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Visão geral sobre BI Sistemas de Informação e Decisão II Prof. Dr. Alex Fabianne de Paulo Tomada de decisão e sistemas de informação • Valor empresarial do aperfeiçoamento da tomada de decisão: 2 Tomada de decisão e sistemas de informação As decisões podem ser classificadas em: Decisões não estruturadas são aquelas em que o responsável pela tomada de decisão deve usar seu bom senso, sua capacidade de avaliação e sua perspicácia na definição do problema. Decisões estruturadas são repetitivas e rotineiras e envolvem procedimentos predefinidos, de modo que não precisam ser tratadas como se fossem novas. Algumas decisões têm características dos dois tipos precedentes, e por isso são chamadas de semiestruturadas; nesses casos, apenas parte do problema tem uma resposta clara e precisa. Processo de tomada de decisão Qualidade das decisões e da tomada de decisão Dados, informação e conhecimento • O amontoado de dados e informações acumulados nas organizações por si só não dizem nada (nomes, cpf, nro contratos, contas, produto X ou Y, etc) • O significado das informações é que agrega valor* • Os sistemas transacionais (CRM, ERP, e-Commerce, etc) são fontes primárias dos dados para tomada de decisão e onde, a maior parte deles estão (ou deveriam estar) corretos, e consistentes. Tomada de decisão • Os sistemas transacionais das empresas são fontes de dados prontos? • Poderia se tomar decisões apenas com base nos dados dos sistemas transacionais? • É possível ter uma inteligência de negócios utilizando dados diretamente das bases de dados transacionais? • Quais as vantagens e desvantagens disso? Mas o que é exatamente esse tal de BI... • BI ou Inteligência de Negócios é um conceito técnico ou de negócios? • O que constitui um BI sob a perspectiva técnica (quais elementos o compõem)? • E sob a perspectiva de negócio... quais seriam esses elementos? Definição de BI • Inteligência de negócios é um termo cunhado para identificar uma série de ferramentas tecnológicas utilizadas para maximizar os resultados das organizações por meio de uma gestão mais assertiva e orientada a dados. • É comum se entender por BI o conjunto de ferramentas de TI tais como data warehouse e dashboards, mas o conceito correto seria muito mais amplo do que isso. • Mas é fato de que o aparato de ferramentas e seus recursos são fundamentais para propiciar a extração de diferentes visões e insights gerenciais Definição de BI • “Inteligência de negócios” (BI) é um termo usado por fornecedores de hardware e software e consultores de tecnologia da informação para descrever a infraestrutura para armazenamento, integração, elaboração de relatórios e análise de dados que vêm do ambiente empresarial. • A infraestrutura básica coleta, armazena, limpa e torna os dados relevantes disponíveis para os gestores. • A inteligência e a análise de negócios referem-se essencialmente à integração de todos os fluxos de informações produzidos por uma empresa em um único conjunto coerente de dados. (LAUDON; LAUDON, 2015) Esquema 1 Esquema 2 Inteligência de negócios e recursos analíticos Há cinco funcionalidades analíticas que os sistemas de inteligência de negócios oferecem para alcançar os objetivos: • Relatórios de produção • Relatórios parametrizados • Painéis e scorecards • Criação de consulta, pesquisa ou relatório específico • Previsões, cenários, modelos Exemplo de alinhamento de estratégia e BI Exemplo de alinhamento de estratégia e BI 1. Definir a estratégia e os objetivos da organização (BSC) 2. Estabelecer os indicadores chave de performance (KPI) para cumprimento de cada objetivo 3. Identificar das fontes dos dados para medição e controle dos indicadores 4. Estruturar de consultas/rotinas para geração dos KPI periodicamente (diário, semanal, mensal, etc) 5. Desenhar melhor modelo visual (dashboard) que consolide os resultado dos KPIs 6. Implementar os painéis de indicadores, validar e disponibilizar para áreas-clientes (alta direção, no caso do BSC) Infraestrutura contemporânea de inteligência de negócios O BI “Tradicional” ainda tem muito fôlego • Se todas as organizações (grandes, médias ou pequenas; públicas ou privadas) utilizassem ferramentas apenas de BI tradicional para tomada de decisão, possivelmente haveria muito menos falência de negócios ou conflitos de decisão. • Ter um ecossistema de BI, mesmo que minimamente, é uma decisão de negócio!!! • Além de atender demandas para tomada de decisão, ter um repositório para BI (DW) pode ser uma boa estratégia para desafogar os sistemas transacionais. Pontos de atenção para implementação de um projeto de BI • Essencial ter patrocínio da alta direção • Ter um orçamento para aquisição de máquinas com alta capacidade de processamento e armazenamento. • Exige equipe dedicada de TI e de negócios, sendo o primeiro responsável pelas ferramentas e o segundo pelas regras de negócio a serem implementadas • Criar uma cultura de análise de dados e decisões baseadas em dados (change management) com apoio do RH Características de dados prontos para análise • Confiabilidade da fonte de dados • Precisão do conteúdo dos dados • Acessibilidade aos dados • Segurança e privacidade de dados • Riqueza de dados • Consistência dos dados • Valor corrente/atualidade dos dados • Granularidade de dados • Validade dos dados • Relevância dos dados Fator crítico de sucesso 1: Pré-processamento dos dados • Um dos pontos cruciais da implementação de um BI (ou seja, algo que vai subsidiar decisões e estratégias) está na qualidade dos dados; • Se nos sistemas de origens, os dados têm algum problema (ruído, inconsistência, lacuna, etc.), isso irá refletir nos resultados mostrado nas ferramentas de BI • Se ocorrerem problemas de integração entre sistemas durante as rotinas de extração e carga de dados, será mostrado nos resultados providos pelas ferramentas de BI Fator crítico de sucesso 1: Pré-processamento dos dados • Caso não seja tratado cuidadosamente antes da carga nos repositórios de dados (data warehouse ou data marts), as ferramentas de BI poderão se tornar produtos de natureza duvidosa e cairão em descrédito desde o “chão de fábrica’ até o alto escalão. Pré-processamento dos dados • No mundo real, os dados costumam se apresentar sujos, mal-alinhados, excessivamente complexos e imprecisos • Não costumam estar prontos para serem usados em tarefas de análise de dados • É necessário preparar os dados para a análise de dados • Pré-processamento de dados: • Consolidação de dados • Limpeza de dados • Transformação de dados • Redução de dados • Aprimora e melhora com a experiência e prática • Redução de dados • Variáveis: • Redução dimensional • Seleção de variáveis • Casos/amostras: • Amostragem • Equilíbrio/estratificação Pré-processamento dos dados Geração de relatórios empresariais • Relatório = Informação → Decisão • Relatório é qualquer artefato de comunicação preparado com a intenção específica de transmitir informações “mastigadas”. • Relatórios empresariais podem cumprir muitas funções diferentes: • Garantir que todos os departamentos estejam funcionando de modo adequado; • Fornecer informações; • Transmitir os resultados de uma análise; • Persuadir outros a agirem; • Criar uma memória organizacional (como parte de um sistema de gestão de conhecimento). O que é um relatório empresarial? • Um relatório empresarial é um documento por escrito que contém informações relativas a negócios. • Propósito: garantir que decisões gerenciais sejam otimizadas por embasamento em evidências. • Base: fontes de dados provenientes de dentro e de fora da organização). • Forma: narrativa, gráfica e/ou tabular. • Distribuição: impressão, e-mail, portal/intranet. Aquisição de dados → geração de informações → Tomada de decisão → Gestão de processo empresarial. Tipos de relatórios empresariais • Relatórios de métricas degestão: • Em muitas organizações, o desempenho dos negócios é administrado por meio de métricas orientadas para resultados (acordos de nível de serviço e indicadores-chave de desempenho [KPIs – key performance indicators]) • Podem ser usados como parte do Seis Sigma ou Gestão de Qualidade Total • Relatórios do tipo dashboard: • Apresentação gráfica de vários indicadores de desempenho em uma única página usando mostradores/indicadores • Relatórios do tipo balanced scorecard: • Incluem perspectivas sobre clientes, processos comerciais e aprendizado e crescimento Fator crítico de sucesso 2: Visualização de dados “O uso de representações visuais para explorar, dar sentido e comunicar dados” (Few, 2007) • Visualização de dados versus visualização de informações • Informação = agregação, resumo e contextualização de dados • Relacionada com infográficos, visualização de informações, visualização científica e gráficos estatísticos • Frequentemente incluem diagramas, gráficos, mapas e outros tipos de elementos visuais Fator crítico de sucesso 2: Visualização de dados • Por que visualização de dados é um fator crítico em um ecossistema de BI? Não é só fazer uns gráficos coloridos (e as vezes que mexem!) e tá tudo certo???? • Não é tão simples assim pois remete à capacidade cognitiva e até mesmo intuitiva de quem visualiza os dados. • Por isso, a exposição visual dos dados de negócios exige tentar imaginar como o outro irá ler e interpretar os dados. • Assim o elemento, precisa passar exatamente a mensagem que se deseja, sem dar margens para interpretações erradas sobre os dados. Qual diagrama ou gráfico devo usar? Dashboards informativos • Dashboards informativos são componentes comuns na maioria, senão em todas, das plataformas de análise de negócios, sistemas de gestão de desempenho empresarial e pacotes de software para avaliação de desempenho. • Os dashboards oferecem exibições visuais de importantes informações consolidadas e organizadas numa única tela, para que possam ser digeridas num simples relance e facilmente exploradas e aprofundadas. Dashboards informativos • Design de dashboards: • O desafio fundamental do design de dashboards é exibir todas as informações necessárias numa mesma tela, de modo claro e sem distrações, e de tal forma que possam ser assimiladas rapidamente. • Três camadas de informação: • Monitoramento • Análise • Gerenciamento Dashboards informativos • O que procurar em um dashboard: • Utilizam componentes visuais (como diagramas, barras de desempenho, sparklines, indicadores, medidores e semáforos) para destacar, num vislumbre, os dados e exceções que requerem ação • São transparentes para o usuário, ou seja, exigem o mínimo de treinamento e são extremamente fáceis de usar • Combinam dados provenientes de uma variedade de sistemas em uma mesma visão resumida e unificada dos negócios • Possibilitam a navegação aprofundada ou lateral entre fontes de dados e relatórios subjacentes, fornecendo mais detalhes quanto às bases comparativas e o contexto avaliativo • Apresentam uma visão dinâmica do mundo real, com renovação ágil de dados, permitindo que o usuário final permaneça atualizado sobre mudanças recentes nos negócios • Exigem pouca ou nenhuma codificação customizada para serem implementados, utilizados e mantidos Exemplos de Dashboards informativos Melhores práticas para o design de dashboards • Utilize indicadores-chave de desempenho como benchmark para padrões do setor • Envolva os parâmetros do dashboard com metadados contextuais • Valide o design do dashboard por meio de um especialista em usabilidade • Priorize e ranqueie alertas/exceções transmitidos para o dashboard • Enriqueça o dashboard com comentários de usuários empresariais • Apresente as informações em três níveis diferentes • Escolha o construto visual certo usando princípios de design de dashboard • Proporcione análise de dados guiada Exercícios 1. Cite 3 características de dados prontos para serem analisados. 2. Quais são as 4 etapas do pré-processamento de dados. 3. Descrever duas funções que um relatório empresarial deve cumprir. 4. Quais quesitos essenciais os relatórios empresariais seguir? 5. O que são dashboards informativos? Conceitue. Próxima aula • Arquitetura e modelagem de ambientes de BI: data warehouse e processos ETL Referências • SHARDA, R; DELEN, D; TURBAN, E. Business Intelligence e análise de dados para gestão do negócio. Porto Alegre: Bookman, 2019. • LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. São Paulo: Pearson Education, 2014. • SAUTER, V. L. Decision support systems for business intelligence. Hoboken: John Wiley & Sons, 2011.