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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005
A antropometria trata das medidas físicas do corpo humano.
 Aparentemente, medir as pessoas seria uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua, trena e balança. Entretanto, isso não é tão simples, quando se deseja obter medidas confiáveis de uma população que tenha indivíduos dos mais variados tipos. Além disso, as condições em que essas medidas são realizadas (com ou sem roupa, com ou sem calçado, ereto ou na postura relaxada) influem consideravelmente nos resultados.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Foi a partir da década de 1940 que começou a haver necessidade de medidas antropométricas cada vez mais detalhadas e confiáveis.
Por um lado, isso foi provocado pelas necessidades da produção em massa.
Por outro lado, surgiram muitos sistemas de trabalho complexos como centros de controle operacional de usinas siderúrgicas, onde o desempenho humano é crítico, sendo indispensável tomar cuidados durante o projeto desses sistemas.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Até a década de 1940, as medidas antropométricas visavam determinar apenas as grandezas médias da população, como pesos e estaturas médias. Depois passou-se a determinar as variações e alcances dos movimentos. Hoje, o interesse maior se concentra no estudo das diferenças entre grupos e a influência de certas variáveis como etnias, regiões e culturas. Com o crescente volume do comércio internacional, pensa-se hoje em determinar os padrões mundiais de medidas antropométricas.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Diferenças Individuais
Todas as populações humanas são compostas de indivíduos de diferentes tipos físicos ou biótipos. William Sheldon (1940) fez um minucioso estudo de uma população de 4.000 estudantes norte-americanos. Além de realizar levantamentos antropométricos dessa população, fotografou todos os indivíduos de frente, de perfil e de costas. A análise dessas fotografias, combinada com os estudos antropométricos levou Sheldon a definir três tipos básicos: o endomorfo, o mesomorfo e o ectomorfo.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Endomorfo – tipo de formas arredondadas e macias, com grandes depósitos de gorduras. Em sua forma extrema, tem a característica de uma pera (estreita em cima e larga em baixo). O abdômen é grande e cheio e o tórax parece ser relativamente pequeno. Braços e pernas são curtos e flácidos. Ombros e cabeças arredondadas. Os ossos são pequenos. Mesomorfo – tipo musculoso, de formas angulosas. Peitos largos e abdômen pequeno. Os membros são musculosos e fortes. Ectomorfo – Corpos e membros longos e finos, com um, mínimo de gorduras e músculos. Os ombros são largos, mas caídos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Naturalmente, a maioria das pessoas não pertence rigorosamente a nenhum dos tipos básicos e misturam as características dos três tipos básicos, podendo ser mesomorfo-endomórfica, endomorfo-ectomórfica, ectomorfo-mesomórfica. Sheldon observou ainda diferenças comportamentais entre os três tipos, que influem até na escolha da profissão. 
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Influência do sexo 
Homens e mulheres apresentam diferenças antropométricas significativas, não apenas em dimensões absolutas, mas também nas proporções dos diversos segmentos corporais.
Os homens costumam ser mais altos, mas as mulheres com a mesma estatura do homem costumam ser mais gordas. As mulheres possuem mais tecido gorduroso em todas as idades, enquanto os homens possuem mais músculos esqueléticos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Influência da idade
Durante as diversas fases da vida, o corpo das pessoas sofre mudanças de forma e proporções. Essas mudanças resultam dos três aspectos seguintes: i) cada parte do corpo tem uma velocidade de crescimento, sendo que as extremidades crescem mais rapidamente. A cabeça por exemplo, já atinge 80% de seu tamanho adulto, com a idade de 4 a 5 anos; ii) essas diferentes velocidades fazem com que as proporções entre as diversas partes do corpo sejam diferentes em cada idade. 
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Por exemplo, as nascer, o comprimento dos braços é quase igual ao comprimento do tronco, mas cresce relativamente mais que o tronco chegando a ser até 50% mais comprido que o mesmo na idade adulta;
iii) Há diferenças individuais pronunciadas nas taxas anuais de crescimento, o que equivale a dizer que algumas pessoas crescem mais rapidamente que as outras. Nem sempre as pessoas que crescem mais rapidamente atingem uma estatura final maior, em relação àquelas de crescimento mais lento.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Etnias e Evolução
Diversos estudos antropométricos realizados durante várias décadas comprovaram a influência da etnia nas medidas antropométricas. Em termos de diferenças étnicas, as variações extremas são encontradas na África. Os menores são os pigmeus da África Central (medem em média, 143,8 cm para homens e 137,2 cm para mulheres). Os povos de maior estatura no mundo também estão na África. São os negros nilóticos que habitam a região sul do Sudão (medem em média 182,9 cm para homens e 168,9 cm para mulheres).
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Influência da etnia nas proporções corporais
Com o intenso movimento migratório que ocorreu no século XIX e no início do século XX, diversos povos foram viver em locais com clima, hábitos alimentares e culturas diferentes dos seus locais de origem. Isso possibilitou a realização de estudos sobre a influência desses fatores sobre as medidas antropométricas e verificar até que ponto as etnias são determinantes dessas medidas.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Por exemplo, um estudo realizado com filhos imigrantes japoneses nos EUA constatou um aumento médio de 11 cm a mais, em estatura, em relação a geração de seus pais. Entretanto, mesmo naqueles imigrantes que já viviam há várias gerações nos EUA, constatou-se que as proporções corporais não modificaram-se significativamente. Isso faz supor que há uma forte correlação da carga genética com as proporções corporais, mas não com a dimensão do corpo em si. Essa teoria foi comprovada com o estudo das proporções corporais dos negros norte-americanos que, mesmo tendo vivido durante vários séculos nos EUA, conservavam as proporções corporais semelhantes aos dos africanos, que são diferentes dos povos brancos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Esse tipo de problema é enfrentado pela indústria de confecções que produz roupas para exportação, pois não basta alterar as dimensões mas deve-se mudar também as proporções das peças, conforme o mercado a que se destina. Os árabes,por exemplo, têm os membros (braços e pernas) relativamente mais longos que os europeus, enquanto que os orientais têm os membros mais curtos. A diferença nas proporções corporais existe até na medida dos pés como constatou Lacerda (1984). Os pés dos brasileiros são relativamente mais curtos e mais “gordos” em relação aos pés dos europeus, que são mais finos e mais longos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Influência da época
As medidas antropométricas de um povo podem modificar-se com a época, pois as alterações nos hábitos alimentares, saúde e prática de esporte podem fazer as pessoas crescerem. 
Esse crescimento é mais pronunciado quando povos sub-alimentados passam a consumir maior quantidade de proteínas.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Influência do clima nas proporções corporais
Os povos que habitam regiões de clima quente têm o corpo mais fino e os membros superiores e inferiores relativamente mais longos (dimensão linear). Aqueles de clima frio têm o corpo mais cheio, são mais volumosos e arredondados (formas esféricas). Parece que isso é o resultado de adaptação durante vários séculos, pois os corpos mais magros facilitam a troca de calor com o ambiente, enquanto aqueles mais cheios têm maior facilidade de conservar o calor do corpo.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Padrões internacionais de medidas antropométricas
Até pouco tempo, havia preocupação em diversos países em fazer medidas antropométricas para estabelecer seus padrões nacionais de medidas antropométricas. Contudo, a partir da década de 1950, dois fatos novos contribuíram para reverter essa tendência: i) houve uma crescente internacionalização da economia; ii) as alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia, exigiram certa padronização internacional de produtos militares, com diversos reflexos na indústria geral.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Na área da antropometria, há tendência de evolução para padrões mundiais, embora ainda não existam medidas antropométricas confiáveis para a população mundial. Grande parte das medidas disponíveis é de contingente das forças armadas: quase todos se referem à medida de homens adultos, na faixa de 18 a 30 anos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Realização de medidas antropométricas
Sempre que possível e economicamente justificável, as medidas antropométricas devem ser realizadas diretamente, tomando-se uma amostra significativa de indivíduos que serão usuários ou consumidores do objeto a ser projetado. A execução dessas medidas compreende as etapas: i) definição de objetivos; ii) definição das medidas; iii) escolha dos métodos de medida; iv) seleção da amostra; v) medições; vi) análises estatísticas.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Definição de objetivos
A primeira providência é definir onde e para quê serão utilizadas as medidas antropométricas. Dessa definição decorre a aplicação da antropometria estática ou dinâmica, as variáveis a serem medidas e os detalhamentos ou precisões com que essas medidas devam ser realizadas. Por exemplo, para o projeto de um posto de trabalho para digitadores, devem ser tomadas pelo menos cinco medidas críticas do operador sentado: altura lombar (encosto da cadeira), altura do assento, altura do cotovelo, altura da coxa e altura dos olhos.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Antropometria estática – é aquela em que as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos. Ela deve ser aplicada ao projeto de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no caso do mobiliário em geral. Antropometria dinâmica – mede os alcances dos movimentos. Os movimentos de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo estático. Ou seja, o alcance da mão é medida com o ombro estático. Antropometria funcional – está associada à análise da tarefa. O alcance das mãos pode atingir valores diferentes de acordo com o tipo de ação exercida pela mão, como apertar ou girar um botão, agarrar uma alavanca, e assim por diante.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Definição das medidas
Envolve a descrição dos dois pontos entre os quais serão tomadas as medidas. Uma descrição mais detalhada indica a postura do corpo, os instrumentos antropométricos a serem utilizados e a técnica de medida a ser utilizada, além de outras condições. Por exemplo, a estatura que pode ser medida com ou sem calçado e o peso, com ou sem roupa.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Em geral, cada medida a ser efetuada deve especificar claramente a sua localização, direção e postura.
A localização indica o ponto do corpo que é medido a partir de uma outra referência (piso, assento, superfície vertical ou outro ponto do corpo).
A direção indica, por exemplo, se o comprimento do braço é medido na horizontal, vertical ou outra posição.
A postura indica a posição do corpo (sentado, de pé, ereto, relaxado).
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Exemplo
Comprimento ombro-cotovelo: medir a distância vertical entre o ombro, acima da articulação do úmero com a escápula, até a parte inferior do cotovelo direito, usando um antropômetro, com a pessoa sentada com o braço pendendo ao lado do corpo e o antebraço, estendendo-se horizontalmente.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Escolha dos métodos de medida
Os métodos antropométricos se classificam basicamente em diretos e indiretos.
Os métodos diretos envolvem leituras de instrumentos que entram em contato físico com o organismo. Usam-se réguas, trenas, fitas métricas, esquadros, paquímetros, transferidores, balanças, dinamômetros e outros.
Os métodos indiretos geralmente envolvem fotos do corpo ou partes dele contra uma malha quadriculada.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Seleção da amostra
A amostra de sujeitos a serem medidos, evidentemente, deve ser representativa do universo onde serão aplicados os resultados. Nessa escolha, devem ser determinadas as características biológicas (sexo, idade, biótipo e deficiências físicas), inatas, e aquelas adquiridas pelo treinamento ou pela experiência no trabalho (profissão, esportes, nível de renda). Teoricamente, se uma determinada medida não tiver variações, bastaria fazer uma única medição. Se, por outro lado, as pessoas apresentarem grandes diferenças individuais, a amostra deve ser maior.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Medições
Para realizar as medidas propriamente ditas, poderão ser adotados certos cuidados: i) elaboração de um roteiro para a tomada de medidas; ii) desenho de formulários apropriados para as anotações das mesmas; iii) as pessoas envolvidas nas medições deverão receber um treinamento prévio,abrangendo conhecimentos básicos de anatomia humana, reconhecimento de posturas, identificação dos pontos de medida e o uso correto dos instrumentos de medida. Deve ser feito um teste inicial, após o treinamento, antes de passar as medidas reais, medindo-se um determinado grupo de indivíduos e analisando-se os resultados obtidos por diversos medidores.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Análises estatísticas
As medidas antropométricas geralmente seguem uma distribuição normal ou de Gauss. Esta distribuição é representada por dois parâmetros: a média e o desvio-padrão. Tendo-se o desvio-padrão da distribuição pode-se calcular o intervalo de confiança para os percentís desejados, multiplicando-se pelos seguintes coeficientes:
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Percentis				Coeficientes
 10,0 – 90,0				1,282
 5,0 - 95,0				1,645
 2,5 - 97,5				1,960
 1,0 - 99,0				2,326
 0,5 - 99,5				2,576
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
 Exemplo Em uma amostra em que a estatura média é de 169,7 cm e o desvio-padrão é de 7,5 cm, para os percentis de 5% e 95% (coeficiente =1,645), temos os seguintes intervalos.
Para 5%: 169,7 – 7,5 x 1.645 = 157,4 cm
Para 95%: 169,7 + 7,5 x 1,645 = 182,0 cm
Isso significa que, no universo do qual a amostra foi retirada, há uma possibilidade de 5% da população ter estatura abaixo de 157,4 cm e 5% acima de 182,0 cm. Portanto, os restantes 90% estarão entre 157,4 cm e 182,0 cm.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Antropometria estática
Como já vimos, sempre que possível, as medidas antropométricas devem ser tomadas diretamente de uma amostra dos próprios usuários do sistema ou produto a ser projetado.
Entretanto, quando isso não for possível ou economicamente justificável, pode-se recorrer a tabelas.
Uma das tabelas de medidas antropométricas mais completas que se conhece é a norma alemã DIN 33402 de junho de 1981.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
No Brasil, ainda não existem medidas antropométricas normalizadas da população. (A Associação Brasileira de Normas Técnicas tem projeto para normalizá-las, mas são baseadas em medidas norte-americanas). Isso significa que não existem, ainda medidas abrangentes e confiáveis da população brasileira.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
A tabela apresenta medidas de 54 variáveis do corpo, sendo 9 do corpo em pé, 13 do corpo sentado, 22 das mãos, 3 dos pés e 7 da cabeça. Para cada variável, a norma descreve os pontos entre os quais são tomadas as medidas, a postura adotada durante a medida e o instrumento de medida usado em cada caso. Os resultados são apresentados em percentis de 5,5 e 95% da população de homens e mulheres, para 19 faixas etárias, entre 3 a 65 anos de idade, e a média para adultos entre 16 e 60 anos. A norma não fornece dados sobre o peso.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Antropometria dinâmica e funcional Os dados de antropometria estática servem como uma primeira aproximação para o dimensionamento de produtos e locais de trabalho ou para os casos em que os movimentos corporais são pequenos. Porém, na maioria dos casos, as pessoas nunca ficam completamente paradas. Se o produto ou local de trabalho for dimensionado com dados da antropometria estática, será necessário, posteriormente, promover alguns ajustes para acomodar os principais movimentos corporais.
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Ergonomia – Cap. 3 Antropometria: Medidas
Fonte: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. Blücher, 2005.
Quando esses movimentos já são previamente definidos, pode-se usar os dados da antropometria dinâmica, fazendo com que o projeto se aproxime mais de suas condições reais de operação.
Um ajuste mais preciso pode ser realizado pela antropometria funcional, quando os movimentos corporais não são isolados entre si, mas diversos movimentos são realizados simultaneamente. Esses movimentos interagem entre si, modificando os alcances, em relação aos valores da antropometria dinâmica.

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