Aula 12 - Bah! Tchê! Um presidente gaúcho!1

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10/04/2024
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Bah! Tchê!
Um presidente Gaúcho!!!
A Era Vargas (1930/ 45)
A Era Vargas (1930-1945): 
promoveu alterações 
substanciais no Brasil . O 
presidente ensinou uma 
nova forma de governar. 
Para ele, “política é a arte de 
governar a humanidade, 
enganando-a!”
A ERA VARGAS (1930-1945)
1. Razões que levaram Getúlio Vargas ao 
poder;
2. Governo Provisório (1930/34);
3. Governo Constitucional (1934/37);
4. “Estado Novo” (1937/45). 
1. A CRISE DA REPÚBLICA VELHA E A 
ASCENSÃO DE VARGAS:
•Declínio da oligarquia 
cafeeira que perdeu apoio 
(anos 20) com o 
crescimento da influência 
do setor industrial e dos 
trabalhadores urbanos;
•Diversificação da 
economia a partir do 
crescimento industrial e 
da urbanização no 
Sudeste (após a I G.M.).
Linha de montagem em indústria 
farmacêutica na década de 1930.
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2. GOVERNO PROVISÓRIO: 
1930/34
•Primeiras medidas: 
✓apoio aos produtores de café: 
compra e queima (1ª vez) do 
café.
✓Primeiras leis trabalhistas e 
organização sindical;
✓Nomeou interventores estaduais 
(tenentes) em substituição às 
velhas oligarquias estaduais; 
formação de “novos” grupos de 
poder local.
Apoiado por dissidentes da 
República Velha e por jovens 
militares. Vargas abriu um novo 
período da história política 
brasileira. Os trabalhadores 
urbanos também pressionavam 
o novo governo e ascendiam 
no contexto político da época. 
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• Crise política:
✓ Cafeicultores paulistas, insatisfeitos com a 
perda do poder, buscam um retorno através 
da Revolução Constitucionalista de 1932 (SP)
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Cartaz da Revolução 
Constitucionalista de 1932 
exigindo redemocratização e 
constitucionalização
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•voto secreto;
•direito do voto às 
mulheres (>s de 21 anos 
com trabalho);
•adoção do salário 
mínimo;
•criação da Justiça do 
Trabalho;
•Representação sindical: 
deputados classistas 
(“pelegos”)
Medeiros Neto, líder do PSD, assina 
a Constituição de 1934
A CONSTITUIÇÃO DE 1934
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A polaridade ideológica: ANL X AIB A polaridade ideológica: 
Ação Integralista 
Brasileira, criada por 
Plínio Salgado (1932) 
com tendências 
fascistas.
OLGA 
BENÁRIO
Nov/1935 - Insurreição Comunista: 
tentativa de golpe por membros da ANL. 
Mal organizada, fracassou rapidamente. 
Seus líderes (incluindo Prestes) foram 
presos. 
A campanha 
presidencial 
(1937): vários 
candidatos, porém, 
qual deles é a 
preferência de 
Vargas?
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Vargas manipula o 
poder e prepara o 
terreno para o golpe do 
Estado Novo: O Plano 
COHEN (1937).
3. O GOVERNO CONSTITUCIONAL 
(1934/37)
• A polarização (ANL X AIB);
• Insurreição Comunista (nov/1935) 
e o Estado de Sítio (fechamento 
do Congresso Nacional por 90 
dias);
• O Plano Cohen e o Estado de 
Guerra (fechamento do 
Congresso Nacional por prazo 
indeterminado);
• O golpe de 10/11/1937 e a 
suspensão das eleições; 
4. A DITADURA : O “ESTADO NOVO” (1937/45)
Getúlio Vargas fala à nação na instauração do 
Estado Novo, diante de outras autoridades no 
Palácio do Catete.
•Nova Constituição: “Polaca” 
(baseada na constituição da 
Polônia fascista) - forte 
centralismo no Poder Executivo 
(legislativo e Judiciário 
subordinados ao Executivo), 
Estado unitário e corporativo, 
suspensão das garantias 
individuais e civis; instituição da 
pena de morte.
• Criação do DIP (Departamento de Imprensa e 
Propaganda): censura e propaganda do governo 
(Getúlio Vargas é o “Pai dos Pobres” e criada a Voz 
do Brasil).
Ações do DIP: propaganda do governo e exaltações 
para o trabalhador. Abaixo, um desfile do “Dia do 
Trabalhador”. 
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• Outras medidas 
autoritárias: criação do 
DOPS (Departamento da 
Ordem Política e Social) e 
da Polícia Secreta 
(responsáveis pela 
repressão política): Filinto
Müller, chefe da polícia 
secreta e torturador 
durante o Estado Novo.
• Burocracia, manipulação e empreguismo: criação 
do Departamento Administrativo do Serviço 
Público (DASP)
• O “Putsch” integralista 
em 1938. Integralistas 
tentam tomar de 
assalto o Palácio do 
Catete
✓ Resultado: Plínio 
Salgado, líder da AIB 
foi para um cômodo 
exílio em Portugal 
(Salazarista).
•Controle dos sindicatos: “pelegos”
•Manipulação populista (Criação da CLT em 
1943 e do Min. do Trabalho);
Um presidente indeciso: “Em qual lado 
eu ganho mais?”
1937 1942
• Política internacional pragmática:
– Exploração de rivalidades para obter vantagens 
para o Brasil.
– Projeto de industrialização.
• 1942: Navios brasileiros são afundados por 
submarinos alemães.
• Brasil declara guerra ao Eixo (ALE + ITA + 
JAP).
• 1943: Edição da CLT (controle dos 
trabalhadores).
FAB
FEB
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• O Brasil na II Guerra Mundial:
✓ 1939/42: neutralidade e negociações; naufrágio 
de navios mercantes brasileiros por submarinos 
alemães;
✓ 1942/44: rompimento de relações com o EIXO e 
patrulhamento brasileiro no Atlântico Sul; acordo 
para construção da CSN e CVRD com capitais 
norte-americanos;
A participação do Brasil na II G.M. criou uma contradição 
para Getúlio Vargas: ao mesmo tempo em que adotava 
práticas fascistas internamente, combatia esse sistema 
nos campos de batalha da Europa. Diante disso, surgiram 
manifestações internas exigindo a redefinição do sistema 
político brasileiro e a redemocratização, como no 
Manifesto dos Mineiros de 1943.
• Luta contra o nazifascismo estabelece 
contradição interna: ditadura lutando ao 
lado das “forças pró-democracia”. 
• Diversos setores sociais começam a pedir 
democracia interna (entre eles a UNE, 
criada em 1937, os meios de comunicação, 
apesar da censura...).
• Vargas convoca eleições para 1945, acaba 
com a censura e anistia presos políticos.
• Vargas cria 2 partidos políticos, o PTB e o PSD, para agradar aos 
trabalhadores e a elite, respectivamente, além de permitir a 
formação de partidos oposicionistas.
• Surge o “Queremismo”, apoiado discretamente por Vargas.
• O fim do Estado Novo e a queda de Vargas: a 
redemocratização (1944/45)
✓ Pressão pela volta da democracia no Brasil: 
Manifesto dos Mineiros (1943);
✓ Criação de novos partidos políticos (1944/45): PSD, 
PTB, UDN, PCB, PAN;
✓ O “Queremismo”: manipulação varguista 
(PTB+PCB);
✓ Golpe palaciano destituiu Getúlio Vargas;
JOSÉ LINHARES
• Vargas aproxima-se até dos comunistas para permanecer no 
poder.
• Propõe uma “Lei Antitruste” que desagrada os EUA.
• Em 1945, é afastado do poder pelo exército (influenciado pelos 
EUA), que temia uma nova tentativa golpista do presidente. 
Vargas retorna para São Borja e é eleito posteriormente 
senador por dois estados ao mesmo tempo (RS e SP).
• José Linhares (presidente do STF) assume o poder até que as 
eleições tivessem transcorrido e o novo presidente assumisse.
• Eleições gerais (2/DEZ/1945): DUTRA 
Derrubado, o ex-presidente 
retira-se para sua fazenda no 
RS. Ainda foi eleito Senador 
por dois estados e Deputado 
Federal por outras seis 
unidades da federação. O 
populismo varguista havia 
criado raízes na população, 
especialmente nos mais 
pobres.
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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GOVERNO VARGAS:
• POPULISMO – tipo de governo que possui as seguintes 
características: autoritarismo, estatismo, corporativismo, 
culto ao líder combinado com concessões parciais a 
camada mais pobre da população visando obter seu 
apoio. Ocorreu na América Latina entre os anos 30 e 50, e 
tem em Getúlio Vargas, no Brasil, Juan Domingo Perón, na 
Argentina e Lázaro Cardenas, no México seus mais 
notórios representantes.
• O Estado era o “mediador” dos conflitos sociais.
• Nacionalismo econômico, com criação de empresas 
estatais e obras públicas.
• Intervenção do Estado na economia, inspirado no modelo 
do “New Deal” norte-americano.
• Controle dos trabalhadores com criação de leis (a CLT, é um 
exemplo disso) e atrelamento dossindicatos ao governo. 
• Utilização intensa de propaganda governamental e censura, 
com a criação da DIP (Departamento de Imprensa e 
Propaganda), que cuidadosamente “fabrica” a imagem do 
Presidente da República a figura de “pai dos trabalhadores”.
• Descaso com o trabalhador rural (as leis trabalhistas não 
chegavam no campo).
• Aproximação com camadas populares urbanas.
• Incentivo ao mercado interno.
• Recuperação do preço do café (queima de estoque).
• Incentivos a indústria nacional (especialmente a de base 
durante a II Guerra Mundial), com a criação da CSN 
(Companhia Siderúrgica Nacional) e a nacionalização de 
refinarias de petróleo.
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