Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Simone Scandiuzzi 2012 Endodontia Mudanças morfológicas: alteração estrutural das células ou tecidos. Desarranjo funcional e significância clínica:Fatores clínicos (sinais e sintomas), cursos e prognósticos da doença. Pereira,2004 Dentina Pré-Dentina Camada Odontoblástica Polpa Papila dental (Origem Mesenquimal )Polpa Dentina Odontoblastos, fibroblastos, células mesenquimais indiferenciadas, macrófagos e linfócitos. 2 Pereira,2004 Quanto mais próximo da polpa maior é o número de túbulos dentinários = Maior permeabilidade Dentina Esmalte Polpa Dentina Profunda 43.169,40 túbulos/mm2 Área 50,5% Dentina Intermediária 33.879,78 túbulos/mm2 Área 28,3% Dentina Rasa 14.189,19 túbulos/mm2 Área 9,5% Número de canalículos: próximo a polpa - 45-65.000/mm centro da dentina - 30-35.000/mm próximo ao esmalte- 15-20.000/mm (comparar com o raio de bicicleta) Os canalículos são as regiões mais permeáveis da dentina, por onde há penetração de substâncias lesivas e transmissão de impulsos dolorosos. Portanto deve-se considerar que a dentina próxima a polpa é mais permeável, e que em dente “jovem” a dentina é mais permeável e mais delgada. Volume ocupado pelo túbulos: 4% na junção amelo-dentinária 28% na área próxima a polpa IRRITAÇÃO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA MICROINFILTRAÇÃO MATERIAIS PREP. CAVITÁRIO AGENTES AGRESSORES 3 Alterações Regressivas Alterações Inflamatórias Necrose Pulpar Alterações Degenerativas De Deus,1994 Pereira,2004 Dentina Primária Dentina Secundária Dentina Esclerótica DENTINA FISIOLÓGICA DENTINA PATOLÓGICA Pereira,2004 Dentina Terciária Calcificações Pulpares Fibrose Pulpar Reabsorção Interna Estímulos inflamatórios provenientes do processo carioso difundem-se até a polpa, através dos canalículos dentinários, Mondelli,1998 POLPA: mecanismos inerentes para limitar os danos causados por agentes agressores Esclerosamento dos túbulos dentinários Formação de dentina terciária Inflamação Pulpar 4 Após a Agressão 1.Aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade dos vasos; 2.Aumento da pressão do fluxo dentinário; 3.Aumento do conteúdo protéico (albumina, fibrina e IgA); 4.Aumento da viscosidade do líquido pulpar. Agressão com lesão dos Odontoblastos Primários • Formação de Dentina Esclerótica Patológica: • Deposição de mineral intertubular – obliteração. Agressão com morte dos Odontoblastos Primários • Formação de Dentina Terciária: • Diferenciação das Células Mesenquimais Indiferênciadas em Odontoblastos Secundários; • Menos Mineralizada; • Poucos Túbulos ou Atubular. A perda de Células Mesenquimais Indiferenciadas leva ao envelhecimento da Polpa. Fatores que envelhecem a polpa • Desgaste dentário - atrição, abrasão, abfração, erosão; • Traumatismo dentário; • Tratamento ortodôntico ? 5 Dente de Jovem Dente de Adulto •Cavidade Pulpar e forame Amplos •Muita dentina a ser formada •Avanço rápido da cárie com exposição pulpar em curto espaço de tempo •Alta concentrações celulares •Pouco fibrosada •Intensa presença de vasos sanguíneos •Alta capacidade de reparação •Grande potencialidade defensiva •Polpa em intensa atividade metabólica •Cavidade Pulpar e forame Reduzidos •Muita praticamente formada •A cárie caminha lentamente (crônica) •Baixa concentrações celulares •Polpa muito fibrosada e com calcificações •Menor presença de vasos sanguíneos •Baixa capacidade de reparação •Pequena potencialidade defensiva •Polpa com pouca atividade metabólica Hipersensibilidade: Estímulo externo, desequilíbrio de eletrólitos e PH da polpa. • Ácidos; • Condimentos; • Alterações térmicas; Hipersensibilidade Dentinária Hipersensibilidade Dentinária 1. Aplicação de Desensibilizantes 2. Aplicação de fluoreto de sódio; oxalatos de potássio, laser Nd:YAG 3. Utilização de dentifrícios dentifrício à base de cloreto de estrôncio, a pasta denominada Sensodyne ou Colgate Sensitive pró-Alívio 6 Ar Movimentos dos flúidos Feixe Nervoso Pressão Alterações Térmicas Calor Flúidos Hipotônicos Odontoblastos Torneck CD Pulpalgia Hiper-reativa- Dor de origem Dentinária Fibras Tipo Delta-A (mielinicas) • Preparos cavitários. • Cáries. Clinicamente= Pulpite Reversível Histologicamente= Hiperemia Pulpar • Não é doença pulpar e sim um sintoma • Estado reversível da polpa • Presença de congestão sangüinea- aumento do fluxo sanguíneo das arteríolas e vênulas • Estado inflamatório reacional Hiperemia Pulpar 7 Alterações Circulatórias Alterações Inflamatórias (Paiva) O agente irritante, ao atingir a polpa provoca reações defensivas (inflamatórias) que visam localizá-lo e destruí-lo. Essas reações podem variar de acordo com a intensidade do irritante, indo desde a hiperemia até a morte pulpar. • Como a polpa está circunscrita por paredes não-elásticas (dentina), ela tem uma capacidade de dilatação limitada e, então, a inflamação, na tentativa de vencer o agente agressor, acaba por destruir os próprios tecidos da mesma. A esse estado de inflamação mais intensa dá-se o nome de pulpite. A partir desse momento, a polpa está irremediavelmente comprometida. • Microcirculação da Polpa 8 Pulpite Aguda Serosa Pulpite Aguda Purulenta Pulpite Crônica Ulcerativa Pulpte Crônica Hiperplásica Pulpite Irreversível Pólipo Pulpar • Nesta fase as dores se tornam incomodas e o paciente necessita do emprego de ANALGÉSICOS para eliminá-las. • As dores são intermitentes Pulpite Aguda Serosa Pulpite Irreversível Fase Inicial • Persistência do agente agressor (cárie) Maior quantidade de exsudato capacidade de dilatação limitada Desencadeia Processo Inflamatório • A polpa vai esgotando sua capacidade defensiva • Nesta situação a reversibilidade é problemática. Pulpite Irreversível Inflamação severa, Não pode ser revertida Pulpite Aguda Inflamação Aguda= resposta abrupta em pouco tempo= Reação Exudativa • O tecido lesado libera sinais químicos (histamina, prostaglandinas) • Ocorre vasodilatação, aumento da permeabilidade do vaso e diapedese 9 Aumenta volume dos vasos e fluxo sangüíneo (mas não de leucócitos= VASODILATAÇÃO • Saída de líquido dos vasos- diminui a velocidade da corrente sanguinea- viscosidade do sangue = HEMOCONCENTRAÇÃO Os leucócitos ( cels brancas do sangue) se aderem ao endotélio = migração leucocitária do fluxo sanguineo = estase vascular . Saída de proteínas do plasma = exsudato inflamatório •Permeabilidade vascular e exsudação de flúidos, proteínas do plasma e leucócitos = EDEMA Saída de leucócitos – 1ª linha defesa - NEUTRÓFILOS e saída de mais flúido plasmático Pulpite Aguda Serosa 10 Saída de leucócitos – Plasmócitos, Monócitos e macrofagos e saída de mais flúido plasmático Pulpite Aguda Purulenta Evolução da Pulpite aguda serosa Presença dos neutrófilos- fagocitam as bactérias Sofrem lise celular- PÚS Microabscessos na polpa Desorganização tecidual Dor : espontânea, exacerbada pelo calor, contínua , difusa. Assumem um caráter nevralgiforme irradiada Pulpite Irreversível Intensificação do processo Inflamatório A dor ESPONTÂNEA é a característica desta fase e elas são VIOLENTAS, lancinantes e pioram em decúbito Pulpite Irreversível • Queixa Principal: dor provocada por estímulos mínimos ou espontânea e mal combatida por analgésicos, dor forte, difusa, contínua No inicio PI serosa: exacerbada por estímulos mínimos- frio Na sequência ocorre a na PI purulenta: exacerbada pelo calor, aliviada pelo frio 11 Pulpite Irreversível • Inspeção intra-oral: Cárie / Restaurações • Ex. Radiográfico: Normal/ espessamento LP Fibra Tipo C- ocupam 75% da polpa. responsáveis pela sensibilidade pulpar quando em situações deagressão e processo inflamatório. Possuem um limiar de excitabilidade mais alto em relação às fibras do tipo Aδ Pulpite Crônica Ulcerativa e Hiperplásica • Pulpite Ulcerativa: polpa em contato com o meio bucal= úlcera tópica de aspecto gramulomatoso • Pulpite Hiperplásica= ocorre em jovens. Há proliferação do tecido pulpar ( pólipo) Processo inflamatório crônico – L, M.,Pl Necrose Pulpar Liquefação ou Isquêmica • Necrose por compartimentos até a Necrose total ou gangrena • Infecção bacteriana e suas toxinas = presença de microrganismos aeróbios e anaeróbios • Colapso circulatório= Invasão bacteriano no sistema de canais Esquema adaptado por ATJ de Andreasen 12 Necrose Pulpar Liquefação ou Isquêmica • Assintomática – pode estar associada à episódios de dor espontânea ou dor à pressão (sensação de dente crescido) • Exame Radiográfico: • Conduta: Tratamento Endodôntico Aumento do espaço pericementário, presença ou não de rarefação óssea alterações patológicas da polpa e periápice quadro clínico exame clínico + exames complementares recursos semiotécnicos diagnóstico tratamento prognóstico recursos terapêuticos avaliação e controle clínico cura ou controle da doença Gutmann J. O segredo do sucesso de tratamento da dor é estabelecer um diagnóstico e tratar as condições de forma eficaz e eficiente 13 História da dor Estímulo da dor Frequência da dor Intensidade da dor Duração da dor Espontaneidade da dor Localização da dor Característica da dor Exame visual Percussão e Palpação Cáries e Restaurações fraturadas Fístulas Fraturas dentárias Restaurações extensas Dentina exposta Doença Periodontal Comprimento do dente, n°de raízes e canais ,Calcificações, Lesões, Reabsorções Testes Térmicos Teste da anestesia Transiluminação , Biópsia DIAGNÓSTICO Plano de Tratamento Testes Térmicos Teste Elétrico Teste de Anestesia Teste de Cavidade Transiluminação Exame Radiográfico Mapeamento de fístula Cirurgia Exploratória Biópsia Tooth Slooth 1. Polpa Normal 2. Polpa Hiper-reativa 3. Polpa Sintomática 4. Polpa Assintomática Ligeira sensibilidade Resposta positiva cessa ao remover o estímulo Resposta exacerbada e prolongada Resposta negativa 14 1. Polpa Normal 2. Polpa Sintomática 3. Polpa Assintomática Resposta atrasada Resposta exacerbada e prolongada Resposta negativa Estímulo Polpa normal Polpa inflamada Frio •vasoconstrição •diminui a pressão interna •dor (resposta imediata) •vasoconstrição •diminui a pressão interna •alívio da dor •às vezes estimula a dor Calor •vasodilatação •aumenta a pressão interna •dor (resposta tardia) •vasodilatação •aumenta a pressão interna •dor (resposta imediata) Montgomery &Ferguson. Dent Clincs North America, 1986, 30(3):533-48 •Compreensão do processo inflamatório •Conhecimento da anatomia e patologia: diagnóstico diferencial •SABER OUVIR O PACIENTE 15 •Aparecimento da Dor ? Como apareceu a dor? Que fator estimula ou atenua a dor PROVOCADA ou ESPONTÂNEA •Duração da Dor - Há quanto tempo existe a dor? DECLÍNIO RÁPIDO ou LENTO •Freqüência da Dor - Qual a frequência da dor? INTERMITENTE ou CONTÍNUA •Sede da Dor - Onde se localiza da dor? LOCALIZADA ou DIFUSA •Intensidade da dor - Qual a intensidade da dor? LEVE, MODERADA OU SEVERA Polpa Normal Aspectos Clínicos Queixa Principal Alterações Inflamatórias Pulpares Aguda Fase reversível Dor provocada com frio, localizada e de curta duração Fase de Reversibilidade Problemática= Fase Irreversível Inicial Dor provocada por estímulos mínimos, ou espontânea, e malcombatida por analgésicos Fase Irreversível = final Dor forte, espôntanea, exacerbada pelo calor, aliviada pelo frio, não passa com analgésicos Crônica Fase Crônica Sem sintomas característicos, dor á mastigação e maldefinida Dor: Provocada Necessita de estímulo externo (frio, calor, doce) Duração: Momentânea Desaparece rapidamente com a remoção do estímulo História Clínica Presença de cárie, Procedimento odontológico recente, como preparo cavitário, restauração, remoção de cálculos periodontais ou presença de áreas de exposição dentinária (erosão, abrasão, atrição), trauma oclusal. RX- Normal,sem comprometimento apical Pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries. Esquema adaptado por ATJ de Andreasen Fibras Nervosas Tipo A – mielínicas – mais na junção dentino-pulpar e respondem a Dor Dentinária Pulpite reversível 16 Dor: Espontânea Não necessita de estímulo externo primário, sugerindo tecido pulpar injuriado . Duração: Contínua Intermitente Dor espontânea de longa duração. Pulsátil Pode refletir a pulsação arterial devido a áreas de pressão intrapulpar aumentada. Em decúbito Comum, pois o aumento de pressão sangüínea cefálica causa também aumento da pressão intrapulpar. Palpação- negativa Percussão: negativa/positiva TVP: Positivos, com declínio lento Esquema adaptado por ATJ de Andreasen Pulpite Irreversível Dor: À percussão Pode ocorrer nos estágios avançados de pulpite, associada à lesão periapical aguda. História Clínica Restaurações extensas em cavidades profundas resultantes de lesões muito próximas da polpa; capeamento pulpar direto ou indireto, trauma oclusal crônico; lesões periodontais crônicas, pulpite associada à lesão periapical. Cor Alterada Pode sofrer alteração decorrente da lise do tecido pulpar ou hemorragias intrapulpares. RX: Periápice com espessamento do LP Esquema adaptado por ATJ de Andreasen Fibras Nervosas Tipo C – amielínicas – mais no corpo pulpar e respondem aos estímulos inflamatórios Necrose Pulpar Liquefação ou Isquêmica Esquema adaptado por ATJ de Andreasen ASSINTOMÁTICA Na Presença de Dor: À percussão- Inflamação das Fibras do ligamento Periodontal - Desequilíbrio entre o organismo e as bactérias- Produção de gases História Clínica Restaurações extensas em cavidades profundas resultantes de lesões muito próximas da polpa; capeamento pulpar direto ou indireto, trauma oclusal crônico; lesões periodontais crônicas, necrose associada à lesão periapical. Cor Alterada RX: Periápice com espessamento do LP ou presença de lesão periapical 17 • Correto diagnóstico da condição pulpar • Procedimentos operatórios de remoção do agente agressor, de controle da infecção e de isolamento do complexo dentinopulpar de injúrias adicionais • Modalidade de tratamento e forma de aplicação do biomaterial de capeamento para estimular processos biológicos que levam a respostas dentinogênicas específicas • Restauração da cavidade para proteger a área tratada da infiltração bacteriana
Compartilhar