Buscar

PRINCIPAIS INSETOS DE INTERESSE MÉDICO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PRINCIPAIS INSETOS DE INTERESSE MÉDICO
Profa. Rosiane Teles
Disciplina de Parasitologia Básica em Enfermagem
Centro Universitário Estácio do Ceará – Estácio/FIC
INTRODUÇÃO
Atuam como vetores de diversos agentes causadores de enfermidades:
Malária, Doença de Chagas, filarioses, oncocercose e leishmanioses, amebíase. 
IMPORTANTE: Vetor x Transportador 
Vetor: diz-se daquele inseto ou ácaro no qual ocorre alguma das fases do ciclo evolutivo de um microorganismo infeccioso; 
Transportador: diz-se daquele inseto no qual não ocorre o desenvolvimento biológico (divisão, multiplicação, mudança de fase evolutiva etc) de um agente infeccioso - Transmissão do tipo mecânica. 
INSETOS DE INTERESSE MÉDICO
25 ordens;
Como agentes espoliadores, estressantes e/ou vetores de agentes infecciosos humanos:
Ordem Díptera (Sub-ordens Cyclorrapha e Nematocera)
Ordem Siphonaptera
Ordem Anoplura
Ordem Hemíptera (Sub-ordem Reduviidae). 
Ordem Acari
Insetos com um par de asas funcionais e um par de asas vestigiais;
Ovo – larva– pupa – adulto;
Ordem Díptera
Ovos
Larva 1º estagio
Larva 3º estagio
pupa
Adulto emergindo do pupario
Ordem Díptera
Família Muscidae - Musca domestica
Modo de veiculação
Regurgitação alimentar
Patas;
Veiculadora de ovos e larvas de helmintos (Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuris, Enterobius vermiculares, Taenia solium e ancilostomídeos) e protozoários (Entamoeba histolytica, Giardia intestinalis e Cryptosporidium parvum).
Distribuição geográfica mundial
MIÍASE
Zoodermatose caracterizada pelo acometimento da pele ou orifícios por larvas de moscas domésticas.
 
Primárias - Caracteriza-se por lesão nodular que surge com o desenvolvimento da larva, apresentando orifício central de onde sai secreção serosa. 
Lesão dolorosa - o paciente sente a sensação de “ferroada”. 
Como complicações podem surgir abscessos, linfangite e raramente tétano 
TECIDO VIVO
MIÍASE
Secundárias - Ocorre na pele ou mucosas ulceradas e nas cavidades. 
Locais mais atingidos - fossas e os seios nasais, os condutos auditivos e os globos oculares. 
A gravidade do quadro depende da localização e do grau de destruição.
TECIDO MORTO
Ordem Díptera
Combate: 
Dá destino adequado ao lixo e dejetos humanos e de animais;
Impedir o acesso dos insetos aos alimentos (telas de proteção);
Uso criterioso de inseticidas.
Sub-ordem Nematocera - Mosquito
Família Simulidae (Simulium sp.) -
IMPORTÂNCIA
Pela voracidade nos humanos e animais – espoliação sanguínea;
Transmissores da síndrome hemorrágica de Altamira;
Transmissores das filárias -  vetor da larva da Onchocerca volvulus
Borrachudo
ONCOCERCOSE
Transmissão - através da hematofagia realizada em humanos e animais pela fêmea do mosquito.
Quadro clínico; Desconforto, insônia e até irritabilidade, petéquias no local da picada, com prurido e reações alérgicas oriundas de proteínas e peptídeos presentes na saliva do inseto. 
Controle: Uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes – estágio adulto.
 
Controle difícil das larvas e pupas, pois se encontram em criadouros de difícil acesso.
No Brasil – Controle melhor na Região Sul e Sudeste
Família Psychodidae
Anophelini e Culicini
	Vetores dos plasmódios causadores da malária e de alguns vírus como o da Febre Amarela. 
Phlebotominae (Lutzomyia sp.) 
	 Vetores dos agentes das leishmanioses tegumentares e da leishmaniose visceral.
Ordem Siphonaptera
Família Pulicidae
 Pulex irritans – a mais frequente no homem.
Estão no ambiente doméstico, nos tapetes, cortinas e mobiliário. 
Podem, por exceção, encontrar-se nos animais domésticos.
IMPORTÂNCIA
Como parasitos:
Agentes espoliadores sanguíneos – HEMATOFAGIA;
Provocam irritação da pele devido à picada – reação alérgica
Causam lesões cutâneas – bicho-de-pé – locais susceptíveis ao tétano, gangrena e fungos.
Como vetores:
Veiculam vírus e bactérias.
Lembrem-se dos mecanismos de danos!!!
Hospedeiros intermediários
Xenopsyla queops – pulga do rato
Transmite a peste bubônica causada pela Yersinia pestis – doença muito comum na Idade Média, responsável por dizimar povos antigos.
Quadro Clínico:
Aumento dos linfonodos, que deixavam a pele enegrecida nas axilas, virilhas ou pescoço;
Febre alta;
Tosse inicialmente seca e depois com sangue;
Apatia, tremores, vertigens, cefaléia;
Morte em menos de 48 horas.
Tratamento com ATB – doxiciclina, tetraciclina, estreptomicina.
Áreas pesticidas no Brasil 1983-2008
Polígono das Secas
Teresópolis - RJ
Família Tungidae
 Tunga penetrans - “bicho de pé” – Doença sem gravidade. 
Controle:
Orientações sobre cuidados de higiene após frequentar locais com risco de contaminação. – Currais, chiqueiros.
Ordem Anoplura
Piolhos sugadores – importantes devido a espoliação e irritação de agentes infecciosos importantes para os humanos.
Transmissão por contato; transmissão por ovos e ninfas é rara.
Pediculus humanus (piolho da cabeça) e o Pediculus capitatis, (piolho do corpo) - PEDICULOSE
Phithrus púbis - ocorre na área genital - “chato” - PTIRÍASE 
HEMATÓFAGOS OBRIGATÓRIOS
PEDICULOSE
Prurido, irritação da pele ou do couro cabeludo
Inflamação ganglionar satélite
Alopécia
Quando associadas a más condições sociais e dietas inadequadas – ANEMIA.
Consequências psicológicas para as crianças e pais.
Tratamento:
Piolhicidas: 
Controle natural – Catação manual, pentes, etc.
Controle familiar
Lavagem de roupas
Piolhicidas:
Benzoato de benzila – escabiol – não pode ser usado em infecções secundárias;
Organoclorados – lindane
Compostos sulfrados – Tetmosol
Ervas medicinais
Análogos da flor do crisântemo; Permetrina (Kwell)
Sistêmicos: Sulfas e ivermectina
Barbeiros - vetores dos tripanosomas
Trypanosoma cruzi - Doença de Chagas
Ordem Hemíptera
Sub-ordem Reduviidae 
Ordem Acari
Parasitismo cutâneo - escabiose causada pelo Sarcoptes scabiei)
Sarnas e carrapatos
Quadros de envolvimento sistêmico (p.ex. Febre maculosa causada pela Rickettsia rickettsii, Doença de Lyme causada pela Borrelia burgdorferi e a Ehrlichiose causada pela Ehrlichia sp.)
ESCABIOSE
Pequenas crostas nas áreas mais quentes do corpo: entre os dedos, atrás dos joelhos, atrás dos cotovelos, nádegas, virilhas, umbigo e mamas. 
Prurido intenso, principalmente à noite 
Nas crianças, acomete todo o corpo – inclusive as palmas das mãos, as plantas dos pés e o couro cabeludo.
Não é doença de notificação compulsória.
Não significa falta de higiene.
TRATAMENTO DA ESCABIOE
Permetrina 5% - em todo corpo do pescoço para baixo (nas crianças pode ser aplicada no rosto, com cuidado para não atingir os olhos), sendo enxaguada no banho após 8 a 14 horas. Após 1 ou 2 semanas, o processo pode ser repetido.
A Ivermectina por via oral é usada em dose única, com repetição após 14 dias.
Tratamento ideal para surtos em lares de idosos, presídios ou domicílios com muitos moradores.
Enxofre a 10% diluído em petrolatum deve ser usado em mulheres grávidas e crianças abaixo de 2 anos de idade.
Pode-se usar anti-histamínicos sedantes (dexclorfeniramina, prometazina), para alívio do prurido. 
Recomendado para os membros da família e contatos sexuais, mesmo que estes não estejam aprestando sintomas de escabiose.
As roupas devem ser trocadas e lavadas diariamente.
MELHOR MANEIRA DE PREVENIR AS DERMATOZOONOSES
Boa higiene pessoal;
Tratamento imediato dos casos naquelas que ocorre transmissão inter-humana (sarna e do piolho). 
Doenças transmitidas pela picada e/ou inoculação
Uso de roupas, calçados, repelentes;
Telas em portas e janelas.
Medidas de controle do ambiente no caso das pulgas e verificar se seu animal de estimação também foi atingido pela pulga do homem. 
Fim

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais