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DIREITO PENAL - 1º BIMESTRE
AULA 01 - 14/02/2022
1. PLANO DE ENSINO
- Trabalho 1,5
- Diagnóstica (que vai ser no dia da prova Bi) 1,5
- Prova 7,0
● Chamada;
● Trabalho;
● Objetivos;
● Bibliografia básica: Parte Geral
a) Rogério Greco (*)
b) Luiz Régis Prado;
c) Capez;
d) Nucci;
e) Cesar Roberto.
2. LIVROS
- Saraiva (FAG fez parceria, ir na biblioteca)
- Revistas dos Tribunais (acessar com login FAG)
TRABALHO - RESUMO EXPANDIDO (1 ponto)
17/02 - Tema
- O que eu ñ concordo c/ o dto penal; depende?; Que possa contribuir.
21/02 - Resumo/Introdução (4 parág.) 1 PÁG
07/03 - Desenv. teórico 3 PÁGS.
13/03 - Consid. finais (1 PÁG)/Referência/Docsxeb
- Referências de livros (no mín. 2019), artigos, leis, etc.
14/03 - Apresentações
REVISÃO
1. O QUE É DIREITO PENAL?
Para Capez, o Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a
função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à
coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência
social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as
respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais
necessárias à sua correta e justa aplicação. (CAPEZ, 2020, p. 71).
2. CONCEITOS DO CRIME
O crime pode ser conceituado sob quatro enfoques, que segundo Fernando Capez, o
aspecto material é definido como todo fato humano que lesa ou expõe a perigo bens
jurídicos. No aspecto formal, o crime resulta da mera subsunção da conduta ao tipo
legal e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo que o legislador descreve
como tal. O aspecto analítico estabelece os elementos estruturais do crime. E o
conceito legal, é quando há previsão no Código Penal. (CAPEZ, 2020, p. 253).
3. CONTRAVENÇÕES + CRIME
Não, os crimes, segundo Estefam, podem ser de ação penal pública, condicionada ou
incondicionada, ou de ação penal privada; já as contravenções penais são sempre de
ação penal pública incondicionada. (ESTEFAM, 2018. p. 81).
Além disso, a tentativa não é punida nas contravenções, ao contrário do crime que é
punível.
4. ELEMENTOS DA TIPICIDADE
Os elementos da tipicidade são a conduta (dolosa ou culposa), resultado, nexo
causal e tipicidade.
5. ELEMENTOS DA ANTIJURIDICIDADE
Os elementos da antijuridicidade são legítima defesa, estado de necessidade,
exercício regular do direito, estrito cumprimento de dever legal.
6. COMO DEFINIR EXCESSO DA LEGÍTIMA DEFESA?
Para Noronha, o excesso nos casos de exclusão de ilicitude, é quando o agente vai
além do necessário. (NORONHA, p. 201).
7. COMO PROVAR LEGÍTIMA DEFESA?
De acordo com o art. 25 do código penal, a legítima defesa é provada quando há
agressão injusta, agressão atual ou iminente, tutela de direito próprio ou alheio, e
usado de meio necessário e uso moderado.
8. SUJEITO ATIVO/PASSIVO: PJ?
Assevera Andreucci que, “sujeito ativo do crime é aquele que pratica a conduta
criminosa”. (ANDREUCCI, 2018, p. 81).
Leciona Estefam que, “sujeito passivo é o titular ou portador do interesse cuja ofensa
constitui a essência do crime”. (ESTEFAM, 2018, p. 86).
9. BEM JURÍDICO
O bem jurídico é o interesse protegido pela lei.
10. OBJETO MATERIAL
O objeto material, para Capez, é a pessoa ou coisa sobre as quais recai a conduta.
Por exemplo, o objeto material do homicídio é a pessoa; no furto, é a coisa subtraída.
(CAPEZ, 2020, p. 35)
11. CRIME COMISSIVO/OMISSIVO PRÓPRIO/IMPRÓPRIO
Crime omissivo próprio é aquele no qual não existe o dever jurídico de agir, e o
omitente não responde pelo resultado, mas apenas por sua conduta omissiva (v. g.,
arts. 135 e 269 do CP). Por exemplo, apropriação de coisa achada (art. 169,
parágrafo único, II). Trata-se de crime omissivo próprio porque só se consuma no
momento em que o agente deixa de restituir a coisa. (CAPEZ, 2020, 488).
Crime impróprio, é aquele no qual o omitente tinha o dever jurídico de evitar o
resultado, por exemplo, a mãe que descumpre o dever legal de amamentar o filho.
(CAPEZ, 2020, p. 488).
12. CRIME COMUM X PRÓPRIO
Crime comum é o que pode ser cometido por qualquer pessoa, por exemplo,
homicídio, furto. Crimes próprios só podem ser cometidos por determinada pessoa,
por exemplo, o crime de peculato.
13. CRIME INSTANTÂNEO X PERMANENTE
Crime instantâneo é quando consuma-se no instante momento, assim como o
homicídio, enquanto o crime permanente se estende por um certo período, por
exemplo, o sequestro.
14. O QUE É SISTEMA TRIFÁSICO DE DOSIMETRIA DA PENA?
É quando a pena é calculada de acordo com o critério trifásico, segundo as ordens
do artigo 59, do CP, em seguida aplica-se os critérios atenuantes e agravantes e, por
fim, as causas de diminuição e de aumento.
AULA 02 - 17/02/2022
1. CULPABILIDADE PENAL: Trata-se de um juízo de reprovação social, incidente
sobre o fato e seu autor, devendo o agente ser imputável, atuar com consciência
potencial de ilicitude, bem como ter a possibilidade e a exigibilidade de atuar de
outro modo, seguindo as regras impostas pelo Direito.
O que estudaremos:
a) Reprovação;
b) Imputável;
c) Consciência de Ilicitude;
d) Exigibilidade de Conduta Diversa.
CONTEXTUALIZAÇÃO:
CRIME: O que forma o crime - Teoria Tripartite
FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO CULPABILIDADE
● Conduta;
● Resultado;
● Nexo Causal;
● Tipicidade.
● Leg. Defesa;
● Est. de Necessidade;
● Exer. Regular de
Dto;
● Estrito Cumprimento
de Dever Legal.
● Imputabilidade
18; art. 16 (piada).
● Exigibilidade de
Conduta Diversa;
● Potencial
Consciência de
Ilicitude
(achar que é urso,
mas era uma pessoa
fantasiada)
*** POTENCIAL CONSCIÊNCIA DE ILICITUDE *** ASSUNTO ARTIGO
2. REFERÊNCIAS LEGAIS:
- Art. 22, CP
“Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hieráquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.”
- Art. 26 27, 28, CP
26 “É isento da pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Parágrafo Único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em
virtude de pertubação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto
ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.”
27 “Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos
às normas estabelecidas na legislação especial.”
28 “Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos;
§1º - é isento de pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
§2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”
3. TEORIAS:
● Psicologia: dolo/culpa
● Normativa: dolo/culpa, censura social e exigibilidade
● Normativa Pura: fato típico ilícito (culpabilidade)
● Funcionalista: fundamento da pena
4. ESPÉCIES:
● Culpabilidade: Juízo de reprovação (criticar comportamento) que recai na
conduta típica e ilícita que o agente se propõe a realizar. (algo que a pessoa
fez e é ilícito).
Formal - é aquela definida em abstrato, que serve ao legislador na edição da lei
para combinar os limites máximos e mínimos de pena atribuída a determinada infração
penal.
Material - é estabelecida no caso concreto, dirigida a um agente culpável que
cometeu um fato típico e ilícito, para a fixação da pena pelo juiz, ou seja, diz respeito à
puniçãoconcreta, para a dosimetria da pena.
● Coculpabilidade: Consiste em um princípio que defende a culpa
compartilhada entre o Estado e o autor da prática criminosa no momento do
cometimento de um delito, com vistas a reduzir a pena deste, ou seja, é uma
divisão de responsabilidade.
Ex: Cidadão que trabalhou a vida inteira para ganhar um salário mínimo (que
segundo o Estado no art. 6º, CF diz que é o suficiente para saúde, educação,
lazer e etc), recebe proposta de traficante para ganhar R$ 1.000,00 por
semana se traficasse junto com ele. O cidadão aceita, pois o salário mínimo
do Estado não era o suficiente para bancar as custas básicas de sua família
(exemplo de mãe morta no hospital sem atendimento; educação péssima,
etc).
COMO VAI DIVIDIR A RESPONSABILIDADE PENAL?
Aplica-se uma diminuição de pena pela situação histórica do cidadão.
● Fundamento: Art. 66, CP
“A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.”
ÀS AVESSAS:
Quando cidadão com alto poder aquisitivo comete crime. Neste caso a punição é
mais severa, pois o mesmo teve todos os direitos sociais (art. 6º, CF) as suas
disposições e mesmo assim comete fato típico e ilícito.
● Fundamento: Art. 59, caput, CP
“O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime,
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime.”
AULA 03 - 21/02/2022
O QUE EXCLUI A CULPABILIDADE? Este é o assunto!
EXCLUDENTE DA CULPABILIDADE PENAL:
Como excluir a CULPA (teoria tripartite). São três elementos: (IPE)
a) Imputabilidade;
b) Potencial conhecimento/consciência da ilicitude;
c) Exigibilidade de conduta diversa.
● IMPUTABILIDADE:
É a possibilidade de se atribuir a alguém a responsabilidade pela prática de uma
infração penal .
INIMPUTÁVEIS: Não é possível de se atribuir a responsabilidade pela prática de uma
infração penal. (Art. 26 - 27, CP). DA INIMPUTABILIDADE PENAL:
I. DOENÇA MENTAL:
“É isento de pena, o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, interiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.” - art. 26, CP
OBS 1. O critério usado para determinar a inimputabilidade por doença mental é o
critério biopsicológico, pois além do agente já possuir essa doença mental, ela deve
se manifestar no momento que ele executa a conduta delituosa, de modo que não
entenda o que está fazendo.
Ex: Epilepsia, Psicose Puerperal (mãe acaba de ter filho e mata-o achando que era
um monstro), Esquizofrenia, Psicose por Traumatismo de Crânio, Senilidade.
OBS 2. Deve ser denunciado e processado, para ao final do processo ele ser
absolvido (ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA = denúncia, processa, e é absolvido p/ medida
de segurança.)
Como provar no processo criminal?
Perito (médico psiquiatra) do Estado, apresentará para o juiz e o juiz requererá
restauração de doença mental.
OBS 3. Semi-imputável (art. 26, parágrafo único, CP):
“A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado NÃO era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento,” - art. 26, parágrafo único, CP
- Ou seja, não é inteiramente capaz, mas tem uma parcela de capacidade.
- Sanção diminuída de UM A DOIS TERÇOS.
- Sistema Vicariante ou Unitário: Não pode ser aplicada duas sanções penais
ao condenado. Ou é uma pena ou uma medida de segurança (modalidade de
internação ou tratamento ambulatorial // ambos de 1 a 3 anos). BR ADOTA
ISSO!
II. MENORES DE DEZOITO ANOS: Art. 27, CP
“Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando às normas
estabelecidas na legislação especial.” - Art 27, CP
- Não comete crime, comete ato infracional análogo ao crime, podendo
sofrer medida protetiva ou socioeducativa.
A PARTIR DAQUI O ARTIGO TRATA DOS IMPUTÁVEIS:
III. EMOÇÃO E PAIXÃO: Art. 28, I, CP
(Excesso acidental)
“Não excluem a imputabilidade penal:
I. A emoção ou a paixão.”
IV. EMBRIAGUEZ: Art. 28, II, CP (voluntária/culposa)
“Não excluem a imputabilidade penal:
II. A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substâncias de efeitos
análogos.”
- Embriaguez: é a intoxicação provisória causada pelo álcool ou
substância de efeitos análogos;
EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL:
- Pode ser voluntária (quando ele quer) ou pode ser culposa (não
queria ficar bêbado, mas ultrapassou seu limite sem perceber).
Ambos respondem pelo crime!
EMBRIAGUEZ ACIDENTAL: Aqui exclui!
Parágrafo 1º: “É isento da pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo
com esse entendimento.” Art. 28, §1º, CP
- Caso fortuito: Quando o agente desconhece algo, no caso, o efeito
inebriante da substância que ingere.
- Força maior: Quando o indivíduo é obrigado a alguma coisa, no caso,
a se embriagar.
Ambos, não respondem por crime.
Parágrafo 2º: “A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.” Art. 28, §2º, CP.
- Pena diminuída;
- Parcialmente incapaz.
** PREORDENADA ** Art. 61, II, i, CP
Agravante de pena → Para cometer crime eu bebo.
● POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE: ******
Capacidade do agente imputável entender a reprovabilidade da conduta. Exige-se
que o agente tenha condições de perceber que seu comportamento é vedado pelo
ordenamento jurídico.
O que elimina o PCI? erro de proibição.
ERRO DE PROIBIÇÃO x ERRO DE TIPO:
Ou seja, o erro de proibição exclui ou não a Potencial Consciência da Ilicitude, que
por consequência exclui a culpabilidade e afasta a condenação do crime.
EXEMPLO ESTUPRO DE VULNERAVEL
ERRO DE PROIBIÇÃO ESCUSÁVEL OU INESCUSÁVEL:
PARA NÃO FICAR CONFUSO: Em cada elemento do crime há um tipo de erro. Preste
atenção em cada erro para saber qual se encaixa nos seus respectivos elementos!!!
● EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA:
Nas circunstâncias, tinha o agente a possibilidade de agir de acordo com o
ordenamento jurídico, mas ele opta pela prática da infração penal.
Tinha a possibilidade de evitar (era possível evitar?) Se sim, ele será punido.
As hipóteses de excludente de culpabilidade (elemento do crime) por exigibilidade
de conduta diversa:
COAÇÃO MORAL: 1ª hipótese de excludente
- Obrigação moral que obriga a pessoa cometer crime.
Ex: gerente do banco que saca dinheiro ilícito para pagar sequestro da
família.
CUIDADO!
** Coação física ** → Elimina a conduta e NÃO a culpabilidade!
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA: 2ª hipótese de excludente da exigibilidade.
É a causa de exclusão da culpabilidade, fundada na inexigibilidade de conduta
diversa, que ocorre quando um funcionário público subalterno pratica uma infração
penal em decorrência do cumpreimento de ordem, não manifestamente ilegal,
emitida pelo superior hierárquico.
ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE (que desculpa ou diminui a culpa): 3ª
hipótese.
O bem jurídico sacrificado é de valor igual ou superior ao do bem jurídico salvo da
situação de perigo. Ex: para salvar seu patrimônio, o agente sacrifica a vida de
outrem, provocando-lhe a morte. Ou ainda, para salvar sua própria vida em situação
de perigo, o náufrago vem a causar a morte de outra pessoa que se encontrava na
mesma situação. Nesse caso, ocorre uma causa excludente de culpabilidade
(inexigibilidade de conduta diversa).
EXCESSO EXCULPANTE: 4ª Hipótese.
Essamodalidade é decorrente de medo, surpresa ou perturbação de ânimo,
fundamentados na inexigibilidade de conduta diversa
Ex: o agente, ao se defender de um ataque inesperado e violento, apavora-se e
dispara seu revólver mais vezes do que seria necessário para repelir o ataque,
matando o agressor. Pode constituir-se uma hipótese de flagrante imprudência,
embora justificada pela situação especial por que passava.
Embora o direito brasileiro não se possa considerar o medo como excludente de
culpabilidade, é certo que ele pode dar margem a reações inesperadas por aquele
que o sente, valendo levar esse estado de espírito em conta na análise de legítima
defesa e do estado de necessidade, em especial quando se discute ter havido
excesso.
EXCESSO ACIDENTAL: 5ª Hipótese.
Agente, ao proteger bem jurídico atua em excesso, mas o exagero decorrente de
caso fortuito (não sabia) é meramente acidental.
Ex: disparos de arma de fogo são dados contra o autor de uma agressão, que cai
sobre um gramado sobrevivendo. Os mesmos disparos podem ser desferidos e o
agressor cair sobre o asfalto, batendo a cabeça na guia, situação que, associada aos
tiros sofridos, resulta na sua morte.
Teria havido moderação? É possível que, considerando o resultado havido, no
primeiro caso o juiz considere ter sido razoável a reação, embora no segundo, por
conta da morte, chegue-se à conclusão de ter havido um excesso.
Seria esse excesso meramente acidental, pois o caso fortuito estava presente, não
podendo o agente responder por dolo ou culpa.
“mais ou menos um preterdolo"
OBS: Art. 121, §1º, CP
“Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.”
RECAPITULANDO: As excludentes de CULPABILIDADE SÃO:
1. Doença mental ou retardada;
2. Embriaguez (observar as situações);
3. Menoridade;
4. Erro de proibição escusável;
5. Exigibilidade de conduta diversa;
6. Coação moral;
7. Obediência hierárquica;
8. Estado de necessidade exculpante;
9. Excesso exculpante;
10. Excesso acidental.
https://www.youtube.com/watch?v=YOqN61mpOJk
34
AULA 04 - 24/02/2022
CONCURSOS DE PESSOAS
● REFERÊNCIAS:
https://www.youtube.com/watch?v=YOqN61mpOJk
- Art. 29, 30 e 31, CP
● TEORIAS:
a) Unitária
- Todos respondem pelo crime;
- Adota no BR.
b) Pluralista
- Há delitos autônomos;
- Ex: aborto → art. 124, 126, CP.
c) Dualista
- Separa-se autor e partícipe.
● NÃO HÁ NO CP DISTINÇÃO ENTRE AUTOR E PARTÍCIPE:
1. ESPÉCIES
● AUTOR: Protagonista do crime.
● CO AUTOR/AUTOR: Mais de um autores.
● PARTICIPE: Auxiliam, ainda que moralmente, no crime.
● EXECUTOR DE RESERVA: Completar o “serviço”.
● CONIVENTE: Quando vê o crime e não fala nada.
- É exceção (art. 13, CP), não é punido, pois não é autor, co autor ou
partícipe.
OBS. 1: Deve existir fato típico e ilícito.
OBS. 2: Lembre-se:
⇒ Crime Plurissubjetivo (art. 288) → mais de uma pessoa.
⇒ Crime Unissubjetivo→ praticado por uma pessoa.
⇒ Crime de Participação Necessária→ preciso de uma criança (ex: corrupção de menores).
2. REQUISITOS - PARA PUNIÇÃO DE PARTÍCIPE
- 2 ou mais agentes;
- Relação de Causalidade;
- Punição pelo mesmo crime que o autor;
- Existência de crime;
● VÍNCULO PSICOLÓGICO:
- Vontade de cometer crime, você colabora “sem querer” e acontece.
Ex: Você está almoçando e o autor pede a sua faca para cometer
crime, você colabora e dá a faca.
3. EFEITOS JURÍDICOS - PARTÍCIPE
● REDUÇÃO DE PENA: Art. 29, §1º (⅙ a ⅓)
- Quando a participação for de menor importância.
● PARTICIPAÇÃO EM CRIME DIVERSO: Art. 29, §2º
Resultado mais grave, é possível?
- Só pode ser responsabilizado pelo crime que queria cometer. Se o
autor se exceder (do combinado com o partícipe) só ele vai responder
por essa exceção, o partícipe não.
● IMPUTABILIDADE DOS ATOS PREPARATÓRIOS: Art. 31
- Só se tiver um ato de consumação > Iter Criminis.
4. INCOMUNICABILIDADE DE CIRCUNSTÂNCIAS
- Não está no CP, mas é relevante no direito penal.
● ART. 30, CP
- Não se comunica com co autor e partícipe.
Ex: Confissão; menoridade relativa; reincidência - 21 anos?
AULA 05 - 28/02/2022 - FERIADO
AULA 06 - 03/03/2022
PENA
1. O QUE É A PENA?
Sansão disciplinar e preventiva. É a retribuição imposta pelo Estado em razão da
prática de um ilícito penal e consiste na privação de bens jurídicos determinada pela
lei, que visa à readaptação do criminoso ao convívio social e à prevenção em relação
à prática de novas transgressões.
● LEI 6.001/13: Art. 57 - Exceção > Índios podem punir de acordo com suas
próprias regras.
“Será tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as intituições
próprias, de sanções penais ou disciplinares contra seus membros, desde que
não revistam caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena a
pena de morte.” - Art. 57 da Lei 6.0001/13
2. PENAS COMINADAS ABSTRATAMENTE
● ISOLADAMENTE: Ex. Art. 121, CP (somente reclusão)
● CUMULATIVAMENTE: Ex. Art. 155, CP (pena reclusão e multa)
● ALTERNATIVAMENTE: Ex. Art. 147, CP (pena detenção ou multa)
3. PRINCÍPIOS - As penas devem respeitar os seguintes princípios
constitucionais:
● PERSONALIDADE/PESSOALIDADE/INTRANSCENDÊNCIA: A pena não
pode passar da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do
patrimônio transferido (Art. 5º, XLV).
● LEGALIDADE: Não há pena sem prévia cominação legal (Art. 5º, XXXIX).
Significa que a pena deve estar prevista em lei vigente à época do delito.
● INDERROGABILIDADE: Significa que nenhuma pena poderá deixar de ser
aplicada por vontade do julgador ou qualquer outra autoridade.
● PROPORCIONALIDADE: A pena deve ser proporcional ao crime cometido
(Art. 5º, XLVI e XLVII).
● INDIVIDUALIZAÇÃO: A lei deve regular a individualização da pena de
acordo com a culpabilidade e os méritos pessoais do acusado (Art. 5º, XLVI).
● HUMANIDADE: Vedação da pena de morte, penas cruéis, de caráter
perpétuo, de banimento ou de trabalhos forçados (Art. 5º, XLV). A pena de
morte só é possível em situações específicas de guerra declarada.
● BAGATELA IMPRÓPRIA: Também chamado de princípio da irrelevância
penal do fato, que procura extinguir a punibilidade de condutas que, apesar
de apresentarem certa relevância penal, acabam por tornar desnecessária a
aplicação da pena. Art. 59, CP.
Obs: Não se confunde com o princípio da insignificância que é uma bagatela
própria.
4. FINALIDADE DA PENA - Três teoria que buscam explicar as finalidades da
pena:
● RETRIBUIÇÃO OU ABSOLUTA: A finalidade é punir o infrator pelo mal
causado à vítima, seus familiares e coletividade. Como o próprio nome já diz,
a pena é uma retribuição.
- Se uma pessoa causar mal em alguém, o Estado causará “mal”
(prevenir novos crimes) a ela.
● PREVENÇÃO OU RELATIVA: A finalidade da pena é de intimidar, evitar que
delitos sejam cometidos.
● CONCILIATÓRIA OU MISTA: A pena tem duas finalidades, ou seja, punir e
prevenir.BR
5. REFERÊNCIAS LEGAIS
- Art. 59, CP
- Art. 121, §5º, CP
- Art. 10, 22, LEP
- CADH, Art. 5º,
6. ESPÉCIES DE PENA
● PRIVATIVAS DE LIBERDADE (art. 33, CP): As penas privativas de liberdade
são as seguintes:
a) Reclusão: cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto.
(prisão)
b) Detenção: cumprida em regime semiaberto ou aberto, salvo a
hipótese de transferência excepcional para o regime fechado.
(colônia)
c) Prisão Simples: prevista apenas para as contravenções penais e pode
ser cumprida nos regimes semiaberto ou aberto. (casa de albergado)
No desenvolvimento do direito penal, vários sistemas foram adotados em relação à pena
privativa de liberdade. O sistema da Filadélfia caracterizava-se pelo isolamento do preso
em sua cela. No sistema de Auburn, o preso trabalhava durante o dia e se recolhia à noite.
Pelo sistema inglês,a pena era cumprida em diversos estágios, havendo progressão de um
regime inicial mais rigoroso para outras fases mais brandas, de acordo com os méritos do
detento e com o cumprimento de determinado tempo da pena.
Esse sistema progressivo foi adotado no Brasil, já que o art. 33, §2º, CP estabelece que
méritos do condenado, passando de um regime mais rigoroso para outro mais brando.
Na aula 08 veremos mais detalhes acerca dessa pena.
● RESTRITIVAS DE DIREITO (art. 43. CP): Elas são autônomas e substituem a
pena privativa de liberdade por certas restrições ou obrigações. Dessa forma
elas têm caráter substitutivo, ou seja não são previstas em abstrato no tipo
penal e, assim, não podem ser aplicadas diretamente.
As conversões das penas restritivas de direitos (art. 45, CP):
a) Pecuniária: consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus
dependentes ou à entidade pública ou privada com destinação social.
b) Perda de bens e valores: refere-se a bens ou valores (títulos, ações)
pertencentes ao condenado e que reverterão em favor do Fundo
Penitenciário Nacional, tendo como teto - o que for maior - o
montante do prejuízo causado ou provento obtido pelo agente ou por
terceiro em consequência da prática do crime.
c) Limitação de fim de semana: consiste na obrigação de permanecer,
aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa do albergado
ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência, poderão
ser ministrados ao condenado cursos ou palestras ou atribuídas
atividades educativas (parágrafo único).
d) Prestação de serviço à comunidade ou entidade pública: consiste na
atribuição ao condenado de tarefas gratuitas em entidades
assistenciais, hospitais, escolas ou outros estabelecimentos
congêneres, em programas comunitários ou estatais (art. 45, §2º).
Não é remunerada. Somente quando a pena privativa for superior a 6
meses.
e) Interdição temporária de direitos: o artigo 47 do CP estabelece que
são:
I. proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública,
bem como de mandato eletivo;
II. proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização
do poder público;
III. suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir
veículo;
IV. proibição de frequentar determinados lugares;
V. proibição de inscrever-se em concursos, avaliações ou exames
públicos.
Na aula 09 veremos mais detalhes acerca da pena restritiva de liberdade.
● PENA DE MULTA: Existem duas espécies de multa:
a) aquela que expressamente prevista no preceito secundário do tipo
penal. Ex.: no crime de furto simples, a pena prevista no art. 155,
caput, do CP é reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
b) aquela aplicada em substituição a uma pena privativa de liberdade
não superior a 1 ano (art, 44, §2º, do CP). É chamada de multa
substitutiva ou vicariante.
OBS.:
1. ABOLICIONISMO: Será que precisamos aplicar o direito penal em tudo?
2. DIREITO PENAL MÁXIMO: Sim, precisamos aplicar o direito penal em tudo!
3. GARANTISMO PENAL: O direito penal deve sempre garantir o bem jurídico de
todos, impondo mais regras.
4. DIREITO PENAL DO INIMIGO: É um modelo teórico de política criminal que
estabelece a necessidade de separar da sociedade, excluindo das garantias e
direitos fundamentais, aqueles que o Estado considere como inimigos. Foi
desenvolvido pelo alemão Jakobs.
- Pessoas que cometem crimes contra uma nação, deve ser aplicado um direito
penal diferente.
**Isso não acontece no Brasil por causa do princípio da isonomia (a lei será a
aplicada de forma igualitária entre as pessoas)**
AULA 07 - 08/03/2022
CORREÇÃO DOS TRABALHOS E ATIVIDADE VALENDO PONTO EXTRA
AULA 08 - 10/03/2022 2ª AULA SOBRE PENA
PENAS PRIVATIVA DE LIBERDADE
- Obs: CP e LEP;
- MORFOLOGIA PROCESSUAL:
1. REGIME FECHADO 8 +
● ART, 33, §1º, “a”.
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de
segurança máxima ou média.
● RDD. 52, LEP
Regime Disciplinar Diferenciável: é uma espécie de regime de cumprimento
de pena privativa de liberdade cujas regras são mais rígidas que as do
regime fechado, podendo ser cumprida em presídios comuns ou em presídios
federais.
I - duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo da sanção por nova falta
grave da mesma espécie;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas quinzenais, de 2 pessoa por vez, a serem realizadas instalações
equipadas para impedir contato físico e a passagem de objetos, por pessoa
da família ou, no caso de terceiros autorizados judicialmente, com duração de
2 horas;
IV - direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol,
em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do
mesmo grupo criminoso;
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em
instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos,
salvo expressa autorização judicial em contrário;
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por
videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo
ambiente do preso.
ORDEM JUDICIAL (54, LEP) QUESTÃO 03
“As sanções dos incisos I ao IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado
do diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado
despacho do juiz competente.”
Ordens do Diretor: art. 53
I. Advertência verbal;
II. Repreensão;
III. Suspensão ou restrição de direitos (art. 41, LEP);
IV. Isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o
disposto no art. 88 desta Lei;
Ordem do Juiz: art. 53
V. Inclusão no regime disciplinar diferenciado.
● CELA REGIME FECHADO NA PPL (art. 88, LEP)
- Alojamento individual, que conterá dormitório, aparelho sanitário e
lavatório
Requisitos básicos da unidade celular: (§ único)
a) Salubridade do ambiente para concorrência dos fatores de aeração,
insolação e condicionamento térmico adequado para à existência
humana;
b) Área mínima de 6,00 m².
● TRABALHO EXTERNO (art. 36, LEP)
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% do total de
empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira
a remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento
expresso do preso.
ART. 37: Para a prestação de trabalho externo, dependerá:
- de aptidão, disciplina e responsabilidade (bom comportamento);
- cumprimento mínimo de 1/6 da pena.
2. REGIME SEMIABERTO 4-8 ANOS
● ART. 33, §1º, “b”, CP.
- regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola,
industrial ou estabelecimento similar.
● SAÍDA TEMPORÁRIA - Art. 122, LEP
I - visita à família;
II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do
2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio
social.
Observações:
§1º (quando determinado pelo juiz, poderá o condenado ser monitora
eletronicamente).
§2º (não tem direito a saída temporária o condenado pelo crime hediondo
com resultado morte).
Requisitos: art. 123 (o juiz que decide)
I - comportamento adequado (durante 12 meses);
II - cumprimento de 1/6 da pena, se o condenado for primária, e ¼, se
reincidente;
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
3. REGIME ABERTO ATÉ 4 ANOS
● ART. 33, §1º, “c”.
- regime aberto à execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento público.
Sobre o regime aberto, Nucci ensina que “Baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado (art. 36, CP). O condenado deve recolher-se,
durante o repouso noturno [...], desenvolvendo atividades laborativas externas
durante o dia.
3.1. REGIME DE PRISÃO ALBERGUE DOMICILIAR
● Art. 117, LEP - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de
regime aberto em residência particular quando se tratar de:
I. condenado maior de 70 anos;
II.condenado acometido de doença grave;
III. condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV. condenada gestante.
3.2. PROGRESSÃO DE REGIME - (Art. 112, LEP) QUESTÃO 02
É um direito garantido a presos que estão em cumprimento de pena, e querem
passar de um regime rigoroso a um regime menos rigoroso.
TTT → EQUIPARADO
OBSERVAÇÕES:
Critério Objetivo: são as porcentagens.
Critério Subjetivo: é a progressão de regime, mediante bom comportamento.
Portanto, o preso que está em regime fechado progride para o regime semi-aberto, e
assim para o regime aberto.
**PROGRESSÃO MULHER GESTANTE OU RESPONSÁVEL POR CRIANÇAS COM
DEFICIÊNCIA** (art. 112, §3º, LEP)
→ 1/8 + sem V ou GA + não integrar em organização;
→ Não ter cometido o crime contra o seu filho ou dependente;
→ Além do bom comportamento.
3.3. PROGRESSÃO POR SALTO
O STJ, em súmula 491, decidiu pela impossibilidade da aplicação da progressão
per saltum, justificando que o apenado deve cumprir a fração exigida em cada
regime individualmente, seguindo um regime escalonado. À primeira vista, é mais
justo e correto sistema.
- Quando não tem onde cumprir, fica em casa. (Por falha do sistema prisional).
3.4. REGRESSÃO DE REGIME - Art. 112, §4º, LEP
O consentimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do
benefício previsto no §3º deste artigo.
- Se cometer crime enquanto preso, regressa ao regime anterior.
3.5. REMIÇÃO - Art. 126, LEP
O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir,
por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
§1º - A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:
I. 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade
de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou
ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;
II. 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
Ou seja, a cada 12 hrs de estudos ou 3 dias de trabalho, um dia a menos na pena.
3.6. LIVRAMENTO CONDICIONAL - Art. 83, LEP
- É o benefício que pode ser concedido a um condenado, que permite o
cumprimento da pena em liberdade até o total de sua pena.
Artigo - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I. cumprida mais de um terço (1/3) da pena se o condenado não for reincidente
em crime doloso e tiver bons antecedentes;
II. Cumprida mais da metade (1/2) se o condenado for reincidente em crime
doloso;
III. Comprovado:
a) bom comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho
honesto.
IV. Tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado
pela inflação;
V. Cumprido mais de dois terços (2/3) da pena, nos casos de condenação por
crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, tráficos de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente
específico em crimes dessa natureza.
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à
constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a
delinquir.
OBS: Vedado para hediondo com morte
- Não é possível livramento condicional.
OBS: Revogação do livramento - Art. 86, 87, CP
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado à pena
privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:
I. por crime cometido durante a vigência do benefício;
II. por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste código.
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente
condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.
3.7. PERMISSÃO DE SAÍDA Art. 120, LEP
Art. 120 - Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e
os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento,
mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I. falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão;
II. necessidade de tratamento médico (§ único do art. 14).
Parágrafo único - A permissão de saída será concedida pelo diretor do
estabelecimento onde se encontra o preso.
Art. 121 - A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração
necessária à finalidade da saída.
3.8. DETRAÇÃO PENAL - Art. 42
Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo
de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de
internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.
- A prisão cautelar será motivo para diminuir a pena.
Ex: Pessoa presa na P.
cautelar durante 1 ano. Será
descontado da pena.
AULA 09 - 14/03/2022
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Ao invés de ser preso recebe uma punição alternativa.
● FINALIDADE DA PENA: Elas são autônomas e substituem a pena privativa de
liberdade por certas restrições ou obrigações. Dessa forma elas têm caráter
substitutivo, ou seja, não são previstas em abstrato no tipo penal e assim, não
podem ser aplicadas diretamente.
● ESTÁ NO PRECEITO SECUNDÁRIO?
- Primário ⇒ descrição típica.
● NATUREZA JURÍDICA PENAIS: (para que serve e como é?)
São:
→ Autônomas (só dependem de si mesmo; não pode ser cumulada por outro tipo de
pena).
→ Substitutivas (ao invés de ser preso, recebe uma punição alternativa).
Exceto: (não pode ser substitutivas)
- 292, CTB;
- 302, CTB;
- 28 Lei de drogas.
● REFERÊNCIA LEGAL:
- 43 a 48.
1. REQUISITOS
a) Pena de 4 anos
- Pena superior a isso não pode!
b) Sem violência/grave ameaça
- Roubo não pode; furto sim.
c) Não reincidente específico (art. 44, §3º)
- Quando comete crime sendo que já tem uma condenação (o mesmo
crime em específico); ou seja, caso ele cometa o mesmo crime não
terá pena restritiva de direito.
d) Circunstâncias do crime: (art. 44, III) questão 03
Pode ser substitutiva quando:
➢ Que o crime seja culposo (qualquer que tenha sido a pena fixada), ou
que, nos crimes dolosos, seja aplicada pelo juiz pena privativa de
liberdade não superior a 4 anos, desde que o delito tenha sido
cometido sem emprego de violência ou de grave ameaça à pessoa.
OBS: O crime de tráfico de drogas onde não necessariamente não
envolve o emprego de violência ou grave ameaça, os condenados não
poderão obter substituição de pena, por haver expressa vedação no
art. 44, caput, da Lei n. 11,343/2006 (Lei de drogas).
➢ A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade
do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem
que essa substituição seja suficiente.
OBS:
- Crime culposo ⇒ qualquer pena (o réu terá direito, independente da
quantidade da pena);
- Crime hediondo ⇒ STF diz que é possível a aplicação, no entanto é
difícil aplicar por ser doloso.
OBS. 2: Violência doméstica
- Não é possível quando aplicada a lei Maria da Penha;
- Quando aplicada em um contexto de faculdade (exemplo que o prof
deu → ex. alguém bater em alguma menina aleatória), pode ser
aplicada.
2. QUANDO É CONVERTIDO?
Pena restritiva de direitos só pode ser executada após trânsito em julgado, diz STJ.
3. 1 OU 2 PENAS RESTRITIVAS?
Art. 44, §2º - Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feito
por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena
privativa de liberdade pode ser substitutiva por uma pena restritiva de direitos e
multa ou por duas restritivas de direitos.
4. ESPÉCIES
a. Pecuniária: consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes
ou à entidade pública ou privada com destinação social.
- Ideia de cesta básica (ojuiz que determina, pois não existe no CP).
Neste caso, vai para a vítima, se a vítima estiver morta vai para seus
dependentes, ou ainda destinação social.
Se não pagar é preso.
b. Perda de bens e valores: refere-se a bens ou valores (títulos, ações)
pertencentes ao condenado e que reverterão em favor do Fundo
Penitenciário Nacional, tendo como teto - o que for maior - o montante do
prejuízo causado ou provento obtido pelo agente ou por terceiro em
consequência da prática do crime.
c. Limitação de fim de semana: consiste na obrigação de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa do albergado ou outro
estabelecimento adequado. Durante a permanência, poderão ser ministrados
ao condenado cursos ou palestras ou atribuídas atividades educativas
(parágrafo único).
d. Prestação de serviço à comunidade ou entidade pública: consiste na
atribuição ao condenado de tarefas gratuitas em entidades assistenciais,
hospitais, escolas ou outros estabelecimentos congêneres, em programas
comunitários ou estatais (art. 45, §2º). Não é remunerada. Somente quando a
pena privativa for superior a 6 meses.
- 1 hora de trabalho > 1 dia de condenação.
e. Interdição temporária de direitos: o artigo 47 do CP estabelece que são:
VI. proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública,
bem como de mandato eletivo;
VII. proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização
do poder público;
VIII. suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir
veículo;
IX. proibição de frequentar determinados lugares;
X. proibição de inscrever-se em concursos, avaliações ou exames
públicos.
OBS: RECONVENÇÃO
§4º A pena restritiva de direito converte-se em privativa de liberdade quando
ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena
privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva
de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.
§5º Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da
execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for
possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Em outras palavras, se não cumprir a pena, perde o direito.
AULA 10 - 17/03/2022
MULTA
Nucci ensina que “é uma sanção penal consistente no pagamento de uma determinada
quantia em pecúnia, previamente fixada em lei, destinada ao Fundo Penitenciário”.
● ESTÁ NO PRECEITO SECUNDÁRIO?
- Via de regra sim!
● PENA AUTÔNOMA/SUBSTITUTIVA
- É a natureza jurídica.
● REFERÊNCIA LEGAL
- Art. 49 a 52, CP
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia
na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo,
360 ) trezentos e sessenta dias-multa.
- Ou seja, o condenado pagará ao fundo penitenciário.
Mas qual é o sistema adotado pelo CP com relação à pena de multa?
R: O CP adotou o sistema de dias-multa. Então juiz por meio desse mínimo e
máximo, de acordo com a natureza da infração e olhando principalmente para a
capacidade econômica do condenado, vai verificar quantos dias-multa irá aplicar ao
caso concreto.
Portanto:
Na 1ª etapa o juiz decidirá quantos dias-multa (podendo ser de 10 a 360
dias-multa) → ISSO É UMA REGRA (Se é uma regra, é porque tem exceção)
Qual é essa exceção?
No crime de tráfico de drogas variam de 500 a 100 dias-multa.
Quanto vale cada dia-multa? 2ª ETAPA
§1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a
5 (cinco) vezes esse salário.
- Ou seja, pode variar de 1/30 do salário mínimo até 5 vezes o valor do salário
mínimo.
Como que o juiz vai aplicar essa multa?
1º ele verifica se vai aplicar se vai variar de 10 a 360;
2º ele vai identificar de acordo com a capacidade econômica do agente quanto vai
valer cada dia-multa.
Atenção:
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à
situação econômica do réu.
§1º - A multa pode ser aumentada até o triplo se o juiz considerar que, em virtude
da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
● VIOLAR VARIÁVEL:
● ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Art. 49, §2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices
de correção monetária.
- Ou seja, do fato à sentença.
● PRAZO PARA PAGAMENTO:
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em
julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o
juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.
● DESCONTO DO SALÁRIO:
Art. 50, §1º - A cobrança de multa pode efetuar-se mediante desconto no
vencimento ou salário do condenado quando:
a) aplicada isoladamente;
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direito;
c) concedida a suspensão condicional da pena.
Em outras palavras, é descontado da folha de pagamentos (o juiz ordena e a
empresa obedece)!
OBS: Não pode pegar todo o salário do condenado!
§2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do
condenado e de sua família.
● PARCELAMENTO:
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em
julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o
juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.
- O juiz determinará até 20%.
● AUSÊNCIA DE PAGAMENTO GERARÁ PRISÃO?
Não!
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada
perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as
normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às
causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
Em outras palavras, se o sujeito é condenado a pena de multa e não paga, sai o
direito penal e entra o direito tributário, porque aquele valor que deveria ser
recolhido para o Estado vai se tornar dívida ativa. Então o Estado deve cobrar por
meio de execução fiscal.
Quem é o representante do Estado que vai cobrar?
R: De acordo com o STF é o Ministério Público que detém a competência para cobrar
esse valor. Esse entendimento do STF é desde 2018!!!
● MULTAS E LIMITES DE PENA
Art. 60, §2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses,
pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art.
44 deste Código.
Art. 44, §2º - Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita
por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena
privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e
multa ou por duas restritivas de direitos.
● SITUAÇÃO ECONÔMICA DO RÉU
- Conforme sua situação.
OBS: Art. 11, CP
Centavos?
Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de
dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
- Não centavos;
- Na época era cruzeiro, agora é real.
AULA 11 - 21/03/2022
APLICAÇÃO DA PENA
Nucci ensina que “é o método judicial de discricionariedade juridicamente vinculada visando
à suficiência para prevenção e reprovação da infração penal. O juiz, dentro dos limites
estabelecidos pelo legislador (mínimo e máximo, abstratamente, fixados para pena), deve
eleger o'quantum ideal, valendo-se do seu livre convencimento (discricionariedade),
embora com fundamentada exposição do seu raciocínio ( juridicamente vinculada).
O Código Penal, em seu art. 68, consagrou o critério trifásico para a fixação da pena,
adotando a teoria defendida por Nélson Hungria.
● REFERÊNCIA LEGAL
- Art. 53, 54 e 68 do CP.
● CRIME QUALIFICADO - Questão 03
As qualificadoras não entram nas fases de fixação da pena, pois, com o
reconhecimento de uma qualificadoras, altera-se a própria pena em abstrato,
partindo o juiz, já de início, de outrosno art. 155, caput, do CP, ou seja, reclusão, de
1 a 4 anos, e multa. Com o reconhecimento de uma qualificadora, o juiz iniciará a 1ª
fase tendo em mente a pena de reclusão, de 2 a 8 anos, prevista no art. 155, §4º, do
CP.
- Não é dosimetria;
- Vai definir o máximo e o mínimo.
Ex: 6-20 anos (quanto vai pegar?)
- É antes da dosimetria;
OBS: “Duplamente, triplamente" qualificado → é errado!
ATENÇÃO: Qualificadora altera o mínimo e o máximo da pena.
Não é relacionada a pena-base, intermediária ou definitiva.
Não é sobre 1ª. 2ª e 3ª fase da dosimetria (não tem nada haver com dosimetria!!!).
NA PROVA:
“O crime qualificado…” → nenhuma está correta > ESTÁ É A ALTERNATIVA
CORRETA.
● PENA - é o caminho da dosimetria da pena (tutorial); ISSO É DOSIMETRIA:
1º PASSO→ BASE
Define a pena com circunstâncias judiciais.
2º PASSO→ INTERMEDIÁRIA
São agravantes e atenuantes.
3º PASSO→ DEFINITIVA
São causas de aumento ou diminuição.
● DISCRICIONARIEDADE JUDICIAL
Em relação às circunstâncias judiciais agravantes e atenuantes NÃO constou no CP
a quantidade de aumento ou diminuição da pena.
Ex: Não tem na lei “antecedente aumenta tantos anos”... No entanto, a pena 2ª a
doutrina aumenta 1/8.
● LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO
O juiz/advogado/promotor sempre deve fundamentar a dosimetria da pena.
- Art. 93, IX, CF
● SENTENÇA JUDICIAL → DOSIMETRIA DA PENA
A dosimetria da pena é no final do processo > sentença judicial, sendo possível de
recurso.
1. PENA: BASE→ 1ª FASE
Aplicação as circunstâncias judiciais:
Na 1ª fase, ao julgar procedente a ação penal, deve fixar a pena, passando pelas três
fases descritas no art. 68 do CP.
“A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último,
as causas de diminuição.” - Art. 68, CP (Sistema que o juiz adota para a dosagem
da pena).
No 1ª MOMENTO é a identificação da pena-base; (1ª fase)
No 2ª MOMENTO é identificado as agravantes e atenuantes; (2ª fase)
No 3º MOMENTO é identificado as causas de aumento e de diminuição. (3ª fase)
OBSERVAÇÃO: HUNGRIA VS. LYRA
Durante a vigência do Código 1940, houve discussão doutrinária a respeito de
quantas etapas estariam compreendidas no processo de fixação da pena. De um
lado Nélson Hungria entendia haver três fases, a saber, pena-base, circunstâncias
agravantes e atenuantes e causas de aumento e diminuição de pena.
Por outro lado, Roberto Lyra sustentava a necessidade de serem consideradas as
circunstâncias agravantes e atenuantes concomitantemente à pena-base. O tema foi
resolvido na reforma de 1984, deixando claro o Código a opção pelo sistema em
três etapas.
O SISTEMA ADOTADO PELO CÓDIGO: SISTEMA TRIFÁSICO
NA 1ª FASE, O JUIZ OLHA O ARTIGO 59:
O art. 59 menciona as seguintes circunstâncias:
a) Culpabilidade - refere-se ao grau de reprovabilidade da conduta, de acordo
com as condições pessoais do agente e das características do crime.
b) Antecedentes - são os fatos bons ou maus da vida pregressa do autor do
crime, se há outras condenações + maus antecedentes.
c) Conduta Social - refere-se ao comportamento do agente em relação às suas
atividades profissionais, relacionamento familiar e social etc. Na prática, as
autoridades limitam-se elaborar um questionário, respondido pelo próprio
acusado, no qual este informa detalhes acerca de sua vida social e
profissional. Tal questionamento, entretanto, é de pouco valia.
d) Personalidade - o juiz deve analisar o temperamento e o caráter do acusado,
levando ainda em conta a sua periculosidade. Personalidade, portanto, é a
índole do sujeito, seu perfil psicológico e moral.
e) Motivos do Crime - são os precedentes psicológicos do crime, ou seja, os
fatores que o desencadearam, que levaram o agente a cometê-lo.
Se o motivo do crime constitui qualificadora, causa de aumento ou
diminuição de pena ou, ainda agravante ou atenuante genérica, não poderá
ser considerado como circunstância judicial, para evitar o bis in idem (dupla
exasperação pela mesma circunstância).
f) Circunstâncias do Crime - refere-se à maior ou menor gravidade do delito
em razão do modus operandi no que diz respeito aos instrumentos do crime,
tempo de duração, forma de abordagem, objeto material, local da infração
etc.
g) Consequências do Crime - refere-se à maior ou menor intensidade da lesão
produzida no bem jurídico em decorrência da infração penal.
Ex: Matar o pai na frente do filho, gerou consequências na criança.
h) Comportamento da Vítima - se ficar demonstrado que o comportamento
anterior da vítima de alguma forma estimulou a prática do crime ou, de
alguma outra maneira, influenciou negativamente o agente, a sua pena
deverá ser abrandada.
- Se a vítima provocou.
CONCLUSÃO:
Todos são chamados de circunstâncias judiciais.
- Para definir a quantidade da pena na 1ª fase (base) da dosimetria da pena.
OU SEJA, feito essas circunstâncias, o juiz definirá a pena-base.
O CÓDIGO PENAL não diz em quanto o juiz deve aumentar ou diminuir a pena, em
face das circunstâncias judiciais favoráveis e desfavoráveis, ficando a critério do juiz.
Todo aumento ou redução deve se dar de forma fundamentada, sob pena de
nulidade.
Caso o juiz não fundamente, o Tribunal mandará voltar os autos anulando o cálculo
da pena, e não a sentença.
A jurisprudência sugere 1/6, seja a circunstância judicial favorável ou desfavorável,
já a melhor doutrina sugere 1/8 (esse é mais aceito), haja vista que temos para o
Código Penal 08 (oito) circunstâncias judiciais.
**PROVA: Alguma questão mais ou menos isso: “as circunstâncias judiciais poderão
aumentar…”**
**Circunstâncias judiciais são determinantes:
I- as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II- a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III- o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV- a substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra espécie de
pena, se cabível.
● PENAS:
- Multa;
- PPL;
- PRD.
● REGIME INICIAL:
- Fechado;
- Semi-aberto;
- Aberto.
● PRD
O PROF PASSOU A ATIVIDADE 06 PARA FIXAÇÃO
AULA 12 - 24/03/2022
AGRAVANTES E ATENUANTES
● 2ª FASE DA DOSIMETRIA: Defagarão efeitos jurídicos na 2ª FASE intermediária da
pena. Ou seja, a pena intermediária é o resultado obtido na 2ª fase do cálculo.
- Pena intermediária;
- Não pode atenuar a Pena-Base;
- Agrava ou atenua 1/6 (é a mais aceita pela doutrina e jurisprudência, pois
não está no CP).
● SÚMULA 231, STJ: “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à
redução da pena abaixo do mínimo legal.”
Ex: Em um crime de furto simples (1-4 anos)
A súmula quer dizer que o juiz no momento que ele está no exame da 2ª FASE, ele
não pode estabelecer a pena abaixo do mínimo legal.
Portanto na 1ª e na 2ª FASE, o juiz não pode ir além do mínimo legal. Somente na 3ª
FASE que o juiz poderá “estrapolar” para mais ou menos.
● REFERÊNCIA LEGAL: Art. 61 - 67, CP.
1. AGRAVANTES
Art. 61, CP → “São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime: [...]
A) REINCIDENTE (I)
Período Depurador (5 anos) = Depois do SPCTJ = Art. 64, I, CP
- Duração da reincidência;
- Obs: Maus antecedentes não se aplica esse prazo quinquenal.
CONCEITO → Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (Art. 63, CP).
CRIME MILITAR PRÓPRIO E POLÍTICO?
Não considera reincidência por esses crimes.
→ Crime Militar Próprio ⇒ É aquele que tem uma previsão exclusiva no CPM
(Código Penal Militar).
OBS: Não confundir com Crime Militar Impróprio (aquele que tem previsão legal
tanto no CP quanto no CPM.
→ Crime Político ⇒ É aquele de motivação política que lesione ou ameaça a
estrutura político-social vigente no país, isto é, atentam contra a ordem
constitucional ou o Estado Democrático.CONTRAVENÇÃO PENAL?
Se a pessoa é condenada
definitivamente por:
E depois da condenação
definitiva pratica novo (a)
Qual será a consequência?
Crime (Br ou exterior) Crime Reincidência
Crime (Br ou exterior) Contravenção Reincidência
Contravenção (Br) Contravenção Reincidência
Contravenção (Br) Crime Não haverá Reincidência, mas
parcela da doutrina entende
que o juiz poderá valorar
Maus Antecedentes
Contravenção (exterior) Crime ou Contravenção Não haverá Reincidência
SÚMULA 241 DO STJ → “A reincidência penal não pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.”
ART. 28 → Decisão do STJ > A condenação pelo art. 28 da Lei 11.343/2006 (porte
de droga para uso próprio) não configura reincidência.
CRIME CULPOSO → Decisão STF > As agravantes (com exceção a reincidência) não
se aplicam aos crimes culposos.
61, II, CP: Ter o agente cometido o crime:
B) MOTIVO FÚTIL/TORPE;
Fútil → é insignificante (ex: bater no motoboy porque chegou atrasado).
Torpe → e vil/repugnante (ex. um traficante que mata outro traficante por motivo de
disputa territorial).
C) FACILITAR OU ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE OU
VANTAGEM DE OUTRO CRIME
É o sujeito que pratica um crime para assegurar a impunidade de um delito posterior
ou anterior.
D) À TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA OU MEDIANTE DISSIMULAÇÃO, OU OUTRO
RECURSO QUE DIFICULTOU IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO
Pegou a pessoa de súbito; ficou esperando a pessoa; mecanismos ardis; enganou…
E) COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, TORTURA OU OUTRO MEIO
INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE PODIA RESULTAR PERIGO COMUM
Cuidado!!!! No homicídio por exemplo, essas situações também qualificam. Então se
tiver isso aqui no homicídio se encaixa como QUALIFICADORA, se tiver mais de
uma, uma entra como QUALIFICADORA e a outra como AGRAVANTE.
F) ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMÃO OU CÔNJUGE
Praticou crime contra a mãe, avó, tio, esposo e etc, neste caso também tem
agravante. E a companheira??? (união estável) entra na próxima!
G) COM ABUSO DE AUTORIDADE OU PREVALECENDO-SE DE RELAÇÕES
DOMÉSTICAS, DE COABITAÇÃO OU DE HOSPITALIDADE, OU COM VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER NA FORMA DA LEI ESPECÍFICA
Aqui entra a união estável (coabitação); quem dorme alguns dias em casa
(hospitalidade), etc.
H) COM ABUSO DE PODER OU VIOLAÇÃO DE DEVER INERENTE A CARGO,
OFÍCIO, MINISTÉRIO OU PROFISSÃO
A questão do ministério (pastor rouba dinheiro da igreja) também é uma agravante.
I) CONTRA CRIANÇA, MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS, ENFERMO OU MULHER
GRÁVIDA
Independentemente do mês da gestação.
J) QUANDO O OFENDIDO ESTAVA SOB A IMEDIATA PROTEÇÃO DA
AUTORIDADE
K) EM OCASIÃO DE INCÊNDIO, NAUFRÁGIO, INUNDAÇÃO OU QUALQUER
CALAMIDADE PÚBLICA, OU DE DESGRAÇA PARTICULAR DO OFENDIDO
A doutrina diz que pune o agente nessas ocasiões por falta de sensibilidade, ele se
aproveita de uma dessas ocasiões para praticar um crime.
L) EM ESTADO DE EMBRIAGUEZ PREORDENADA (3 da prova)
O sujeito se embriaga para criar coragem e cometer um crime. Também agrava!
OBS: Outros tipos de embriaguez:
- Dolosa
- Culposa
- Patológica (viciado)
- Caso fortuito ou força maior
AGRAVANTES NO CASO DE CONCURSO DE PESSOAS: (Art. 62, CP)
A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais
agentes;
- Nada mais é do que o Líder, que organiza.
II - coage ou induz outrem à execução material do crime;
- É a coação física (elimina a conduta) ou moral (elimina a exigibilidade de
conduta diversa).
- A pessoa que foi coagida será analisada se foi irresistível ou não!
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou
não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de
recompensa.
- Receber dinheiro ou recompensa para cometer.
AULA 13 - 28/03/2022
APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
AULA 14 - 31/03/2022 - CONTINUAÇÃO DA 2ª FASE DA DOSIMETRIA
2. ATENUANTES
Art. 65, CP→ São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70
(setenta) anos, na data da sentença;
A doutrina chama o menor de 21 de menoridade e o maior de 70 senilidade.
→ Súmula 74, STJ - para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu
requer prova por documento hábil.
II - o desconhecimento da lei
"Não sabia que estava na lei que era crime”.
- É diferente do erro de proibição, pois este desconhece o comportamento que
é proibido.
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
Ex. policial que encontra assassino no hospital após matar seu parceiro.
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime,
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento,
reparado o dano;
- Reparar o dano entre o recebimento da denúncia e a sentença
condenatória.
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumpriemento de
ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção,
provocada por ato injusto da vítima;
- Para o coagido, se a coação é física e irresistível é a absolvição;
- Se a coação for física e moral, resistível? atenua a pena!
Ditado do prof: A coação poderá ser física ou moral. Moral será resistível ou
irresistível.
A física excluirá o fato típico, eis que não há conduta voluntária. A coação
irresistível excluirá a culpabilidade, eis que não era exigível outra conduta. A
coação resistível atenuará apenas na 2ª FASE da dosimetria.
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a doutrina do crime;
→ Súmula 545, STJ > Quando a confissão for utilizada para a formação do
convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III,
d, do Código Penal.
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto se não o provocou.
- Aquela confissão apresentada com justificantes.
ARTIGO 66, CP: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante,
anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
→ Assim, por exemplo, pode o juiz considerar o fato de que o ambiente no qual o agente
cresceu e se desenvolve psicologicamente o influenciou no cometimento do delito; pode
também acreditar no seu sincero arrependimento mesmo que no caso concreto em virtude
de sua condição pessoal, não tenha tido possibilidades, etc.
CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS: AGRAVANTES E ATENUANTES
E no caso de conflitos de agravantes atenuantes? uma compensa a outra?
ART. 67, CP → No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do
limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que
resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da
reincidência.
O que o STJ decidiu:
→ A menoridade é a circunstância que mais prepondera, pois o agente nesta etapa (18 a
21 anos) conta com a personalidade em desenvolvimento.
Ex: Se tivermos um sujeito menor de 21 anos + reincidente, o que o juiz faz?
Ele não vai atenuar e agravar, ele vai somente atenuar, pois a menoridade prepondera
sobre a reincidência, portanto a menoridade excluirá a reincidência, neste caso.
→ É possível, na segunda FASE do cálculo da pena, a compensação da agravante da
reincidência com a atenuante da confissão espontânea.
Ex: Sujeito com reincidência + confissão espontânea.
Neste caso, uma compensa a outra, portanto nada será atenuado e nada será agravado,
pois o STJ disse que eles têm o mesmo peso (compensação).
→ Nos casos em que há múltipla reincidência é inviável a compensação integral entre a
reincidência e a confissão espontânea.
Ex: Sujeito com 5 condenações anteriores (múltiplas reincidências) + confissão espontânea.
Neste caso, as múltiplas reincidências preponderam e o juiz aumenta a pena, e o sujeito se
ferra.
AULA 15 - 07/04/2022 - 3ª FASE DA DOSIMETRIA
CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO
As causas de aumentoou de diminuição de pena, também chamadas de majorantes ou
minorantes, são fatores de elevação ou de redução, a serem também observados no cálculo
da pena definitiva, em quantidade fixa (ex. “o dobro”, “a metade” etc) ou em patamar
variável (ex. “de um a dois terços” etc).
→ Outra dessemelhança entre elas é que para as causas de aumento e diminuição a pena
aplicada pode ultrapassar, respectivamente, o limite máximo e mínimo cominado para o
delito, o que não se verifica com as circunstâncias acima indicadas.
Portanto:
FASES LIMITES EX. TRÁFICO DE DROGAS
1ª FASE Mínimo - Máximo 5 - 15
2ª FASE Mínimo - Máximo 5 - 15
3ª FASE Aqui o juiz pode fixar abaixo
do mínimo ou acima do
máximo
15
Pode ser menor ou maior.
A 3ª FASE É:
- Pena definitiva;
- Está tanto na parte geral quanto na parte especial do Código Penal;
- Referência 68, CP.
CONCURSO ENTRE CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO:
É quando o juiz for aplicar DUAS causas de aumento ou DUAS de diminuição, ou ainda
UMA de aumento e UMA de diminuição.
O CONCURSO PODE SER:
→ Homogêneo: a várias causas de aumento ou várias causas de diminuição.
→ Heterogêneo: a uma ou várias causas de aumento concorrente do causas de diminuição.
OBS. ART. 68
“A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida
serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de
diminuição e de aumento.
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte
especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo,
todavia, a causa que mais aumente ou diminua.” IMPORTANTE
ESSAS SITUAÇÕES SÃO HOMOGÊNEAS!!
SITUAÇÃO 01: Há duas (ou mais) causas de aumento ou de diminuição na parte especial.
→ o juiz pode aplicar todas as causas de aumento ou todas as causas de diminuição;
ou
→ o juiz pode limitar-se a um só aumento ou uma só diminuição, prevalecendo a causa que
mais aumente ou diminua.
SITUAÇÃO 02: Há duas (ou mais) causas de aumento ou de diminuição na parte geral.
→ não se aplica o § único do art. 68, CP (ou seja deve aplicar todas);
→ o juiz deverá aplicar todas as causas de aumento ou de diminuição.
Ex: duas causas de aumento (+1/2 e +1/3) na parte especial
Pena provisória (2ª Fase) ⇒ 6 anos
Podemos calcular de duas formas:
a) Isolada:
- Precisamos achar a metade de 6 (+1/2) = 3
- Precisamos achar um terço de 6 (+1/3) = 2
Portanto, 6 + 3 + 2 = 11 anos (pena definitiva)
b) Cumulativa:
- Precisamos pegar o 6 e somar com a metade (+1/2) = 6 + 3 = 9
- Com base no resultado (9) você aplica (+1/3) de nove =
- Quanto é um terço de 9 = é 3.
Portanto, 9 + 3 = 12 anos (pena definitiva).
TEM DIFERENÇA, DE UM ANO A MAIS NA CUMULATIVA, LOGO, QUANDO ESTIVERMOS
DIANTE DESSA SITUAÇÃO CONFORME O EXEMPLO EXPOSTO:
→ CONCLUSÃO: Tratando-se de causas de aumento a incidência de aumento a
incidência deve ser isolada, pois é mais benéfica ao réu.
OK, E QUANDO APLICA A CUMULATIVA?
Quando tiver duas ou mais causas de diminuição.
Ex: duas causas de diminuição (-1/2 e -1/2) —----> duas metades na parte geral
Pena provisória (2ª Fase) ⇒ 6 anos
Podemos calcular de duas formas:
a) Isolada:
- Pega o 6 - 3 - 3 = 0
b) Cumulativa:
- Pego o 6 - 3 (primeira metade 1/2) = 3
- Pego o resultado 3 - 1/2 (outra metade) = 1,6 anos
OU SEJA:
● Quando tiver duas ou mais causas de aumento, aplica-se isolada. (na parte especial)
● Quando tiver duas ou mais causas de diminuição, aplica-se cumulativa. (na parte
geral).
MAS, AINDA PODEMOS TER UMA 3ª SITUAÇÃO:
SITUAÇÃO 03: Há uma de aumento (ou de diminuição), na parte especial e uma causa de
aumento (ou de diminuição) na parte geral.
→ Não se aplica o § único do art. 68, CP;
→ O juiz deve considerar todas as causas de aumento ou todas as causas de diminuição;
lembrando que nas causas de aumento a incidência será ISOLADA, já nas causas de
diminuição a incidência será CUMULATIVA.
ESSAS SITUAÇÕES SÃO HETEROGÊNEAS!!
→ O juiz deve aplicar TODAS as causas (de aumento E de diminuição);
→ A incidência será CUMULATIVA.
E O QUE O JUIZ FAZ PRIMEIRO? Ele aumenta ou diminui?
Há duas correntes de pensamentos acerca disso:
1ª CORRENTE: O juiz primeiro diminui e depois aumenta (essa posição segue literalidade
do artigo 68, caput, CP);
Supondo que a pena seja 6;
Diminui 1/3;
Aumenta ½.
A CONTA: 6 - 1/3 = 2 = 6 - 2 = 4 + 1/2 = 6 anos
2ª CORRENTE: O juiz primeiro aumenta e depois diminui (em alguns casos, é mais favorável
ao réu).
Supondo que a pena seja 6;
Aumenta 1/2;
Diminui 1/3.
A CONTA: 6 + 3 (+1/2) = 9 (pega esse nove) e - 1/3 (do 9) = 6 anos
CONCLUSÃO → Na maioria das vezes o resultado vai ser o mesmo.
RESUMO DA DOSIMETRIA
AULA 16 - 11/04/2022 - ATIVIDADE DE REVISÃO
AULA 17 - 14/04/2022 - FERIADO
AULA 18 - 18/04/2022 - PROVA TGP
AULA 19 - 21/04/2022 - FERIADO
AULA 20 - 25/04/2022 - AVALIAÇÃO 1º BIMESTRE
AULA 21 - 28/04/2022 - VISTA DE PROVA

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