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QFL0238 – Química Analítica Instrumental – 2013 – 1ª lista de exercícios – Diurno O número do exercício corresponde ao número do grupo que deverá apresentar a resolução – com a participação de todos os integrantes –, na Aula de Exercícios. 1) Uma amostra de 0,3721 g de pasta de dentes contendo flúor foi fervida com 50 mL de tampão citrato para extrair o NaF. Depois de resfriada e filtrada, a solução foi diluída a 100,0 mL. Numa alíquota de 25,0 mL desta solução introduziu-se um eletrodo íon-seletivo para fluoreto e um de referência de Ag/AgCl. Adição de 5,0 mL de solução contendo 1,10 g/mL de fluoreto alterou o potencial de –38,2 mV para –5,4 mV. Considerando que as medições foram feitas a 25 o C e que o ISE de fluoreto apresentou resposta igual à teórica, calcule a porcentagem (m/m) de fluoreto e de monofluorofosfato de sódio (Na2PO3F) na pasta de dentes. 2) A uma alíquota de 20 mL de solução tampão constituída NH4OH 0,10 mol/L + NH4Cl 0,14 mol/L adicionou-se 20 mL de NaOH 0,10 mol/L antes de proceder à titulação com HCl 0,100 mol/L. Esquematize (semi-quantitativamente) as curvas de titulação condutométrica e potenciométrica (com eletrodo de vidro combinado), indicando no gráfico os volumes dos pontos estequiométricos e calculando a concentração de todas as espécies químicas nestes pontos. 3) Por que o efeito da diluição nas medições é corrigido nas titulações condutométricas e desprezado nas titulações potenciométricas? Exemplifique apresentando uma curva corrigida e uma não corrigida. Em que circunstância se usa força iônica alta e constante na potenciometria? 4) Considere que uma solução 1,00 mmol L -1 de ferrocianeto de potássio em KNO3 0,1 mol L -1 , apresenta ip,a = 5,0 µA e E1/2= 0,20 V vs. Ag/AgCl(KCl Sat). i) Qual o Einicial e Efinal apropriado para registrar esse voltamograma? ii) Esquematize o voltamograma, apontando e identificando os parâmetros úteis para obtenção de informações por voltametria cíclica; iii) sobreponha o voltamograma para 2,00 e 4,00 mmol L -1 ; iv) repita os itens i, ii e para solução de ferricianeto de potássio; v) para o ferricianeto, sobreponha os voltamogramas com metade e com o dobro da velocidade de varredura inicial. 5) O polarograma de 50,0 mL de uma solução-amostra da droga Librium (clorodiazepóxido) apresentou, para a 1ª onda de redução, E1/2 = –0,265V (vs. ECS) e corrente de difusão de –0,37 µA em 0,05 mol/L H2SO4. Adição de 2,00 mL de um padrão 3,00 mmol/L do fármaco à amostra resultou em id = –0,80 µA. Determine a concentração, em mol/L, de Librium na amostra. Esquematize os polarogramas sabendo, da literatura (http://dx.doi.org/10.1016/ j.japna.2003.08.008), que além da 1ª onda (2 elétrons), formam-se outras duas de altura similar com E1/2 = –0,950 V e E1/2 = –1,150 V, todas irreversíveis. 6) A reação de Karl Fischer para determinação do teor de água em amostras pode ser representada por: Explique como se dá a detecção biamperométrica do ponto final. Apresente as interferências a que está sujeito o método de KF. Presença de ácido ascórbico, p.ex., resultaria em resultado super-estimado (erro positivo) ou sub- estimado? Poderia ser eliminada? 7) Curvas de calibração para potássio, utilizando-se filtro para K, foram obtidas na ausência e na presença de 1000 mg L -1 de Cs + por fotometria de chama. a) Por que valores menores da razão (sinal de emissão / CK + ) são observados para baixas concentrações do analito na ausência de Cs + ? b) Por que a adição de Cs + aumenta o sinal de emissão e torna a curva de calibração linear? c) Qual a % de potássio numa matriz sólida se 1,00 L de uma solução contendo 1000 ppm Cs + + 0,100 g do material fornece sinal de emissão igual a 135? 8) Um analista deseja determinar o teor de sódio em uma espécie de carambola por fotometria de chama usando gás natural e ar. Através da literatura científica ele constatou que nessa amostra tem cerca de 2 mg de sódio/g de amostra, 150 mg de potássio/g de amostra e lítio não foi detectado. Com esses dados o analista conclui que para determinar a concentração de sódio na amostra com menor erro possível, deveriam ser preparadas soluções padrão de sódio e a solução amostra adicionando excesso de potássio e uma quantidade pequena de lítio. a) Justifique se o analista concluiu certo sobre adicionar excesso de potássio às soluções. Caso não tivesse adicionado, o resultado da concentração encontrada para o sódio seria diferente? Explique a sua resposta. b) Durante as primeiras leituras de emissão, o analista percebeu que não havia esperado tempo suficiente para estabilização da chama e que a vazão do gás oxidante deveria ter aumentado, provocando alteração na temperatura da chama. Se de fato isso ocorreu, o que deve ter acontecido com a medida de emissão do sódio nas primeiras leituras? E com a razão da emissão de sódio e lítio? Justifique a sua resposta. 9) EDTA forma complexos com Fe 3+ e Cu 2+ com constantes de formação de 1,3x10 25 e 6,3x10 18 , respectivamente. Esquematize a curva de titulação de uma mistura dos dois íons com EDTA obtida em 700 nm, comprimento de onda no qual apenas o complexo formado com Cu 2+ absorve radiação. Seria possível determinar as concentrações da mistura por titulação espectrofotométrica se o complexo de Cu 2+ /EDTA fosse mais estável do que o complexo Fe 3+ /EDTA? Justifique. 10) Sabe-se que um ácido fraco HA está totalmente ionizado em pH 11, e praticamente todo na forma não ionizada em pH 1,0. Em soluções tamponadas nestes pHs, fez-se a leitura de soluções 2,0 x 10 -6 mol/L do ácido em 280 e 370nm, e os valores de absorbância obtidos estão indicados abaixo: pH A280 A370 11 0,270 0,036 1,0 0,061 0,870 Calcule o pKa deste ácido, sabendo que em solução tampão pH 6,0 uma solução contendo este ácido apresenta absorbâncias de 0,325 e 0,620 em 280 e 370 nm, respectivamente, com cubeta de 1,0 cm de caminho ótico. 11) A análise do teor de lítio em uma amostra de soro sanguíneo foi feita por fluorimetria e pelo método de adição de padrão. Para isso, alíquotas de 0,0; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 mL de uma solução padrão de 0,100 mg/L de Li + foram adicionadas a funis de separação que continham, cada, 5,0 mL de amostra. A cada funil, adicionou-se 5,0 mL de hexano contendo excesso de complexante 8-hidroxiquinolina. Os extratos orgânicos foram então diluídos a 25,0mL com hexano e as emissões de fluorescência medidas: Sinal de Emissão C K + /ppm Sem Cs + Com Cs + 0 0 13 0,25 2 18,5 0,50 6 24 1,0 16 36 2,5 44 70 5,0 94 125 7,5 150 181 10,0 200 238 V adicionado (mL) Emissão 0 5,15 1,0 7,2 2,0 10,2 3,0 13,0 4,0 15,6 Determine a concentração de lítio presente na amostra. 12) Selênio presente em castanha do Pará pode ser determinado após derivatização, conforme reação abaixo: Durante a construção de uma curva de calibração de padrões de Se, observou-se o perfil gráfico mostrado a seguir. Explique por que a curva perdeu seu comportamento “esperado” quando concentrações maiores de padrão foram usadas. E.XE'{Z..c..\c..\C) L l'JI>- ":::>Olv l-I"-a ,p.rc\Y{'-.O 1'1'" \ v'AL I O,no -'I- ::::'1 n,~. 1\0-6 : l.?,~~_~\')x_ O. ~O -\ ::=') X z: fi ,=- . 00-5 """'0\ L-~ fo vvv O, do \ o L ,,\\-\1,0\4 VVlI...-I·-b \ . 1?o0J... - ry»: l...Cl V'I /I, C>0. <o:»: "'I '-AA. o, V- L 'I P "-À- =t : vJ ?o .,J-IÃ " k / ,,'-,?\ )f" 1, O na-z y J, . 1)0-0z: "1\0 \ ,,\ }-\I,0\-\ f O . ~ 4 v ,0 \ L- ~ de-. ~<Ã.0 Â.. ~o~ l h CA..'v<:l r-; cI.o v:J v\' o.. o L vvv:,\ <1 + 01..\ -'> V)V ""'''1' ~o-... .l V'\ , o í.) lvv.. \.c ~(),. o-, \..Q V' ,/)h~: Jo-, S "J ~c...I'-"-' \-\ c...t.. , C./À l. Uv L.O \)0 ?t-'c 'í)f'.. NOVA ':>() l. u (.rc: 'p.",,,\ON:) p,., " '" \1..\ \ Q.. eo QVf"<L ~6 \ N \ (.\ p., P.. - 1\ IV l-A L?0 I e ()u s: f IL, b 4- \°1 ( l ",",j ) :::!) ~O'M l.\ .l-~ 1- 1o'd ( \),~ . ~~o\ \ ='> r°\-\ 4,CJ~I t--.\ 1-\LI 01-\l tO· ~~=\ ) r c A.. ~v.. 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Resposta Na titulação condutométrica, se identificação o final da titulação quando há uma brusca variação de condutividade, pois os íons H⁺ e OH⁻ possuem uma alta condutividade molar. A condutividade é diretamente proporcional à concentração de íons na amostra, portanto uma diluição pode causar diversos erros na medição da condutividade, e, consequentemente, do ponto de viragem. Na titulação potenciométrica, se usa a variação de pH como critério para identificação do ponto de viragem. Na definição de pH, que se usa o logaritmo da concentração de H , os efeitos da diluição são discretos, pois para influenciar a ponto de distorcer a identificação do ponto de viragem, é necessário que a diluição varie a ordem de grandeza da concentração de H . Equação de Nernst Adaptada Na potenciometria, o potencial varia de acordo com a atividade do íon de interesse. A atividade pode variar de acordo com a concentração do íon e de suas interações com os outros íons presentes na solução. C o n d u ti vi d ad e Volume de Titulante Experimental Corrigido Utilizando uma força iônica alta e constante evita com que a atividade varie, que consequentemente evita que as medições potenciométricas desviem da realidade. Com as medições potenciométricas mais precisas, é possível calcular a quantidade de um determinado íon de maneira precisa. 8. a) A adição de excesso de potássio à solução foi uma medida adotada corretamente. O potássio possui uma constante de ionização extremamente alta e, consequentemente, ele tende a se ionizar (formar íons). Assim, o potássio atua como supressor ionizante, uma vez que a sua adição em excesso acarreta uma diminuição da quantidade de analito na forma de íons (a qual o fotômetro de chama não faz a medição) e aumenta a quantidade de átomos no estado excitado, resultando em uma medida mais precisa (grande parte dos átomos do analito estarão no estado excitado, permitindo a medição). Caso não houvesse a adição, o resultado encontrado para o sódio seria diferente, pois não haveria o supressor ionizante e, por conseguinte, maiores quantidades de sódio estariam no estado ionizado, impossibilitando uma medição precisa e revelando dados de concentração mais baixos, visto que menores quantidades do analito estariam disponiveis na forma atômica. b) A vazão do gás oxidante aumentou, ou seja, houve uma maior vazão do oxigênio utilizado para a combustão. Uma menor quantidade de oxigênio disponivel para ser reduzido implica em uma menor temperatura da chama utilizada. Tal diminuição da temperatura, por sua vez, resulta em uma diminuição das primeiras leituras do sodio, pois menores quantidades de sodio foram excitadas ao estado atomico, induzindo ao erro de medição. A razão sodio/litio, no entanto, continuaria a mesma. O litio é utilizado, na fotometria de chama, como um padrão interno, em virtude de suas propriedades similares às de grande parte dos analitos (como o sodio). Ele é medido da mesma maneira que o analito, o que implica dizer que o litio é submetido às mesmas condições – e, consequentemente, aos mesmos possiveis erros – que o sodio. Depois, constroi-se sua curva de calibração, a qual menimiza os erros do analito, porque os erros obtidos na medição do litio “cancelam” os erros obtidos na medição do sodio. Portanto, se o litio foi medido pela mesma chama com temperatura menos, ele foi submetido ao mesmo erro que na medição do sodio, ou seja, a razão sodio/litio continua a mesma, pois os erros de leitura foram obtidos em ambas as medições. 12 - Observa-se que em grandes concentrações de analito, a emissão cai. Isso acontece porque ao serem atingidos por radiação, os elétrons são excitados a um maior nível de energia e na volta ao nível de energia fundamental, ao invés da energia ser emitida em sua maioria na forma de fótons, ela se dissipa na forma de energia cinética, calor, energia rotacional (etc) já que a maior proximidade entre as moléculas aumenta a probabilidade dessas colidirem umas com as outras. Só faltou falar do efeito de autoabsorção, o qual ocorre em altas concentrações do analito, pois algumas moléculas do próprio analito absorvem a energia que seria liberada e,posteriormente, medida
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