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Protozoários: Classificação e Características

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PROTOZOÁRIOS
Profa. Rosiane Teles
Centro Universitário Estácio do Ceará – Estácio/FIC
Disciplina de Parasitologia Básica em Enfermagem
O QUE SÃO PROTOZOÁRIOS?
São seres unicelulares, eucariontes;
Reino Protista
São classificados de acordo com o seu aparelho locomotor:
LEMBRETE: TIPOS DE REPRODUÇÃO
Assexuada:
Divisão binária
Brotamento
Regeneração
Sexuada:
Conjugação
Transformação
Transdução
Singamia = fecundação.
CLASSIFICAÇÃO
Locomovem-se por pseudópodos.
Nutrição por fagocitose e digestão intracelular
Vida livre (aquáticos) ou parasitas
Reprodução assexuada por divisão binária
Reprodução sexuada por conjugação.
Nome genérico – Amebas
Amoeba proteus (vida livre) e Entamoeba histolytica (parasita)
Sarcodina ou Rizophoda
CLASSIFICAÇÃO
Locomoção por flagelos;
Mutualísticos ou parasitas;
Digestão intracelular;
Reprodução assexuada por divisão binária;
Reprodução sexuada por singamia (fusão de gametas);
Mastigophora ou Flagelados
Trypanosoma cruzi
Doença de Chagas
Leishmania sp
Leishmaniose tegumentar ou visceral
Giardia lambia
Giardíase
Trichomonas vaginalis
Tricmoníase
CLASSIFICAÇÃO
Locomoção por cílios;
Vida livre, mutualístico ou parasitas;
Reprodução assexuada por divisão binária e sexuada por conjugação.
Ciliophora ou Ciliados
Paramecium
CLASSIFICAÇÃO
Sem estruturas de locomoção;
Parasitas;
Ciclo vital complexo;
Reprodução por metagênese: fase assexuada por divisão múltipla (esporogonia) e fase sexuada por singamia.
Esporozoários ou apicomplexos 
Plasmodium spp.
Subphilum Sarcodina
Ordem Amoebida
Família Entamoebidae
	Gêneros Entamoeba
 
	E. histolytica
	 E. coli 
		 E. díspar
		 E. hartmanni
		 E. gengivalis(boca)
Gênero Iodamoeba
	Iodamoeba butschilii
Gênero Endolimax 
	Endolimax nana
A
M
E
B
A
S
São organismos eucariotas, unicelulares que se deslocam por meio de pseudópodes.
AS AMEBAS
Há espécies parasitas e outras de vida livre;
parasitos oportunistas = podem infectar eventualmente o homem.
Trofozoito = Reproduzem-se por divisão simples.
Cistos = RESISTENTES = dispersão no meio ou a passagem de um hospedeiro a outros.
CISTO
TROFOZOÍTO
AMEBAS HUMANAS
Mais importante: Entamoeba histolytica  
			
Não patogênicas: Entamoeba coli
			Entamoeba hartmanni
			Endolimax nana
Iodamoeba bütschlii 
			Entamoeba gingivalis (encontrada só na boca e com o mesmo aspecto morfológico que E. histolytica);
			Entamoeba polecki (do porco, capaz de infectar a espécie humana)
ENTAMOEBAS - NÚCLEO
cromatina disposta em pequenos grânulos colados à face interna da membrana
cariossomo ou endossomo –que é central ou excêntrico.
(A) E. histolytica ou E. díspar 
(B) E. hartmanni 
	Núcleo central.
 	A diferença está no tamanho do núcleo e na disposição da cromatina periférica 
(C) E. coli: Cariossomo excêntrico e, em geral, fragmentado.
ENTAMOEBAS - NÚCLEO
(D) Endolimax nana – cromatina em bloco único e irregular
(E) Iodamoeba bütschlii - cariossomo central grande e separado da membrana por
grânulos acromáticos. 
(G) Dientamoeba fragilis - pequeno flagelado ameboide que perdeu seu flagelo e emite pseudópodes, como as amebas. 
ENTAMOEBAS
Complexo de amebas morfologicamente idênticas: E. histolytica, E. Dispar e E. hartmanni 
Todas encontradas nas fezes, menos a E. gengivallis
E. Histolytica - 18 variedades - Sete produzem doenças no homem. 
FORMA MINUTA = luz intestinal
FORMA MAGNA = lesões patológicas
AMEBAS INTESTINAIS
CICLO DE VIDA: TROFOZOÍTA E CISTO
HOSPEDEIRO
MEIO
Cisto 
Trofozoíta
Forma de resistência 
Fezes
Alimentos e água
encontrado nas fezes, em águas
com poluição fecal, nas mãos de pessoas de pouca higiene e nos alimentos contaminados por mãos sujas.
MONOXÊNICOS
TRANSMISSÃO
A contaminação se dá através da ingestão de cistos juntamente com a água ou alimentos contaminados
Contato direto através das mãos ou objetos contaminados
Relação sexual anal/oral
Portadores assintomáticos
CICLO BIOLÓGICO
Ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de mucosa, etc.)
os trofozoítos tornam-se patogênicos 
invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias.
QUADRO CLÍNICO
Período de incubação: Muito variável: de 7 dias até 4 meses.
Formas clínicas:
Forma assintomática (mais comum) – amebíase não-invasiva
Amebíase invasiva: úlceras na mucosa dos cólons.
Invadem a circulação, podem chegar ao fígado, pulmões, cérebro etc.
abscessos amebianos necróticos.
AMEBÍASE INTESTINAL
A implantação de Entamoeba histolytica no intestino humano depende Da:
Suscetibilidade ao parasito; 
Fatores relacionados com a presença da microbiota intestinal ou de seus produtos.)
Patogenicidade - 10% das pessoas infectadas.
	Exacerbada em pacientes imunodeprimidos.
Lesões na mucosa intestinal
1-4 dias após a infecção
FORMA SINTOMÁTICA
Forma intestinal (não invasiva): 
Dores abdominais (cólicas);
Diarréia, fezes moles
Forma intestinal invasiva: 
Fase aguda: Disenteria amebiana ou colite amebiana aguda
Fase crônica: Colite amebiana crônica
Forma extra-intestinal
Abscessos hepáticos (+ comum) – dor, febre e hepatomegalia-peritonites (raras), pulmão, cérebro, pele
COLITE AMEBIANA AGUDA
Quadro Clínico:
Dor abdominal
Febre, 
Evacuações freqüentes de fezes líquidas, mucosanguinolentas ou só com muco e sangue.
após 4 ou 5 dias - atenuação dos sintomas e passagem para a fase crônica ou subaguda
	
	astenia, emagrecimento e nervosismo.
COLITE AMEBIANA CRÔNICA
Forma clínica predominante;
Quadro Clínico:
Evacuações freqüentes (5-6 vezes ao dia, talvez) de tipo diarréico ou não (alternância constipação/diarreia)
Flatulência
Desconforto abdominal ou ligeira dor, durante alguns dias.
Fadiga, perda de peso
Períodos sintomáticos/assintomáticos alternados
Quadro pode confundir-se com outros processos patológicos gastrintestinais
COMPLICAÇÕES DA AMEBÍASE
Colite amebiana fulminante 
Forma grave da doença;
Afeta mulheres durante a gravidez e o puerpério ou pessoas com imunodepressão de qualquer natureza. 
Muitas úlceras intestinais, muitas com perfuração de parede intestinal. 
Febre
Dor abdominal intensa
Peritonite
Íleo paralítico
Evacuações mucosanguinolentas, com fortes cólicas e tenesmo. 
Sem medicação intensiva o desfecho é fatal.
Outras complicações
Perfuração do intestino com peritonite e as hemorragias
Apendicite
Amebomas - tecido granulomatoso firme – obstrução, confundidos com tumores.
DIAGNÓSTICO
Clínico – difícil, semelhante a outras doenças intestinais(salmoneloses, esquistossomose)
Deve basear-se em:
	- Um quadro clínico compatível com essa parasitose. 
	- Demonstração da presença da Entamoeba histolytica no organismo ou em seus excreta – parasitológico.
	- Um teste sorológico positivo, indicando que houve efetiva invasão dos tecidos pelas formas patogênicas do parasito. 
	- Resposta favorável à terapêutica antiamebiana, quando outros tratamentos não específicos falharam.
DIAGNÓSTICO
Definitivo: encontro de parasitos nas fezes.
Parasitológico de fezes - Mais utilizados
Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas)- trofozoítas em fezes líquidas
Coleta e conservação importantes:
Não coletar após contato com solo – contaminação
Conservação em: SAF, álcool polivinílico, Formol 10%
DIAGNÓSTICO
Cultura de fezes
Diagnóstico imunológico: Sorologia – detecção de anticorpos no soro
Diagnóstico Molecular: PCR (distingue espécies)
Retossigmoidoscopia
Visualização de ulcerações
Agente etiológico na lesão
Amebíase hepática – Raio X, Cintilografia, USG, TC,
Punção hepática – encontro do parasita é difícil
TRATAMENTO
Amebicidas que atuam na luz e nos tecidos
	- Metronidazol (Flagyl) – 500 a 800 mg 3x dia/7dias
	- Secnidazol e Tinidazol – 1g, dose única
TRATAMENTO
Formas graves - repouso no leito, dieta branda, rica em proteínas e vitaminas, pobre em carboidratos e fibras. 
Tomar líquidos em abundância.
Uso de amebicidas: 02 tipos
	Amebicidas não absorvíveis - atuam apenas na luz intestinal – agem sobre os trofozoítas por contato. 
	Dicloracetamidas - Teclosan, Furamida ou
o furoato de diloxamida e Clefamida. 
	Indicados para tratar assintomáticos, eliminadores de cistos.
	Devem se associados aos amebicidas do 2o grupo.
	Amebicidas teciduais - capazes de destruir as formas invasivas do parasito em qualquer tecido onde se encontrem.
	Nitroimidazóis: Metronidazol, Tinidazol, Ornidazol e Nimorazol (ou nitrimidazina).
	
PREVENÇÃO
Cuidados com o paciente
Isolamento - é necessário o isolamento no casos de pacientes hospitalizados, adotando-se as precauções em relação à manipulação de fezes, roupas contaminadas e lençóis. É necessário a exclusão de manipuladores de alimentos infectados com E. histolytica bem como de funcionários infectados que trabalham em serviços de saúde.
Notificação de surtos
A ocorrência de surtos (2 ou mais casos)requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas, principalmente, medidas educativas.
AMEBAS OPORTUNISTAS
AMEBAS DE VIDA LIVRE
Famílias Acanthamoebidae
Presente em fossas nasais de pessoas sem sintomas ou com história decoriza e cefaléias freqüentes, supondo-se que aí colonizem.
A acantamebíase, também dita meningoencefalite amebiana granulomatosa, é doença crônica rara, com alterações mentais, meningite, hipertensão intracraniana e evolução fatal.
Família Schizopyrenidae
Naegleria fowleri
Meningoencefalite amebiana primária - adquirida por contaminação da mucosa nasal com águas onde vivem as amebas.
AMEBAS DE VIDA LIVRE
Na acantamebiase - Infecção de origem endógena; patogenicidade relacionada a imunodepressão.
Encontrada em piscinas
Naegleria fowleri são encontradas mais raramente que outras espécies 
Habitam águas termais ou efluentes aquecidos das indústrias
Faixa etária- 7 a 20 anos
Profilaxia - Abstinência de natação em locais passiveis de contaminação
AMEBAS COMENSAIS
Menor ameba que vive no homem
Trofozoíto – 10-12 µm
Cisto – 8 µm
Cisto
Oval-4 núcleos pequenos, pouco visíveis
Corpos cromatóides pequenos e ovais
Endolimax nana
Balantidium coli e Balantidíase
Protozoário ciliado (da ordem Trichostomatida) - Maior protozoário parasita do homem.
Infecta o intestino grosso, sobretudo o cecum e o sigmoide;
Pode ser causa de diarréias ou de disenteria, como na amebíase.
pode permanecer como um simples habitante da luz intestinal, sem causar danos ou invadir a mucosa produzindo quadros patológicos agudos ou crônicos.
Os cistos abundantes nas fezes, asseguram a transmissão da infecção.
Localizações extra-intestinais são raras.
Tto: Oxitetraciclina, durante 10 dias, ou nimorazol ou metronidazol 
FIM

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