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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Engenharia Engenharia de Controle e Automação Qualidade Dimensional Calibração de blocos padrão Aluno: Eduardo Cury Teixeira Porto Alegre, 16 de Setembro de 2009 Resumo Este relatório tem como objetivo descrever a calibração de blocos padrão de classe 1 e 2, por método diferencial, que consiste em comparar um bloco com outro de classe de erro superior, e já calibrado por um órgão credenciado. Após a realização dos procedimentos, se obteve resultados aceitáveis para a classe na qual o bloco, que foi calibrado, se encontra. Introdução Todos os engenheiros sabem da importância de uma medida precisa. Sabem também a importância de possuir instrumentos de medição rigorosamente calibrados. Por isso, fomos apresentados, na disciplina de Qualidade Dimensional, ao processo de calibração de blocos-padrão, bem como suas etapas e cuidados necessários durante tal processo. A característica marcante destes padrões está associada aos pequenos erros de comprimento, em geral de décimos ou até centésimos de micrometros, que são obtidos no processo de fabricação. Em função disto, pode-se afirmar que os Blocos Padrão exercem papel importante tais como padrões de comprimento em todos os níveis na indústria moderna, desde o laboratório até a oficina, são de grande utilidade nos dispositivos de medição, nas traçagens de peças e nas próprias máquinas operatrizes. Por ser um corpo físico, os blocos-padrão sofrem a influência do meio em que se encontram, principalmente da temperatura e do constante uso, portanto precisam ser calibrados periodicamente. Procedimento A calibração consiste em comparar um bloco com outro de classe de erro superior, denominado de bloco de referência. Blocos de referência: Fabricante: Mitutoyo Número de série: 985910 Classe:1 Certificado de calibração: 8F30273 Blocos a serem calibrados: Fabricante: Ausjena Número de série: 30184 Classe:2 Primeiramente se limpou todos os blocos, tanto os de referência, quanto os que estavam para ser calibrados, com álcool isopropílico e guardanapo de papel acetinado, para garantir uma superfície com menos impurezas e consequentemente uma melhor precisão de medidas. As condições ambientais eram ideais, temperatura de 20.8C e umidade de 53%. Após isso, se calibrou o equipamento, que tem funcionalidade semelhante ao relógio comparador, com a medida de um bloco de referência, após se pega o bloco a ser calibrado de medida igual ao outro e se compara se as medidas estão iguais, caso contrário o aparelho informa a diferença entre as medidas. Resultados Padrão(mm) Ponto 1 (µm) Ponto 2 (µm) Ponto 3 (µm) Ponto 4 (µm) Ponto 5 (µm) Vc (µm) 1.250 -0,2 -0,2 0,2 0 0 0,2 1.500 -0,2 0 0 0 0 0,2 2.000 -0,2 -0,2 -0,2 -0.2 -0,2 0 3.000 -0,2 0,2 0,2 0,4 0,4 0,6 5.000 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 0,2 10.000 -0,4 0 -0,4 -0,4 0,2 0,6 15.000 0,2 -0,4 -0,4 -0,4 -0,4 0,6 20.000 -0,2 0,2 -0,2 0 -0,2 0,4 25.000 0,2 0 -0,2 -0,2 -0,2 0,4 Conclusões Com os resultados em mão, conseguimos identificar que os blocos-padrão calibrados estão, de fato, na classe 2, que tem tolerância de ±0.45 µm Podemos verificar erros de até +0.4 µm e -0.4 µm. Tais erros são decorrentes de seu uso, bem como do tempo que o conjunto de blocos vem sendo utilizado e exposto ao ambiente. Verificamos também a deformação desigual nos blocos: alguns tem VC, diferença entre o menor e maior erro medido, de 0.6 µm, ao passo que outros apresentam VC de 0.0 µm, ou seja, deformação consistente ao longo do bloco. Assim, para uso didático estes blocos estão em boas condições de uso. Referencias bibliográficas http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema092/Documentos/APOSTILA_PARTE_II_cap_2_Blocos_Padrao.pdf Apostila Prática Metrologia Fesurv Metrologia Parte II UFSC Site do professor Crespo (http://www.ee.pucrs.br/~crespo/metrologia/), Arquivo 06.pdf
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