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0 BANCO CENTRAL E O SISTEMA MONETÁRIO I n t r o d u ç ã o Inicialmente o capítulo apresenta as funções típicas do Banco Central, que são: emissor de papel-moeda e con trolador da liquidez da economia, banqueiro dos bancos, regulador do sistema financeiro e depositário de reservas internacionais do país. Busca-se mostrar, na medida do possível, como essas funções podem ser expressas atra vés de um balanço estilizado do Banco Central. Estudado esse balanço, discute-se com mais detalhes o conceito de base monetária apresentado no Capítulo 1. Agora são destacadas as operações que fazem com que o volume de base monetária e a quantidade de meios de pagamento que circulam na economia sejam alterados. Por último, é deduzido o chamado multiplicador monetário. Ao longo do capítulo conclui-se que os meios de pagamento são um múltiplo da base monetária. Por tanto, toma-se necessário conhecer o multiplicador mo netário da economia, que é a razão meios de pagamen to/base monetária pois, assim, pode-se mensurar qual o impacto sobre o total de meios de pagamento de uma contração ou expansão da base monetária. i . K J d A IN CO C E N T R A L , OS BANCOS E O SISTEMA MONETÁRIO O Banco Central possui algumas funções típicas: emissor de papel-moeda e controla dor da liquidez da economia, banqueiro dos bancos, regulador do sistema financeiro e depositário de reservas internacionais do país. A seguir cada uma dessas funções é apresentada. No Box 6.1 é feita uma breve descrição sobre a origem histórica dos bancos centrais. Emissor de Papel-moeda e Controlador de Liquidez■ O Banco Central detém o mo nopólio de emissão de papel-moeda e de cunhagem de moedas metálicas (uma pro posta alternativa à manutenção do monopólio de emissão pelo Banco Central é apresentada no Box 6.2). O Banco Central pode, ainda, controlar a quantidade de pa pel-moeda em circulação, isto é, o tamanho da base monetária. Pode também, como será visto, neste capítulo e nos Capítulos 7 e 8, inibir a criação de moeda pelos bancos comerciais. Sendo assim, pode controlar a liquidez da economia. Banqueiro dos Bancos. O Banco Central é responsável pela compensação de che ques, realiza o transporte de cédulas e moedas metálicas aos bancos, mantém parte das reservas dos bancos, entre outras atividades de auxílio ao sistema bancário. A função de emprestador de última instância é uma função decorrente da posição de banqueiro dos bancos. O Banco Central deve socorrer os bancos comerciais e as insti tuições financeiras em dificuldade, concedendo liquidez aos mesmos através de em préstimos ou redescontando títulos. A história mostra que os bancos centrais modernos descendem de bancos privados que financia ram o Estado e o desenvolvi mento econômico, em troca de favores especiais e do m onopó lio de emissão. Estes bancos fo ram criados orig inariam ente pa ra dar elasticidade ao crédito, adqu irindo graus de autonom ia e objetivos diferenciados em vá rios períodos. Este é o caso, por exemplo, do Banco da Inglaterra e do Federal Reserve, nos Esta dos Unidos. de títulos comerciais e realizar a inspeção dos bancos privados, numa época em que os fluxos m onetários irregulares e a es cassez de moeda e crédito d if i cultavam o crescimento econô mico. A obrigação de m anter a estabilidade de preços não esta va entre os objetivos iniciais do banco. Tal objetivo somente aparece na form a de lei em 1977. Mas está im plícito desde o início que, além de propiciar condições favoráveis ao cresci mento econômico e à redução do desemprego, o FED deveria com bater tanto a inflação quan to a deflação. O Federal Reserve System (FED) fo i criado em 1913, com o objetivo de facilitar o desconto A ORI GE M DOS B A N C O S CENTRAI S A crise de 1929 levou a uma série de mudanças funda mentais nos estatutos do FED, as quais tiveram como objetivo forta lecer a sua autoridade e a independência do sistema, em virtude dos fortes interesses econômicos e pressões políticas particulares. Os bancos priva dos, tidos como responsáveis pela grande depressão e por suas severas conseqüências, t i veram as influências sobre as decisões do FED reduzidas a p a rtir de então. O Banco da Inglaterra foi fundado em 1694, por um ato do Parlamento, com o objetivo explícito de emprestar dinheiro ao Governo, que se encontrava em dificuldades financeiras. Desde o começo de suas ativida des, o Banco da Inglaterra de senvolveu uma estreita associa ção com o Governo, obtendo grande ascendência sobre os demais bancos devido aos privi légios de que gozava como, por exemplo, o privilégio da emissão de notas bancárias. O Banco continuou a exercer as suas atividades p ri vadas, assum indo p a u la tin a m ente as funções de um Banco C entra l. A fac ilidade de en ten d im ento entre o G overno e o Banco da Ing la terra é uma das características da h istória m o ne tá ria ing lesa, em que tra d i c ionalm ente se procurou reso l ver as desavenças antes de anunciar publicam ente q u a l quer decisão. Entretanto, foi quando dei xaram de ser privados e se to r naram instituições públicas que os bancos centrais passaram a ser criticados pela excessiva p ro xim idade em relação aos gover nos. Esta proxim idade, segundo os seus críticos, tornaria a m oe da refém de grupos políticos e criaria, sobretudo nas dem ocra cias, ameaças inflacionárias per manentes. Para conter essas ameaças inflacionárias, difundiu-se, a partir dos anos 1980, a tese da independência do Banco Central que apóia-se, em grande m edi da, na crença de que existiria uma verdadeira função orig inal e natural das autoridades m one tárias, que é perseguir unica mente a estabilidade de preços. A crença de que existe uma fu n ção natural e orig inal dos ban cos centrais não é, contudo, cor roborada pela história, tal como foi visto. É necessário exam inar cui dadosamente as experiências nacionais para se entender as causas que explicam a evolução de grande parte dos bancos cen trais, ou seja, entender a evolu ção, desde a época em que eram financiadores do desen volvim ento, aos dias de hoje, em que alguns se tornaram institu i ções autônomas e se dedicam acima de tudo a garantir a esta bilidade de preços. A tese da au tonom ia dos bancos centrais será discutida em detalhes no Capítulo 10. Elaborado com a colaboração de Inès Patricio. Friedrich A. Hayek, consi derado um dos mais im portan tes pensadores liberais do sécu lo XX, apresentou uma curiosa proposta em seu livro Denatio nalisation o f Money, publicado em 1976, pelo Institute o f Eco nomic Affairs. Hayek considera que os grandes males do capi ta lism o, tais como a inflação e as instabilidades m acroeconô micas, são provocados por go vernos indisciplinados em re la ção ã emissão de m oeda e seus gastos. Têm origem , portanto, na capacidade de emissão de moeda que é exclusiva do go verno. Sua proposta é, então, que o m onopólio governam en ta l de emissão de moeda seja substituído pela livre emissão, que seria realizada por bancos privados. Hayek considera que é im possível se constituir um gover no responsável e disciplinado em relação à emissão de moeda porque os interesses políticos in dividuais dos dirigentes se so brepõem ao interesse público. Avalia, tam bém , que a moeda em nada difere de outros produ tos. Assim, seu abastecimento seria m elhor efetuado por meio da competição entre bancos que têm interesse em preservar a boa. qualidade do seu produto, ou seja, o valor da moeda que emitem. Seriam vitoriosas na competição aquelas moedas cu jo va lor se mantivesse estável ao longo do tempo. São ilustrativas as palavras de Hayek: "Caberia a cada emissor de uma moeda distinta regular sua quantidade de forma a torná-la mais aceitável para o público - e a competição o fo r çaria a agir dessa forma. Real mente, o emissor saberia que a penalidadepor fracassar em atender às expectativas des pertadas seria a ruína de seus negócios. (...) Parece que, nes sa situação, o mero desejo de lucro já poderia produzir uma moeda melhor do que a que o governor emitiu." O argum ento a favor das moedas competitivas descende diretam ente da corrente de pen samento econômico denom ina da escola austríaca. Hayek fo i o principal d ivulgador das idéias dessa escola, desde o início da década de 1930, quando fo i le cionar na London School o f Eco nomics. Lá, divulgou as obras de outros im portantes expoentes austríacos, entre eles, Von Mises e Bõhm-Bawerk. A principal mensagem da escola austríaca é que um am biente de total liber dade para o indivíduo econôm i co (sem qualquer interferência do governo, de monopólios p ri vados ou de sindicatos) é a única via que, de fato, conduz ao de senvolvimento. tiilador do Sistema Monetário c Financeiro. Muitos bancos centrais regulam as h|m i ilibes dos bancos comerciais c dc instituições financeiras, tais como os bancos de lin ' .limento. Supervisionam os negócios bancários para proteger os depósitos dos i lirnlcs e para garantir a solvência de cada banco em particular de forma a impedir |tiiv.i\ris crises sistêmicas. O Banco Central pode exigir capital mínimo para a insta- I !.. ui ile um banco, pode estabelecer limites para certas operações com o intuito de Impedir que os bancos se exponham excessivamente a situações de risco, pode res- )iilidir ou impedir certas operações, pode realizar inspeções regulares e intervenções « ui insliluições mal administradas etc. lU/tosilário de Reservas Internacionais. O Banco Central pode deter grande parte iln ir servas internacionais do país. Os agentes econômicos residentes e não-resi- i lentes realizam transações. O Banco Central deve reter moeda estrangeira para aten- i In .1 demanda daqueles que têm compromissos a saldar no exterior e evitar possíveis Ml unções de escassez de divisas, que elevam demasiadamente a taxa de câmbio e que, m i i limite, impõem a decretação de moratória (suspensão temporária do pagamento de i nnipromissos no exterior). Ademais, possuindo uma quantidade considerável de re- toi vas, o Banco Central pode, em certa medida, tentar controlar a taxa de câmbio reali- / ando operações de compra ou venda no mercado de divisas internacionais. Cabe i !<".( acar, entretanto, que com a globalização desses mercados, tal possibilidade de I I ml role foi bastante reduzida. É importante saber, ainda, que parte das reservas em pi isse do Banco Central são investidas, por exemplo, em títulos do Tesouro America no, com objetivo de obter ganhos de juros e aumentar a quantidade total de divisas. 2. O BALANCETE DO BA N CO CENTRAL i : DO SISTEMA MONETÁRIO I litre os recursos, a mais importante rubrica é a quantidade de papel-moeda emitido. ( 'ontudo, se tal conta fosse registrada no passivo, implicaria lançar a conta-caixa das •iiitoridades monetárias no lado do ativo. Como já foi visto, a quantidade de recursos emitidos menos a caixa do Banco Central é igual à base monetária; então, optou-se por escriturar essa última conta que aparece no lado do passivo do balancete do Ban- co Central - tal como é mostrado no Quadro 6.1. A base monetária pode ser dividida em duas subcontas: papel-moeda em poder do público e encaixes totais em moeda dos bancos (ou reservas bancárias). O Banco Central também pode tomar emprésti mos no exterior. As principais contas do ativo do balancete do Banco Central são as seguintes: reservas internacionais, títulos públicos, redescontos e empréstimos aos bancos. Todas as contas mencionadas aparecem no balancete estilizado do Banco ('entrai que é mostrado no Quadro 6.1. Algumas das funções típicas do Banco Central são expressas nas contas do seu balancete. A função de emissor de papel-moeda é expressa pela conta base monetá ria. A função de emprestador de última instância aparece na conta redescontos e empréstimos. A função depositário das reservas internacionais é expressa na conta ouiancete Estilizado do Banco Central Ativo Passivo (12) Reservas Internacionais (13) Títulos Públicos (14) Redescontos e Empréstimos (15) Outras Aplicações Base Monetária (16) Papel-moeda em Poder do Público (16.1) Reservas Bancárias (16.2) Empréstimos do Exterior (17) Outras Fontes (18) Total do Ativo Total do Pasivo reservas internacionais, com valor expresso em moeda nacional de acordo com a taxa de câmbio. É importante notar ainda que é através da aquisição de títulos públi cos comprados diretamente do Tesouro Nacional que o Banco Central pode desem penhar a função de financiar o governo. E, como será visto nos capítulos referentes à teoria e operação da política monetária, é através da aquisição ou venda de títulos em carteira que o Banco Central pode controlar a taxa de juros da economia e a quantidade de meios de pagamento. O sistema monetário é aquele conjunto de instituições que pode criar meios de pagamento, isto é, o Banco Central e os bancos comerciais. O balancete do sistema monetário é a soma algébrica do balancete do Banco Central com o balancete dos bancos comerciais - tal como aparece no Quadro 6.2. O balancete de um banco co mercial foi apresentado no Capítulo 1 (Quadro 1.2). O balancete do conjunto dos ban cos comerciais de uma economia possui a mesma estrutura do balancete apresentado no Capítulo 1. Assim, pode-se efetuar a soma algébrica deste balancete (consideran- do-o como representativo do conjunto de bancos) e o balancete do Banco Central apresentado na Figura 6.1. Quando se efetua o agrupamento das contas, percebe-se que as rubricas (2) e (14) do ativo têm o mesmo valor das contas do passivo (16.2) e (9), respectivamente. Portanto, podem ser excluídas. As contas (16.1) e (6) podem ser agrupadas em um única conta, os meios de pagamento. As demais contas do passivo se constituem nos recursos não-monetários do sistema bancário. 106 CAPÍTULO 6 QUADRO 6.2 Balancete Estilizado do Sistema Monetário Ativo Passivo (1) Empréstimos (3) + (13) Títulos Públicos e Privados (4) Imobilizado (12) Reservas internacionais Meios de Pagamento Papel-moeda em Poder do Público (16.1) Depósitos à vista (6) ■^^Redescontos o Empréstimos (0) -------------Rooorvao Banoárias (16.2) ^ - (2 )— Rosofvas Banoanas ■^-{44)— Rodosoonto eEfflftfés#roes (15) + (5) Outras Aplicações Passivo Não-monetário Depósitos a Prazo (7) Empréstimos do Exterior (17) + (8 ) Patrimônio Líquido (10) Outras Fontes (11)+ (18) Total do Ativo Total do Pasivo 3 . O M ULTIPLICADO R MONETÁRIO A quantidade ofertada de base monetária é estabelecida pelo Banco Central. A de manda pela base é realizada pelo público e pelos bancos. Os bancos demandam base pela necessidade de manter reservas (encaixes). O público demanda base para trans formá-la em meios de pagamento. A questão relevante é que a quantidade total de meios de pagamento é um múltiplo da base monetária. A explicação para esse fato é que não é somente o Banco Central que cria meios de pagamento, os bancos comer ciais também o fazem. Os bancos possuem essa prerrogativa porque o público aceita os depósitos à vista (moeda escriturai) como meios de pagamento. Então, como os bancos sabem que nem todos os clientes desejam sacar ao mesmo tempo seus depósi tos, criam moeda escriturai em uma quantidade superior às reservas que possuem. Conseqüentemente, os meios de pagamento tomam-se um múltiplo da base monetá ria. O Gráfico 6.1 apresentado a seguir descreve essas relações entre a base monetária e os meios de pagamento e entre as reservas bancárias (os encaixes) e os depósitos à vista. A parte da base monetária que é demandada pelo público não é multiplicada, mas os bancos multiplicam a parte que demandam. O multiplicador monetário é a razão meios de pagamento/base monetária. E po sitivo e, em geral, maior que 1 (um). Pode ser encontrado pelo desenvolvimento apre sentado a seguir. Os meios de pagamentosão definidos por MP = PMPP + DVbc , então: PMPP = M P - DVbc. - « » « T t u i M O NETÁRIO 107 MEIOS DE PAGAMENTO GRÁFICO 6.1 Relações entre a Base Monetária e os Meios de Pagamento e entre as Reservas Bancárias e os Depósitos à Vista A base monetária é definida por B = P M P P + E, então: P M P P = B - E, Logo, P M P P = M P - DVbc = B - E , B = M P - DV bc + E, Dividindo-se cada termo desta última equação por MP, obtém-se: B / M P = 1 - (DVbc / M P ) + ( E , / M P ) . Dividindo-se e multiplicando-se o último termo por DVBC, tem-se: B/MP = 1 - (DVb c / M P ) + (Et / M P ) * (DVb c / D V bc). 10« C A P Í T l U . n A Cham ando-se a razão D V ik</MPcIp < l c ii ni/no l i / u v [ u uc |>uuc-s« i w « , . . . . . i .1.1 liltima equação da seguinte form a: B / M P = 1 - d + ed B / M P = 1 - d ( l - e ) :■ MP = B / [1 - d( l - e)]. Assim, o multiplicador monetário é: 1 a = -------------- . l - d ( l - e ) Logo, uma variação da base monetária multiplicada por a é igual à variação dos lin ios de pagamento, isto é, AMP = aAB. Por exemplo, se o multiplicador monetário de uma economia é 1,54 e o Banco < Vntral fez a base monetária variar em 100 milhões de unidades monetárias, então, os meios de pagamento foram expandidos em 154 milhões de unidades monetárias. O llanco Central do Brasil divulga mensalmente o valor do multiplicador monetário. A ‘.('Huir, no Box 6.3, são reproduzidos os valores do multiplicador monetário e das ra- /òes d e e da economia brasileira nos anos de 1997 e 1998. O multiplicador monetário é função de duas variáveis d t e . Quanto maior o va lor de d, maior será o multiplicador. Quanto maior o valor de e, menor será o multipli- i iiilor. Assim, pode-se dizer que: a = f ( d , e ) , a'(d) > 0, a ' ( e )<0 . O entendimento econômico dessas relações é muito importante. Quando a quantidade de reservas bancárias em relação ao total de depósitos à vista (e) é aumen- lada, dada uma quantidade de depósitos à vista em relação ao total de meios de paga mento (d), menor será o multiplicador a. Isto pode ocorrer quando, por exemplo, o Manco Central decide elevar as reservas dos bancos compulsoriamente. Assim, com uma quantidade menor de reservas livres para realizar negócios, os bancos tendem a reduzir a oferta de crédito ao público, independentemente da sua demanda. O coeficiente e representa o percentual fixado legalmente de quanto dos depósi tos à vista devem ser recolhidos ao Banco Central e, além disso, reflete a aversão dos bancos a ter que recorrer a auxílios do Banco Central em virtude de uma eventual in suficiência de encaixes de negócios. Logo, se as taxas de juros das operações de rc- O MULTI PLI CADOR MONE T Á RI O DA E C O N O MI A BRASI LEIRA * 0 __________________________________________ d = DVbc/MP e = Et/D V BC a = m ultip licador monetário 1997 d e a 1998 d e a Jan 0,53 0,40 1,46 Jan 0,63 0,61 1,33 Fev 0,61 0,39 1,60 Fev 0,63 0,61 1,33 M ar 0,63 0,47 1,49 M ar 0,64 0,60 1,34 Abr 0,63 0,49 1,48 Abr 0,64 0,60 1,35 Mai 0,63 0,48 1,50 Mai 0,64 0,65 1,29 Jun 0,63 0,47 1,49 Jun 0,63 0,66 1,28 Jul 0,62 0,51 1,43 Jul 0,63 0,64 1,29 Ago 0,63 0,47 1,52 Ago 0,63 0,66 1,28 Set 0,64 0,49 1,48 Set 0,62 0,67 1,26 O ut 0,64 0,49 1,49 Out 0,60 0,68 1,23 Nov 0,63 0,47 1,51 Nov 0,60 0,64 1,28 Dez 0,62 0,53 1,41 Dez 0,58 0,66 1,25 Fonte: Boletim do Banco Central desconto tomam-se punitivas e as reservas compulsórias se elevam, o coeficiente e aumenta e o multiplicador a diminui. Pode-se dizer então que o coeficiente e é repre sentativo das decisões do Banco Central (em relação ao percentual de reservas com pulsórias) e da decisão de como os bancos administram os seus ativos (a concessão de empréstimos) e seus passivos (a emissão de depósitos à vista). Quando a quantidade de depósitos à vista em relação ao total de meios de paga mento (d) é aumentada, dada uma quantidade de reservas bancárias em relação ao to tal de depósitos à vista (e), maior será o multiplicador a. Isto pode ocorrer quando, por exemplo, os bancos comerciais adotam políticas de concessão de crédito mais agressivas. Se existem tomadores de crédito insatisfeitos, tal política creditícia de oferta mais ampla aumentará a quantidade de meios de pagamento da economia. Em outras palavras, aumentará a quantidade de depósitos à vista em relação ao pa- pel-moeda em poder do público. Pode-se dizer, portanto, que o coeficiente d é repre sentativo da decisão de como os bancos administram os seus ativos (a concessão de empréstimos) e os seus passivos (a emissão de depósitos à vista), assim como da deci são do público de demandar meios de pagamento na forma de depósitos à vista (isto é, demandar empréstimos). Em suma, o Banco Central pode controlar a quantidade de meios dc pagamento da economia (de acordo com a fórmula li<t = M) de duas formas isoladamente ou uti- lizando-as de maneira complementar. O Banco Central pode controlar diretamente a base monetária tal como será visto a partir da próxima seção. Em segundo lugar, pode tentar controlar o multiplicador monetário. Pode fazê-lo diretamente através da varia ção do percentual das reservas compulsórias em relação aos depósitos à vista, isto é, controlando diretamente o valor da razão e. O Banco Central pode também interferir indiretamente sobre o valor da razão d , impondo taxas punitivas nas operações de redesconto e empréstimos aos bancos co merciais. Com taxas punitivas em vigor, é provável que os bancos comerciais adotem políticas creditícias mais cautelosas (reduzindo o valor de d) para evitar situações de insuficiência de reservas. As taxas das operações de socorro oficial também podem influenciar indiretamente e. Sob condições em que vigoram taxas punitivas, é possí vel que os bancos adotem políticas mais conservadoras de retenção de reservas de ne gócios (elevando o valor de e) para evitar que sejam obrigados a incorrer em operações de redesconto e empréstimos. A relação entre a base monetária e o multiplicador pode ser representada grafi camente. No eixo vertical do Gráfico 6.2 estão representados os meios de pagamento c, no eixo horizontal, a base monetária. A inclinação da função M está relacionada com o valor do multiplicador, que é no mínimo de 45°, isto é, igual a 1 (um). Pela fór mula do multiplicador, pode-se concluir que o multiplicador somente será igual a 1 (um), quando d for igual 0 (zero) ou quando e for igual a 1 (um). O significado econô mico de d ser igual a 0 (zero) é que não existem depósitos à vista nesta economia. O significado econômico de o coeficiente e ser igual a 1 é que o total de depósitos à vista existentes é plenamente conversível em papel-moeda para todos os clientes simulta neamente. É improvável que uma economia tenha o seu multiplicador monetário igual a 1 (um). M Uma variação da base monetária no mp em $ - > montante de x-y implica uma variação de a (x-y) dos meios de pagamento onde a > 1 (um). 0 multiplicador monetário é, em geral, maior que 1 (um). Não tendem a ocorrer situações em que, por exemplo, não existem depósitos à vista e/ou os bancos mantêm reservas no valor do montante de depósitos à vista. A inclinação de M depende dos valores de d e e. y x B em $ GRÁFICO 6.2 Relações entre a Base Monetária, os Meios de Pagamento e o Multiplicador Monetário 4. C r i a ç ã o e d e s t r u i ç ã o DA B A SE MONETÁRIA O balancete do Banco Central apresentado neste capítulo é útil para a compreensão de quais operações realizadas pelas autoridades monetárias fazem variar a base monetá ria e, conseqüentemente, o estoque de meios de pagamento - dado um multiplicador monetário. Uma regra prática é visualizar a base monetária como uma conta-resíduo no seu respectivo balancete. Assim, uma variação da base monetária somente ocorre rá como resultado da diferença entre variações no valor das contas que estão do lado do ativo e variações do valor das contas do passivo não-monetáriodo balancete do Banco Central. O Box 6.4 resume esta regra prática. A base monetária será expandida quando, por exemplo, o Banco Central compra dólares (e não realiza nenhuma operação que altere a magnitude do seu passivo não-monetário). Quando o Banco Central vende títulos públicos (e não promove nenhuma alteração do seu passivo não-monetário), reduz o tamanho da base monetária. Quando não se utiliza a regra prática da conta-resíduo, po de-se incorrer no erro de avaliar que um aumento dos encaixes compulsórios aumentaria a base monetária (dado que a base monetária é a soma de encaixes totais bancários com papel-moeda em poder do público). Um aumento dos en caixes compulsórios não altera a base monetária porque não alterou o valor de qualquer conta do ativo do Banco Central, nem o valor de qualquer conta do seu passivo não-monetário. Uma outra regra prática importante é que deve ha ver uma transação que envolva moeda para que a base monetária possa ter seu valor modificado. VA R I A Ç Ã O DA BASE MON E T Á RI A Para se ava lia r se houve va ria ção da base m onetária deve-se obse rva r o b a la n ce te do Ban co C entral. Neste balancete, quando: a) uma variação positiva do montante das contas do ativo é m aior que uma variação positiva do m ontante das contas do passivo não-m o- netário, tem-se uma expan são da base m onetária; b) uma variação negativa do m ontante das contas do ativo é m aior que uma variação negativa do m ontante das contas do passivo não-m one- tá rio , tem-se uma contração da base m onetária; e se c) uma variação positiva (nega tiva) do m ontante das contas do ativo é igual a uma varia ção positiva (negativa) do m ontante das contas do pas sivo não-m onetário, então, não há contração nem ex pansão da base m onetária. 5. C r i a ç ã o e d e s t r u i ç ã o d e m e io s l)E PAGAMENTO Não somente o Banco Central pode alterar o estoque de moeda da economia quando realiza uma operação de ampliação da base monetária - dado um multiplicador. Os bancos comerciais podem alterar diretamente o estoque de meios de pagamento. A regra prática utilizada para se verificar se uma operação qualquer alterou o estoque de meios de pagamento é semelhante àquela utilizada para se verificar se houve al terações da base monetária. A regra prática é visualizar os meios de pagamento como uma conta-resíduo no balancete do sistema monetário. Portanto, uma varia ção dos meios de pagamento somente ocorrerá como resultado da diferença entre variações no valor das contas que estão do lado do ativo e variações do valor das contas do passivo não-monetário do balancete do sistema bancário. O Box 6.5 resu me esta regra prática. O estoque de meios de pagamento é reduzido quando, por exemplo, um banco comercial reduz suas operações de crédito com o público (e não há nenhuma altera ção do passivo não-monetário no balancete do sistema bancário). Os meios de paga mento aumentam quando os bancos comerciais compram títulos privados (e não rea lizam nenhuma operação que altere a magnitude das contas do passivo não-mo netário). Qualquer operação que altere os meios de pagamento deve ser realizada en tre agentes que compõem o sistema monetário da economia e agentes que estão fora desse sistema e, além disso, tal operação deve envolver pagamentos em moeda (ma nual ou escriturai). in o V A R I A ÇÃ O DO E S T O Q U E DE M E I O S DE P A G A M E N T O 1 Para se avaliar se houve varia é maior que uma variação 2 ção do estoque de meios de pa negativa do montante das gamento deve-se observar o ba contas do passivo não-mo lancete do sistema monetário. netário, então, tem-se uma Neste balancete, quando: contração do estoque de mei a) uma variação positiva do os de pagamento; e se montante das contas do ativo c) uma variação positiva (nega é maior que uma variação tiva) do montante das contas positiva do montante das con do ativo é igual a uma varia tas do passivo não-monetá- ção positiva (negativa) do rio, então, tem-se uma ex montante das contas do pas pansão do estoque de meios sivo não-monetário, então, de pagamento; não há contração nem ex b) uma variação negativa do pansão do estoque de meios montante das contas do ativo de pagamento. uperaçoes que aumentam o estoque de meios de pagamento s;U» chamadas de operações de monetização da economia. Um Banco Central pode, eventualmente, se ver obrigado a comprar dólares. Entretanto, não desejaria monetizar a economia. Então, vende títulos ao público em magnitude idêntica à operação de compra de divi sas internacionais que está obrigado a realizar. Esta operação, simultaneamente, am plia e enxuga meios de pagamento da economia. Tal operação casada, que evita que a economia seja monetizada, chama-se operação de esterilização. 6 . O p e r a ç õ e s d e c r i a ç ã o e DESTRUIÇÃO DE MEIOS DE PAGAMENTO A seguir são apresentados dez exemplos em que são discutidas as possibilidades de variação do estoque de meios de pagamento da economia: 1. Ao fim de um dia, um empresário se dirige a um banco comercial com a receita do seu negócio e faz um depósito à vista. Nesta operação não houve criação nem destruição de meios de pagamento. Nenhuma conta do ativo do balancete do sis tema monetário teve seu valor alterado, assim como nenhuma conta do passivo não-monetário. 2. Um empresário se dirige a uma empresa defactoring e troca todos os cheques pré-datados que recebeu por recursos em moeda manual. Nesta operação não houve criação nem destruição de meios de pagamento. Não houve nenhuma operação que envolvesse o setor monetário da economia e o público não-bancário. 3. Um indivíduo vende ações ao banco comercial de que é cliente e recebe como pa gamento um depósito à vista na sua conta corrente. Houve criação de meios de pa gamento. Houve uma variação positiva do valor do ativo do sistema bancário, que resultou de uma operação entre o setor monetário da economia (o banco comercial) e o público não-bancário (o cliente) e que envolveu um ativo não-monetário (as ações) e um ativo monetário (o depósito à vista). 4. Um banco de investimento compra dólares de um exportador. O pagamento é feito em moeda cash. Nesta operação não houve criação nem destruição de meios de pagamento. Tal operação não foi realizada entre o setor monetário da econo mia e o público não-bancário, mas sim entre o setor financeiro não-monetário (o banco de investimento) e o público não-bancário (a empresa exportadora). 5. Uma empresa vende os títulos públicos que possui a um banco comercial. O pa gamento é feito em moeda manual. Nesta operação houve criação de meios de paga mento. Houve uma variação positiva do valor do ativo do sistema bancário que re sultou de uma operação entre o setor monetário da economia (o banco comercial) e o público não-bancário (a empresa) e que envolveu um ativo não-monetário (os tí tulos) e um ativo monetário (moeda manual). (> Um banco comercial vende parte dos imóveis que possui a um banco de investi mento. O pagamento é feito em moeda cash. Nesta operação houve destruição de meios de pagamento. Houve uma variação negativa do valor do ativo do sis tema bancário, que resultou <lc uma operação entre o setor monetário tia econo mia (o banco comercial) e o público não-bancário (o banco de investimento) e que envolveu um ativo não-monetário (os imóveis) e um ativo monetário (moe da manual). 7. Os donos de uma empresa da área de informática dividem a sua propriedade ven dendo ações aos seus empregados. A compra das ações é feita em cheques. Nesta operação não houve criação nem destruição de meios de pagamento. Não houve nenhuma operação que envolvesse o setor monetário da economia e o público não-bancário. X. O Banco Central realiza uma operação de empréstimo direto a um banco comer cial que está em dificuldade. Nesta operação não houve criação nem destruição de meios de pagamento. Não houve nenhuma operação que envolvesse o setor monetário da economiae o público não-bancário. 9. Taxas de limpeza urbana são recolhidas por um banco comercial que deposita es ses recursos na conta da prefeitura. Nesta operação não houve criação nem des truição de meios de pagamento. Nenhuma conta do ativo do balancete do sistema monetário teve seu valor alterado, assim como nenhuma conta do passivo não-monetário. 10. Um banco comercial vende dólares a importadores. O pagamento é feito em moeda corrente. Nesta operação houve destruição de meios de pagamento. Houve uma va riação negativa do valor do ativo do sistema bancário que resultou de uma operação entre o setor monetário da economia (o banco comercial) e o público não-bancário (empresas de importação) e que envolveu um ativo não-monetário (reservas inter nacionais) e um ativo monetário. Re su m o 1. O Banco Central possui algumas funções típicas: emissor de papel-moeda e controlador da li quidez da economia, banqueiro dos bancos, regulador do sistema financeiro e depositário de reservas internacionais do país. A função de emprestador de última instância é uma função de corrente da posição de banqueiro dos bancos. O Banco Central deve socorrer os bancos comer ciais e as instituições financeiras em dificuldade realizando operações de redesconto. 2. A mais importante rubrica do passivo do Banco Central é a base monetária (que pode ser dividida em duas subcontas: papel-moeda em poder do público e encaixes totais em moeda dos bancos). O Banco Central também pode obter recursos tomando empréstimos no exte rior. As principais contas do ativo do balancete do Banco Central são as seguintes: reservas internacionais, títulos públicos, redescontos e empréstimos aos bancos. 3. O sistema monetário é aquele conjunto de instituições que pode criar meios de pagamento, isto é, o Banco Central e os bancos comerciais. O balancete do sistema monetário é, assim, a soma algébrica do balancete do Banco Central com o balancete dos bancos comerciais. Quando se efetua o agrupamento das contas, percebe-se que as rubricas reservas bancá rias e empréstimos e redescontos do ativo também aparecem no passivo. Assim, devem ser excluídas. As contas papel-moeda em poder do público e depósito à vista podem ser agru padas em uma única conta, que conformam o total de meios de pagamento. *♦. /\ quanuuaue oiertaua uc rrnse monetítria é estabelecida prlo Hamo Central. A dcniatuln pela base é realizada pelo público e pelos bancos. Os bancos demandam base pela neccssi dade de manter reservas (encaixes). O público demanda base para transformá-la em meioN de pagamento. A questão relevante é que a quantidade total de meios de pagamento é um múltiplo da base monetária. A explicação para esse fato é que não é somente o Banco Cen trai que cria meios de pagamento, os bancos comerciais também o fazem. Sendo assim, po de-se definir o multiplicador monetário, que é a razão meios de pagamento/base monetária que é positiva e, em geral, maior que 1 (um). 5. Uma regra prática para se avaliar variações da base monetária e dos meios de pagamento í visualizar tais rubricas como contas-resíduo nos seus respectivos balancetes. Assim, unia variação da base monetária (ou dos meios de pagamento) somente ocorrerá como resul tado da diferença entre variações no valor das contas que estão do lado do ativo e variações do valor das contas do passivo não-monetário do balancete do Banco Central (ou do sistema monetário). TERMOS-CHAVE ■ Banqueiro dos Bancos ■ Multiplicador Monetário ■ Contração da Base Monetária ■ Emprestador de Última Instância ■ Conta-resíduo ■ Expansão dos Meios de Pagamento ■ Sistema Monetário ■ Expansão da Base Monetária ■ Contração dos meios de Pagamento QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1. O multiplicador monetário é função das variáveis d te , que são representativas dos com portamentos dos bancos comerciais e das imposições do Banco Central. Discuta que even tos econômicos podem alterar o nível dessas duas variáveis. O que ocorreria, por exemplo, em episódios de pânicos bancários? 2. Quais os agentes econômicos que são capazes de determinar o estoque de moeda da econo mia? O público é capaz de determinar tal estoque através de sua demanda por crédito junto aos bancos comerciais? B i b l i o g r a f i a c o m e n t a d a Goodhart, C. (1992). Central Banking. In: The New Palgrave Dictionary of Money and Finance. Newman, P., Milgate, M. & Eatwell (editors). London: Macmillan. ------ (1992). Monetary base. In: The New Palgrave Dictionary of Money and Finance. Newman, P., Milgate, M. & Eatwell (editors). London: Macmillan. Toniolo, G. (editor) (1988). Central Banks' Independence in Historical Perspective. Berlin: Walter de Gruyter. Esta é uma interessante coletânea sobre a história dos principais bancos centrais do mundo. Cada Banco Central, por exemplo, da Alemanha ou da Inglaterra, é discutido tendo como foco o tema da independência, desde sua criação até as últimas décadas. A h n p i c e 0 MULTIPLICADOR MONETÁRIO COM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA 11 multiplicador monetário também pode ser encontrado utilizando-se progressões y* uiiiclricas. Quando o Banco Central realiza uma operação de ampliação da base ui' mciária (por exemplo, compra títulos do público), a primeira variação dos meios de |Mj',imento que ocorre é da mesma magnitude da compra feita pelas autoridades mo- iii i.ii ias, ou seja, é igual à variação da base monetária (AB). Com mais recursos mo- iii ijírios, o público aumenta a sua quantidade de depósitos nos bancos comerciais. A i|inmtidade de depósitos que os bancos recebem é igual AB.d. Uma parte desses no- vi is depósitos se transformará em reservas bancárias, o que possibilitará aos bancos i iinceder mais empréstimos. As reservas bancárias seriam aumentadas de (AB.d) e. < > empréstimos adicionais seriam de (AB.d) (1- e). Esses empréstimos ampliam os inrios de pagamento. Com mais recursos monetários, o público realiza novos depósi to . que originará novos empréstimos, no valor de (AB.d)( l - e ) *(1 - e ) d, que gera- i ii novos depósitos, e assim sucessivamente. Logo, a variação total de meios de pagamento, resultante da operação original realizada pelo Banco Central será de: ( alculando-se o limite do somatório que multiplica a variação da base monetária: AM = AB + (1 - e ) d . AB + (1 - e)2 d2 . AB + (1 - e)3 d3 . AB + AM = AB [1 + (1 - e) d + (1 - e)2 d2 + (1 - e)3 d3 + . . . ] . obtém-se o multiplicador monetário, a = X - d ( l - e ) '
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