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Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 37, n. 3, set./dez., 2001 Padronização de método utilizando a cromatografia a gás para determinação quantitativa de imipramina e desipramina em amostras de soro para fins de monitorização terapêutica Adriano Cressoni Araujo*, Rosemary Custódio Pedroso Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo Antidepressivos tricíclicos são eficazes e de custo acessível e, não obstante seus efeitos colaterais, são ainda usados no tratamento da depressão. Devido ao fato de apresentarem variações consideráveis de cinética e faixa terapêutica estreita, a monitorização terapêutica se faz necessária, para evitar efeitos sub-terapêuticos ou tóxicos. Neste trabalho foi desenvolvido um método para quantificação de imipramina e desipramina em amostras de soro utilizando a cromatografia gasosa com coluna capilar e detetor de nitrogênio e fósforo com finalidade de monitorização terapêutica. Nas condições padronizadas imipramina, desipramina e padrão interno (clomipramina) eluiram com tempos de retenção de 7,043, 7,515 e 10,579 min respectivamente. A linearidade do método na faixa de concentração de 50 a 500 ng/mL apresentou coeficientes de determinação de 0,9998 para imipramina e 0,9999 para desipramina. Os coeficientes de variação de 6,4% (±0,036) e 4,7% (±0,023) para imipramina e 6,9% (±0,037) e 7,1% (±0,039) para desipramina foram encontrados em estudos de precisão intra-ensaios e interensaios respectivamente. Limites de detecção de 15 ng/mL para imipramina e 20 ng/mL para desipramina e limites de quantificação de 25 ng/mL para imipramina e 40 ng/mL para desipramina foram observados em amostras adicionadas. A recuperação absoluta foi de 73,7% para imipramina e 70,6% para desipramina e a recuperação relativa de 90% para ambas. A inexatidão foi de 5,32% e 7,91% para imipramina e desipramina respectivamente. A estabilidade dos analitos em soro foi de uma semana. Unitermos: • Depressão • Imipramina • Desipramina • Monitorização terapêutica • Cromatografia gasosa • Detetor de nitrogênio e • fósforo. INTRODUÇÃO A depressão é um dos transtornos mentais mais co- muns, principalmente em idosos, necessitando muitas vezes ser tratada com medicamentos (Baldessarini, 1996; Furlanut et al., 1993) A imipramina tem grande importância no tratamen- to deste distúrbio. O custo acessível e o fato de haver um *Correspondência: A.C. Araújo Avenida Padre Atílio, 346 - Belvedere Araras/SP - CEP 13.601-100 email: araujo@siteplanet.com.br A. C. Araujo, R. C. Pedroso322 conhecimento acumulado sobre seus efeitos farmacoló- gicos fazem com que muitos clínicos prefiram indica-la ao invés de antidepressivos desenvolvidos recentemente (Aymard et al., 1998; Chattergoon et al., 1998; Ereshefsky et al., 1995; Hackett et al., 1997; Torre et al., 1998). Porém, variações interindividuais de cinética, interações medicamentosas e idade, tornam difícil o ajuste da dosagem, que associado a faixa terapêutica estreita pode fazer com que ocorram desde efeitos sub-terapêu- ticos até tóxicos (Ereshefsky et al., 1995; Sallee, Pollock, 1990). Desta maneira, a monitorização terapêutica da imipramina auxilia o clínico no ajuste da dosagem corre- ta (Linder, Keck, 1998; Toney, Ereshefsky, 1995). Para a quantificação de imipramina existem diversos procedi- mentos. Técnicas imunológicas e cromatográficas são as mais citadas na literatura para quantificação de imipra- mina em soro. No entanto, as primeiras apresentam-se potencialmente capazes de dar reações cruzadas e dentre elas muitas não quantificam separadamente o fármaco e o seu produto de biotransformação. Técnicas cromatográ- ficas são muito utilizadas tendo como vantagem maior especificidade. (Chaternoon et al., 1998). A cromatografia gasosa com coluna capilar permite a separação da imipramina, seus produtos de biotransformação e outros fármacos que poderiam estar presentes na amostra sem a necessidade de derivação química e em tempo de análise relativamente curto, com desempenho cromatográfico satisfatório para aminas terciárias (imipramina) e secun- dárias (desipramina) (Hattori et al., 1990; Pommier et al., 1997; Torre et al., 1998; Tserng et al., 1998). Assim, neste trabalho foi padronizado e validado um método para quantificação de imipramina e desipramina por cromato- grafia gasosa com coluna capilar e detetor de nitrogênio e fósforo em amostras de soro com finalidade de monito- rização terapêutica de pacientes sob terapia antidepressiva com imipramina. MATERIAL E MÉTODOS Soluções-padrão Padrões de embonato de imipramina (Novartis Biociências S/A - Resende/RJ), cloridrato de desipramina e cloridrato de clomipramina (Novartis Biociências S/A - Basiléia Suíça), com grau de pureza superior a 97,5%. A partir deste foram preparadas soluções estoque de imipramina, desipramina e clomipramina a 0,1% (1 mg/mL) em metanol e soluções de trabalho de imipra- mina e desipramina a 10 mg/mL e clomipramina a 4 mg/mL em água. Equipamentos Cromatógrafo a gás HP 6890 com injetor “split/ splitless” e detetor de nitrogênio e fósforo. Integrador HP 3395 (Hewlett-Packard, Wilmington, EUA). Coluna capi- lar HP-Ultra 2 (5% de polimetilsiloxano), de 25m X 0,32 mm X 0,17 mm (Hewlett-Packard, Little Falls, EUA). Reagentes Metanol, isopropanol e n-hexano grau LiChrosolv® (Merck), sulfato de sódio anidro P.A. (Merck), hidróxido de amônio 25% P.A. (Merck) e cloreto de amônio P.A. (Merck). Amostras Para desenvolver os estudos de validação do método foi utilizada mistura de soro de voluntários que não fizeram uso de imipramina ou clomipramina, usada como amostra de referência negativa “branco”. Alíquotas de amostras “branco” adicionados de imipramina e desipramina na faixa de concentração de 50 a 500 ng/mL a serem utilizadas como material de referência nos estudos de padronização e vali- dação do método. Amostra de soro de paciente sob terapia antidepressiva com imipramina (25 mg/dia). As amostras foram colhidas após aprovação do Comitê de Ética em Pes- quisa da FCF-USP. Procedimento de extração As amostras foram submetidas ao seguinte procedi- mento de extração: 1 mL de soro contendo 100 mL de p.I. (clomipramina a 4mg/mL) adicionado de 0,5 mL de tam- pão amônia pH 11 após agitação em vórtex por 5 segun- dos, foi extraído com 5 mL de n-hexano/isopropanol (99,5:0,5) em agitador mecânico por 20 minutos. A fase orgânica foi transferida para tubo contendo 50 mg de Na2SO4 anidro e em seguida para outro tubo de evapora- ção. O extrato foi evaporado sob N2 e o resíduo retomado em 100 mL de metanol e 1 mL injetado no CG. Condições cromatográficas Condições cromatográficas: Injetor 260 OC com razão de divisão de 1:20; temperatura inicial do forno 190 OC por 8 min, aquecimento 20 OC/min até 210 OC mantido por dois min, aquecimento 20 OC/min até 250 OC mantido por um min; detetor 280 OC, fluxos de H2, ar sintético e gás auxiliar (hélio) total de 3, 60 e 10 mL/min, respectivamente. Gás de arraste (hélio) 2,6 mL/min e corrente na pérola 20 pA. Padronização de método utilizando a cromatografia a gás para determinação... 323 Validação do método Especificidade O estudo da especificidade foi feito injetando-se padrões de fármacos com índices de retenção próximos ao da imipramina, desipramina e p.I. e que podem ser pres- critos comumente a indivíduos deprimidos. Adicional- mente foram feitas algumas análises de amostras conside- radas “branco”. Linearidade Foram construídas curvas de calibração com amostras adicionadas com quantidades crescentes de imipramina e desipramina de 50 a 500 ng/mL e p.I. a 400 ng/mL submeti- das ao procedimento de extração e análise cromatográfica. Todas as amostras adicionadas foram analisadas em triplicata. A linearidade do detetor foi estudada na faixa de concentração de 100 ng/mL a 10 mg/mL para imipramina e desipramina. A linearidade das curvas foi avaliada por meio das equações da reta e coeficientes de determinação (r2).Limites de detecção e quantificação Os limites de detecção foram determinados através da extração, injeção e quantificação de nove replicatas de adicionados de imipramina e desipramina nas concentra- ções de 50, 40 30 e 15 ng/mL. Foi considerado como limi- te de detecção a menor concentração em que todas as replicatas apresentassem picos que pudessem ser integra- dos nas condições padronizadas. Os limites de quantificação foram determinados pela quantificação de nove replicatas de adicionados de imipramina e desipramina nas concentrações de 50, 40, 30 e 25 ng/mL. Foi considerado como limite de quantificação a menor concentração em que o coeficiente de variação não excedeu 10%. Precisões intra e interensaio A precisão intra-ensaio foi determinada por meio da extração de nove replicatas de adicionados nas concentra- ções de 50, 200 e 500 ng/mL. A precisão foi calculada indiretamente, por meio da medida da imprecisão dada pelo coeficiente de variação das áreas relativas. A precisão interensaio foi determinada por meio da imprecisão dada pelo coeficiente de variação das áreas relativas de triplicatas de adicionados de imipramina e desipramina nas concentrações de 50, 200 e 500 ng/mL submetidos ao procedimento de extração durante seis dias. Recuperações absoluta e relativa A recuperação absoluta foi calculada por meio da comparação das áreas relativas de amostras adicionadas de imipramina e desipramina nas concentrações de 50, 200 e 500 ng/mL e p.I. na concentração de 400 ng/mL, submetidos ao procedimento de extração proposto, com as áreas relativas de amostras adicionadas nas mesmas con- dições anteriores, mas com imipramina e desipramina adicionadas após a extração. A recuperação relativa foi calculada comparando-se a relação entre as áreas relativas de padrões de imipramina e desipramina adicionados em amostras de soro nas con- centrações de 50, 200 e 500 ng/mL e p.I. na concentração de 400 ng/mL, submetidos ao procedimento de extração proposto, com as áreas relativas obtidas pela injeção de adicionados em metanol contendo imipramina, desipra- mina e p.I., que não foram submetidas ao procedimento de extração. Foram avaliadas seis replicatas de cada adicio- nado em dois dias diferentes. Exatidão A avaliação da exatidão do método foi procedida pela quantificação de triplicatas de amostras de soro adi- cionadas nas concentrações de 50, 200 e 500 ng/mL. A partir das concentrações encontradas foi calculada a por- centagem de inexatidão. Estabilidade A estabilidade foi avaliada pela quantificação de imipramina e desipramina adicionadas em soro nas con- centrações de 50, 200 e 500 ng/mL, armazenadas em re- frigerador (4 OC) e em congelador (-20 OC), sendo calcu- lada por meio do aumento da inexatidão em análises rea- lizadas após uma e duas semanas. Foram consideradas estáveis as amostras que após quantificação apresentaram inexatidão inferior a 10%. RESULTADOS A análise cromatográfica dos padrões de imipramina, desipramina e padrão interno na coluna e condições padronizadas foi considerada satisfatória quan- to ao tempo de análise e perfil cromatográfico (Figura 1). Especificidade A Figura 2 mostra a capacidade de resolução da coluna na separação de mistura de padrões de imipramina, A. C. Araujo, R. C. Pedroso324 FIGURA 3 - Cromatograma de extrato de soro “branco”, nas condições padronizadas. FIGURA 2 - Cromatograma obtido da mistura de padrões de imipramina (6,985 min), desipramina (7,450 min) e clomipramina (10,501 min), juntamente com padrões de fármacos com potencial de interferência na análise, sendo: amitriptilina (6,394), nortriptilina (6,752), biperideno (8,080), prometazina (8,180), carbamazepina (8,853), diazepam (11,071) e clorpromazina (11,785). FIGURA 1 - Cromatograma obtido por injeção da mistura de padrões de imipramina, desipramina e p.I., que nas condições padronizadas eluiram com tempos de retenção de 7,056, 7,530 e 10,587 min respectivamente. desipramina e clomipramina juntamente com padrões de fármacos potencialmente interferentes na análise. A Figu- ra 3 mostra cromatograma de extrato obtido por meio de soro “branco”, em que pode ser verificada a ausência de picos interferentes. Padronização de método utilizando a cromatografia a gás para determinação... 325 TABELA I - Precisão intra e interensaios da imipramina e desipramina estimadas indiretamente pelos valores de desvio padrão (D.P.) e coeficiente de variação (C.V.) Precisão intraensaio Precisão interensaio Concentração imipramina desipramina imipramina desipramina ng/mL D.P. C.V. (%) D.P. C.V. (%) D.P. C.V. (%) D.P. C.V. (%) 50 0,012 8,3 0,009 6,9 0,008 6,2 0,008 6,3 200 0,024 5,0 0,043 8,8 0,022 4,6 0,040 8,9 500 0,071 5,9 0,058 5,0 0,040 3,3 0,073 6,0 TABELA II - Resultado do estudo das recuperações absoluta e relativa da imipramina e desipramina Recuperação absoluta Recuperação relativa Concentração imipramina desipramina imipramina desipramina (ng/mL) (%) (%) (%) (%) 50 71,2 (±18,0) 75,7 (±4,1) 93,5 (±6,2) 99,9 (±5,4) 200 84,2 (±4,2) 71,0 (±4,4) 87,2 (±3,6) 88,6 (±3,9) 500 65,7 (±2,7) 65,1 (±7,2) 89,9 (±2,9) 81,5 (± 4,3) Linearidade As equações da reta e coeficientes de determinação (r2) foram y = 0,0024x + 0,0097 com r2 de 0,9998 para a imipramina e y = 0,0023x + 0,0185 com r2 de 0,9999 para a desipramina. Limites de detecção e quantificação Nas condições padronizadas, os limites de detecção foram 15 e 20 ng/mL para imipramina e desipramina, res- pectivamente, nas amostras de soro adicionadas. Da mes- ma forma, os limites de quantificação foram de 25 ng/mL para imipramina e 40 ng/mL para desipramina. Precisões intra e interensaio A Tabela I apresenta, respectivamente, as precisões intra e interensaio para imipramina e desipramina nas condições padronizadas. Recuperações absoluta e relativa A Tabela II mostra as recuperações absoluta e rela- tiva para imipramina e desipramina. Exatidão A exatidão do método proposto, calculada indireta- mente através da inexatidão é apresentada na TABELA III. Estabilidade Os analitos foram considerados estáveis por uma semana, tanto em refrigerador (4 OC) quanto em congela- dor (-20 OC). TABELA III - Porcentagem de inexatidão do método proposto, em estudo com amostras adicionadas de imipramina e desipramina Inexatidão do método Concentração Imipramina Desipramina (ng/mL) (%) (%) 50 13,2 (±0,008) 7,5 (±0,008) 200 -0,04 (±0,006) -10,25 (±0,006) 500 -2,72 (±0,0298) 5,98 (±0,0524) A. C. Araujo, R. C. Pedroso326 FIGURA 5 - Cromatograma do extrato de amostra de paciente idoso em terapia com imipramina 25 mg/dia. As concentrações obtidas foram de 30,4 ng/mL para a imipramina (7,062) e 43,3 ng/mL para a desipramina (7,539), respectivamente. FIGURA 4 - Cromatograma de extrato de amostra de soro adicionada com imipramina (7,043) e desipramina (7,515) a 100 ng/mL e p.I. (10,579) a 400 ng/mL. Amostras A Figura 4 mostra cromatograma de extrato obtido de amostra adicionada e a Figura 5 apresenta cromatograma de extrato obtido de amostra de paciente em terapia com 25 mg de imipramina. DISCUSSÃO A especificidade do método mostrou-se adequada. Foram testados alguns fármacos com potencial para inter- ferência e, ao final, imipramina, desipramina e p.I. foram separados satisfatoriamente, tanto entre si como de inter- ferentes endógenos e exógenos. O método demonstrou linearidade adequada, abrangendo desde concentrações sub-terapêuticas até tóxicas. Além disto, a precisão, limi- tes de detecção e quantificação e recuperação foram satisfatórias. A exatidão está de acordo com o objetivo do trabalho, e foi testada com amostras de adicionados de imipramina e desipramina em soro, preparadas no próprio laboratório, devido à dificuldade na obtenção de amostras certificadas. A estabilidade dos fármacos no soro, testada com adicionados mantidos em freezer e geladeira, foi de duas semanas para imipramina, mas para desipramina apenas uma semana. Assim, a estabilidade da amostra foi considerada de uma semana, estando adequada ao objeti- vo da monitorização terapêutica,mas menor que a ob- servada por Orsulak et al.(1984), de quatro semanas. A análise de soro de um paciente com uso de imipramina (25 mg/dia) deu resultado positivo para imipramina e desipramina, sem a presença de interferentes. Esta dosa- gem de imipramina (25 mg/dia) proporcionou no pacien- Padronização de método utilizando a cromatografia a gás para determinação... 327 te concentrações sub-terapêuticas tanto de imipramina (30,4 ng/mL) quanto de desipramina (43,3 ng/mL), o que mostra que o método é capaz de quantificar imipramina e desipramina em pacientes que utilizam baixas dosagens. Concluindo, o método proposto demonstrou ser aplicável na monitorização terapêutica de imipramina ABSTRACT Standardization of method using gas chromatography for the quantification of imipramine and desipramine in sample of serum for therapeutic drug monitoring Tricyclic antidepressants are efficient, have accessible price and, despite of its side effect, are still utilized for depression treatment. In this work a methodology to quantification of imipramine and desipramine in serum samples using the gas chromatography with capillary column and nitrogen-phosphorous detector was developed with purpose of therapeutic drug monitoring. In the standard conditions imipramine, desipramine and internal standard (clomipramine) were eluted with retention time of 7,043, 7,515, 10,579 min respectively. The linearity of methodology in the concentration range from 50 to 500 ng/mL showed determination coefficients of 0,9998 for imipramine and 0,9999 for desipramine. The coefficients of variation of 6,4% (±0,036) and 4,7% (±0,023) for imipramine and 6,9% (±0,037) and 7,1%(±0,039) for desipramine were obtained in of intra- assay and inter-assay precision studies, respectively. Detection limits of 15 ng/mL for imipramine and 20 ng/mL for desipramine, and quantification limits of 25 ng/mL for imipramine and 40ng/mL for desipramine were obtained in added samples. The absolute recovery was of 73,7% for imipramine and 70,6% for desipramine and the relative recovery was 90% for both. The inaccuracy was 5,32% and 7,91% for imipramine and desipramine respectively. The stability of the drugs in serum was one week. UNITERMS: Depression. Imipramine. Desipramine. Therapeutic drug monitoring. Gas chromatography. Nitrogen-phosphorous detector. AGRADECIMENTOS Clínica Antônio Luiz Sayão de onde foi obtida a amostra de paciente idoso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALDESSARINI, R. J. Drugs and the treatment of psychiatric disorders: depression and mania. In: GOODMAN & GILMAN. The Pharmacological Basis of Therapeutic. 9.ed. New York: Mc Graw-Hill, 1996. p.431-459. CHATTERGOON, D. S., VERJEE, Z., ANDERSON, M., JOHNSON, D., McGUIGAN, M. A., KOREN, G., ITO, S. Carbamazepine Interference with immune assay for tricyclic antidepressants in plasma. Clin. Toxicol., New York, v.36, n.1-2, p.109-113, 1998. ERESHEFSKY, L., RISENMAN, C., FRANCIS LAM, Y. W. 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