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MONOGRAFIA RAFAELE.pdf

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: 
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA 
 
 
 
 
 
 
RAFAELE SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2013 
 
 
 
RAFAELE SOARES 
 
 
 
 
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: 
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Estadual do Piauí como requisito parcial 
para a obtenção do título de Bacharel em 
Administração 
Or ientador: Profº . Msc. M arc io 
V in íc ius Br i to Pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2013 
 
 
 
RAFAELE SOARES 
 
 
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: 
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA 
Monografia apresentada à Universidade 
Estadual do Piauí como requisito parcial 
para a obtenção do título de Bacharel em 
Administração 
Or ien tado r : Pro f º . Msc. Marc io 
V in íc ius Br i t o Pessoa 
 
 
 
Aprovada em: 26/07/2013 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
____________________________________________________________ 
1º Membro: Profº. Msc. Marcio Vinicius Brito Pessoa 
 
____________________________________________________________ 
2º Membro: Profª Esp. Cyjara Orsano Machado 
 
______________________________________________________________ 
3° Membro: Profª Esp. Maria Gorett Gomes de Negreiros 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, pela força, e oportunidade e por está do meu lado nos 
momentos mais difíceis da minha vida, 
Á minha família, pelo apoio e pelo patrocínio dos gastos que tive desde o inicio 
dessa jornada, que não foram poucos, mesmo não podendo sempre dava um jeito, 
Ao meu namorado Ronaldo da Silva Santiago, por me ajudar desde que iniciei esse 
trabalho, por estar do meu lado, por me compreender quando às vezes eu não pude 
lhe dá a devida atenção por causa do meu tempo corrido, pelo incentivo, motivação, 
e por ser tudo de bom em minha vida, 
Ao Sr. Cláudio Sales proprietário da empresa pela atenção e por disponibilizar a 
realização da pesquisa, e ao Elison Morais, técnico em Segurança no Trabalho pela 
assistência e acompanhamento durante a aplicação dos questionários no canteiro 
de obras, 
Aos professores Paulo José de Abreu, por acreditar em mim e me mostrar que é 
possível mudar, Ruthele Maria de Carvalho Sousa, pela ajuda sempre que precisava 
estava disponível, Silvana Maria Ramos Soares, pela atenção e jeito alegre de 
ministrar as aulas, Marcelo Ata Farias, pela humildade, Alen da Costa Araújo,pela 
assistência, e especialmente ao meu orientador Marcio Vinicius Brito Pessoa por me 
ajudar todo esse tempo, pela paciência,disponibilidade e dedicação mesmo muita 
das vezes apressado,por ser muito ocupado, muito obrigada a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de 
derrota” (Sun Tzu) 
 
 
RESUMO 
O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo analisar qual a política de 
higiene e segurança no trabalho implantado em uma empresa de construção civil, e 
qual sua influência que contribui para a redução de acidentes. Para a obtenção dos 
dados utilizou-se como instrumento metodológicos questionários e consultas 
bibliográficas. A pesquisa proporciona como resultado a necessidade de averiguar-
se a fiscalização por parte da empresa se é suficiente para coibir irregularidades no 
uso de EPI‟s também por parte dos trabalhadores, em termos de utilizá-los de forma 
correta e continuadamente, e a consciência dos perigos que a área possui e assim 
contribuírem com a empresa no setor de higiene e segurança no trabalho. 
Palavras Chaves: Construção Civil, Segurança, Equipamentos de Proteção 
Individual 
 
 
ABSTRACT 
The development of this work is to analyze which policy health and safety at work 
deployed in a construction company, and what their influence contributes to the 
reduction of accidents. To obtain the data was used as an instrument methodological 
and bibliographical consultation questionnaires. The research provides as a result 
the need to ascertain to oversight by the company if it is enough to curb irregularities 
in the use of PPE also by workers, in terms of using them correctly and consistently, 
and awareness of the dangers the area has and thus contributing to the company in 
the health and safety at work. 
Key Words: Construction, Safety, Personal Protective Equipment 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho 
CID - Classificação Internacional das Doenças 
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas 
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
CONAE - Conferencia Nacional Internacional de Educação 
CUT - Central Única dos Trabalhadores 
DDS – Diálogo de Segurança 
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito 
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI - Equipamento de Proteção Individual 
 FAP - Fator Acidentário Previdenciário 
GM - Gabinete do Ministro 
INSS - Instituto Nacional de Seguro Social 
NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário 
OMS – Organização Mundial da Saúde 
PEA - População Economicamente Ativa 
PPRA – Programam de Prevenção aos Riscos Ambientais 
SAT - Seguro de Acidente de Trabalho 
SD – Sem Data 
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
SINAN – Sistema de Agravos de Notificação 
SIPAT – Semana Interna Prevenção de Acidentes de Trabalho 
SUS – Sistema Único de Saúde 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 10 
2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL
 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13 
2.1.1 Análise Preliminar de Risco ----------------------------------------------------------------- 15 
2.1.2 Consequências de um acidente ------------------------------------------------------------ 16 
2.2 Higiene e Segurança no Trabalho: Uma análise do histórico de informações --- 17 
2.3. Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes-------------- 19 
2.4 Acidentes devido ás condições e ações perigosas -------------------------------------- 21 
2.5. Atos Inseguros ------------------------------------------------------------------------------------ 23 
2.5.1. Condições Inseguras ------------------------------------------------------------------------- 24 
2.6. EPI‟s e EPC‟s ------------------------------------------------------------------------------------- 25 
2.6.1. Formas de manutenção dos EPI‟s -------------------------------------------------------- 27 
2.6.2. Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s --------------------------------------------------- 28 
2.7.Ações de orientações aos riscos da construção civil ------------------------------------ 29 
2.7.1.Cenário atual da construção civil -------------------------------------------------------- 30 
3. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------ 32 
3.1. Tipo de Pesquisa -------------------------------------------------------------------------------- 32 
3.2. Modalidade da Pesquisa ----------------------------------------------------------------------- 32 
3.3. Amostragem ----------------------------------------------------------------------------------- 32 
4. HISTÓRICO DA EMPRESA --------------------------------------------------------------------- 33 
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ------------------------------------------ 34 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------------ 47 
REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------------------------51 
APÊNDICE ---------------------------------------------------------------------------------------------- 54 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As pessoas precisam estar motivadas no seu ambiente de trabalho, que 
se resume em um local saudável e limpo, bem cuidado; a conscientização e 
fiscalização é um forte aliado nessa questão, isso influencia na sua produtividade e 
qualidade de vida, pois passam maior parte de suas vidas no ambiente de trabalho, 
pessoas felizes trabalham felizes. Assim faz-se necessário analisar, identificar, e 
implantar caso necessário, novas técnicas que aprimorem o setor de Higiene e 
Segurança do Trabalho da organização. Este setor vem se tornando cada vez mais 
uma preocupação para as empresas, devido à ligação que existe entre condições 
adequadas de trabalho, o desempenho das pessoas e conseqüente contribuição 
para a responsabilidade social da organização. 
Esse trabalho monográfico visa fazer um levantamento de informações 
sobre higiene e segurança no trabalho nas organizações, onde realizamos uma 
pesquisa de campo para conferirmos em uma empresa a sua aplicação prática na 
totalidade ou não. Diante do exposto faz-se o questionamento perante a 
problemática: Como a Higiene e Segurança no Trabalho influenciam a redução de 
acidentes no trabalho na construção civil na Conexão Engenharia Ltda.? 
 A escolha do assunto se justifica pelo fato da responsabilidade que o tema 
exige, bem como a qualificação necessária ao profissional para que o resultado final 
seja eficiente de forma que reduzam os índices de acidentes nesse setor. De tal 
modo, a conscientização é uma ferramenta muito contribuinte e influenciador, sendo 
ela através de palestras, treinamentos, concursos de segurança sem a ocorrência de 
prejuízos físicos ao trabalhador. Conhecer e dar a conhecer a importância desta 
temática, tendo em vista que ela constitui ainda um imperativo para a melhoria da 
qualidade e das condições de vida e do trabalho. 
A pesquisa pretende conhecer a política de higiene e segurança no 
trabalho utilizado na Conexão Engenharia Ltda. os tipos de acidentes, os riscos 
inerentes das atividades da construção civil, observar os EPI ‟s e EPC„s existentes 
na empresa e identificar as principais causas de acidentes que ocorrem no setor da 
construção civil. 
 Esse tema é de notória importância, visto que é preciso se manter em um 
verdadeiro estado de direito, pois a saúde humana é o bem mais precioso que a 
11 
 
classe trabalhadora possui. Entende-se que segurança no trabalho, no tocante a 
doenças ocupacionais, é o resultado de conjuntos de medidas adotadas cujo 
objetivo é, não apenas erradicar, e amenizar as causas bem como proteger a 
integridade e a capacidade de produção do trabalhador. 
A construção civil é o segundo setor com mais acidentes de trabalho, 
apesar de não ocupar mais o primeiro lugar entre os setores econômicos com o 
maior número de acidentes de trabalho, a indústria da construção, no Brasil, mantém 
elevados índices de ocorrências, perdendo apenas para o setor rural. Mesmo com 
os esforços de governo nas três esferas – que resultaram, por exemplo, na revisão 
das normas de segurança – e de entidades de classe, registro de ocorrências, em 
geral, vem crescendo em termos absolutos. 
Pela contribuição que as micro e pequenas empresas podem oferecer 
para a redução do número de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, 
significando maior competitividade, redução de custos e melhoria das condições e 
dos locais de trabalho, elas necessitam ser estudadas e orientadas. 
O desempenho das organizações depende do comportamento das 
pessoas que nelas estão inseridas. A preocupação da empresa com a segurança e 
saúde de seus funcionários é de extrema importância na estimulação da motivação 
deles na execução de suas atividades laborais. Já ultrapassamos o tempo em que 
às organizações desafiavam normas de segurança para alcançar metas de 
produção, agora à segurança e produtividade fazem parte do mesmo conjunto. 
Surge à necessidade de identificar qual é o conhecimento que os 
funcionários já possuem sobre Higiene e Segurança do Trabalho, para com base 
nesta avaliação implantar novos procedimentos e programas educativos que 
estimulem a prevenção de acidentes de trabalho e a saúde do trabalhador. 
O desenvolvimento do Setor de Higiene e Segurança do Trabalho gera 
melhorias contínuas na preservação da saúde física e mental do empregado, tendo 
como princípio o aperfeiçoamento, o setor visa continua redução de perdas para o 
homem e produtividade para a organização. As funções do setor: buscar melhoria 
continua em Higiene e Segurança no Trabalho, tanto no aspecto ocupacional quanto 
na qualidade de vida, com educação, capacitação e comprometimento dos 
empregados, envolvendo familiares,empresas parceiras, fornecedores e demais 
partes interessadas,atender os requisitos da legislação vigente de Higiene e 
Segurança do Trabalho aplicáveis à organização; regular as condições de trabalho, 
12 
 
identificando riscos à segurança e saúde de cada atividade e seus respectivos 
controles, além dos equipamentos de proteção individual aplicáveis 
(CHIAVENATO,1994) 
Neste primeiro capítulo será apresentado o tema da pesquisa, a 
justificativa, problema e os objetivos (geral e específico) e no segundo capítulo será 
abordado o referencial teórico, a opinião dos autores, o seu posicionamento diante 
da temática. E no terceiro capítulo será apresentada, a metodologia usada no 
trabalho no capítulo seguinte, será a descrito a caracterização da empresa 
pesquisada, e no quinto capitulo será feita análise e discussão dos resultados e no 
sexto capítulo serão as considerações finais e por fim, no sétimo capítulo será 
abordado as referencias utilizadas no desenvolvimento desse trabalho. 
13 
 
2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL 
 
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não 
médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o 
ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos 
profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança 
e bem estar do trabalhador). A segurança do trabalho propõe-se combater, também 
dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as 
condições inseguras do ambiente quer educando os trabalhadores a utilizarem 
medidas preventivas.(AEP,SD) 
De acordo com o autor, a higiene e segurança no trabalho trazem a 
proposta de combater as doenças profissionais, mas não na visão medica, com uso 
de medicamentos, mas no sentido de orientar e prevenir eventuais doenças que 
possam ocorrer devido a algum tipo de atividade. 
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, 
entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena 
lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, 
no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para 
o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o 
que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se 
encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. (AEP, SD) 
A higiene está relacionada com as condições de trabalho que 
assegurem a saúde física e mental e com as condições de 
saúde e bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saúde 
física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do 
trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposição do 
organismo humano a agentes externos como ruído, ar, 
temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de 
trabalho. Assim, um ambiente saudável de trabalho deve 
envolver condições ambientais físicas que atuem positivamente 
sobre órgãos dos sentidos humanos, como visão, audição, tato, 
olfato e paladar. (CHIAVENATO, 1994) 
 
Segundo Marras, (2009) Higienee Segurança no Trabalho é área que 
responde pela segurança industrial pela higiene e medicina do trabalho 
relativamente aos empregados da empresa, atuando tanto na área de prevenção 
quanto na de correção, em estudos e ações constantes que envolvam acidentes no 
trabalho e a saúde do trabalhador. 
14 
 
De acordo com o autor a área da higiene e segurança no trabalho ela é 
responsável relativamente aos funcionários da empresa que se preocupa com a 
prevenção e na correção de ações que possam ocasionar algum acidente. 
Segurança do Trabalho é “[...] o conjunto de medidas técnicas, 
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer 
eliminando as condições inseguras do ambiente querem instruindo ou convencendo 
a adotar a preventiva de acidentes”. (CHIAVENATO, 1994) 
De acordo com o artigo 19º da lei nº. 8213 de 24 de julho de 
1991: Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho (NASCIMENTO, 2001) 
 
A Organização Mundial da Saúde define acidente como um fato não 
premeditado do qual resulta dano considerável [...] O National Safety Council define 
acidente como “uma ocorrência numa série de fatos que, geral e sem intenção, 
produz lesão corporal, morte ou dano material”. (CHIAVENATO,1994) 
Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de 
condições de trabalho desfavoráveis em resultado da especificidade própria de 
alguns processos ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e 
Segurança costuma ser cuidado com atenção. 
Contudo na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de 
fatores relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que 
potenciam a possibilidade de acidentes ou problemas. A Segurança no Trabalho no 
Brasil é regida pela própria CLT, que no seu artigo 163 dispõe o seguinte: 
Art. 163. Será obrigatória a constituição da Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes- CIPA de conformidade com 
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos 
estabelecimentos ou locais de obras nelas especificadas. 
Parágrafo Único- O Ministério do Trabalho regulamentará as 
atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAS. 
A Segurança do Trabalho também é conhecida por segurança industrial, 
essa função tem como preocupação fundamental: 
1. A prevenção de acidentes no trabalho; 
2. A eliminação de causas de acidentes no trabalho 
15 
 
A prevenção de acidentes no trabalho é um programa de longo 
prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a 
proteger sua própria vida e a dos companheiros por meio de 
ações mais seguras e de uma reflexão constante à descoberta 
a priori de condições inseguras que possam provocar eventuais 
acidentes no trabalho. Portanto é mais um programa educativo, 
de Constancia e de fixação de valores do que um programa 
técnico. (MARRAS, 2009) 
 
Um programa de prevenção de acidentes deve estar sustentado sob dois 
aspectos fundamentais: 
1. O humano: preocupação está centrada no bem estar e na prevenção da vida 
humana do trabalhador no seu horário de trabalho, 
2. O econômico: o número de faltas no trabalho causadas por acidentes no trabalho 
e o custo respectivo para a empresa são tamanhas que a prevenção é, sem dúvida, 
o melhor caminho a percorrer. 
Um modelo de gestão de segurança industrial prevê em primeiro lugar 
uma política clara que reflita a preocupação da cúpula da empresa com relação ao 
assunto, um sistema de procedimentos que regulamente em detalhes as diretrizes 
dessa política, uma equipe formada por profissionais competentes e recursos 
suficientes para levar avante os programas necessários. (MARRAS, 2009) 
É muito clara que a preocupação máxima de uma política empresarial no 
que diz respeito à segurança industrial deve ser a de exigir de prevenção de 
acidentes. 
 
2.1.1 Análise preliminar de Risco - APR 
 
A análise preliminar de risco tem por objetivo conhecer os perigos de uma 
determinada tarefa e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos. É 
utilizada para conscientizar os empregados da importância de se conhecer os 
perigos e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos antes da realização 
das tarefas. (MOL, 2008) 
De acordo com o autor, essa analise é realizada antes da execução uma 
tarefa, e obter o conhecimento se há possibilidade de algum risco ou perigo. 
A análise preliminar de risco auxilia a: 
 Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no 
produto produzido ou etapas do processo; 
16 
 
 Avaliar possíveis maneiras para prevenir acidentes, paradas de produção, 
deficiências na qualidade e reduções no valor do produto; 
 Conhecer técnicas ocultas de produtividade e qualidade praticadas por 
operadores; 
 Identificar abusos cometidos no processo produtivo, de qualidade e 
segurança cometidos por empregados; 
 Usar todas as informações disponíveis em treinamento para empregados 
novos ou transferidos. (MOL, 2008) 
 
2.1.2 Conseqüências de um acidente 
São três as conseqüências que atingem um acidente de trabalho: 
1. Para o trabalhador: sofrimento físico, Incapacidade para o trabalho, 
desamparo para a família. 
2. Para a empresa: dificuldades burocráticas com as entidades oficiais e 
desgastes da imagem perante o mercado, gastos com primeiros socorros e 
transportes do acidentado até o local de atendimento, perda de tempo 
produtivo de outros empregados ou com ao socorrerem o acidentado ou 
com paradas de produção para comentar o assunto, danos ou perdas de 
material, ferramentas, equipamentos ou máquinas. 
3. Para a sociedade e o país: perda temporária ou permanente de um 
elemento da população economicamente ativa (PEA), aumento do custo de 
vida, maior valor de impostos e taxas de seguro, maior gasto com saúde, 
inclusive desviando recursos de outras áreas, educação, alimentação, 
transporte etc. (MARRAS, 2009) 
Conforme o autor, as conseqüências são muitas de um acidente, não 
apenas para o acidentado, que causa sofrimento físico, pode ficar também fica com 
trauma, seqüelas, etc., mas para a empresa em termos de custos, sua imagem 
perante a sociedade e ate mercado, como para a sociedade ou o país, que 
dependendo da gravidade do acidente, tera mais gastos com saúde e custos para o 
INSS que é um órgão que cuida desses casos de aposentadoria, em caso de 
invalidez. 
17 
 
2.2 Higiene e segurança no trabalho: Uma análise do histórico de informações. 
 
A retomada das obras de infra-estrutura e construção imobiliária elevaram 
o número de acidentes de trabalho que resultam em mutilações ou mortes no 
Brasil. Entre janeiro e outubro de 2011, pelo menos 40.779 trabalhadores foram 
vítimas de acidentes graves de trabalho, dos quais 1.143 morreram, segundo o 
Ministério da Saúde. O número é 10% maior que em igual período do ano passado 
(37.035). 
Os dados do ministério englobam trabalhadores de diversos setores de 
atividade, mas se referem apenas aos atendimentos na rede de serviços de saúde 
credenciada do Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Desde 2004, uma 
determinação do ministério obriga os médicos a notificarem os casos graves de 
acidentes de trabalho. 
Os números oficiais de acidentes de trabalho no País são bem maiores 
que os do Ministério da Saúde, porém, são divulgados com atraso de quase um 
ano pelo Ministério da Previdência Social. Em 2010, foram 701.496 acidentes, 31,8 
mil a menos do que em 2009. O número de mortes, no entanto, aumentou de 2.650 
para 2.712. Mas ele é ainda maior. 
As grandes construtoras não costumam trabalhar com informais, mas elas 
repassam os trabalhos para empresas menores que, por sua vez, subcontratam 
outras empresas para tocar partes das obras. Na construção, 95% da mão de obra 
é terceirizada, a maioriaé informal. (REHDER, 2012) 
O problema é que vários estudos apontam que os acidentes de trabalho 
são mais comuns entre funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa 
divulgada recentemente pela CUT mostra que quatro em cada cinco acidentes de 
trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem trabalhadores 
terceirizados. Para Antonio de Sousa, o número de acidentes de trabalho não para 
de aumentar no setor porque os operários passaram a trabalhar em regime de 
empreitada, com excesso de carga horária por causa da falta de mão de obra 
especializada. Pela lei, a jornada é de 44 horas semanais, mas é sabido que o 
pessoal quase dobra isso. É uma maneira de se conseguir mais que o triplo do 
dinheiro que ele deveria levar para casa, mas correndo o risco de ficar mutilado e 
até perder a vida, o que não vale a pena (SOUSA, 2012). 
18 
 
A Previdência Social e do Trabalho e Emprego historicamente, os 
registros de acidentes de trabalho vinham caindo de forma gradual a partir de 1975, 
quando atingiram seu maior índice (1.916.187 acidentes). Entretanto, esta redução 
foi estancada em 2001, quando o total foi o menor registrado, com 340.251 
acidentes. A partir de então, as ocorrências voltaram a subir (Jornal do comércio, 
2010). 
O Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhões por ano com acidentes do 
trabalho. A maior parcela dos custos referentes aos acidentes é paga pelas 
empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo Federal através do 
Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que é obrigatório. (Jornal do comércio, 
2010). 
Em 2006, último ano em que a velha metodologia foi empregada, o Brasil 
contabilizou 512.232 acidentes de trabalho. Em 2007, quando o NTEP - Nexo 
Técnico Epidemiológico Previdenciário que é o mecanismo que relaciona 
determinada doença às atividades na qual a moléstia ocorre com maior incidência, 
resultado do cruzamento do diagnóstico médico enquadrado como agravo à saúde 
descrito na CID com sua incidência estatística dentro da CNAE - Classificação 
Nacional de Atividades Econômicas, foi adotado, esse número cresceu para 
659.523, dos quais 141.108 não possuíam CAT (Comunicado de Acidente de 
Trabalho) que é a comunicação que será feita ao INSS por intermédio do formulário, 
preenchido em quatro vias, com a seguinte destinação: 1ª via: ao INSS; 2ª via: ao 
segurado ou dependente; 3ª via: ao sindicato dos trabalhadores; e 4ª via: à empresa 
e, portanto, não teriam sido incluídos na antiga forma de fiscalização. Em 2008, dos 
747.663 acidentes, 202.395 foram sem CAT. No entanto, isso mostra que, mesmo 
sem incluir os registros não notificados pelas empresas, houve crescimento nos 
acidentes. Segundo a velha metodologia, em 2008 teríamos 545.268 acidentes, 
cerca de 30 mil a mais que em 2006. (Jornal do Comércio/RS, 2010). 
As mudanças implementada pelo governo federal na área de segurança e 
saúde dos trabalhadores não envolvem apenas os dados estatísticos. Desde janeiro 
deste ano, está em vigor uma nova legislação, que colocou em vigor a aplicação do 
Fator Acidentário Previdenciário (FAP). O FAP prevê alíquotas diferenciadas do 
Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) para as empresas que investem e as que 
não investem em segurança e saúde dos trabalhadores. (Jornal do Comércio/RS, 
2010). 
19 
 
No Piauí o número de acidentes com trabalhadores da construção civil em 
2012 já superou os registrados no ano passado, segundo dados da 
Superintendência Regional do Trabalho no Piauí. Segundo o relatório, a falta de 
equipamentos de segurança está entre as principais causas dos acidentes. 
De acordo com dados, em 2011 foram registrados 3.485 acidentes em 
todo o estado, com 25 mortes. Neste ano, já foram quase 3.500 acidentes com nove 
mortes, segundo dados da revista Proteção. 
2.3 Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes e as 
principais dificuldades. 
Segundo o portal de notícias G1, em uma matéria cita que os acidentes 
de transporte já ocupam o posto de uma das principais causas de mortalidade no 
mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,2 
milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de acidentes de transporte, e entre 
20 e 50 milhões de pessoas são vítimas de lesões não fatais resultantes desses 
acidentes. 
Apesar dos esforços em diversos países no sentido de reduzir os 
acidentes de transporte, os números ainda são preocupantes, principalmente nos 
países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sendo, na faixa etária entre 15 e 29 
anos, a principal causa de morte no mundo. 
No Brasil, os dados são também bastante inquietantes. Segundo o 
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 2006 o número de acidentes 
com vítimas no território nacional foi de 320.333, com 19.752 vítimas fatais. 
Segundo informações do portal de noticias, Observa Saúde, ainda mais 
alarmante é o número de internações secundárias aos acidentes de trânsito, que no 
ano de 2005 correspondeu a cerca de 120.000, com taxa de 64 internações pelo 
Sistema Único de Saúde (SUS) para cada 100.000 habitantes (MELLO JORGE e 
KOIZUMI, 2007). É sobre o setor saúde que vai recair o maior ônus de todas as 
conseqüências dos acidentes de transporte. É a esfera da saúde que vai cuidar dos 
feridos, contabilizarem as mortes e arcar com os importantes aspectos ligados às 
seqüelas, não poucas vezes irreversíveis. (Observasaúde.com, 2012). 
Em busca de alternativa ao transporte público precário e os grandes 
congestionamentos, muitos brasileiros encontram as motos como opção barata e 
eficaz. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as vendas 
20 
 
de motos aumentaram 11% no ano passado, enquanto a comercialização de 
caminhões e carros cresceu 7%. A alta de acidentes também acompanha a chegada 
de mais motocicletas às ruas, a frota brasileira já é de 15,7 milhões. (G1, 2012) 
As motos vêm se destacando no quadro de acidentes. A maioria são 
homens e jovens com menos de 35 anos, que usam a moto como meio de 
transporte. A motocicleta é um veículo que está propenso a um acidente mais grave 
afirma Julia Greve, coordenadora do HC em Movimento – Programa de prevenção 
de acidentes do Hospital das Clínicas, durante o 3º Workshop Abraciclo, promovido 
pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, 
Motonetas e Bicicletas A Abraciclo informa que cerca de metade das 2 milhões de 
motos vendidas em 2011 foram compradas por pessoas que não queriam mais 
utilizar o transporte público ou carros. É recomendado que o motociclista utilize 
equipamentos, como capacetes, luvas e jaquetas, mas o mais importante é a 
educação, o modo como o indivíduo vai aprender a utilizar a moto. 
Mesmo com os números preocupantes de acidentes com motociclistas, 
ainda não há informações concretas sobre quem são os causadores dos acidentes. 
Não existe acidentes de motos, existem acidentes de trânsito em que as motos 
estão envolvidas. E as motos se envolvem mais, porque vemos mais vítimas. 
Quando dois carros batem, apenas amassa o pára-choque, já na moto, o pára-
choque do motociclista é ele mesmo. (GREVE, 2012). 
Entre as deficiências da atual formação de motociclista está a falta de 
padronização das aulas e o pouco preparo dos instrutores. Ainda há muito há 
avançar, a qualidade dos instrutores para a formação de motociclistas está ruim em 
nível nacional. Hoje os motociclistas são preparados para passar no exame e não 
andar nas ruas. 
Para completar os pontos que necessitam de avanço, os especialistas 
indicam que deve haver um respeito mútuo entre os veículos. O maior tem de zelar 
pela segurança do menor, mas infelizmente não é respeitado. No Brasil, o maior é 
que tem o espaço. Cada um tem de se colocar no lugar do outro, assim o trânsito 
ficará melhor (G1, 2012). 
A grande relação dos acidentes que acontecem no trânsito é refletida 
diretamente na vida do trabalhador contribuindo assim para o aposentoprecoce, o 
afastamento por tempo de recuperação, ou até mesmo por invalidez. Dessa forma a 
sociedade, a empresa e o trabalhador perdem. 
21 
 
 
2.4 Acidentes devido à condições perigosas e ações perigosas 
 
Os acidentes geram consequências para o trabalhador e para a empresa, 
por isso é vital que essas organizações dispensem uma atenção especial para as 
principais causas de acidentes do trabalho. Conforme diz Portaria GM n.º 3.214, de 
08 de junho de 1978, as Normas Reguladoras 12 Segurança no Trabalho em 
Máquinas e Equipamentos, estabelece que o empregador deve adotar medidas de 
proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos,capazes de garantir a saúde 
a integridade física dos trabalhadores e medidas apropriadas sempre que houver 
pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.São 
consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem prioritária: 
a) medidas de proteção coletiva; 
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; 
c) medidas de proteção individual. 
Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de 
circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas 
técnicas oficiais. 
As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que 
conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) 
de largura. 
As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente 
desobstruídas. Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser 
alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com 
faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar 
de áreas externas. 
Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser 
adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de 
acidentes e doenças relacionados ao trabalho. 
A distância mínima entre máquinas, em conformidade com 
suas características e aplicações, deve garantir a segurança 
dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, 
limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos 
corporais, em face da natureza da tarefa. (MTE, 1978) 
 
As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em 
22 
 
torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que 
os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, 
movimentem-se com segurança. 
Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e 
equipamentos e das áreas de circulação devem: 
a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que 
ofereçam riscos de acidentes; 
b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e 
outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; 
c) devem ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos. 
As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e 
armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. 
As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à 
sua estabilidade, de modo que não basculhem e não se desloquem 
intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças 
dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. 
A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os 
requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta 
desses, o projeto elaborado por profissional legalmente 
habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, 
amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, 
pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de 
refrigeração” (MTE,1978). 
 
Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles 
devem possuir travas. 
As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer 
outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo 
que não ocorram transporte e movimentação aérea de materiais sobre os 
trabalhadores. (MTE,1978) 
 
2.5 Atos inseguros 
 
O ato inseguro é uma conseqüência de fatores pessoais de insegurança, 
pois significa violar ou não respeita um procedimento aceito como seguro, expondo 
assim, as pessoas a riscos de acidentes. O ato inseguro não é só uma violação de 
uma norma escrita, mas, também, de inúmeras não escritas que a maioria das 
23 
 
pessoas conhece e observa por uma questão de instinto de conservação. (MOL, 
2008) 
Chamamos de fator pessoal de insegurança ao comportamento humano, 
devido a uma deficiência ou alteração psíquica ou física, que leva a pessoa a 
provocar o ato inseguro que poderá causar o acidente. 
São fatores pessoais de insegurança: 
 fator mental (nervosismo, violência, insatisfação com o trabalho, etc.); 
 fator físico (audição, visão, doença, etc); 
 fator técnico (falta de conhecimento, de experiência, de habilidade, etc.); 
 fator fisiológico (rodízios de turnos de trabalho, hora-extra, etc); 
 fator social (jogos de azar, embriaguês, relações com a família, relações com 
o patrão ou com os próprios colegas, etc). 
Os atos inseguros podem ser caracterizados basicamente pela existência 
de três comportamentos: 
a) Imprudência: agir sem cautela, sem sensatez, não tomar as devidas precauções. 
Consiste em enfrentar o perigo, arriscar-se para ganhar tempo ou para evitar o 
esforço de tomar as devidas precauções. Exemplo: sabe dirigir, mas não toma 
cuidado. 
b) Imperícia: falta de habilidade ou de competência técnica para realização de uma 
tarefa. Exemplo: dirige um veículo sem possuir conhecimento. 
c) Negligência: desleixo, displicência e relaxamento ao não observar a maneira 
correta de realizar uma tarefa. Exemplo: por displicência, não cumpre o regulamento 
de segurança. 
É importante salientar que os atos inseguros são os maiores causadores 
de acidentes, pois os trabalhadores, muitas vezes, acham-se inatingíveis e, assim, 
não possuem a mentalidade prevencionista. Desta forma, colocam em risco a 
própria vida, e o que é mais grave, é que colocam também em risco a vida dos 
colegas de trabalho. 
 
2.5.1 Condições inseguras 
A condição insegura é inerente a empresa, ou seja, é a condição física ou 
mecânica perigosa, existente no local, na máquina, no equipamento ou na 
instalação, que permite ou ocasiona o acidente. 
24 
 
Tais condições manifestam-se como deficiências técnicas, 
podendo apresentar-se: na construção e instalações: áreas 
insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e 
trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas 
impróprias ou com defeitos, falta de sinalização. Nas máquinas: 
localização imprópria das máquinas, falta de proteção em 
partes móveis e pontos de agarramento, máquinas 
apresentando defeitos. Na proteção do trabalhador: proteção 
insuficiente ou totalmente ausente, roupas e calçados 
impróprios, equipamentos de proteção com defeito (MOL, 
2008). 
 
Para que os fatores acima não venham prejudicar as atividades no 
trabalho, deve-se: 
 Informar sempre a existência de máquinas com problemas e 
ferramentas danificadas ao responsável pelo setor, mesmo que estas 
máquinas e equipamentos não façam parte de seu trabalho. 
 analisar as condições do local de trabalho. 
 usar sempre o EPI. 
 Conhecer o equipamento e material de trabalho bem como os riscos 
que estes podem oferecer para a saúde (MOL, 2008). 
25 
 
2.6 EPI's (Equipamento De Proteção Individual) E EPC's (Equipamento De Proteção 
Coletiva) 
O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, 
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos 
capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando 
não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos 
do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, 
quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, 
eficientes e suficientespara a atenuação dos riscos e não 
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de 
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. 
(PANTALEÃO, 2012) 
 
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados 
no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos 
propícios aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, 
a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e 
equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros. (PANTALEÃO, 2012) 
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas 
finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no 
processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que 
apresenta diversos riscos ao trabalhador. 
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos 
completamente ou se oferecer proteção parcialmente. 
Conforme dispõe a Norma Reguladora 6, a empresa é obrigada a 
fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado 
de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra 
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e 
c) para atender a situações de emergência. 
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
– CIPA nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao 
empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. 
(PANTALEÃO, 2012). 
26 
 
Os EPI´s utilizados são vários, dependendo do tipo de atividade ou de 
riscos que poderão ameaçar a segurança e saúde do trabalhador e da parte do 
corpo que se pretende proteger, são eles: 
Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares; 
Proteção respiratória: máscaras e filtro; 
Proteção visual e facial: óculos e viseiras; 
Proteção da cabeça: capacetes; 
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; 
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas; 
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. 
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional 
ou importado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a 
indicação do Certificado de Aprovação-CA expedido pelo órgão 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (PANTALEÃO, 
2012). 
 
 Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes 
obrigações: 
adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; 
exigir seu uso; 
fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação; 
substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado; 
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e 
comunicar o MTE qualquer irregularidade observada; 
O empregado também terá que observar as seguintes obrigações: 
utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; 
responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; 
e 
cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal; 
Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção 
27 
 
do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os 
riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem 
também proporcionar a redução de custos ao empregador. 
Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou 
neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada 
do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição 
do empregado será eliminado. (PANTALEÃO, 2012). 
 
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de 
tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer 
possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais 
em função da falta de utilização do EPI. 
É importante lembrar, que não basta o fornecimento do EPI ao 
empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado 
de maneira a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado. 
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se 
acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixa de utilizá-lo e 
consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho 
inesperado. 
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e 
obrigar o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão 
num primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas 
como a demissão por justa causa. 
Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o 
empregado recebeu o equipamento (por meio de ficha de 
entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do 
pagamento de uma eventual indenização, pois a norma 
estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que 
se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o 
caso. (PANTALEÃO, 2012). 
 
2.6.1 Formas de manutenção dos EPI‟s 
A utilização de uniformes e EPI‟s (Equipamentos de Proteção Individual) 
são fundamentais na prevenção de acidentes e na qualidade de vida dos 
trabalhadores. O sucesso desta ação vai além do simples fornecimento do 
equipamento, mas na conscientização constante dos usuários sobre a importância 
de utilizá-los sempre. (CARVALHO, 2012) 
De acordo com a autora, a empresa tem a responsabilidade não só 
comprar e entregar o EPI, mas fazer com que sejam usados. É muito comum 
28 
 
acontecerem acidentes no ambiente de trabalho por falta de uso dos EPI‟ s, mesmo 
quando a empresa entrega o equipamento para o usuário. Na maior parte dos 
casos, o trabalhador faz isso pela falta de consciência das consequências e pelo 
desconforto que sente usando equipamentos pouco ergonômicos ou de baixa 
qualidade. 
Seguir sempre as instruções da etiqueta afixada na roupa, pois 
cada símbolo significa um cuidado diferente em relação à 
lavagem, secagem e passadoria. É fundamental a lavagem 
frequente das peças, pois a gordura e o suor do corpo são 
levemente corrosivos e, se não removidos, danificam as fibras 
do tecido. Não lavar as peças com produtos a base de cloro ou 
alvejantes e não as esfregue com escova ou friccione sobre a 
pedra do tanque. (CARVALHO, 2012) 
 
Essas práticas desgastam a superfície do tecido, afetando, 
consequentemente a uniformidade das cores. Usar sabão neutro ou sabão em pó 
específico para roupas coloridas. 
Deixar o sabão ou detergente dissolver-se totalmente antes de adicionar o 
uniforme. Não deixar de molho em hipótese alguma, principalmente para peças com 
mistura de cores e malhas. Cores fortes devem ser lavadas separadamente e com 
muita água, para garantir a eliminação do excesso de corantes que se desprendem 
normalmente nas primeiras lavagens. Recomenda-se que a secagem do uniforme 
seja feita à sombra. 
No caso de secagem ao sol, esta deverá ser feita pelo lado avesso da 
roupa. Deve se passar o ferro em temperatura média e, se possível, pelo avesso. 
Não se deve passar o ferro quente sobre os emblemas. 
Calçados em couro devem ser engraxados sempre, pois isso amplia muito 
a sua vida útil. Seguindo essas dicas, a empresa estará garantindo a segurança e a 
saúde de seus colaboradores, além de fazer com que seus uniformes e 
equipamentos de proteção durem muito mais. 
 
2.6.2 Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s 
Como qualquer outro equipamento, o E.P.I. também sofre desgaste com o 
uso. A durabilidade está intimamente ligada a intensidade e frequênciade sua 
utilização, as condições do ambiente de trabalho, além da questão da qualidade. 
Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva e 
diversos outros sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um 
29 
 
exame visual para se notar que precisam ser renovadas. Não se deve imaginar que 
os E.P.I's tem duração ilimitada, ou seja, uma vez adquiridos, vão durar para 
sempre. A qualidade, a escolha e especificação adequada e o uso correto são 
fatores que prolongam a durabilidade. (RODRIGUES, 2009) 
Normalmente, quando se opta por produtos de melhor qualidade, a 
durabilidade torna a aquisição muito mais econômica do que a opção por produtos 
de segunda linha. A escolha inadequada, sem orientação ou conhecimento técnico e 
o uso incorreto comprometem a durabilidade, mesmo que o produto tenha qualidade 
e atenda às normas. 
Cabe aos profissionais de segurança estabelecer a 
periodicidade de troca, mediante estudo característico de cada 
empresa e aos próprios usuários verificar o momento em que o 
equipamento já está desgastado pelo uso e não mais preenche 
os requisitos técnicos que viabilizam o seu C.A. (Certificado de 
Aprovação), recomendando-se sua reposição ou substituição. 
Esse ponto é de extrema importância para que o E.P.I. 
desempenhe seu papel de proteger a integridade física, a 
saúde e a vida do trabalhador, evitando lesões por acidente no 
trabalho e agravos de doenças profissionais e doenças do 
trabalho. (RODRIGUES, 2009) 
 
 
2.7 Ações de orientações aos riscos da construção civil. 
A indústria da construção, considerada atividade perigosa, devida a alta 
incidência dos acidentes de trabalho, sobretudo dos acidentes fatais. Dados 
estatísticos disponíveis indicam, no mundo todo, que o risco de um trabalhador da 
construção civil sofrer um acidente de trabalho fatal é várias vezes maiores que o 
risco existente entre os trabalhadores de outras atividades econômicas (SOUZA, 
2007). O sofrimento do acidentado é inevitável. 
Os ferimentos, pequenos ou grandes, são sempre indesejados. O 
tratamento, fácil ou difícil, curto ou prolongado, é em geral doloroso. O tempo de 
recuperação pode tornar-se fastidioso e até ocasionar abatimento psicológico à 
vítima. O sofrimento estende-se, às vezes, aos membros da família, por 
preocupação, compaixão, ou pela incerteza, em casos mais graves, quanto à 
continuidade normal da vida do acidentado. (SOUZA e CORDERO, SD) 
Há famílias que sofrem por longo tempo a angústia dramática do futuro 
incerto, em casos em que o arrimo da família que corre o risco de invalidez 
permanente (ZOCCHIO, 2002). 
Um plano de treinamento e de palestras deveria ser realizado pelas 
30 
 
empresas com objetivo de melhorar a segurança do trabalhador as quais poderiam 
ser realizados em etapas. 
O treinamento poderá ser composto por prazo de avaliação, a qual 
consiste em verificar se o treinamento ofereceu resultados satisfatórios. Essa 
verificação poderá ocorrer de maneira escrita, uma avaliação, por exemplo, ou 
situações práticas observadas. O importante é que tudo venha a ser registrado e 
arquivado. Caso os resultados não sejam satisfatórios, deverá ser avaliado em um 
prazo chamado de prazo de correção. 
O motivo dos prazos serem de dois dias, é justificado para a preparação 
dos instrumentos de avaliação e análise dos resultados. 
Caso haja necessidade de os treinamentos ou prazos de 
avaliação e correção serem realizados em prazos inferiores ou 
superiores, estes devem ser meticulosamente avaliados para 
não prejudicar o sistema. Não são aconselháveis prazos 
maiores, tendo em vista que o treinamento total é de um mês. 
Devido a vários fatores, sendo o preponderante a alta 
rotatividade, deverá ser feito o Treinamento, pelo menos duas 
vezes por ano em intervalos iguais de tempo. (SOUZA e 
CORDERO, SD) 
2.7.1 Cenário atual da construção civil. 
 
 Contrariando a tendência geral, a área de Construção Civil não tem 
apresentado acentuado grau de automação e modernização. O uso de máquinas na 
construção é restrito a grandes obras, à chamada construção pesada. Entretanto, 
diversas modificações estão surgindo nos sistemas construtivos, de forma a torná-
los mais simples. O uso de componentes industrializados, como as argamassas e 
concretos, é crescente. Por conta disso e, certamente, por razões ligadas à 
conjuntura política e econômica, a construção também passa por uma redução nos 
postos de trabalho. Esta redução é pequena, porém sensível. 
O Brasil é um país grande e carente de infra-estrutura. A maior 
parte desta depende de obras como redes de esgoto e água, 
estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode 
deixar de fora a construção de moradias, que é o maior déficit 
da área. Portanto, configura-se um mercado expansível e de 
grande potencial. Há, porém, um pessimismo na área, 
alimentado pela falta de investimentos em obras públicas de 
grande porte. O contingente de empresários, trabalhadores e 
máquinas, concentrado anteriormente naquelas, tem se 
deslocado para obras privadas de menor porte, entre as quais 
se destacam os edifícios residenciais, os shopping centers, as 
pequenas barragens, etc. (MTE, 2000) 
 
31 
 
Todas as questões relacionadas à desqualificação da mão de obra, 
solução de maneira rápida são inerentes ao cenário em que se encontra a 
construção civil atual. O mercado dessa área está aquecido, a construção atingiu o 
seu ápice, entretanto o que se percebe é uma enorme carência de mão de obra 
especializada nessa área. Os motivos para essa deficiência de trabalhadores são 
muitos: a expectativa de crescimento rápido dentro da empresa, o 
descontentamento com as atividades em exercício e, principalmente, o assédio das 
outras construtoras pelos operários. Assim, a alternativa das empresas tem sido 
agregar ao quadro de funcionários, pessoas sem qualificação específica, que 
ocupam vagas para as quais não foram devidamente treinadas, que sequer 
conhecem as tarefas a serem executadas. 
É possível notar um número elevado de serventes ocupando 
vagas destinadas a pedreiros, carpinteiros e ferreiros, o que 
afeta na qualidade do serviço, gerando desperdício de material 
e atraso nas tarefas. Essa insuficiência expressiva de operários 
qualificados no mercado leva a uma corrida para o treinamento 
e capacitação de novos profissionais, resultando também na 
relocação de desempregados de outros setores, na inclusão de 
mão de obra feminina e no reposicionamento de aposentados. 
Na tentativa de manter a equipe de profissionais, os 
empregadores investem em salários mais atrativos, 
bonificações conforme a produção e incentivos para a 
qualificação. Contudo, as novas tecnologias estão surgindo 
para automatizar cada vez mais a produção, de maneira a 
suprir a escassez de operariado. De modo a exemplificar essa 
questão. (MASUTTI e CAMARGO, 2012) 
 
A construção civil está cada vez ao rumo da sistemática da 
industrialização, o que agrega facilidades aos funcionários. Sendo assim, cabe ao 
empregador fornecer suporte para o crescimento profissional do seu servidor e, a 
este, cabe justificar esta confiança, qualificando-se, construindo um futuro junto à 
empresa, buscando conhecimento, atualizando-se e adquirindo novas habilidades. 
Certamente, essa qualificação dos operários atrelada às novas tecnologias, são os 
recursos de que a construção civil necessita para continuar sua expansão. 
 
32 
 
3. METODOLOGIA 
3.1 TIPO DE PESQUISA 
Foram levantando pressupostos sobre higiene e segurança no trabalho, 
EPI‟s, EPC‟s, e utilizada a pesquisa qualitativa por meio de coleta de dados. 
 
3.2 MODALIDADE DA PESQUISA 
O presente trabalho foi desenvolvido através da modalidade de estudo de 
caso, onde é escolhido um determinado local para aplicação de questionário e 
interação com os fatores próprio da empresa em escolha. 
 
3.3 AMOSTRAGEM 
A amostragem é a técnica da pesquisa. Em um universode atualmente 
com 47 funcionários, a amostra foi de 20 trabalhadores que se encontravam em 
canteiro de obras. 
 
33 
 
4 HISTÓRICO DA EMPRESA 
A empresa Conexão Engenharia Ltda. fica localizada na Rua Coelho de 
Rezende, centro-sul. Ed. Ana Carolina, Sala 205 - Teresina - Piauí. Começou seu 
trabalho em julho de 2004, atualmente com menos de 100 funcionários, a 
rotatividade é muito grande, dependendo da demanda de obras em andamentos, 
trabalha com terceirização, instalações elétricas esquadrilhas (madeira, vidro), 
estrutura metálica, possui 1 técnico em segurança no Trabalho, 2 engenheiros, e 3 
técnicos em edificações. Seus principais clientes são: Petrobras, Correios, Suzano, 
Socimol, Houston Bike, Teresina Shopping, Marco Informática, Intermed, etc. 
 
Organograma de departamentalização da empresa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Conexão Engenharia Ltda. 
34 
 
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
Foi identificado na empresa pesquisada que o setor de Higiene e 
Segurança no Trabalho já existe que o mesmo é responsável por ele é o técnico em 
segurança no trabalho que cuida da segurança dos funcionários durante a execução 
de uma obra. 
Aplicou-se um questionário de 19 questões, para 20 colaboradores da 
empresa, que se encontravam no canteiro de duas obras onde se obteve a 
identificação do grau de conhecimentos deles sobre o tema e a consciência dos 
perigos em que essa área possui. 
 
Gráfico 1: Gênero dos funcionários 
Fonte: Pesquisa Direta/2012 
 
Por se tratar de uma área em que a demanda de pessoas do gênero 
feminino é menor , pode-se notar que apenas 10% dos funcionários da empresa 
que trabalham do canteiro de obras da empresa são mulheres. 90% são homens, 
que em geral são os pedreiros e engenheiros.Isso quer dizer, que as mulheres 
ocupam mais os cargos administrativos na empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 2 : Grau de escolaridade 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
 Gráfico 2 : Grau de escolaridade 
 Fonte: Pesquisa direta/ 2012 
 
O ramo da construção civil não se restringe apenas as pessoas 
qualificadas, o nível de escolaridade da maioria dos operários estão muito abaixo, 
sendo que 50% dos trabalhadores da empresa em questão possuem ensino 
fundamental incompleto, ou seja, a metade dos que se encontram na execução das 
obras, e 20% possuem o ensino médio completo, e 5% possuem o ensino médio 
incompleto, 10% possuem ensino fundamental completo, apenas 10% possuem o 
ensino superior incompleto, e outros 5% possuem o ensino superior completo. Isso 
quer dizer, que a escolaridade também é um fator contribuinte para a 
desqualificação desse setor, onde não se exige grau de estudos para ocupar uma 
vaga de pedreiro, a questão do conhecimento vem através de experiências práticas 
ou ensinadas, que são poucos que possuem grau de conhecimentos teóricos e 
práticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gráfico 3: A avaliação da cobrança de higiene e segurança no trabalho 
 Fonte: Pesquisa direta/2012 
Segundo a percepção dos funcionários 60% deles avaliam como boa a 
cobrança de segurança no trabalho por parte da empresa, e 20% consideram como 
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ótimos essa metodologia e 20% acreditam que ainda é regular. Diante do exposto 
pode-se afirmar que essa questão está sendo bem avaliadas pelos funcionários de 
maneira que assim contribua para redução e prevenção de acidentes de trabalho, 
dessa forma essa cobrança onde é realizada pelo técnico em segurança, é refletida 
na qualidade de vida dos colaboradores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 4: Conscientização da empresa para com os 
trabalhadores em relação como protegerem suas vidas 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
 
Quando se trata da questão de como conscientizar os funcionários a 
protegerem suas vidas e as de quem trabalham juntos, cerca de 90% afirmam que a 
empresa possui essa iniciativa. E 10% acreditam que essa atitude só acontece ás 
vezes,ou seja, poderia ser mais frequente. Para que haja sincronia, no caso a 
empresa e os trabalhadores, é necessário uma parceria através de conversas, 
reuniões, palestras, e treinamentos dirigidos aos riscos da área, e campanhas, de 
maneira que haja entendimento do grau de importância dessa conscientização. Ou 
seja, a empresa em questão usa desse artifício, onde é perceptível essa parceria 
entre ambas partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Gráfico 5: Desobediência às normas de segurança 
 Fonte: Pesquisa direta/2012 
 
No tocante as normas de segurança existente na empresa e que são 
estabelecidas, 70% afirmam que a empresa puni quem desobedece, as punições 
mais comuns que são advertencias, e cerca de 25% dizem que a empresa reclama,e 
5% afirmam que são demitidos. Neste caso o empregador utiliza o seu poder diretivo 
e obriga o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e 
suspensão e, havendo reincidências, sofre punições mais severas, como a 
demissão por justa causa. Ou seja, a empresa ela reorienta, onde é realizada uma 
conversa entre o trabalhador e o técnico em segurança para saber quais os motivos 
que o levaram a não utilizar e desobedecer, após isso, uma notificação de 
segurança no trabalho por escrito, se insistir, um formulário, após isso uma 
advertência também por escrita que acarretara a suspensão e desligamento dele 
para com a empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gráfico 6: Situação atual dos EPI’s 
Fonte: Pesquisa Direta/2012 
 
Os EPI‟s são de muita importancia no local de trabalho,bem como a 
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manutenção deles onde dependendo desse cuidado está em jogo a vida dos 
funcionários. Dessa forma,cerca de 60% afirmam que estão bons;30% está ótimo, e 
10% consideram regular. Desse modo, a empresa na pessoa do empregador está 
cumprindo com as exigências estabelecidas pelas Normas Reguladoras de maneira 
que assim reflita na qualidade de vida dos funcionários no ambiente de trabalho, (até 
porque a questão dos cuidados dos EPI‟s também a participação e colaboração do 
trabalhador é importante, onde deve limpa-los e conservá-los para que haja mais 
durabilidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gráfico 7: Ocorrências de acidentes 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
 
Segundo os trabalhadores, na obra durante a execução de algum tipo de 
trabalho a incidência de acidentes é pequena, 53% afirmam que não ocorrem 
acidentes, e 31% afirmam que sim, mas que não foi de grandes proporções e 
gravidade, e cerca de 16% dizem que nunca acontecem, segundo a percepção e 
tempo de trabalho que se encontra na empresa, que nunca viu até o presente 
momento. 
Em um local de trabalho as possibilidades da ocorrência de um acidente 
são muitas, mas uma forma de não vivenciar tal situação está na prevenção, como 
orientá-los dos perigos da construção civil. 
 
 
 
 
 
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 Gráfico 8: Iniciativa a ser tomada em caso de acidente 
 Fonte: Pesquisa direta/2012 
 
Sobre essa possibilidade de acidente no local de trabalho, 40% dos 
trabalhadores afirmam que caso ocorra a primeira da empresa é prestar os primeiros 
socorros, e 20% que encaminha ao serviço médico e outros 20% deve informar á 
família, e 20% que ela utiliza de todas as alternativas. Isso significa que a empresa 
sabe tomar as medidas cabíveis devidas à situação para lidar com qualquer 
ocorrência e que possui um kit primeiros socorros e extintor de incêndios para 
alguma ocorrência. 
 
 Gráfico 9: Acidente na obra ou no escritório 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
Em relação a questão de acidentes com funcionários na obra ou no 
escritório cerca de 60% respondem que não ocorreu até o presente momento, e 
35%afirmam que sim, que já ocorreu. Segundo informações dos dados coletados 
que até trabalhadores em que possuem uma grande experiência na área em termos 
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de prática não estão livres de sofrer um acidente, a exemplo disso, um carpinteiro 
havia há poucos dias sofrido um corte em um dos dedos,segundo relato dos 
trabalhadores. 
 
 Gráfico 10: Verificação dos maquinários e equipamentos 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
No que tange a verificação continuadamente os maquinários e 
equipamentos, para os trabalhadores 75% respondem que a empresa possui essa 
iniciativa em determinados períodos, geralmente semanalmente, de acordo com as 
necessidades e 15% dizem que não possui e apenas 5% afirmam que as vezes a 
empresa faz essa verificação,ou seja, de acordo com suas percepções deveria 
ocorrer mais vezes e outros 5% consideram na opção outros, que não souberam 
responder. Nesse caso, a empresa faz a verificação através do técnico em 
segurança no trabalho onde é realizado no ato da instalação, e também é realizada 
por o operador da maquina ou equipamento onde é feita uma vez na semana a 
lubrificação. 
 
Gráfico 11: Avaliação dos funcionários para com as 
orientações dos riscos da construção civil. 
Fonte: Pesquisa Direta/2012 
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As atividades e treinamentos de orientação relacionados aos riscos da 
construção civil é uma iniciativa em que a empresa possui, e para os trabalhadores 
80% respondem que consideram como bom essa questão por parte da empresa e 
20% acreditam ser regular. 
Vale ressaltar, que essa iniciativa que a empresa trabalha com 
campanhas, por exemplo, campanha da higiene pessoal, onde os trabalhadores 
obtêm o conhecimentos da importância de como cuidar da higiene,dentre os 
principais conceitos e dicas desses cuidados, onde da a entender que ela se 
preocupa com a saúde e bem estar dos seus colaboradores. 
 
Gráfico 12: Tempo de utilização e sugerido de um EPI,como 
exemplo óculos 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
O tempo de vida útil de um óculos tem duração de 8 meses, segundo a 
percepção dos trabalhadores cerca de 45% afirmam que esse tempo está correto, e 
que depende da forma como os conservam, e 10% acreditam que não, e 5% não 
optam por outros,ou seja, que não sabe responder, para 40% sugerem um outro 
tempo, sendo assim, 13% desse total sugerem apenas cinco dias para o tempo de 
vida e de uso, 12% sugere seis meses, 25% sugere dois meses e outros 25% 
acreditam em cinco meses e 25% sugere três meses. Pode-se dizer que para que 
um EPI dure um tempo aproveitável vai depender de que os usa e como os 
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conserva que refletirá em aumento ou redução desse tempo de durabilidade. 
 
Gráfico 13: Ações de conservação dos EPI’s 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
O uso dos EPI‟s são de extrema importância, faz-se necessário algumas 
práticas de conservação para mantê-la utilizável, para 60% dos trabalhadores, as 
ações de higienização é limpá-los semanalmente e 40% limpa-os diariamente.Ter 
higienização, uso adequado do EPI e guardá-los de forma correta. Nota-se que os 
que têm a higienização mais freqüente seu equipamento durara por mais tempo, 
contrario dos que cuidam apenas semanalmente ou mais, esses o seu 
equipamentos terá durabilidade inferior ao dos que cuidam diariamente. 
 
 Gráfico 14: Transporte utilizado para o deslocamento até o 
local de trabalho 
 Fonte: Pesquisa direta/2012
 
Os meios de transportes são as formas que se tem para se locomover até 
o local de trabalho e existem varias opções, e depende também das condições do 
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trabalhador. Sendo assim, 55% dos respondentes da empresa em questão utilizam a 
bicicleta como meio de transporte para se deslocar ao local de trabalho e 35% 
utilizam moto, e 5% ônibus coletivo e outros 5% carro. Nesse caso, a maioria dos 
trabalhadores possuem rendas mais baixas por optarem por este tipo de transporte 
que é a bicicleta. Sendo que as maiores causas de acidentes envolvem como meio 
de transporte a motocicleta, mas essa estatística é desfavorável para a empresa 
pois os trabalhadores utilizam como meio a bicicleta, que não deixa de ser um meio 
de transporte e que envolve muita atenção de quem os conduz,mesmo são os 
cuidados para carro, e no caso de ônibus coletivos, a questão é sair de casa mais 
cedo para evitar não se atrasar. 
 
 Gráfico 15: A eficácia dos EPI’s 
 Fonte: Pesquisa direta/2012 
A opinião dos trabalhadores a cerca da eficácia dos EPI‟s em seu local de 
trabalho foram de 100%,que todos acreditam que eles trazem resultados de forma 
que protejam suas vidas.Ou seja, a empresa cumpre seu papel de fornecer, treinar, 
e orientar de como utilizar e mante-los, assim os resultados é vistos na satisfação 
dos trabalhadores. 
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Gráfico 16: A utlização de cinto de segurança nos 
trabalhos em alturas 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
Segundo a opinião dos trabalhadores o uso do cinto nas alturas é muito 
importante, ou seja, eles sabem do perigo que este tipo de trabalho possui então 
90% deles sempre usam o cinto de segurança nos trabalhos em alturas,e 5% 
preferem evitar essa modalidade de trabalho,e outros 5% se identificam na opção 
outros,ou seja, não sabe responder.Acredita-se que muitos trabalhadores evitam 
esse tipo de trabalho, porque exige uma certa experiência e coragem também pra 
enfrentar. 
 
 
 Gráfico 17: Opinião dos funcionários em relação ao 
custo de um EPI’s, as botas por exemplo 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
 
Em relação aos custos dos EPI‟s, tendo a bota como exemplo, a opinião 
dos trabalhadores cerca de 50% deles acredita que o preço é de R$ 30 reais, e 40% 
afirmam ser R$ 25 reais e outros 10% acreditam que o custo é de R$ 45 reais. A 
idéia é que tomando conhecimento dos custos de um epi, o trabalhador comece a 
45 
 
valorizá-los e cuidar, visto que os custos que a empresa possui não estão apenas 
nesses equipamentos mas também no próprio trabalhador, onde quando a empresa 
passa por uma crise ela é refletida diretamente neles. 
 
Gráfico 18: Ação de um funcionário ao ver um colega sem 
usar o EPI 
Fonte: Pesquisa direta/2012 
A ação de um trabalhador ao se deparar com um colega que não está 
utilizando o EPI ou está usando de forma incorreta também é contribuinte para a 
colaboração das normas de segurança no trabalho, segundo a opinião deles 85% 
orientam a usá-los aconselhando dos riscos, 10% comunica aos seus chefes, no 
caso, o mestre de obras ou o técnico em segurança no trabalho e 5% não tem 
nenhuma reação. Ou seja, a colaboração de apenas um trabalhador quando se 
encontra diante dessa situação, é refletida na vida de todos, em termos de evitar um 
eventual acidente, que embora saibam do risco quando descumprem as normas de 
seguranças. 
 
 Gráfico 19: Colaboração para a contribuição da Higiene e 
Segurança no Trabalho 
 Fonte: Pesquisa direta/2012 
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A área de segurança no trabalho é uma grande responsabilidade da 
empresa para cuidar da saúde e proteger a vida de todos que constituem. Dessa 
forma, também a participação dos trabalhadores para assim minimizar os riscos 
colaborando juntamente com a empresa. Cerca de 39% afirmam que respeitam as 
normas de segurança existente na empresa, 35% colaboram utilizando os EPI‟s, e 
13% apenas executam todas as atividades laborais, e outros 13% executam todas 
as atividades visando sempre a segurança. 
Isso é refletido na própria vida dos funcionários, ou seja, que apartir do 
momento que o trabalhador entende e respeita as normas ele já está contribuindo 
para a segurança de todos, e não apenas ele ganha com isso mas a empresa 
também. 
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esse trabalho foi realizado como objetivo de promover o levantamento de 
informação sobre como a higiene e segurança no trabalho e qual sua influência na 
redução de acidentes, em uma empresa de construção civil. Após a tabulação e 
análise dos dados pode-seconcluir que o resultado da pesquisa mostrou que os 
trabalhadores têm a consciência dos perigos em que a área da construção civil 
possui e assim faz-se necessário a utilização dos EPI‟s de maneira correta de forma 
que contribuam com o setor de higiene e segurança no trabalho. Ou seja, há uma 
participação muito grande não apenas da empresa, mas também dos trabalhadores 
de forma que façam com que colaborem com o setor. 
Sobre a perspectiva do estudo de caso em questão, a análise da política 
de higiene e segurança no trabalho utilizada pela empresa, é uma pratica sobre 
normas e regulamentos, em que há dois lados, o da empresa por parte de fornecer 
os EPI‟s e fiscalizá-los, para que assim cuide da integridade física dos trabalhadores 
e colabore na redução e prevenção de acidentes, e o lado dos trabalhadores, onde 
eles têm que fazer a parte deles utilizando os EPI‟s nos canteiros de obras, cuidar, 
higienizar seus equipamentos para que assim dure por mais tempo. E a política que 
a empresa usa está no treinamento que é dividido em três tipos, sendo eles o 
treinamento admissional, onde é feito após a admissão do trabalhador, treinamentos 
periódicos, que é feito ao iniciar um trabalho ou depois de um ano,o treinamento 
específico, onde é realizado conforme a função, e a campanhas especificas de 
algum tipo de acidente ocorrido, por exemplo, contra o tabagismo, higiene pessoal, 
SIPAT(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), DDS (Diálogo 
Diário de Segurança), tudo em prol da orientação no sentido de treinar os 
trabalhadores e conscientizá-los, mas tudo não é feito de uma vez, mas sim, no 
decorrer do tempo. 
Dessa forma fica atendido o objetivo geral deste trabalho que focou em 
analisar qual a política de higiene e segurança no trabalho que a empresa adota. 
O primeiro objetivo especifico foi identificar os tipos de acidentes que 
ocorrem na empresa, quanto a esse objetivo pode-se observar que as ocorrências 
de acidentes em uma obra é inevitável, mas a forma de não vivenciá-los está na 
prevenção, como orientá-los dos perigos da construção civil. Dessa forma, segundo 
a maioria dos trabalhadores e o responsável pelo acompanhamento das obras, 
48 
 
afirmam que não ocorreu até o presente momento nenhum acidente de natureza 
grave, mas que trabalham pra que não venha a acontecer, e sendo a fiscalização é 
muito constante. 
O segundo objetivo trata-se da classificação dos riscos mais propícios das 
atividades da construção civil, segundo relato do responsável pelo setor, que até o 
presente momento apenas houve a mutilação do dedo de um carpinteiro durante a 
execução de um trabalho, que por sua vez, era muito experiente e tinha muito 
conhecimento no que fazia, mesmo assim não está livre da possibilidade de sofrer 
um acidente, e eles estão mais propícios a machucar o dedo com o prego por 
trabalharem muito com esse tipo de material. A empresa possui um papel 
fundamental no sentido de treiná-los e fornecer atividades de orientação 
relacionadas aos riscos da construção civil, através de palestras, campanhas, 
programa de prevenção, onde os trabalhadores participam e avaliam como boa essa 
questão. Para complementar a questão de treinamento e orientação utiliza-se 
também um programa no sentido de informar os trabalhadores, como o PPRA 
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) que é um estudo de toda a empresa 
de quais os riscos que os colaboradores estão expostos e o que pode ser evitado. 
O terceiro objetivo é identificar as principais causas de acidentes na 
construção civil, pode-se afirmar que a falta de equipamentos de segurança esta 
entre as principais causas de acidentes, conforme mostrado no capitulo 2, sub-
tópico 2.2, das estatísticas do crescimento do numero de acidentes ocorrido na área 
da construção civil, conforme afirmado o portal de noticias Revista Proteção. Para a 
empresa o que mais ocasiona um acidente é o descuido ou desatenção do 
trabalhador ao executar alguma atividade e que em relação a falta de equipamentos 
não faz parte da rotina deles. 
O quarto objetivo foi observar os EPI‟s e EPC‟s que existem na empresa, 
no sentido de os trabalhadores utilizarem. Em relação a esse objetivo a empresa 
possui os principais e mais utilizados para se executar uma obra, como capacetes, 
luvas, mascaras, botas, óculos, etc. Os trabalhadores sabem da necessidade do uso 
dos mesmos para assim garantir sua proteção e evitar eventuais acidentes. 
Certamente que, todo trabalhador possui esse conhecimento e sabe como e quando 
deve utilizá-los e os perigos que estão expostos se não usarem e a empresa 
disponibilizam de acordo com cada atividade exercida. Em relação aos EPC‟s a 
empresa possui os mais comuns que são placas de advertências e orientação, 
49 
 
lixeira de coleta seletiva, extintor de incêndios guarda corpo, corrimão no caso de 
escada, rodapé e escadas em andaimes, cones, faixas zebradas. Nesse sentido 
também os trabalhadores cumprem seu papel na obra tanto na utilização dos EPI‟s e 
respeitando os EPC‟s. 
No quesito a problemática do trabalho, ao questionamento de como a 
higiene e segurança no trabalho influencia a redução de acidentes de trabalho na 
construção civil? Pode- se responder que muitos são os fatores que contribuem para 
a redução de acidentes, mas apenas dois são os mais perceptíveis e necessários e 
quando utilizados e observados o fator acidente diminuirá e as estatísticas se 
reduzirão. São eles, a empresa onde o papel dela é fornecer os equipamentos de 
proteção individual e de proteção coletiva, orientar dos perigos referentes a cada 
função, através de palestras, programas de prevenção, treiná-los após a admissão e 
durante a permanência do funcionário na empresa, etc. E fiscalizar todas as obras, 
averiguar de perto se os trabalhadores estão usando ou não os equipamentos, e 
caso não esteja, reorientar, conversar e procurar saber quais os motivos que está 
levando a não usar o equipamento e em se for o caso de enviar-lhe uma notificação 
de advertência para que ao continuar saiba que acarretará a suspensão, assim a 
empresa tem que usar seu papel coercitivo. E o outro fator é o próprio trabalhador, 
onde deve obedecer as normas de segurança estabelecidas pela empresa, e assim 
estará contribuindo para a saúde de sua vida com a dos companheiros como para a 
empresa, que não precisará tem custos com indenização por invalidez ou morte em 
decorrência de algum acidente. Dentre todos esses fatores pode-se afirmar que a 
empresa de estudo possui, há uma parceria em ambas as partes embora a empresa 
seja de pequeno porte, e isso é muito influenciador nessa questão e desde os 
primórdios da mesma já investe, contribui, mantém esse setor como muito 
importante. E assim é refletido na vida saudável dos colaboradores e visível a todos 
que vêem. É importante ressaltar, que a empresa também cuida da verificação dos 
maquinários e equipamentos, onde o próprio operador, faz uma vez por semana a 
lubrificação, e no ato da instalação é técnico em segurança no trabalho. 
Conclui-se que é de relevante importância a conscientização dos perigos 
da construção civil, uma vez que os trabalhadores possuem um grau de formação 
baixo e esse setor não exige uma qualificação profissional para ocupar uma vaga 
para se trabalhar geralmente na área de pedreiros, onde são eles que têm a maior 
participação durante a execução de uma determinada obra, e a empresa tem um 
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papel fundamental de orientá-los, ensiná-los e treiná-los, para que assim eles 
tenham a consciência dos perigos da profissão, e dessa forma não erradicar os 
acidentes que ocorrem, mas reduzir as estatísticas que vem crescendo cada vez, e 
a prevenção é o melhor caminho. E também os próprios trabalhadores devem 
cumprir seu papel não apenas executando suas atividades no local de trabalho, mas 
obedecendo as normas estabelecidas pela empresa e assim será refletida na vida

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