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[FIA] Referência (2)

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1
QFL 5716 - ANÁLISE POR INJEÇÃO EM FLUXO: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES
CALENDÁRIO - 2010
DIA MANHÃ (8:30-12:00h) TARDE (14:00-16:30 h)
17/03 
(Jorge)
- Apresentação do curso
- Introdução à análise em fluxo
- Componentes e dispersão
Leitura do artigo 1
24/03 
(Fábio)
- Questões sobre o artigo 1
- Experimento 1 – Dispersão em sistemas de
análises por injeção em fluxo*
- Fatores de dispersão
- Configurações de sistemas FIA
Definição do tema e data do seminário
31/03 
(Jorge)
- Questões sobre o artigo 2
- Experimento 2 – Configurações de sistemas
FIA*
- Sistemas FIA para aumento de tempo
de residência, diluições e separações
- Técnicas de gradiente
07/04 
(Fábio)
- Questões sobre o artigo 3
- Experimento 3 – Sistemas FIA envolvendo
reações lentas e fluxos intermitentes*
- Análise em fluxo monossegmentado
(MSFA)
- Projeto de sistemas FIA
14/04
(Lúcio)
- Questões sobre o artigo 4
- Experimento 4 – Sistemas FIA com detecção
eletroquímica e BIA***
- Sistemas FIA com detectores
eletroquímicos
- Batch injection analysis (BIA)
28/04
(Jorge)
- Questões sobre o artigo 5
- Experimento 5 – Análise por injeção
seqüencial**
- Análise por injeção seqüencial (SIA)
05/05
(Fábio)
- Questões sobre o artigo 6
- Experimento 6 – Multicomutação e
MSFA****
- Multicomutação e amostragem binária
- Sistemas FIA com detectores ópticos
12/05 Seminários 1-3 Seminários 4-6
19/05 Seminários 7 e 8 Seminários 9 e 10
18/06 Dúvidas e estudo Prova teórica
Artigos para leitura:
1. B.F. Reis, M.F. Giné, E.A.M. Kronka; A análise química por injeção em fluxo contínuo. Quim. Nova, 12(1), 1989, 
82.
2. F.J. Krug, H. Bergamin-Filho, E.A.G. Zagatto; Commutation in flow-injection analysis. Anal. Chim. Acta, 179, 
1986, 103.
3. C. Pasquini, W.A. Oliveira; Monosegmented system for continuous flow analysis. Spectrophotometric determination 
of chromium(VI), ammonia, and phosphorous. Anal. Chem., 57, 1985, 2575.
4. M.S.M. Quintino, L. Angnes; Batch injection analysis: An almost unexplored powerful tool. Electroanalysis, 16, 
2004, 513.
5. T. Gubeli, G.D. Christian, J. Ruzicka; Fundamentals of sinusoidal flow sequential injection spectrophotometry. Anal. 
Chem., 63, 1991, 2407.
6. F.R.P. Rocha, B.F. Reis, E.A.G. Zagatto, J.L.F.C. Lima, R.A.S. Lapa, J.L.M. Santos; Multicommutation in flow 
analysis: concepts, applications and trends. Anal. Chim. Acta, 468, 2002, 119.
Avaliação:
1. Questões sobre as aulas práticas a serem respondidas (em dupla) e entregues na semana seguinte ao
experimento (Q);
2. Questões a serem respondidas (individualmente) no início das aulas teóricas sobre os artigos indicados
(A)
3. Seminário com duração de 20 min, com 10 min de discussão (S).
4. Prova final, envolvendo todo o conteúdo do curso (P). MF = (Q+A+S+2P)/5
QFL-5716 – Análise por injeção em fluxo: princípios e 
aplicações
Sugestões de tópicos para os seminários individuais
Apresentação: 20 minutos; Discussão: 10 minutos
1. Determinações simultâneas ou seqüenciais em sistemas de análise em fluxo
2. Sistemas polivalentes de análise
3. Sistemas de análise em fluxo para controle analítico de processos
4. Sistemas de análise em fluxo para implementação de reações lentas
5. Preparo de amostras em sistemas de análise em fluxo
6. Aplicações de sistemas de análise em fluxo envolvendo detecção por luminescência
7. Aplicações de sistemas de análise em fluxo envolvendo detecção potenciométrica
8. Aplicações de sistemas de análise em fluxo envolvendo detecção amperométrica
9. Aplicações de sistemas de análise em fluxo envolvendo detecção por espectrometria de massa acoplada a plasma indutivo (ICP-
MS)
10. Sistemas para análise química “limpa” (Green Chemistry)
11. Comparação entre FIA e cromatografia de íons (HPLC-IC) para a determinação de ânions
12. Emprego de sistemas de análise em fluxo em laboratórios de ensino
13. Métodos enzimáticos em análise em fluxo
14. Manipulação de sensibilidade em sistemas de análise em fluxo
15. Sistemas de análise em fluxo com aperfeiçoamento cinético de seletividade
16. Sistemas de análise em fluxo para investigação de interferências
17. Sistemas de análise em fluxo envolvendo espécies instáveis
18. Aplicações de sistemas de análise em fluxo em análises clínicas
19. Aplicações de sistemas de análise em fluxo a análise de fármacos
20. Aplicações de sistemas de análise em fluxo a amostras ambientais
Os seminários poderão abordar outros temas, desde que pertinentes ao programa da disciplina
Bibliografia
• J. Ruzicka; E. Hansen; Flow Injection Analysis, 2nd ed. John Wiley & Sons, New York, 1988
• B. Karlberg; G. Pacey, Flow Injection Analysis. A Practical Guide, Elsevier, Amsterdam, 1989
• Z. Fang; Flow Injection Separation and Preconcentration, VCH, New York, 1993
• M. Valcarcel; M.D. Luque De Castro. Flow-Injection Analysis. Principles and Applications, 
John Wiley & Sons, New York. .
• J.Martinez Calatayud. Flow Injection Analysis of Pharmaceuticals: Automation in the 
Laboratory, CRC Press, 1996
• M. Trojanowic. Flow Injection Analysis: Instrumentation and Applications, World Scientific 
Pub Co Inc (June, 2000) 
• CD-ROM – Methods and Applications, Flow Injection Analysis. Jarda Ruzicka, 2nd Ed. 
Bibliograpgy by E.H. Hansen. Photography and Graphs by J.R. and Chao-Hsiang Wu
• B.F. Reis; Análise por Injeção em Fluxo: Vinte anos de Desenvolvimento. Química Nova 19 
(1996) 51
• http://www.flowinjection.com
• http://www.globalfia.com
Mecanização e Automação de 
Análises Químicas
Características:
•Redução do custo de mão de obra
•Alta freqüência de análises
•Minimiza exposição do analista
•Monitoramento de processos industriais
•Análises em tempo real
2
ReagenteAmostra Mistura Tempo Detector
Manual
Analisadores
Discretos
Fluxo contínuo
segmentado
Fluxo
Análises Químicas Desenvolvimento do sinal analítico nos 
métodos em batelada
S
i
n
a
l
Tempo
Adição de 
Reagente,
T=0
Leitura 
do Sinal
Leitura 
do Sinal
T>T2
T1 T2
Tempo
S
i
n
a
l
Desenvolvimento do sinal analítico nos 
métodos em batelada
Adição de 
Reagente,
T=0
A
C
A, B, C = três 
soluções de mesma 
concentração sob 
diferentes condições 
de mistura e 
homogeneização
B
Vantagens dos Analisadores em Fluxo Contínuo
•Simples de automatizar ou mecanizar, pois possuem poucas 
partes móveis – As soluções é que se movem – Simplicidade 
mecânica.
•Fácil de miniaturizar. Poucos µL de solução são precisamente 
manipulados por válvulas e sistemas de bombeamento.
•Sistema Fechado: diminui perdas por evaporação e minimiza 
contaminação.
•Versatilidade: Parada e retomada de fluxo; Divisão e 
recombinação do fluxo; Diferentes razões de misturas;
• Reprodutibilidade de detectores.
Análise por fluxo contínuo segmentado (CFA)
Amostra AmostraAmostra
Ar Ar
Tempo
S
i
n
a
l
Amostra 1
Amostra 2
L.T. Skeggs, Anal. Chem. 38 (1966) 31A
L.T. Skeggs, Clin Chem. 46 (2000) 1425
Sistema de Fluxo Contínuo Segmentado Para 
determinação de Cloreto
Reações:
2Cl- + Hg(SCN)2 → HgCl2 + 2SCN-
2SCN- + Fe3+ → Fe(SCN)2+
Reagente:
Mistura de Hg(SCN)2 e Fe(III)
3
Características da Análise por Fluxo Contínuo 
Segmentado
•O sinal deve ser monitorado na plataforma do pico, ou seja, quando a reação 
atinge pelo menos 90% do estado estacionário. A compressibilidade das bolhas de 
ar afeta a mistura, que é o fator que controla a velocidade com que o sinal atinge o 
estado estacionário
•Na análise por fluxo contínuo segmentado os processos físicos e químicos são 
tratados de modo similar aos métodos em batelada. Conseqüentemente, ambos 
requerem a realização de medidas no estado estacionário para a obtenção de 
resultados reprodutíveis.
•Mecanizam as operações de manipulação de soluções, aumentando a precisão 
dos resultados e minimizando erros humanos.
•Instrumentos modernos permitem determinação de vários componentes 
(multicanal) e diferentes operações da análise (aquecimento, diálise, extração, etc).
Limitações dos analisadores em Fluxo 
Contínuo Segmentado
•Intercontaminação das amostras – efeitos de memória.
•Sistemas podem ser complexos,com várias linhas de fluxo 
e requer sincronização para aspirar amostra, reagente, ar e 
solução de lavagem.
•Requer remoção das bolhas de ar antes da chegada ao 
detector, o que é feito por sucção: piora a reprodutibilidade 
do perfil de concentrações, de modo que as medidas são 
feitas com pelo menos 90% do sinal do estado estacionário é 
atingido.
•Devido à compressibilidade do ar, a pulsação é intensa, 
afetando as condições de mistura, que controla a velocidade 
com que se atinge o estado estacionário.
Figure 9. Recording of four urea calibrators with increasing and decreasing 
concentrations. Optical densities are written above the peaks.
L.T. Skeggs, Clin Chem. 46 (2000) 1425
Aperfeiçoamentos
Desenvolvimentos tecnológicos, incluindo miniaturização, em 
instrumentos mais recentes tornaram desnecessária a remoção das 
bolhas. Simulações permitem prever o patamar de sinal no estado 
estacionário a partir da porção inicial da rampa de subida do sinal 
analítico, aumentando a velocidade analítica.
Análise por Injeção em Fluxo
Solução 
Transportadora
ou Reagente
Bomba
Peristáltica
Válvula de 
Injeção
Bobina de 
Reação
Detector
Descarte
CFA
FIA Com o controle preciso do tempo de reação 
(determinado pela vazão e 
pelas dimensões da bobina) 
e das condições mistura, é 
possível obter medidas 
reprodutíveis sem alcançar o 
estado estacionário.
O tratamento da dispersão em um tubo aberto e reto considera a relação entre os
componentes axial e radial, que determinam o perfil assumido pela zona de amostra
injetada ao longo do tubo, enquanto é bombeada à vazão constante. Uma vez que
nestas condições as camadas centrais da solução movem-se com o dobro da
velocidade linear média, a zona de amostra assume o formato mostrado acima
(similar a uma bala de revólver), produzindo uma leitura assimétrica. É importante
notar que, nas condições de fluxo laminar (que seriam esperadas para a vazão e
para as dimensões da bobina de reação utilizados em sistemas FIA), a principal
força responsável pela transferência do soluto na direção radial seria a difusão
molecular.
J.Ruzicka & E.H.Hansen,Anal. Chim. Acta, 99, 37 (1978) , J.R.& E.H.H, “Flow Injection Analysis” 2nd Ed. Wiley NY 1988.
R.Tijssen, Anal. Chim. Acta, 114,71, (1980), J.M.Reijn, W.E. van der Linden & H. Poppe, Anal. Chim. Acta 123, 229, (1981)
J.T. Vanderslice, K.K.Stewart, A.G.Rosenfeld, & D. Higgs, Talanta, 28, 11 (1981),
J.T.Vanderslice, G.R.Beecher & A.G. Rosenfeld, Anal. Chim. Acta 179, 119, (1986)
J. Hungerford, Thesis, Dept. of Chemistry, Univ. of Washington 1986
Teoria
4
A extensão com que ocorre a mistura radial depende da natureza 
do fluxo, que pode ser laminar ou turbulento. Para baixos valores 
de número de Reynolds (Re <2100) prevalece o fluxo laminar. 
Sistemas FIA com vazões entre 0,50 e 3 mL min-1 em reatores com 
diâmetro interno de 0,5 mm apresentam Re entre 20 e 130, de 
modo que a difusão molecular seria (em princípio) o único 
mecanismo para promover a lenta redistribuição do perfil do fluxo 
(Figura superior a direita).
TEORIA: FLUXO LAMINAR X FLUXO TURBULENTO
Entretanto existem dois modos de promover a transferência de 
massa radial: geometria da tubulação e mudança da velocidade de 
fluxo. Ambos destroem o perfil do fluxo laminar e promovem a 
mistura radial: em um tubo curvo cria-se um fluxo radial cuja 
intensidade aumenta com a velocidade de fluxo e com a 
diminuição do diâmetro interno do tubo. (Figuras centrais, a e 
b).
A posição das camadas de solução com maior velocidade de fluxo 
deslocam-se radialmente em direção a parede externa da curvatura 
do tubo (Figura ao lado).
A maior parte dos reatores usados em 
sistemas FIA são na forma helicoidal
(Figura ao lado)
Análise por Injeção em Fluxo
Em sua forma mais simples, a análise por injeção em fluxo (FIA) baseia-se 
na injeção de um certo volume de amostra em um fluxo de solução 
transportadora que pode ser uma solução inerte ou um reagente apropriado. 
A zona de amostra é transportada ao longo do reator, dispersa-se na solução 
transportadora. Se esta solução é um reagente, inicia-se a formação do 
produto da reação na interface das zonas de amostra e de reagente.
Um detector colocado em posição apropriada do reator registra o parâmetro 
físico pertinente (absorbância, corrente, potencial de eletrodo, 
fluorescência, etc) que varia continuamente devido a passagem da zona de 
amostra (ou produto da reação) pela cela de fluxo.
Dispersão da Zona de Amostra
Dispersão
Detecção
Lavagem
Injeção
Detector
Formação do Produto de Reação
A formação do produto e a resposta de um sistema de injeção em fluxo é o 
resultado de dois processos cinéticos:
1- Processo físico de dispersão da zona de amostra no fluxo transportador
2- Processo químico de formação do produto
Os dois processos ocorrem simultaneamente e, junto com as características 
hidrodinâmicas do detector, definem a magnitude e forma do sinal analítico.
Note que o produto é gradualmente formado na interface entre a zona de 
amostra e a solução transportadora (reagente).
INJEÇÃO E DISPERSÃO
Conforme a zona de amostra injetada (A) é bombeada ao longo do sistema, 
ela passa por uma série de estágios de mistura que modificam o gradiente de 
concentrações e, em consequência, a forma do sinal obtido, o qual pode 
variar desde o formato assimétrico mostrado em (B) até um formato de 
distribuição gaussiana (C), dependendo da posição do detector e da 
geometria do reator 
TRÊS PRINCÍPIOS DA ANÁLISE POR INJEÇÃO 
EM FLUXO:
1. Injeção da Amostra
CCCCo
TTTTo
Ponto de partida do processo, com uma concentração inicial C0 e um tempo inicial 
T0
2. Dispersão Controlada
Forma um gradiente bem definido de concentrações que pode ser visto como um 
contínuo de elementos de fluido com diferentes concentrações, nas quais a mais 
alta (Cmax) corresponde ao máximo de pico .
O grau de diluição da amostra é definido pelo coeficiente de dispersão, D=C0/Cmax
3. Controle preciso do tempo
Tmax é o tempo decorrido entre a injeção e a chegada do elemento 
de fluido de máxima concentração (Cmax) ao detector. A vazão 
constante e o percurso fixado pelas dimensões da bobina entre 
injetor e detector, permitem a obtenção de Tmax e Cmax muito 
reprodutíveis
CCCCmaxmaxmaxmax
TTTTmaxmaxmaxmax
5
Determinação espectrofotométrica de cloreto:
Reações:
2Cl- + Hg(SCN)2 → HgCl2 + 2SCN-
2SCN- + Fe3+ → Fe(SCN)2+
0 20 40 60 80
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
Ab
so
rb
ân
ci
a
Concentração (mg/L)
Análise por Injeção em Fluxo
S = Injeção das 
Amostra
T= Tempo de 
Residência
A= Área do pico
W = Largura de Pico
H = Altura de Pico
H = k1C
A=k2C
W=k3logC
C= Concentração do analito
k1,k2,k3 = constantes de 
proporcionalidade
Alguns exemplos de aplicação 
de análise por injeção em 
fluxo em análises seriais 
realizados no laboratórios do 
CENA-USP (década de 1980) : 
sulfato por espectrofotometria 
e potássio por fotometria de 
chama.
Calibrações: exatamente 
nas mesmas condições
usadas para as amostras
J. Ruzicka; E. Hansen; Flow Injection Analysis, 2nd Ed. Wiley, 1988
COEFICIENTE DE DISPERSÃO (D)
D=C0/Cmax
C0 = concentração original da amostra
Cmax = concentração do elemento de fluido 
de máxima concentração após o processo de 
dispersão
Para um detector espectrofotométrico:
D =A0/Amax
A0= Absorbância da amostra não dispersa
Amax = Absorbância lida no máximo de pico
D = 2 significa que a amostra foi 
diluída na razão de 1:1 com o fluido 
transportador
D pode ser determinado para qualquer 
elemento de fluido da zona de amostra e 
não apenas para o correspondente ao 
máximo do pico
COEFICIENTE DE DISPERSÃO
LIMITADA: D = 1 – 2
MÉDIA: D = 2 – 10
ELEVADA: D = 10 – 10.000
DISPERSÃO LIMITADA
Para obter dispersão limitada, injeta-
se um volume de amostra elevado, 
diminui-se o comprimento da bobina 
de reação/diluição e diminui-se o 
diâmetro interno do tubo.
Dispersão limitada é usada para:
•Medidas de pH ou de condutividade
•Medidas amperométricas
•Injeção automatizada em 
instrumentos de absorção atômica,fotometria de chama ou ICP
Geralmente usada em análises que não 
envolvem reação química em solução 
antes da detecção
6
DISPERSÃO MÉDIA
Para obter dispersão média:
• incorpora-se uma bobina de 
diluição/mistura (ou ajusta-se seu 
comprimento)
•Insere-se um ponto de confluência
•Ajusta-se o volume de amostra 
injetado
Em um sistema de dispersão 
média obtém-se um típico sinal de 
FIA em que a concentração 
máxima (Cmax) corresponde a 10 –
50% da concentração original (C0)
É usada principalmente quando é necessário introduzir um 
reagente para gerar um produto detectável – típico para 
medidas espectrofotométricas
DISPERSÃO ELEVADA
Para obter dispersão elevada:
• Diminua o volume de amostra 
injetada
•Aumente o volume do reator, com 
possível inclusão de câmara de diluição
Gera elevada diluição da amostra, de modo que Cmax < 0.1 C0
Utilizada para analisar amostras concentradas, 
acomodando Cmax dentro da faixa de resposta linear do 
detector
PROTOCOLO DE OTIMIZAÇÃO
Volume de amostra
Tempo de Reação
Concentração de reagentes
São os parâmetros mais importantes para o desenvolvimento de um 
método analítico por FIA, pois influenciam diretamente o limite de 
detecção, a sensibilidade e a freqüência analítica.
Coeficiente de Dispersão, D
Tempo de Residência, T
Orientam a otimização dos sistemas de análise por injeção em fluxo
PROTOCOLO DE OTIMIZAÇÃO
À vazão constante, o comprimento da bobina de reação determina o tempo 
de reação e a razão da mistura entre amostra e reagente. Quanto maior a 
bobina, maior será a dispersão da amostra e menor será a sensibilidade da 
medida por causa da maior diluição do produto formado. 
Tal diluição pode ser compensada aumentando-se o volume da amostra, o que 
resulta em aumento da altura de pico. Porém deve-se garantir excesso de reagente 
em toda zona de amostra. Para isso, em sistemas de linha simples, usa-se como 
critério de orientação D ~ 2.
A grande maioria dos métodos de FIA trabalha com volumes de amostra 
entre 50 - 200 µL, vazões de 1 a 2 mL min-1 usando reatores helicoidais com 
50 a 100 cm de comprimento e diâmetro interno de 0,5 a 0,8 mm.
FERRAMENTAS ADICIONAIS DE OTIMIZAÇÃO:
•Geometria dos canais de fluxo
•Pontos de confluência
•Parada de fluxo (stopped flow)
VOLUME DE AMOSTRA E COMPRIMENTO DA BOBINA
Para o caso da injeção de um corante em uma solução transportadora inerte 
ou tampão, em um sistema FIA de linha única, observa-se:
Influência do volume de amostra (60, 110, 
200, 400 e 800 µµµµL) na altura de pico no 
coeficiente de dispersão (D)
Influência do comprimento da bobina (20, 
50, 100, 175 e 250 cm) na altura de pico e 
em D após injeção de 60 µµµµL de amostra
DISPERSÃO E GEOMETRIA
Tubo Reto
Bobina Helicoidal
Bobina Enovelada
Empacotada com 
esferas de vidro
Bobina enovelada 
suportada em 
armação
Mudanças bruscas na direção do fluxo aumentam a transferência de massa radial. Este efeito 
é amplificado aumentando-se a velocidade linear de fluxo. Em um tubo reto sob regime de 
fluxo laminar, a transferência de massa radial é muito lenta, sendo promovida apenas por 
difusão. Enrolando o tubo com geometria de bobina helicoildal se promove o aparecimento 
de fluxos secundários na direção radial, o que é ainda mais acentuado no reator enovelado
por causa das mudanças bruscas e aleatórias da direção do fluxo. Bobinas montadas em 
armações poliméricas ou preenchidas com esferas de vidro foram propostas nos primeiros 
sistemas FIA, sendo hoje raramente utilizadas, apesar de serem eficientes para promover a 
dispersão radial. 
7
Bobina Helicoidal x Tubo Reto
Aspecto da zona de amostra (corante azul) injetada em solução 
transportadora incolor através de 500 cm de tubo (helicoidal ou 
reto) com 0,5 mm de diâmetro interno, acompanhados o sinal 
do detector
BOBINA EMPACOTADA E ENOVELADA
Tubo transparente de 0,5 mm de diâmetro interno empacotado com 
esferas de vidro (esquerda) e enovelado apoiado em suporte 
plástico perfurado (direita). Note que as fronteiras entre o corante e 
a solução transportadora são muito mais nítidas e bem definidas do 
que as mostradas no slide anterior. Aumenta-se a dispersão radial e 
diminui-se a dispersão axial. 
COMPONENTES DE UM SISTEMA FIA
Sistema de 
Propulsão
Frascos de 
reagentes
Sistema de 
Injeção
Conectores e T´s
Reator
Detector
SISTEMAS DE PROPULSÃO
BOMBAS PERISTÁLTICAS
Bombas peristálticas são os sistemas mais comumente usados em análise por 
injeção em fluxo. Características:
•Disponibilidade no mercado
•Relativamente de baixo custo
•Ampla faixa de vazões e linhas de fluxo
•Apresentam pulsação, o que dificulta aplicação com detectores eletroquímicos
SISTEMAS DE PROPULSÃO
BOMBAS PERISTÁLTICAS – Especificações para os tubos
A vazão é determinada pela velocidade de rotação e pelo diâmetro dos tubos conectados à bomba
B. Karlberg; G. E. Pacey; Flow Injection Analysis. A Practical Guide; Elsevier, Amsterdam, 1989
SISTEMAS DE PROPULSÃO
•BOMBAS PERISTÁLTICAS – Conexões às 
linhas de transmissão de fluxo
Tied Tube Technique
8
SISTEMAS DE PROPULSÃO
• Bombas de Pistão
Características:
Baixa pulsação
Grande precisão
Alto custo
Capacidade limitada
Seringa
Bomba
Reservatório de solução
transportadora
Válvula
SISTEMAS DE PROPULSÃO
PRESSÃO CONSTANTE
Gravidade
J.A. Vieira; I.M. Raimundo Jr; B.F. Reis; Anal. 
Chim. Acta 438 (2001) 75
Pressão de gás
R.C. Matos; I.G.R. Gutz; L. Angnes; R.S. Fontenele, 
J.J. Pedrotti; Quim. Nova 24 (2001) 795.
Características:
Baixo custo, livre de pulsação, faixa de vazões limitada
INJETORES
LOAD
Válvula rotatória de seis portas e duas vias com alça de amostragem 
colocada entre as portas 3 e 6.
Alça de amostragem
INJETORES
Injetor/comutador
Amostragem
Injeção
Amostra
Solução 
transportadora
D
Reagente
Amostra
Solução 
transportadora
Reagente
D
F.J. Krug; H. Bergamin F.; E.A.G. Zagatto, Anal. Chim. Acta 179 (1986) 103
Parte central 
móvel
Duas peças fixas
Alça de 
amostragem
E
I
Amostra
B
WD
LS
Sistemas de Injeção
O Injetor-Comutador
L
Amostragem (load)
F.J. Krug; H. Bergamin F.; E.A.G. Zagatto, Anal. Chim. Acta 179 (1986) 103
L = alça de amostragem
E = solução transportadora
E
B
WDLSL
InjeçãoI
Sistemas de Injeção
O Injetor-Comutador
F.J. Krug; H. Bergamin F.; E.A.G. Zagatto, Anal. Chim. Acta 179 (1986) 103
Amostra
L = alça de amostragem
E = solução transportadora
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Multibombeamento com micro-bombas solenóides.
Fig. 1. Flow diagram. P1 and P2: solenoid micropumps; L: reactor; D: detector; R: reagent; S: sample; W: 
waste; C: control interface; x: confluence point.
Volumes dispensados por pulso: 
3, 5, 8, 25, 50 µL
Número de pulsos: define volume
Freqüência de pulso: define vazão 
para um dado volume por pulso.
Fig. 2. Analytical signals obtained with the 
insertion of a Brilliant Green solution (95.0 mg l−1, 
pH=6.1) by means of a 25 µl pump. Peaks a, b, c 
and d recorded at 0.2, 2.0, 6.0 and 12 cm min−1, 
respectively.
Rui A. S. Lapa, José L. F. C. Lima, Boaventura F. Reis, João L. M. 
Santos and Elias A. G. Zagatto; Multi-pumping in flow analysis: 
concepts, instrumentation, potentialities; Anal. Chim. Acta 466 (2002) 
125-132
CONEXÕES/CONFLUÊNCIAS/
BOBINAS
CELAS DE FLUXO PARA DETECTORES 
ESPECTROFOTOMÉTRICOS
Cubetas de fluxo para espectrofotômetros convencionais
Celas de fluxo acoplados a fibras ópticas
Fonte Filtro Detector
Efeito Schileren – Gradiente de índice refração
A B
A-Injeção de NaCl 10% (m/v) em H2O
B- Injeção de H2O em de NaCl 10% (m/v)
DISTORÇÃO DA FORMA DOS PICOS – PREJUDICA A LEITURA DEAMOSTRAS 
DILUÍDAS – PIORA O LIMITE DE DETECÇÃO
PODE SER MINIMIZADO:
COMPATIBILIZANDO A COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES
TRABALHANDO COM SISTEMAS EM CONFLUÊNCIA 
MONITORANDO O SINAL EM DOIS COMPRIMENTOS DE ONDA
F.R.P. Rocha; J.A. Nóbrega; Química Nova 19 (1996) 636
DETECTORES POTENCIOMÉTRICOS DETECTORES AMPEROMÉTRICOS
Eletrodo de
Referência
(ER)
Eletrodo 
de Trabalho
(ET)
CAMADA DELGADA
Entrada de solução
Eletrodo Auxiliar
Em aço inox
Suporte em acrílico ou Teflon
Aplicando-se potencialadequado entre os eletrodos de 
trabalho e de referência, tem-se na interface eletrodo solução:
Ox +né → Red ou Red → Ox +né
Saída da solução
Espaçador de Teflon
Abertura para passagem de 
solução e contato com eletrodos
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Cela de fluxo de camada delgada para detecção 
amperométrica em análise em fluxo (FIA e HPLC)
http://www.bioanalytical.com/products/lc/flowcells.html
OUTROS SISTEMAS DE DETECÇÃO
• ABSORÇÃO ATÔMICA
• ICP
• FOTOMETRIA DE CHAMA
• FLUORESCÊNCIA
• BIAMPEROMETRIA
• CONDUTIVIDADE
• ETC.

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