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AS INFLUNCIAS E CONTRIBUIES DOS ESTUDOS DE TAYLOR NAS ORGANIZAES CONTEMPORNEAS[1]

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30 
AS INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS DE TAYLOR 
NAS ORGANIZAÇÕES CONTEMPORÂNEAS 
 
 
Angela Maria Bissoli da Silva, 3 
Rosângela Salvador Biral dos Santos, 4 
 
 
RESUMO 
 
 
Os estudos de Taylor, relacionados à Administração Científica, evidenciam a busca 
constante pela produtividade com a máxima eficiência, através da Organização 
Racional do Trabalho que é a base desse estudo e que se fundamenta nos 
seguintes princípios: estudo dos tempos e movimentos, prêmios de produção, 
divisão de tarefas, padronização, desenho de cargos e tarefas e condições 
ambientais, entre outros, sendo que esses são os principais para o desenvolvimento 
de tarefas e conseqüentemente um aumento na produtividade. O tempo passou e os 
pontos evidenciados por Taylor ainda são muito presentes nas organizações, 
principalmente nas empresas produtivas. Dessa forma, o trabalho objetiva, através 
de pesquisa bibliográfica e estudo de caso na empresa João Carlos Peixinho – ME, 
do ramo de confecção, demonstrar a importância dos estudos da Teoria de Taylor - 
Administração Científica, como base do processo administrativo das empresas, pois 
esses podem ser constatados nas empresas contemporâneas. Pode-se dizer que 
por mais que o modelo taylorista tenha sido bastante criticado, ele está muito vivo e 
se faz necessário para o crescimento das empresas, sejam elas, produtivas ou não. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Organização, Eficiência, Produtividade 
 
 
ABSTRACT 
 
The studies of Taylor, related to Scientific Management, put on evidence the constant 
search for the productivity with the maxim efficiency, through the Rational 
Organization of the Work that is the base of this study and that it is based on the 
following principles: the study of the times and movements, production prizes division 
of tasks, idealism, position design and tasks and environmental conditions, among 
others, these are the mainly for the development of tasks and consequently an 
increase in the productivity. Time passed and the points evidenced by Taylor are still 
very present in the organizations, mainly in the productive companies. This way, the 
 
 
3
 Especialista em Gestão Empresarial, Didática do Ensino Superior (cursando), professora da 
disciplina de TGA da Faculdade Capixaba de Nova Venécia – UNIVEN. 
4
 Especialista em Gestão Empresarial, Didática do Ensino Superior (cursando), professora da 
disciplina de TGA da Faculdade Capixaba de Nova Venécia – UNIVEN. 
 
 
 
 31 
work aims at, through bibliographical research and case study in the company João 
Carlos Peixinho - ME, of the clothing business branch, it shows the importance of the 
studies of Taylor - Scientific Administration, as base of the administrative process of 
the companies, because those can be verified in the modern companies. It can be 
said that no matter how much the Taylor’s model has been enough criticized, it is 
very alive and it is necessary for the growth of the companies, even if they are 
productive or not. 
 
Key-words: Organization, efficiency, productivity. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Um importante fato nas organizações, sejam elas atuais ou não, é a permanente 
busca pela eficiência. Na realidade, a eficiência é uma das bases da produtividade 
máxima que garante a sobrevivência das empresas no mercado. 
 
Um dos principais precursores em eficiência e produtividade na história da 
administração foi Frederic W. Taylor, que com seus estudos ainda em 1903, já 
evidenciava a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os 
inventivos salariais e prêmio de produção, além das condições ambientais e do 
desenho de cargos e tarefas, entre outros. 
 
Com o passar dos tempos, outros estudiosos, tais como Henry Fayol (1916), Max 
Weber (1940), Etzioni (1947), Elton Mayo (1932), surgiram com novos estudos, 
abordando outras variáveis de uma organização, como estrutura e pessoas. No 
entanto, a questão da eficiência e da produtividade persistiu e junto a elas a 
essência dos trabalhos de Taylor, sendo de geração em geração transportados até 
aos tempos modernos. 
 
Dessa forma, é interessante analisar a verdadeira importância dos estudos deste 
pioneiro das escolas administrativas, para as organizações, sejam elas da área 
produtiva de bens ou serviços. 
É impossível imaginar, por exemplo, uma empresa de produção automobilística sem 
uma linha de montagem, divisão de tarefas, prêmio de produção, mesmo com toda a 
tecnologia disponível. 
 
 
 32 
Assim, neste artigo, aborda-se a importância das contribuições de Taylor em sua 
administração científica para as organizações. Busca-se demonstrar que, embora 
muitas transformações tenham ocorrido com relação às formas de realização, a 
essência do que se encontra na organização Racional do trabalho (ORT) 
desenvolvida por Taylor, ainda prevalece nos tempos atuais. 
 
Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com autores mais diversos que 
comungam com os pensamentos desse primórdio ou que os tratam de forma 
relevante, tais como: Chiavenato (2000), Maximiniano (2000), Stoner e Freeman 
(1999), Morgan (1996), entre outros. 
 
Neste sentido, o trabalho objetiva-se a expor as contribuições e influências dos 
estudos de Taylor nas organizações contemporâneas. 
 
 
2 TAYLOR E SUAS CONTRIBUÍÇÕES NA HISTÓRIA DA 
ADMINISTRAÇÃO 
 
Frederick W. Taylor, nascido nos Estados Unidos, homem comum, tornou-se a 
personalidade que mais influenciou os estudos da administração, podendo ser 
comparado com Thomas Edson e Henry Ford, por sua grande colaboração de 
progresso. Filho de família de princípios rígidos foi o primeiro a estudar a 
racionalização e a eficiência no trabalho, por volta de 1903. 
 
Na realidade essa racionalização nada mais é do que o redesenho de processos de 
trabalho visando aumentar a produtividade, sendo esta a mais bem sucedida forma 
de se trabalhar até os dias atuais. Taylor começou seu trabalho em uma indústria 
como operário, para poder aprender e entender o funcionamento dos processos, e 
assim, propor inovações (STONER E FREEMAN, 1999). 
 
Taylor acreditava e por isso propôs a criação de uma ciência da administração. Para 
ele, é possível aplicar conhecimento ao trabalho. É possível otimizar a produção 
através de um único melhor modo de se produzir para se atingir a máxima eficiência. 
 
 
 33 
Para isso, apenas o trabalho deveria ser estudado, o ser humano era 
desconsiderado em seus estudos. Seu foco sempre foi a tecnologia dos processos e 
não das pessoas. 
 
Seu estudo aconteceu em uma época bem propícia, pela abundante mão-de-obra 
desqualificada e barata, pela quase ausência de leis trabalhistas e sindicatos; pelo 
aparecimento de indústrias automobilísticas e crescimento das demais que gozavam 
de grande poder econômico. Tinha consigo a convicção de que com a participação 
de todos (empregado e patrão) no aumento da produtividade, todos sairiam 
ganhando. Sua principal fonte de inspiração era a máxima eficiência produtiva, 
visando à empresa e não ao trabalhador. (CHIAVENATO, 2000). 
 
A enfática participação do trabalhador era focada apenas no resultado e não no 
processo para se chegar a esse. O trabalhador precisava saber o que fazer e não 
como fazer. Por isso mesmo, o taylorismo sempre foi considerado algo desumano, 
que não leva em conta a necessidade individual do trabalhador, mas o tem como 
uma peça de um sistema. De acordo com Chiavenato (2000, p 62) "[...] via no 
operário da época um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela 
vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio do 
trabalho racionalizado e do tempo padrão". 
 
Taylor entendia que o operário tem a função de trabalhar apenas, e que o que 
separa a função do gerente do trabalhador é que o gerente deve pensar e planejar, 
já o trabalhador chamado por ele de operário, não precisaria ser inteligente, bastaria 
obedecer e fazer. Como no filme de Charlim Chaplin - Tempos Modernos,viver 
alienado não era nada deselegante para Taylor. Percebe-se que desde essa época, 
já havia uma tendência da distinção entre as funções de gerência e de execução. 
 
Conforme Ferreira (2002) os estudos de Taylor revelam que os gerentes 
desconheciam o trabalho dos operários e por isso, aceitavam os níveis de produção 
medíocres que esses apresentavam. Algumas adoções de soluções para os 
problemas de gerência despreparada, de trabalhadores desqualificados, de controle 
e incentivos foram por Taylor adotados, tais como: 
 
 
 34 
• Conhecimento, pela gerência, do trabalho do operário; 
• Seleção e treinamento do Trabalhador; 
• Planejamento e Controle dos Trabalhos; 
• Adoção de um sistema de incentivos econômicos, pois considerava o salário 
como único incentivo. O homem escolheria seu trabalho não pelo seu conteúdo, 
mas pelo salário correspondente. 
 
As pessoas são movidas exclusivamente pela competição e pelas características 
puramente econômicas. 
 
A influência dos seus estudos não foi somente nas indústrias, mas na vida pública e 
privada de todas as empresas. Suas idéias partiram do chão de fábrica das 
indústrias, mas acabaram por alçar vôo e extrapolar o mundo dessas empresas e 
penetrar em diversos aspectos de vários tipos de organização. Sempre enfatizou a 
busca pela eficiência na produtividade dando ênfase às tarefas. Portanto, tudo o que 
tem a ver com a maximização de recursos, uniformidade e padronização, trabalho 
em menor tempo e sem desperdício, aprende-se com Taylor. 
 
De acordo com Chiavenato (2000), apesar do modelo de organização proposto por 
Taylor naquela época, ser o pioneiro voltado para a eficiência da produtividade foi 
ele também quem abriu caminhos para outras variáveis organizacionais, o que gerou 
uma série de críticas ao modelo organizacional de Taylor, tais como: 
 
• O uso do cronômetro, desconsiderando os fatores individuais e os fatores 
subjetivos que interferem no trabalho; 
• A especialização do trabalhador, tornando-o alienado, impedido de ter uma visão 
global da produção, além de ser monótono e repetitivo; 
• A desqualificação e a desumanização do trabalhador. 
 
Os críticos o apontam como lacaio do capital, interessado exclusivamente em extrair 
o máximo do trabalhador, já que aquele que o defende o considera humanista, 
preocupado com a redução da fadiga no trabalho, tentando descobrir uma melhor 
forma para executar suas tarefas. 
 
 
 35 
Morgan (1996) considera que o taylorismo teve impacto porque as idéias 
preconizadas já tinham um mercado configurado e suas idéias atendiam 
perfeitamente as idéias das organizações capitalistas. 
 
Como administrador não se pode negar o desconhecimento das contribuições de 
Taylor para o estudo dos tempos e movimentos, da padronização, dos sistemas de 
pagamento, sendo ele um inovador, um símbolo de profissional dedicado e 
obstinado a encontrar as melhores soluções para a máxima eficiência. Ótimo em 
resultado para a empresa e péssimo em relacionamento com os trabalhadores. 
 
 
2.1 A ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO SEGUNDO TAYLOR 
 
Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentos 
mais adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha a 
organização racional do trabalho (ORT). 
 
Chiavenato (2000, p. 56) descreve que a ORT fundamenta-se em alguns aspectos 
os quais destaca-se os de maior relevância: 
 
a) Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: Este aspecto consistia 
em determinar o tempo médio padrão para o desenvolvimento das tarefas da 
área produtiva. O principal motivo do estudo dos tempos e movimentos é a 
reestruturação da tarefa e movimentos mais simples e mais rápidos. 
b) Divisão do trabalho e especialização do operário: A idéia básica de Taylor era de 
que a eficiência aumenta com a especialização, ou seja, quanto mais 
especializado for o operário, tanto maior a sua eficiência. 
c) Desenho de cargos e Salários: Do ponto de vista de uma análise científica, 
considerou ser preciso desenvolver métodos, analisando cada tarefa 
detalhadamente, na busca da melhor maneira de executá-las. O método deve 
conter a descrição das tarefas, os passos, os meios e os prazos para execução. 
Com o desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas, facilita o 
recrutamento, a seleção e o treinamento de novos trabalhadores. 
 
 
 36 
d) Incentivos salariais e Prêmios de Produção: O objetivo da boa administração é 
pagar salários com baixos custos de produção. Assim, torna-se necessário 
desenvolver incentivos salariais de prêmios de produção. Ultrapassado o tempo 
padrão de execução, o trabalhador passa a receber salário adicional que 
promove nele um desejo de ser cada vez mais eficiente e, em conseqüência, a 
empresa se tornaria também mais eficiente. Desenvolvem se aqui, escalas de 
pagamento e critério de avaliação de trabalhadores. 
e) Condições ambientais: Quanto melhor o ambiente de trabalho maior é a 
produtividade do trabalhador. 
f) Padronização dos métodos: Conduz a simplificação na medida em que a 
uniformidade reduz a variabilidade e as exceções que complicam as coisas, ou 
seja, a padronização é o caminho para se ter um maior controle da qualidade e 
da produtividade nas organizações. 
 
Além desses aspectos, a ORT evidenciava também o estudo da fadiga humana no 
sentindo de que a "fadiga é considerada um redutor da eficiência" (CHIAVENATO 
2000, p.37); o conceito de "homem economicus" o qual refere-se ao homem como 
um ser extremamente motivado pelas recompensas salariais; e a supervisão 
funcional, por considerar que um operário deve ser acompanhado por supervisores 
habilitados em suas áreas e não apenas por uma autoridade 
centralizada.(CHIAVENATO, 2000). 
 
Todos esses aspectos juntos formavam um modelo organizacional de trabalho, 
voltado para a máxima eficiência da produtividade da empresa. 
 
 
3 ESTUDO DE CASO 
 
Para comprovação da teoria apresentada neste artigo, realizou-se estudo de caso 
na empresa João Carlos Peixinho – ME, CNPJ 27.135.467/0001-26, do setor de 
confecção no Município de São Gabriel da Palha, ES, e através de observação "ïn 
loco", pôde-se constatar que é evidente a presença dos aspectos: Análise do 
trabalho e estudo dos tempos e movimentos, pois cada operário possui um tempo 
 
 
 37 
padrão médio para efetuar suas tarefas, que consistem em confeccionar uma parte 
do produto em produção, existindo, portanto um controle da produção. 
 
Seguido deste aspecto, percebeu-se a existência da divisão de trabalho e 
especialização dos operários, pois cada um deles possui sua tarefa definida, o que 
os tornam especialistas a curto ou médio prazo, pois com um trabalho rotineiro e aos 
poucos, pela prática, vão se tornando mais eficientes e também por receberem 
treinamentos. 
 
Quanto às condições ambientais, percebeu-se que a luminosidade e ventilação no 
local são propícias à redução da fadiga humana na realização de suas tarefas. 
 
A empresa possui um simples desenho de cargos e salários, cujo modelo de um dos 
cargos segue anexo, no qual pode-se constatar a descrição do cargo, função, 
correlação com os demais cargos, tarefas específicas e detalhadamente. 
Finalmente, quanto ao aspecto Incentivos salariais e prêmios de produção, a 
empresa oferece salário fixo, sendo estipulado em carteira o salário mínimo da 
categoria, sendo pago efetivamente ao funcionário o salário mínimo mais um prêmio 
relativo a sua produção. 
 
Para tanto, ao se analisar os quesitos verificados na empresa e comparados aos 
aspectos da Organização Racional do Trabalho estudados na Teoria da 
Administração Científica, percebeu-se que os propósitos de Taylor ainda 
permanecem e de modo intensivo nas organizações, principalmente nas industriais. 
 
Embora tenha se agregado outros valores à administração e os operários não sejam 
vistos apenas como máquinas (robôs) durante todo o processo, evidencia-se que a 
busca pela eficiência e maior produtividade é contínua da formacomo expõe Taylor, 
e a padronização ainda é o método encontrado por esse tipo de empresa para o 
alcance dos objetivos organizacionais. 
 
 
 
 
 
 38 
3.1 ANÁLISE - TAYLOR E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO ESTUDO DA 
ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA 
 
Considerando que os estudos de Taylor foram realizados em indústrias de produção 
de bens, bem como a observação realizada na empresa do estudo de caso deste 
artigo, em termos de produção, nada ou quase nada foge à padronização, à divisão 
do trabalho, à necessidade de treinar e selecionar o trabalhador, entre outras 
propostas. 
 
As pressões geradas pela competitividade do mundo globalizado fizeram com que a 
busca pela eficiência passasse a ser prioridade nas empresas, bem como uma 
questão de sobrevivência. É o capital de mãos dadas com o trabalho. 
 
Nos tempos atuais, o paradoxo "o trabalhador não precisa ser inteligente, basta 
obedecer e fazer" acompanha as empresas, só que elas não querem mais 
funcionários que apenas executam e que não pensam. Cada um tem que ser 
autônomo da sua função, ou seja, é preciso pensar estrategicamente, taticamente e 
operacionalmente. 
 
As contribuições de Taylor estão muito presente na vida das empresas, afinal. O que 
dizer então dos robôs de linha de montagem informatizados hoje? Não seria isso a 
busca pela maior produtividade em um menor tempo e porque não dizer com um 
melhor aproveitamento sem desperdício? No momento em que estamos vivendo, 
Taylor continua atual. Na verdade, Taylor é o pai de todos os processos de 
automação. 
 
No entanto, por mais que se tenha criticado o trabalho mecânico e repetitivo de 
Taylor, ele ainda está presente em muitas e grandes organizações devido ao seu 
potencial produtivo. 
 
O fato é que embora as críticas à administração científica de Taylor tenham surgido, 
ele continua atual e ainda não foi encontrado um modelo que substitua seus 
métodos. O que se tem é uma camuflagem, uma forma romântica de se cobrar 
 
 
 39 
resultados. Adotam-se, portanto, as chamadas novas abordagens como a 
reengenharia de processos, a melhoria contínua, a qualidade total, organizações 
que aprendem, dawsizing, pré e pós-venda para agregação de valor, entre outros 
que buscam a minimização de custos e a maximização dos lucros. Ainda não se 
descobriu uma forma de superar Taylor. A padronização das técnicas, os tempos e 
movimentos são estudados, o comportamento dos trabalhadores e até mesmo o 
sorriso às vezes é mecanizado, conforme estabelecido pelo patrão. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que os estudos de Taylor implicam diretamente nos métodos atuais de 
administração das empresas, sejam elas do ramo produtivo ou não, adaptados com 
outras nomenclaturas, tais como: Sistema de remuneração diferenciada; qualidade e 
produtividade; métodos de dowsising entre outros. 
 
Em se tratando de empresas do ramo produtivo, os métodos utilizados por Taylor 
são muito mais evidentes, a saber: análise do trabalho e estudo dos tempos e 
movimentos, estudo da fadiga humana, descrição de cargos e tarefas, prêmios por 
produção, padronização de tarefas, entre outros. 
 
Tais métodos se encontram presentes sendo perfeitamente utilizados e são a 
garantia de uma maior e melhor eficiência do processo produtivo. 
 
Apesar das inúmeras teorias surgidas ao longo das últimas décadas, as 
organizações ainda se estruturam no modelo de Taylor, embora já se tenha uma 
outra visão do homem, a de um ser produtivo e que também espera recompensas 
sociais além das financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
5 REFERÊNCIAS 
 
AKTOUF, Omar. A Administração entre tradição e a renovação. São Paulo: Atlas, 
1996. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2000. 
 
DAVIS, Keith. Comportamento humano no trabalho. São Paulo: Pioneira, 1992. 
 
FERRÃO, Romário Gava. Metodologia científica para iniciantes em pesquisa. 
Linhares, ES: Unilinhares/Incaper, 2003. 
 
FERREIRA, Ademir Antonio; REIS, Ana Carla Fonseca; PEREIRA, Maria Isabel. 
Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna 
administração de empresas. São Paulo: Pioneira. Thomson Learning, 2002. 
 
FILME CHARLIN CHAPLIN. Tempos modernos. 
 
MAXIMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da escola 
científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2000. 
 
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
REVISTA EXAME. Sua excelência Taylor Superstar - 24/09/97 
 
STONER, James A. F; FREEMAN R. Edward. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: 
RJ, 1999.

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