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APOSTILA DE ANATOMIA

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1 
 
ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA HUMANA 
PROF. RAUIRYS ALENCAR DE OLIVEIRA 
 
 
 
2 
 
ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
História da Anatomia 
 
 
 
"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o 
cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do 
amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela 
esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e 
sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo 
amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e 
sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria 
lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima 
sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus 
sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza 
de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou 
indiferente" 
 
 
(Rokitansky, 1876) 
 
 
 
 
O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon 
de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática 
descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações 
anatômicas quando se referiu aos paradigmas, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No 
século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas 
podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático. 
A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento 
anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em 
animais. No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na 
anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de 
confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da "causa final", um 
sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. 
 
Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as "séries de cinco figuras" 
medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. 
Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os 
diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais 
masculinos ou femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de 
esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou simbólico mais que 
esquemático e sem finalidade didática alguma. 
 
Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra não era um 
assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em combate. O embalsamento 
era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de "cocção dos 
ossos". A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais importante para a dissecação 
humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia 
matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. 
 
O verbo "dissecar" era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais freqüente. A tradição 
manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. 
Em geral, a capacidade dos escritores era limitada e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns 
erros, tanto de conceito como de técnica. As coisas "eram vistas" tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram 
consideradas como um curto-circuito do próprio método de estudo. 
 
 
 
A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era relativamente 
grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria. Durante todo o tempo que a anatomia 
ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes. 
 
O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi 
publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações 
vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira 
representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras 
pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são 
dificilmente identificáveis. 
 
Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo do século XVI, 
dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em copiar os antigos 
desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado 
para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado 
inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, prevalecendo a teologia 
sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a 
lenta instauração de melhores técnicas. No começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram 
que com a imprensa poderiam fazer grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde 
reconheceram a importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente 
reproduções pictórica, daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
que descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e 
experimental mais tarde. 
 
 
 
As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus medicinae 
era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos médicos práticos, que alcançou muitas edições. 
Na primeira (1491) utilizou-se a xilografia pela primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam 
corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações impressas nas margens. 
As dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista. 
 
Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig (cerca 
de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de uma obra de Johannes Peyligk 
(1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que 
inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophicade George 
Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas 
tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
 
Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram 
impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras para 
médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção e na formação 
do feto humano. O uso freqüente da frase "conhece-te a ti mesmo" fala da orientação filosófica e essencialmente não 
médica. A "Dança da Morte" chegou a ser um tema muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a 
Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as 
desenharam são melhores que as dos anatomistas. 
 
Os artistas renascentistas do século XV se interessavam cada vez mais pelas formas humanas, e o estudo da anatomia 
fez parte necessária da formação dos artistas jovens, sobretudo no norte da Itália. 
 
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista meramente 
pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os 
músculos, os nervos e os vasos. As ilustrações foram completadas muitas vezes com anotações do tipo fisiológico. A 
precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística permanece inalterada. Sua valorização correta da 
curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos. Representou corretamente a posição do fetus 
in utero e foi o primeiro a assinalar algumas estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram 
seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do século passado. 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
Michelangelo Buonarotti (1475-1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos através 
das dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. Posteriormente 
expôs a evolução a que esteve sujeito, ao considerar a anatomia pouco útil para o artista até pensar que encerrava um 
interesse por si mesma, ainda que sempre subordinada à arte. 
 
Albrecht Dürer (1471-1528) escreveu obras de matemática, destilação, hidráulica e anatomia. Seu tratado sobre as 
proporções do corpo humano foi publicado após sua morte. Sua preocupação pela anatomia humana era inteiramente 
estética, derivando em último extremo um interesse pelos cânones clássicos, através dos quais podia adquirir-se a 
beleza. 
 
Com a importante exceção de Leonardo, cujos desenhos não estiveram ao alcance dos anatomistas do século XVII, o 
artista do Renascimento era anatomista só de maneira secundária. Ainda foram feitas importantes contribuições na 
representação realista da forma humana (como o uso da perspectiva e do sombreado para sugerir profundidade e 
tridimensionalidade), e os verdadeiros avanços científicos exigiam a colaboração de anatomistas profissionais e de 
artistas. Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os conhecimentos anatômicos corretos, se 
iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O 
melhor representante deste grupo é Jacob Berengario da Capri (+1530), autor dos Commentaria super anatomica 
mundini (1521), que contém as primeiras ilustrações anatômicas tomadas do natural. Em 1536, Cratander publicou 
em Basiléia uma edição das obras de Galeno, que incluía figuras, especialmente de osteologia, feitas de um modo 
muito realista. A partir de uma data tão cedo como 1532, Charles Estienne preparou em Paris uma obra em que 
ressaltava a completa representação pictórica do corpo humano. 
 
 
 
 VESÁLIO 
 Uma das primeiras e mais acertada solução para 
uma reprodução perfeita das representações gráficas 
foi encontrada nas ilustrações publicadas nos 
tratados anatômicos de Andrés Vesálio (1514-1564), 
que culminou com seu De humanis corpori, 
fabricada em 1553, um dos livros mais importantes 
da história do homem. Vesálio comprovou também 
que não são iguais em todos os indivíduos. Relatou 
sua surpresa ao encontrar inúmeros erros nas obras 
de Galeno, e temos que ressaltar a importância de 
sua negativa em aceitar algo só por tê-lo encontrado 
nos escritos do grande médico grego. Sem dúvida, 
apesar de ter desmentido a existência dos orifícios 
que Galeno afirmava existir comunicando as 
cavidades cardíacas, foi de todas as maneiras um 
seguidor da fisiologia galênica. Foram engrandecidas 
as diferenças que separavam seu conhecimento 
anatômico do de Galeno, começando pelo próprio 
Vesálio. 
 
Talvez pensasse que uma polêmica era um modo de 
chamar atenção. Manteve depois uma disputa 
acirrada com seu mestre Jacques du Bois (ou 
Sylvius, na forma latina), que foi um convencido 
galenista cuja única resposta, ante as diferenças entre 
algumas estruturas tal como eram vistas por Vesálio 
e como as havia descrito Galeno, foi que a 
humanidade devia tê-lo mudado durante esses dois 
séculos. 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
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Vesálio tinha atribuído o traçado das primeiras figuras a um certo Fleming, mas na Fabrica não confiou em ninguém, 
e a identidade do artista ou artistas que colaboraram na sua obra tem sido objeto de grande controvérsia, que se 
acentuou ante a questão de quem é mais importante, se o artista ou o anatomista. Essa última foi uma discussão não 
pertinente, já que é óbvio que as ilustrações são importantes precisamente porque juntam uma combinação de arte e 
ciência, uma colaboração entre o artista e o anatomista. As figuras da Fabrica implicam em tantos conhecimentos 
anatômicos que forçosamente Vesálio devia participar na preparação dos desenhos, ainda que o grau de refinamento e 
do conhecimento de técnicas novas de desenho, também para os artistas do Renascimento, excluem também que fora 
o único responsável. Até hoje é discutido se Jan Stephan van Calcar (1499-1456/50), que fez as primeiras figuras e 
trabalhou no estúdio de Ticiano na vizinha Veneza, era o artista. De qualquer maneira, havia-se encontrado uma 
solução na busca de uma expressão pictórica adequada aos fenômenos naturais. 
 
No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da fisiologia humana. Francis Glisson 
(1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a 
biologia serem basicamente aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se refere aos impulsos 
nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar. 
 
Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum idéia de que o cérebro era uma 
glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando que as lágrimas se originavam ali). Wharton 
descreveu as características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O conduto de evacuação da 
glândula salivar submandibular conhece-se como conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir 
entre glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue, e as glândulas de 
secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. 
 
Niels Steenson, em 1611, estabeleceu a diferença entre esse tipo de glândula e os nódulos linfáticos (que recebiam o 
nome de glândula apesar de não fazer parte do sistema). Consideravaque as lágrimas provinham do cérebro. A nova 
concepção dos sistemas de transporte do organismo que se obteve graças às contribuições de muitos investigadores 
ajudou a resolver os erros da fisiologia galênica referentes à produção de sangue. 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de um 
cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido esbranquiçado. 
Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração estimulava o coração para 
produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o sangue nos pulmões mudava de 
venoso para arterial, mas desconhecia as bases desta transformação. A explicação da função respiratória levou muitos 
anos, mas durante o século XVII foram dados passos importantes para seu esclarecimento. 
 
Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem movimento pulmonar se 
inflássemos ar nos pulmões. 
 
Richard Lower (1631-1691) foi o primeiro a realizar transfusão direta de sangue, demonstrando a diferença de cor 
entre o sangue arterial e o venoso, a qual se devia ao constato com o ar dos pulmões. 
 
John Mayow (1640-1679) afirmou que a vermelhidão do sangue venoso se devia à extração de alguma substância do 
ar. Chegou à conclusão de que o processo respiratório não era mais que um intercâmbio de gases do ar e do sangue; 
este cedia o espírito nitroaéreo e ganhava os vapores produzidos pelo sangue. 
 
Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher Wren e Richard 
Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. Seus estudos anatômicos ligaram seu 
nome ao círculo das artérias da base do cérebro, ao décimo primeiro par craniano e também a um determinado tipo de 
surdez. Contudo, sua obsessão em localizar no nível anatômico os processos mentais o fez chegar a conclusões 
equívocas; entre elas, que o cérebro controlava os movimentos do coração, pulmões, estômago e intestinos e que o 
corpo caloso era assunto da imaginação. 
 
A partir de então, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi estudou o apêndice e o timo, e 
Bartolomeu Eustáquio os canais auditivos. A nova anatomia do Renascimento exigiu a revisão da ciência. O inglês 
William Harvey, educado em Pádua, combinou a tradição anatômica italiana com a ciência experimental que nascia 
na Inglaterra. Seu livro a respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. Ao lado de problemas de 
dissecação e descrição de órgãos isolados, estuda a mecânica da circulação do sangue, comparando o corpo humano a 
uma máquina hidráulica. O aperfeiçoamento do microscópio (por Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar 
a teoria de Harvey, sobre a circulação do sangue, e também a descobrir a estrutura mais íntima de muitos órgãos. 
Introduzia-se, assim, o estudo microscópico da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidência os vasos linfáticos; 
Bernardino Genga falava, então, em “anatomia cirúrgica”. 
 
Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas operatórias levou à subdivisão da anatomia, 
dando-se muita importância à anatomia topográfica. O estudo anatômico-clínico do cadáver, como meio mais seguro 
de estudar as alterações provocadas pela doença, foi introduzido por Giovan Battista Morgani. Surgia a anatomia 
patológica, que permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por Rudolf Virchow, e dos agentes 
responsáveis por doenças infecciosas, por Pasteur e Koch. 
 
Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a bioquímica, a microscopia eletônica e 
positrônica, as técnicas de difração com raios X, aplicadas ao estudo das células, estão descrevendo suas estruturas 
íntimas em nível molecular. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através de técnicas de imagem como a 
radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por emissão de positrões, 
a imagem de ressonância magnética nuclear, a ecografia, a termografia e outras. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
Conceito de Anatomia 
 
 
 
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a 
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. 
 
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of 
Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as 
modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas 
principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a 
descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos 
formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos 
temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando 
pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até 
as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. 
 
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por 
organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. 
 
 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = 
separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, 
enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. 
 
Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana. Inicialmente limitada 
ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de 
tecnologias inovadoras. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
 
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica, Anatomia 
microscópica e Anatomia do desenvolvimento. 
 
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os 
mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais 
invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. 
Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam 
para a formação de órgãos). 
 
A Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma 
adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento. 
 
A Anatomia Humana, a Anatomia Vegetal e a Anatomia Comparada também são especializações da anatomia. Na 
anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da estrutura de diferentes animais (ou plantas) com o objetivo de 
verificar as relações entre eles, o que pode elucidar sobre aspectos da sua evolução. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
Constituição do Corpo 
Da menor até a maior dimensãode seus componentes, seis níveis de organização são relevantes para a compreensão 
da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e organísmico. 
 
Nível Químico 
Inclui os átomos (menores unidades de matéria que participam de reações químicas) e as 
moléculas (dois ou mais átomos ligados entre si). 
Nível Celular 
A união das moléculas formam as células. As células são as unidades básicas, estruturais e 
funcionais do corpo humano. 
Nível Tecidual 
Os tecidos são grupos de células e materiais em torno delas, que trabalham juntos para realizar 
uma determinada função celular. Existem quatro tipos básicos de tecidos, em seu corpo: tecido 
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. 
Nível Orgânico 
Os órgãos são estruturas compostas por dois ou mais tipos de tecido diferentes. Eles têm funções 
específicas e, usualmente, têm formas reconhecíveis. 
Nível Sistêmico Um sistema consiste em órgãos relacionados que têm a mesma função. 
Nível Organísmico 
É o maior nível organizacional. O organismo é um indivíduo vivo. Todas as partes do corpo, 
funcionando umas com as outras, constituem o organismo total – uma pessoa viva. 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
Termos Anatômicos 
a) Termos de Relação: 
 
 
* Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo. 
 
 * Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro). 
 
 
Exemplo: 
 
O osso esterno e as cartilagens costais encontram-se anteriormente em relação ao coração. Já os grandes vasos e a 
coluna vertebral localizam-se posteriormente em relação ao coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Superior / Cranial: na direção da parte superior do 
corpo. 
 * Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do 
corpo. 
 
 
 Exemplo: 
 Os grandes vasos localizam-se superiormente ao 
coração enquanto que o diafragma localiza-se inferiormente 
ao coração. 
 
 
 * Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana. 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 * Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana). 
 Exemplo: 
 Os ligamentos colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente 
enquanto que o ligamento colateral tibial está localizado medialmente, ou seja, mais próximo à linha 
sagital mediana. 
 
 
 Mediano Intermédio Médio 
Exatamente sobre o eixo sagital 
mediano. 
 Entre medial e lateral. 
Estrutura ou órgão interposto entre 
um superior e um inferior ou entre 
anterior e posterior. 
 
b) Termos de Comparação: 
 
 
 
 * Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do 
tronco. 
 * Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do 
ponto de inserção. 
 
 
 Exemplo: 
 O braço é considerado proximal quando comparado ao 
antebraço (distal), pois está mais próximo da raíz de implantação 
do membro (cintura escapular). 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
 * Superficial: significa mais perto da superfície do corpo. 
 * Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo. 
 
 
 Exemplo: 
 A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os 
ossos que estão localizados mais profundamente. No sistema 
venoso é comum utilizarmos esses termos para diferenciar o 
sistema venoso superficial (mais próximo à superfície) do 
sistema venoso profundo (passa mais profundamente junto com o 
sistema arterial). 
 
 
 
 
 
 * Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de 
outra estrutura. 
 * Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura. 
 
 
 Exemplo: 
 Se considerarmos a mão direita como referência, o membro 
inferior direito é considerado homo/ipsilateral, pois está 
localizado do mesmo lado. Já o membro inferior esquerdo é 
considerado contralateral, pois está localizado no lado oposto à 
mão de referência (mão direita). 
 
 
c) Termos de Movimento: 
 
 
 * Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou 
partes do corpo. 
 
 
 * Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou 
partes do corpo. 
 
 
 * Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. 
 
 * Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. 
 
 
 
 * Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano 
mediano. 
 
 * Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
2013 
 
 
 * Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na 
retrusão da mandíbula e no ombro. 
 
 
 * Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na 
protrusão da mandíbula e no ombro. 
 
 
 * Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária 
inferior. 
 
 * Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-inferior. 
 
 
 * Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior 
da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. 
 
 * Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior 
da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. 
 
 
 * Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 
 * Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
 
 * Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é 
posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
 * Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é 
anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
 * Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio 
medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da 
mão olha posteriormente. e no ombro. 
 
 
 * Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio 
lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da 
mão olha anteriormente. e no ombro. 
 
 
 
 * Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. 
Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido. 
 
 
 * Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. 
Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
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 * Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação 
do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se 
levantam os dedos do solo. 
 
 
 * Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à 
face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Posição Anatômica 
 
 
 
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos 
termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. 
As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou 
a relação entre uma e outra área assumem queo corpo como um todo está 
numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste 
modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto 
de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na 
posição padronizada. 
 
O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) 
com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das 
mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para 
frente e o olhar para o horizonte. 
 
 
 
Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este 
não se encontra na posição anatômica. 
 
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima. 
 
 
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
 
 
DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. 
 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° 
de quadril e joelho, expondo o períneo. 
 
 
POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a 
cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Abordagens Anatômicas 
As três principais abordagens para estudar anatomia são: regional, sistêmica e clínica. 
 
 
 
a) Anatomia Regional: é o método de estudo do corpo por regiões, como o 
tórax e o abdome. A anatomia de superfície é uma parte essencial do estudo 
da anatomia regional. 
 
 
b) Anatomia Sistêmica: é o método de estudo do corpo por sistemas, por 
exemplo, sistema circulatório e reprodutor. 
 
 
c) Anatomia Clínica: enfatiza a estrutura e a função à medida que se 
relacionam com a prática da medicina e outras ciências da saúde. 
 
 
 
 
 
Do ponto de vista médico, a anatomia humana consiste no conhecimento da forma exata, posição exata, tamanho e 
relação entre as várias estruturas do corpo humano, enquanto características relacionadas à saúde. Esse tipo de estudo 
é chamado anatomia descritiva ou topográfica. A anatomia topográfica é aprendida através de exercícios repetidos de 
dissecação e inspeção de partes (cádaveres especialmente destinados à pesquisa). 
 
Do ponto de vista morfológico, a anatomia humana é um estudo científico que tem por objetivo descobrir as causas 
que levaram as estruturas do corpo humano a serem tais como são, e para tanto solicita ajuda às ciências conhecidas 
como embriologia, biologia evolutiva, filogenia e histologia. 
 
Na área médica existe ainda um outro tipo de estudo anatômico, definida como anatomia patológica, que é o estudo 
de órgãos defeituosos ou acometidos por doenças. Já os ramos da anatomia normal com aplicações específicas, ou 
restritas a determinados aspectos, recebem nomes como anatomia médica, anatomia cirúgica, anatomia artística, 
anatomia de superfície. 
 
 
 
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Planos Anatômicos 
 
 
 
a) Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais: 
 
 
1) Plano Mediano: plano vertical que passa longitudinalmente através do 
corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. Parassagital, usado pelos 
neuroanatomistas e neurologistas é desnecessário porque qualquer plano 
paralelo ao plano mediano é sagital por definição. Um plano próximo do 
mediano é um Plano Paramediano. 
 
 
 
2) Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo, paralelos 
ao plano mediano. 
 
 
3) Planos Frontais (Coronais): são plano 
verticais que passam através do corpo em 
ângulos retos com o plano mediano, 
dividindo-o em partes anterior (frente) e 
posterior (de trás). 
 
4) Planos Transversos (Horizontais): são planos 
que passam através do corpo em ângulos retos com 
os planos coronais e mediano. Divide o corpo em 
partes superior e inferior. 
 
 
 
 
 
b) Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de 
um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais: 
 Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça 
 Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés. 
 
 Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo. 
 Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas. 
 
 Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do 
lado direito e esquerdo. 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Divisão do Corpo 
Classicamente o corpo humano é dividido em: cabeça, pescoço, tronco e membros. 
 
Cabeça Crânio e face 
 
Pescoço Pescoço 
Tronco Tórax, abdome e pelve 
Membros (Membro Superior) Ombro, braço, antebraço e mão 
Membros (Membro Inferior) Quadril, coxa, perna e pé 
 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Epônimos Anatômicos 
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados para designar e 
descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de 
conhecimentos no final do século passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na 
Itália, França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam denominações diferentes 
nestes centros de estudos e pesquisas. 
 
Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a 
ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa de uniformizar e criar uma 
nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 
1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, 
conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). 
 
Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, 
podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam 
aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua 
morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. 
 
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a 
memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, 
foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); 
a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-
relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. levantador da 
escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou 
não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 
 
Abaixo, temos uma lista dos epônimos que foram utilizados para designar elementos da anatomia humana. Os 
epônimos têm somente importância histórica na anatomia. São difíceis de memorizar, imprecisos e etnocêntricos. 
Muitas vezes são redundantes, pois a mesma estrutura é renomeada diversas vezes dependendo do país.A tendência é 
de que os epônimos entrem em desuso com o passar dos anos. Para que tenhamos precisão científica e 
universalização é necessário que façamos uso da nomenclatura atual a seguir: 
 
 Nome 
Antigo 
 Nome 
Atual 
Ângulo de His Incisura Cárdica 
Ângulo de Louis Ângulo do esterno 
Aqueduto de Sylvius Aqueduto do mesencéfalo 
Camada Celular de 
Purkinje 
Estrato purkingense 
Canal de Falópio Canal do nervo facial 
Cápsula de Malpighi Cápsula do baço 
Cartilagem de 
Santorini Papila menor do duodeno 
Círculo de Willis Círculo arterial do cérebro 
Comissura de 
Meynert 
Comissura supra-óptica dorsal 
 
 
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Corpúsculo de 
Malpighi Polpa esplênica 
Divertículo de 
Meckel 
Divertículo ileal 
Ducto de Bartholin Ducto sublingual maior 
Esfíncter de Oddi M. esfíncter da ampola 
hepatopancreática 
Fáscia de Camper 
Fáscia intermédia de 
revestimento 
Fáscia de Scarpa Estrato membranáceo 
Feixe de His Fascículo atrioventricular 
Feixe de Purkinge Ramos subdendocárdicos 
Fissura de Rolando Sulco central (cérebro) 
Fissura de Sylvius Sulco lateral (cérebro) 
Folículo de Graff Folículo ovárico vesiculoso 
Forame de Luschka 
Abertura lateral do quarto 
ventrículo 
Forame de Magendie Abertura mediana do quarto 
ventrículo 
Forame de Monro 
Forame interventricular 
(cérebro) 
Gânglio de Scarpa Gânglio vestibular 
Glândula de Bartolin Glândula vestibular maior 
Glândula de 
Bowman 
Glândulas olfatórias 
Glândula de Cowper Glândula bulbouretral 
Ilhotas de 
Langerhans 
Olhotas pancreáticas 
Lacunas de 
Morgagni Lacunas uretrais 
Ligamento de 
Falópio 
Ligamento inguinal 
Membrana de 
Bowman 
Lâmina limitante anterior 
(córnea) 
Nervo Vidiano Nervo do canal pterigóideo 
Núcleo de Meynert Núcleo basilar (núcleo olfatório) 
Osso Wormiano Osso sutural 
Pomo de Adão Proeminência laríngea 
Ponte de Varólio Ponte 
Prega de Douglas Prega retouterina 
Pregas haversianas Pregas sinoviais 
Tendão de Aquiles Tendão do calcâneo 
Trato de Arnold Trato frontopontino 
Trompa de 
Eustáquio Tuba auditiva 
Trompa de Falópio Tuba uterina 
Veia de Galeno Veia cerebral magna 
Ventrículo de 
Morgagni 
Ventrículo da laringe 
 
 
 
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A lista acima não contém todos os epônimos, apenas alguns mais utilizados. Para ter acesso a todos os epônimos, 
procure um livro de Terminologia Anatômica Internacinal que contenha filiação com a FCAT (CFTA) - Federative 
Committee on Anatomical Terminology (Comissão Federativa da Terminologia Anatômica). 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Quadrantes Abdominais 
Quadrantes Abdominais 
Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a 
cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma: 
 
 
 Região 
 Abdominopélvica Superior 
 Região 
 Abdominopélvica Média 
 Região 
 Abdominopélvica Inferior 
No nível da nona costela 
Entre as nonas costelas e os 
ossos do quadril 
No nível superior aos 
ossos do quadril 
Região Hipocondríaca Direita 
Região Epigástrica 
Região Hipocondríaca Esquerda 
Região Lateral Direita 
Região Umbilical 
Região Lateral Esquerda 
Região Inguinal Direita 
Região Púbica (Hipogástrica) 
Região Inguinal Esquerda 
 
 
Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes. 
Esse método é freqüentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos 
sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes 
seguintes: 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Aula de Anatomia 
 
 
 
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ANATOMIA HUMANA – Rauirys Alencar de Oliveira 
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Nomenclatura Atualizada 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
Nome Antigo Nome Atual 
Parte Membranosa Parte Membranácea 
Orifício Nutrício Forame Nutrício 
Canal Nutritivo Canal Nutrício 
Buraco Forame 
Bordo Margem 
Canal Carotídeo Canal Carótico 
Rochedo do Temporal Parte Petrosa do Temporal 
Vértice Ápice 
Omoplata Escápula 
Cúbito Ulna 
Metacárpico Metacarpal 
Ilíaco Ílio 
Rótula Patela 
Peroneo Fíbula 
Astrágalo Tálus 
 
SISTEMA ARTICULAR 
 Nome Antigo Nome Atual 
Articulação bicondiliana Articulação bicondilar 
Articulação umerocubital Articulação umeroulnar 
Túnel cubital Túnel do carpo 
Prega sinovial infrarotuliana Prega sinovial infrapatelar 
Articulação tibioperoneal Articulação tibiofibular 
Articulação tibiotársica Articulação talocrural 
 
SISTEMA MUSCULAR 
Nome Antigo Nome Atual 
Intersecção tendinosa Intersecção tendínea 
Músculos extrínsecos do globo ocular Músculos etrínsecos do bulbo do olho 
Aponeurose epicraneana Aponeurose epicrânica 
Músculo mentoneano Músculo mentual 
Músculo denteado Músculo serrátil 
Bainha carotídea Bainha carítica 
Músculo iliocostal lombar Músculo iliocostal do dorso 
Músculos rotadores lombares Músculos rotadores do lombo 
Orifício da veia cava Forame da veia cava 
Fáscia subcutânea do abdomen Tela subcutânea do abdome 
Cabeça mesocubital Cabeça umeroulnar 
Músculo semimembranoso Músculo semimembranáceo 
Músculo semitendinoso Músculo semitendíneo 
Músculo peroneal terceiro Músculo fibular terceiro 
Músculo solear Músculo sóleo 
Bolsas subtendinosas Bolsas subtendíneas 
 
 
 
 
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SISTEMA DIGESTÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Palatino Palato 
Vértice da cúspide Ápice da cúspide 
Orifício do vértice do dente Forame do ápice do dente 
Ponta da língua Ápice da língua 
Amigdala lingual Tonsila lingual 
Gânglios linfóides Nódulos linfóides 
Fossetas amigdalinas Fóssulas da tonsila 
Gânglios faríngeos Linfonodos faríngeos 
Amigdala tubar Tonsila tubária 
Cólon Colo 
Apêndices epiplóicos do cólon Apêndices adiposos do colo 
Tênia do cólon Tênias do colo 
Linha pectínea Linha pectinada 
Canais biliares interlobares Ductos bilíferos interlobares 
Canal hepático comum Ducto hepático comum 
Canal cístico Ducto cístico 
Canal colédoco Ducto colédoco 
Mesocolen Mesocolo 
Pequeno epiplon Omento menor 
Grande epiplon Omento maior 
Peritonen Peritônio 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Parte membranosa Parte membranácea 
Abertura do canal lacrimal Abertura do ducto lacrimal 
Vértice do pulmão Ápice do pulmão 
Cisura oblíqua Fissura oblíqua 
Recesso costomediastínico Recesso costomediastinal 
 
SISTEMA URINÁRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Orifícios papilares Forames papilares 
Vértice da bexiga Ápice da bexiga 
 
SISTEMA GENITAL 
Nome Antigo Nome Atual 
Corpo amarelo Corpo lúteo 
Trompa de Falópio Tuba uterina 
Vulva Pudendo 
Canal deferente Ducto deferente 
Canal excretor Ducto excretor 
Canal ejaculador Ducto ejaculatório 
Canalículos prostáticos Dúctulos prostáticos 
Fossa isquiorretal Fossa isquioanal 
 
 
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SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Artéria nutritiva Artéria nutrícia 
Trabéculas musculares Trabéculas cárneasMembrana broncopericardíaca Membrana broncopericárdica 
Canal arterial Ligamento arterial 
Parte basal Parte basilar 
Artéria do uncus Artéria do unco 
Ramos uretrais Ramos uretéricos 
Ramo obturador Ramo obturatório 
Veias mediastínicas Veias mediastinais 
Veia do giro olfactivo Veia do giro olfatório 
Canal torácico Ducto torácico 
Gânglios linfáticos regionais Linfonodos regionais 
Tronco broncomediastínico Tronco broncomediastinal 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
Nome Antigo Nome Atual 
Gânglios linfáticos Linfonodos 
Criptas amigdalinas Criptas tonsilares 
Amigdala palatina Tonsila palatina 
Amigdala tubar Tonsila tubária 
 
SISTEMA NERVOSO 
Nome Antigo Nome Atual 
Fibras nervosas Neurofibras 
Tenda do cerebelo Tentório do cerebelo 
Incisura da tenda Incisura do tentório 
Dilatação cervical Intumescência cervical 
Dilatação lombar Intumescência lombar 
Ligamento denteado Ligamento denticulado 
Vértice Ápice 
Feixe Trato 
Espinhal Espinal 
Pedúnculo cerebeloso Pedúnculo cerebelar 
Núcleo salivar inferior Núcleo salivatório inferior 
Fibras tetopônticas Fibras tetopontinas 
Núcleo salivar Núcleo salivatório 
Plexo coroideo Plexo corióide 
Coluna do fórnix Coluna do fórnice 
Úncus Unco 
Putamen Putame 
Nervo olfactório Nervo olfatório 
Nervo do mento Nervo mentual 
Nervo do músculo do estribo Nervo do músculo estapédio 
Ramo tubar Ramo tubário 
Ramo do seio carotídeo Ramo do seio carótico 
Nervo cubital Nervo ulnar 
 
 
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(Fonte: http://www.auladeanatomia.com/) 
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Nervo obturador Nervo obturatório 
Nervo peroneal Nervo fibular 
Plexo uretral Plexo uretérico 
 
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
Nome Antigo Nome Atual 
Borda serreada Ora serrata 
Substância do cristalino Substância da lente 
Cápsula de Tenon Bainha do bulbo 
Ligamento superior do globo ocular Ligamento suspensor do bulbo 
Membfrana do estribo Membrana estapedial 
Músculo do estribo Músculo estapédio 
Glândulas tubares Glândulas tubárias 
Canais semicirculares Ductos semicirculares 
Ouvido interno Orelha interna 
Canalículo gustativo Canalículo gustatório

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