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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA RAFAELE SOARES TERESINA-PI 2013 RAFAELE SOARES HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA Monografia apresentada à Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração Or ientador: Profº . Msc. M arc io V in íc ius Br i to Pessoa TERESINA-PI 2013 RAFAELE SOARES HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA Monografia apresentada à Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração Or ien tado r : Pro f º . Msc. Marc io V in íc ius Br i t o Pessoa Aprovada em: 26/07/2013 BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________________ 1º Membro: Profº. Msc. Marcio Vinicius Brito Pessoa ____________________________________________________________ 2º Membro: Profª Esp. Cyjara Orsano Machado ______________________________________________________________ 3° Membro: Profª Esp. Maria Gorett Gomes de Negreiros AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, pela força, e oportunidade e por está do meu lado nos momentos mais difíceis da minha vida, Á minha família, pelo apoio e pelo patrocínio dos gastos que tive desde o inicio dessa jornada, que não foram poucos, mesmo não podendo sempre dava um jeito, Ao meu namorado Ronaldo da Silva Santiago, por me ajudar desde que iniciei esse trabalho, por estar do meu lado, por me compreender quando às vezes eu não pude lhe dá a devida atenção por causa do meu tempo corrido, pelo incentivo, motivação, e por ser tudo de bom em minha vida, Ao Sr. Cláudio Sales proprietário da empresa pela atenção e por disponibilizar a realização da pesquisa, e ao Elison Morais, técnico em Segurança no Trabalho pela assistência e acompanhamento durante a aplicação dos questionários no canteiro de obras, Aos professores Paulo José de Abreu, por acreditar em mim e me mostrar que é possível mudar, Ruthele Maria de Carvalho Sousa, pela ajuda sempre que precisava estava disponível, Silvana Maria Ramos Soares, pela atenção e jeito alegre de ministrar as aulas, Marcelo Ata Farias, pela humildade, Alen da Costa Araújo,pela assistência, e especialmente ao meu orientador Marcio Vinicius Brito Pessoa por me ajudar todo esse tempo, pela paciência,disponibilidade e dedicação mesmo muita das vezes apressado,por ser muito ocupado, muito obrigada a todos. “Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota” (Sun Tzu) RESUMO O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo analisar qual a política de higiene e segurança no trabalho implantado em uma empresa de construção civil, e qual sua influência que contribui para a redução de acidentes. Para a obtenção dos dados utilizou-se como instrumento metodológicos questionários e consultas bibliográficas. A pesquisa proporciona como resultado a necessidade de averiguar- se a fiscalização por parte da empresa se é suficiente para coibir irregularidades no uso de EPI‟s também por parte dos trabalhadores, em termos de utilizá-los de forma correta e continuadamente, e a consciência dos perigos que a área possui e assim contribuírem com a empresa no setor de higiene e segurança no trabalho. Palavras Chaves: Construção Civil, Segurança, Equipamentos de Proteção Individual ABSTRACT The development of this work is to analyze which policy health and safety at work deployed in a construction company, and what their influence contributes to the reduction of accidents. To obtain the data was used as an instrument methodological and bibliographical consultation questionnaires. The research provides as a result the need to ascertain to oversight by the company if it is enough to curb irregularities in the use of PPE also by workers, in terms of using them correctly and consistently, and awareness of the dangers the area has and thus contributing to the company in the health and safety at work. Key Words: Construction, Safety, Personal Protective Equipment LISTA DE SIGLAS CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho CID - Classificação Internacional das Doenças CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas CONAE - Conferencia Nacional Internacional de Educação CUT - Central Única dos Trabalhadores DDS – Diálogo de Segurança DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito EPC - Equipamento de Proteção Coletiva EPI - Equipamento de Proteção Individual FAP - Fator Acidentário Previdenciário GM - Gabinete do Ministro INSS - Instituto Nacional de Seguro Social NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário OMS – Organização Mundial da Saúde PEA - População Economicamente Ativa PPRA – Programam de Prevenção aos Riscos Ambientais SAT - Seguro de Acidente de Trabalho SD – Sem Data SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho SINAN – Sistema de Agravos de Notificação SIPAT – Semana Interna Prevenção de Acidentes de Trabalho SUS – Sistema Único de Saúde SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 10 2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13 2.1.1 Análise Preliminar de Risco ----------------------------------------------------------------- 15 2.1.2 Consequências de um acidente ------------------------------------------------------------ 16 2.2 Higiene e Segurança no Trabalho: Uma análise do histórico de informações --- 17 2.3. Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes-------------- 19 2.4 Acidentes devido ás condições e ações perigosas -------------------------------------- 21 2.5. Atos Inseguros ------------------------------------------------------------------------------------ 23 2.5.1. Condições Inseguras ------------------------------------------------------------------------- 24 2.6. EPI‟s e EPC‟s ------------------------------------------------------------------------------------- 25 2.6.1. Formas de manutenção dos EPI‟s -------------------------------------------------------- 27 2.6.2. Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s --------------------------------------------------- 28 2.7.Ações de orientações aos riscos da construção civil ------------------------------------ 29 2.7.1.Cenário atual da construção civil -------------------------------------------------------- 30 3. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------ 32 3.1. Tipo de Pesquisa -------------------------------------------------------------------------------- 32 3.2. Modalidade da Pesquisa ----------------------------------------------------------------------- 32 3.3. Amostragem ----------------------------------------------------------------------------------- 32 4. HISTÓRICO DA EMPRESA --------------------------------------------------------------------- 33 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ------------------------------------------ 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------------ 47 REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------------------------51 APÊNDICE ---------------------------------------------------------------------------------------------- 54 10 1. INTRODUÇÃO As pessoas precisam estar motivadas no seu ambiente de trabalho, que se resume em um local saudável e limpo, bem cuidado; a conscientização e fiscalização é um forte aliado nessa questão, isso influencia na sua produtividade e qualidade de vida, pois passam maior parte de suas vidas no ambiente de trabalho, pessoas felizes trabalham felizes. Assim faz-se necessário analisar, identificar, e implantar caso necessário, novas técnicas que aprimorem o setor de Higiene e Segurança do Trabalho da organização. Este setor vem se tornando cada vez mais uma preocupação para as empresas, devido à ligação que existe entre condições adequadas de trabalho, o desempenho das pessoas e conseqüente contribuição para a responsabilidade social da organização. Esse trabalho monográfico visa fazer um levantamento de informações sobre higiene e segurança no trabalho nas organizações, onde realizamos uma pesquisa de campo para conferirmos em uma empresa a sua aplicação prática na totalidade ou não. Diante do exposto faz-se o questionamento perante a problemática: Como a Higiene e Segurança no Trabalho influenciam a redução de acidentes no trabalho na construção civil na Conexão Engenharia Ltda.? A escolha do assunto se justifica pelo fato da responsabilidade que o tema exige, bem como a qualificação necessária ao profissional para que o resultado final seja eficiente de forma que reduzam os índices de acidentes nesse setor. De tal modo, a conscientização é uma ferramenta muito contribuinte e influenciador, sendo ela através de palestras, treinamentos, concursos de segurança sem a ocorrência de prejuízos físicos ao trabalhador. Conhecer e dar a conhecer a importância desta temática, tendo em vista que ela constitui ainda um imperativo para a melhoria da qualidade e das condições de vida e do trabalho. A pesquisa pretende conhecer a política de higiene e segurança no trabalho utilizado na Conexão Engenharia Ltda. os tipos de acidentes, os riscos inerentes das atividades da construção civil, observar os EPI ‟s e EPC„s existentes na empresa e identificar as principais causas de acidentes que ocorrem no setor da construção civil. Esse tema é de notória importância, visto que é preciso se manter em um verdadeiro estado de direito, pois a saúde humana é o bem mais precioso que a 11 classe trabalhadora possui. Entende-se que segurança no trabalho, no tocante a doenças ocupacionais, é o resultado de conjuntos de medidas adotadas cujo objetivo é, não apenas erradicar, e amenizar as causas bem como proteger a integridade e a capacidade de produção do trabalhador. A construção civil é o segundo setor com mais acidentes de trabalho, apesar de não ocupar mais o primeiro lugar entre os setores econômicos com o maior número de acidentes de trabalho, a indústria da construção, no Brasil, mantém elevados índices de ocorrências, perdendo apenas para o setor rural. Mesmo com os esforços de governo nas três esferas – que resultaram, por exemplo, na revisão das normas de segurança – e de entidades de classe, registro de ocorrências, em geral, vem crescendo em termos absolutos. Pela contribuição que as micro e pequenas empresas podem oferecer para a redução do número de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, significando maior competitividade, redução de custos e melhoria das condições e dos locais de trabalho, elas necessitam ser estudadas e orientadas. O desempenho das organizações depende do comportamento das pessoas que nelas estão inseridas. A preocupação da empresa com a segurança e saúde de seus funcionários é de extrema importância na estimulação da motivação deles na execução de suas atividades laborais. Já ultrapassamos o tempo em que às organizações desafiavam normas de segurança para alcançar metas de produção, agora à segurança e produtividade fazem parte do mesmo conjunto. Surge à necessidade de identificar qual é o conhecimento que os funcionários já possuem sobre Higiene e Segurança do Trabalho, para com base nesta avaliação implantar novos procedimentos e programas educativos que estimulem a prevenção de acidentes de trabalho e a saúde do trabalhador. O desenvolvimento do Setor de Higiene e Segurança do Trabalho gera melhorias contínuas na preservação da saúde física e mental do empregado, tendo como princípio o aperfeiçoamento, o setor visa continua redução de perdas para o homem e produtividade para a organização. As funções do setor: buscar melhoria continua em Higiene e Segurança no Trabalho, tanto no aspecto ocupacional quanto na qualidade de vida, com educação, capacitação e comprometimento dos empregados, envolvendo familiares,empresas parceiras, fornecedores e demais partes interessadas,atender os requisitos da legislação vigente de Higiene e Segurança do Trabalho aplicáveis à organização; regular as condições de trabalho, 12 identificando riscos à segurança e saúde de cada atividade e seus respectivos controles, além dos equipamentos de proteção individual aplicáveis (CHIAVENATO,1994) Neste primeiro capítulo será apresentado o tema da pesquisa, a justificativa, problema e os objetivos (geral e específico) e no segundo capítulo será abordado o referencial teórico, a opinião dos autores, o seu posicionamento diante da temática. E no terceiro capítulo será apresentada, a metodologia usada no trabalho no capítulo seguinte, será a descrito a caracterização da empresa pesquisada, e no quinto capitulo será feita análise e discussão dos resultados e no sexto capítulo serão as considerações finais e por fim, no sétimo capítulo será abordado as referencias utilizadas no desenvolvimento desse trabalho. 13 2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador). A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.(AEP,SD) De acordo com o autor, a higiene e segurança no trabalho trazem a proposta de combater as doenças profissionais, mas não na visão medica, com uso de medicamentos, mas no sentido de orientar e prevenir eventuais doenças que possam ocorrer devido a algum tipo de atividade. Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. (AEP, SD) A higiene está relacionada com as condições de trabalho que assegurem a saúde física e mental e com as condições de saúde e bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposição do organismo humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de trabalho. Assim, um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições ambientais físicas que atuem positivamente sobre órgãos dos sentidos humanos, como visão, audição, tato, olfato e paladar. (CHIAVENATO, 1994) Segundo Marras, (2009) Higienee Segurança no Trabalho é área que responde pela segurança industrial pela higiene e medicina do trabalho relativamente aos empregados da empresa, atuando tanto na área de prevenção quanto na de correção, em estudos e ações constantes que envolvam acidentes no trabalho e a saúde do trabalhador. 14 De acordo com o autor a área da higiene e segurança no trabalho ela é responsável relativamente aos funcionários da empresa que se preocupa com a prevenção e na correção de ações que possam ocasionar algum acidente. Segurança do Trabalho é “[...] o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente querem instruindo ou convencendo a adotar a preventiva de acidentes”. (CHIAVENATO, 1994) De acordo com o artigo 19º da lei nº. 8213 de 24 de julho de 1991: Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (NASCIMENTO, 2001) A Organização Mundial da Saúde define acidente como um fato não premeditado do qual resulta dano considerável [...] O National Safety Council define acidente como “uma ocorrência numa série de fatos que, geral e sem intenção, produz lesão corporal, morte ou dano material”. (CHIAVENATO,1994) Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de trabalho desfavoráveis em resultado da especificidade própria de alguns processos ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e Segurança costuma ser cuidado com atenção. Contudo na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de fatores relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que potenciam a possibilidade de acidentes ou problemas. A Segurança no Trabalho no Brasil é regida pela própria CLT, que no seu artigo 163 dispõe o seguinte: Art. 163. Será obrigatória a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obras nelas especificadas. Parágrafo Único- O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAS. A Segurança do Trabalho também é conhecida por segurança industrial, essa função tem como preocupação fundamental: 1. A prevenção de acidentes no trabalho; 2. A eliminação de causas de acidentes no trabalho 15 A prevenção de acidentes no trabalho é um programa de longo prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a proteger sua própria vida e a dos companheiros por meio de ações mais seguras e de uma reflexão constante à descoberta a priori de condições inseguras que possam provocar eventuais acidentes no trabalho. Portanto é mais um programa educativo, de Constancia e de fixação de valores do que um programa técnico. (MARRAS, 2009) Um programa de prevenção de acidentes deve estar sustentado sob dois aspectos fundamentais: 1. O humano: preocupação está centrada no bem estar e na prevenção da vida humana do trabalhador no seu horário de trabalho, 2. O econômico: o número de faltas no trabalho causadas por acidentes no trabalho e o custo respectivo para a empresa são tamanhas que a prevenção é, sem dúvida, o melhor caminho a percorrer. Um modelo de gestão de segurança industrial prevê em primeiro lugar uma política clara que reflita a preocupação da cúpula da empresa com relação ao assunto, um sistema de procedimentos que regulamente em detalhes as diretrizes dessa política, uma equipe formada por profissionais competentes e recursos suficientes para levar avante os programas necessários. (MARRAS, 2009) É muito clara que a preocupação máxima de uma política empresarial no que diz respeito à segurança industrial deve ser a de exigir de prevenção de acidentes. 2.1.1 Análise preliminar de Risco - APR A análise preliminar de risco tem por objetivo conhecer os perigos de uma determinada tarefa e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos. É utilizada para conscientizar os empregados da importância de se conhecer os perigos e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos antes da realização das tarefas. (MOL, 2008) De acordo com o autor, essa analise é realizada antes da execução uma tarefa, e obter o conhecimento se há possibilidade de algum risco ou perigo. A análise preliminar de risco auxilia a: Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no produto produzido ou etapas do processo; 16 Avaliar possíveis maneiras para prevenir acidentes, paradas de produção, deficiências na qualidade e reduções no valor do produto; Conhecer técnicas ocultas de produtividade e qualidade praticadas por operadores; Identificar abusos cometidos no processo produtivo, de qualidade e segurança cometidos por empregados; Usar todas as informações disponíveis em treinamento para empregados novos ou transferidos. (MOL, 2008) 2.1.2 Conseqüências de um acidente São três as conseqüências que atingem um acidente de trabalho: 1. Para o trabalhador: sofrimento físico, Incapacidade para o trabalho, desamparo para a família. 2. Para a empresa: dificuldades burocráticas com as entidades oficiais e desgastes da imagem perante o mercado, gastos com primeiros socorros e transportes do acidentado até o local de atendimento, perda de tempo produtivo de outros empregados ou com ao socorrerem o acidentado ou com paradas de produção para comentar o assunto, danos ou perdas de material, ferramentas, equipamentos ou máquinas. 3. Para a sociedade e o país: perda temporária ou permanente de um elemento da população economicamente ativa (PEA), aumento do custo de vida, maior valor de impostos e taxas de seguro, maior gasto com saúde, inclusive desviando recursos de outras áreas, educação, alimentação, transporte etc. (MARRAS, 2009) Conforme o autor, as conseqüências são muitas de um acidente, não apenas para o acidentado, que causa sofrimento físico, pode ficar também fica com trauma, seqüelas, etc., mas para a empresa em termos de custos, sua imagem perante a sociedade e ate mercado, como para a sociedade ou o país, que dependendo da gravidade do acidente, tera mais gastos com saúde e custos para o INSS que é um órgão que cuida desses casos de aposentadoria, em caso de invalidez. 17 2.2 Higiene e segurança no trabalho: Uma análise do histórico de informações. A retomada das obras de infra-estrutura e construção imobiliária elevaram o número de acidentes de trabalho que resultam em mutilações ou mortes no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2011, pelo menos 40.779 trabalhadores foram vítimas de acidentes graves de trabalho, dos quais 1.143 morreram, segundo o Ministério da Saúde. O número é 10% maior que em igual período do ano passado (37.035). Os dados do ministério englobam trabalhadores de diversos setores de atividade, mas se referem apenas aos atendimentos na rede de serviços de saúde credenciada do Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Desde 2004, uma determinação do ministério obriga os médicos a notificarem os casos graves de acidentes de trabalho. Os números oficiais de acidentes de trabalho no País são bem maiores que os do Ministério da Saúde, porém, são divulgados com atraso de quase um ano pelo Ministério da Previdência Social. Em 2010, foram 701.496 acidentes, 31,8 mil a menos do que em 2009. O número de mortes, no entanto, aumentou de 2.650 para 2.712. Mas ele é ainda maior. As grandes construtoras não costumam trabalhar com informais, mas elas repassam os trabalhos para empresas menores que, por sua vez, subcontratam outras empresas para tocar partes das obras. Na construção, 95% da mão de obra é terceirizada, a maioriaé informal. (REHDER, 2012) O problema é que vários estudos apontam que os acidentes de trabalho são mais comuns entre funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa divulgada recentemente pela CUT mostra que quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem trabalhadores terceirizados. Para Antonio de Sousa, o número de acidentes de trabalho não para de aumentar no setor porque os operários passaram a trabalhar em regime de empreitada, com excesso de carga horária por causa da falta de mão de obra especializada. Pela lei, a jornada é de 44 horas semanais, mas é sabido que o pessoal quase dobra isso. É uma maneira de se conseguir mais que o triplo do dinheiro que ele deveria levar para casa, mas correndo o risco de ficar mutilado e até perder a vida, o que não vale a pena (SOUSA, 2012). 18 A Previdência Social e do Trabalho e Emprego historicamente, os registros de acidentes de trabalho vinham caindo de forma gradual a partir de 1975, quando atingiram seu maior índice (1.916.187 acidentes). Entretanto, esta redução foi estancada em 2001, quando o total foi o menor registrado, com 340.251 acidentes. A partir de então, as ocorrências voltaram a subir (Jornal do comércio, 2010). O Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhões por ano com acidentes do trabalho. A maior parcela dos custos referentes aos acidentes é paga pelas empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo Federal através do Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que é obrigatório. (Jornal do comércio, 2010). Em 2006, último ano em que a velha metodologia foi empregada, o Brasil contabilizou 512.232 acidentes de trabalho. Em 2007, quando o NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário que é o mecanismo que relaciona determinada doença às atividades na qual a moléstia ocorre com maior incidência, resultado do cruzamento do diagnóstico médico enquadrado como agravo à saúde descrito na CID com sua incidência estatística dentro da CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas, foi adotado, esse número cresceu para 659.523, dos quais 141.108 não possuíam CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) que é a comunicação que será feita ao INSS por intermédio do formulário, preenchido em quatro vias, com a seguinte destinação: 1ª via: ao INSS; 2ª via: ao segurado ou dependente; 3ª via: ao sindicato dos trabalhadores; e 4ª via: à empresa e, portanto, não teriam sido incluídos na antiga forma de fiscalização. Em 2008, dos 747.663 acidentes, 202.395 foram sem CAT. No entanto, isso mostra que, mesmo sem incluir os registros não notificados pelas empresas, houve crescimento nos acidentes. Segundo a velha metodologia, em 2008 teríamos 545.268 acidentes, cerca de 30 mil a mais que em 2006. (Jornal do Comércio/RS, 2010). As mudanças implementada pelo governo federal na área de segurança e saúde dos trabalhadores não envolvem apenas os dados estatísticos. Desde janeiro deste ano, está em vigor uma nova legislação, que colocou em vigor a aplicação do Fator Acidentário Previdenciário (FAP). O FAP prevê alíquotas diferenciadas do Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) para as empresas que investem e as que não investem em segurança e saúde dos trabalhadores. (Jornal do Comércio/RS, 2010). 19 No Piauí o número de acidentes com trabalhadores da construção civil em 2012 já superou os registrados no ano passado, segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho no Piauí. Segundo o relatório, a falta de equipamentos de segurança está entre as principais causas dos acidentes. De acordo com dados, em 2011 foram registrados 3.485 acidentes em todo o estado, com 25 mortes. Neste ano, já foram quase 3.500 acidentes com nove mortes, segundo dados da revista Proteção. 2.3 Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes e as principais dificuldades. Segundo o portal de notícias G1, em uma matéria cita que os acidentes de transporte já ocupam o posto de uma das principais causas de mortalidade no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,2 milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de acidentes de transporte, e entre 20 e 50 milhões de pessoas são vítimas de lesões não fatais resultantes desses acidentes. Apesar dos esforços em diversos países no sentido de reduzir os acidentes de transporte, os números ainda são preocupantes, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sendo, na faixa etária entre 15 e 29 anos, a principal causa de morte no mundo. No Brasil, os dados são também bastante inquietantes. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 2006 o número de acidentes com vítimas no território nacional foi de 320.333, com 19.752 vítimas fatais. Segundo informações do portal de noticias, Observa Saúde, ainda mais alarmante é o número de internações secundárias aos acidentes de trânsito, que no ano de 2005 correspondeu a cerca de 120.000, com taxa de 64 internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para cada 100.000 habitantes (MELLO JORGE e KOIZUMI, 2007). É sobre o setor saúde que vai recair o maior ônus de todas as conseqüências dos acidentes de transporte. É a esfera da saúde que vai cuidar dos feridos, contabilizarem as mortes e arcar com os importantes aspectos ligados às seqüelas, não poucas vezes irreversíveis. (Observasaúde.com, 2012). Em busca de alternativa ao transporte público precário e os grandes congestionamentos, muitos brasileiros encontram as motos como opção barata e eficaz. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as vendas 20 de motos aumentaram 11% no ano passado, enquanto a comercialização de caminhões e carros cresceu 7%. A alta de acidentes também acompanha a chegada de mais motocicletas às ruas, a frota brasileira já é de 15,7 milhões. (G1, 2012) As motos vêm se destacando no quadro de acidentes. A maioria são homens e jovens com menos de 35 anos, que usam a moto como meio de transporte. A motocicleta é um veículo que está propenso a um acidente mais grave afirma Julia Greve, coordenadora do HC em Movimento – Programa de prevenção de acidentes do Hospital das Clínicas, durante o 3º Workshop Abraciclo, promovido pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas A Abraciclo informa que cerca de metade das 2 milhões de motos vendidas em 2011 foram compradas por pessoas que não queriam mais utilizar o transporte público ou carros. É recomendado que o motociclista utilize equipamentos, como capacetes, luvas e jaquetas, mas o mais importante é a educação, o modo como o indivíduo vai aprender a utilizar a moto. Mesmo com os números preocupantes de acidentes com motociclistas, ainda não há informações concretas sobre quem são os causadores dos acidentes. Não existe acidentes de motos, existem acidentes de trânsito em que as motos estão envolvidas. E as motos se envolvem mais, porque vemos mais vítimas. Quando dois carros batem, apenas amassa o pára-choque, já na moto, o pára- choque do motociclista é ele mesmo. (GREVE, 2012). Entre as deficiências da atual formação de motociclista está a falta de padronização das aulas e o pouco preparo dos instrutores. Ainda há muito há avançar, a qualidade dos instrutores para a formação de motociclistas está ruim em nível nacional. Hoje os motociclistas são preparados para passar no exame e não andar nas ruas. Para completar os pontos que necessitam de avanço, os especialistas indicam que deve haver um respeito mútuo entre os veículos. O maior tem de zelar pela segurança do menor, mas infelizmente não é respeitado. No Brasil, o maior é que tem o espaço. Cada um tem de se colocar no lugar do outro, assim o trânsito ficará melhor (G1, 2012). A grande relação dos acidentes que acontecem no trânsito é refletida diretamente na vida do trabalhador contribuindo assim para o aposentoprecoce, o afastamento por tempo de recuperação, ou até mesmo por invalidez. Dessa forma a sociedade, a empresa e o trabalhador perdem. 21 2.4 Acidentes devido à condições perigosas e ações perigosas Os acidentes geram consequências para o trabalhador e para a empresa, por isso é vital que essas organizações dispensem uma atenção especial para as principais causas de acidentes do trabalho. Conforme diz Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, as Normas Reguladoras 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, estabelece que o empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos,capazes de garantir a saúde a integridade física dos trabalhadores e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem prioritária: a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; c) medidas de proteção individual. Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas oficiais. As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura. As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas. Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho. A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. (MTE, 1978) As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em 22 torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurança. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem: a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes; b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; c) devem ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos. As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculhem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de refrigeração” (MTE,1978). Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas. As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo que não ocorram transporte e movimentação aérea de materiais sobre os trabalhadores. (MTE,1978) 2.5 Atos inseguros O ato inseguro é uma conseqüência de fatores pessoais de insegurança, pois significa violar ou não respeita um procedimento aceito como seguro, expondo assim, as pessoas a riscos de acidentes. O ato inseguro não é só uma violação de uma norma escrita, mas, também, de inúmeras não escritas que a maioria das 23 pessoas conhece e observa por uma questão de instinto de conservação. (MOL, 2008) Chamamos de fator pessoal de insegurança ao comportamento humano, devido a uma deficiência ou alteração psíquica ou física, que leva a pessoa a provocar o ato inseguro que poderá causar o acidente. São fatores pessoais de insegurança: fator mental (nervosismo, violência, insatisfação com o trabalho, etc.); fator físico (audição, visão, doença, etc); fator técnico (falta de conhecimento, de experiência, de habilidade, etc.); fator fisiológico (rodízios de turnos de trabalho, hora-extra, etc); fator social (jogos de azar, embriaguês, relações com a família, relações com o patrão ou com os próprios colegas, etc). Os atos inseguros podem ser caracterizados basicamente pela existência de três comportamentos: a) Imprudência: agir sem cautela, sem sensatez, não tomar as devidas precauções. Consiste em enfrentar o perigo, arriscar-se para ganhar tempo ou para evitar o esforço de tomar as devidas precauções. Exemplo: sabe dirigir, mas não toma cuidado. b) Imperícia: falta de habilidade ou de competência técnica para realização de uma tarefa. Exemplo: dirige um veículo sem possuir conhecimento. c) Negligência: desleixo, displicência e relaxamento ao não observar a maneira correta de realizar uma tarefa. Exemplo: por displicência, não cumpre o regulamento de segurança. É importante salientar que os atos inseguros são os maiores causadores de acidentes, pois os trabalhadores, muitas vezes, acham-se inatingíveis e, assim, não possuem a mentalidade prevencionista. Desta forma, colocam em risco a própria vida, e o que é mais grave, é que colocam também em risco a vida dos colegas de trabalho. 2.5.1 Condições inseguras A condição insegura é inerente a empresa, ou seja, é a condição física ou mecânica perigosa, existente no local, na máquina, no equipamento ou na instalação, que permite ou ocasiona o acidente. 24 Tais condições manifestam-se como deficiências técnicas, podendo apresentar-se: na construção e instalações: áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização. Nas máquinas: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes móveis e pontos de agarramento, máquinas apresentando defeitos. Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (MOL, 2008). Para que os fatores acima não venham prejudicar as atividades no trabalho, deve-se: Informar sempre a existência de máquinas com problemas e ferramentas danificadas ao responsável pelo setor, mesmo que estas máquinas e equipamentos não façam parte de seu trabalho. analisar as condições do local de trabalho. usar sempre o EPI. Conhecer o equipamento e material de trabalho bem como os riscos que estes podem oferecer para a saúde (MOL, 2008). 25 2.6 EPI's (Equipamento De Proteção Individual) E EPC's (Equipamento De Proteção Coletiva) O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientespara a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. (PANTALEÃO, 2012) Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos propícios aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros. (PANTALEÃO, 2012) Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador. Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente ou se oferecer proteção parcialmente. Conforme dispõe a Norma Reguladora 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e c) para atender a situações de emergência. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. (PANTALEÃO, 2012). 26 Os EPI´s utilizados são vários, dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, são eles: Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares; Proteção respiratória: máscaras e filtro; Proteção visual e facial: óculos e viseiras; Proteção da cabeça: capacetes; Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas; Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação-CA expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (PANTALEÃO, 2012). Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações: adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; exigir seu uso; fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e comunicar o MTE qualquer irregularidade observada; O empregado também terá que observar as seguintes obrigações: utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal; Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção 27 do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem também proporcionar a redução de custos ao empregador. Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado. (PANTALEÃO, 2012). A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI. É importante lembrar, que não basta o fornecimento do EPI ao empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de maneira a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado. São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixa de utilizá-lo e consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho inesperado. Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas como a demissão por justa causa. Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o caso. (PANTALEÃO, 2012). 2.6.1 Formas de manutenção dos EPI‟s A utilização de uniformes e EPI‟s (Equipamentos de Proteção Individual) são fundamentais na prevenção de acidentes e na qualidade de vida dos trabalhadores. O sucesso desta ação vai além do simples fornecimento do equipamento, mas na conscientização constante dos usuários sobre a importância de utilizá-los sempre. (CARVALHO, 2012) De acordo com a autora, a empresa tem a responsabilidade não só comprar e entregar o EPI, mas fazer com que sejam usados. É muito comum 28 acontecerem acidentes no ambiente de trabalho por falta de uso dos EPI‟ s, mesmo quando a empresa entrega o equipamento para o usuário. Na maior parte dos casos, o trabalhador faz isso pela falta de consciência das consequências e pelo desconforto que sente usando equipamentos pouco ergonômicos ou de baixa qualidade. Seguir sempre as instruções da etiqueta afixada na roupa, pois cada símbolo significa um cuidado diferente em relação à lavagem, secagem e passadoria. É fundamental a lavagem frequente das peças, pois a gordura e o suor do corpo são levemente corrosivos e, se não removidos, danificam as fibras do tecido. Não lavar as peças com produtos a base de cloro ou alvejantes e não as esfregue com escova ou friccione sobre a pedra do tanque. (CARVALHO, 2012) Essas práticas desgastam a superfície do tecido, afetando, consequentemente a uniformidade das cores. Usar sabão neutro ou sabão em pó específico para roupas coloridas. Deixar o sabão ou detergente dissolver-se totalmente antes de adicionar o uniforme. Não deixar de molho em hipótese alguma, principalmente para peças com mistura de cores e malhas. Cores fortes devem ser lavadas separadamente e com muita água, para garantir a eliminação do excesso de corantes que se desprendem normalmente nas primeiras lavagens. Recomenda-se que a secagem do uniforme seja feita à sombra. No caso de secagem ao sol, esta deverá ser feita pelo lado avesso da roupa. Deve se passar o ferro em temperatura média e, se possível, pelo avesso. Não se deve passar o ferro quente sobre os emblemas. Calçados em couro devem ser engraxados sempre, pois isso amplia muito a sua vida útil. Seguindo essas dicas, a empresa estará garantindo a segurança e a saúde de seus colaboradores, além de fazer com que seus uniformes e equipamentos de proteção durem muito mais. 2.6.2 Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s Como qualquer outro equipamento, o E.P.I. também sofre desgaste com o uso. A durabilidade está intimamente ligada a intensidade e frequênciade sua utilização, as condições do ambiente de trabalho, além da questão da qualidade. Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva e diversos outros sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um 29 exame visual para se notar que precisam ser renovadas. Não se deve imaginar que os E.P.I's tem duração ilimitada, ou seja, uma vez adquiridos, vão durar para sempre. A qualidade, a escolha e especificação adequada e o uso correto são fatores que prolongam a durabilidade. (RODRIGUES, 2009) Normalmente, quando se opta por produtos de melhor qualidade, a durabilidade torna a aquisição muito mais econômica do que a opção por produtos de segunda linha. A escolha inadequada, sem orientação ou conhecimento técnico e o uso incorreto comprometem a durabilidade, mesmo que o produto tenha qualidade e atenda às normas. Cabe aos profissionais de segurança estabelecer a periodicidade de troca, mediante estudo característico de cada empresa e aos próprios usuários verificar o momento em que o equipamento já está desgastado pelo uso e não mais preenche os requisitos técnicos que viabilizam o seu C.A. (Certificado de Aprovação), recomendando-se sua reposição ou substituição. Esse ponto é de extrema importância para que o E.P.I. desempenhe seu papel de proteger a integridade física, a saúde e a vida do trabalhador, evitando lesões por acidente no trabalho e agravos de doenças profissionais e doenças do trabalho. (RODRIGUES, 2009) 2.7 Ações de orientações aos riscos da construção civil. A indústria da construção, considerada atividade perigosa, devida a alta incidência dos acidentes de trabalho, sobretudo dos acidentes fatais. Dados estatísticos disponíveis indicam, no mundo todo, que o risco de um trabalhador da construção civil sofrer um acidente de trabalho fatal é várias vezes maiores que o risco existente entre os trabalhadores de outras atividades econômicas (SOUZA, 2007). O sofrimento do acidentado é inevitável. Os ferimentos, pequenos ou grandes, são sempre indesejados. O tratamento, fácil ou difícil, curto ou prolongado, é em geral doloroso. O tempo de recuperação pode tornar-se fastidioso e até ocasionar abatimento psicológico à vítima. O sofrimento estende-se, às vezes, aos membros da família, por preocupação, compaixão, ou pela incerteza, em casos mais graves, quanto à continuidade normal da vida do acidentado. (SOUZA e CORDERO, SD) Há famílias que sofrem por longo tempo a angústia dramática do futuro incerto, em casos em que o arrimo da família que corre o risco de invalidez permanente (ZOCCHIO, 2002). Um plano de treinamento e de palestras deveria ser realizado pelas 30 empresas com objetivo de melhorar a segurança do trabalhador as quais poderiam ser realizados em etapas. O treinamento poderá ser composto por prazo de avaliação, a qual consiste em verificar se o treinamento ofereceu resultados satisfatórios. Essa verificação poderá ocorrer de maneira escrita, uma avaliação, por exemplo, ou situações práticas observadas. O importante é que tudo venha a ser registrado e arquivado. Caso os resultados não sejam satisfatórios, deverá ser avaliado em um prazo chamado de prazo de correção. O motivo dos prazos serem de dois dias, é justificado para a preparação dos instrumentos de avaliação e análise dos resultados. Caso haja necessidade de os treinamentos ou prazos de avaliação e correção serem realizados em prazos inferiores ou superiores, estes devem ser meticulosamente avaliados para não prejudicar o sistema. Não são aconselháveis prazos maiores, tendo em vista que o treinamento total é de um mês. Devido a vários fatores, sendo o preponderante a alta rotatividade, deverá ser feito o Treinamento, pelo menos duas vezes por ano em intervalos iguais de tempo. (SOUZA e CORDERO, SD) 2.7.1 Cenário atual da construção civil. Contrariando a tendência geral, a área de Construção Civil não tem apresentado acentuado grau de automação e modernização. O uso de máquinas na construção é restrito a grandes obras, à chamada construção pesada. Entretanto, diversas modificações estão surgindo nos sistemas construtivos, de forma a torná- los mais simples. O uso de componentes industrializados, como as argamassas e concretos, é crescente. Por conta disso e, certamente, por razões ligadas à conjuntura política e econômica, a construção também passa por uma redução nos postos de trabalho. Esta redução é pequena, porém sensível. O Brasil é um país grande e carente de infra-estrutura. A maior parte desta depende de obras como redes de esgoto e água, estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode deixar de fora a construção de moradias, que é o maior déficit da área. Portanto, configura-se um mercado expansível e de grande potencial. Há, porém, um pessimismo na área, alimentado pela falta de investimentos em obras públicas de grande porte. O contingente de empresários, trabalhadores e máquinas, concentrado anteriormente naquelas, tem se deslocado para obras privadas de menor porte, entre as quais se destacam os edifícios residenciais, os shopping centers, as pequenas barragens, etc. (MTE, 2000) 31 Todas as questões relacionadas à desqualificação da mão de obra, solução de maneira rápida são inerentes ao cenário em que se encontra a construção civil atual. O mercado dessa área está aquecido, a construção atingiu o seu ápice, entretanto o que se percebe é uma enorme carência de mão de obra especializada nessa área. Os motivos para essa deficiência de trabalhadores são muitos: a expectativa de crescimento rápido dentro da empresa, o descontentamento com as atividades em exercício e, principalmente, o assédio das outras construtoras pelos operários. Assim, a alternativa das empresas tem sido agregar ao quadro de funcionários, pessoas sem qualificação específica, que ocupam vagas para as quais não foram devidamente treinadas, que sequer conhecem as tarefas a serem executadas. É possível notar um número elevado de serventes ocupando vagas destinadas a pedreiros, carpinteiros e ferreiros, o que afeta na qualidade do serviço, gerando desperdício de material e atraso nas tarefas. Essa insuficiência expressiva de operários qualificados no mercado leva a uma corrida para o treinamento e capacitação de novos profissionais, resultando também na relocação de desempregados de outros setores, na inclusão de mão de obra feminina e no reposicionamento de aposentados. Na tentativa de manter a equipe de profissionais, os empregadores investem em salários mais atrativos, bonificações conforme a produção e incentivos para a qualificação. Contudo, as novas tecnologias estão surgindo para automatizar cada vez mais a produção, de maneira a suprir a escassez de operariado. De modo a exemplificar essa questão. (MASUTTI e CAMARGO, 2012) A construção civil está cada vez ao rumo da sistemática da industrialização, o que agrega facilidades aos funcionários. Sendo assim, cabe ao empregador fornecer suporte para o crescimento profissional do seu servidor e, a este, cabe justificar esta confiança, qualificando-se, construindo um futuro junto à empresa, buscando conhecimento, atualizando-se e adquirindo novas habilidades. Certamente, essa qualificação dos operários atrelada às novas tecnologias, são os recursos de que a construção civil necessita para continuar sua expansão. 32 3. METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA Foram levantando pressupostos sobre higiene e segurança no trabalho, EPI‟s, EPC‟s, e utilizada a pesquisa qualitativa por meio de coleta de dados. 3.2 MODALIDADE DA PESQUISA O presente trabalho foi desenvolvido através da modalidade de estudo de caso, onde é escolhido um determinado local para aplicação de questionário e interação com os fatores próprio da empresa em escolha. 3.3 AMOSTRAGEM A amostragem é a técnica da pesquisa. Em um universode atualmente com 47 funcionários, a amostra foi de 20 trabalhadores que se encontravam em canteiro de obras. 33 4 HISTÓRICO DA EMPRESA A empresa Conexão Engenharia Ltda. fica localizada na Rua Coelho de Rezende, centro-sul. Ed. Ana Carolina, Sala 205 - Teresina - Piauí. Começou seu trabalho em julho de 2004, atualmente com menos de 100 funcionários, a rotatividade é muito grande, dependendo da demanda de obras em andamentos, trabalha com terceirização, instalações elétricas esquadrilhas (madeira, vidro), estrutura metálica, possui 1 técnico em segurança no Trabalho, 2 engenheiros, e 3 técnicos em edificações. Seus principais clientes são: Petrobras, Correios, Suzano, Socimol, Houston Bike, Teresina Shopping, Marco Informática, Intermed, etc. Organograma de departamentalização da empresa Fonte: Conexão Engenharia Ltda. 34 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Foi identificado na empresa pesquisada que o setor de Higiene e Segurança no Trabalho já existe que o mesmo é responsável por ele é o técnico em segurança no trabalho que cuida da segurança dos funcionários durante a execução de uma obra. Aplicou-se um questionário de 19 questões, para 20 colaboradores da empresa, que se encontravam no canteiro de duas obras onde se obteve a identificação do grau de conhecimentos deles sobre o tema e a consciência dos perigos em que essa área possui. Gráfico 1: Gênero dos funcionários Fonte: Pesquisa Direta/2012 Por se tratar de uma área em que a demanda de pessoas do gênero feminino é menor , pode-se notar que apenas 10% dos funcionários da empresa que trabalham do canteiro de obras da empresa são mulheres. 90% são homens, que em geral são os pedreiros e engenheiros.Isso quer dizer, que as mulheres ocupam mais os cargos administrativos na empresa. 35 Gráfico 2 : Grau de escolaridade Fonte: Pesquisa direta/2012 Gráfico 2 : Grau de escolaridade Fonte: Pesquisa direta/ 2012 O ramo da construção civil não se restringe apenas as pessoas qualificadas, o nível de escolaridade da maioria dos operários estão muito abaixo, sendo que 50% dos trabalhadores da empresa em questão possuem ensino fundamental incompleto, ou seja, a metade dos que se encontram na execução das obras, e 20% possuem o ensino médio completo, e 5% possuem o ensino médio incompleto, 10% possuem ensino fundamental completo, apenas 10% possuem o ensino superior incompleto, e outros 5% possuem o ensino superior completo. Isso quer dizer, que a escolaridade também é um fator contribuinte para a desqualificação desse setor, onde não se exige grau de estudos para ocupar uma vaga de pedreiro, a questão do conhecimento vem através de experiências práticas ou ensinadas, que são poucos que possuem grau de conhecimentos teóricos e práticos. Gráfico 3: A avaliação da cobrança de higiene e segurança no trabalho Fonte: Pesquisa direta/2012 Segundo a percepção dos funcionários 60% deles avaliam como boa a cobrança de segurança no trabalho por parte da empresa, e 20% consideram como 36 ótimos essa metodologia e 20% acreditam que ainda é regular. Diante do exposto pode-se afirmar que essa questão está sendo bem avaliadas pelos funcionários de maneira que assim contribua para redução e prevenção de acidentes de trabalho, dessa forma essa cobrança onde é realizada pelo técnico em segurança, é refletida na qualidade de vida dos colaboradores. Gráfico 4: Conscientização da empresa para com os trabalhadores em relação como protegerem suas vidas Fonte: Pesquisa direta/2012 Quando se trata da questão de como conscientizar os funcionários a protegerem suas vidas e as de quem trabalham juntos, cerca de 90% afirmam que a empresa possui essa iniciativa. E 10% acreditam que essa atitude só acontece ás vezes,ou seja, poderia ser mais frequente. Para que haja sincronia, no caso a empresa e os trabalhadores, é necessário uma parceria através de conversas, reuniões, palestras, e treinamentos dirigidos aos riscos da área, e campanhas, de maneira que haja entendimento do grau de importância dessa conscientização. Ou seja, a empresa em questão usa desse artifício, onde é perceptível essa parceria entre ambas partes. 37 Gráfico 5: Desobediência às normas de segurança Fonte: Pesquisa direta/2012 No tocante as normas de segurança existente na empresa e que são estabelecidas, 70% afirmam que a empresa puni quem desobedece, as punições mais comuns que são advertencias, e cerca de 25% dizem que a empresa reclama,e 5% afirmam que são demitidos. Neste caso o empregador utiliza o seu poder diretivo e obriga o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão e, havendo reincidências, sofre punições mais severas, como a demissão por justa causa. Ou seja, a empresa ela reorienta, onde é realizada uma conversa entre o trabalhador e o técnico em segurança para saber quais os motivos que o levaram a não utilizar e desobedecer, após isso, uma notificação de segurança no trabalho por escrito, se insistir, um formulário, após isso uma advertência também por escrita que acarretara a suspensão e desligamento dele para com a empresa. Gráfico 6: Situação atual dos EPI’s Fonte: Pesquisa Direta/2012 Os EPI‟s são de muita importancia no local de trabalho,bem como a 38 manutenção deles onde dependendo desse cuidado está em jogo a vida dos funcionários. Dessa forma,cerca de 60% afirmam que estão bons;30% está ótimo, e 10% consideram regular. Desse modo, a empresa na pessoa do empregador está cumprindo com as exigências estabelecidas pelas Normas Reguladoras de maneira que assim reflita na qualidade de vida dos funcionários no ambiente de trabalho, (até porque a questão dos cuidados dos EPI‟s também a participação e colaboração do trabalhador é importante, onde deve limpa-los e conservá-los para que haja mais durabilidade). Gráfico 7: Ocorrências de acidentes Fonte: Pesquisa direta/2012 Segundo os trabalhadores, na obra durante a execução de algum tipo de trabalho a incidência de acidentes é pequena, 53% afirmam que não ocorrem acidentes, e 31% afirmam que sim, mas que não foi de grandes proporções e gravidade, e cerca de 16% dizem que nunca acontecem, segundo a percepção e tempo de trabalho que se encontra na empresa, que nunca viu até o presente momento. Em um local de trabalho as possibilidades da ocorrência de um acidente são muitas, mas uma forma de não vivenciar tal situação está na prevenção, como orientá-los dos perigos da construção civil. 39 Gráfico 8: Iniciativa a ser tomada em caso de acidente Fonte: Pesquisa direta/2012 Sobre essa possibilidade de acidente no local de trabalho, 40% dos trabalhadores afirmam que caso ocorra a primeira da empresa é prestar os primeiros socorros, e 20% que encaminha ao serviço médico e outros 20% deve informar á família, e 20% que ela utiliza de todas as alternativas. Isso significa que a empresa sabe tomar as medidas cabíveis devidas à situação para lidar com qualquer ocorrência e que possui um kit primeiros socorros e extintor de incêndios para alguma ocorrência. Gráfico 9: Acidente na obra ou no escritório Fonte: Pesquisa direta/2012 Em relação a questão de acidentes com funcionários na obra ou no escritório cerca de 60% respondem que não ocorreu até o presente momento, e 35%afirmam que sim, que já ocorreu. Segundo informações dos dados coletados que até trabalhadores em que possuem uma grande experiência na área em termos 40 de prática não estão livres de sofrer um acidente, a exemplo disso, um carpinteiro havia há poucos dias sofrido um corte em um dos dedos,segundo relato dos trabalhadores. Gráfico 10: Verificação dos maquinários e equipamentos Fonte: Pesquisa direta/2012 No que tange a verificação continuadamente os maquinários e equipamentos, para os trabalhadores 75% respondem que a empresa possui essa iniciativa em determinados períodos, geralmente semanalmente, de acordo com as necessidades e 15% dizem que não possui e apenas 5% afirmam que as vezes a empresa faz essa verificação,ou seja, de acordo com suas percepções deveria ocorrer mais vezes e outros 5% consideram na opção outros, que não souberam responder. Nesse caso, a empresa faz a verificação através do técnico em segurança no trabalho onde é realizado no ato da instalação, e também é realizada por o operador da maquina ou equipamento onde é feita uma vez na semana a lubrificação. Gráfico 11: Avaliação dos funcionários para com as orientações dos riscos da construção civil. Fonte: Pesquisa Direta/2012 41 As atividades e treinamentos de orientação relacionados aos riscos da construção civil é uma iniciativa em que a empresa possui, e para os trabalhadores 80% respondem que consideram como bom essa questão por parte da empresa e 20% acreditam ser regular. Vale ressaltar, que essa iniciativa que a empresa trabalha com campanhas, por exemplo, campanha da higiene pessoal, onde os trabalhadores obtêm o conhecimentos da importância de como cuidar da higiene,dentre os principais conceitos e dicas desses cuidados, onde da a entender que ela se preocupa com a saúde e bem estar dos seus colaboradores. Gráfico 12: Tempo de utilização e sugerido de um EPI,como exemplo óculos Fonte: Pesquisa direta/2012 O tempo de vida útil de um óculos tem duração de 8 meses, segundo a percepção dos trabalhadores cerca de 45% afirmam que esse tempo está correto, e que depende da forma como os conservam, e 10% acreditam que não, e 5% não optam por outros,ou seja, que não sabe responder, para 40% sugerem um outro tempo, sendo assim, 13% desse total sugerem apenas cinco dias para o tempo de vida e de uso, 12% sugere seis meses, 25% sugere dois meses e outros 25% acreditam em cinco meses e 25% sugere três meses. Pode-se dizer que para que um EPI dure um tempo aproveitável vai depender de que os usa e como os 42 conserva que refletirá em aumento ou redução desse tempo de durabilidade. Gráfico 13: Ações de conservação dos EPI’s Fonte: Pesquisa direta/2012 O uso dos EPI‟s são de extrema importância, faz-se necessário algumas práticas de conservação para mantê-la utilizável, para 60% dos trabalhadores, as ações de higienização é limpá-los semanalmente e 40% limpa-os diariamente.Ter higienização, uso adequado do EPI e guardá-los de forma correta. Nota-se que os que têm a higienização mais freqüente seu equipamento durara por mais tempo, contrario dos que cuidam apenas semanalmente ou mais, esses o seu equipamentos terá durabilidade inferior ao dos que cuidam diariamente. Gráfico 14: Transporte utilizado para o deslocamento até o local de trabalho Fonte: Pesquisa direta/2012 Os meios de transportes são as formas que se tem para se locomover até o local de trabalho e existem varias opções, e depende também das condições do 43 trabalhador. Sendo assim, 55% dos respondentes da empresa em questão utilizam a bicicleta como meio de transporte para se deslocar ao local de trabalho e 35% utilizam moto, e 5% ônibus coletivo e outros 5% carro. Nesse caso, a maioria dos trabalhadores possuem rendas mais baixas por optarem por este tipo de transporte que é a bicicleta. Sendo que as maiores causas de acidentes envolvem como meio de transporte a motocicleta, mas essa estatística é desfavorável para a empresa pois os trabalhadores utilizam como meio a bicicleta, que não deixa de ser um meio de transporte e que envolve muita atenção de quem os conduz,mesmo são os cuidados para carro, e no caso de ônibus coletivos, a questão é sair de casa mais cedo para evitar não se atrasar. Gráfico 15: A eficácia dos EPI’s Fonte: Pesquisa direta/2012 A opinião dos trabalhadores a cerca da eficácia dos EPI‟s em seu local de trabalho foram de 100%,que todos acreditam que eles trazem resultados de forma que protejam suas vidas.Ou seja, a empresa cumpre seu papel de fornecer, treinar, e orientar de como utilizar e mante-los, assim os resultados é vistos na satisfação dos trabalhadores. 44 Gráfico 16: A utlização de cinto de segurança nos trabalhos em alturas Fonte: Pesquisa direta/2012 Segundo a opinião dos trabalhadores o uso do cinto nas alturas é muito importante, ou seja, eles sabem do perigo que este tipo de trabalho possui então 90% deles sempre usam o cinto de segurança nos trabalhos em alturas,e 5% preferem evitar essa modalidade de trabalho,e outros 5% se identificam na opção outros,ou seja, não sabe responder.Acredita-se que muitos trabalhadores evitam esse tipo de trabalho, porque exige uma certa experiência e coragem também pra enfrentar. Gráfico 17: Opinião dos funcionários em relação ao custo de um EPI’s, as botas por exemplo Fonte: Pesquisa direta/2012 Em relação aos custos dos EPI‟s, tendo a bota como exemplo, a opinião dos trabalhadores cerca de 50% deles acredita que o preço é de R$ 30 reais, e 40% afirmam ser R$ 25 reais e outros 10% acreditam que o custo é de R$ 45 reais. A idéia é que tomando conhecimento dos custos de um epi, o trabalhador comece a 45 valorizá-los e cuidar, visto que os custos que a empresa possui não estão apenas nesses equipamentos mas também no próprio trabalhador, onde quando a empresa passa por uma crise ela é refletida diretamente neles. Gráfico 18: Ação de um funcionário ao ver um colega sem usar o EPI Fonte: Pesquisa direta/2012 A ação de um trabalhador ao se deparar com um colega que não está utilizando o EPI ou está usando de forma incorreta também é contribuinte para a colaboração das normas de segurança no trabalho, segundo a opinião deles 85% orientam a usá-los aconselhando dos riscos, 10% comunica aos seus chefes, no caso, o mestre de obras ou o técnico em segurança no trabalho e 5% não tem nenhuma reação. Ou seja, a colaboração de apenas um trabalhador quando se encontra diante dessa situação, é refletida na vida de todos, em termos de evitar um eventual acidente, que embora saibam do risco quando descumprem as normas de seguranças. Gráfico 19: Colaboração para a contribuição da Higiene e Segurança no Trabalho Fonte: Pesquisa direta/2012 46 A área de segurança no trabalho é uma grande responsabilidade da empresa para cuidar da saúde e proteger a vida de todos que constituem. Dessa forma, também a participação dos trabalhadores para assim minimizar os riscos colaborando juntamente com a empresa. Cerca de 39% afirmam que respeitam as normas de segurança existente na empresa, 35% colaboram utilizando os EPI‟s, e 13% apenas executam todas as atividades laborais, e outros 13% executam todas as atividades visando sempre a segurança. Isso é refletido na própria vida dos funcionários, ou seja, que apartir do momento que o trabalhador entende e respeita as normas ele já está contribuindo para a segurança de todos, e não apenas ele ganha com isso mas a empresa também. 47 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho foi realizado como objetivo de promover o levantamento de informação sobre como a higiene e segurança no trabalho e qual sua influência na redução de acidentes, em uma empresa de construção civil. Após a tabulação e análise dos dados pode-seconcluir que o resultado da pesquisa mostrou que os trabalhadores têm a consciência dos perigos em que a área da construção civil possui e assim faz-se necessário a utilização dos EPI‟s de maneira correta de forma que contribuam com o setor de higiene e segurança no trabalho. Ou seja, há uma participação muito grande não apenas da empresa, mas também dos trabalhadores de forma que façam com que colaborem com o setor. Sobre a perspectiva do estudo de caso em questão, a análise da política de higiene e segurança no trabalho utilizada pela empresa, é uma pratica sobre normas e regulamentos, em que há dois lados, o da empresa por parte de fornecer os EPI‟s e fiscalizá-los, para que assim cuide da integridade física dos trabalhadores e colabore na redução e prevenção de acidentes, e o lado dos trabalhadores, onde eles têm que fazer a parte deles utilizando os EPI‟s nos canteiros de obras, cuidar, higienizar seus equipamentos para que assim dure por mais tempo. E a política que a empresa usa está no treinamento que é dividido em três tipos, sendo eles o treinamento admissional, onde é feito após a admissão do trabalhador, treinamentos periódicos, que é feito ao iniciar um trabalho ou depois de um ano,o treinamento específico, onde é realizado conforme a função, e a campanhas especificas de algum tipo de acidente ocorrido, por exemplo, contra o tabagismo, higiene pessoal, SIPAT(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), DDS (Diálogo Diário de Segurança), tudo em prol da orientação no sentido de treinar os trabalhadores e conscientizá-los, mas tudo não é feito de uma vez, mas sim, no decorrer do tempo. Dessa forma fica atendido o objetivo geral deste trabalho que focou em analisar qual a política de higiene e segurança no trabalho que a empresa adota. O primeiro objetivo especifico foi identificar os tipos de acidentes que ocorrem na empresa, quanto a esse objetivo pode-se observar que as ocorrências de acidentes em uma obra é inevitável, mas a forma de não vivenciá-los está na prevenção, como orientá-los dos perigos da construção civil. Dessa forma, segundo a maioria dos trabalhadores e o responsável pelo acompanhamento das obras, 48 afirmam que não ocorreu até o presente momento nenhum acidente de natureza grave, mas que trabalham pra que não venha a acontecer, e sendo a fiscalização é muito constante. O segundo objetivo trata-se da classificação dos riscos mais propícios das atividades da construção civil, segundo relato do responsável pelo setor, que até o presente momento apenas houve a mutilação do dedo de um carpinteiro durante a execução de um trabalho, que por sua vez, era muito experiente e tinha muito conhecimento no que fazia, mesmo assim não está livre da possibilidade de sofrer um acidente, e eles estão mais propícios a machucar o dedo com o prego por trabalharem muito com esse tipo de material. A empresa possui um papel fundamental no sentido de treiná-los e fornecer atividades de orientação relacionadas aos riscos da construção civil, através de palestras, campanhas, programa de prevenção, onde os trabalhadores participam e avaliam como boa essa questão. Para complementar a questão de treinamento e orientação utiliza-se também um programa no sentido de informar os trabalhadores, como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) que é um estudo de toda a empresa de quais os riscos que os colaboradores estão expostos e o que pode ser evitado. O terceiro objetivo é identificar as principais causas de acidentes na construção civil, pode-se afirmar que a falta de equipamentos de segurança esta entre as principais causas de acidentes, conforme mostrado no capitulo 2, sub- tópico 2.2, das estatísticas do crescimento do numero de acidentes ocorrido na área da construção civil, conforme afirmado o portal de noticias Revista Proteção. Para a empresa o que mais ocasiona um acidente é o descuido ou desatenção do trabalhador ao executar alguma atividade e que em relação a falta de equipamentos não faz parte da rotina deles. O quarto objetivo foi observar os EPI‟s e EPC‟s que existem na empresa, no sentido de os trabalhadores utilizarem. Em relação a esse objetivo a empresa possui os principais e mais utilizados para se executar uma obra, como capacetes, luvas, mascaras, botas, óculos, etc. Os trabalhadores sabem da necessidade do uso dos mesmos para assim garantir sua proteção e evitar eventuais acidentes. Certamente que, todo trabalhador possui esse conhecimento e sabe como e quando deve utilizá-los e os perigos que estão expostos se não usarem e a empresa disponibilizam de acordo com cada atividade exercida. Em relação aos EPC‟s a empresa possui os mais comuns que são placas de advertências e orientação, 49 lixeira de coleta seletiva, extintor de incêndios guarda corpo, corrimão no caso de escada, rodapé e escadas em andaimes, cones, faixas zebradas. Nesse sentido também os trabalhadores cumprem seu papel na obra tanto na utilização dos EPI‟s e respeitando os EPC‟s. No quesito a problemática do trabalho, ao questionamento de como a higiene e segurança no trabalho influencia a redução de acidentes de trabalho na construção civil? Pode- se responder que muitos são os fatores que contribuem para a redução de acidentes, mas apenas dois são os mais perceptíveis e necessários e quando utilizados e observados o fator acidente diminuirá e as estatísticas se reduzirão. São eles, a empresa onde o papel dela é fornecer os equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva, orientar dos perigos referentes a cada função, através de palestras, programas de prevenção, treiná-los após a admissão e durante a permanência do funcionário na empresa, etc. E fiscalizar todas as obras, averiguar de perto se os trabalhadores estão usando ou não os equipamentos, e caso não esteja, reorientar, conversar e procurar saber quais os motivos que está levando a não usar o equipamento e em se for o caso de enviar-lhe uma notificação de advertência para que ao continuar saiba que acarretará a suspensão, assim a empresa tem que usar seu papel coercitivo. E o outro fator é o próprio trabalhador, onde deve obedecer as normas de segurança estabelecidas pela empresa, e assim estará contribuindo para a saúde de sua vida com a dos companheiros como para a empresa, que não precisará tem custos com indenização por invalidez ou morte em decorrência de algum acidente. Dentre todos esses fatores pode-se afirmar que a empresa de estudo possui, há uma parceria em ambas as partes embora a empresa seja de pequeno porte, e isso é muito influenciador nessa questão e desde os primórdios da mesma já investe, contribui, mantém esse setor como muito importante. E assim é refletido na vida saudável dos colaboradores e visível a todos que vêem. É importante ressaltar, que a empresa também cuida da verificação dos maquinários e equipamentos, onde o próprio operador, faz uma vez por semana a lubrificação, e no ato da instalação é técnico em segurança no trabalho. Conclui-se que é de relevante importância a conscientização dos perigos da construção civil, uma vez que os trabalhadores possuem um grau de formação baixo e esse setor não exige uma qualificação profissional para ocupar uma vaga para se trabalhar geralmente na área de pedreiros, onde são eles que têm a maior participação durante a execução de uma determinada obra, e a empresa tem um 50 papel fundamental de orientá-los, ensiná-los e treiná-los, para que assim eles tenham a consciência dos perigos da profissão, e dessa forma não erradicar os acidentes que ocorrem, mas reduzir as estatísticas que vem crescendo cada vez, e a prevenção é o melhor caminho. E também os próprios trabalhadores devem cumprir seu papel não apenas executando suas atividades no local de trabalho, mas obedecendo as normas estabelecidas pela empresa e assim será refletida na vida
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