cabe observar que o acionamento simples, da maneira como foi elaborado, apresentará uma série de restrições ao operador. Como os botões utilizados não possuem retenção (são botões com retorno por mola), para que os cilindros permaneçam avançados e as ventosas continuem com vácuo, será necessário que o operador continue pressionando os botões. Comentário Essa manobra demandaria um esforço demasiado por parte do operador e, simultaneamente, dificultaria a manipulação do sistema, tendo em vista a necessidade de o operador permanecer pressionando os botões durante toda a operação. Circuito de retenção ou selagem Uma alternativa para manutenção do sistema em seu estado ligado, ou seja, de forma energizada, mesmo quando o operador não mantém o botão pressionado, é a utilização de um circuito por retenção ou selagem. Os circuitos por retenção são bastante utilizados quando botões com retorno por mola (ou seja, botões sem trava) são utilizados para acionamento de cargas. Esse artifício dos circuitos elétricos permite uma situação de retenção para o comando produzido e garante que a carga permaneça energizada até que a retenção seja interrompida. Veja um exemplo de circuito com retenção. Circuito de retenção ou selagem. Nesse circuito, é possível observar que o acionamento do botão Liga é responsável pela energização de um relé (K3) e um indicador luminoso (representando uma carga genérica). Esse relé é responsável pelo acionamento de um contato auxiliar (também denominado K3) que produz um bypass no botão Liga, fazendo com que o botão permaneça energizado mesmo que não esteja sendo pressionado pelo operador. A essa retenção promovida pelo contato auxiliar denomina-se selagem. Veja na imagem! Funcionamento de um circuito de retenção: (a) com botão pressionado e (b) sem o botão pressionado. Um botão secundário (denominado Desliga) é utilizado para interromper a energização do relé e, como consequência, promover a interrupção da selagem (Veja na imagem a seguir). Vale destacar que esse botão é do tipo normalmente fechado, ou seja, para que o botão abra é necessário pressioná-lo. Interrupção do circuito de retenção: (a) com o botão desliga pressionado e (b) sem o botão desliga pressionado. Dessa maneira, é possível observar que o circuito, após o acionamento do botão Desliga, retorna ao seu status original e o processo está apto a recomeçar. Integração eletropneumática Os sistemas elétricos e pneumáticos Por fim, realizam-se o comissionamento e a integração entre os sistemas pneumático e elétrico. Comissionamento pneumático O comissionamento do sistema pneumático é realizado através do acionamento manual dos cilindros e verificação da pressurização negativa (produção de vácuo) na estrutura pneumática. Vale relembrar que, nessa etapa, a parte elétrica permanece isolada de forma que apenas o sistema pneumático seja testado. Na imagem seguinte, é possível perceber o acionamento forçado das válvulas direcionais e o comportamento dos cilindros no momento da mudança de posição das válvulas. Comissionamento do sistema pneumático (a) com o acionamento das válvulas e (b) sem o acionamento das válvulas. Logo, com o acionamento das válvulas direcionais os cilindros de ação simples avançam e as ventosas produzem o vácuo necessário para melhor aderência à superfície da mercadoria. Nota-se ainda que, com a interrupção do acionamento das válvulas, a pressão negativa (vácuo) cessa e os pistões retornam à posição inicial. Comissionamento elétrico O comissionamento da parte elétrica é realizado através da energização do circuito sem, no entanto, a liberação do ar de instrumentação ou conexão com o sistema pneumático. O circuito elétrico adequado e com contato de selo pode ser visto na imagem a seguir. É possível observar que o circuito elétrico utilizado para acionamento da estrutura pneumática foi desenvolvido de maneira a garantir um acionamento individual para cada parte pneumática. Circuito elétrico completo. Uma linha de energização do circuito permite o acionamento da válvula direcional de forma que garanta o avanço dos cilindros de ação simples sem, contudo, a produção de vácuo nas ventosas. Já na outra linha do circuito, é possível notar a produção do vácuo de modo independente do acionamento das válvulas direcionais. Essa estrutura garante que cada parte do sistema funcionará de maneira independente, não influenciando no acionamento da outra parte. Confira o acionamento individualizado de cada trecho do circuito. Comissionamento do circuito elétrico: (a) acionamento das válvulas direcionais e (b) pressurização das ventosas. Dessa forma, percebe-se que os módulos são energizados de forma independente e que os contatos por retenção estão funcionando de maneira adequada. Integração entre os sistemas elétrico e pneumático Como passo final, realiza-se a integração entre os sistemas pneumático e elétrico. Observa-se que o acionamento dos cilindros de ação simples é possível a partir de 1 parte do sistema elétrico. Veja na imagem! Acionamento dos cilindros de ação simples do manipulador. Por fim, faz-se o acionamento das ventosas, produzindo a pressão negativa, como pode ser visto a seguir. Desse modo, é possível notar que o sistema funciona de maneira integrada e completamente funcional. Acionamento do sistema completo. Como ensaio final, verifica-se na imagem a seguir que o comando para desligar cada uma das linhas permite que o sistema seja desenergizado e a estrutura retorna ao seu estado inicial. Desenergização do sistema. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Suponha um projeto para uma prensa eletropneumática, como o que pode ser visto na imagem abaixo. Para garantir que esse sistema funcione de forma adequada, foi selecionado um cilindro de ação dupla e uma válvula com 5 vias e 2 posições. Observando o circuito, é possível afirmar que Parabéns! A alternativa D está correta. A ao acionar somente o botão B1, o cilindro de ação dupla avançará e recuará em seguida. B ao acionar somente o botão B2, o cilindro de ação dupla avançará e permanecerá avançado. C ao acionar somente o botão B2, o cilindro de ação dupla avançará e recuará em seguida. D ao acionar somente o botão B1, o cilindro de ação dupla avançará e permanecerá avançado. E ao acionar somente o botão K2, o cilindro de ação dupla avançará e recuará em seguida. O botão B1 é responsável pelo acionamento da válvula direcional e sua mudança de posição. Assim, ao acionar apenas o botão B1, o cilindro permanecerá avançado, sendo necessário o acionamentodo botão B2 para que o cilindro recue. Questão 2 Ainda no circuito da questão anterior, caso a mecânica dos botões seja invertida (o botão B1 seja normalmente fechado e o botão B2 seja normalmente aberto), é possível afirmar que Parabéns! A alternativa A está correta. O circuito não funcionará de maneira adequada. É possível perceber que o botão B1 não possui um contato de selo. Sendo assim, ao ser A o circuito não funcionará de maneira adequada, pois o botão B1 não será capaz de permanecer ligado pela falta do selo. B o circuito funcionará normalmente. C o circuito funcionará de maneira parcial, sendo necessário acionar os botões B1 e B2 para garantir o acionamento do selo. D o acionamento do botão B1 acionará os contatos K1 e K2 que permanecerão ligados até que B2 seja acionado. E o acionamento do botão B2 acionará os contatos K1 e K2 que permanecerão ligados até que B1 seja acionado. acionado, ele desligará caso não seja mantido pressionado. Considerações �nais Vimos neste conteúdo os conceitos relacionados aos projetos de circuitos eletropneumáticos. No primeiro módulo, foram apresentados os conceitos essenciais para o dimensionamento de um sistema eletropneumático. Vimos os princípios básicos referentes à eletricidade necessários para o dimensionamento dos circuitos elétricos, responsáveis pelo acionamento das válvulas solenoides. Também compreendemos os conceitos para o dimensionamento do sistema pneumático, desde a alimentação (fornecimento do ar de instrumentação) até os atuadores necessários para a atuação sobre o sistema físico. No segundo módulo, vimos os conceitos essenciais para a elaboração de um projeto eletropneumático através de um estudo de caso. O método intuitivo foi apresentado e discutido no desenvolvimento de um projeto eletropneumático. Os conceitos de comissionamento (de sistemas elétricos e pneumáticos) também foram apresentados, ilustrando a importância do ensaio dos sistemas de maneira individual para posterior integração do sistema. Por fim, foi apresentado um estudo de caso. Todos os pontos necessários para o dimensionamento (projeto), comissionamento e integração de um sistema completo foram retratados e discutidos em detalhes. Do mesmo modo, analisamos o conceito de contato por retenção e a sua importância para os sistemas sem retenção foi destacada. Podcast Agora, vamos ouvir um pouco mais sobre os assuntos abordados. Explore + Confira o conteúdo indicado especialmente para você! Algumas empresas que comercializam sistemas pneumáticos e eletropneumáticos disponibilizam exemplos de Aplicações Pneumáticas e Eletropneumáticas, pesquise na internet. Busque também por vídeos que apresentam exemplos de aplicações dos conceitos de eletropneumática, como os vídeos do Mundo da Elétrica. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 8896: Sistemas e Componentes Hidráulicos e Pneumáticos – Símbolos Gráficos e Diagramas de Circuitos. São Paulo, 1985. BOLLMANN, A. Fundamentos de Automação Industrial Pneutrônica. São Paulo: ABHP, 1997 FESTO. Catálogo de Componentes Pneumáticos e Elétricos. Painel Simulador de Pneumática e Eletropneumática. Consultado na internet em: 8 de fev. 2022. FESTO. Catálogo de Componentes Pneumáticos e Elétricos. Painel Simulador de Pneumática e Eletropneumática: Bancada de Pneumática. Consultado na internet em: 8 de fev. 2022. PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial: Apostila M2001-2 BR. Consultado na internet em: 8 de fev. 2022. REXROTH. Simbologia Gráfica conforme a ISO 1219. Bosch Company. Consultado na internet em: 8 de fev. 2022. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()